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Teoria geral das provas:

Processo na visão ideal costuma ser uma reconstrução histórica dos


fatos ocorridos para que se possa extrair as devidas consequências.
A verdade real dos fatos é feita com base nas provas licitas, art. 156
do CPP.

Prova:
É tudo aquilo que contribui para a formação do livre convencimento
do magistrado.

Objetivo e finalidade (Prova):


Livre convencimento do magistrado.

Obs.:
Conceito de prova na visão de Nucci são três sentidos: a prova como
uma fase; a prova como um meio; a prova como um resultado.

● A prova como fase:


Processo pela qual se comprova a verdade do fato alegado. Ex. a
própria fase probatória;
● A prova como meio:
Instrumento pelo qual se demonstra a verdade de algo. Ex. prova
testemunhal;
● A prova como resultado:
É produto extraído pelas análises dos instrumentos de provas
oferecidas demonstrando a veracidade dos fatos.

Obs.:
Súmula 455 STJ – FAZER REMISSÃO NO ART. 155

A prova precisa do contraditório?


Sim, ela precisa ser produzida, em regra, no curso do processo junto,
com o juiz as partes e seu defensor.
Quando produzida antes do processo, antes de ser oportunizada a
defesa, haverá um contraditório diferido ou postergado. Ex. perícia vinda
com uma queixa-crime. O perito se manifesta na queixa-crime e só na fase
probatório por intermédio de um assistente técnico é que as partes são
ouvidas.

Obs.:
Consequência da prova lícita, sem o contraditório, é a nulidade, art.
157 do CPP.
As provas são a mesma coisa que elementos de informação?
São diferentes, elementos de informação são informações de fatos ou
pessoas que são obtidas na fase de inquérito, em regra, e não se submetem
ao contraditório.

Meios de prova:
São instrumentos processuais disponíveis para produção de prova em
procedimento observado o contraditório.

Fontes de prova:
É a pessoa ou a coisa da qual emana a prova. Ex. interceptação
telefônica quando indica outra pessoa ou fato criminoso diverso daquele,
servindo de notícia do crime para outra investigação. A fonte é a coisa, ou
seja, a prova emana da coisa.
O destinatário direito da prova é o magistrado, que formará o seu
convencimento por intermédio do material trazido. As partes também são
destinatários, mas só que indiretos, pois são convencidas melhor da sentença
do juiz.

Natureza jurídica da prova:


É um direito público subjetivo ligado à demonstração da verdade dos
fatos, sob o viés constitucional.

Aplicabilidade da lei processual no tempo:


Toda vez que a lei tiver cunho meramente processual a sua
aplicabilidade será imediata.

Obs.:
Observar as normas de cunho hibrido, ou seja, parte relacionada a
matéria processual penal, parte ao direito material penal.

Objeto:
A denúncia/queixa contém a exposição de todo fato criminoso. Art.
41 do CPP. Assim, o objeto da prova é a demonstração do fato criminoso e
de todas as circunstancias que envolvam o crime.

Fatos públicos e notórios é preciso provar?


Não. Art. 374 do CPC c/c art. 162, §ú do CPP.

Objeto:
● Da prova;
● Fatos relevantes;
O direito, em regra, dispensa provas de:
● Fatos notórios;
● Fatos intuitivos;
● Fatos inúteis;
● Presunção legal;

Obs.:
IURA NOVAT CURIA – diga os fatos que o juiz diz o direito.

Classificações:

Quanto ao objeto:
● Direta:
● Indireta: prova negativa, visa negar que o fato aconteceu a partir de
outro fato. Imputa outro fato que desconstitui o fato anterior.

Quanto ao efeito:
● Plena: a prova que dá um juízo de certeza.
● Indiciária: autoriza medidas cautelares. Busca e apreensão. A que se
reporta a uma medida cautelar.

Quanto ao sujeito:
● Real: coisa ou fato;
● Pessoal; pessoa.

Prova não repetível:


É a que não se repete, a que é passível de desaparecimento. Ex. corpo
de delito.

Há limitação à prova?
Sim, a CRFB traz no art. 5º LVI há vedação as provas obtidas por meio
ilícito, art. 157 do CPP. Isso significa frear os arbítrios do Estado quando
colidas provas por meios que desrespeitem as regras do jogo. (NESTOR
TÁVORA). A limitação da prova encontra-se na licitude da mesma.

O que são provas ilícitas?


São provas que violam disposições de preceito material ou processual.

Obs.:
Majoritariamente não existe distinção, tudo é ilícito.
Prova legítima, nomenclatura usada quando está no direito processual.
Prova lícita, nomenclatura usada quando está no direito material.
Combinar art. 157 do CPP com lei de tortura 9455/97, bem como lei
de Interceptação telefônica lei 9296/96.

Obs.:
A interceptação telefônica sem autorização judicial telefônica de
acordo com a lei é prova ilegítima. O juiz deve se manifestar sobre a alegação
da ilicitude.

Efeito da prova ilícita:


É a retirada desta prova, ou seja, o desentranhamento dela no processo.

Teoria dos frutos da arvore envenenada

Tudo que for originário da prova ilícita deve ser desentranhado dos
autos, pois prejudica o processo, essa prova ilícita contamina todas as outras
provas dela decorrente (frutos). Pelo fato de decorre de um prova ilícita,
todas são ilícitas.
Existindo a prova ilícita, as demais decorrentes dela, ainda que
formalmente lícitas, estarão maculadas no seu nascedouro, STF, HC 69912-
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07/08/2018

O Juiz deve se julgar suspeito depois de desentranhar uma prova ilícita?


Para a doutrina sim, pois viola a imparcialidade, porque aquela prova,
desentranhada dos autos, vai influencia-lo ainda que inconscientemente. STJ
e STF dizem que não viola a imparcialidade, porque toda decisão deve ser
fundamentada art. 93, IX CRFB.

Obs.:
Na ausência de provas deve-se absolver. Art. 386 CPP.

Da inadmissibilidade da prova ilícita, art. 157, §§ 1º e 2º do CPP:


O processo pode ser aproveitado se existirem outras provas lícitas que
fundamente a convicção do julgador.
Se entre a prova ilícita e o fato ficar não evidenciado o nexo de
causalidade.

Quando as derivadas puderem ser obtidas por meio de fonte


independente/descoberta inevitável.
E para provar a inocência do réu desde que seja o único meio de prova.

Obs.:
Inclusive vale citar que as provas ilícitas colhidas no inquérito policial
não contaminam o processo quando este for iniciado por fonte independente,
HC 73000 do STF.

Por outro lado a doutrina entende que o acusado para provar sua
inocência pode-se utilizar de uma prova lícita, ou seja, pode ser utilizada
PRO REO desde que ela seja o único meio de prova. Isso é aplicar a
proporcionalidade na prova ilícita, pois não admiti-la seria causar uma
extrema injustiça, o que não foi a intenção do legislador, pois aqui é usada
para evitar uma sentença totalmente descabida.

Entender que a prova ilícita seja admitida para incriminar seria o


mesmo que fomentar ao Estado que viole direitos fundamentais.

Obs.:
GARANTIA É UM INSTRUMENTO. Ex. é o HC.
SERENDIPIDADE: ENCONTRO FORTUITO DE PROVAS.

O que é serendipidade?
É o encontro fortuito de provas relativas a fato delituoso diverso
daquele que é objeto de investigações. A prova é encontrada casualmente.
Para a doutrina deverá ter, ao menos, ou o mesmo autor ou conexão/
continência com o crime investigado. Para o STJ não precisa haver conexão
ou continência. HC 129 678 do STF – informativo 869 (crime achado)
(serendipidade de 2º grau).

Obs.:
Serendipidade é quando na investigação de um crime outro é
encontrado.

Teoria da mancha purgada:


Uma pequena ilicitude não gera nulidade pode se tornar lícita.

Prova emprestada:
É aquela produzida em um processo é transportada para outro
documentalmente, porém, para a doutrina, há alguns requisitos que devem
ser respeitados, quais sejam:

● Mesmas partes;
● Mesmo fato probando;
● Contraditório no processo emprestante (Nestor Távora).
Para o STJ não precisa ser as mesmas partes, sob pena de reduzir
excessivamente a sua aplicabilidade. HC 292.800 / RESP 617428/SP.

E se o processo emprestante for declarado nulo? As provas do processo


emprestado são ilícitas?
Necessariamente não, em regra apenas os atos decisórios são nulos,
mantendo então as provas. Se a nulidade for absoluta neste caso a prova
emprestada deverá ser desentranhada e considerada ilícita.

Obs.:
SÓ HÁ NULIDADE SE HOUVER PREJUÍZO
(PAS NULLITÉ SANS GRIEF). Ex. art. 567 do CPP: “A incompetência
do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente”.

ÔNUS DA PROVA

Fato típico Ilicitude Culpabilidade


Conduta Legítima defesa Imputabilidade
Nexo causal Estado de Potencial consciência
necessidade da ilicitude
Resultado Exercício regular Inexigibilidade de
do direito conduta diversa
Tipicidade Estrito
cumprimento do
dever legal

O ônus da prova cabe a quem alega. Para a defesa caberá a legítima


defesa, ou seja, excludente de ilicitude, culpabilidade, extinção da pena e as
circunstâncias que diminuam a pena. Para a acusação cabe provar autoria,
materialidade, dolo e culpa e algo que influencie na exasperação.

A inversão do ônus da prova, conforme entendimento do STJ e STF o


mesmo não é admitido no ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que no
art. 156 do CPP c/c art. 129, I da CRFB, diz que cabe ao MP provar o fato
típico, ilícito e culpável.
Entender que é admissível a inversão do ônus da prova no processo
penal é violar a presunção de inocência do acusado.
LENIO STRECK entende que há de fato a inversão do ônus da prova
em quase todos os tribunais do Brasil exceto do amazonas.

LEI 9296/96 INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA


É ouvir junto por telefone conversa ou sons. Hoje, é tudo transmitido
pela internet. RHC 67379 é preciso de autorização para acesso dos dados
em whatsapp.

● Interceptação: terceiro que intercepta sem autorização a comunicação


de A e B. (para ser lícita tem que haver autorização judicial).

● Escuta: terceiro tem autorização de uma das partes. (para ser lícita tem
que haver autorização judicial).

● Gravação ambiental: não há um terceiro. (não há necessidade de


autorização judicial).

Obs.:
A interceptação telemática é somente para os crimes com pena de
reclusão HC 10026 SC.

Meios de prova nominados:


Corpo de delito e perícias em geral.

O que são crimes transeuntes?


São crimes que não deixam vestígios.

O art. 158 do CPP é prova tarifada?


Não, o que há é um resquício da prova tarifada, ou seja, do sistema
inquisitorial.

Obs.:
Na impossibilidade de aplicação do art. 159, §1º do CPP (na falta
possibilidade de realizar o exame), aplica-se o art. 167 do CPP (suprir por
prova testemunhal).

Interrogatório do acusado, art. 185 do CPP c/c art. 400 do CPP:


● Ato privativo do juiz;
● Personalíssimo;
● Não preclui;
● É dispensável.

Obs.:
A ordem do interrogatório está prevista no art. 400 do CPP.
Não há prejuízo na inversão da ordem de oitiva de Testemunha de
caráter.
No caso da Lei de drogas 11343/06, aplico-se o art. 57 da referida lei especial
ou o art. 400 CPP?
Aplica-se o art. 400 do CPP, porque está de acordo com a constituição,
privilegiando direitos fundamentais. HC 397382 SC 14/08/17.

No caso das Leis Especiais nº 8038/90, em seu art. art. 7º e 8666/93, em seu
art. 104, se aplica o art. 400 CPP?
Aplica-se o art. 400 do CPP porque está de acordo com a constituição
privilegiando direitos fundamentais. HC 397382 SC 14/08/17.

Conceito de interrogatório:
Ato privativo do juiz em que o acusado é ouvido.

Aplica-se o art. 112 do CPP (suspeição) ao interrogatório?


Não se aplica o art. 112 no interrogatório ao acusado e sim o Sistema
presidencialista.

Obs.:
● CROSS EXAMINATION: a pergunta é feita diretamente à
testemunha.
● SISTEMA PRESIDENCIALISTA: a pergunta é feita ao juiz que
direciona ao interrogado.

Minoritariamente sim, pois o sistema é mais acusatório puro.

Obs.:
A qualquer momento o juiz ou tribunal pode realizar o interrogatório
art. 196 c/c 616 do CPP. O tribunal pode fazer novamente o interrogatório.
O interrogatório é dispensável.
Não é possível conduzir coercitivamente NO INQUÉRITO. ADPF
444395 .

Fases do interrogatório art. 187 do CPP são duas partes:


● Sobre a Pessoa do acusado;
● Sobre os Fatos.
“Art. 187. O interrogatório será constituído de duas
partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.

§ 1o Na primeira parte o interrogando será perguntado


sobre a residência, meios de vida ou profissão,
oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua
atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou
processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o
juízo do processo, se houve suspensão condicional ou
condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros
dados familiares e sociais.
§ 2o Na segunda parte será perguntado sobre:

I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;

II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum


motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa
ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do
crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da
prática da infração ou depois dela;

III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração


e se teve notícia desta;

IV - as provas já apuradas;

V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou


por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar
contra elas;

VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a


infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione
e tenha sido apreendido;

VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam


à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da
infração;

VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa”.

Art. 190 do CPP a chamada do corréu.

“Art. 190. Se confessar a autoria, será perguntado


sobre os motivos e circunstâncias do fato e se
outras pessoas concorreram para a infração, e
quais sejam”.

Obs.:
Quando o corréu é chamado a integrar o processo não é possível
condenar este, no entanto deve-se instaurar novo inquérito; HC 84517-7 SP
– RHC 81740.

Obs.:
Súmula 70 do TJRJ – PM pode ser única testemunha.

É possível condenar com apenas 1 testemunha, princípio do livre


convencimento motivado, súmula 70 do TJRJ.

Para inquirir as testemunhas aplica-se o art. 112 do CPP, as perguntas


são diretamente para a testemunha. (sistema CROSS EXAMINETION).
Características:
● Objetividade: a testemunha deve depor sobre fato criminoso e não
sobre sua apreciação pessoal, salvo se tiver estrita ligação com o fato,
art. 213 do CPP;

● Retrospectividade: a testemunha só pode falar de fatos pretéritos;

● Oralidade: o depoimento é feito oralmente não podendo trazê-lo por


escrito, art. 204 do CPP.
EXCEÇÃO: art. 192 do CPP (surdo, mudo ou surdo-mudo); art. 221,
§1º do CPC (Presidente, Vice Presidente, Presidente do Senado,
Presidente da Câmara podem prestar depoimento escrito);

A prova testemunhal é uma prova complexa, pois depende do relato


oral e também da credibilidade das informações apresentadas.

Assim, não se mostra lícita a mera leitura do magistrado das


declarações prestadas no inquérito policial, para que em seguida ratifique-a.
Deve-se regular a oitiva com a efetiva tomada de depoimento. HC 183696/12
STJ.

Obs.:
As testemunhas tem o dever de depor, art. 206 do CPP.
Ninguém pode se recusar a depor.

Testemunha recalcitrante ou faltante, art. 218 e art. 219 do CPP art. 436, §2º
e art. 458. HC 107644SP
Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento
compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de
notória idoneidade.
§ 1o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos
do júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia,
raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica,
origem ou grau de instrução.
§ 2o A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará
multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários mínimos, a
critério do juiz, de acordo com a condição econômica do
jurado.

Obs.:
No inquérito não é possível aplicar o crime de desobediência e
condução coercitiva à testemunha que faltar.
Proibição de depor – art. 207 do CPP c/c Art. 154 do CP
Compromisso de dizer a verdade art. 203 e 208 do CPP

Art. 394 do CPP:


● Procedimento ordinário 08 testemunhas
● Procedimento simples 05 testemunhas
● Procedimento sumaríssimo 03 testemunhas

Obs.:
● Testemunha direta: é a que presencia o fato.
● Testemunha indireta: não presenciou o fato, mas testemunha por fatos
indiretos ou terceiros.
● Testemunha referida: que se refere à outra testemunha – art. 209, §1º.
O juiz pode ouvi-las para maior esclarecimento. Não viola o sistema
acusatório.
● Testemunha do juízo: aquela determinada de ofício pelo juiz, art. 209
do CPP.

O juiz de ofício pode mandar ouvir a testemunha?


1. Corrente: diz que o art. 156 é inconstitucional, logo o art. 209 é
inconstitucional (Aury Lopes júnior);

2. Corrente: diz que é possível somente para benefício da defesa


(Paciell);

3. Corrente: diz que desde que seja comedidamente em caráter


complementar (STF com base no art. 212, §ú do CPP).

Em qual momento o juiz pode manda ouvir as testemunhas?


O arrolamento deve ser feito em momento oportuno, sob pena de
preclusão. Para a acusação o momento de apresentar o rol de testemunhas é
na denúncia ou queixa, em quanto para defesa é na resposta à acusação – art.
396 e 396-A do CPP.

Obs.:
Lei 11343 a defesa apresenta testemunha no momento da resposta
escrita.
Lei 9099 arrola testemunha para se apresentar na AIJ.

21/08/2018

AIJ art. 400 do CPP: a mudança da ordem gera um erro in procedendo


presumido (nulidade absoluta);
Deve-se respeitar estritamente essa ordem, sob pena de nulidade
absoluta, porém o STF junto com o STJ entendem que o prejuízo deve ser
provado.
O supremo entende que se invertida a ordem da testemunha de defesa
com acusação, mas se a testemunha for de caráter não haverá nulidade, pois
não há prejuízo para defesa, na medida em que o seu depoimento não
contradita aquele dado pela testemunha de acusação.

Regra
Não cabe substituição de testemunha em AIJ, sendo somente possível,
por enfermidade/morte ou falta de intimação e desde que não aja indícios de
má-fé.

Procedimento art. 212 do CPP: as perguntas são direcionadas


diretamente à parte.

Contradita art. 214 – significa opor-se a quem sirva de testemunha em


um processo. Ex. demência, amigo ou inimigo do acusa.

A inquirição é direta. A acusação poderá formular perguntas diretas


bem como a defesa.

Tecnicamente não é propriamente dito o CROSS EXAMINETION,


pois nesse ainda há a possibilidade de réplica.

O juiz pode complementar a inquirição sobre pontos não esclarecidos.


A não observância pelo juiz é causa de nulidade absoluta desde que
demonstrado o prejuízo. HC 102525 PE.

Local – art. 221 e 222-A do CPP.

Em regra
Não existe nulidade no não deslocamento do réu preso ao juízo
deprecado para que participe da oitiva de testemunha, ou seja, não fere seu
direito de presença.
No entanto, se houver requerimento prévio expresso da defesa nesse
sentido, haverá nulidade relativa. RE 602543 RJ.

Art. 217 c/c 185, §2º do CPP: é excepcional o uso de vídeo


conferência, art. 222, §3º, ou seja, é que não haja o uso de vídeo conferência,
a fim de respeitar o direito de presença.

Em regra, o réu tem o direito de estar presente na oitiva da testemunha.


Excepcionalmente, se a presença deste causar temor à testemunha poderá ser
ouvida mediante vídeo conferência ou não sendo possível retira-se o réu da
sala de audiência. O defensor estará sempre presente.
Programa de proteção à testemunha com previsão na Lei 9807/99.
Toda testemunha ameaçada pode ser inserida no programa de
proteção:
1. Alteração da identidade art. 9º;
2. Transferência de residência art. 7, III;
3. Sigilo dos dados pessoais art. 7, IV;
4. Duração 2 anos prorrogável por igual período art. 11.

Acareação, previsto no art. 229 do CPP:


A acareação serve para confrontar as partes sobre divergência.
Quando duas ou mais pessoas esclarecem algo importante sobre fatos
relevantes. O réu tem direito a ficar calado art. 5º LXIII CRFB. Não há
direito público subjetivo na acareação, o juiz decide como ele quiser. STF
RHC 90399 RJ.

Reconhecimento de pessoas e coisas, previsto no art. 226 do CPP:


É a identificação formal de pessoa ou de coisa. Não acarreta nenhuma
nulidade a inobservância dessas formalidades, pois o reconhecimento foi
feito na presença do juiz, defensor e garantida a ampla defesa e o
contraditório (STF HC 77576 RS) mesmo no inquérito policial, pois neste
há falta de crédito para a prova.

Intervenção corporal:
É a obtenção de uma prova no corpo do acusado. A doutrina e a
jurisprudência discutem até que ponto o réu deve tolerar essa intervenção
sem ferir seu direito de autoincriminação.

Até que ponto pode ser tolerado a intervenção corporal?


Segundo Maria Elizabete Queijo a matéria é complexa, pois de um
lado está o interesse público que existe por traz de toda persecução criminal,
de outro a ampla defesa e a autoincriminação. Assim, a intervenção pode ser:
● Invasiva: há a penetração no corpo do acusado. Ex. coleta de sangue;
pode haver recursa do agente a fazê-lo com base no princípio da não
autoincriminação, sem que haja nenhuma pena para este;

● Não invasiva: são aquelas onde a prova é obtida na superfície do corpo


do investigado. Ex. coleta dos fios, pelos, pedaço de pele abaixo da
unha;

● Que exijam cooperação do acusado: são provas cuja realização exija


que o acusado faça algo. Ex. bafômetro e a reconstituição do crime;
● Provas que exijam a cooperação passiva do acusado: neste caso não
faz nada, apenas tolera a atividade. Ex. reconhecimento na sala de
manjamento.

Busca domiciliar art. 5º X e XI da CRFB:


Na inviolabilidade do domicílio o agente não precisa ter certeza do
sucesso da medida. Devemos ter fundadas razões excluindo denúncia
anônima. Deve ter certa segurança antes de entrar no domicílio. Deve haver
um mínimo de justa causa, RESP 157468/07. Para o STJ e o STF ainda que
haja flagrância depende de autorização judicial para acessar o whatsapp.

28/08/2018

Em qualquer flagrante cabe busca domiciliar?

1ª corrente: defende que só no próprio por ser uma medida que viola direitos
individuais, sua interpretação deve ser restrita, ou seja, apenas no flagrante
próprio (Defensoria Pública);

2ª corrente: defende que a constituição não faz restrições, logo cabe em


qualquer modalidade, previsto no art. 5º X e XI da CRFB (STJ e STF).

Obs.:
A busca deve ser a mais precisa possível, em relação ao local e
também a objetos que deveram ser apreendidos. Ex. crime fiscal e busca e
apreensão de papeis e encontram faca com sangue. Posso pegar a faca?

1ª corrente: diz que não pode, pois deve ser cumprida nos exatos limites do
mandato, sob pena de violar garantia constitucional, art. 5º X e XI da CRFB
e art. 243 do CPP (Geraldo Prado);

2ª corrente: diz que devemos analisar se a diligência foi de forma regular


para que possamos analisar se a apreensão foi regular (Pacelli);

3ª corrente: diz que é possível a apreensão uma vez que a garantia já foi
violada, assim não faz sentido ignorar essa prova (STF).

Pode busca e apreensão genérica em comunidade?


Em regra não, salvo se for para situações excepcionais quando a
medida tiver por objeto proteger os moradores daquela região ameaçados
pelo crime (tráfico organizado).

Obs.:
Há julgados recentes do TJRJ vedando essa busca e apreensão
genérica.

Atos processuais:
Processo é um procedimento realizado em contraditório, relacionado
por uma situação jurídica que visa a satisfação de uma pretensão penal (Elio
Fazzalari).
Procedimento é o meio pelo qual se funda a ação (Alexandre Câmara).
Procedimento é um meio extrínseco pelo qual se instaura, desenvolve-
se e termina o processo.
A noção de procedimento é basicamente formal.

O procedimento pode ser:


● Comum: maior ou igual que 04 anos;
● Sumário: até 04 anos;
● Sumaríssimo: menor que 02 anos.

Obs.:
A divisão se dá com o quantitativo da pena, art. 394 do CPP.
Reparar que o delito é analisado com a pena máxima em abstrato, para
verificar o procedimento adequado.

Obs.:
O estatuto do idoso em seu art. 94 da lei 10.741/03 afasta o rito
sumário optando pelo procedimento sumaríssimo, nos crimes cuja pena
máxima não ultrapasse 04 anos.

Cabe transação penal na situação supracitada?


Não cabe transação penal, pois entende-se que a ideia é proteger mais
rápido possível o idoso, por isso a razão de não aplica-lo (ADI 3096).

Lei Maria da penha, o art. 41 da lei 11340/06 afasta o rito sumaríssimo


para melhor tutelar os interesses da mulher (súmula 542 ação pública
incondicionada se com violência ou grave ameaça).

Lei de falências 11101/05, art. 185 deve-se adotar sempre o rito


sumário.

No juizado quando a causa for complexa pode haver o deslocamento


para o juízo comum, ou quando houver necessidade de citação por edital
deve ser encaminhado ao juízo comum, art. 66 da lei 9099/95 c/c art. 538 do
CPP.
Do procedimento ordinário:

A nova redação do art. 394 procurou ser mais preciso.


O procedimento comum passou a ser mais usado. O procedimento
comum é a regra. Aplicando-se a todos os procedimentos, salvo disposição
em contrário do CPP ou lei especial.
No tocante aos procedimentos especiais, comum, sumário e
sumaríssimo, o §5º do art. 394 estatui que a eles serão aplicados
subsidiariamente a disciplina comum ordinário.
Dentro do procedimento comum temos ordinário, sumário e
sumaríssimo. Número de testemunhas 8, 5 e 3 respectivamente.
Já nos procedimentos especiais temos todos os ritos que são de
regramento próprio, peculiar, diverso do art. 394 do CPP.

Obs.:
O rito comum ordinário será observado toda vez em que a pena
máxima em abstrato seja igual ou superiro a 04 anos.
O rito comum sumário será cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 04 e maior que 02 anos.
O rito sumaríssimo para inflações penais de menor potencial ofensivo,
cujo as penas não ultrapassam 02 anos, além de contravenção e o estatuto do
idoso (até 04 anos).

Percebam que a tendência natural é somarmos as penas para o


indicativo do procedimento. Deve-se levar em consideração as
qualificadoras e as causas de aumento de pena estas somadas com a
exasperação da fração máxima.

Especiais:
Júri, lei 8038, lei 4898, lei 1521/51, lei 11343, lei 11340, lei 8666.

Há absolvição sumária na lei de drogas?


Não há, mas aplica-se subsidiariamente as regras do procedimento
ordinário do CPP art. 393, §5º do CPP.
Não há nenhuma violação ou prejuízo ao acusado ou direitos.

Obs.:
A lei 9099 é um rito sumaríssimo, não é procedimento especial.

Etapas do procedimento Ordinário:


Oferecida a denúncia ou queixa ela deve ser recebida ou rejeitada, art.
41 ou 395, ambos do CPP. A decisão que rejeita a denúncia cabe RESE
(recursos em sentido estrito) art. 581 do CPP.
Da decisão que recebe a denúncia sem justa causa cabe HC pedindo
para trancar a ação penal;

Interrompe a prescrição com o RECEBIMENTO da denúncia, desta


forma discute-se qual o momento do recebimento da denúncia;

O momento é no art. 396 do CPP, pois no art. 399 do CPP houve um


erro do legislador ao colocar o recebimento novamente, pois não há como
receber algo que já foi recebido anteriormente;

Se não houver justa causa para ação penal o magistrado deverá rejeitar
a denúncia, art. 395 do CPP.

O recebimento é marco interrompimento da prescrição que importará


em uma fase preliminar de defesa, que se inicia com a citação do acusado
para responder a acusação em 10 dias, resposta essa que poderá arguir
preliminar e tudo que interessa para sua defesa, art. 396-A e 397 do CPP.

Obs.:
Se o réu excepcionar (exceção de incompetência ou suspeição) o
incidente deve ser processado em apartado na forma do art. 95 a 112 do CPP.

Essa resposta é obrigatória, razão pela qual não é concebível que não
haja essa peça nos autos, inteligência do art. 396, §2º do CPP, devendo o juiz
nomear defensor para fazê-la, concedendo vista aos autos no prazo de 10
dias, súmula 710 do STF, sob pena de nulidade absoluta.

Essa defesa é uma defesa de certeza, porque o art. 397 traz um juízo
de certeza. Quanto aos inimputáveis é melhor deixar no final nos memoriais
escritos, pois o juiz o absolvera de forma imprópria aplicando medida de
segurança.

Se trocar o rito há nulidade?


Quem pode menos pode mais.

04/09/2018

A corrente minoritária entende que haveria nulidade absoluta, pois a


mera inversão já há uma violação à garantia constitucional.
No juizado ao receber a denúncia/queixa designa-se a AIJ de que será
oferecida defesa oral, própria com base nos art. 78 e 81 da Lei 9.099/95 (art.
68, não cabe citação por edital e por hora certa).

Nessa Lei 9099/95, o máximo de testemunhas são 3 arroladas no prazo


máximo de 5 dias antes da audiência.

Em audiência deverá seguir a indicação expressa do art. 400 do CPP:


1. Tomadas as declarações do ofendido, pelo juiz sendo que o MP e o
defensor poderão reperguntar e o farão diretamente em analogia ao
que ocorre com as testemunhas, conforme art. 212 do CPP.

Se o ofendido não comparecer à audiência, tendo sido citado o juiz


poderá conduzi-lo coercitivamente. (a inconstitucionalidade é só no
inquérito) e se for crime de iniciativa privada ocorrerá a preempção
art. 60, III do CPP.

Se durante a audiência a vítima se sentir humilhado com a presença


do réu, devidamente comprovado por meio de elementos concretos,
admitir-se-á a utilização de vídeo conferência, e o réu assistirá ao ato
em outro ambiente. Aplica-se neste caso se não houver base legal art.
217 do CPP.

2. Ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, nessa ordem,


ressalvada a possibilidade de oitiva posterior de depoente que não se
fizer presente (oitiva perante outro juízo).

As testemunhas no procedimento ordinário serão 8 para cada acusado


e para cada infração.

No procedimento sumário são 5 testemunhas.

Na sequência, serão procedidos os esclarecimentos do perito (que


dependeram de prévio requerimento das partes, na forma do art. 400,
§2º do CPP, acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas, art.
226 e seguintes).

3. Por fim a acusado será interrogado. Percebam que o interrogatório é o


último ato da AIJ. Ele irá prestar suas declarações após ter contato
com todo o processo e provas obtidos em audiência, tendo melhores
elementos para exercer sua defesa ou ficar em silêncio.
A testemunha sobre o programa de proteção, o juiz ouvirá
antecipadamente, lei 9807/99, art. 19-A é aplicável a qualquer rito.

Terminada a instrução probatória as partes poderão requerer


diligências, art. 402, 402, 403 e 404 do CPP. Cuja necessidade se adivenha
de situações ou fatos apurados na AIJ. Terminada, o juiz abrirá prazo para
alegações finais orais em 20 minutos prorrogáveis por mais 10 ou converter
em memoriais escritos, art. 403, §2º e 3º do CPP.

Caso não haja diligência, o juiz após todas as formalidades proferirá


sentença em 10 dias na forma do art. 404, §ú do CPC.

Toda audiência deve ser registrada por lavratura ou termo. Art. 405 do
CPP.

Natureza jurídica do recebimento da denúncia:

1ª corrente: decisão interlocutória, art. 93, IX da CRFB, não é necessária


fundamentação profunda;

2ª corrente: o recebimento não é ato de caráter decisório. O Supremo tem


firmado entendimento de que “o juízo positivo de admissibilidade da
acusação penal, ainda de desejável e conveniente à sua motivação não
reclama, contudo, fundamentação”. Seria um despacho sem cunho decisório
(STF).

Obs.:
Citação art. 366 e 362 e 361

Procedimento sumário:

Só existem 03 diferenças entre o sumário e o ordinário:


1. No sumário são 05 testemunhas;

2. Não há previsão de diligências no sumário;

3. Não há previsão de conversão em memoriais escritos somente


alegações finais orais em 20 minutes prorrogáveis por mais 10
minutos.

Procedimento sumaríssimo art. 531 a 539 do CPP:


1. Infrações de menor potencial ofensivo art. 60 e 61 da lei 9099/95;

2. Está previsto na lei 9099/95 em seu art. 77 que deixa supostamente a


entender que a fase preliminar não faz parte de procedimento, mas é
importantíssima;

3. Nessa fase há a composição civil dos danos, art. 74 e a transação penal


art. 76 da lei 9099.

Composição civil:
É um acordo que encerra a parte civil e penal. Não haverá nenhuma
anotação da FAC, pois não há pena sem processo.

Transação penal:
É um negócio jurídico processual feito entre o autor do fato e o MP.

O MP deixa de oferecer a denúncia em contrapartida a parte durante


05 anos, não poderá cometer nenhum outro delito, do contrário não poderá
ser beneficiada pela transação penal.

Aplica-se a súmula 696 do STF para transação penal caso o MP não


ofereça.

Oferecida a denúncia o autor do fato será citado para comparecer em


AIJ, art. 77, 78 e 79 da lei 9099/95.

Há também a possibilidade de o MP pedir a suspensão condicional do


processo (sursis processual) art. 89 da lei 9099/95. Igual ou inferir a 1 ano –
2 a 4 anos, c/c Sumula 723.

O SURSIS é um instituto despenalizador (não se aplica somente a lei


9099/95), súmula 723 STF e 243 do STJ (não cabe quando a soma das penas
passar de 01 ano).

11/09/2018

Atos decisórios:
É sentido amplo é todo e qualquer pronunciamento do juiz.
Resolvendo uma controvérsia, com o que abrange, em seu significado, sendo
as próprias sentenças.

Interlocutória:
Ato pelo qual o juiz resolve um incidente no processo. Ex. doente
mental, acerca da resolução da prejudicial de mérito.

Despacho:
São ordens judiciais dispondo sobre andamento do processo também
denominado despacho ordenatório ou expediente.
São se decide nada, apenas impulsionam o processo.
Os atos processuais, as audiências e as sessões devem ser realizadas
em lugares estabelecidos como adequado e próprio para tal fim, art. 792 do
CPP.

Obs.:
É nulo o desaforamento (deslocamento de competência por ser
prejudicial ao réu) sem audiência de defesa no processo na vara do júri.
Súmula 712 do STF.

Prazo art. 798 do CPP:


O prazo segundo o STJ, só começa a contar para o MP a partir da
entrega no seu respectivo órgão.

Preclusão (perda da faculdade de um ato judicial) pro judicato?


Em regra não há, salvo quando em face de um recurso o juiz perde seu
direito de se retratar. Art. 494 do CPC.

NE PROCEDADET IUDEX EX OFÍCIO: o juiz não pode iniciar o processo


de ofício.
O juiz pode conceder HC de ofício e mandar restaurar os autos de
ofício.

Elementos da sentença:
Relatório: dispensável na lei 9099/90
Fundamentação
Dispositivo

É inexistente a sentença fundada em óbito falso. NÃO é nula, tendo


em vista que se for nula a ação estará prescrita.
O óbito falso está na fundamentação, logo SENTENÇA SEM
FUNDAMENTAÇÃO É INEXISTENTE.

Sentença suicida:
Há uma contradição entre a fundamentação e o dispositivo, sendo
nula.
Sentença ALIUNDE ou PER RELATIONEM:
Que faz remissão a outra sentença ou outra decisão.

Viola o art. 93, IX da CRFB?


No CPC de 2015 em seu art. 1021, §3º CPC, vedou o relator de limitar-
se a reproduzir a decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
No CPC, portanto, não pode, inteligência do art. 489, §1º, IV.
No CPP, excepcionalmente, PODE, desde que faça referência
concreta a algo que já foi falado nos autos ou cite outras decisões. ERESP
1021851/SP 2012 - STJ HC 214049/SP 2015.

Sentença autoexecutável:
É a sentença absolutória que importa em liberdade imediata.

Sentença não autoexecutável:


Não admite execução direta.

Sentença declaratória:
Só declara prescrição e decadência.

Decisão interlocutória mista:


Ela põe fim a uma fase do procedimento.
● Terminativa: termina/encerra uma fase ou procedimento. Ex. decisão
de impronúncia.
● Mista com força de definitiva: são decisões que põe fim a uma etapa
para iniciar outra. Ex. pronúncia.

I A VOGAIS, RECURSO CABÍVEL APELAÇÃO


P R CONSOANTE, RECURSO CABÍVEL RECURSO EM
SENTIDO ESTRITO.
Obs.:
Efeito autofágico da sentença (a que se autodestrói) ocorre quando ela
se autodestrói, auto vem do latim e significa próprio, fágico significa comer.
Ex. na sentença, o juiz reconhece o crime, a culpabilidade, mas julga extinta
a punibilidade do agente. Essa sentença tem zero de efeitos penais. Súmula
18 do STJ.

Inépcia da denúncia:
É um desrespeito ao art. 41 do CPP, é aquela inicial que não preenche
os requisitos necessários, quais sejam:
● Exposição do fato criminoso e;
● Suas circunstâncias;
● Qualificação do acusado ou esclarecimentos que permitam sua
identificação;
● Classificação do crime e;
● Quando necessário, rol de testemunhas.

Considera-se também inepta a denúncia genérica, aquela que


inviabiliza o exercício da ampla defesa. HC 12663 e STF 84409.
Predomina na jurisprudência, o entendimento de que em situações
excepcionais, diante da gravidade e da complexidade objetiva (concurso de
crimes) ou subjetiva (concurso de pessoas) dos fatos, deve ser admitida a
denúncia genérica, que não individualiza a conduta plena do agente e desde
que não inviabilize a defesa. Ex. uma quadrilha de indivíduos que assalta
bancos com toucas.

Ausência de justa causa:


Consiste em um lastro probatório mínimo sobre a existência da
materialidade (fato) e autoria de um fato criminoso com todas as
circunstâncias.
O CPP elenca a justa causa como requisito aparte para rejeição da
denúncia.

18/09/2018

Poderia usar o art. 383 para rejeitar parcialmente a denúncia?


Pode rejeitar parcialmente a denúncia. Quem pode mais pode menos,
ou seja, pode rejeitar toda a denúncia, logo pode rejeitar parte desta. Porém
com relação ao uso do art. 383, analogicamente, não posso usa-lo, pois este
somente se aplica na sentença.

Citação
É o ato pelo qual, o acusado toma ciência da acusação que lhe é feita,
viabilizando a ampla defesa e o contraditório e completa a relação
processual, art. 363 do CPP.

Antes, há uma relação angular, após a citação, a relação é triangular.


A violação da citação gera nulidade, art. 564, III, “e” do CPP.

Art. 570 do CPP é a citação convalidada, no entanto só haverá


nulidade se houver prejuízo.

A citação em regra é feita por meio de mandado, cumprido por oficial


de justiça, devendo constar os requisitos dos art. 351, 352 e 357 do CPP.
Intimação art. 370 do CPP, de algo que já aconteceu. Notificação de
algo que vai acontecer.

Se o acusado não apresentar resposta escrita ou não constituir defensor


em 10 dias ser-lhe-a nomeado defensor , art. 362, §ú do CPP.

A citação por hora certa traz em si uma carga de sanção para o


comportamento ardiloso do acusado que tenta se furtar à citação e,
consequentemente, à responsabilidade penal. Os tribunais entendem que art.
é constitucional, inteligência do HC 91475-RJ, STJ RHC 31421-SP.

Citação por edital


O art. 361 determina que se o réu não for encontrado será citado por
edital com prazo de 15 dias. A mesma previsão se encontra no art. 363, §1ª
do CPP (só que sem mencionar prazo).

Esses 15 dias é para comparecer em cartório com ou sem defensor,


momento que a partir de então começará a fluir o prazo para defesa de 10
dias, art. 396, §ú do CPP. Súmula 351 do STF.

O art. 366 do CPP tem natureza hibrida, tanto de cunho processual


quanto de material.

O STF afirmou que este dispositivo e constitucional, RE 460971,


quando suspende a prescrição observada a súmula 415 do STJ.

Suspensão não se confunde com imprescritibilidade, na medida em


que apenas condiciona a evento futuro e incerto.

Ademais a lei pode criar novas hipóteses de imprescritibilidade além


do art. 5º, XLII e XLIV, contudo a suspensão do prazo prescricional só
perdurará pelo período correspondente ao da prescrição pela pena em
abstrato (art. 109 do CP), nos moldes da súmula 415 do STJ. Findo esse
prazo permanece suspenso este processo, mas o prazo prescricional volta a
correr pelo tempo que faltar.

Este é regulado pelo máximo da pena em abstrato cominada. Os


tribunais entendiam que as mudanças trazidas ao art. 366 do CPP não podem
atingir crimes ocorridos antes da nova redação do art. 366, pois são
prejudiciais ao acusado. É uma norma hibrida/mista.

A norma que se refere ao art. 366 do CPP não se aplica aos crimes de
lavagem de dinheiro, art. 2º, §2º da lei 9613/98.
Se o réu morar em local diverso do qual tramita o processo será feito
via carta precatória art.353 e 354 do CPP, ou rogatória art. 368 e 369 do CPP.

A citação do militar é feita por intermédio do chefe do respectivo


serviço, art. 358 do CPP. É necessária ainda a requisição à autoridade
superior, art. 221, §2º do CPP, mediante ofício requisitando o
comparecimento do militar à futura AIJ.

Se for servidor público o chefe da repartição, art. 359 do CPP.

Réu preso será citado pessoalmente art. 360 c/c súmula 351 do CPP.

O mandado de citação pode ser cumprido a qualquer dia e qualquer


hora, não se aplicando as regras do art. 244 do CPP.

Em caso de local inacessível e incerteza sobre a pessoa do réu a citação


será por edital aplicando o art. 364 do CPP c/c art. 3º do CPP e c/c art. 256
do CPC.

A citação poderá ser real ou ficta:

A citação real: quando ocorrer mandado judicial, art. 351 do CPP


(precatória, carta de ordem ou requisição).

A citação ficta: quando ocorrer via edital ou hora certa, art. 362 e 363
c/c 366 do CPP.

É vedada a citação por meio eletrônico no processo penal e nos feitos


relativos à atos infracionais. Art. 6º da lei 11419/06.

Obs.:
No JECRIM não cabe citação por edital, art. 66,§ú da lei 9099.

Citação imprópria é a realizada na pessoa do curador (do incapaz), art.


151 do CPP.

Súmula 366 do STF.

Citação por hora certa:


Está prevista no art. 362 do CPP, aplicando-se as regras do art. 252 e
254 do CPC. Quando procurado por duas vezes pelo oficial de justiça sem o
encontrar deverá, havendo suspeita de ocultação intimar qualquer pessoa de
que, no dia útil imediato voltará a fim de que efetue a citação na hora que
designar.

Se ele não estiver presente deixará a contrafé com alguém. Sendo


válida essa citação e este não apresentar resposta escrita e nem constituir
advogado em 10 dias ser-lhe-a nomeado defensor dativo, art. 362, §ú do
CPP.

25/09/2018

Contudo, a citação por hora certa traz uma carga de sanção para o
comportamento ardiloso para o acusado que tenta se furtar a citação e,
consequentemente à responsabilidade penal. O art. 362, §ú do CPP é
constitucional STF RE 635.145/RS, HC 91.475/RJ, STJ-RHC 31.421/RJ.

A citação do incapaz é feita pessoalmente mesmo porque não se pode


ter noticia ainda da incapacidade. Se já conhecida aplica-se o art. 149 do CPP
na pessoa do curador designada pelo juízo criminal.

Obs.:
Citação: para tomar ciência da ação penal.

Notificação
Notifica para realizar o participar de um ato processual. Ex. notifica
para prestar depoimento.

Intimação
Intima para tomar ciência de um ato já realizado. Ex. intimado para
tomar ciência da sentença. Intimar da perícia realizada.

Intimação sem mandado art. 371 do CPP.

Questões do JECRIM.
Com a lei 9099/95 e a lei 10259 trouxe a competência do juizado
especial. Com a lei 11313/06 trouxe todas as infrações de menor potencial
ofensivo para o juizado.

O art. 2º, §ú da lei 10259 c/c 60, §ú da lei 9099/95 preveem a aplicação
do benefício da transação penal, composição civil dos danos, quando,
havendo conexão ou continência entre crime comum e de menor potencial
ofensivo este vai para fora do JECRIM.
A lei 11340 exclui a competência do JECRIM, afastando o rito
sumaríssimo nas hipóteses de crime praticado no âmbito doméstico familiar
em razão de relação de domesticidade, sendo submetido ao juizado de
violência domestica. Art. 41 da lei 11340.

No JECRIM observa-se a territorialidade pois determina a fixação da


competência de toda infração penal. Será competente onde se consumou o
fato ou onde deveria se consumar.

Matéria: a fixação da matéria é competência absoluta, não preclui e


pode ser arguida até mesmo após o trânsito em julgado.

Em concurso de crimes fixa a pena máxima em abstrato somada. HC


80773/STJ Resp. 846453/SC.

Há o fonage no sentido contrário analisando cada crime


individualmente na sua pena em abstrato, enunciado 120 TJRJ c/c 119 do
CP.

Art. 1º da lei 11340:


É infração praticada em razão do gênero mulher, não cabem as
medidas despenalizadoras c/c art. 17 da lei 11340, sendo expressamente
vetadas com base no art. 41 da lei 11340.

Há decisões pontuais no sentido de conceder as medias


despenalizadoras na lei Maria da penha desde que favorável e querido por
todos no processo. Pagamento isolado de multa.

O art. 16 da lei 11340 prevê claramente que a parte pode retratar-se da


representação até a audiência de instrução e julgamento (AIJ).

O art. 41 da lei ao excluir a aplicação da lei 9099, exclui a aplicação


do art. 88 do juizado. No JECRIM, a representação é condição de
prosseguibilidade, art. 75 da lei 9099, para continuar e não para começar.

Fases do JECRIM:
No juizado é termo circunstanciado, no lugar do inquérito.
Para instauração válida de uma ação penal mesmo no JECRIM é
fundamental indícios de autoria e materialidade, sob pena de inépcia do art.
395 do CPP.

O termo circunstanciado tem previsão no art. 69 da lei 9099/95, que


encaminhará imediatamente ao juizado com o autor do fato e vítima.
Na lei 9099/95 via de regra não haverá prisão em flagrante, somente
se a parte se negar a assinar o termo. Na lei de drogas nunca ficará preso em
flagrante mesmo se negando a assinar o termo (art. 28 da lei 11343).

02/10/2018

Matéria de prova

1) Inversão do ônus da prova: 2,5 (dizerodireito.com.br) – processo penal


– DOD – TJMG
2) Regra do procedimento, inclusive AIJ; se não observar o em que caso
há nulidade; 2,5
3) Caso da semana 5; Marcilio responde..., 1,0
4) Ônus da prova
5) Ônus da prova
6) Ônus da prova
7) Ônus da prova
8) Provas ilícitas
9) Prova
10) Provas em espécies

Feio o auto, será encaminhado ao JECRIM para ser oportunizada a


composição civil se privada, que se efetivada, acarretará a extinção da
punibilidade, art. 72 da lei 9099. Caso não seja possível, será dada a
oportunidade de oferecer queixa crime oral, art. 77, §3º da lei 9099. Por fim,
verifica-se se há de acordo com a ação a possibilidade de transação penal.
Nada sendo aceito, após o recebimento, caberá, se for o caso, suspensão
condicional do processo, art. 89 da lei 9099.

Obs.:
Cabe transação penal em ação penal privada
Natureza jurídica do surci – extinção da punibilidade; porque deixa de
punir, logo extingue a punibilidade.

Não havendo acordo haverá a denúncia, art. 78 da lei 9099.

O juiz oportunizará a defesa para que se manifeste sobre a acusação


de forma oral, art. 88 da lei 9099 c/c art. 394, §5 c/c art. 395 e art. 397 do
CPP.
Analisa-se em audiência o recebimento. O não recebimento da peça
acusatória caberá apelação em 10 dias art. 82 da lei 9099. Da decisão que
recebe cabe HC para a turma recursal. HC 129 07262009807000 HC 5598
TJ/MS.

Obs.:
O MP recorre no recebimento por meio de Rese.

Ato ilegal pela turma recursal que não caiba recurso, vai cabe HC para
o TJ. A súmula 690 do STF.

A instrução em caso de recebimento haverá oitiva da vítima, das


testemunhas de acusação e defesa e interrogatório do réu.

A testemunha poderá ser arrolada em até 3 no juizado com o


requerimento de intimação de até 5 dias antes da AIJ, art. 34 da lei 9099. Se
não fizer será de sua responsabilidade leva-las, sob pena de perdimento da
prova.

Perda da prova

Debates orais;
Sentença, art. 38 da lei 9099, é dispensável o relatório. Cabe embargas
de declaração / apelação.

Declínio de competência no JECRIM

Art. 77, §2º c/c art. 60 da lei 9099, sempre aplicando os benefícios
para onde o processo for.
Obs.:
Decisão que homologa a transação art. 72, 76, 51 e 76, §5 da lei
9099.
Decisão que rejeita 82
Sentença que absolve ou condena o réu art. 92
Cabe embargos de declaração 5 dias art. 83, §1º.
Os embargos suspende o prazo para interposição dos outro recurso.

Institutos despenalizadores

Transação penal, art. 72 c/c 76 da lei 9099.

Não obtida a conciliação ou não sendo possível, passa-se a proposta


de transação penal.
É um acordo celebrado entre o MP e o acusado, esse acordo não é
pena, pois não há pena sem processo, tem natureza jurídica de negócio
jurídico processual.

A transação penal pode ser uma pena pecuniário ou uma prestação de


serviço à comunidade.

Art. 76, §1, a transação penal pode ter pena de multa.

Portanto, a transação penal é uma relativização do princípio da


obrigatoriedade da ação penal pública.

A transação penal não importa em aceitação de culpa, art. 76, §6 2º


parte.

Requistos

1) Não ter antecedente;


2) Não ter sido condenado;
3) Não ter sido beneficiado pela transação penal, nos últimos 5 anos.

Natureza jurídica

Majoritário nos tribunais que é um poder dever do MP em oferecer


tais benefícios. Há uma decisão do STJ, isolada, no sentido de que cabe ao
magistrado fiscalizar as regras legais de aplicação desses benefícios,
podendo ele, de ofício, oferecê-las, aplica-se a súmula 696 do STF c/c art.
28 do CPP.
Cabe transação penal em ação penal privada?
Sim, art. 76 da lei 9099. HC 17006/PA.

Se for descumprida a transação?


O STF entende que equivale a um acordo não realizado, inexistente,
devendo recompor o estado anterior, portanto ela não transita em julgado
sendo, possível então a retomada do processo (oferecimento de denúncia RE
602072/RJ).

Obs.:
No crime da lei 8137 cabe surci (art. 7º)?
Sim, o STF analisa o mínimo como referencia a multa substitutiva e não
apenas de 2 anos. HC 83926-6 do STF.
Nos crimes da lei Maria da penha aplica-se a súmula 542 e 536 do STJ
– ADC 19 e ADI 4424

Momento
É feito no próprio oferecimento da denúncia, porém não é preclusivo,
súmula 337 do STJ.

Obs.:
Na lei de drogas no art. 50 §2º o laudo prévio serve apenas para
oferecer denúncia devendo existir o laudo confirmatório da droga para o juiz
condenar. Há entendimento de que o laudo prévio for bem feito ou
específico, não é necessário o laudo confirmatório.

JÚRI

Tem previsão no art. 406 e seguintes.


É um procedimento Bifásico, onde a primeira fase é perante o juiz para
que esse verifique a admissibilidade da acusação, pronunciando ou não o réu.
A segunda fase será perante o plenário, quando então o réu será julgado.

Princípios: art. 5º XXXVIII da C.R.F.B

Plenitude da defesa. Ela é mais abrangente. Ex. advogado que sustenta


defesa divina.

Para o STJ a nova redação do art. 483, III do CPP, admite absolvição
por elemência (STJ 03/18 diz que pode pedir novo julgamento. O STF não
se manifestou RHC 11.076/DF) compaixão, art. 593, III, d?

Na hora da quesitação (é uma indagação feita pelo juiz ao jurado e


deve ser respondida de forma afirmativa ou negativa), se houver
incompatibilidade entre a tese do réu e a tese do defensor, ambos deveram
ser quesitados, art. 482, §ú do CPP.

Em regra, o defensor deverá sempre sustentar a tese invocada pelo réu


em sede de autodefesa (interrogatório), devendo sempre ser quesitado pelo
magistrado-presidente, sob pena de nulidade. O advogado poderá suscitar
tese subsidiárias.

A ordem da quesitação no júri não pode prejudicar a tese primária da


defesa. Com esse entendimento, o ministro Sebastição reia junior, do STJ,
reformou a decisão de sendo grau e manteve um réu absolvido, embora o
Camillo tenha primor desconsiderado a ocorrência de crime doloso.
Ex.: 1 tese – absolvição por ilegalidade defesa
2 tese – desclassificação do crime para 129 do CP

Desclassificaram e absolveram. MP alegou que somente o juiz pode


absolver e não o plenário dos jurados, uma vez que somente analisam doloso
contra a vida.

O TJ/AM mandou anular somente a absolvição e o juiz refazer apenas


essa parte.

O STJ no recurso da defesa entendeu que a ordem investida na


quesitação não pode prejudicar o acusado “o quesito absoluto genérico na
hipótese de absolvição figura como tese principal da defesa, deve anteceder
a desclassificatória, a fim de evitar violação da amplitude de defesa”. Resp
1.736.439 – 06/18

Sigilo das votações

O princípio que rege o júri é o da intima convicção. Analisam provas


e decidem sem fundamento a votação é em sala secreta. Art. 485 e seguintes.

Soberania dos vereditos


A decisão dos jurados é soberana. Cabe a apelação, mas o tribunal não
pode reformar o veredito só poderá cassá-lo e sujeitar o réu a novo
julgamento, caso a decisão tenha sido contrária aos autos, art. 593, III d c/c
§3º, ambos do CPP.

Competência do júri
São crimes dolosos contra vida, consumados ou tentados:
HOMICÍDIO DOLOSO, INFANTICÍDIO, ABORTO e VARIANTES e
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO. Esse rol
pede ser aplicado por regra de conexão e continência, art. 78, I do CPP.

Composição do júri e lista dos jurados.


Está previsto no art. 447 (25 jurados, depois escolhem 7) e 425 (lista
juiz escolhe) do CPP.

O juiz deve oficiar autoridades locais, associações de classe e de


bairro, entidades associativas e culturais para que indiquem pessoas que
reúnam condições para exercer a função, inteligência dos art. 425, 2º do CPP.
Data da lista. Art. 426 do CPP – ler, DECORAR, podendo ser alterada
pelo juiz, de ofício, mesmo depois d publicada.

O serviço do júri é obrigatório, art. 436 CPP. A recusa injustiçada


acarretará multa de 01 a 10 salários mínimos, a critério do juiz, com a
condições econômica do jurado, art. 436, §2º c/c 442 do CPP.

A recusa do júri por convicções religiosas será dada uma pena


alternativa dada pelo juiz, importará em suspensão dos direitos políticos, art.
438, CPP.

A jurisprudência admite que essa lista tenha um prazo menor que 01


anos.

A regra na lei é de 01 ano, art. 434 do CPP


Impugnação dos nomes, art. 435 CPP
Autoridades não podem prestar serviço de jurado, art. 437 do CPP
Justo motivo, você requer – art. 437, IX e X c/c art.438 do CPP (cunho
religioso).

Impedimentos específicos – art. 448, §1 CPP

Procedimento escalonado / bifásico

Há duas diferenças entre a 1ª e a 2ª fase. Na primeira, tramita perante


o juiz para que decida pela admissibilidade ou não da acusação. Na 2ª fase,
o processo tramita perante o tribunal do júri completo (presidente + conselho
de sentença). Por isso, a doutrina a 1ª fase de juízo de acusação e a 2ª fase de
juízo de causa.

1ª fase, é a mesma coisa do procedimento ordinário, inclusivo nº de 8


test, art. 406, §2º do CPP.
Nessa fase, ocorrerá o pedido de pronúncia, pois não há como
condenar sem antes ser pronunciado.

Recebida a denúncia, será citado e oferecerá a resposta em 10 dias.


Resposta à acusação com base nos art. 396-A c/c art. 406 §3º do CPP. Se não
for apresentada, aplica-se o art. 408 do CPP. O ART. 409 É RÉPLICA.

AIJ
É igual a AIJ do procedimento ordinário, art. 400 CPP, mas está
previsto no art. 411 CPP.
SENTENÇA DE PRONÚNCIA
Art. 413 CPP. É uma decisão interlocutória mista, não terminativa,
pois ainda que a lei fale sentença, ela encerra uma fase, dando início a 2ª
fase. Cabe RESE, art. 581, IV CPP.

Intimação da pronúncia – art. 420, I, deve ser pessoal. Admite-se


intimação por edital, art. 420, quando ele não for encontrado. Neste caso, se
ele não recorrer mesmo assim, a pronúncia transitará em julgado e será,
inclusive, possível o julgamento à sua revelia, denominado julgamento de
cadeira vazia, art. 457 CPP.

Para a jurisprudência, esse julgamento é de cunho meramente


processual, mera comunicação de ato processual, portanto, se aplica a crimes
ocorridos antes da lei 11.689/08 – STJ – HC 189.563/ES.

Ela só se aplica para os casos em que a lei 9271/96, tendo sido o réu
citado pessoalmente.

Impronúncia – art. 414 CPP.


É uma decisão interlocutória mista terminativa que desafia apelação.
É quando não há indícios de autoria e materialidade. Impronúncia faz cois
julgada formal. Se encontrar novas provas poderá oferecer nova denúncia,
art. 414, §ú do CPP.

Despronúncia é a retratação do juízo no RESE com relação à


pronúncia. Seria uma impronúncia da pronúncia.
30/10/2018

Por fim, admiti-se também nessa juntada outros documentos e


requerimento de diligências.

Despacho saneador art. 423 do CPP

Regras da pauta, art. 429 do CPP (se houver mais de um no mesmo dia
a preferência é do que tiver preso).

Plenário art. 455 e seguintes


Se o MP não estiver presente o juiz adiará o julgamento,
cientificada as partes e testemunhas, art. 455 do CPP. DECORAR O
ART. 456, §1º do CPP.
O juiz verificará também se o advogado do acusado está ausente,
e estando, e não querendo mudar de advogado tal fato será informado a
seccional da OAB e será adiada a sessão de julgamento. Ressalte-se que
o julgamento só pode ser adiado uma única vez em razão a ausência do
advogado, devendo intimar, desde logo a defensoria pública na forma
do art. 456 do CPP.

Agrg HC 392868/MT MP não tem prazo em dobro.

A regra que o plenário não será adiada se a testemunha falta.


Excepcionalmente o júri será adiado quando:
● Foi requerida a intimação por mandado;
● Foi declarado que a testemunha é imprescindível;
● Foi indicada a sua localização.

Não é admitida a intimação por carta precatória (da decisão de


pronúncia até o plenário), pois toda prova deve ser produzida na
presença dos jurados, ainda que por vide conferência, inteligência dos
art. 473 c/c 217 e 222 do CPP.

Início e sorteio dos jurados, art. 463 do CPP.


Deve o juiz verificar a presença dos jurados. O júri só se declara
aberto com a presença de no mínimo 15 jurados dos 25 que compõem
a lista.

Assim, aberta a sessão o juiz fará duas advertências:


● Quanto as causas de impedimento, suspeição e
incompatibilidade, art. 448, 449 e 466 do CPP;
● Quanto ao dever de incomunicabilidade, art. 466, §1º do CPP.

Instrução criminal art. 473 e 474 do CPP.


É diferente do art. 400 CPP, pois aqui vigora o sistema
presidencialista, inteligência do art. 188 do CPP. Já o interrogatório do
acusado será feito diretamente pelas partes, art. 474, §1º CPP.

As perguntas ao acusado não podem ser por escrito, o art. 474 não
o autoriza.

Durante o julgamento o acusado não poderá algemado, súmula


vinculante 11 c/c art. 474, §3º CPP.
Debates orais art. 477 CPP
1h e 30min para cada parte, mais 1h para réplica. Não cabe
inovação de tese em tréplica, STJ HC 143.533DF.

Aparte???
É interromper a fala do outro por até 3 minutos e autorizado pelo
juiz, art. 497, XII CPP.

Todas as provas no júri devem ser juntadas com antecedência


mínima de 3 dias úteis, dando ciência a outra parte, art. 479 do CPP.

Se não respeitado esse prazo a prova será juntada e a audiência


será adiada.

Votação art. 485 CPP


Será em sala secreta recebendo duas cédulas, uma com a palavra
sim e outra com a não, para responder aos quesitos do art. 486 CPP.

As decisões serão tomadas por maioria simples de 4 votos, art.


489 CPP.

Quesitação, já trouxe no conceito anterior, está previsto no art.


482, §ú CPP.

Ordem de quesitação, art. 483 CPP.


A resposta negativa a mais de 3 jurados, aos incisos I e II do art.
483 encerra a votação absolvendo o acusado.

O art. 483 CPP é requisito obrigatório, HC 137.710/GO.

Sentença do plenário.
● Condenatória art. 492, I CPP, fixa a pena base; analisam-se
circunstâncias agravantes e atenuantes, cabendo hoje ou juiz,
reconhecê-las na sentença independentemente de quesitação,
desde que tenham sido alegadas nos debates, por isso, disse
que a defesa na acusação no júri é bifronte, pois é feita perante
os jurados e o juiz presidente.
Por fim, fixam as causa de aumento e diminuição reconhecidas
pelo conselho de sentença.
● Absolutória, art. 492, III CPP,

● Desaforamento, art. 427 e 428 do CPP,

● Desclassificatória, ocorre na segunda fase do júri.


✔ Desclassificação própria: quando um jurado reconhece
que houve um crime, mas não doloso contra a vida. O
juiz assume e julga podendo ainda absolver.

✔ Desclassificação imprópria: reconhece a existência de


um crime e desclassifica para outro do júri também. Ex.:
homicídio para infanticídio (nada mais é do que
emendacio libelli).
A desclassificatória pode ser também para crime que não seja
doloso contra a vida e de competência do juízo singular. Assim, o juiz
presidente será o competente para julga-lo, ainda que se trate de
JECRIM, art. 492, §§ 1º e 2º do CPP. Se for da justiça especializada
deverá declinar. As sentenças DEVEM ser lidas em plenário, art. 493
do CPP.

Teoria geral dos recursos

É o meio pelo qual a parte solicita a modificação ou anulação da


sentença/decisão no todo ou em parte desde que não transitada em
julgado. Recurso é sempre ato da parte.

Deve sempre haver prejuízo, sob pena de não haver interesse


recursal. Atualmente o recurso tem como fundamento a falibilidade e
inconformidade do prejudicado.

Natureza jurídica dos recursos


É uma extensão do direito de ação.

Dobro grau de jurisdição


É um direito de o prejudicado pela decisão se submeter a outro
órgão jurisdicional hierarquicamente superior na estrutura da
administração da justiça.

É um direito fundamental?
Sim. O fato de não haver em outras instâncias o duplo gral de jurisdição
não significa que não exista, pois esse direito não é absoluto, art. 8 item
2 do pacto São José da costa rica.

Recurso de fundamentação livre ou vinculada

Vinculada é quando a lei limita o objeto da impugnação. Ex.


embargos infringentes ou de nulidade art. 609, §ú do CPP.

Recurso voluntário
Vigora nos recursos o princípio da voluntariedade, ou seja,
qualquer manifestação inequívoca do desejo de recorrer, deve ser aceita
desde que feita por meio adequado. Havendo manifestação antagônica
do defensor e do réu prevalecerá a do direito de recorrer, súmula 705
do STF c/c art. 577 e c/c 708 do STF

06/11/2018

Recursos de ofícios

Excepcionalmente temos os arts. 574, 746 do CPP e o art. 7º da lei


1021/50 que concede o recurso nos seguintes casos:

● Sentença que concede HC;


● Sentença que concede reabilitação do réu;
● Decisão de arquivamento de inquérito policial.

Efeitos

Efeito devolutivos
Devolve ao TJ a matéria para rediscutir a matéria, limitando a
atuação do órgão ao objeto da impugnação. É regra, do tantum
devolutum quantum apelatum, que significa uma espécie de correlação
recursal.

Efeito regressivo
O próprio juiz que prolatou a decisão pode reexaminá-la
(possibilidade de retratação) ex. embargos de declaração, art. 619.

Efeito devolutivo propriamente dito


A matéria objeto da impugnação é devolvida para o tribunal
superior.

Efeito devolutivo misto


Previsão de retratação e se não fizer devolve a matéria ao tribunal.
A extensão de determinado recurso, o seu efeito devolutivo é
medido na petição de interposição (Paulo Rangel). As razões são apenas
inconformismos. É a interposição que se estabelece o que será objeto
da impugnação. Inclusive o tribunal permite que o processo suba sem
as razões. No tribunal, intima-se o advogado e se for inerte, o réu deverá
ser intimado para constituir novo advogado. Se não fizer a defensoria o
fará. HC 179776 agr/HC STJ/ HC 71066/ HC 240043

8 – qual recurso que cabe em cada decisão – hipóteses do RESE – art.


593, 581, 606 §ú
9 – Apelação – Impronúncia; Rese – Pronúncia
10 – lei 11343 – laudo técnico

1- Procedimentos/ princípios
2- Sentença aliunde/suicida absolutória própria
3- Recurso; da decisão tal cabe?
4- Provas: regras de provas no CPP 155, 156, 157
5- Procedimento comum: 386, 397,395
6- Maria da penha: c/c 394, III sobre o procedimento Sursi
processual – art. 86
7- Princípios - Identidade física do juiz art. 383, 384
8- Decorar o 564 e o que cabe
9- Recurso -
10- Art. 383, 384 no caso concreto, se o magistrado agiu
corretamente.

Caso 10

Caso 11
Rese – prazo 5 dias
Nexo causal independente

Caso 12
16/12 é o ultimo dia;
Nulidade não é fundamento presumir a culpa no silêncio art. 478, II c/c
564;

Caso 02
O padre não é obrigado a depor em juízo art. 207

Caso 03
Tem nulidade pq o juiz deveria oportunizar a defesa, ou seja deveria
iniciar todo o procedimento, a fim de defender o devido processo legal.
Violou princípio da congruência ou correlação; aplica-se mutatio libele
384

Caso 4
Art. 360, 362, 363, 360
Hipóteses de citação

Caso 6
Não cabe citação por hora certa no JECRIM art. 66 da 9099

Caso 7
Art. 50 da lei 11343 não assiste razão à defesa
Caso 8
RESE no caso de pronúncia; com pedido para desclassifica para culpa
consciente, deveria remeter o recurso ao juízo aquo, pois cabe
retratação.

Caso 9
Nulidade, súmula 206 do STF c/c 449, I do CPP o jurado.

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