Tratamento térmico é o conjunto de operações de aquecimento a que são submetidos os aços, sob
condições controladas de temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de esfriamento, com objetivo
de alterar as suas propriedades ou conferir-lhes característicos determinados.
Definição dos aços “O aço é uma liga de natureza relativamente complexa e sua definição não é
simples, visto que, a rigor os aços comerciais os aços comerciais não são ligas binárias: de fato,
apesar dos seu principais elementos de liga serem o ferro e o carbono, eles contêm sempre outros
elementos secundários, presentes devido aos processos de fabricação. Nessas condições uma
definição mais completa para aços seria a de que é uma liga ferro-carbono contendo geralmente de
0.008% até aproximadamente 2.11% de carbono, além de certos elementos residuais, resultantes
dos processo de fabricação (CHIAVERINI,Vicente – Aços e Ferros Fundidos”)
O referido diagrama corresponde a liga binária Fe-C apenas: os aços comerciais, entretanto, não são
de fato ligas binárias, pois neles estão presentes sempre elementos residuais devido aos processos
de fabricação, tais como fósforo, enxofre, silício e manganês. A presença desses elementos nos
teores normais pouco afeta, contudo, o diagrama Fe-C.
É imprescindível para o conhecimento perfeito dos aços, o estudo do seu diagrama de equilíbrio. A
figura abaixo mostra um diagrama ferro – carbono por completo. Esse diagrama é geralmente
representado até 6.7% de carbono, porque este elemento forma com o ferro o composto Fe 3C que
contém, aproximadamente, 6.7% de carbono. Por outro lado, pouco ou nada se conhece acima desse
teor; na realidade, acima de 4.0 a 4.5% de carbono, essas ligas apresentam pequena ou nenhuma
importância comercial.
Materiais de trabalho e equipamentos:
Aço 1070
Bitola de ¾”
Barra Trefilada
- Equipamento 2 – Cut-of
- Equipamento 5 – Polimotriz
- Equipamento 7 – Secador
Depois do aquecimento, o resfriamento dos corpos deu - se da seguinte forma o CP foi retirado e
submerso em salmoura (água + cloreto de sódio) caracterizando o processo de têmpera, o segundo
CP foi retirado do forno e deixo ao ar para resfriar sob temperatura ambiente (processo de
normalização) e última foi deixada dentro do forno desligado para resfriar junto com o equipamento
(processo de recozimento).
Obs.: o forno utilizado gasta 1 hora para aquecer uma peça com 1” de diâmetro, consequentemente
para uma bitola de ¾”seria necessário 45 minutos mas por motivos operacionais utilizaremos apenas
metade desse tempo.
Corpo normalizado:
Duas divisões e um corte em meia – cana, com duas marcas para cada peça.
Obs.: O tempo de revenimento é de 2 vezes o tempo de têmpera, ou seja, para uma barra temperada
de ¾” aquecida por 45 minutos o tempo para revêni – la será de 22.5 minutos.
Para os durômetros HRB é utilizada uma esfera de 16”. O ponteiro pequeno é levado para a escala de
(-30) no relógio medidor, é baixada então a alavanca de acionamento por aproximadamente 10
segundos, necessários para a perfuração dos corpos pela esfera, dar – se a leitura com o
acionamento da alavanca do durômetro.
Para o ensaio HRC utilizamos um ponteiro com 136º de abertura, levamos este até a medida zero do
visor acionamos o durômetro por intermédio da alavanca e aguardamos por 10 segundos fazemos
então a leitura com o acionamento da alavanca.
Para HRB:
Peças Normalizadas:
Peças Recozidas:
Para HRC:
Peça Temperada:
Peças Revenidas:
Obs.: É feita em todos os ensaios 4 medidas sendo que primeira é apenas feita para a localização do
ponteiro sobre a superfície da peça e não é considerada, todas estas medições são feitas á metade
do centro do corpo de prova. Antes de ser feita a análise da dureza todos os corpos foram
submetidos à lixamento a seco, com lixas de granulação que variam de 80 a 120.
5ª Fase (Lixamento 1ª parte e Preparação dos Corpos de Prova para análise de inclusões)
Inclusões:
Essas impurezas normais são o Fósforo (P), o enxofre (S), o manganês (Mg), o silício (Si) e o alumínio
(Al). A maior parte delas reage entre si ou com outros elementos não metálicos como o oxigênio, e
eventualmente, o nitrogênio, formando as chamadas inclusões “não metálicas”. A formação dessas
inclusões se dá, em grande parte, na fase final de desoxidação dos aços. (CHIAVERINI, Vicente – Aços
e Ferros Fundidos).
GRANA:
De 80 a 120 (lixamento a seco com lixas grossas, necessária a limpeza da peça depois de
utilizada este tipo granulação-Máquina (Lixadeira Mecanizada, trabalhando a 1750 rpm);
De 220, 320,400 e 600 (lixamento com água sem a necessidade de limpeza da peça pois já
está se trabalhando em via úmida, estas séries de lixas são consideradas de granulação fina
porém ao passar de uma lixa para outra é necessário inverter o sentido da peça em 90º com
relação ao sentido em que o corpo estava sendo lixado, retirando assim o grão da lixa
anterior – Máquina – Lixadeira Circular trabalhando a 600 RPM);
Polimento (utilização do disco de feltro + substância abrasiva (Al 3O2 – Máquina Polimotriz
trabalhando a 600 RPM).
Limpeza das peças com água e algodão para remoção do excesso de Aluminato e secagem
dos CP’s em frente ao secador.
Após esse procedimento fizemos a seguinte verificação metalográfica. Para a peça cortada em meia
cana verificamos o nível de inclusões presentes nela:
Nível 2 da série grossa, ou seja, para este aço o nível de inclusões está presente em quantidade
normal.
Lixamento: utilizamos o lixamento para verificação das características metalográficas de cada umas
das peças.
GRANA:
De 80 a 120 (lixamento a seco com lixas grossas, necessária a limpeza da peça depois de
utilizada este tipo granulação-Máquina (Lixadeira Mecanizada, trabalhando a 1750 rpm);
De 220,320,400 e 600 (lixamento com água sem a necessidade de limpeza da peça pois já
está se trabalhando em via úmida, estas séries de lixas são consideradas de granulação fina
porém ao passar de uma lixa para outra é necessário inverter o sentido da peça em 90º com
relação ao sentido em que o corpo estava sendo lixado, retirando assim o grão da lixa
anterior – Máquina – Lixadeira Circular trabalhando a 600 RPM);
Polimento (utilização do disco de feltro + substância abrasiva (Al 3O2 – Máquina Polimotriz
trabalhando a 600 RPM).
Limpeza das peças com água e algodão para remoção do excesso de Aluminato e
Ataque das peças com uso do Ácido NITAL (+ 2% de Álcool Etílico e 2% de Ácido Nítrico), para
todas as superfícies lixadas.
Peça recozida: Grãos de Perlita com contorno pouco nítido imerso em Ferrita (Feα). Neste caso
por se tratar de um aço com alto grau de carbono (ABNT 1070), os grãos de Perlita encontram – se
em maior quantidade enquanto que a Ferrita ocupa um plano secundário;
Peça normalizada: Grãos de Perlita com contorno bem definido imersos em Ferrita (Feα). Assim
como no recozimento o aço que esta sendo verificado possui alto grau de carbono portanto verfica –
se que a estrutura perlítica está em maior quantidade do que o Feα;
Peça Temperada: Obtenção da estrutura Martensítica, caracterizada por apresentar filetes de forma
acicular (em formato de agulhas);
Peça revenida: Obtenção da chamada estrutura Martensita Revenida, ou seja,estrutura sem caráter
acicular (fundo arenoso).
Conclusão
Dos ensaios feitos obtivemos as seguintes conclusões:
Dentro da denominação geral de ferro fundido, podem ser distinguidos os seguintes tipos de liga:
- Ferro fundido cinzento – cuja fratura mostra uma coloração escura (donde a sua denominação),
caracterizada por apresentar como elementos de liga fundamentais o carbono e o silício e estrutura
em que uma parcela relativamente, grande do carbono está no estado livre (grafita lamelar) e outra
parcela no estado combinado (Fe3C)”(CHIAVERINI, Vicente – Aços e Ferros Fundidos);
- Ferro fundido maleável – caracterizado por ser obtido a partir do ferro fundido branco, mediante
um tratamento térmico especial (maleabilização), resultando numa transformação de praticamente
todo o ferro combinado em grafita na forma de nódulos “AMEBAS” (em vez de veios ou lamelas).
- Ferro fundido nodular – caracterizado por apresentar, devido a um tratamento realizado ainda no
estado líquido, carbono livre na forma de grafita esferoidal, o que lhe confere características de boa
ductibilidade, donde a denominação freqüente para esse material de ferro fundido dúctil.
Bibliografia
CHIAVERINI, V. – Aços e Ferros Fundidos – 6ª Edição – Definições. Diagram de Equilíbrio Ferro
Carbono. Efeitos dos Elementos de liga sobre as linhas de Transformação – ABM – 1994.