Anda di halaman 1dari 6

17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

Introdução à Psicologia do Ser de Abraham


Maslow

por Alexsandro M. Medeiros


lattes.cnpq.br/6947356140810110

postado em mar. 2017

Abrahma Maslow é considerado hoje um importante nome da Psicologia Humanista que,


tal como o behaviorismo e a psicanálise, consiste de um campo de estudo da psicologia que
propõe novos caminhos para pensar o homem e a sociedade, seja em áreas como a educação, a
administração e gestão organizacional, além de propor terapias para o autoaperfeioçoamento. O
próprio Mawslow (s/d, p. 12) considera, na realidade que

a Psicologia Humanista, ou Terceira Força da Psicologia, [é] apenas transitória, uma


preparação para uma Quarta Psicologia ainda “mais elevada”, transpessoal, transumana,
centrada mais no cosmo do que nas necessidades e interesses humanos, indo além do
humanismo, da identidade, da individuação (...) Essas psicologias comportam a
promessa de desenvolvimento de uma filosofia da vida, de um substituto da religião, de
um sistema de valores e de um programa de vida cuja falta essas pessoas estão
sentindo. Sem o transcendente e o transpessoal, ficamos doentes, violentos e niilistas,
ou então vazios de esperança e apáticos. Necessitamos de algo “maior do que somos”,
que seja respeitado por nós próprios e a que nos entreguemos num novo sentido,
naturalista, empírico, não-eclesiástico, talvez como Thoreau e Whitman, William James e
John Dewey fizeram.

O livro Introdução a Psicologia do Ser é uma continuação de uma outra obra de


Maslow, Motivation and Personality, publicado em 1954. Para Maslow (s/d, p. 17), Introdução a
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 1/6
17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

Psicologia do Ser:
É um antecessor do trabalho a ser ainda realizado para a construção de uma Psicologia
e Filosofia Geral, abrangente, sistemática e empiricamente baseada, que inclua as
profundezas e as alturas da natureza humana (...) Por outras palavras, constitui um
esforço para construir, numa base psicanalítica geral e numa base científico-positivista
de Psicologia experimental, a superestrutura eupsiquiana, S-psicológica e
metamotivacional que falta a esses dois sistemas, superando seus limites.

Introdução a Psicologia do Ser é uma obra que se pode considerar ainda uma “pesquisa
piloto”, com observações pessoais, deduções teóricas e hipóteses que precisam ainda de
confrontação científica. Mas as afirmações aí encontradas foram redigidas de modo que possam
ser colocadas à prova, ou seja, demonstrar sua verdade ou falsidade, e que possam gerar novas
pesquisas. “Por todas essas razões, considero que este livro se situa mais no domínio da ciência,
ou pré-ciência, do que no da exortação, ou da filosofia pessoal, ou da expressão literária” (s/d, p.
19). É um trabalho tanto teórico quanto experimental. E com base nesse espírito filosófico
científico, é possível extrair algumas afirmações sobre os pressupostos básicos da Psicologia
Humanista de Maslow (s/d, p. 27/28):

1. Cada um de nós tem uma natureza interna essencial, biologicamente alicerçada, a qual é, em certa
medida, “natural”, intrínseca, dada e, num certo sentido limitado, invariável ou, pelo menos, invariante.
2. A natureza interna de cada pessoa é, em parte, singularmente sua e em parte, universal na espécie.
3. É possível estudar cientificamente essa natureza interna e descobrir a sua constituição (não inventar, mas
descobrir).
4. Essa natureza interna, até onde nos é dado saber hoje, parece não ser intrinsecamente, ou
primordialmente, ou necessariamente, má. As necessidades básicas (de vida, de segurança, de filiação, de
respeito e de dignidade pessoal, e de individuação ou autonomia), as emoções humanas básicas e as
capacidades humanas básicas são, ao que parece, neutras, pré-morais ou positivamente “boas”. A
destrutividade, o sadismo, a crueldade, a premeditação malévola, etc. parecem não ser intrínsecos, mas,
antes, constituiriam reações violentas contra as frustrações das nossas necessidades, emoções e
capacidades intrínsecas (...) A natureza humana está muito longe de ser tão má quanto se pensava. De
fato, pode-se dizer que as possibilidades da natureza humana têm sido, habitualmente, depreciadas.

HIERARQUIA DAS
NECESSIDADES DE MASLOW

Imagem disponível
em: Wikipedia

Acesso em 06/03/2017

5. Se esse núcleo essencial da pessoa for


negado ou suprimido, ela adoece, por
vezes de maneira óbvia, outras vezes de
uma forma sutil, às vezes imediatamente, algumas vezes mais tarde

6. Essa natureza interna não é forte, preponderante e inconfundível, como os instintos dos animais. É frágil,
delicada, sutil e facilmente vencida pelo hábito, a pressão cultural e as atitudes errôneas em relação a ela.
7. Ainda que frágil, raramente desaparece na pessoa normal – talvez nem desapareça na pessoa doente.
Ainda que negada, persiste subjacente e para sempre, pressionando no sentido da individuação (definida
como o processo de realização de potenciais, capacidades e talentos, como realização plena de missão; a
individuação consiste na humanidade plena do indivíduo, no desenvolvimento da natureza humana
biológica e psiquicamente alicerçada).
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 2/6
17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

Maslow acredita que se a verdade desses pressupostos puder ser demonstrada, então
estaremos diante de uma nova visão sobre o homem, sobre o mundo e a sociedade, com um outro
sistema natural de valores e pressupostos morais e, nesse sentido, “Quanto mais aprendemos
sobre as tendências naturais dos homens, mais fácil será dizer-lhe como ser bom, como ser feliz,
como ser fecundo, como respeitar-se a si próprio, como amar, como preencher as suas mais altas
potencialidades” (s/d, p. 29)

Os pressupostos da Psicologia Humanista não eliminam outras áreas da psicologia como o


behaviorismo ou a psicanálise freudiana, mas aponta os limites de considerar o ser humano como
essencialmente reativo “o homem E-R, poderíamos chamá-lo, que é posto em movimento por
estímulos externos, torna-se completamente ridículo e insustentável para as pessoas com
capacidade de individuação” (s/d, p. 62), o que não significa dizer negar a influência que os
estímulos externos do mundo desempenham nos seres humanos. Também não se trata de negar a
psicanálise. “Pelo contrário, adiciona-se-lhe e suplementa-o. Para simplificar a questão, é como se
Freud nos tivesse fornecido a metade doente da Psicologia e nós devêssemos preencher agora a
outra metade sadia” (s/d, p. 30). A psicanálise freudiana nos ensinou que o passado continua
existindo na pessoa no inconsciente, mas é preciso aprender igualmente que “segundo as teorias
do crescimento e da individuação, o futuro também existe agora na pessoa, sob a forma de ideais,
esperanças, deveres, tarefas, planos, metas, potenciais irrealizados, missão, fé, destino, etc.” (s/d,
p. 249). Outro aspecto diferencial é que Maslow sugere a existência de um inconsciente sadio:
“sugerimos também uma integração da racionalidade e da irracionalidade, com a conseqüência de
que a irracionalidade também pode, em seu lugar, ser considerada sadia, desejável ou até
necessária” (s/d, p. 243).

Para Maslow a dor geralmente é associada como algo que deve ser eliminada e,
naturalmente, para isso deve ser tratada, mas tem um fator que precisa ser levado em
consideração, pois a aflição e a dor são necessárias ao crescimento dos indivíduos e por isso não
deve ser vista apenas como algo mal, mas como algo com o qual devemos aprender a lidar e
conhecer suas origens.

Por vezes, podem ser boas e desejáveis. Tendo em vista as boas conseqüências finais.
Não permitir às pessoas que expiem seu sofrimento e protegê-las da dor poderá resultar
numa espécie de superproteção que, por seu turno, implica uma certa falta de respeito
pela integridade, a natureza intrínseca e o desenvolvimento futuro do indivíduo (s/d, p.
33).

Mas a Psicologia Humanista não se fixa ou se detém na dor. Ao contrário, defende a ideia
de que é preciso incorporar ao conhecimento a ideia de que o homem tem uma natureza interna
que passa por um processo de desenvolvimento de individuação, além do conceito “de que o
homem tem o seu futuro dentro dele próprio, dinamicamente ativo neste momento presente” (s/d,
p. 42).

Estudos cada vez mais recentes postulam “alguma tendência para o crescimento ou
autoperfeição, a fim de suplementar os conceitos de equilíbrio, homeostase, redução de tensão,
defesa e outras motivações conservadoras” (s/d, p. 49), ou seja, além de lidar com a doença, é
preciso lidar com o aspecto saudável do ser humano. No mesmo sentido em que nós temos
necessidades básicas de ingerir água, aminoácidos, cálcio, etc., as doenças psíquicas parecem ser
também, algumas pelo menos como a neurose, uma doença de deficiência, que se origina na
privação de certas satisfações, como desejos insatisfeitos de segurança, de filiação, de relações de
amor, respeito, prestígio, etc. “Não ocorreria a ninguém pôr em dúvida a afirmação de que
‘necessitamos’ de iodo ou vitamina C. Quero lembrar que a prova de que ‘necessitamos’ de amor é
exatamente do mesmo tipo” (s/d, p. 49).

Essa tendência para o crescimento precisa ser acompanhada pelo sentimento de


segurança, pois, por analogia, da mesma forma que “somente uma criança que se sente segura se
atreve a progredir saudavelmente. As suas necessidades de segurança devem ser satisfeitas. Ela
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 3/6
17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

não pode ser empurrada para diante” (s/d, p. 76/77), o mesmo se passa com o processo de
individuação, embora “não podemos forçar a pessoa a progredir, apenas podemos instigá-la a que
o faça” (s/d, p. 80). Até que se chegue ao ponto em que tudo passa a acontecer
espontaneamente, sem esforço ou obrigação. Quando se sente segura e certa de sua capacidade
de individuação, a pessoa atua não para evitar a dor, o desprazer ou a morte, mas para aprimorar
suas potencialidades internas e em busca do seu auto aperfeiçoamento.

Assim como todas as árvores precisam de sol, água e alimento do ambiente, também
todas as pessoas necessitam de segurança, amor e status em seu próprio meio.
Contudo, em ambos os casos, isso é justamente onde o verdadeiro desenvolvimento da
individualidade pode começar, pois uma vez saciadas essas necessidades elementares
de toda espécie cada árvore e cada pessoa passa a desenvolver-se em seu estilo
próprio, singularmente, usando essas necessidades para os seus fins particulares. Num
sentido muito significativo, o desenvolvimento torna-se, pois, mais determinado de
dentro para fora do que de fora para dentro (s/d, p. 60).

Essa forma de compreender os indivíduos implica na necessidade de refletir sobre o


aperfeiçoamento da personalidade, sobre a auto análise e reflexão sobre o eu.

Maslow acrescenta ainda outra contribuição importante da psicanálise, que foi a


descoberta de que a maior parte das doenças psicológicas são consequências diretas do medo que
temos de conhecermos a nós mesmos, “as nossas emoções, impulsos, recordações, capacidades,
potencialidades, nosso próprio destino” (s/d, p. 87), uma reação de medo defensiva e até
protetora de nossa auto estima e do nosso amor próprio. “Somos propensos a temer qualquer
conhecimento que possa causar o desprezo por nós próprios, ou fazer sentirmo-nos inferiores,
fracos, inúteis, maus, indignos” (s/d, p. 87).

Mas há outra espécie de verdade que somos propensos a evitar (...) também tendemos
a esquivar-nos ao desenvolvimento pessoal, porque este também pode acarretar outra
espécie de medo, de temor, de sentimento de fraqueza e inadequação. E, assim,
descobrimos outro gênero de resistência, uma negação do nosso lado melhor, dos
nossos talentos, dos nossos mais delicados impulsos, das nossas mais altas
potencialidades, da nossa criatividade (s/d, p. 88).

Embora esse medo seja compreensível, ele deve ser superado. Precisamos descobrir em
nós o nosso lado sadio, nossos talentos, ainda que essa descoberta traga responsabilidades que
podem ser encaradas como fardo e, por isso, evitada. Por isso há uma necessidade de , o saber
que nos leva

a uma relação dialética de vaivém que, simultaneamente, é uma luta entre o medo e a
coragem. Todos aqueles fatores psicológicos e sociais que aumentam o medo sufocarão
o nosso impulso para saber; todos os fatores que permitem a coragem, a liberdade e a
audácia libertarão também, por conseguinte, a nossa necessidade de saber (s/d, p. 95).

Essa necessidade de saber se deve ao fato de que podemos e devemos conhecer nossas
potencialidades que nos ajude a percorrer o caminho do processo de individuação e que nos
conduza a níveis superiores de amadurecimento humano. Em tais níveis

são transcendidas, resolvidas ou fundem-se muitas dicotomias, polaridades e conflitos.


As pessoas capazes de individuação são, simultaneamente, egoístas e altruístas,
dionisíacas e apolíneas, individuais e sociais, racionais e irracionais, fundem-se com
outras e mantêm-se separadas das outras, etc. O que eu pensava ser uma seqüência
contínua em linha reta, cujos extremos eram polares, resultou se, afinal de contas, mais
parecido com círculos ou espirais, em que os extremos polares se tocam e se fundem
numa unidade (s/d, p. 120).

E se estas suposições estão corretas, então é preciso investigar o aspecto saudável do ser
humano que nos ajude a compreender melhor esse outro aspecto da nossa personalidade. E da
mesma forma como Freud chegou a suas teorias estudando as neuroses humanas, podemos
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 4/6
17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

seguir o mesmo caminho mas, agora, estudando pessoas saudáveis, sejam artistas, intelectuais ou
outros tipos de pessoas criadoras, pessoas religiosas, pessoas que experimentam grandes
introvisões psíquicas e outras experiências importantes de crescimento, inclusive a experiência
mística.

Maslow considera bastante significativo que as experiências místicas tenham sido descritas
de formas muito semelhantes por pessoas das mais variadas religiões e em todas as culturas. “Os
grandes criadores, digamos, tal como foram antologicamente reunidos por Brewster Ghiselin (54a),
descreveram seus momentos criativos em termos quase idênticos, embora fossem poetas,
químicos, escultores filósofos e matemáticos” (s/d, p. 114).

Entre as características objetivamente estudadas por Maslow (s/d, p. 189) descritíveis e


mensuráveis do ser humano sadio ele destaca:

1. uma percepção mais clara e mais eficiente da realidade;


2. mais abertura à experiência;
3. maior integração, totalidade e unidade da pessoa;
4. maior espontaneidade, expressividade; pleno funcionamento; vivacidade;
5. um eu real; uma firme identidade; autonomia, unicidade;
6. maior objetividade, desprendimento, transcendência do eu;
7. recuperação da criatividade;
8. capacidade para fundir o concreto com o abstrato;
9. estrutura democrática de caráter;
10. capacidade de amar, etc.

“Tudo isso necessita de confirmação e exploração através de pesquisas, mas é evidente


que tais pesquisas são exeqüíveis” (s/d, p. 189), ou pelo menos a maioria delas. Por exemplo,
Maslow está ciente de que nem todas estas ideias são facilmente exequíveis de observação. Não é
fácil, por exemplo, definir para fins de pesquisa, como as “satisfações da necessidade por déficit e
as satisfações da necessidade de crescimento têm efeitos subjetivos e objetivos diferenciais sobre
a personalidade” (s/d, p. 58) e que a primeira evita a doença e a segunda produz a saúde. Alguns
aspectos ainda estão muito limitados ao domínio do teórico, mas quem disse que a ciência não se
faz primeiramente construindo teorias, até que se possa testar tais hipóteses?

Por hora, é preciso levar em consideração as poucas pesquisas com pessoas saudáveis, o
que nos permite pensar que “a doença geral da personalidade é definida como qualquer condição
em que a pessoa fica aquém do seu pleno desenvolvimento, ou individuação, ou plena realização
da sua humanidade” (s/d, p. 228). A principal fonte de doença, nesse caso, mas não a única, se
deve a não satisfação de necessidades básicas e a ausência de necessidades de crescimento, como
o amor, cuja ausência

certamente sufoca as potencialidades e pode até matá-las [...] o não-amor da mãe ou


do parceiro sexual gera o oposto – ansiedade, falta de confiança em si próprio,
sentimentos de insignificância, de ‘não-prestar’, e expectativas de ridículo – tudo isso
fatores inibitórios do desenvolvimento e da individuação. Toda experiência personológica
e psicoterapêutica é testemunha deste fato: o amor realiza e o não-amor frustra (s/d, p.
127/128).

Os dados até aqui analisados sugerem que estamos lidando com algo inerente à natureza
humana “uma potencialidade dada a todos ou à maioria dos seres humanos no nascimento, a
qual, com freqüência, se perde, ou é enterrada, ou inibida, quando a pessoa é enculturada” (s/d,
p. 171) e que é preciso pensar os indivíduos a partir de suas potencialidades e forças criativas –
que Maslow chama de criatividade individuacionante (s/d, p. 170).

https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 5/6
17/06/2019 Introdução à Psicologia do Ser de Abraham Maslow :: Sabedoria Política

Considerações Finais

O homem tem uma tendência para “realizar-se”. Esse núcleo interno, esse eu real, é bom,
ético, digno de confiança? Maslow afirma positivamente.

Mas é preciso considerar “que a tendência para evoluir no sentido da plenitude humana e
da saúde não é a única tendência que se encontra no ser humano... podemos também encontrar
nessa mesma pessoa desejos de morte, tendência para o medo, a defesa e a regressão, etc.” (s/d,
p. 188). É preciso considerar as forças regressivas que atuam em nossa psyché. “Também temos
de encarar frontalmente o problema do que se levanta no caminho do desenvolvimento, quer
dizer, o problema de cessação de crescimento e evasão de crescimento, de fixação, regressão e
conduta defensiva” (p. 196).

Mas há um outro conjunto de forças e impulsos que nos direcionam no sentido de uma
auto realização, mas que são facilmente ocultados pelo hábito e pelos valores sócio culturais. “Há
dois conjuntos de força puxando o indivíduo, não uma apenas. Alem das pressões no sentido do
desenvolvimento e da saúde, existem também pressões regressivas, geradas pelo medo e
ansiedade, que o empurram para a doença e a fraqueza” (s/d, p. 197). Mas se por um lado
precisamos considerar as fraquezas humanas, precisamos compreender igualmente suas
tendências sadias, sob pena de cometer o erro de patologizar tudo. Precisamos compreender as
fraquezas humanas porque elas também nos ajudam a compreender o fortalecimento de nosso
processo de individuação. “Somente por uma completa apreciação dessa dialética entre doença e
saúde poderemos contribuir para que a balança penda a favor da saúde” (s/d, p. 199).

Quanto maior a maturidade psicológica, mais as pessoas tendem espontaneamente a


escolher o bem e não o mal, a beleza e não a fealdade, a integração e não a dissociação, a alegria
e não a tristeza, a vivacidade e não a apatia, tais são os valores percebidos nas experiências
analisadas por Maslow, quer dizer, o que as pessoas sadias escolhem é o que, no geral, é ‘bom
para elas’ e para as outras pessoas, ainda que a longo prazo, e é o que as pessoas doentes
também escolheriam se pudessem tornar-se melhores escolhedores.

Tais princípios nos remetem a algo que está presente em boa parte das religiões humanas,
entendidas como expressões de uma aspiração humana. As descrições fornecidas por pessoas
auto-realizadoras ou individuacionantes equipara-se em muitos pontos, segundo Maslow, aos
ideais recomendados pelas religiões, como: a transcendência do eu, e sua fusão com o verdadeiro,
o bom e o belo, a busca pela sabedoria, a renúncia de desejos ‘inferiores’ em favor dos
‘superiores’, maior amizade e gentileza. Esses aspectos têm sido grandemente negligenciado pelas
atuais escolas de psicologia, e a Psicologia Humanista de Maslow vem para preencher essa lacuna
e contribuir com uma nova visão sobre a psyché humana.

Referência

MASLOW, Abraham H. Introdução à Psicologia do Ser. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de


Janeiro: Livraria Eldorado Tijuca, s/d.

Espiritualidade e Política → Espiritualidade e Ciência → Espiritualidade e Psicologia → Introdução à


Psicologia do Ser de Abraham Maslow

https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/introducao-a-psicologia-do-ser/ 6/6

Anda mungkin juga menyukai