Curitiba 2010
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
RESUMO
1 Curso de Direito
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
METODOLOGIA UTILIZADA:
JUSTIFICATIVA
A fim de entender um pouco melhor quais foram estas alterações e a importância que
as mesmas trouxeram para o desenvolvimento do nosso mercado de capitais, faz-se
necessário remontar a história do mercado de capitais no Brasil, afim de que através da
análise das transformações e consequências ocorridas em decorrências das
significativas alterações que foram implementadas no decorrer da sua história, dessa
forma, é possível compreender melhor os caminhos que serão necessários traçar a fim
de consolidar e cada vez mais desenvolver este importante instrumento da economia
brasileira.
Pode-se afirmar que no Brasil grande parte das empresas, desde a sua formação
até o seu desenvolvimento foram baseados quase que exclusivamente em uma
estrutura familiar, fato este que acarretava em companhias com uma estrutura de
capital pouco alavancada e que em sua grande maioria eram administradas por seus
próprios proprietários.
Até meados dos anos 1960, quando de fato se teve algumas alterações na legislação
que vieram a proporcionar um crescimento do mercado de capitais, o Estado era quem
conduzia, incentivava e fomentava o crescimento econômico. Através do Estado que
foram criadas empresas nos mais diversos campos da economia, desde aqueles
setores que eram pouco atrativos para a iniciativa privada até em setores que
demandavam um grande aporte de capital, o que inviabilizava a participação do setor
privado, como por exemplo, a criação da Petrobras.
Este movimento especulativo que ficou conhecido como “boom de 1971” trouxe
duras consequências ao mercado de capitais brasileiro desencadeando vários anos de
mercado deprimido, devido a algumas ofertas de ações de companhias sem a devida
estrutura terem causado grandes prejuízos o mercado de capitais ficou conhecido
como uma grande “aposta” na qual se podia ganhar muito dinheiro ou ir à falência.
No ano de 2002, foi aprovada uma reforma da lei de SAs que assegurou alguns
importantes direitos aos acionistas minoritários, como o tag along a 80% do preço da
venda para os detentores de ações ordinárias, o direito de eleger um membro do
conselho de administração para detentores de ações preferenciais representando 10%
do capital da empresa, entre outros. Essa mesma reforma promoveu o fortalecimento
da CVM, ao conferir-lhe autonomia administrativa e orçamentária e atribuir mandatos
fixos a seus diretores. A lei também favoreceu o enforcement, ao caracterizar como
crimes a manipulação de mercado e o insider trading. Na regulamentação das novas
disposições da lei, foram promovidos pela CVM aperfeiçoamentos muito significativos
nas regras sobre ofertas públicas de aquisição de ações, por exemplo.
1.1 O MERCADO DE CAPITAIS
De acordo com Pinheiro (2005), pode-se definir mercado de capitais como sendo
“um conjunto de instituições que negociam com títulos e valores mobiliários,
objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes
vendedores”. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de
valores mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar
liquidez aos títulos emitidos por elas.
2. MERCADO PRIMÁRIO
Com base nestas práticas verifica-se que o objetivo maior a ser alcançado seria o
de ampliar os direitos dos acionistas, aonde consequentemente com uma maior
relevância na relação com os investidores, também viria a trazer a possibilidade de
uma maior valorização dos ativos emitidos, como nos ensina Assaf Neto (2003), “Cria”-
se dessa forma a expectativa de que os investidores estejam dispostos a pagar mais
pelas ações de empresas que incorporem tais práticas, demonstrando respeito aos
direitos dos acionistas minoritários, maior transparência e integridade dos
procedimentos de gestão, e nas prestações de contas de acordo com padrões
internacionais.
Assim sendo, serão listadas no Novo Mercado as empresas que venham a abrir
capital, enquanto que nos níveis diferenciados, Nível 1 e Nível 2, são direcionados para
empresas que já possuem ações negociadas na Bovespa.
Diante das exigências que seram relacionadas abaixo, verificou-se que as
empresas começaram a se organizar de uma forma que se possibilita o acesso a este
novo instrumento de captação de recursos, dessa forma, após muitos anos de
“estagnação”, visualizou-se a possibilidade de financiarem através de uma IPO (Oferta
Pública de Ações), possibilitando desta forma com que houvesse uma alavancagem
sem precedentes.
Vale destacar que a adoção de tais exigências, junto com as alterações legislativas
e regulatórias que ocorreram ao longo dos anos foram fundamentais para que o Brasil
evolui-se e que continue evoluindo lastreado em um processo de desenvolvimento,
com aumento de empresas listadas em bolsa, maior transparência e
consequentemente um maior volume de negócios, tanto em volume operacional quanto
financeiro.
De acordo com estudos realizados pela Bovespa, até o início dos anos
90, pode-se afirmar que o mercado de capitais brasileiro não havia ainda
desempenhado a sua principal função, que seria de instrumento financiador do
desenvolvimento socioeconômico do país, vários fatores contribuíram para esta
situação, dentre os principais pode-se citar a falta de regulamentação e também
a falta de incentivo para o seu desenvolvimento.
REFERÊNCIAS
Economia monetária financeira: teoria e política. 2 ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2007. CARDIM DE CARVALHO, Fernando J.
Mercado Financeiro. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2008. ASSAF NETO, Alexandre.