RESUMO
INTRODUÇÃO
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Doutora em Ciências da Educação; Mestre em Educação; Especialista em: Psicopedagogia,
Língua Portuguesa - com ênfase em Linguística e Produção de Texto Português, Literatura;
Metodologia do Ensino Superior, e Educação a Distância. Graduada em: Letras e Pedagogia.
em que as tecnologias mediadas pela internet avançam consideravelmente e
desenfreadamente percebe-se sua presença também na área do ensino, o que implica
em mudanças consideráveis quanto às formas de ensinar e aprender, na
contemporaneidade.
Em face deste discurso, busca-se nesta pesquisa, suscitar reflexões acerca dos
papéis de professor, tutor e aluno sujeitos que estão envolvidos na EaD. Ademais, este
estudo nos impele a tecer possíveis discussões, relacionando os componentes, ou seja,
os sujeitos da EaD com a importância do papel de cada um deles no processo de
ensino e aprendizado.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este artigo tece discursos com vistas a suscitar reflexões acerca do papel de
professores, tutores e alunos no processo de ensino-aprendizagem, especialmente em
se tratando da educação contemporânea, nos direcionando aqui, à Educação na
modalidade à Distância – EaD, mas o que vem a ser a EaD? Como ocorre a questão
que envolve o ensino e a aprendizagem nesta modalidade? Para maiores
esclarecimentos sobre estes e outros questionamentos tornam-se relevantes algumas
definições e trajetória da EaD e por fim, sintetizar discursos referentes à utilização dos
recursos da EaD.
Embora, a EaD no Brasil tenha ganhado corpo em 1992, antes, porém vale
ressaltar a sua trajetória até este marco. Assim, A EaD no Brasil, historicamente
falando, começa em 1904 com as Escolas Privadas; em 1923 temos este ensino via
Rádio Roquete Pinto; em 1937 Rádio Difusão; 1939 Instituto Monitor; 1941 Instituto
Universal Brasileiro; 1961 MEB; 1965 TVE’S; 1970 FRM2 Telecursos; 1972 Visita
Inglaterra; 1989 Rede Nacional Pesquisa; 1990 Teleconferências; 1992 UnAB-DF3.
Esse período em se tratando da EaD foi marco mundial no Brasil e a partir disso tem-se
evoluído muito: Cursos Superiores 1994, internet nas IES 1995, Mestrado a distância
1996, Ambientes Virtuais 1997, 1999 Cooperação em EaD e em 2005 Universidade
Aberta do Brasil – UaB.
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Fundação Roberto Marinho
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Universidade Aberta
Quanto à legislação que rege a educação a distância (EaD) no Brasil foi
oficializada da seguinte forma:
1996
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº.
9.394, de 20 de dezembro de 1996);
1997
Resolução nº 1, de 26/02/97 - Fixa condições para validade de
diplomas de cursos de graduação e de pós-graduação em níveis
de mestrado e doutorado, oferecidos por instituições
estrangeiras, no Brasil, nas modalidades semi-presenciais ou a
distância. (Revogado pela Resolução CNE/CES nº.1, de
03/04/01).
1998
Decreto nº. 2.494, de 10/02/98 - Regulamenta o Art. 80 da LDB;
(Revogado pelo decreto nº. 5.622, de 19/12/05).
Decreto nº. 2.651, de 27/04/98 - Altera a redação dos artigos 11
e 12 do Decreto n.º 2.494; e (Revogado pelo decreto nº. 5.622,
de 19/12/05).
Portaria ministerial nº. 301, de 07/04/98 - Normatiza os
procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta
de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a
distância. (Revogado pela Portaria Ministerial nº. 4.361, de
29/12/04).
2001
Resolução CNE/CES nº. 1 de 03/04/01 - Estabelece normas
para o funcionamento de cursos de pós-graduação lato e stricto
sensu.
2002
Portaria n° 335, de 06/02/02 - Cria a Comissão Assessora para a
Educação Superior a Distância.
2004
Portaria nº. 4.059 de 10/12/04 - Regulamenta a oferta de
disciplinas integrantes do currículo na modalidade semi-
presencial. (20% da carga horária dos cursos superiores).
Portaria nº. 4.361 de 29/12/04 - Protocolo de documentos por
meio do Sistema de Acompanhamento de Processos das
Instituições de Ensino Superior - SAPIEnS/MEC.
2005
Decreto nº. 5.622, de 19/12/05 – Regulamenta o art. 80 da LDB
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. (Art.
34 Revogado pelo Decreto nº. 6.303, de 12/12/07).
2006
Decreto nº. 5.773, de 09/05/06 - Dispõe sobre o exercício das
funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de
educação superior e cursos superiores de graduação sequenciais
no sistema federal de ensino. (§§ 1ºe 2º do art. 59 Revogado
pelo Decreto nº. 6.303, de 12/12/07).
Portaria MEC nº. 873/06, 00/00/00 – Autoriza em caráter
experimental, as Instituições Federais de Ensino Superior para a
oferta de cursos superiores a distância.
2007
Decreto nº. 6.303 de 12/12/07 - Altera os dispositivos do decreto
nº. 5.622 (que regulamenta o art. 80 da LDB) e do decreto nº.
5.773 que dispõe sobre o exercício das funções de regulação,
supervisão e avaliação de instituições de educação superior e
cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema
federal de ensino.
Portaria Normativa nº. 1 de 10/01/07 - Estabelece o calendário
de avaliações do Ciclo Avaliativo do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Superior - SINAES. (Triênio 2007/2009).
2007
Portaria Normativa nº. 2 de 10/01/07 - Dispões sobre os
procedimentos de regulação e avaliação do ensino superior na
modalidade a distância. (Revogado pela Portaria Ministerial nº.
40, de 12/12/07).
Portaria Normativa N. 40 de 12/12/07 - Institui o e-MEC, sistema
eletrônico de fluxo de trabalho e gerenciamento de informações
relativas aos processos de regulação da educação superior no
sistema federal de educação.
Vale ressaltar que algumas regiões possuem legislação estadual, são elas: MT,
CE, PI, MS, SP, PR, ES, SC, RS.
Nesse cenário, a EaD vem ganhando espaço e notoriedade, mas para que essa
modalidade ensino torne-se cada vez mais eficaz, exigem-se novos atores para este
amplo cenário. Neste sentido, evidenciam-se os papeis e funções de professores,
tutores e alunos, que juntos, porém com responsabilidades, compromissos e obrigações
divergentes caminham em um mesmo rumo: à construção do conhecimento.
Por outro lado, vê-se a realidade do tutor, que muitas vezes tem turmas com
número excessivo de alunos e, por vezes, este mesmo tutor desenvolve dois papéis,
simultaneamente: o de professor e o de tutor, fato este, observado em algumas
instituições, inclusive na IES investigada neste estudo. Tal situação, sem dúvida,
dificulta o trabalho desse profissional e, a consequência disso é a falta de tempo, ou
melhor, o tempo é insuficiente para prestar maior atenção ao desenvolvimento
intelectual do aluno.
Diante desse real quadro de algumas IES que trabalham com cursos na
modalidade a distância, tem-se a etapa seguinte, que na maioria das vezes, é a
desmotivação do aluno, e conseguintemente, a desistência e o abandono do curso.
Dentre os inúmeros itens que caracterizam o perfil deste aluno temos como
tarefa dele: organizar um tempo para os estudos, ler textos, slides e assistir aos vídeos
postados; procurar outras fontes para aprimorar os seus conhecimentos etc.
Conclusão
Referências