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Felipe Paulino de Lima - RA 2007525

Atividade Prática Supervisionada (APS)


Psicanálise
Professor Armando Chibante Pinto Coelho

São Paulo
2019

Ana Paula Molina Barroco - RA 2569289

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Felipe Paulino de Lima - RA 2007525
Kevin Martins - RA 2070430
Leandra Vidal - RA 2469585
Maria Cícera da Silva - RA 2477714
Vitória Beatriz C. do Nascimento - RA 2428078

Relatório de Caso Clínico

São Paulo
2019
Relatório de Caso Clínico

Caso clínico
Mulher, 37 anos, solteira, sentindo-se ansiosa e preocupada com a percepção de
rugas em volta dos olhos, precisou ir ao oftalmologista, pois está com a visão
embaçada. Fizeram alguns exames para verificar dosagem glicêmica, fundo de olho,
pressão de olho, nervo óptico, cristalino, retina, problemas hormonais, mas nada foi
encontrado. Sempre foi muito bonita, chamando a atenção de homens e mulheres,
nos lugares que frequentava. Sempre foi muito afetiva, sentia facilmente o que as

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amigas sentiam, sofrendo com elas os desapontamentos amorosos. Muito sedutora,
está sempre fantasiando novas conquistas, precisando muito ser vista e admirada.
Não sabe por que mas acha que sempre foi muito de olhar o que as pessoas fazem
quando namoram em lugares públicos. Está negociando a abertura de uma
representação de óculos importados, que sabe que será um sucesso no Brasil.
Pretende abrir a loja ao lado da loja rival, e a priori sabe que conquistará mais clientes.
Embora tenha tido muitos pretendentes, não quer se ligar profundamente em nenhum,
pois sabe que todo homem, no fundo, não quer saber de mulheres. Vive cuidando
para que a mãe não a faça passar vexames, pois sempre a sentiu como uma figura
ridícula e não sabe o motivo. Sempre atenta à moda e ao que há de último em estética
nas páginas de revistas internacionais, parece em alguns momentos ser uma síntese
de figuras femininas interessantes e de destaque. Em sessões terapêuticas que faz
para manter a mente bela e jovem, vive fazendo teses sobre “A beleza”, “O corpo
saudável”, “O poder feminino”.

Diagnóstico:
Histeria de conversão: estratégia defensiva onde um conflito de natureza psíquica é
transposto para o corpo causando um sintoma físico. No caso da paciente o conflito
psíquico é a ansiedade causada ao perceber rugas ao redor de seus olhos,
ocasionando o sintoma físico da visão embaçada.
Quando criança, fantasiava sobre o pai, desejando ser sua namorada. Por ser algo
não permitido, há uma primeira rejeição, resultando posteriormente no argumento de
que homens não querem saber de mulheres. Além disso, tal fantasia sobre seu pai
também colaborou para que a paciente achasse sua mãe ridícula, uma vez que a
enxergava como uma rival na sua fantasia com o pai.

Cena Primária:
Contemplação do coito dos pais: desejo infantil de espiar (se manifesta em torno dos
3 anos de idade), também revelando uma característica voyerista da paciente.

Mecanismos de Defesa:
1. NEGAÇÃO:
Mecanismo de defesa no qual o sujeito tenta não aceitar algum fato que perturbe seu
ego. No caso da paciente, esse mecanismo se dá nas seguintes situações:

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"Não sabe por que mas acha que sempre foi muito de olhar o que as pessoas fazem
quando namoram em lugares públicos." - a paciente possui impulsos de natureza
voyerista (gostar de olhar pessoas namorando em locais públicos, gostar de seduzir
e ser olhada, pretende abrir uma loja de óculos ao lado do concorrente) e sabe disso.
Portanto, para ela é uma grande ameaça admitir tais impulsos.
"(...)sentindo-se ansiosa e preocupada com a percepção de rugas em volta dos olhos,
precisou ir ao oftalmologista, pois está com a visão embaçada. Fizeram alguns
exames para verificar dosagem glicêmica, fundo de olho, pressão de olho, nervo
óptico, cristalino, retina, problemas hormonais, mas nada foi encontrado" - a vista
embaçada é uma defesa do ego para que ela não possa enxergar suas rugas,
negando seu envelhecimento.
"Está negociando a abertura de uma representação de óculos importados, que sabe
que será um sucesso no Brasil." - fantasiar a satisfação de um desejo também é uma
forma de negação, que no caso se dá pela idealização de que a abertura de sua nova
loja será um sucesso.

2. CONVERSÃO:
Se dá através da transposição de um conflito de natureza psíquica descarregado no
corpo, causando um sintoma físico no indivíduo. Podemos observar um exemplo de
conversão na seguinte situação:
"Mulher, 37 anos, solteira, sentindo-se ansiosa e preocupada com a percepção de
rugas em volta dos olhos, precisou ir ao oftalmologista, pois está com a visão
embaçada." - o fato da paciente não querer enxergar seu processo de envelhecimento
(caracterizado pelo aparecimento de rugas ao redor dos olhos) fez com que o corpo
refletisse tal desejo em forma de sintoma físico, que no caso se deu pela visão
embaçada.

3. RACIONALIZAÇÃO:
Direcionou seu impulso voyerista para a criação de uma loja de óculos (?)

4. PROJEÇÃO:
Quando aspectos do próprio indivíduo são atribuídos a outros indivíduos, objetos ou
indivíduos.

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"Vive cuidando para que a mãe não a faça passar vexames, pois sempre a sentiu
como uma figura ridícula e não sabe o motivo." - projeta na mãe características suas,
pois no fundo é ela quem se acha ridícula.
"Embora tenha tido muitos pretendentes, não quer se ligar profundamente em
nenhum, pois sabe que todo homem, no fundo, não quer saber de mulheres." - projeta
nos homens o fato deles não se interessarem por mulheres pois, na realidade, é ela
quem não quer saber dos homens.

5. IDENTIFICAÇÃO:
Mecanismo que faz o indivíduo incorporar aspectos externos, tornando-se um
prolongamento dele.
"Sempre foi muito afetiva, sentia facilmente o que as amigas sentiam, sofrendo com
elas os desapontamentos amorosos." - o fato da paciente sentir o que as amigas
sentem demonstra sua identificação e empatia por elas.

6. INTROJEÇÃO:
É similar o mecanismo de identificação, porém não há a transformação do sujeito no
objeto admirado.
"Sempre atenta à moda e ao que há de último em estética nas páginas de revistas
internacionais, parece em alguns momentos ser uma síntese de figuras femininas
interessantes e de destaque." - a paciente é uma síntese de várias mulheres,
considerando como seus alguns atributos desejáveis de um grupo que
pertence/gostaria de pertencer.

7. INTELECTUALIZAÇÃO;
Mecanismo com o intuito de negar ou entender um conflito através de especulações
teóricas, porém sem propor ou aceitar mudanças.
"Em sessões terapêuticas que faz para manter a mente bela e jovem, vive fazendo
teses sobre “A beleza”, “O corpo saudável”, “O poder feminino”." - usa de teorizações
para não lidar com seus sentimentos.

Conduta do Terapeuta:
A atuação do psicólogo será realizada por meio da análise da transferência (pela
compreensão das fantasias e conflitos do inconsciente) e da contratransferência

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onde, por fim e com êxito, o paciente poderá ressignificar seus padrões de
relacionamentos antigos e primitivos bem como de suas figuras da infância, a fim de
que se cessem seus sintomas.

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