SUMÁRIO
1 - NOÇÕES DE DESENHO ARQUITETÔNICO
2 - CONVENÇÕES DO DESENHO TÉCNICO
3 - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
4 - SISTEMAS ESTRUTURAIS
5 - LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS 2
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
ALGUMAS DEFINIÇÕES:
Arquitetura: produto ou resultado do trabalho arquitetônico,
edifícios. Um estilo ou m´todo de construção de um povo ou
período. A profissão de projetar edifícios e ou ambientes
habitáveis. A ação consciente de formar elementos que resultam
em uma estrutura unificadora e coerente. (CHING, 2000, p.09)
a) A0 – 841 x 1.189mm
b) A1 – 594 x 841mm
c) A2 - 420 x 594mm
d) A3 – 297 x 420mm
e) A4 – 210 x 297mm Esquema 01: tipos de linhas.
f) A5 – 148 x 210mm
As escalas devem ser lidas 1:50 (um por cinqüenta), 1:10 2.3.1 SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO
(um por dez), 1:25 (um por vinte e cinco), 10:1 (dez por um), etc. Conforme o sistema de projeções ortogonais da geometria
Em desenhos antigos pode-se encontrar, por exemplo, a escala de descritiva um objeto tridimensional é representado em planos
0,05 (cinco centésimos). Se fizermos as operações, encontraremos: horizontais ou verticais. As informações do objeto são projetadas
(rebatidas) ortogonalmente (90º) nos planos geométricos e a
0,05 = 5 / 100 = 1 / 20, ou seja, 1:20 (um por vinte) representação nos planos é feita de acordo com a técnica
notação atual convencionada do desenho arquitetônico
• Plano horizontal: planta baixa, de situação, locação e coberta
Escalas utilizadas para desenhos arquitetônicos: • Plano vertical: cortes e fachadas de um edifício
1:1000/2000/5000 = estudos urbanos ou plantas de situação • Um objeto pode ser bem representado por uma só vista ou
1:200 ou 1:100 = rascunhos / estudos (papel manteiga) projeção
1:100 = anteprojeto – plantas, fachadas, cortes • Haverá casas ou objetos que somente são corretamente
perspectivas definidos mediante uma maior quantidade de vistas
1:100 = desenhos de apresentação – plantas, fachadas,
cortes, perspectivas, projeto para Prefeitura 2.3. 2 PLANTA BAIXA: É o corte da edificação por um plano
1:50 = execução (desenhos bem cotados) horizontal, numa altura aproximada de 1,50m acima do piso. Os
1:10, 1:20 e 1:25 = detalhes elementos cortados pelo plano são feitos com traço grosso e no
1:50 = projetos especiais – fundações, estrutura, restante usa-se o traço fino.
instalações, etc. 8
10
2.3.10 PERSPECTIVA:
Enquanto Plantas e 11
fachadas são desenhos
com duas dimensões, a
perspectiva mostra as
coisas como nós vemos,
com três dimensões. Ela
mostra os objetos como
eles aparecem à nossa
vista, como um volume,
dá a visão de conjunto
do objeto, mas não
permite tomar medidas.
Diferentes materiais desempenham na construção as funções de: 3.2.3 ARGAMASSA: é uma mistura feita com agregados,
Vedação: Tijolos, vidros, madeira, etc aglomerantes e água, sendo utilizada para o revestimento de
Proteção: Tintas, vernizes, impermeabilizantes, etc pisos, tetos e paredes, assentamento de tijolos, blocos, azulejos,
Estrutural: Madeira, aço, concreto, alvenaria, etc ladrilhos, reparo em obras, etc.
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
Entre os componentes das janelas tem-se: No que concerne às cerâmicas e porcelanatos especificamente, sua
a) Caixilho (quando houver vidros) e) Ferragens resistência é dada por um coeficiente denominado PEI que varia de
b) Batente Capiaço (elemento de 01 para as placas mais frágeis e 05 para as mais duras. A sigla PEI
c) Guarnição alvenaria) origina-se do laboratório que desenvolveu este método de ensaio (
d) Folhas g) Peitoril Porcelain Enamel Institute), e indica um índice de resistência ao
h) Pingadeira desgaste superficial em placas cerâmicas esmaltadas para
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
revestimento (expostas a uma carga abrasiva a um determinado a) Colocação e teste das instalações hidrossanitárias
número de giros). b) Superfícies limpas e úmidas
c) Superfícies desempenadas, prumadas, alinhadas e niveladas
A análise da superfície das placas cerâmicas, é efetuada a olho nu,
sob iluminação adequada, para detectar defeitos que São revestimentos argamassados:
comprometam a estética do produto, tais como bolhas, pintas,
furos, saliências, lascamentos, erros na decoração, etc, sendo os a) chapisco (cimento + areia grossa)
produtos classificados como: b) emboço (cimento + areia média + barro)
c) reboco (cimento + areia fina + barro)
a) Extra (A) - Defeitos visíveis até 1m de distância; d) barra lisa de cimento (areia + cal e cimento)
b) Comercial (C) - Defeitos visíveis de 1m a 3m de distância; e) estuque
c) Refugo (D) - Defeitos visíveis acima de 3m de distância f) granilite / marmorite (juntas de pvc)
d) Por norma, o consumidor deve receber 95% das placas g) revestimentos texturizados
dentro do padrão de qualidade pelo qual pagou. h) massa corrida (pva)
i) gesso
Para ser assentado, um piso requer uma base firme e quase
sempre plana (exceto para pisos de resina auto-nivelantes como o
resinfloor ou os pisos epóxi). Pedras, cerâmicas e ladrilhos são
geralmente colados com uma argamassa rica em aglomerantes 16
sobre uma base de concreto (contra-piso ou piso morto). Dentre
diferente tipos de pisos são citáveis:
a) Madeiras: Assoalhos/tacos
b) Cerâmicos: PEI (1 > 5)
c) Ladrilhos hidráulicos
d) Pedras: naturais ou artificiais
e) Sintéticos: Resinas, vinílicos, fenólicos
f) Vidros
g) Fibras
04 – SISTEMAS ESTRUTURAIS
17
Figura 37: exemplos de pisos e revestimentos.
4.2.5: LAJE COGUMELO: Laje apoiada diretamente sobre os Figura 41: 4.2.4:Laje do tipo colméia.
pilares. Não existem vigas entre os pilares. Podem ser fabricadas
com laje maciça, treliçada ou colméia.
20
a) Liberdade no projeto de
arquitetura
b) Maior área útil
c) Flexibilidade
d) Compatibilidade com outros
materiais
e) Menor prazo de execução
f) Racionalização de materiais e
mão-de-obra
g) Alívio de carga nas fundações
h) Garantia de qualidade
i) Antecipação do ganho
j) Organização do canteiro de obras
k) Precisão construtiva
l) Reciclabilidade
m) Preservação do meio ambiente
21
Figura 46: exemplo de estrutura de madeira, residência Hélio & Entre os diversos sistemas estruturais metálicos as treliças se
Olga. Arquiteto Carlos Acayaba destacam como um grupo bastante utilizado. Conforme o tipo de
carga nodal que recebe, e conforme a direção dos esforços
4.7: ESTRUTURAS METÁLICAS: se as grandes construções da atuantes, e sua organização espacial, treliças podem ser agrupadas
segunda metade do século XIX até os finais do século XX recorrem em duas categorias:
em sua maioria aos sistemas estruturais de concreto armado ou
protendido, o século XXI provavelmente será marcado pela 4.7.1: TRELIÇA PLANA: Estrutura formada por barras coplanares
utilização maciça dos sistemas de estruturas metálicas as quais, articuladas entre si e submetidas a carregamentos nodais.
entre suas diversas vantagens citam-se:
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
iv. área não computável – área construída não considerada para xxix. lotes ou glebas sub-utilizados - áreas públicas ou particulares,
efeito de cálculo do coeficiente de aproveitamento, tais com edificação abandonada, ociosas ou utilizadas por alguma
como, pergolados, beirais, caramanchões, guaritas, garagens, forma de ocupação transitória ou móvel ou ainda, cujo
depósitos de lixo, depósitos de gás; casas de máquinas e sub- coeficiente de aproveitamento seja inferior a 0,1 (zero vírgula
estações. um) e que não atendam às funções sócio-ambientais da
(...) propriedade expressas nesta Lei.
viii. área permeável - área do lote onde é possível infiltrar no solo (...)
as águas pluviais, limitada em, no mínimo, 20% (vinte por xxxvi. recuo - a menor distância entre a divisa do terreno e o limite
cento) do terreno. externo da projeção horizontal da construção, em cada um
ix. área útil - a área interna total dos compartimentos com dos seus pavimentos, não sendo considerada a projeção de
exceção das ocupadas pelas paredes. beirais e marquises, denominando-se recuo frontal quando se
(...) referir aos limites com logradouros ou vias públicas e recuos
xii. coeficiente de aproveitamento - o índice que se obtém de fundos e laterais, quando se referir às divisas com outros
dividindo-se a área construída pela área do lote. lotes.
xiii. coeficiente de aproveitamento básico - é o coeficiente de (...)
aproveitamento do solo para todos os terrenos estabelecidos xl. taxa de impermeabilização - o índice que se obtém dividindo-
no território do Município. se a área que não permite a infiltração de água pluvial pela
xiv. coeficiente de aproveitamento máximo - é o coeficiente área total do lote.
máximo de aproveitamento do solo, permitido nas zonas xli. taxa de ocupação - o índice que se obtém dividindo-se a área 23
adensáveis. correspondente à projeção horizontal da construção pela área
(...) total do lote ou gleba, não sendo considerada a projeção de
xxi. xxi. gabarito - distância vertical medida entre o meio-fio e um beirais e marquises.
plano horizontal tangente à parte superior do último elemento
construtivo da edificação. 5.2.2: APLICAÇÃO PRÁTICA DO COEF. DE APROVEITAMENTO:
(...) A aplicação do coeficiente de aproveitamento máximo é permitida
xxvi. loteamento clandestino - parcelamento do solo não aprovado através da utilização dos instrumentos de outorga onerosa ou
pelo Município e não registrado em cartório. transferência de potencial construtivo. Vamos avançar um pouco:
xxvii. loteamento irregular - parcelamento do solo aprovado pelo
Município, não registrado em cartório e/ou não executado
conforme projeto licenciado.
xxviii. lote padrão - o menor lote admitido para parcelamento, com
exceção daqueles passíveis de intervenções em Áreas Especiais
de Interesse Social.
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
Como exemplo, vamos trabalhar com cálculo de aproveitamento 5.3.1: Conceitos importantes:
para o terreno abaixo.
I – Alvará, o documento expedido pelo Município destinado ao
1. Dados: licenciamento da execução de obras e serviços; edificação já
ÁREA DO TERRENO: existente;
2.000m² II – Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e Registro de
COEF. APROV.: 3,5 Responsabilidade Técnica (RRT), documentos que comprovam o
ALTURA: 90m ou registro da obra perante o Conselho Regional de Engenharia e
(90/3) 30 pavimentos. perante o Conselho de Arquitetura e Urbanismo;
III– consulta prévia, a análise técnica preliminar do projeto
2. Cálculo para arquitetônico, executada, mediante solicitação do interessado,
estimar o potencial pelo órgão municipal de licenciamento e controle, expedida em
construtivo do terreno: fase anterior à aprovação do projeto;
ÁREA COMPUTÁVEL: 2.000m² x 3,5 = 7.000m² XXIX – Habite-se, o documento expedido pelo Município atestando
Desses 7.000m2 temos: que o imóvel encontrase em condições de habitabilidade.
ÁREA COMUM 20%: 7.000 x 20% = 1.400m²
ÁREA PRIVATIVA 80%: 7.000 x 80% = 5.600m² 5.3.2: DA CLASSIFICAÇÃO E E DO DIMENSIONAMENTO DOS
COMPARTIMENTOS
Para o cálculo do número de apartamentos, aproveitamos 28 24
pavimentos, porque o primeiro pav. é destinado a recepção salão Todo compartimento da edificação deve ter dimensões e formas
de festas e o ultimo para caixa d’água e de mais estruturas; então adequadas, de modo a proporcionar condições de higiene,
se colocarmos 2 aptos/pavimentos teremos: salubridade e conforto ambiental, condizentes com a sua função e
28 x 2= 56 aptos. habitabilidade.
ÁREA PRIVATIVA DO APTO = 5.600m² / 56 aptos = 100m²/apto Conforme sua destinação, os compartimentos da edificação, de
acordo com o tempo de permanência humana em seu interior,
5.3: CÓDIGO DE OBRAS classificam-se em:
25
DESENHO ARQUITETÔNICO – PROFESSOR PABLO SOUSA
06 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CAROL, Francisco José. Noções de arquitetura e representação
gráfica. Disponível em:
<<http://cursos.unisanta.br/projeto/images/Apostila.zip>> acesso
em 19, ago., 2006.