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À G∴ D∴ G∴ A∴ D∴ U∴

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RITUAL DO SIMBOLISMO MAÇÔNICO

APRENDIZ-MAÇOM
R∴ E∴ A∴ A∴

Administração:
Jordão Abreu da Silva Júnior – Grão-Mestre
Período 2009/2012

1
ÍNDICE

O Aprendiz (figura)
Loja de Aprendiz (figura)
Da Maçonaria ------------------------------------------------------ 2
Do Templo ---------------------------------------------------------- 3
Plano do Templo (figura)
Da Sala dos Passos Perdidos ------------------------------------- 7
Do Átrio ------------------------------------------------------------- 7
Da Câmara de Reflexões, ---------------------------------------- 7
Dos Oficiais de uma Loja Maçônica ---------------------------- 7
Dos Títulos, Distinções e Trajes -------------------------------- 8
Dos Visitantes ------------------------------------------------------ 9
Festas ---------------------------------------------------------------- 9
Preparação do Templo -------------------------------------------- 9
Composição da Loja ---------------------------------------------- 9
Cargos em Loja ---------------------------------------------------- 11
Apresentação de Expediente ------------------------------------- 11
Apresentação da Ordem do Dia --------------------------------- 11
Manifestação em Loja -------------------------------------------- 12
Cobertura do Templo --------------------------------------------- 12
Entrada dos Retardatários ---------------------------------------- 12

2
Saída do Templo --------------------------------------------------- 13
Fechamento do Templo ------------------------------------------- 13
Circulação em Loja ------------------------------------------------ 13
Uso do Bastão ------------------------------------------------------ 14
Uso do Malhete ---------------------------------------------------- 14
Cadeia de União --------------------------------------------------- 14
Palavra Semestral -------------------------------------------------- 15
Livro da Lei -------------------------------------------------------- 15
Pavilhão Nacional ------------------------------------------------- 15
Palavra a Bem da Ordem ----------------------------------------- 17
Postura em Loja ---------------------------------------------------- 17
Uso das Espadas --------------------------------------------------- 18
Ordem dos Trabalhos --------------------------------------------- 19
Entrada do Templo ------------------------------------------------ 19

DA SESSÃO RITUALÍSTICA

Abertura dos Trabalhos ------------------------------------------- 20


Leitura da Ata ------------------------------------------------------ 24
Expediente ---------------------------------------------------------- 25
Bolsa de Propostas e Informações, ------------------------------ 25
Ordem do Dia ------------------------------------------------------ 26

3
Tronco de Solidariedade ------------------------------------------ 26
Saudação aos Visitantes ------------------------------------------ 27
Palavra a Bem da Ordem ----------------------------------------- 27
Encerramento dos Trabalhos, ------------------------------------ 28
Suspensão dos Trabalhos para Recreação --------------------- 31
Filiação -------------------------------------------------------------- 32
Regularização ------------------------------------------------------ 33
Iniciação ------------------------------------------------------------ 33
Preparação do Candidato ----------------------------------------- 34
Ritual de Iniciação ------------------------------------------------- 35
Painel da Loja de Aprendiz (figura)
Primeira Instrução ------------------------------------------------- 58
Segunda Instrução ------------------------------------------------- 62
Terceira Instrução ------------------------------------------------- 69
Quarta Instrução --------------------------------------------------- 73
Quinta Instrução --------------------------------------------------- 77
Banquete ------------------------------------------------------------ 82

4
GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO
ESTADO DE GOIÁS

Termo de Responsabilidade do Obreiro.

O presente exemplar do Ritual do Grau de Aprendiz-


Maçom é destinado ao uso pessoal do
Irm∴_____________________________________________ ,
Iniciado aos _____ dias do mês de ___________________ do
ano de _____ (E∴V∴). No ato da assinatura o Irmão assume,
livre e conscientemente, inteira e total responsabilidade por sua
guarda, competindo-lhe zelar pelo seu estado de conservação e
mantê-lo, sempre, em lugar seguro e fora do alcance de tantos
quantos não possam ou não devam deitar-lhe a vista, bem
como o compromisso de devolvê-lo à sua Loja, caso se
desligue da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás.

Or∴ de _______________________________________,

______ / _______ /_________ (E∴ V∴).

______________________________
Secretário – Cad. n° _________

5
O APRENDIZ

6
Rit∴ Esc∴ Ant∴ e Ac∴

LOJA DE APRENDIZ

7
COLUNAS ZODIACAIS – LITERATURA

SIGNOS DO ZODÍACO
Nº SÍGNO ELEMENTO PLANETA
a Áries Fogo Marte
b Touro Terra Vênus
c Gêmeos Ar Mercúrio
d Câncer Água Lua
e Leão Fogo Sol
f Virgem Terra Mercúrio
g Libra Ar Vênus
h Escorpião Água Marte
i Sagitário Fogo Júpiter
J Capricórnio Terra Saturno
k Aquário Ar Saturno
l Peixes Água Júpiter

Carneiro Touro Gêmeos Câncer Leão Virgem

Balança Escorpião Sagitário Capricórnio Aquário Peixes

8
ORDENS DE ARQUITETURA DAS COLUNAS

9
PLANO DO TETO

10
DA MAÇONARIA

A Maçonaria tem sido definida por vários modos. As


mais correntes definições são:

I- A Ordem Maçônica é uma associação de


homens sábios e virtuosos que se consideram irmãos entre si e
cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente unidos por
laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se
uns aos outros na prática das virtudes.
II- É um sistema de Moral, velado por alegorias e
ilustrado por símbolos.

Embora imperfeitas, essas definições nos dão a


convicção de que a Ordem Maçônica foi sempre, e deve
continuar a ser, a UNIÃO consciente de homens inteligentes,
virtuosos, desinteressados, generosos e devotados. Irmãos
livres e iguais, ligados por deveres de fraternidade, para se
prestarem mútua assistência, e concorrerem, pelo exemplo e
pela prática das virtudes, para esclarecer os homens e prepará-
los para a emancipação progressiva e pacífica da Humanidade.

É, pois, um sistema e uma escola, não só de moral como


de filosofia social e espiritual, reveladas por alegorias, e
ensinadas por símbolos, guiando seus adeptos à prática e ao
aperfeiçoamento dos mais elevados deveres do homem-
cidadão, patriota e soldado.

Apesar de seus nobres e sublimes fins, a Maçonaria foi


entre nós, como entre alguns povos, muito desvirtuada, pois,
abrindo despreocupadamente suas portas, deixou pela falta de
escrúpulo na seleção de seus iniciandos, que seus Templos
fossem invadidos por uma multidão heterogênea que, aos
poucos, esquecida ou alheia aos fins sociais, foi lentamente se
transformando em sociedade de auxílios e elogios mútuos, com
inclinação para a ação política militante, regida por princípios
de mortalidade barata e movimentada por interesses

11
inconfessáveis.

O objetivo do Rito Escocês Antigo e Aceito, em todo o


mundo e, principalmente no Brasil, é restabelecer a Maçonaria
em seu antigo e verdadeiro caráter de Apostolado da mais Alta
Moralidade, da prática das Virtudes, da Liberdade debaixo da
Lei, da Igualdade, segundo o mérito, com subordinação e
disciplina, e da Fraternidade com deveres mútuos, ampliando o
limite das faculdades morais e infundindo, nos usos e nos
costumes da sociedade civil, os sãos princípios da filosofia
humanitária.

Para o Rito Escocês Antigo e Aceito, a Maçonaria é o


progresso contínuo, por ensinamentos em uma série de graus,
visando, por iniciações sucessivas, incutir no íntimo dos
homens a LUZ CELESTIAL, ESPIRITUAL E DIVINA, que,
afugentando os baixos sentimentos de materialidade, de
sensualidade e de mundanismo e invocando sempre o Grande
Arquiteto do Universo, os tornem dignos de si mesmos, da
Família, da Pátria e da Humanidade.

O nosso Rito declara como Princípios Fundamentais:

1. A Maçonaria proclama, como sempre


proclamou desde a sua origem, a existência de um Princípio
Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo;

2. A Maçonaria não impõe nenhum limite à livre


investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa
liberdade que ela exige de todos a maior tolerância;

3. A Maçonaria é, portanto, acessível aos homens


de todas as classes sociais e de todas as crenças religiosas e
políticas;

4. A Maçonaria proíbe, em suas Oficinas, toda e


qualquer discussão sobre matéria político-partidária ou

12
sectarismo religioso; recebe profanos, quaisquer que sejam as
suas opiniões políticas e religiosas, pobres, embora livres e de
bons costumes.

5. A Maçonaria tem por fim combater a ignorância


em todas as suas modalidades; é uma escola mútua que impõe
este programa: obedecer às leis do país; viver sob os ditames
da honra; praticar a justiça; amar o próximo; trabalhar
incessantemente pela felicidade do gênero humano e conseguir
a sua emancipação progressiva e pacifica.

A par desta DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS, a


Maçonaria proclama, também, as seguintes doutrinas, sobre as
quais se apoia:

- Para elevar o homem aos próprios olhos e torná-lo


digno de sua missão sobre a Terra, a Maçonaria erige em
dogma que o Grande Arquiteto do Universo deu ao mesmo,
como o mais precioso dos bens, a liberdade, patrimônio de toda
a Humanidade, a cintilação celeste que nenhum poder tem o
direito de obscurecer ou de apagar, e que é a fonte de todos os
sentimentos de honra e de dignidade.

- Desde a preparação do primeiro grau até a obtenção do


mais elevado grau da Maçonaria a condição primordial, sem a
qual nada se concede ao aspirante, é uma reputação de honra
ilibada e de probidade incontestada.

- Àquele para quem a religião é o consolo supremo, a


Maçonaria diz: “Cultiva a tua religião ininterruptamente, segue
as inspirações de tua consciência; a Maçonaria não é uma
religião, não professa um culto; quer a instrução leiga; sua
doutrina se condensa toda nesta máxima: AMA A TEU
PRÓXIMO”.

- Àquele que, com razão, teme as discussões político-


partidárias, a Maçonaria diz: “Eu condeno qualquer debate,

13
qualquer discussão em minhas reuniões; serve, fiel e
devotadamente, à tua Pátria, e não te pedirei contas de tuas
crenças políticas; o amor a Pátria é perfeitamente compatível
com a prática de todas as virtudes; a minha Moral é a mais
pura, pois se funda sobre a primeira das virtudes: A
SOLIDARIEDADE HUMANA”.

- O verdadeiro Maçom pratica o Bem e leva a sua


solicitude aos infelizes, quaisquer que sejam, na medida de
suas forças. O Maçom deve, pois, repelir, com sinceridade e
desprezo, o egoísmo e a imoralidade.

Os ensinamentos maçônicos induzem seus adeptos a


dedicarem-se à felicidade de seus semelhantes, não porque a
razão e a justiça lhes imponham esse dever, mas porque esse
sentimento de solidariedade é a qualidade inata que os fez
filhos do Universo e amigos de todos os homens, fiéis
observadores da Lei de Amor e Simpatia que Deus estabeleceu
no Planeta.

DO TEMPLO MAÇÔNICO

O Templo tem a forma de um retângulo, no Ocidente, e


de um quadrado no Oriente. Este é separado daquele por uma
grade – a Grade do Oriente – e tem o soalho mais elevado, para
onde se sobe por quatro degraus baixos. No meio da Grade do
Oriente, há uma passagem de largura proporcional ao
comprimento, composta de pequenas Colunas de 1 m a 1,3 m,
encimadas por uma barra horizontal.

A entrada principal do Templo fica no Ocidente.

No Ocidente, sob o Altar dos Juramentos ficará o


Pavimento de Mosaico, composto de losangos alternadamente
brancos e pretos, cercados pela orla denteada. Nos extremos
dos eixos principais do Mosaico ficam as letras
correspondentes aos quatro pontos cardeais.

14
No eixo do Templo, próximo ao fundo do
Oriente, fica, em um estrado de três pequenos degraus, o Altar,
destinado ao Venerável Mestre, de forma triangular ou
retangular, onde repousam uma espada desembainhada, um
malhete, objetos de escrita e um candelabro de três luzes. De
cada lado da cadeira do Venerável Mestre haverá uma cadeira e
uma Coluna de ordem compósita, ligadas estas por um arco, do
meio do qual penderá um triangulo eqüilátero, em cujo centro
estará, suspensa por arames invisíveis, a letra hebraica Iod. Por
Sobre o Altar, um dossel triangular ou retangular de damasco
azul celeste, com franjas brancas.

Um pouco à frente do Altar do Venerável, fica o Altar


dos Perfumes, formado por uma Coluna tosca, curta e truncada,
onde haverá uma trípode e vasilhame contendo perfumes a
serem queimados.

Entre a entrada principal e o Norte fica o Altar


das Abluções, onde descansa o Mar de Bronze.

No Oriente, de cada lado e pouco à frente do Trono, fica


uma mesa e um assento, à direita, para o Orador, à esquerda,
para o Secretário. Fora do Oriente, próximo à grade, e na
mesma linha das mesas precedentes, ficam, à direita, uma mesa
igual para o Tesoureiro e, à esquerda, outra para o Chanceler.

Todas as mesas e Altares deverão ser revestidos de


cortinas bordadas com franjas e orlas de galão, pendidas até o
chão.

Nas faces das cortinas dos Altares das três Luzes,


existirão bordados ou pintados, no centro: um Esquadro
(Venerável), um Nível (1º Vigilante) e um Prumo (2º
Vigilante).

No eixo do Templo, próximo à Grade do Oriente, fica o


Altar dos Juramentos, sem, entretanto, impedir a passagem de

15
uma para outra parte do Templo. Este Altar tem a forma de
prisma triangular, de cerca de 1m de altura, com 0,66 m de
cada face, tendo, como tampo, uma chapa dourada, com
chamas ou chifres de bronze, ou de latão, em cada ângulo.
Sobre este Altar ficam: o Livro da Lei, um Esquadro, com as
pontas voltadas para o Oriente, e um Compasso aberto em 60º,
com as pontas voltadas para o Ocidente e por sob as do
Esquadro. Nos lados do Oriente, Sul e Norte deste Altar, fica
acesa uma vela de cera amarela, colocada em castiçal de 1
metro e 12 cm de altura.

Para chegar ao Trono do Venerável Mestre é necessário


subir sete degraus, por quatro e três. Os quatro primeiros
representam Força, Trabalho, Ciência e Virtude. Os três do
Trono são Pureza, Luz e Verdade.

Entre a Grade do Oriente e o Altar dos Juramentos


ficará exposto o Painel da Loja.

Entre o assento das três Luzes da Loja e as paredes


deverá existir espaço bastante para a passagem de uma pessoa.

De cada lado da entrada do Templo, fica uma Coluna,


de altura proporcional à porta. Estas Colunas são encimadas
por capitéis, com sete ordens de malhas entrelaçadas.
Rematando os capitéis, duas ordens de romãs ao redor das
malhas. A Coluna da direita chama-se J e a da esquerda B.

Na mesa do Tesoureiro, onde haverá duas luzes, ficam,


além do necessário à escrita, a Bolsa de Solidariedade e, nas
sessões de iniciação, os atributos destinados ao iniciando. Na
do Secretário, onde também haverá duas luzes, ficam o Livro
de Atas e a Bolsa de Propostas e Informações. Na do
Chanceler, ficam o registro dos Obreiros do Quadro e dos
visitantes e a caixa dos escrutínios.

As paredes do Templo devem ter a cor azul celeste. Em

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volta da parede, junto ao teto, uma corda com 81 nós, cujas
pontas penderão aos lados da entrada principal.

O teto do Templo representa o céu. Do lado do Oriente,


um pouco à frente do Trono, o Sol; por sobre os Altares dos 1º
e 2º Vigilantes, respectivamente, a Lua e uma Estrela de Cinco
Pontas. Estes emblemas poderão ser pintados ou em relevo, ou
então, pendentes do teto.

No centro do teto, três estrelas da constelação de Orion.


Entre estas e o nordeste, ficam as Plêiades, Hyadas e
Aldebaran. A meio caminho entre Orion e o noroeste, fica
Régulus, de Leão; ao norte, a Ursa Maior; a noroeste, Arcturus
(em vermelho); a Leste, a Spica da Virgem; a Oeste, Antares;
ao Sul, Fomalhaut; no Oriente, Júpiter; no Ocidente, Venus;
Mercúrio junto ao Sol e Saturno, com seus Satélites, próximo a
Orion.

As Estrelas principais são: 3 de Orion, 5 de Hiadas e 7


das Pleades e Ursa Maior. As Estrelas chamadas reais são:
Aldebaran, Arcturus, Regulus, Antares e Fomalhaut.

O Estandarte da Loja fica ao Sul, no topo da grade do


Oriente, e a Bandeira Nacional, ao Norte no outro topo da
grade.

No Ocidente, aos lados Norte e Sul do corpo do


Templo, estendem-se fileiras de assentos, denominadas Coluna
do Norte e Coluna do Sul. A primeira fileira, junto à parede é
constituída de bancos que se destinam, no Norte, aos
Aprendizes, no Sul, aos Companheiros. À frente dos bancos,
em ambos os lados, há cadeiras ou poltronas para serem
ocupadas pelos Mestres. No Oriente, junto às paredes laterais e
do fundo, existem lugares reservados às autoridades
maçônicas.

O Altar do 1º Vigilante fica na Coluna do Norte, à

17
esquerda e um pouco à frente da Coluna B, sobre um estrado
de dois degraus. O Altar do 2° Vigilante fica à meia distância
entre a Coluna J e a Grade do Oriente, sobre um estrado de um
degrau. Ambos tem a forma triangular, e sobre eles se
encontram um candelabro de três luzes, um malhete e uma
pequena Coluna (dórica, 1º Vigilante; coríntia, 2° Vigilante).

A colocação dos Oficiais está determinada no quadro


anexo.

18
QUADRO DA LOJA
(PLANTA DO TEMPLO)

01 ----------------- Venerável-Mestre
02 ----------------- Maior autoridade presente
03 ----------------- Ex Venerável
04 ----------------- 1º Vigilante
05 ----------------- 2° Vigilante
06 ----------------- Orador
07 ----------------- Secretário
08 ----------------- Tesoureiro
09 ----------------- Chanceler
10 ----------------- M∴ de CCer∴
11 ----------------- Hospitaleiro
12 ----------------- 1º Diácono
13 ----------------- 2º Diácono
14 ----------------- Porta Bandeira
15 ----------------- Porta Estandarte
16 ----------------- Porta Espada
17 ----------------- 1º Experto
18 ----------------- 2º Experto
19 ----------------- Guarda do Templo
20 ----------------- Cobridor
21 ----------------- M∴ Arquiteto
22 ----------------- Bibliotecário
23 ----------------- Mestre de Banquetes
24 ----------------- Mestre de Harmonia

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A ------------------ Altar dos Perfumes
B ------------------ Col∴”B”
C ------------------ Altar dos Juramentos
D ------------------ P∴ B∴
E ------------------ P∴ C∴
F ------------------ Altar das Abluções
G ------------------ Painel simbólico
H ------------------ Pira (Altar das purificações)
I ------------------ Prancheta da Loja
J ------------------- Coluna “J”
K ------------------ Carta Constitutiva
L ------------------ Pavilhão Nacional
M ----------------- Estátua de Minerva (Sabedoria)
N ------------------ Ex Ven∴
O ------------------ Estandarte
P ------------------ CCol∴ Toscanas
Q ------------------ Estátua de Hércules (Força
R ------------------ Estátua de Vênus (Beleza)

O novo iniciado senta-se na bancada da Coluna Norte,


próximo ao lugar do Arquiteto, pois, sendo costume inaugurar
os trabalhos de construção dos edifícios Sagrados com a
colocação de uma pedra no seu ângulo nordeste, fica ele
colocado nesse lugar para, simbolicamente, representar essa
pedra, sobre a qual se deve apoiar uma superestrutura perfeita,
em todas as suas partes, e honrosa para o construtor, que é ele
próprio.

20
PLANO DO TEMPLO

21
DAS JÓIAS

Venerável Mestre Um Esquadro, com o vértice voltado para


cima.
Um Esquadro, ostentando entre os ramos
Ex-Venerável um retângulo suspenso com a representação
gráfica do Postulado 47 de Euclides.

1º Vigilante Um Nível Maçônico


2o Vigilante Um Prumo Maçônico
Orador Um Livro Aberto sobre um fundo radiante
Secretário Duas Penas Cruzadas
Tesoureiro Uma Chave

Chanceler Um Timbre

M∴Cerimônias Uma Régua

Hospitaleiro Uma Bolsa


1o Diácono Uma Pomba inscrita em um triângulo

2o Diácono Uma Pomba Livre


1o Experto Um Punhal
2o Experto Um Punhal

G∴do Templo Duas Espadas cruzadas

Cobridor Um Alfanje
Porta Bandeira Uma Bandeira

Porta-Estandarte Um Estandarte
Porta-Espada Uma Espada

M∴de Harmonia Uma Lira

Prov∴de Banquete Uma Cornucópia

M∴Arquiteto Um Maço e um Cinzel cruzados

22
Historiador Um Livro aberto com uma pena sobreposta
Bibliotecário

Ver∴ Credenciais
Inst∴ Litúrgico
Museólogo

Ven∴Mestre Ex-Ven∴ 1º Vigilante 2° Vigilante Orador

Hospitaleir
Secretário Tesoureiro Chanceler M∴CCer∴
o

1º Diácono 2º Diácono 1º Experto 2º Experto G∴Templo

Porta Porta Mestre de


Cobridor Porta Espada
Bandeira Estandarte Harmonia

Mestre de Mestre
Historiador
Banquetes Arquiteto

23
SIMBOLISMO DA MARCHA DO APRENDIZ

Iniciada na porta do Temp∴, a march∴do Apr∴ é


feita em direção única, do Oc∴para o Or∴, no eixo da
Loj∴, por três passos completos e sucessivos.

Os passos da March∴do Apr∴têm íntima ligação


com os três primeiros signos do zodíaco, representados
pelas três primeiras colunas zodiacais, colocadas ao
Norte: Áries, Touro e Gêmeos. Esses três signos zodiacais
sofrem influência de três notáveis planetas do mundo
sideral: Marte, Vênus e Mercúrio.

Assim, o primeiro passo da March∴do Apr∴


denomina-se LUTA, sabido que o Carneiro é animal
símbolo do ardor, da coragem, representando as
disposições do Apr∴ para os conhecimentos de seu
Grau. Áries recebe a influência de Marte, deus mitológico
da guerra.

Dando o primeiro passo, o Apr∴defronta-se com o


Segundo signo do zodíaco, ou seja, Touro símbolo da
força, do trabalho e da Perseverança, tal como deve ser o
Maçom. Touro recebe a influência de Vênus, com sua luz
branca e suave, indicando que o Apr∴ deve trabalhar
com prudência, mas sem temor. O segundo passo,
chama-se PERSEVERANÇA.

No terceiro passo, está o Apr∴ frente ao terceiro


signo zodiacal: Gêmeos , símbolo da União, da
fraternidade. Gêmeos sofre a influência de Mercúrio, o
planeta mais próximo do Sol, recebendo por isso forte luz
e calor. O terceiro passo recebe o nome de
FRATERNIDADE, sendo os Gêmeos considerados um

24
símbolo da amizade que deve unir os Maçons. Dado o
terceiro passo, o Apr∴ chega vitorioso dos esforços que
empregou, mais distanciado das trevas e iniqüidades da
sociedade profana.

25
DA SALA DOS PASSOS PERDIDOS

Na frente do Templo deve existir uma ante-sala, a Sala dos


Passos Perdidos, tão confortável quanto possível, para a
recepção dos visitantes e permanência dos Obreiros. Seu
mobiliário será adequado às posses da Loja. Sobre uma mesa,
nesta sala, ficam os livros de Obreiros e de registro dos
visitantes, onde todos deverão gravar seu “ne varietur”.

DO ÁTRIO

Entre a Sala dos Passos Perdidos e o Templo, haverá


um compartimento - o Átrio - com três portas: uma para a sala
dos Passos Perdidos, outra para a Câmara de reflexões e a
terceira para o Templo. No Átrio ficarão guardadas as
“estrelas” e as espadas destinadas à recepção das autoridades
maçônicas e uma cadeira onde tem assento o Cobridor.

DA CÂMARA DE REFLEXÕES

A Câmara de Reflexões é o local onde se recolhe o


profano antes de sua iniciação. Nesta não deve penetrar a luz
exterior, devendo ser somente iluminada por lâmpada fosca.
Suas paredes são de cor preta, com emblemas fúnebres em
branco. Na parede por sobre a mesa, destinada à escrita do
testamento e onde haverá papel, tinta e caneta e uma
campainha, estão pintados em branco um galo e uma
ampulheta, tendo por baixo as palavras VIGILÂNCIA -
PERSEVERANÇA. Ao lado esquerdo da mesa, na parede,
pintado um esqueleto humano. Espalhadas pelas paredes, em
tinta branca, estarão às seguintes inscrições:

“Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te”

“Se queres bem empregar tua vida, pensa na morte.”

“Se tens receio de que descubram teus defeitos, não

26
estarás bem entre nós”.

“Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois


aqui não as reconhecemos”.

“Se fores dissimulado, serás descoberto”

“Se tens medo, não vás adiante”.

“Deus julga os justos e os pecadores”.

“Somos pó e ao pó tornaremos”.

DOS TÍTULOS, DISTINÇÕES E TRAJES

O presidente tem o tratamento de Venerável Mestre e os


demais dignitários são, indistinta e simplesmente intitulados
“Irmãos”, sendo absolutamente proibido, a quem quer que seja,
título ou designação que expressamente não estejam
determinados nos Rituais. Também não se conhecem graus
superiores ao de Mestre Maçom.

TRAJES

O Traje maçônico é terno preto, camisa social branca de


mangas, gravata preta, meias e sapatos pretos. Nas Sessões
Magnas é exigido, ainda, o uso de luvas brancas.

Nas Sessões Econômicas, estritamente aos Mestres


Maçons, admite-se o uso de “balandrau”, de cor preta,
comprimento até os sapatos, mangas largas e compridas,
colarinho fechado até o pescoço, calça, meias e sapatos pretos.
O balandrau não poderá conter quaisquer inscrições, distintivos
ou emblemas.

Em Sessão de Aprendiz somente o Venerável Mestre


trará à cabeça um chapéu preto, com as abas voltadas para
baixo.

27
A insígnia do Aprendiz é um avental de pele branca, ou
material similar, quadrangular, medindo 40 cm X 40 cm, com
abeta triangular, preso à cintura por cordões ou fita de seda
branca. A abeta estará sempre levantada.

Nas Sessões da Loja todos os Obreiros deverão usar


seus aventais e demais paramentos dos graus simbólicos que
possuírem. Os oficiais usarão colares de fitas de dez
centímetros de largura, terminando em ponta sobre o peito,
com a jóia do cargo. As três Luzes (Venerável, 1º e 2º
Vigilantes) usarão punhos de seda orlados de galão, tendo na
face externa, bordados, o atributo do respectivo cargo.

É terminantemente proibido o uso de paramentos dos


Altos Corpos Filosóficos ou qualquer insígnia que não seja
atinente à Maçonaria Simbólica

Os paramentos e demais insígnias devem ser colocados


e retirados na Sala dos Passos Perdidos, sendo terminantemente
proibida a realização de tais procedimentos no interior do
Templo.

DOS VISITANTES

Todo o maçom regular tem o direito de visitar as Lojas


regulares, obedientes às Grandes Lojas do Brasil e Potências
amigas, sujeitando-se, porém, às prescrições do trolhamento e
às disposições disciplinares estabelecidas pelas Lojas visitadas,
em cujo livro de registro de visitantes gravarão seu ne varietur,
depois de apresentarem os documentos de sua regularidade
maçônica. Em sessão, sentar-se-ão nos lugares que lhes forem
indicados pelo Mestre de Cerimônias.

Nas visitas coletivas ou individuais a uma Loja, serão


feitas aos visitantes as seguintes perguntas, entre Colunas,
depois da saudação às Luzes:

28
VEN∴ Sois Maçom?
VIS∴ M∴I∴C∴T∴M∴R∴
VEN∴ De onde vindes?
VIS∴ De uma Loja de São João, Justa e Perfeita.
VEN∴ Que trazeis?
Amizade, paz e votos de prosperidade a todos
VIS∴
os Irmãos.
VEN∴ Nada mais trazeis?
O Venerável-Mestre de minha Loja
VIS∴
v∴s∴p∴t∴v∴t∴.
VEN∴ Que se faz em vossa Loja?
Levantam-se templos à virtude e cavam-se
VIS∴
masmorras ao vício.
VEN∴ Que vindes fazer aqui?
Vencer minhas paixões, submeter minha
vontade e fazer novos progressos na
VIS∴
Maçonaria, estreitando os laços de amizade
que nos unem como verdadeiros Irmãos.
VEN∴ Que desejais?
VIS∴ Um lugar entre vós.
Este vos é concedido. Irmão Mestre de
VEN∴ Cerimônias, conduzi nosso Irmão ao lugar que
lhe compete.
Só devem ser admitidos como visitantes irmãos que
exibam sua documentação de regularidade e que se mostrem,
pelo trolhamento, perfeitos conhecedores dos S∴ T∴ P∴ etc.,
salvo se forem conhecidos, pelo menos, de um obreiro que por
eles se responsabilize.
Convém lembrar que é no Grau de Aprendiz que deve
haver todo o rigor, pois os mistificadores são neste Grau em
maior quantidade.
Quando o irmão visitante for conhecido e haja visitado
a Loja, poderá entrar conjuntamente com os demais membros
da Loja.
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FESTAS
Além dos dias festivos, prescritos pelos regulamentos
das Grandes Lojas e das Lojas, todos os membros devem se
reunir em banquetes maçônicos nos dias 24 de junho,
nascimento de São João Batista, e 27 de dezembro, nascimento
de São João Evangelista.
Havendo impedimento sério, o banquete poderá ser
realizado em outro dia próximo a data.

PREPARAÇÃO DO TEMPLO
O Arquiteto Decorador é o responsável pela
ornamentação do Templo, antes do início dos trabalhos,
cabendo-lhe a distribuição, nos respectivos lugares, dos
Malhetes, da Carta Constitutiva, das Bolsas, do Painel, do
Livro da Lei, enfim, de todos os instrumentos necessários à
realização da Sessão.
Deve ainda fazer o acendimento das Luzes do Templo e
de todos os candelabros nos Altares; providenciar incenso para
a aromatiz, antes do início dos trabalhos.
O Mestre de Harmonia deve deixar preparado
antecipadamente todos os instrumentos e trilhas sonoras que
serão utilizadas na Sessão.
Após as providências do Arquiteto Decorador e do
Mestre de Harmonia, o Mestre de Cerimônias deverá verificar
se tudo está de acordo para o cerimonial que será realizado.
Ninguém, além dos Mestres de Cerimônias, Arquiteto e
Mestre de Harmonia, sob qualquer pretexto, poderá ingressar
no Templo antes do início da Sessão.
Em Loja de Aprendiz Maçom, o Templo deve
permanecer iluminado durante toda a Sessão, tanto no Oriente
quanto no Ocidente, desde a entrada até a saída definitiva dos

30
Obreiros, não sendo permitido, em hipótese alguma, o uso de
efeitos luminosos durante o desenvolvimento ritualístico dos
trabalhos, uma vez que tais procedimentos contrariam os
princípios litúrgicos recomendados aos ensinamentos do 1º
Grau.
Em Sessões Econômicas, Sob o Dossel devem estar
somente o Trono e duas cadeiras uma de cada lado.
Em Sessões Magnas, sob o Dossel, devem estar
colocadas cadeiras suficientes para acomodar as autoridades.
Senta-se à direita do Trono a maior autoridade presente.

DOS ASSENTOS NO ORIENTE

À direita do Altar do Ven∴ M∴ sentam-se as


autoridades maçônicas; à esquerda, os Mestres instalados.

COMPOSIÇÃO DA LOJA
Na Sala dos Passos Perdidos, o Mestre de Cerimônias
distribui os Cargos e Colares correspondentes, bem como
designa Irmãos para ocuparem os cargos porventura vagos.
Quando estiverem presentes Mestres Maçons da Loja,
os Companheiros e Aprendizes Maçons não deverão ocupar
cargos.
O Venerável Mestre será substituído, na sua falta ou
impedimento, na ordem de nomeação, pelos seguintes
membros: 1º Vig∴, 2º Vig∴, Ex-Ven∴ mais moderno.
Excetuam-se as sessões Magnas de Iniciação, Elevação e
Exaltação, nas quais o Venerável Mestre só poderá ser
substituído por Mestre Instalado.
Na ausência dos Vigilantes de ofício, quem os
substituem são os Expertos.

31
CARGOS EM LOJA

Nas reuniões das Lojas, as Luzes devem ser


obrigatoriamente preenchidas por Mestres Maçons.

Os Vigilantes são responsáveis pela disciplina e ordem


em suas Colunas, competindo-lhes anunciar, cumprir e fazer
cumprir as ordens do Venerável Mestre.

O Orador é o principal responsável pelo fiel


cumprimento das disposições legais, competindo-lhe, entre
outras, as seguintes atribuições: saudar os visitantes, ler os
Decretos do Grão-Mestre, solicitar a palavra para ser
esclarecido, em qualquer fase da discussão, pedir adiamento da
votação de qualquer matéria em debate e apresentar as
conclusões sobre toda matéria em debate.

O Orador não poderá discutir a matéria em debate, sem


transferir o cargo ao substituto legal, ou, na falta, a quem o
Venerável designar, só voltando a ocupar o cargo depois de
votada a matéria em discussão.

APRESENTAÇÃO DA ORDEM DO DIA

Toda e qualquer matéria só poderá ser incluída na


Ordem do Dia após expressa autorização do Venerável Mestre,
sendo o Secretário o responsável pela organização dos assuntos
a serem apresentados.

A Palavra, nos assuntos da Ordem do Dia, obedece às


formalidades de pedido e só poderá ser usada por cinco
minutos, prorrogados, a critério do Venerável Mestre, por mais
três minutos, no máximo.

Ao fazer uso da palavra, o Obreiro não poderá:

a) desviar-se da questão em debate;

32
b) falar sobre matéria vencida;

c) usar linguagem imprópria;

d) ultrapassar o tempo a que tem direito;

e) fazer ataques pessoais.

O Obreiro que manifestar o desejo de falar,


contrariando disposição regulamentar, depois de advertido, será
convidado a silenciar-se. Se apesar dessa advertência insistir
em falar, o Venerável Mestre poderá mandá-lo cobrir o
Templo.

Ninguém poderá falar mais de uma vez sobre a matéria


em debate, exceto os autores das propostas, os relatores das
Comissões e o Orador, nos casos em que se fizer necessário.

Quando do encaminhamento da votação e nas


conclusões do Orador, não são permitidos apartes.

Os assuntos tratados na Ordem do Dia não poderão ser


retomados na Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro
em Particular, sob pena de o Obreiro infrator ter a palavra
cassada pelo Venerável Mestre.

MANIFESTAÇÕES EM LOJA

Os Obreiros devem se manifestar pela Palavra, não


sendo correto, em hipótese alguma, estalar os dedos ou roçar os
pés no chão.

O termo “pela ordem” refere-se ao pedido da palavra


para ponderar sobre a preterição dos procedimentos
ritualísticos.

O pedido da palavra “pela ordem” será feito diretamente


ao Venerável Mestre, devendo o Obreiro solicitante aguardar a

33
autorização de pé e à ordem.

Não poderão fazer uso da prerrogativa acima citada os


Aprendizes e Companheiros.

O pedido da Palavra entre Colunas poderá ser


concedido pelo Venerável Mestre, desde que solicitado antes
da abertura dos trabalhos, sendo obrigatório levar ao
conhecimento do Venerável Mestre o assunto que será tratado
pelo Obreiro, respeitando-se o Grau dos Irmãos envolvidos na
situação.

O Obreiro que fizer uso da Palavra entre Colunas, falará


de pé e à ordem, e não poderá ser interrompido por apartes,
ficando o mesmo responsável pelo seu procedimento e passível
de processo maçônico, caso haja extrapolado em sua fala.

COBERTURA DO TEMPLO

O Obreiro que solicitar cobrir temporariamente o


Templo deve, depois de autorizado, retirar-se pelo lado Sul do
Ocidente, seguindo a ritualística de circulação.

Ao retornar ao Templo, o Obreiro entra normalmente


sem necessidade de saudar as Luzes.

Se o Obreiro desejar cobrir o Templo definitivamente e


recebendo permissão para isso, deve sair seguindo a ritualística
de circulação pelo lado Sul do Ocidente, posicionar-se entre
Colunas, de pé e à ordem, depositar o óbolo na Bolsa, prestar o
juramento, fazer a saudação e retirar-se.

ENTRADA DOS RETARDATÁRIOS

Não será permitido o ingresso de qualquer Irmão,


durante a Cerimônia de Abertura dos Trabalhos.

O retardatário deverá dar a “Batida Maçônica” e

34
aguardar. Como resposta, o Guarda do Templo dará uma batida
com o punho da sua espada, e, no momento oportuno, tendo o
cuidado para não interromper nenhum procedimento
ritualístico, anuncia: “Irmão 1º Vigilante, maçonicamente
batem à porta do Templo”. O 1º Vigilante comunica ao
Venerável Mestre, que solicitará ao Cobridor ou (caso este
esteja fora do Templo) o Mestre de Cerimônias para verificar
quem é o retardatário. Caberá ao Venerável autorizar ou não o
ingresso do retardatário. Em caso positivo, a entrada deverá ser
obrigatoriamente com formalidade.

Caso o retardatário não seja Irmão do Quadro, deverão


ser aplicados os critérios estabelecidos no item “Da Entrada
dos Visitantes”.

Estando entre Colunas, o retardatário aguardará


autorização do Venerável Mestre para apor seu nome no Livro
de Presenças e ocupar o seu lugar.

Quando os cargos de Loja estiverem sendo ocupados


por Companheiros e Aprendizes Maçons, a critério do
Venerável Mestre, deverão ser exercidos, pela ordem
hierárquica, por Mestres Maçons retardatários do Quadro da
Loja.

Nenhum retardatário, mesmo sendo o titular do cargo,


poderá solicitar o seu lugar, quando este estiver sendo
preenchido por um Mestre Maçom.

Não é permitido ao Mestre de Cerimônias circular com


o Livro de Presenças durante a Sessão para obter assinaturas
dos retardatários, que deverão fazê-lo, obrigatoriamente,
quando adentrarem o Templo, junto ao Chanceler.

Em hipótese alguma será permitido o ingresso de


retardatário após a circulação da B∴ de PP∴ e IInf∴

35
SAÍDA DO TEMPLO

A saída do Templo será, obrigatoriamente, em ordem


inversa à da entrada, conduzida pelo Mestre de Cerimônias,
respeitando o mais completo silêncio. Somente na Sala dos
Passos Perdidos serão retirados os paramentos e as insígnias.

Nas Sessões em que se fizerem presentes autoridades


maçônicas, a saída obedecerá à seguinte ordem: Autoridades,
Venerável, Vigilantes, Mestres Instalados e Dignidades,
Oficiais, Mestres, Companheiros, Aprendizes e, por últimos, os
Irmãos Mestre de Harmonia, Guarda do Templo e Cobridor.

Nenhum Irmão deverá retirar-se do Templo antes do


encerramento dos trabalhos. Em casos excepcionais, solicitará
ao Vigilante de sua Coluna, ou ao Venerável (caso se encontre
no Oriente) e aguardará autorização do Venerável Mestre. O
Irmão só poderá cobrir o Templo definitivamente após
depositar o seu óbolo na Bolsa para o Tronco de Solidariedade
e prestar o seu juramento de sigilo, entre Colunas.

FECHAMENTO DO TEMPLO

Somente após a saída de todos, os Irmãos Guarda do


Templo, Mestre de Harmonia e Arquiteto retornarão ao
Templo, para apagar as luzes, desligar os equipamentos
eletrônicos e sistema de refrigeração, recolher os utensílios e
demais materiais e, por último, fechar o Templo.

CIRCULAÇÃO

A circulação em Loja aberta deverá ser,


obrigatoriamente, em sentido dextrocêntrico, ou seja,
conservando-se o lado direito do corpo voltado para o centro
do Templo.

No Oriente, a circulação será em torno do Altar dos


Perfumes, passando-se por trás do Trono; no Ocidente, em
36
torno do Altar dos Juramentos.

A circulação deve ser feita em passos naturais,


pausadamente, sem pressa e sem o Sinal de Ordem.

Circulando no Ocidente ou no Oriente, sempre que


cruzar o Eixo do Templo, o Obreiro deverá fazer a saudação.
Caso esteja portando o bastão ou qualquer outro instrumento
que lhe impeça fazer o sinal de ordem, deverá parar e fazer a
saudação com um leve meneio da cabeça.

A transmissão da P∴ S∴ se fará conforme a seguir: o


1º Diác∴ passa por trás do Trono, sobe os degraus pelo lado
esquerdo do Altar, saúda o Ven∴ Mestre, que, após
corresponder à saudação, transmite-lhe a P∴ S∴, começando
pelo o∴ e∴ Recebida a P∴ S∴, o 1º Diác∴ vai levá-la ao 1º
Vig∴, passando por trás do Altar, sobe os degraus pelo lado
esquerdo, transmite-lhe a P∴ S∴, da mesma forma que a
recebeu, e se dirige ao Norte do Altar dos Juramentos. O 1º
Vig∴, com as mesmas formalidades, transmite a P∴ S∴ ao 2º
Diác∴ que, por sua vez, vai levá-la ao 2º Vig∴, com as
mesmas formalidades que a recebeu. Em seguida vai postar-se
ao Sul do Altar dos JJur∴

A movimentação nos degraus deve ser feita


naturalmente, sem a necessidade de paradas e junção dos pés.

Toda abordagem ao Venerável Mestre deve ser feita


somente pelo seu lado esquerdo.

Durante a circulação da Bolsa de Propostas e


Informações ou do Tronco de Solidariedade, será obedecida a
seguinte hierarquia: Venerável Mestre e demais membros sob o
dossel; 1º e 2º VVig∴; Orador, Secretário e demais irmãos
com assento no Oriente, começando pelo lado direito do Altar;
Oficiais e Mestres; Companheiros e Aprendizes.

37
Obs.: os Companheiros e Aprendizes investidos de
cargos equiparam-se, hierarquicamente, aos Oficiais.

BASTÃO

O Bastão é o instrumento de trabalho do Mestre de


Cerimônias e dos Diáconos. Deve ser empunhado sempre com
a mão direita, punho para frente, e antebraço na horizontal e o
braço colado ao corpo, formando uma esquadria.

O Mestre de Cerimônias deve portar o Bastão sempre


que estiver desempenhando suas funções ritualísticas ou
cumprindo determinação do Venerável Mestre.

Os Diáconos devem portar o Bastão na abertura e


fechamento dos trabalhos.

O Bastão não pode ser usado para a execução de sinais,


nem passado para a mão esquerda.

MALHETE

O MALHETE, confeccionado em madeira, simboliza o


poder de decisão e a força. É o instrumento de trabalho das
Luzes da Loja, devendo ser empunhado sempre com a mão
direita. É utilizado pelas Luzes para executar baterias;
conceder, pedir e retirar a palavra; chamar a atenção dos
Obreiros e outros procedimentos ritualísticos. Em hipótese
alguma poderá ser usado para a execução de sinais ou
saudação. O sinal de aprovação ou juramento deve ser feito
com a mão direita, na forma convencional, repousando-se o
Malhete sobre o Altar.

Em pé, parados ou circulando, as Luzes repousam o


Malhete sobre o peito, direcionando-o para o ombro esquerdo.

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CADEIA DE UNIÃO
A Cadeia de União é uma tradição maçônica que
consiste em formar um círculo em torno do Altar dos
Juramentos com os membros regulares e ativos da Loja.
Simboliza a universalidade da Ordem e tem o dom de
aproximar os corações, ao mesmo tempo em que desperta na
consciência de cada um o sentimento da solidariedade.

Além da comunicação da Pal∴ Sem∴, a Cadeia de


União pode ser usada, também, para formação de corrente de
pensamento em prol de pessoas necessitadas, principalmente de
Irmãos, através de preces dirigidas ao G∴A∴D∴U∴

FORMAÇÃO DA CADEIA DE UNIÃO


A formação da Cadeia de União será, sempre, ao final
dos trabalhos, logo após os Obreiros prestarem o juramento.
Nas ocasiões em que for comunicada a Palavra
Semestral, será vedada a participação dos Irmãos visitantes,
que, neste caso, serão convidados a cobrir o Templo, pelo
Mestre de Cerimônias.
São os seguintes os passos para a sua formação:
Em formação circular, o Venerável-Mestre posiciona-se
no Ocidente, sobre o eixo imaginário do Templo, de costas
para o Oriente e frente para o Altar dos Juramentos, ladeado
pelo Orador, à sua direita, e pelo Secretário, à sua esquerda. À
sua frente, no ponto diametralmente oposto, estará o Mestre de
Cerimônias, ladeado pelo 1º Vigilante, ao Norte, e pelo 2º
Vigilante, ao Sul.
1- Os membros da Loja dão-se mutuamente as
mãos, cruzando os braços, o direito sobre o esquerdo, os
calcanhares unidos, tocando com as pontas dos pés as pontas
dos pés dos que estiverem ao seu lado.

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PALAVRA SEMESTRAL

A Palavra Semestral é estabelecida pela Confederação


da Maçonaria Simbólica do Brasil - C. M. S. B., que a
comunica a todas as Grandes Lojas Brasil, sendo renovada
semestralmente. Sua transmissão às Lojas é feita pela Grande
Loja, por meio de Prancha, em escrita cifrada através do
alfabeto maçônico.

Deve ser transmitida somente aos Irmãos do quadro da


Loja, em Cadeia de União, e deve ser exigida dos Visitantes
para apurar sua regularidade.

A Palavra Semestral, quando pedida para atestar


Regularidade, deve ser pronunciada pelo Maçom, inserida em
uma frase aleatória.

Os Irmãos faltosos devem solicitar ao Venerável Mestre


a Palavra Semestral, antes de adentrar ao Templo, a qual será
transmitida no Oriente, no ouvido do Obreiro.

COMUNICAÇÃO DA PALAVRA SEMESTRAL

1. Depois de formada a Cadeia de União, O


Ven∴ Mestre comunica a Pal∴ Sem∴, em voz baixa, aos
ouvidos do Orador e do Secretário, os quais, por sua vez e da
mesma forma, transmitem-na ao Irmão que lhes fica
imediatamente ao lado e, assim, sucessivamente até chegar ao
Mestre de Cerimônias. Este, depois de recebê-la pelos dois
lados, sai de seu lugar, unindo as mãos e os pés dos Vigilantes,
e, circulando pelo lado externo à Cadeia, vai levá-la ao
Venerável-Mestre, proferindo-a em cada um dos ouvidos deste,
tal como a recebeu, tanto pela direita como pela esquerda, e
retorna ao seu lugar.

2. Estando correta a Pal∴ Sem∴, o Ven∴ Mestre


anuncia:

40
“A Pal∴ Sem∴ está correta. Conservemo-la em
segredo, como penhor da nossa regularidade”.

2- Em seguida, todos, elevando e abaixando os


braços, sem flexionarem as pernas, exclamarão três vezes:
“SAÚDE! SABEDORIA! SEGURANÇA!”

3- Desfeita a Cadeia de União, o Mestre de


Cerimônias incinera a Prancha em que fora comunicada a
Pal∴ Sem∴ Os demais Irmãos retornam aos seus lugares, de
forma silenciosa, permanecendo de pé, sem estarem à ordem,
até que sejam convidados a se retirarem, pelo Mestre de
Cerimônias.

Nota: Não coincidindo as palavras recebidas pelo


Ven∴ Mestre, repete-se o ato, quantas vezes forem
necessárias, até que a palavra esteja correta.

LIVRO DA LEI

O Livro da Lei é o Livro Sagrado de cada religião, onde


os adeptos julgam existir as verdades pregadas por seus
profetas. Assim, o juramento deve ser prestado sobre o Livro
Sagrado da crença do iniciado, pois, pelos princípios básicos da
Maçonaria, deve haver o máximo respeito à crença religiosa de
cada um.

Apesar de ser um país laico, o Brasil possui uma


população predominantemente cristã. Por esta razão as Grandes
Lojas do Brasil adotam a Bíblia Sagrada como Livro da Lei,
sendo obrigatória, na abertura dos trabalhos ritualísticos, em
Loja de Aprendiz, a leitura do Salmo 133 (versão hebraica) ou
132 (versão latina), Cânticos 1, 2 e 3.

A leitura do Livro da Lei será feita após a transmissão


da Palavra Sagrada pelo mais moderno dos Ex-VVen∴ ou, em
sua falta, pelo Ir. Experto.

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PAVILHÃO NACIONAL

A Bandeira Nacional, por ser o símbolo maior de nosso


País, deve ingressar no Templo sempre após a entrada de todas
as autoridades e sair em primeiro lugar.

Será introduzida no Templo solenemente nas Sessões


Magnas, sendo conduzida pelo Irmão Porta-Bandeira, calçado
com luvas brancas, acompanhado pelo Mestre de Cerimônias e
da Guarda de Honra.

Parado, o Porta-Bandeira manterá a Bandeira Nacional


na posição vertical, altiva, ereta e imponente, segurando seu
mastro com a mão direita acima e a mão esquerda abaixo.

Em movimento, o Porta-Bandeira manterá o Pavilhão


Nacional repousado em seu ombro direito, segurando seu
mastro com a mão direita acima e a mão esquerda abaixo.

A Guarda de Honra será formada por dois Mestres


armados de espada.

Ao entrar no Templo, o Porta-Bandeira se


posiciona entre Colunas, acompanhado do Mestre de
Cerimônias e da Guarda de Honra, para a execução do Hino
Nacional Brasileiro, que será reproduzido por inteiro.

Durante a execução do Hino, o Pavilhão Nacional


permanecerá perfilado. O Mestre de Cerimônias se posicionará
atrás do Porta-Bandeira, formando um triângulo com os demais
membros da Guarda de Honra, que terão suas espadas em
posição de saudação (braço direito estendido para frente e
para baixo, a espada no prolongamento do braço, braço
esquerdo caído ao longo do corpo).

Após a execução do Hino, o Porta-Bandeira volta a


Bandeira ao ombro direito e dirige-se ao Oriente, acompanhado
pela Guarda de Honra.
42
Ao chegarem à Grade do Oriente, o Mestre de
Cerimônias e os Membros da Guarda de Honra param e
aguardam autorização do Venerável, para retornarem aos seus
lugares.

Chegando ao Oriente, o Porta-Bandeira coloca a


Bandeira à direita do Trono, junto à Grade do Oriente e
aguarda determinação do Ven∴. Mestre para retornar ao seu
lugar.

A retirada do Pavilhão Nacional será sempre feita após


as conclusões do Orador. Neste momento, o Venerável Mestre
solicitará ao Mestre de Cerimônias que providencie a Guarda
de Honra para saudação à Bandeira.

A Saudação será feita, obrigatoriamente, pelo Orador,


obedecendo-se aos seguintes procedimentos:

1- O Porta-Bandeira segura o Pavilhão Nacional


em posição perfilada, à direita do Trono, de frente para o
Ocidente, não muito próximo da Grade, a fim de permitir que o
Orador possa se posicionar diante da Bandeira, sem
necessidade de descer ao Ocidente.

2- Os membros da Guarda de Honra, com suas


espadas em posição de saudação, ficam lado a lado, ao norte do
Ocidente, de frente para o Oriente, próximo à Grade do
Oriente, formando um triângulo com o Mestre de Cerimônias,
que estará à frente, voltado para o Oriente.

3- O Orador, sem sair do Oriente, posiciona-se


diante da Bandeira, e faz a saudação, de pé e à ordem, exceto
nos casos em que for necessária a leitura de um texto.

4- Após a saudação, o Orador retorna ao seu lugar;


permanecendo de pé e à ordem.

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5- Os membros da Guarda de Honra voltam suas
espadas à posição perfilada e aguardam, juntamente com o
Mestre de Cerimônias, a passagem do Porta-Bandeira.

6- O Porta-Bandeira conduz o Pavilhão Nacional


para fora do Templo, pelo lado Sul, acompanhado pelo Mestre
de Cerimônias e pela Guarda de Honra, sob os acordes da
primeira estrofe do Hino à Bandeira.

7- O Mestre de Cerimônias e a Guarda de Honra


acompanham o Pavilhão Nacional até o Átrio e retorna ao
Templo juntamente com o Porta-Bandeira.

Obs.: O Porta-Bandeira deverá imprimir à marcha um


ritmo cadenciado, de tal forma que a sua chegada à porta de
saída seja coincidente com o término da primeira estrofe do
Hino à Bandeira.

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PALAVRA A BEM DA ORDEM

A Palavra à Bem da Ordem em Geral e do Quadro em


Particular só pode ser usada para comunicações de assuntos de
interesse geral da Ordem Maçônica, em particular da Loja ou
do Obreiro, sendo proibida qualquer referência a assuntos
tratados na Ordem do Dia.

A Palavra poderá retornar, por deferência especial do


Venerável Mestre, a pedido do Orador, para esclarecimentos ou
saneamento de dúvidas.

Quando do retorno da Palavra, a mesma circulará


novamente na mesma ordem.

É proibido ao Obreiro passar de uma para outra Coluna


para fazer uso da Palavra.

O Obreiro pedirá a palavra por meio do Vigilante da sua


coluna, com uma palmada, e aguardará, de pé e à ordem, a
autorização do mesmo.

Autorizado o uso da Palavra, o Obreiro deverá,


obrigatoriamente, fazer as saudações às Luzes, usar as
expressões verbais e os tratamentos constantes dos Rituais, não
ultrapassando o tempo de três minutos.

O Obreiro que, por deferência do Venerável Mestre, for


autorizado a falar sem estar à ordem, só poderá ficar à vontade
depois que fizer a saudação às Luzes e demais Irmãos.

No Oriente, a saudação deve ser dirigida somente a


maior autoridade presente sob o Dossel, pois está implícito que
quando saudado a maior autoridade todos que ali se encontram
também o estão. Da mesma forma, nas Colunas do Norte e Sul
com a saudação aos Vigilantes.

O Vigilante é sempre o último de sua Coluna a fazer o


45
uso da Palavra, e deverá pedi-la com um golpe de Malhete e
ela lhe será concedida da mesma forma, pelo venerável Mestre.

No Oriente, o Venerável Mestre é o último a usar a


Palavra, exceto quando estiver presente o Grão-Mestre, ou
outra autoridade a qual tenha transferido a presidência dos
trabalhos.

Falarão sentados o Venerável Mestre e demais Obreiros


sob o Dossel; os Vigilantes; o Secretário, na leitura da Ata e da
Prancha; o Orador, nas conclusões e esclarecimentos sobre a
legislação pertinente aos assuntos passíveis de discussão e
votação na Ordem do Dia

Nas Sessões Magnas, a Palavra será obrigatoriamente


sobre o Ato realizado, com exceção dos comunicados
relevantes, que deverão ser feitos exclusivamente pelo
Venerável Mestre.

POSTURA EM LOJA

Sentado - O Obreiro deverá permanecer com o tronco


do seu corpo ereto encostado no respaldo da cadeira, a parte
inferior das pernas alinhadas na vertical com a planta dos pés
inteiramente posta no piso. As mãos deverão estar apoiadas
sobre as coxas, o antebraço junto ao corpo. É proibido o
cruzamento das pernas, braços e o abrigo dos pés sob a cadeira.

Em pé - O Obreiro deve manter o corpo ereto, altivo,


respeitando-se rigorosamente o Esquadro, o Nível e o Prumo.
Desta forma, podem ser realizados, os Sinais e Saudações que
jamais podem ser feitos por quem esteja sentado, andando ou
portando instrumentos de trabalho (Malhetes, Bastões,
Espadas, Livros, etc.).

Sinal de aprovação - Faz-se estendendo o braço direito


para frente, em linha reta, a palma da mão voltada para baixo,

46
com os dedos unidos.

Sinal de agradecimento - Procede-se da mesma forma


que o Sinal de Aprovação.

Sinal de abstenção - O Obreiro deve ficar de pé e á


ordem. Este Sinal aplica-se para os Irmãos que não estiveram
na Sessão do qual foi feita a leitura da Ata, uma vez que não
podem votar sobre sua redação.

Sinal de satisfação - Faz-se quando o Venerável Mestre


pergunta se os Irmãos estão satisfeitos. Todos devem bater com
a palma da mão direita sobre o Avental (na coxa).

Pedindo a palavra – Faz-se através de uma palma,


ficando o Obreiro imediatamente de pé e à ordem, posição em
que aguardará a autorização para falar.

Portando a Bolsa - O Mestre de Cerimônias e o


Hospitaleiro encaminham-se para entre Colunas segurando a
Bolsa com ambas as mãos, na altura da cintura, do lado
esquerdo do corpo, introduzindo os dedos polegar e indicador
para mantê-la aberta. Após autorização do Venerável, fazem a
circulação conforme prescrito no Ritual.

USO DAS ESPADAS

Perfilado - A Espada, nesta posição, deve ser


empunhada pela mão direita, braço ligeiramente curvo,
cotovelo para trás, punho da espada colado ao quadril, lâmina
encostada ao ombro, braço esquerdo caído ao longo do corpo,
mão aberta, dorso da mão voltado para frente.

Sentado - Nesta posição, a Espada deve ser empunhada


com a mão direita, estando o dedo polegar para cima, a lâmina
ao lado direito da perna direita, por fora, com a ponta apoiada
no solo. A mão esquerda espalmada deverá descansar sobre a
coxa.
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Abóbada de Aço – Trata-se de um cerimonial usado
para se tributar honras exclusivamente às Autoridades
Maçônicas. É composta de nove Irmãos portando espadas,
dispostos em duas alas, sendo cinco no lado Norte,
posicionados na direção da Coluna B, e quatro no lado Sul,
posicionados na direção da Coluna J. Os quatro primeiros pares
ficarão frente a frente e a nona espada posicionada sozinha no
lado Norte.

A Espada é empunhada pela mão direita, polegar para


cima, braço estendido, dirigido para o alto, em frente, cruzando
com o Irmão que está à sua frente; o braço esquerdo caído ao
longo do corpo, mão esquerda aberta e o dorso da mão voltado
para frente.

As espadas cruzadas não podem se tocar. A formação


da Abóbada de Aço, por si só, já constitui a homenagem
prestada, sendo, portanto, proibido o "tinir" das espadas.

Saudação ao Pavilhão Nacional – A saudação é feita


empunhando a espada com a mão direita, polegar para cima,
braço estendido para frente e para baixo e a Espada seguindo o
prolongamento do braço. O braço esquerdo deve ficar caído ao
longo do corpo, mão aberta e o dorso da mão voltado para
frente.

Guarda do Templo e Cobridor (sentados) – Terão


suas espadas sobre as coxas com o punho voltado para o lado
direito.

Guarda do Templo e Cobridor (em pé) – Utilizarão o


mesmo procedimento da posição perfilado.

Na Recepção de Iniciando - Nesta posição, a Espada


deve ser empunhada pela mão esquerda, polegar para cima,
braço estendido para frente, formando um ângulo de 90º com o

48
corpo, com a Espada seguindo o prolongamento do braço. O
braço direito deve ficar caído ao longo do corpo.

Espada Flamejante - Constitui-se num dos mais


importantes símbolos maçônicos. Representa a Espada de Fogo
dos Querubins, sendo de uso exclusivo do Venerável Mestre.
Não é uma arma, mas, sim, um Instrumento de Transmissão.
Deve ser conduzida pelo Irmão Porta-Espada, dentro do
escrínio, para ser apresentada ao Venerável Mestre, no
momento da Consagração, que a empunhará com a mão
esquerda.

Jamais deve ser tocada por um Irmão, nem mesmo pelo


Porta-Espada. E deve ser conduzida obrigatoriamente por um
Mestre Instalado.

Em Loja aberta, ficará sobre o escrínio, à frente do


Venerável Mestre.

ORDEM DOS TRABALHOS

A ordem a ser observada, rigorosamente, nos trabalhos


de uma Loja simbólica é a seguinte:

1. Abertura Ritualística

2. Leitura e Votação da Ata

3. Expediente

4. Entrada dos Visitantes

5. Bolsa de Propostas e Informações

6. Ordem do Dia

7. Tronco de Solidariedade

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8. Saudação aos Visitantes

9. Palavra a Bem da Ordem

10. Conclusões do Orador

11. Saudação e Retirada do Pavilhão Nacional

12. Saída Formal das Autoridades

13. Encerramento Ritualístico

14. Cadeia de União

DA ENTRADA DO TEMPLO

Ninguém terá ingresso no Templo, qualquer que seja o


pretexto, antes da hora fixada, salvo os Irmãos que tiverem de
prepará-lo para as cerimônias.

À hora fixada, o Ir∴ M∴ CCer∴, depois de estarem


todos os presentes devidamente revestidos de suas insígnias e
trajados conforme o Ritual, formará uma dupla fila na seguinte
ordem:

1. Aprendizes pelo lado Norte e Companheiros pelo lado


Sul;

2. Os Mestres sem cargos na Loja;

3. Os Oficiais, cada um pelo lado da sua respectiva


Coluna;

4. Os Mestres Visitantes;

5. Dignidades;

6. Os Mestres Instalados;

50
7. Os Vigilantes, cada um pelo lado de sua Coluna;

8. O Venerável Mestre, ladeado pelos Vigilantes.

Organizada a fila dupla, o Mestre de Cerimônias,


pondo-se à frente do préstito, dará entrada ao Guarda do
Templo e ao Mestre de Harmonia. Em seguida, com o Bastão,
dará uma única pancada na porta. O Guarda do Templo, sem
responder à batida, abrirá a porta, permanecendo perfilado
junto à Coluna J de frente para a Coluna B.

O Mestre de Cerimônias, junto à Coluna B, de frente


para a Coluna J, fará a chamada dos Obreiros, conforme a
seguir: Aprendizes, Companheiros, Mestres sem Cargo,
Oficiais, Mestres visitantes, Dignidades, Mestres Instalados,
Vigilantes e Venerável Mestre.

Os Aprendizes e Companheiros, quando estiverem


ocupando cargos, deverão ingressar no Templo em conjunto
com os Oficiais, posicionando-se nos lugares em que exercerão
os seus respectivos cargos.

Nota: estando presente o Grão-Mestre, ou outra


autoridade, a quem caberá presidir os trabalhos, a entrada
deverá ser realizada conforme os procedimentos estabelecidos
pelo Ritual Especial.

No Cortejo todos caminharão com passos naturais,


adentrando ao Templo, tanto pelo lado Norte, quanto pelo lado
Sul, dirigindo-se diretamente aos seus lugares, conservando-se
em pé, sem estar à ordem, voltados para o eixo do Templo.

Os Oficiais e Mestres Instalados que tem assento no


Oriente aguardarão a passagem do Venerável Mestre, para
depois segui-lo, conservando-se em pé sem estar à ordem,
voltados para o eixo do Templo.

Não poderão ingressar no Templo os Irmãos que não


51
estiverem devidamente trajados e revestidos de suas insígnias.

Durante a marcha poderá ser reproduzida uma pauta


musical com cântico apropriado.

Na passagem do Venerável Mestre, o Mestre de


Cerimônias o acompanhará ao Trono.

Após a entrada do Venerável, o Guarda do Templo


fecha a porta do Templo e toma o seu lugar.

ABERTURA DOS TRABALHOS

O Mestre de Cerimônias, depois de acompanhar o


Venerável ao Trono, dirige-se para entre Colunas, verifica se
todos os Obreiros estão em seus lugares devidamente
paramentados e anuncia: “Os lugares estão preenchidos,
Venerável Mestre”. O Venerável dá um golpe de malhete e
todos se sentam. O Mestre de Cerimônias dirige-se ao seu
lugar.

VEN∴ - (!) Em Loja, meus IIr∴

- Ir∴ 1° Vig∴ - qual é o primeiro de vossos deveres em


Loja?

l ° VIG∴- Verificar se o Templo está coberto.

VEN∴ - Certificai-vos disso, meu Ir∴

l º VIG∴- Ir∴ G∴ do Templo, cumpri vosso dever.

O Ir∴ G∴ do Templo, de espada em punho, entreabre


a porta, verifica se o Cobr∴ está a postos, fecha a porta, e dá,
na mesma, com o punho da espada, a bateria, que será
repetida pelo Cobr∴

52
G∴ TEMP∴- Ir∴ l º Vig∴, o Templo está coberto.

1 º VIG∴- O Templo está coberto, Ven∴ Mestre.

VEN∴- Qual o segundo de vossos deveres, Ir∴ 1º


Vig∴?

1º VIG∴ - Verificar se todos os presentes são Maçons.

VEN∴ - Fazei esta verificação.

1º VIG∴- (!) De pé e à ordem, meus Irmãos de ambas


as CCol∴

Todos os que se encontram no Ocidente ficam de pé e


à ordem, voltados para o Oriente. Os IIr∴ que se acham no
Oriente permanecem sentados. O Ir∴ 1º Vigilante desce do
seu Altar e percorre as Colunas. Terminada a verificação,
anuncia:

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, todos os presentes, em ambas


as CCol∴, pelo sinal que fazem, são Maçons,

VEN∴ - (!)

Todos que se encontram no Oriente levantam-se e


ficam à ordem

VEN∴ - Também os do Oriente.

VEN∴- (!) Sentemo-nos, meus IIr∴ (Pausa.)

- Ir∴ Orad∴, que se torna preciso para abertura dos


nossos trabalhos?

ORAD∴- Que estejam presentes no mínimo sete IIr∴,


dos quais pelo menos três Mestres, e que todos estejam
53
revestidos de suas insígnias.

VEN∴ - Ir∴ Sec∴, há número legal?

Sec∴ - (De pé e à ordem) Sim, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Ir∴ M∴ CCer∴, a Loja está composta?

M∴ CCER∴- (De pé e à ordem) - Sim, Ven∴ Mestre,


os cargos estão preenchidos e todos os presentes acham-se
revestidos conforme o uso da Ordem . (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Qual é o vosso lugar, Ir∴ 2º Diác∴?

2° DIÁC∴- (De pé e à ordem) À direita do Altar do


Ir∴ 1º Vig∴

VEN∴ - Para que, meu Ir∴?

2º DIÁC∴- Para ser o executor e transmissor de suas


ordens e velar para que os IIr∴ se conservem nas CCol∴, com
o devido respeito, disciplina e ordem.

VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1° Diác∴?

2º DIÁC∴- À direita e abaixo do sólio, Ven∴ Mestre.


(Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴1º Diác∴?

1º DIÁC∴- (De pé e à ordem) Para transmitir vossas


ordens ao Ir∴ 1º Vig∴ e a todos os Dignitários e Oficiais, a
fim de que os trabalhos se executem com ordem e perfeição.

VEN ∴- Onde tem assento o Ir∴ 2º Vig∴?

1º DIÁC∴- Ao Sul, Ven∴ Mestre. (Saúda e senta-se.)

54
VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴- Para melhor observar o Sol em seu


meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e mandá-los à
recreação, a fim de que os trabalhos prossigam com ordem e
exatidão.

VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1° Vig∴?

2º VIG∴- No Ocidente, Ven∴Mestre.

VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1° Vig∴?

1º VIG∴- Assim como o Sol se oculta no Ocidente para


terminar o dia, assim aqui tenho assento para fechar a Loja,
pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

VEN∴- Para que o Ven∴ Mestre senta-se no Oriente?

1º VIG∴ - Assim como o Sol nasce no Oriente para


fazer sua carreira e iniciar o dia, assim aí fica o Ven∴ Mestre
para abrir a Loja, dirigir-lhe os trabalhos e esclarecê-la com as
luzes de sua Sabedoria nos assuntos de nossa Sublime
Instituição.

VEN∴ - Para que nos reunimos aqui, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - Para combater a tirania, a ignorância, os


preconceitos e os erros, e glorificar o Direito, a Justiça e a
Verdade; para promover o bem estar da Pátria e da
humanidade, levantando templos à virtude e cavando
masmorras ao vício.

VEN∴ - O que é a Maçonaria, Ir∴ Chanceler?

CHANC∴ - (De pé e à ordem) Uma Instituição que


tem por objetivo tornar feliz a Humanidade pelo amor, pelo

55
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade
e pelo respeito à autoridade e à crença de cada um.

VEN∴ - Ela é regional?

CHANC∴ - Não, Ven∴ Mestre, ela é universal e suas


Oficinas espalham-se por todos os recantos da terra, sem
preconceito de fronteiras e de raças. (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Sois Maçom, Ir∴1º Vig∴?

1º VIG∴- M∴Ι∴C∴T∴M∴R∴

VEN∴- Durante que tempo devemos trabalhar como


Aprendizes Maçons?

1º VIG∴- Do meio dia à meia noite.

VEN∴- Que horas são, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴- Meio dia em ponto, Ven∴Mestre.

VEN∴ - (! -! -!)

1° VIG∴- (! -! -!)

2º VIG∴ - (! -! -!)

56
Todos ficam de pé e à ordem. O 1º Diác∴ passa por
trás do Trono, sobe os degraus pelo lado esquerdo do Altar,
saúda o Ven∴ Mestre, que, após corresponder à saudação,
transmite-lhe a P∴ S∴, começando pelo o∴ e∴ (conforme
instrução do Grau), recebida a P∴ S∴, o 1º Diác∴ vai ao
Altar do 1º Vig∴, sobe os degraus, pelo lado esquerdo,
obedecendo ao giro por trás do Altar, transmite-lhe a P∴ S∴,
da mesma forma que a recebeu, e se dirige ao Norte do Altar
dos Juramentos. O 1º Vig∴, com as mesmas formalidades,
transmite a P∴ S∴ ao 2º Diác∴ que, por sua vez, vai levá-la
ao 2º Vig∴, da mesma forma, circulando por trás do Altar,
posicionando-se, em seguida, ao Sul do Altar dos JJur∴

2º VIG∴ - (Após o 2º Diác∴ postar-se ao Sul do Altar


dos JJur∴) (!) Tudo está justo e perfeito, Ven∴Mestre.

VEN∴ - Achando-se a Loja regularmente constituída,


procedamos à abertura de seus trabalhos, invocando o auxílio
do G∴A∴D∴U∴

O Venerável Mestre descobre-se. O M∴ de CCer∴ vai


até o mais moderno dos Ex-VVen∴, convida-o para postar-se
ante o Altar dos juramentos para abrir o L∴ da L∴( em sua
falta o Ir. Experto), ficando à ordem. O M∴ de CCer∴ e os
DDiác cruzam seus bastões por sobre o Altar, de maneira que
o bastão do M∴ de CCer∴ fique por baixo apoiando os
outros dois. O oficiante saúda o Venerável Mestre, faz a
leitura do L∴ da L∴, na parte apropriada, ajoelhado sobre o
joelho direito, e sobrepõe o E∴ e o C∴ na posição do Grau.
Levanta-se, saúda novamente o Ven∴ Mestr∴ e permanece à
ordem.

VEN∴ - (!)- Graças Vos rendemos G∴A∴D∴U∴,


porque por Vossa bondade e misericórdia nos tem sido possível
vencer as dificuldades interpostas em nosso caminho para nos

57
reunirmos aqui e prosseguirmos em nosso Labor.

Fazei, Senhor, com que nossos corações e inteligências


sejam sempre iluminados pela Luz que vem do Alto, a fim de
que, fortificados por Vosso amor e bondade, possamos
compreender que para nosso trabalho ser coroado de êxito
necessário é que, em nossas deliberações, subjuguemos paixões
e intransigências à fiel obediência aos sublimes princípios da
Fraternidade, para que a nossa Loja possa ser um reflexo da
Ordem e da Beleza que resplandecem em Vosso Trono.

VEN∴ - (!) À Glória do G∴A∴D∴U∴ e de São João,


nosso Padroeiro, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica
de..., e em virtude dos poderes de que me acho investido,
declaro aberta a Loja de Aprendiz Maçom e seus trabalhos em
plena força e vigor. Que tudo neste Augusto Templo seja
tratado aos influxos dos sãos princípios da Moral e da Razão.

O 1º Vig∴ levanta a Col∴ do seu Altar e o 2º Vig∴


abaixa a do seu. O M∴ de CCer∴ e os DDiác∴ desfazem o
pálio, permanecendo no local.

VEN∴ (!) - A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela


bateria e pela aclamação.

TODOS - (Depois de feito o sinal) Huzzé! Huzzé!


Huzzé!

VEN∴ − (Após cobrir-se) (!) Sentemo-nos, meus IIr∴

Os IIr∴ que se acham junto ao Altar dos Juramentos


saúdam o Venerável Mestre e voltam a ocupar seus lugares.
O 1º Diác∴, de passagem, abre o Painel da Loja.

VEN∴ - Ven∴ Ir∴ M∴ de CCer∴, convidai o Ven∴


Ir∴ Cobridor para adentrar ao Templo

58
LEITURA DA ATA

VEN∴ - Ir∴ Sec∴, Tendes a bondade de nos dar conta


da Ata de nossos últimos trabalhos. (!) Atenção, meus IIr∴

O Sec∴ procede à leitura da Ata da última reunião,


finda a qual:

VEN∴ - Meus IIr∴, se tendes alguma observação a


fazer sobre a redação da Ata que acaba de ser lida, a palavra
vos será concedida, a partir da Coluna do Sul.

Se algum Ir∴ quiser fazer observações, pedirá a


palavra ao Vigilante da sua Coluna. Reinando silêncio, os
Vigilantes anunciam:

2º VIG∴- (!) Reina silêncio na Col∴ do Sul, Ir∴1º


Vig∴
1º VIG∴- (!) Reina silêncio em ambas as Col∴
Ven∴ Mestre.
Os IIr∴ que se encontram no Oriente, que quiserem
fazer observações, pedirão a palavra diretamente ao
Ven∴ Mestre.
VEN∴ - (Reinando silêncio no Oriente) Os IIr∴ que
aprovam a Ata que acaba de ser lida (caso tenha havido
observações, acrescentará: com as observações do Ir∴ F...)
queiram se manifestar pelo sinal convencional.
O M∴ de CCer∴ verifica a votação e comunica ao
Ven∴ Mestre, que proclama diretamente o resultado. Nesse
momento, o 1º Diác∴ vai à mesa do Secretário, toma o livro
de Atas e leva-o para assinatura do Ven∴ Mestre e do
Orador, restituindo-o, em seguida, ao Sec∴, que também o
assinará.

59
EXPEDIENTE
VEN∴- Ir. Secretário, tendes a bondade de ler o
expediente. (!) Atenção, meus IIr∴
À medida que o Secr∴ for lendo o expediente, o Ven∴
Mestr∴ irá dando-lhe o devido destino, sem submeter o
assunto à discussão ou apreciação da Loja. Havendo
necessidade de deliberação da Loja, o assunto deverá ser
incluído na Ordem do Dia, ou, a critério do Venerável,
permanecer sob malhete. Do expediente farão parte as
correspondências em geral, sendo que os Decretos do Grão-
Mestre serão lidos, no início do expediente, pelo Orad∴, que
ficará de pé, sem estar à ordem. Os demais IIr∴ estarão de pé
e à ordem.

Nesse momento, se necessário, será dada entrada às


autoridades maçônicas e ao pavilhão nacional.

BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

VEN∴ - (!) IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas


CCol∴, como anuncio no Or∴, que o Ir∴ M∴ de CCer∴ vai
circular com a Bolsa de Propostas e Informações.

1º VIG∴- (!) Irmãos que fortaleceis a Col∴do Norte,


eu vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ M∴
CCer∴ vai circular com a Bolsa de Propostas e Informações.

2º VIG∴- (!) Irmãos que abrilhantais a Col∴ do Sul, eu


vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ M∴ CCer∴
vai circular com a Bolsa de Propostas e Informações.

O M∴ CCer∴ posiciona-se entre CCol∴ e anuncia:

M∴ CCER∴ Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa de PProp∴ e IInf∴


encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens.

60
2º VIG∴ - Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a
Bolsa de PProp∴ e IInf∴, encontra-se entre CCol∴
aguardando ordens.

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Ir∴ M∴de CCer∴, com a


Bolsa de PProp∴ e IInf∴, encontra-se entre CCol∴
aguardando Vossas ordens.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, cumpri vosso dever.

Terminada a circulação, o Ir. Mestre de Cerimônias


posiciona-se novamente entre Coluna e anuncia:

M∴ CCER∴ Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa de PProp∴ e IInf∴,


após cumprir seu giro, encontra-se entre CCol∴ aguardando
ordens.

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a


Bolsa de PProp∴ e IInf∴, depois de cumprir o giro, encontra-
se entre CCol∴ aguardando ordens.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, o Ir∴ M∴ de CCer∴, com a


Bolsa de PProp∴ e IInf∴, depois de cumprir o giro, encontra-
se entre CCol∴ aguardando Vossas ordens.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, trazei a Bolsa ao Trono.


IIr∴ Orad∴ e Sec∴, vindes comigo conferir o produto da
Bolsa.

O M∴ CCer∴ apresenta a Bolsa ao Ven∴ Mestre. O


Orad∴ e o Sec∴ aproximam-se do Altar e assistem a
contagem. Depois de autorizados pelo Ven∴ Mestre,
retornam aos seus lugares.

VEN∴ - (!) Meus IIr∴ a Bolsa de PProp∴ e IInf∴


recolheu... Colunas Gravadas, que passo a decifrar (ou nada
recolheu).

61
O Ven∴ Mestre lê as peças recebidas e dá-lhes o
devido destino, sem submeter o assunto à discussão ou
apreciação da Loja. Havendo necessidade de deliberação da
Loja, o assunto deverá ser incluído na Ordem do Dia, ou, a
critério do Venerável, permanecer sob malhete.

ORDEM DO DIA

VEN∴ - Meus IIr∴ eu vos anuncio que passaremos à


Ordem do Dia.

VEN∴ - Ir∴ Sec∴, qual é a Ordem do Dia?

SEC∴ - Ven∴ Mestre, constam da Ordem do Dia os


seguintes assuntos:

O Ven∴ Mestre apresentará os assuntos na ordem


preestabelecida, para as suas tramitações normais. Havendo
necessidade de deliberação da Loja, o assunto só poderá ser
votado após as conclusões do Orador, que, em hipótese
alguma, poderá dar opinião pessoal. Caso queira opinar
sobre qualquer assunto, terá que transmitir o cargo para
outro Irmão, e não participará da conclusão.

Esgotados os assuntos:

VEN∴ - (!) Está encerrada a Ordem do Dia.

OBSERVAÇÃO: Os assuntos tratados na Ordem do


Dia não poderão ser retomados na Palavra a Bem da Ordem
em Geral e do Quadro em Particular.

62
TRONCO DE SOLIDARIEDADE

VEN∴ - (!) IIr∴ 1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas


CCol∴, como anuncio no Or∴, que o Ir∴ Hosp∴ vai circular
com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴ do Norte, eu


vos anuncio, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir. Hosp∴ vai
circular com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

2º VIG∴- (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul,


anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que o Ir∴ Hosp∴ vai
circular com a Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

O Ir∴ Hospitaleiro posiciona-se entre CCol∴ e


anuncia:

HOSP∴ - Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa para o Tronco de


Solidariedade, encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens.

2º VIG∴ - Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa


para o Tronco de Solidariedade, encontra-se entre CCol∴
aguardando ordens.

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa


para o Tronco de Solidariedade, encontra-se entre CCol∴
aguardando vossas ordens.

VEN∴ - Ir∴ Hosp∴, cumpri vosso dever.

Terminada a circulação, o Ir∴ Hosp∴ posiciona-se


novamente entre Coluna e anuncia:

HOSP∴ - Ir∴ 2º Vig∴, a Bolsa para o Tronco de


Solidariedade, depois de cumprir o giro, encontra-se entre

63
CCol∴ aguardando ordens.

2º VIG∴- Ir∴ 1º Vig∴, o Ir∴ Hosp∴, com a Bolsa


para o Tronco de Solidariedade, depois de cumprir o giro,
encontra-se entre CCol∴ aguardando ordens.

1º VIG∴- Ven∴ Mestre, o Ir∴Hosp∴, com a Bolsa


para o Tronco de Solidariedade, depois de cumprir o giro,
encontra-se entre CCol∴aguardando vossas ordens.

VEN∴ - Ir∴Hosp∴, apresentai a Bolsa ao


Ir∴Tesoureiro, ajudai-o a conferir e trazei-me o resultado.

O Venerável anunciará o produto da Bolsa nas


considerações finais.

VEN∴ - Ir∴ Orad∴, tendes a palavra para a saudação


aos IIr∴ visitantes. (!) Atenção, meus IIr∴

Na saudação, o Orador estará de pé e à ordem.

PALAVRA A BEM DA ORDEM EM GERAL E DO


QUADRO EM PARTICULAR

VEN∴ - (!) IIr∴ 1° e 2º VVig∴, anunciai em vossas


CCol∴, como eu anuncio no Or∴, que concederei a Palavra a
Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular a quem
dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo.

1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴do Norte,


anuncio-vos da parte do Ven∴ Mestre que ele concederá a
Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular
a quem dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo.

2º VIG∴- (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul,


anuncio-vos da parte do Ven∴ Mestre que ele concederá a

64
Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro em Particular a
quem dela queira fazer uso, sem discussão ou diálogo. Está
anunciado na Col∴ do Sul, Ir∴1°Vig∴

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as CCol∴ Ven∴


Mestre.

2º VIG∴- A palavra está na Col∴do Sul.

O Ir∴ que quiser fazer uso da palavra dará uma


palmada e aguardará, de pé e à ordem, autorização do Vig∴
da sua Coluna.

2º VIG∴- (Reinando silêncio) Reina silêncio na Col∴


do Sul, Ir∴1º Vig∴

1º VIG∴- A palavra está na Col∴ do Norte.

1º VIG∴- (Reinando silêncio) Reina silêncio em ambas


as CCol∴, Ven∴ Mestre.

VEN∴- A palavra está no Or∴

O Venerável, após as considerações finais, anunciará


o produto da Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

VEN∴- Ir∴ Orad∴, dai-me vossas conclusões finais

O Orad∴, sentado, apresentará as suas conclusões


sobre o andamento dos trabalhos, DE FORMA OBJETIVA ,
sem determinar ou requerer a forma de enceramento, que,
obrigatoriamente, será de acordo com o Ritual.

65
ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS

VEN∴- (!) IIr∴1º e 2º VVig∴, anunciai em vossas


CCol∴, como anuncio no Or∴, que vamos encerrar os
trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴

1º VIG∴- (!) IIr∴ que fortaleceis a Col∴ do Norte,


anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que vamos encerrar os
trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴

2º VIG∴ - (!) IIr∴ que abrilhantais a Col∴ do Sul,


anuncio-vos, da parte do Ven∴ Mestre, que vamos encerrar os
trabalhos desta Loja de Ap∴ M∴ Está anunciado na Col∴ do
Sul, Ir∴ lº Vig∴

1º VIG∴- Está anunciado em ambas as CCol∴, Ven∴


Mestre.

VEN∴- Ir∴ 2º Diác∴, qual o vosso lugar em Loja?

2º DIÁC∴- (De pé e à ordem) À direita do Ir∴ 1º


Vig∴

VEN∴- Para que, meu Ir∴?

2º DIÁC∴- Para transmitir as ordens ao Ir∴ 2º Vig∴ e


verificar se os Obreiros se conservam nas CCol∴ com o
devido respeito, disciplina e ordem. (Saúda e senta-se.)

VEN∴- Ir∴ 1º Diác∴, qual é o vosso lugar em Loja?

1º DIÁC∴ - (De pé e à ordem) À vossa direita, abaixo


do sólio.

VEN∴- Para que, meu Ir∴?

1º DIÁC∴- Para transmitir vossas ordens ao Ir∴ 1º


66
Vig∴ e demais Dignidades e Oficiais, a fim de que os
trabalhos sejam executados com regularidade e prontidão.

VEN∴- Onde tem assento o Ir∴ 2º Vig∴?

1º DIÁC∴ - Ao Sul, Venerável Mestre. (Saúda e senta-


se.)

VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ - Para melhor observar o Sol em seu


meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e mandá-los à
recreação, a fim de que os trabalhos prossigam com ordem e
exatidão, a bem da Pátria e da Humanidade.

VEN∴ - Onde tem assento o Ir∴ 1º Vig∴?

2º VIG∴ - No Ocidente, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Para que ocupais esse lugar, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴- Assim como o Sol se oculta no Ocidente para


terminar o dia, assim aqui tenho assento para fechar a Loja,
pagar os Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos.

VEN∴- E os obreiros estão satisfeitos?

Todos batem com a palma da mão direita no avental,


em sinal de afirmação.

VEN∴ - Que idade tendes, Ir∴ 1º Vig∴?

1° VIG∴ - ...

VEN∴ - A que horas é permitido aos AAp∴ Maçons


deixarem o trabalho?

67
1º VIG∴ - À Meia noite, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Que horas são, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG – Meia noite, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - (!!!)

1º VIG∴ - (!!!)

2º VIG∴ - (!!!)

Todos se levantam e ficam de pé e à ordem. Com o


mesmo cerimonial da abertura, o Ven∴ Mestre transmite a
P∴ S∴ e forma-se o Palio.

2º VIG∴ - (Depois de receber a P∴ S∴) (!) Tudo está


justo e perfeito na Col∴ do Sul, Ir∴1º Vig∴

1º VIG∴ - (!) Tudo está justo e perfeito em ambas as


CCol∴, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - (!) Ir∴1º Vig∴, estando tudo justo e perfeito,


tendes minha permissão para fechar a Loja. (Descobre-se.)

1º VIG∴ - (!) À Glória do G∴A∴D∴U∴ e de São


João, nosso Padroeiro, está fechada esta Loja de Ap∴ M∴ (!)

Neste momento é fechado o L∴ da L∴ e desfeito o


pálio.

VEN∴ (!) - A mim, meus IIr∴, pelo sinal, pela bateria


e pela aclamação.

TODOS - (Depois de dada a bateria) Huzzé! Huzzé!


Huzzé!

68
O Ven∴ Mestre cobre-se novamente. Os IIr∴ que se
encontram junto ao Altar dos Juramentos voltam aos seus
lugares. O 1º Diác∴, de passagem, fecha o Painel da Loja.

VEN∴ - Meus IIr∴, os trabalhos estão encerrados e a


nossa Loja fechada. Antes de nos retirarmos, juremos o mais
profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se passou.

TODOS - (Estendendo a mão direita para frente) Eu


juro!

Neste momento, caso seja necessário, se formará a


Cadeia de União.

VEN∴ - Retiremo-nos em paz.

NESSE MOMENTO DESFAZEM-SE OS SINAIS.

O 1º Vig. abaixa a Coluna do seu Altar e o 2º levanta a


do seu. A saída do Templo é feita em ordem inversa à da
entrada.

69
SUSPENSÃO DOS TRABALHOS PARA RECREAÇÃO

VEN∴ - (!) Ir∴ 2º Vig∴, qual é o vosso lugar em


Loja?

2º VIG∴ - Ao Sul, Ven∴Mestre.

VEN∴ - Para que, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Para melhor observar o Sol em sua


passagem pelo meridiano, chamar os Obreiros para o trabalho e
mandá-los à recreação.

VEN∴ - Que horas são?

2º VIG∴ - O Sol está no Meridiano.

VEN∴ - E os obreiros tem trabalhado com afinco e


perseverança?

2º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Então, tendes minha permissão para mandá-los


à recreação, suspendendo, por alguns instantes, os trabalhos.

2º VIG∴ - (!) Meus IIr∴, de ordem do Ven∴ Mestre,


os trabalhos vão ser suspensos por alguns momentos, para que
vos entregueis à recreação, tendo o devido cuidado de ficardes
nas proximidades, a fim de atenderdes ao chamado de volta ao
trabalho. (!)

1º VIG∴ - (!)

VEN∴ - (!)

70
O Mestre de Cerimônias convida o Ir∴ que
abriu o L∴ da L∴ para postar-se diante do Altar dos
Juramentos, onde ficará à ordem. O Mestre de
Cerimônias ficará logo atrás do Oficiante, com seu
Bastão em posição de perfilado. Após o Venerável
declarar que os trabalhos estão suspensos, o Oficiante
saúda o Vem. Mestre e fecha o Livro da Lei, colocando
sobre ele o Esquadro e o Compasso na posição que
guardam entre si. Em seguida, retorna ao seu lugar,
conduzido pelo Mestre de Cerimônias. Neste momento,
o 2º Vig∴ levanta a Coluna de seu Altar e o 1º Vig∴
abaixa a do seu.

REABERTURA DOS TRABALHOS

Estando todos os Oficiais de pé e à ordem e os demais


Irmãos simplesmente em pé, o Ven∴ Mestre dá um Golpe de
Malhete, repetido pelos VVig∴

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, que horas são?

2º Vig∴ - O Sol passou do zênite, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Então, tendes a minha permissão para chamar


os Obreiros, a fim de reencetarmos nossos trabalhos.

2º Vig∴ - (!) Meus IIr∴, de ordem do Ven∴ Mestre,


suspendei vossa recreação, para retomar o vosso trabalho. (!)

1º Vig∴ - (!)

VEN∴ - (!)

71
Com o mesmo cerimonial de fechamento, o Oficiante
abre o L∴ da L, na parte apropriada, sobrepondo-lhe o
Esquadro e o Compasso na posição do grau. O 2º Vig∴
abaixa a Coluna de seu Altar e o 1º Vig∴ levanta a do seu

VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴

Os trabalhos prosseguem do ponto em que foram


suspensos.

FILIAÇÃO

Achando-se algum Irmão filiando na sala dos Passos


Perdidos.

VEN∴- (!) Meus IIr∴, acha-se na Sala dos PP∴PP∴ o


Ir∴F..., cuja filiação foi aprovada por esta Loja. Consulto-vos
se ainda estais de acordo que se proceda a sua recepção.

Se houver alguma objeção justificada, o Ven∴


Mestre, sem abrir discussão, submete-a ao voto, decidindo-se
por maioria. Caso, pelos motivos alegados, a Loja julgue
adiar ou anular a filiação, dar-se-á ciência ao Ir∴ candidato.
Não havendo impugnação e reinando silêncio, é anunciado
pelos VVig∴

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, ide à sala dos PP∴ PP∴


buscar o nosso Ir∴ filiando.

O M∴ de CCer∴ irá sozinho buscar o candidato, se


este for Ap∴ ou Comp∴ Se for Mestre Maçom, convidará
dois Irmãos, para com ele, constituírem a comissão
introdutora. Voltando, bate, maçonicamente, à porta do
Templo.

G∴ DO TEMPL∴ - Ven∴ Mestre, maçonicamente

72
batem à porta do Templo.

VEN∴- Vede quem assim bate, meu Ir∴

O G∴ do Templ∴, de espada em punho, entreabre a


porta do Templo e, apontando a espada para fora, informa-se
e em seguida fecha a porta.

G∴ DO TEMPL∴ - Ven∴ Mestre, é o Ir∴ M∴ de


CCer∴, acompanhando o Ir∴ F... que deseja se filiar nesta
Loja.

VEN∴ - Franqueai o ingresso, Ir∴ G∴ do Templo. (!)


De pé e à ordem, meus IIr∴

Aberta a porta do Templo, o M∴ de CCer∴ entra com


o candidato, fazendo ambos a entrada e a saudação
ritualística. O G∴ do Templo fecha imediatamente a porta.

VEN∴ - Seja bem-vindo, meu irmão, e que a nossa


Loja seja para vós uma habitação de paz e de concórdia, onde,
unindo-vos a nós pelos sagrados laços da fraternidade leal e
sincera, possais continuar os trabalhos em prol da emancipação
da Humanidade. Sois Maçom e, portanto, já conheceis vossos
deveres para com a família, a Pátria e a Humanidade.

VEN∴− Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi nosso Ir∴ ao


Alt∴ dos JJ∴, para ratificar seus compromissos.

O Ir∴ M ∴de CCer∴ o conduz ao Alt∴ dos JJ∴,


onde o faz ajoelhar-se. O Ir∴ 1º Diác∴ o incensará por três
vezes.

Fil∴ - (Lendo) Juro e prometo, por minha honra e


minha fé, cumprir a Constituição e as Leis da Grande Loja
Maçônica do Estado de......, bem como o Regulamento e as
deliberações desta Loja, pautando minha vida pelos sãos
73
princípios da Maçonaria Universal e reconhecendo esta
Grande Loja como (única) Potência Maçônica legal e legítima
para o R∴ E∴ A∴ A∴ nesta jurisdição.

O M∴ de CCer∴ levanta o filiando, que ficará de pé e


à ordem.

VEN∴ - Em nome desta Loja, aceito vosso


compromisso e vos proclamo membro ativo de seu Quadro.
Recebei, por meu intermédio, as saudações sinceras de todos os
Irmãos que esperam o auxilio eficaz de vossos esforços para o
levantamento moral e material da Oficina, a fim de que ela
possa continuar a desobrigar-se nobremente dos deveres que
contraiu com a Ordem.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, fazei nosso Ir∴gravar


seu ”Ne Varietur” na tábua da Loja e, depois, conduzi-o ao
lugar que lhe compete.

VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴

VEN∴- Ir∴ Orad∴, Tendes a palavra.

O Orad∴ fará um breve discurso, sem, entretanto,


tecer elogios exagerados, nem entrar em apreciações que não
sejam pertinentes à Maçonaria. Terminada a fala, os
trabalhos prosseguem na forma de costume.

REGULARIZAÇÃO

Para os casos de regularização, servirá este mesmo


Ritual, substituindo-se as palavra filiando e filiação por
regularizando e regularização, respectivamente. O juramento
será o mesmo destinado ao neófito. O Venerável Mestre, na
proclamação, dirá: “Em virtude dos poderes de que me acho
investido, eu, em nome da ..., vos considero regularizado
como Maçom e membro ativo desta Loja.

74
INICIAÇÃO

Regularmente, só se deve iniciar um candidato. Se,


porém, circunstâncias excepcionais o exigirem, poderão ser
iniciados até três candidatos em uma mesma Sessão.

Neste caso, o Ven∴ Mestre providenciará:

1. Que cada profano seja introduzido na Câmara


das Reflexões de modo a ficar só durante o tempo em que fizer
suas declarações;

2. Que o profano que ceder o lugar a outro seja


conservado em lugar bem separado e com os olhos vendados.

3. Que aos Expertos sejam dados tantos ajudantes


quantos forem necessários, para que a sua missão seja
perfeitamente desempenhada.

4. Que as perguntas do Venerável Mestre não


sejam feitas aos profanos em conjunto, mas, nominalmente,
alternando-se a seqüência, Exemplo: “Consentis em prestar
esse juramento, profanos F ..., F... F...?”.

5. Que todas as viagens sejam feitas pelos


profanos em conjunto, mas que somente um bata nos Altares,
etc.

6. Que todos os ajudantes do Experto sejam


Mestres Maçons.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO

O profano deve ser conduzido à Loja pelo Ir∴ que


apoiou sua petição; este, ao chegar ao Edifício da Loja, venda-
o cuidadosamente. Na Sala dos Passos Perdidos, entrega-o ao
Experto, que, batendo-lhe levemente no ombro, dirá:

75
- “EU SOU VOSSO GUIA, TENDES CONFIANÇA
EM MIM E NADA RECEEIS.”

Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sem


permitir que qualquer Ir∴ lhe fale ou dele se aproxime, e muito
menos que com ele faça qualquer pilhéria, o Ir∴ Exp∴ o
conduzirá à Câmara de Reflexões, onde o prepara
convenientemente, tirando-lhe todos os metais que, colocados
em uma bandeja, serão depositados, logo após a abertura dos
trabalhos, na mesa do Tesoureiro.

O profano deverá ter o lado esquerdo do peito e a perna


direita, até o joelho, nus, substituindo-se o sapato do pé direito
por uma sandália. Depois de assim preparado, o
Ir∴ Exp∴ tira-lhe a venda e diz-lhe:

“Profano, eu vos deixo entregue às vossas reflexões.


Não estareis sós, pois Deus, que tudo vê, será testemunha da
sinceridade com que ides responder às nossas perguntas.”

O Ir∴ Exp∴, retorna pouco depois, entrega-lhe a folha


do testamento e o questionário dizendo-lhe:

“Profano, a associação a que desejais pertencer pede


que respondais, sem restrições ou reservas mentais, às
perguntas que vos apresento. De vossas respostas dependerá
vossa admissão em seu seio”.

As perguntas descritas no questionário devem obedecer


à seguinte fórmula:

“À Glória do Grande Arquiteto do Universo”

Senhor,

Respondei livremente às seguintes perguntas:

Quais são os vossos deveres para com Deus?


76
Quais são os vossos deveres para com a Humanidade?

Quais são os vossos deveres para com a Pátria?

Quais são os vossos deveres para com a Família?

Quais são os vossos deveres para com o próximo?

Quais são os vossos deveres para convosco?

(data)

(Assinatura do Candidato)

(Residência)

(Assinatura do Venerável Mestre)

Ao entregar a folha do questionário ao Profano, o


Experto adverti-lo-á de que depois de dadas as respostas,
deverá chamá-lo, tocando a campanhia.

IMPORTANTE

Antes da abertura da Sessão de Iniciação, é importante


que o Secretário verifique se o processo relativo ao(s)
candidato(s) está sobre sua mesa; que o Orador leia os
questionários submetidos ao(s) candidato(s) para constatar se
as respostas estão completas e legíveis; que o Mestre de
Cerimônias verifique se todos os objetos simbólicos (ver
quadro abaixo) a serem utilizados durante a iniciação foram
colocados nos devidos lugares pelo Arquiteto, inclusive
aqueles usados para a entrada de autoridades maçônicas e da
Bandeira Nacional.

77
LISTA DE MATERIAL PARA INICIAÇÃO
Aparelho de som e trilha Aventais, luvas, rituais, etc. p/
sonora os neófitos
Caneta para a Câmara da
Bandejas para os metais
Reflexão
Capuzes para a cena de S.
Dados biográficos do profano
João
Espadas nas cadeiras Envelopes para os pertences
Fogo da purificação Formulário do Testamento
Fósforo e vela para a Câmara
Placets e documentos
de Reflexão
Campainha para a Câmara de
Rituais para os oficiais
Reflexão
Sandália e venda para o
Incenso
profano
Jarra da água da purificação Toalhas para o Mar de Bronze
Líquido amargo e doce Velas grandes e pequenas
Rampa para cena de
Taça Sagrada
demonstração de coragem
Bandeira Nacional Lanches e refrigerantes

78
RITUAL DE INICIAÇÃO

Depois de regularmente aberta a Loja, de acordo com


o Ritual, e observada a ordem dos trabalhos.

VEN∴ - Ir∴ Exp∴, podeis informar se na Câmara de


Reflexões está algum candidato que pretenda ser iniciado em
nossos augustos mistérios?

Exp∴ – Sim Venerável Mestre, o profano F... aguarda


na Câmara das Reflexões o momento de ser iniciado.

VEN∴ - Meus IIr∴, tendo ocorrido regularmente o


processo preliminar para a admissão do profano F..., é chegado
o momento de sua recepção. Como sabeis, este ato é um dos
mais solenes de nossa Instituição. Não devemos nos esquecer
de que, com a aceitação de novo membro nesta Loja, vamos
dar um novo Irmão à Família Maçônica Universal. Se algum de
vós tem observações a fazer contra essa admissão, deve
declará-las leal e francamente.

Se algum Ir∴ tiver oposição a fazer, pedirá a palavra


por intermédio do Vig∴ de sua Col∴. A opinião emitida não
será discutida, mas simplesmente posta em votação,
decidindo-se pela maioria de votos presentes. Se a Loja
recusar a admissão, interrompe-se o ritual neste ponto,
cientificando o candidato de que ainda não chegou o dia de
sua admissão, e com as mesmas formalidades da entrada,
será convidado a retirar-se do edifício. Não havendo
objeções:

VEN∴- Os IIr∴ que aprovam que se proceda a


iniciação do profano F.., queiram manifestar-se pelo sinal.

VEN∴- (Sendo aprovado) Ir∴ Exp∴, ide ao lugar


onde está o profano e dizei-lhe que, sendo perigosas as provas

79
por que tem de passar, é conveniente que faça seu testamento e,
ao mesmo tempo, responda às questões que submetemos ao seu
espírito para bem conhecermos os seus princípios e suas
virtudes.

O Exp∴ executa a ordem e, depois de recebidas as


respostas, volta a dar conta de sua missão, trazendo o
questionário na ponta da espada. Entra no Templo sem
formalidade, fica entre Colunas e anuncia:

EXP∴ - Ven∴ Mestre, o candidato cumpriu a sua


primeira obrigação. Eis aqui seu testamento e suas respostas.

VEN∴ - Entregai-os ao Ir∴ Orad∴, para decifrá-los.

Após receber os documentos do Exp∴, o Orad∴


(sentado) lê, em voz alta, o questionário e as respostas.

VEN∴ - Meus IIr∴, estais satisfeitos com as respostas


do candidato?

Em caso afirmativo, todos fazem o sinal de aprovação.


Se houver alguma objeção, a Loja decidirá por maioria de
votos.

VEN∴ - Ir∴ Tes∴, estais satisfeito?

TES∴ - Sim, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Ir∴ Sec∴, nossa Grande Loja enviou o Placet


de Iniciação deste profano?

SEC∴ - Sim, Ven∴ Mestre. Placet nº ...

VEN∴ - Ir∴ Orador, dai-me vossas conclusões.

ORAD∴ - Ven∴ Mestre, se razões especiais não


80
impuseram o contrário à vossa Sabedoria e Prudência, eu, em
nome desta Loja, e de acordo com as leis que regem nossa
sublime Instituição, respeitosamente, vos solicito que se
proceda à iniciação do profano, F...

VEN∴ - Ir∴ Exp∴, acercai-vos do profano e dizei-lhe


que dele esperamos a necessária coragem para sair vitorioso
das provas a que vamos submetê-lo. Preparai-o, segundo nosso
uso, e trazei-o à porta do Templo. Recolhamo-nos, meus
IIr∴, ao mais profundo silêncio.

O Exp∴ vai cumprir a ordem e, trazendo o candidato


à porta do Templo, bate irregularmente.

G∴ DO TEMPL∴ - (De pé, empunhando a espada,


em posição de perfilado) Profanamente batem à porta do
Templo, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Verificai quem é o temerário que ousa


interromper nossas meditações.

O G∴ do Templ∴ entreabre a porta cautelosamente e,


colocando a ponta da espada no peito descoberto do profano,
diz em voz alta e áspera:

G∴ DO TEMPL∴ - Quem sois, temerário, que vos


arrojais a querer forçar a entrada deste Templo?

EXP∴ - Suspendei vossa espada, Ir∴ G∴ do Templo,


pois ninguém ousaria entrar neste recinto sagrado sem vossa
permissão. Desejoso de ver a Luz, este profano vem
humildemente pedi-la.

G∴ DO TEMPL∴ - Admiro-me muito, meu Ir∴, que


em vez de virdes meditar conosco nos Augustos Mistérios que
procuramos desvendar, deles vos alheeis, conduzindo a este

81
Templo um curioso, talvez um dissimulado. (Voltando ao
interior do Templo, sem fechar a porta:)

G∴ DO TEMPL∴ - É nosso Ir∴ Exp∴ que conduz à


porta do Templo um profano desejoso de ver a Luz.

VEN∴ - Por que, Ir∴ Exp∴, viestes interromper nosso


silêncio, conduzindo à nossa Loja um profano para participar
de nossos mistérios? Como poderia ele ter concebido tal
esperança?

EXP∴ Porque é livre e de bons costumes.

VEN∴- Não é o bastante, meu Ir∴ Sabeis, porventura,


os seus merecimentos? Conheceis esse profano? Sabeis o seu
nome, onde nasceu, sua idade, sua religião, sua profissão, seu
estado civil e onde mora?

EXP∴ - Ven∴ Mestre, este profano chama-se: F...,


nasceu na cidade de............., Estado de..., na data de..., seu
estado civil é ..., exerce a profissão de...., crê em Deus e
reside…. . Ele vem pedir-vos que o inicie em nossos Augustos
Mistérios.

NESSE MOMENTO FECHA-SE A PORTA.

VEN∴ - Meus IIr∴, ouvistes o que declarou o


Ir∴ Exp∴. Se concordardes com os desejos do profano, se o
julgais digno de receber a revelação de nossos Mistérios,
manifestai-vos pelo Sinal.

VEN∴ - (Depois de todos se manifestarem pelo sinal)


Franqueai-lhe o ingresso, Ir∴ G∴do Templo

82
O Experto conduz o profano ao Templo, colocando-o
entre Colunas. O G∴ do Templo fecha a porta e, em seguida,
encosta a ponta da espada no peito do profano. O Ir∴ Exp∴
coloca-se por detrás, para orientá-lo nas respostas. No caso
de mais de um profano, cada auxiliar do Ir∴ Exp∴
encostará a ponta de uma espada no peito do seu guiado.

VEN∴ - (Dirigindo-se ao profano) - Vedes alguma


coisa, Senhor F…?

PROFANO - Não.

VEN∴ - Sentis alguma impressão?

PROFANO – A ponta de um ferro.

VEN∴ - A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso


que, ferindo vosso coração, há de perseguir-vos se fordes
traidor da associação a que desejais pertencer. Serve, também,
para advertir-vos de que deveis mostrar-vos acessíveis às
verdades que se sentem e que não se exprimem. O estado de
cegueira em que vos encontrais é o símbolo das trevas que
cercam o mortal que ainda não recebeu a Luz que o guiará na
estrada da virtude.

Pausa

VEN∴ - Que quereis, Sr. F...? Por que vindes perturbar


nossas meditações?

O G∴ do Templ∴ retira a espada do peito do profano.

PROFANO – ...

VEN∴ - E esse desejo é filho de vosso coração? É por


vossa vontade, sem constrangimento algum, que vindes pedir
admissão entre nós? Sr. F....
83
PROFANO – ...

VEN∴ - Refleti bem no que pedis! A Maçonaria não é


uma sociedade de auxílios mútuos. Ela tem responsabilidades e
deveres para com a Sociedade, a Pátria e a Humanidade.
Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios de uma
severa moral, assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o
cumprimento de sérios deveres, além de enormes sacrifícios.

-Partículas da Humanidade, guia-nos pelo ideal e nos


sacrificamos por ilusões, com as quais obtemos sempre todas
as certezas humanas. Abraão, preparando-se para sacrificar o
próprio filho, representa uma grande alegoria de devotamento e
de obediência. Assim também a sociedade e a Pária podem
levar seus filhos ao Altar do sacrifício, quando necessário for,
para o bem das gerações vindouras. Nossa Ordem exigirá de
vós um juramento solene e terrível, prestado já por muitos
benfeitores da Humanidade. Todo aquele que não cumprir os
deveres de Maçom em qualquer oportunidade, nós o
consideramos traidor da Maçonaria.

Pausa

-Já passastes pela primeira prova - a da Terra -, pois é


isto o que representa o compartimento em que estivestes
encerrado e onde fizestes vossas últimas disposições. Ainda
vos restam, porém, outras provas para as quais é necessária
toda a vossa coragem. Consentis em submeter-vos a elas?
Tende a firmeza precisa para afrontar todos os perigos a que
vai ser exposta a vossa coragem, Sr. F...?
PROFANO – ...

VEN∴ - Ainda uma vez, refleti, Senhor. Se vos


tornardes Maçom, encontrareis em nossos símbolos a realidade
do dever. Não deveis combater somente vossas paixões e
trabalhar para vosso aperfeiçoamento, mas tereis, ainda, de

84
combater outros inimigos da Humanidade, como sejam: os
hipócritas, que a enganam; os pérfidos, que a defraudam; os
ambiciosos, que a usurpam; e os corruptos e sem princípios,
que abusam da confiança dos povos. A estes não se combate
sem perigos. Senti-vos com energia, coragem e dedicação para
combater o obscurantismo, a perfídia e o erro, Sr. F...?
PROFANO – ...

VEN∴ - Pois, se é essa a vossa resolução, não respondo


pelo que vos possa acontecer.

VEN∴ - Ir∴ Terrível, levai o profano para fora do


Templo e conduza-o pelos caminhos escabrosos, por onde
passam os temerários que aspiram conhecer nossos arcanos.

O Ir∴ Exp∴ toma o profano pelo braço esquerdo e


leva-o para fora do Templo. Neste momento, Ir∴ M∴ de
CCer∴ coloca na porta de entrada do Templo plano
inclinado, de cerca de 40 cm de altura. O Exp∴, depois de
fazer o profano dar algumas voltas, o conduz novamente ao
templo. Em seguida, ajuda o profano a subir até o último
degrau da plataforma, ordenando que pule. Neste momento,
dois IIr∴ deverão amparar o profano, a fim de que não se
machuque. Terminada a prova, o Exp∴ anuncia:

EXP∴ - Ven∴ Mestre, o profano deu prova de


resignação e coragem.

VEN∴- Senhor, é somente através dos perigos e das


dificuldades que se pode alcançar a iniciação. Embora a
Maçonaria não seja uma religião, e proclame a liberdade de
consciência, tem, contudo, uma crença: proclama a existência
de um Princípio Criador ao qual denomina GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO. É por isso que nenhum
Maçom se empenha em qualquer empresa sem primeiro
invocar o G∴A∴D∴U∴

85
VEN∴- Ir∴ Exp∴, conduzi o profano para junto do
Altar do Ir∴ 2º Vig∴ e fazei-o ajoelhar-se.

Depois de executada a ordem:

VEN∴ - Senhor F... , tomai parte na oração que, em


vosso favor, vamos dirigir ao Senhor dos Mundos e Autor de
todas as coisas.

- (!) De pé e à ordem, meus IIr∴ (Descobre-se.)

ORAÇÃO

VEN∴ - Eis-nos, oh!. G∴A∴D∴U∴, em quem


reconhecemos o Infinito Poder e a Infinita Misericórdia,
humildes e reverentes aos Vossos pés. Contém nossos corações
nos limites da retidão e dirigi nossos passos pela estrada da
Virtude. Permiti que, por nossas obras, nos aproximemos de
Vós, que sois Uno e subsistis por Vós mesmos, e a quem todos
os seres devem a existência. Tudo sabeis e tudo dominais.
Invisível aos nossos olhos, vedes no fundo de nossas
consciências. Dignai-vos, oh! G∴A∴D∴U∴, proteger os
Obreiros da paz, aqui reunidos. Animai o nosso zelo, fortificai
nossas almas na luta contra as paixões. Inflamai nossos
corações com o Amor e a Virtude e Guiai-nos para que, sempre
perseverantes, cumpramos as Vossas Leis. Prestai a este
profano, agora e sempre, Vossa proteção e amparai-o com
Vosso braço Onipotente em todos os perigos por que vai
passar.

TODOS - Assim Seja!

VEN∴- Senhor F..., nos extremos lances de vossa vida,


em quem depositais confiança?

PROFANO - ...

86
VEN∴ - Pois que confiais em Deus, levantai-vos e
segui vosso guia com passo seguro e nada receeis. (Cobre-se.)

O Ir∴ Exp∴ conduz o profano para entre CCol∴,


devendo reinar profundo silêncio.

VEN∴ (!)

1º VIG∴ (!)

2º VIG∴ (!)

Todos se sentam.

VEN∴ - Senhor F ..., antes que esta Assembléia


consinta em admitir-vos às provas, devo sondar vosso coração,
esperando que respondais com sinceridade e franqueza, pois
vossas respostas não nos ofenderão.

- Que idéia, que pensamentos vos ocorreram quando


estáveis no lugar sombrio de meditação, onde vos pediram que
escrevêsseis vossa última vontade?

PROFANO - ...

VEN∴- Em parte, já vos dissemos com que fim fostes


submetido à primeira prova - a da terra. Os antigos diziam que
havia quatro elementos: a Terra, a Água, o Ar e o Fogo. Vós
estáveis na escuridão e no silêncio, como um encarcerado
numa masmorra e cercado de emblemas da mortalidade e de
pensamentos a ela alusivos, principalmente para compelir-vos a
refletir séria e profundamente antes de realizardes um ato tão
importante como o da iniciação em nossos Mistérios. A
caverna onde estáveis, como tudo o que nos cerca, é simbólica.
Os emblemas que ali existem vos levaram, certamente, a
refletir sobre a instabilidade da vida humana, lição trivial,
sempre ensinada e sempre desprezada.

87
-Se desejais tornar-vos um verdadeiro Maçom, deveis,
primeiro, extinguir vossas paixões, os vícios e os preconceitos
mundanos que ainda possuirdes, para viverdes com Virtude,
Honra e Sabedoria.

VEN∴- Credes em um Princípio Criador, Sr. F ...?

PROFANO –...

VEN∴ - Essa crença, que enobrece vosso coração, não


é exclusivo patrimônio do filósofo e do Maçom. Desde que o
selvagem compreendeu que não podia existir por si mesmo,
que alguém deveria ter criado a majestosa natureza que o cerca,
foi levado, instintivamente, a admirar o Criador Incriado, a
quem rendeu tosco, mas sincero culto, como Ente Supremo e
Grande Arquiteto dos Mundos.

VEN∴ - Que entendeis por virtude, Senhor F ...?

PROFANO - ...

VEN∴ - É uma disposição da alma que nos induz à


prática do bem.

VEN∴ - Que pensais ser o vício, Sr. F...?

PROFANO -...

VEN∴ - É tudo que avilta o homem. É o hábito


desregrado que nos arrasta para o mal. É para impormos um
freio salutar a essa impetuosa propensão, para elevarmo-nos
acima dos vis interesses que atormentam o vulgo profano, e
acalmarmos o ardor de nossas paixões, que nos reunimos neste
Templo. Aqui trabalhamos para adaptar nosso espírito às
grandes afeições, e a só concebermos idéias sólidas de virtude,
porque, somente regulando nossos costumes pelos eternos
princípios da Moral, é que poderemos dar à nossa alma esse

88
equilíbrio de força e de sensibilidade que constitui a Ciência da
Vida.

-Esse trabalho é muito penoso e, por isso, deveis refletir


bem, antes de vos fazerdes Maçom, pois se fordes admitido
entre nós, a ele tereis de vos sujeitar com satisfação.

Pausa

VEN∴ - Preferis seguir o caminho da Virtude ou do


Vício, da Maçonaria ou do mundo profano, Senhor F...?

PROFANO - ...

VEN∴ - Senhor, toda associação tem leis particulares, e


todo associado, deveres a cumprir. Como não é justo sujeitar-
vos a obrigações que não conheceis, ouvi a natureza desses
deveres.

VEN∴ - Ir∴ Orador, dizei ao profano quais são os


deveres que terá que cumprir, se persistir em partilhar dos bens
de nossa Ordem.

ORAD∴ - O primeiro é o mais absoluto silêncio acerca


de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre nós, bem como de
tudo quanto, para o futuro, chegardes a ouvir, ver e saber.

- O segundo de vossos deveres, o que faz com que a


Maçonaria seja a mais nobre e a mais respeitável das
instituições humanas, é o de vencer as paixões ignóbeis, que
desonram o homem e o tornam desgraçado, cabendo-vos a
prática constante das virtudes, socorrer os Irmãos em suas
aflições e necessidades, encaminhá-los na senda da Virtude,
desviá-los da prática do mal e estimulá-los a fazer o bem, pelo
exemplo que derdes de Tolerância, de Justiça e de respeito à
Liberdade, exigências primordiais de nossa Sublime
Instituição.

89
-O que em um profano seria uma qualidade rara, não
passa para o Maçom do cumprimento elementar de um dever.
Toda ocasião que ele perde de ser útil é uma infidelidade; todo
socorro que recusa é um perjúrio. E se a terna e consoladora
amizade tem o seu culto em nosso Templo, é menos por ser um
sentimento do que por ser um dever que se transforma em
virtude.

-O terceiro de vossos deveres, e a cujo cumprimento só


ficareis obrigado depois de vossa iniciação, é o de vos
sujeitardes, conscientemente, aos Landmarks da Ordem, aos
dispositivos da Constituição, do Regulamento Geral e aos
Códigos da Grande Loja Maçônica do Estado de Goiás e aos
Regulamentos particulares desta Loja.

VEN∴ - Agora, que conheceis os principais deveres de


um Maçom, dizei-me se vos sentis com força e se persistis na
resolução de vos sujeitardes à sua prática. Sr. F...?

PROFANO - ...

VEN∴ - Senhor, ainda exigimos de vós um juramento


de honra que deve ser prestado sobre a T∴S∴

Pausa

- Se sois sincero, bebei sem receio, mas, se no fundo de


vosso coração, se oculta alguma falsidade, não jureis! Afastai
antes essa Taça e temei o pronto e terrível efeito dessa bebida.
Consentis no juramento, Sr. F...?

PROFANO - ...

Se houver mais de um profano, somente um deverá


permanecer no Templo.

VEN∴ - Ir∴ Sacrificador, conduzi o profano ao Trono.

90
O profano é levado para o Oriente, abeirando-se do
lado esquerdo do Trono.

VEN∴ - (Depois da chegada do iniciando)


Ir∴ Terrível, vós que sois o sacrificador dos perjuros,
apresentai ao profano a T∴S∴

O 1º Experto coloca na mão direita do profano a taça


já contendo água açucarada e aguarda o sinal do Ven∴ para
fazer o candidato bebê-la. Junto deve estar um frasco de
tintura de quássia para ser despejada na taça, no momento
oportuno.

VEN∴ - Senhor F..., repeti comigo vosso juramento:

JURO GUARDAR / O MAIS PROFUNDO SILÊNCIO


/ SOBRE TODAS AS PROVAS / A QUE FOR EXPOSTA
MINHA CORAGEM. / SE EU FOR PERJURO / E TRAIR
MEUS DEVERES, / SE O ESPÍRITO DE CURIOSIDADE /
AQUI ME CONDUZ, / CONSINTO QUE A DOÇURA
DESTA BEBIDA (ao sinal do Venerável, dá-se a taça ao
profano, que beberá alguns goles do conteúdo) SE
CONVERTA EM AMARGOR / E SEU EFEITO SALUTAR /
SEJA PARA MIM /COMO UM SUTIL VENENO! (A outro
sinal do Venerável, o Exp∴ fará o profano beber de um só
gole a tintura amarga.)

VEN∴ - (!)

1º. VIG∴ - (!)

2º. VIG∴ - (!)

VEN∴ - (Com voz forte) Que vejo, Senhor?! Altera-se


o vosso semblante? Vossa consciência desmentiria, porventura,
as vossas palavras de sinceridade? A doçura dessa bebida

91
mudar-se-ia em amargor? (Ao Exp∴) - Retirai o profano!

O iniciando é levado com brandura e firmeza para


fora do Templo. Havendo mais de um candidato, serão
levados para entre Colunas somente após todos passarem
pela prova.

VEN∴ - Senhor, não quero crer que tenhais o intuito de


nos enganar. Entretanto, ainda podereis retirar-vos, se assim o
quiserdes.

Pausa

-Bebestes da T∴S∴, da boa ou da má sorte - que é a


Taça da Vida Humana. Consentimos que provásseis a doçura
da bebida e, ao mesmo tempo, fostes levado a esgotar o amargo
dos seus féis. Isso vos lembrará que o Maçom deve gozar os
prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação do
bem que goza, desde que vá ofender ao infortúnio. Refleti bem,
senhor! Qualquer imprudência vos poderá ser prejudicial, pois
se avançardes mais um passo, será tarde para recuardes.
Persistis em entrar para a Maçonaria, Sr. F...?

PROFANO - ...

VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano sentar-se na


Cadeira das Reflexões.

O Exp∴ faz o profano dar uma volta rápida e senta-o


na Cadeira das Reflexões, que deverá estar entre Colunas.

VEN∴ - Senhor F ..., que a obscuridade que vos cobre


os olhos e o horror da solidão sejam vossos únicos
companheiros.

92
LONGA PAUSA, SOB SILÊNCIO PROFUNDO.

VEN∴ - Já refletirdes, Senhor F..., nas conseqüências


de vossas pretensões? Pela última vez, dizei-me: quereis voltar
para o mundo profano ou persistis conquistar um lugar entre os
Maçons?

PROFANO - ...

VEN∴ - Ir∴ Terrível, apoderai-vos do profano e fazei-


o praticar sua primeira viagem. Empregai todos os esforços
para livrá-lo dos perigos. E vós, Senhor, concentrai vossa
atenção nas provas a que ides vos submeter, para que possais
apreender seu caráter misterioso e emblemático. Procurai
penetrar em sua significação oculta, porque a venda material
que cobre vossos olhos não pode interceptar vossa visão
intelectual. Na Maçonaria nada se faz que não tenha razão de
ser. Esforçai-vos por compreender, porque do resultado desses
esforços dependerá toda a extensão dos conhecimentos que,
como Maçom, deveis adquirir.

O Ir∴ Exp∴, segurando o profano pela mão


esquerda, leva-o a percorrer um caminho cheio de
obstáculos. Durante essa viagem, o silêncio é quebrado por
sons imitando o trovão, os quais cessarão quando o profano
chegar ao Altar do 2º Vig∴, pelo lado esquerdo, onde o Ir∴
Exp∴ o faz bater, com a mão direita, três pancadas.

2º VIG∴ - (Levantando-se precipitadamente e


colocando o malhete no peito do profano) Quem vem lá?

EXP∴ - É um profano que deseja iniciar-se em nossos


Augustos Mistérios.

2º VIG∴ - E como pôde ele conceber tal esperança?

93
EXP∴ - Porque é livre e de bons costumes; porque quer
contribuir para a realização da solidariedade humana e porque,
estando nas trevas, deseja a Luz.

2º VIG∴ - Se assim é, passe.

EXP∴ - (Depois de reconduzir o profano para entre


Colunas) Ven∴ Mestre, o profano terminou com coragem a
sua primeira viagem.

O profano senta-se.

VEN∴ - Esta primeira viagem, com seus ruídos e


obstáculos, representa o segundo elemento - o Ar -, símbolo da
vitalidade, emblema da vida humana, com seus tumultos de
paixões, suas dificuldades, os ódios, as traições, as desgraças
que ferem o homem virtuoso, a vida humana na luta dos
interesses e das ambições, cheia de embargos aos nossos
intentos. Vendado como vos achais, representais a ignorância,
incapaz de dirigir seus esforços, sem um guia esclarecido. Este
símbolo, porém, se adapta a uma série de grandes concepções.

-É o símbolo da Família, onde a criança, incapaz de


dirigir, necessita de amparo e guia de seus pais; da Sociedade,
aonde a inteligência de um pequeno grupo conduz as massas
ignorantes que não podem se governar; da Humanidade, aonde
os povos mais inteligentes conduzem e dominam os mais
atrasados.

-Se quiserdes, ainda, um símbolo mais elevado, vede os


mundos, no seu caminhar interessante através do éter, girando
com velocidade vertiginosa sem o mínimo rumor. Esses
mundos, infinitos em número, pesando milhões e milhões de
toneladas, estão sujeitos a Leis fixas e imutáveis, às quais
obedecem cegamente, qual vós ao vosso guia. Mas, Senhor, a
expressão simbólica de vossa cegueira e da necessidade que
tendes de quem vos conduza representa o domínio que vosso
94
espírito, esclarecido pelos nossos sãos ensinamentos, deve
exercer sobre a cegueira das vossas paixões, transformando a
materialidade dos sentimentos profanos, que acaso existam em
vós, em puros sentimentos maçônicos, criando em vós mesmo
outro ser, pela espiritualização e elevação de vossos
sentimentos. Tereis então retirado a venda material que prende
vossa alma e não mais precisareis de guia em vosso caminho.
Foi para isso que aqui batestes pedindo para ver a Luz.

-São estes os ensinamentos desta primeira viagem. A


Maçonaria, porém, ensina-nos a suportar todos os reveses da
sorte, proporcionando-nos consolações salutares e grandes
compensações.

Pausa

VEN∴ - Estais dispostos a vos expor aos riscos de uma


segunda viagem, Sr. F...?
PROFANO - ....

VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a


segunda viagem, livrando-o dos abismos e enchendo-o de
coragem.

O Ir∴ Exp∴, segurando o profano pela mão


esquerda, leva-o a percorrer um caminho mais suave.
Durante essa viagem, ouvem-se o tinir descompassado de
espadas e música apropriada, que cessarão quando o profano
chegar ao Altar do 1º Vig∴, pelo lado esquerdo, onde o Ir∴
Exp∴ o faz bater com a mão direita, três vezes.

1º VIG∴ - (Levantando-se precipitadamente e


colocando o Malhete no peito do profano) Quem vem lá?

EXP∴- É um profano que, pretendendo nascer de novo,


deseja iniciar-se Maçom.

95
1º VIG∴ - E como pôde ele conceber tal esperança?

EXP∴- Porque deseja instruir-se e aperfeiçoar-se e,


estando nas trevas, deseja a luz.

1º VIG∴ - Se assim é, seja purificado pela Água.

O Ir∴ Exp∴ conduz o profano para junto do Mar de


Bronze, em cujas águas o M∴ de CCer∴ mergulha suas
mãos, enxugando-as, em seguida. O Experto reconduz o
profano para entre CCol∴, e anuncia:

EXP∴ Ven∴ Mestre, está terminada a segunda viagem.

VEN∴ - Senhor F..., passastes pela terceira prova - a da


Água -. A Água, em que mergulharam vossas mãos, é o
símbolo da pureza da vida maçônica. Vossas mãos não devem
ser, jamais, instrumento de ações desonestas. Purificadas,
conservai-as limpas. Nas antigas iniciações, a purificação da
alma fazia-se pelas águas, imagem também do oceano da vida,
com as furiosas vagas das ilusões.
-Ouvistes, nesta viagem, o entrechocar de armas
brancas em combate. Eles simbolizam o perigo que encontrais
para sairdes vitoriosos no combate às vossas paixões, no
aperfeiçoamento de vossos costumes. Guiado como estáveis,
representáveis o discípulo vivendo harmônica e fraternalmente
com o Mestre. Um ministrando, com desvelo, a experiência e
as virtudes que adquiriu; o outro, solícito, deixando-se
conduzir. O amparo que vos foi prestado nessa viagem é a
segunda manifestação da solidariedade humana, sem a qual as
atuais gerações, não fortalecidas, deixam de concorrer para o
progresso das gerações futuras. Menos penosa que a primeira,
essa viagem também significa que a constância e a
perseverança nas lutas contra os vícios do mundo profano têm
por termo a paz de consciência.

96
Pausa

VEN∴ - Ir∴ Terrível, fazei o profano praticar a terceira


viagem.

Nesse momento, o M∴ de CCer∴ prepara o turíbulo


com incenso no altar dos perfumes, e as chamas do fogo
sagrado, junto à grade sul do Oriente, para cumprir o ritual
da terceira viagem.

O Exp∴, com as mesmas formalidades, faz o profano


percorrer o caminho livre de obstáculos, conduzindo-o ao
Altar do Venerável Mestre, do lado esquerdo, onde o profano
baterá três vezes com a mão direita. Durante a viagem deverá
reinar silêncio profundo, apenas ouvindo-se música suave.

VEN∴ - (Encostando o Malhete no peito do profano)


Quem vem lá?

EXP∴ - É um profano que aspira a ser nosso Irmão e


nosso amigo.

VEN∴ - E como pôde ele conceber tal esperança?

EXP∴ - Porque presta culto à Virtude e, detestando a


ociosidade, promete contribuir com o seu trabalho para a
Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade Social, e porque,
estando nas trevas, deseja a luz.

VEN∴ - Pois que assim é, passe pelas chamas do


FOGO SAGRADO, para que de profano nada lhe reste.

O Ir∴ Exp∴ conduz o profano ao Altar dos Perfumes,


onde o M∴ de CCer∴ o incensa por três vezes. Voltando
para entre CCol∴, em caminho entre o Or∴ e Oc∴, deve
passar três vezes pelas chamas do Fogo Sagrado.
97
VEN∴ - (!) As chamas que vos envolveram simbolizam
o batismo da purificação. Purificado pela Água e pelo Fogo,
eliminaram-se as nódoas do vício. Estais, simbolicamente,
limpo. Esse fogo, cujas chamas simbolizam também aspiração,
fervor e zelo, lembrar-vos-á de que deveis aspirar à verdadeira
glória, trabalhando ininterruptamente pela causa em que nos
empenhamos e que é a causa do povo e da felicidade humana.
Tudo até aqui passou sem perigo. Antes, porém, de serdes
iniciado em nossos Mistérios, deveis passar pelo batismo de
sangue. Se vos sentis cheio de valor para vos sacrificardes
pelos serviços da Pátria, da Ordem e da Humanidade, com
risco da própria vida, deveis selar vossa profissão de fé com o
vosso sangue. Estais dispostos a isso, Sr. F...?
PROFANO - ...

VEN∴ - A vossa resignação nos basta. O batismo de


sangue não é um símbolo de purificação, mas o batismo do
heroísmo e da dedicação do soldado e do mártir. Vossa
resignação é o penhor solene de que jamais faltareis ao
cumprimento de vossos deveres maçônicos, por medo ou terror
do perseguidor ou do tirano. Lembrando-vos do sangue
derramado em todas as épocas de perseguição, aumentareis
vossa tolerância. Vosso valor e vossa dedicação já vos dão
direito a serdes recebidos entre nós. Antes, porém, devo
mandar imprimir em vosso peito o cunho inextinguível que vos
tornará reconhecido por todos os Maçons do Universo.

VEN∴ - Ir∴ Chanceler, cumpri vosso dever.

O Ir∴ Chanc∴ irá aproximar do peito do profano um


objeto aquecido, que lhe transmita a impressão de calor.

1º VIG∴- (!) GRAÇA! GRAÇA!, VEN∴ MESTRE.

VEN∴ - Graça lhes seja concedida, pois um sinal dessa


natureza é inútil, porque não penetra no coração, onde a mão
de Deus imprimiu o selo da Caridade.
98
Pausa

-Sr. F..., agora, queremos experimentar vossos


sentimentos, antes de realizarmos vossos desejos. Há Maçons
necessitados, viúvas e órfãos a socorrer, sem ostentação nem
publicidade, pois a beneficência maçônica não se traduz por
atos de vaidade, próprios aos que dão com orgulho,
humilhando quem recebe. Por isso, atendei ao apelo que nosso
Ir∴ Hosp∴ vai fazer à bondade de vosso coração.

-Fazei-o, porém, sem que ninguém veja o que


depositardes na bolsa que ele vos apresentará.

HOSP∴ − (Apresentando a bolsa para o Tronco de


Solidariedade) Peço-vos um pequeno auxílio para os
desgraçados que devemos socorrer.

PROFANO ........

HOSP∴ - Ven∴ Mestre, o profano deixou de contribuir


para o Tronco de Solidariedade, faltando, assim, aos princípios
de caridade de nossa Instituição.

VEN∴ - Senhor, não foi nosso intuito colocar-vos em


situação embaraçosa e, muito menos, humilhar-vos. Quisemos,
com o pedido que vos fez o Irmão Hospitaleiro, lembrar-vos
duas coisas:

Primeiro, que estais desprovido de tudo quanto


representa valor monetário, a que chamamos metais.
Despojado de metais, estais, simbolicamente, despido das
vaidades e do luxo da sociedade profana.

Segundo, a angústia que deve sentir um coração bem


formado, quando se encontra na impossibilidade de socorrer a
miséria e as necessidades suportadas pelos deserdados da
fortuna.

99
Estas duas interpretações simbólicas, de vossa privação
de metais, servem, ainda, para demonstrar-vos que só damos
valor às qualidades morais, servindo os metais apenas para
socorrer nossos semelhantes.

Pausa

VEN∴ - Deveis, como final de vossa iniciação, prestar


um compromisso solene, que só deve ser contraído livremente.
Ouvi com atenção a fórmula desse compromisso, que deveis
assumir sob juramento e que não é incompatível com os
deveres morais, cívicos e religiosos. Se notardes alguma coisa
que seja contrária à vossa consciência, o que não creio,
declarai-o com franqueza, porque, sendo ele tão solene, só deve
ser prestado livremente. Prestai atenção e refleti bem, antes de
vos decidirdes.

ORAD∴ - (Lendo a fórmula) Juro e prometo, de minha


livre vontade e por minha honra, em presença do Grande
Arquiteto do Universo e dos membros desta Loja, que são os
representantes de todos os Maçons espalhados pelo Universo,
nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que me vão ser
confiados, se não em Loja regularmente constituída; nunca os
escrever, gravar, imprimir ou empregar outros meios pelos
quais possa divulgá-los.

-Comprometo-me a defender e proteger meus


IIr∴ esparsos pelo mundo, em tudo o que puder e for
necessário e justo.

-Prometo, também, conservar-me sempre cidadão


honesto, nunca atentando contra a honra de ninguém, juro
digno, submisso às leis do País, amigo de minha família e
Maçom sincero e especialmente contra a de meus Irmãos e de
suas famílias.

-Juro e prometo, ainda, reconhecer como autoridade

100
maçônica legal e legítima, nesta jurisdição, a Grande Loja
Maçônica do Estado de ..., da qual esta Loja é obediente; seguir
suas leis e regulamentos, bem como todas as ordens legais e
legítimas dos que vierem a ser meus superiores maçônicos,
procurando aumentar e aperfeiçoar meus conhecimentos, de
acordo com os Landmarks, as Leis da Ordem e do Rito Escocês
Antigo e Aceito.

-Procurarei tornar-me sempre um elemento de paz, de


concórdia e de harmonia no seio da Maçonaria. Repelirei toda
e qualquer associação ou seita que, por juramento, prive o
homem dos direitos e deveres de cidadão e de sua liberdade de
consciência.

-Tudo isso, prometo cumprir sem sofisma, equívoco ou


reserva mental e, se eu faltar à minha palavra, consinto em ser
excluído de toda a sociedade de homens de bem, que, então,
deverão ver em mim um ente sem honra nem dignidade.

VEN∴ - Senhor, ouvistes a fórmula do juramento que


vos exigimos. Agora, refleti sobre a gravidade do ato que ides
praticar e das obrigações que deveis assumir.

VEN∴ - Respondei com toda franqueza: consentis em


prestar este juramento, Sr. F...?

PROFANO - ....

VEN∴ - Ir∴ Terrível, conduzi o profano para fora do


Templo, porque vamos deliberar sobre a sua definitiva
admissão.

O profano é conduzido ao Átrio, e o 1º Exp∴ retorna


ao Templo.

VEN∴ - (Depois de fechada a porta) Meus IIr∴, se já


formastes vossas conclusões sobre a iniciação do candidato

101
F..., e se o julgais digno de permanecer entre nós, e consentis
em sua admissão definitiva, manifestai-vos pelo sinal.

Se houver objeção, a Loja, sem discuti-la, resolverá


por maioria de votos. Em caso desfavorável, o fato será
comunicado ao profano, que, em seguida, deixará o edifício
acompanhado pelo padrinho ou seu substituto. Em caso
favorável:

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, ide buscar o profano.

Cumprida a ordem e fechada a porta do Templo.

VEN∴ - Senhor F..., chegou o momento de receberdes


o prêmio de vossa firmeza e constância.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴ fazei o candidato


ajoelhar-se diante ao Altar dos juramentos para prestar seu
solene compromisso.

VEN∴ - (!) - De pé e à ordem, meus IIr∴ O iniciando


vai prestar seu solene juramento.

VEN∴ - (Ao profano) Já ouvistes o juramento que ides


prestar e sobre ele meditastes. Vou lê-lo novamente, e a cada
uma de minhas perguntas respondereis: Eu juro!

VEN∴ - (Lendo pausadamente) Senhor, jurais e


prometeis, por vossa livre vontade, por vossa honra e vossa fé,
em presença do G∴A∴D∴U∴ e de todos os Maçons
espalhados pela superfície da Terra, dos quais somos aqui os
legítimos representantes, nunca revelar os Mistérios da
Maçonaria que vos forem confiados, a não ser em Loja
regularmente constituída; nunca os escrever, gravar, traçar,
imprimir ou empregar outros meios pelos quais possam
divulgá-los?

102
PROFANO - Eu juro!

VEN∴ - Jurais defender e proteger vossos


IIr∴ esparsos pelo mundo em tudo que puderdes e for
necessário e justo?

PROFANO - Eu juro!

VEN∴ - Jurais, também, conservar-vos sempre cidadão


honesto e digno, submisso às leis do País, amigo de vossas
famílias e Maçons sinceros, nunca atentando contra a honra de
ninguém, principalmente contra a de vossos IIr∴ e de suas
famílias?

PROFANO - Eu juro!

VEN∴ - Jurais e prometeis reconhecer, como


autoridade maçônica legal e legítima, nesta Jurisdição, ..., da
qual depende esta Loja; seguir suas leis e regulamentos, bem
como todas as decisões ou ordens legais e legítimas dos que
vierem a ser vossos superiores maçônicos, procurando
aumentar e aperfeiçoar os vossos conhecimentos de acordo
com os Landmarks e as Leis da Ordem; procurar ser um
elemento de paz, de concórdia e de harmonia no seio da
Maçonaria, repelindo toda e qualquer associação, seita ou
partido que, por juramento, prive o homem de seus direitos e
deveres de cidadão?

PROFANO - Eu juro!

VEN∴ - Agora, Senhor, repeti as palavras que vou ditar


e que são o complemento de vosso juramento:

VEN∴ - Tudo isso eu prometo / cumprir sem sofisma, /


equívoco ou reserva mental / e se violar esta promessa, / que
faço sem a mínima coação, / seja-me A∴ a L∴, / meu
P∴C∴ / e meu C∴ E∴ / em lugar ignorado, / onde fique em

103
perpétuo esquecimento, / sendo eu declarado / sacrílego para
com Deus / e desonrado para com os homens.

TODOS - Assim seja!

VEN∴ - Sentemo-nos.

O M∴ de CCer∴ levanta o profano e o conduz para


entre CCol∴

Nesse momento, o Ir∴ Exp∴ vai ao Átrio e organiza a


cena de São João.

VEN∴- Senhor, prestastes vosso juramento solene. De


hoje em diante, estais ligado para sempre à nossa Ordem.
Jurastes obediência aos Governos da Ordem e aos seus chefes.
Estais ainda dispostos a permanecer entre nós?

Profano - ...

VEN∴ - (Sendo a resposta afirmativa) Pois se


continuais firme em vosso propósito de ingressar em nossa
Associação Fraternal, ides ver, agora, o martírio e a
perversidade a que submeteram um dos nossos maiores
Mestres e Protetores. Escolhemos este modo de martirizarão
para com ele castigarmos os perjúrios.

VEN∴ - Ir. 1º Exp∴, conduzi o iniciando ao Átrio,


para mostrardes o que lhe poderá suceder, doravante, quer
permanecendo entre nós e expondo-se, assim, aos botes da
ignorância e da perversidade dos que ainda tateiam nas trevas,
quer tornando-se perjuro e expondo-se, por isso, à nossa
terrível vingança.

104
O iniciando é conduzido ao Átrio, onde estará
colocada uma figura representando São João Batista
degolado. Uma Luz fraca de uma chama iluminará a cena.
Os demais Irmãos ficam de pé, sem insígnias, com o rosto
oculto por capuz e armados de espada, que apontam para o
profano. Nesse momento, apagam-se as luzes do Templo, e a
porta fica entreaberta. O Venerável Mestre dará, lentamente,
a bateria do grau. Em seguida, o M∴ de CCer∴ desvenda o
profano. Todos se conservam em profundo silêncio.

VEN∴ - (Em voz alta, sem sair do Trono) O corpo que


aí vedes representa nosso Mestre e Protetor, São João Batista,
friamente assassinado para satisfação dos caprichos de uma
mulher fácil e vingativa, depois de encarcerado em uma
masmorra, por ter proclamado, publicamente, as faltas e os
erros cometidos pelos ricos e poderosos; pelos que
martirizavam o povo, pelos que usavam da violência e
arbitrariedade, abusando do poder; pelos que juravam em falso,
para melhor exercer suas vinganças.

-Ele representa o verdadeiro Maçom, sacrificando-se


pelos supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos
poderosos e dos tiranos. Esse clarão pálido e lúgubre da chama
que vedes é o emblema do fogo sombrio que há de iluminar a
vingança que os perjuros e traidores prepararam para o próprio
castigo. Essas espadas vos dizem que não haverá recanto na
Terra em que os perjuros possam encontrar refúgio, sem que
sejam precedidos pela vergonha do crime.

O iniciando é novamente vendado, acende-se as luzes,


e o conduz, ao Templo, onde fica entre CCol∴. Todos,
revestindo suas insígnias, retornam ao Templo, onde
permanecem com a ESPADA NA MÃO ESQUERDA, cujas
pontas estarão voltadas na direção do iniciando. Todos
estarão de pé e à ordem e com o rosto oculto por um capuz.

105
VEN∴ - (!) De pé e à ordem, meus Ir∴

VEN∴ - (!) - Ir∴1º Vig∴, sobre quem se apóia uma


das CCol∴ deste Templo, agora que a coragem e a
perseverança desse profano fizeram-no sair vitorioso do
porfiado combate entre o homem profano e o homem Maçom;
que pedis em seu favor?

1º VIG∴ - LUZ, Ven∴ Mestre.

APAGAM-SE TODAS AS LUZES DO TEMPLO

VEN∴ - No princípio do mundo, disse o


G∴A∴D∴U∴:

- FAÇA-SE A LUZ (!)

1º VIG∴ - (!)

2º VIG∴ - (!)

VEN∴ - E A LUZ FOI FEITA (!)

1º VIG∴ - (!)

2º VIG∴ - (!)

VEN∴ - A LUZ SEJA DADA AO NEÓFITO (!)

1º VIG∴ - (!)

2º VIG∴ - (!)

Logo após a última pancada do 2º Vig∴, o M∴ de


CCer∴ desvenda o neófito, ao som de música sugestiva de
triunfo. Passados alguns segundos, as luzes são acesas
gradativamente.

106
VEN∴ - (Após o acendimento total das luzes) SIC
TRANSIT GLORIA MUNDI!

Pausa

VEN∴ - Não vos assusteis com estas espadas voltadas


para vós. Elas significam que em todos os Maçons encontrareis
amigos dedicados e leais, verdadeiros irmãos, prontos a
auxiliar-vos nos transes mais difíceis de vossas vidas, se
respeitardes e observardes escrupulosamente nossas leis.
Significa, também, que entre nós encontrareis quem zele pelas
leis e pela natureza da Maçonaria, quando sejam ameaçadas,
por faltardes ao vosso dever e aos vossos compromissos. Pela
direção que tomam, são a irradiação intelectual que cada
Maçom projetará, de hoje em diante, sobre vós. Empunhadas
com a mão esquerda, do lado do coração, aludem, ainda, aos
eflúvios de simpatia, que de todos os lados se concentram
sobre vós, recebido com grande alegria no seio da Família a
que agora pertenceis.

VEN∴ - (Para os Irmãos) Meus IIr, embainhai vossas


espadas.

Todos descobrem os rostos e retornam à seus lugares,


permanecendo de pé, sem estarem à ordem.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o nosso novo


Irmão ao Alt∴ dos JJ∴

O M∴ de Cerimônias conduz o neófito ao Altar dos


Juramentos, para onde irá também o Ven∴ Mestr∴, que
ficará em face ao profano. O Porta Estandarte, empunhando
o Estandarte da Loja, e o Porta Espada, portando a Espada
Flamejante, postar-se-ão ao lado direito do profano, que se
ajoelhará como na ocasião do juramento.

107
VEN∴ - À Ordem, meus Irmãos.

VEN∴ - À Glória do G∴A∴D∴U∴

O Venerável, segurando a espada com a mão


esquerda, por sobre a cabeça do Neófito:

VEN∴ - Em nome e sob os auspícios da ... e em virtude


dos poderes que me foram conferidos por esta Loja, eu vos
constituo Aprendiz Maçom e vos recebo como membro ativo
desta Augusta e Respeitável Loja Simbólica.

O Ven∴ Mestr∴ dá a bateria do Grau na lâmina da


espada. Depois, dando a mão direita ao neófito, levanta-o
colocando-o de frente para a Col∴ do SUL.

VEN - (Aos demais IIr∴) Sentai-vos, meus IIr∴

VEN∴ - (Dirigindo-se ao neófito) Meu Irmão, recebei


este avental (entrega-lhe o avental, que não deve ser colocado
neste instante), a mais honrosa insígnia do Maçom, pois é o
emblema do trabalho a nos indicar que devemos ser sempre
ativos e laboriosos. Deveis usá-lo e honrá-lo, porque jamais ele
vos desonrará. Sem ele não podereis comparecer às nossas
reuniões, mas também não deveis usá-lo para visitar uma Loja
em que haja um Irmão contra o qual tenhais animosidade ou
com o qual estejais em desarmonia. Deveis, antes e
nobremente, restabelecer vossas relações de fraternidade e
cordial amizade. Reatadas, podereis, revestido de vossas
insígnias, trabalhar em Loja. Mas se não puderes restabelecer
as vossas relações, melhor será que vos retireis, antes que a paz
e a harmonia da Loja sejam perturbadas com a vossa presença.

-Obedecendo a uma antiga tradição, ofereço-vos dois


pares de luvas (entrega as luvas, sem colocá-las). Um é para
vós; pela sua alvura, recordar-vos-á da candura que deve reinar

108
no coração dos Maçons e, ao mesmo tempo, avisar-vos-á de
que nunca deveis manchar as vossas mãos nas impurezas do
vício e do crime. O outro será para oferecerdes àquela que mais
estimardes e que mais direito tiver ao vosso respeito, a fim de
que ela vos recorde, constantemente, os deveres que acabais de
contrair para com a Maçonaria. Este oferecimento tem,
também, a finalidade de prestar homenagem à virtude da
mulher (mãe, esposa, irmã ou filha) que é quem nos traz
consolação, conforto e alento nas amarguras, nas atribulações e
nos desfalecimentos de nossa vida.

-Agora vou comunicar-vos os segredos do grau de


Ap∴ M∴, ou seja, o S∴, ο T∴ e a P∴, que permitem aos
Maçons o reconhecimento entre si. Todos tem por base o
número três, correspondente aos três pontos da esquadria,
formada pelo Nível e pelo Prumo.

-Deveis estar perfeitamente ereto, formando com os pés


uma e∴ (coloca o Neófito na posição). O corpo, nesta posição,
é considerado como emblema do espírito, e a dos pés
representa a retidão das ações. Avançai, agora com o p∴e∴ (o
neófito executa), juntando em seguida ao seu c∴ o c∴ do
p∴ d∴ (o Neófito executa). Este é o primeiro p∴ r∴ da
Maçonaria e é nesta posição que os segredos do grau se
comunicam. Esses segredos são um s∴, um t∴ e a uma p∴

-O s∴ é este (faz o s∴); o t∴ é este (dá o t∴), ao qual


se corresponde (executa). Este T∴ indica o pedido de uma
P∴ S ∴, que não se escreve, nem se pronuncia, dá-se por L∴
e S∴ Vou ensinar-vos, juntamente com o Ir∴ M∴ de
CCer∴ (toma a m∴ do aprendiz e dá o t∴). Ir∴ M∴ de
CCer∴, como se chama este T∴?

M∴ DE CCER∴- O T∴ de A∴

VEN∴- Que indica?

109
M∴ DE CCER∴ - Que se pede a P∴ S ∴

VEN∴ - Dai-me a P∴ S∴

M∴ DE CCER∴ - Como aprendiz, não sei ler nem


escrever, Ven∴ Μestre, sei apenas soletrar. P∴ I∴ N∴ V∴
P∴ D∴ S∴S∴D∴A∴ P∴L∴ Q∴ E∴ V∴ D∴A∴S∴

Dão assim a palavra

VEN∴- (Ao Neófito) Esta palavra deriva da Coluna


colocada no lado Norte da porta do Templo de Salomão e
significa FORÇA, MORAL e APOIO.

-Há também a P∴ Semestral, renovada de seis em seis


meses, dada pelo Grão-Mestre na época dos solstícios e que
serve para comprovar a regularidade do obreiro. Não se pode
entrar em Loja regular sem a conhecer. No fim da sessão eu
vos comunicarei com as formalidades estabelecidas. Deveis
sempre dar, pela forma que vistes, a P∴. S∴ ao Cobridor da
Loja que fordes visitar; mas deveis também trocar a semestral
para que tenhais a certeza de que entrais em Loja regular.

-Dai mais dois pp∴ iguais ao primeiro (o Neófito


executa). É com estes três pp∴ que se entra numa Loja em
trabalhos, fazendo-se, em seguida, a Saudação ao Ven∴Mestre
e aos Vigilantes, da seguinte forma: (faz a saudação).

-A vossa idade maçônica é: (diz a idade).

-Para que tomeis conhecimento das Leis que nos regem,


recebereis o exemplar da Constituição e do Regulamento Geral
da nossa .. e o Ritual do Grau de Aprendiz Maçom. Façais a
leitura refletidamente, pois pelos dois primeiros tomarais
conhecimento dos poderes que nos regem e dos vossos deveres
e direitos, em geral. Pelo Ritual aprendereis o simbolismo que
usamos. Não deveis, entretanto, restringir-vos às explicações
110
que nele estão, porque nossos símbolos podem ser encarados
debaixo de múltiplos pontos de vista, e cada um deles dá lugar
a interpretações filosóficas análogas, mas diferentes.

-A Maçonaria, meu Irmão, é uma associação


cosmopolita em sua índole e em sua essência; contudo, em
diversas partes do mundo seguem-se Ritos que diferem apenas
nas formas exteriores, na ordem e número de graus e em alguns
pontos regulamentares, o que, todavia não impede que os
Maçons a eles filiados se reconheçam mutuamente, e se tratem
como Irmãos.

-A nossa regularidade está nesta Carta Constitutiva


(mostra a carta) oriunda da Grande Loja Maçônica do Estado
de....., que, como já ouvistes, é uma Potência Maçônica
Simbólica legal e legítima na jurisdição deste Oriente, e que,
por um tratado com o Soberano Supremo Conselho do Grau
33, do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República do
Brasil, tem soberania administrativa e dogmática sobre o
simbolismo deste Rito.

-Agora, meu Ir∴, recebei o abraço fraternal, que vos


dão, por meu intermédio, todos os Obreiros desta Loja e que,
crentes na sinceridade de vossas intenções, esperam encontrar
em vossa ação maçônico-social a prática rigorosa dos sãos e
sublimes princípios da verdadeira Maçonaria. (Dá o abraço e
retorna ao Trono.)

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o Ir∴ Ap∴ ao


Ir∴ 2º Vig∴, para que o reconheça pelo s∴, pelo t∴ e pela
p∴, e ao Ir∴ 1º Vig∴, para que o ensine a trabalhar na P∴
B∴

111
O M∴ de CCer∴ cumpre a ordem. O Ir. 2º Vig.
levanta-se e faz o exame. Em seguida, o neófito é conduzido
ao Ir. 1º Vigilante, que se levanta, mostra ao neófito a
P∴ B∴ e ensina-lhe o modo pelo qual a desbastará. O
Ir∴ M∴ de CCer∴ conduz o Neófito para entre Colunas.

2º VIG∴- Ir∴ 1° Vig∴, o nosso Ir∴ Neófito foi


reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Aprendiz, depois de


reconhecido pelo s∴, pelo t∴ e pela p∴, já começou a
desbastar a P∴ B∴

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, conduzi o Neófito ao


vestíbulo, preparai-o e ensinai-o a entrar em um Templo
Maçônico.

O M∴ de Cerimônias conduz o Neófito à Sala dos


Passos Perdidos, onde este se reveste de suas roupas, luvas e
do avental, e aprende como entrar no Templo
ritualisticamente. Depois, bate regularmente à porta do
Templo.

2º VIG∴ - (Após a entrada do Neófito de forma


regular) Ir∴ 1° Vig∴, o Neófito entrou como Ap∴ M∴ e está
entre CCol∴

1º VIG∴ - Ven∴ Mestre, o Neófito entrou como


Ap∴ M∴ e acha-se entre CCol∴

VEN∴ - (Ao neófito) Meu Ir∴, este é para vós um dia


de glória que jamais deveis esquecer. Permiti que vos felicite
por terdes sido admitido em nossa Ordem.

VEN∴ - (!) De pé e à ordem, meus IIr∴

112
VEN∴ - (!) Proclamo pela primeira vez o Ir∴F∴...,
Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja
Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do
Estado de...... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no
como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as
ocasiões em que ele necessitar.

1º VIG∴- (!) Proclamo pela segunda vez o Ir∴F∴...,


Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja
Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do
Estado de....... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no
como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as
ocasiões em que ele necessitar.

2º VIG∴ - (!) - Proclamo pela terceira vez o Ir∴F∴...,


Ap∴ M∴ e membro desta Augusta e Respeitável Loja
Simbólica, sob os auspícios da Grande Loja Maçônica do
Estado de....... Convido a todos os IIr∴ a reconhecerem-no
como tal e a lhe prestarem auxílio e socorro, em todas as
ocasiões em que ele necessitar

VEN∴- Felicitemo-nos, meus IIr∴, pela aquisição do


novo Obreiro e amigo que vem abrilhantar as CCol∴ desta
Loja, auxiliando nos trabalhos e cultivando conosco as afeições
fraternais. A mim, meus IIr∴, pelo S∴, pela B∴ e pela Acl∴

Cumprida a ordem.

VEN∴ - (!) Sentemo-nos, meus IIr∴

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, convidai o neófito a


gravar na Tábua da Loja o seu “ne varietur” e depois o fazei
sentar-se no topo da Col∴ do Norte.

VEN∴ - IIr∴1° e 2º VVig∴, ajudai-me a explicar ao


Ir. Neófito, os significados dos instrumentos e utensílios do
Aprendiz Maçom.

113
Pausa

VEN∴− Esses instrumentos são: a Régua de 24


polegadas.

1° VIG∴- O Maço.

2° VIG∴ - O Cinzel.

VEN∴ - A Régua era usada pelos Maçons Operativos


para medir e delinear os trabalhos, medindo, também, o tempo
e o esforço a despender. Como, porém, não somos operativos,
mas livres e Aceitos, ou especulativos, empregamos a Régua,
assim dividida, porque ela nos ensina a apreciar as 24 horas em
que está dividido o dia, induzindo-nos a empregá-la com
critério, na meditação, no trabalho e no descanso físico e
espiritual.

1° VIG∴ - O Maço é instrumento importante, e


nenhuma obra manual poderá ser acabada sem ele. Ensina-nos,
também, que a habilidade, sem o emprego da razão, é de pouco
valor, e que o trabalho é uma obrigação do homem. Inutilmente
o coração conceberá e o cérebro projetará, se a mão não estiver
pronta a executar o trabalho.

2° VIG∴ - Com o Cinzel o Obreiro dá forma e


regularidade à massa informe da Pedra Bruta e pode marcar
impressões sobre os mais duros materiais. Por ele aprendemos
que a educação e a perseverança são precisas para se chegar à
perfeição; que o material grosseiro só recebe fino polimento
depois de repetidos esforços e que unicamente por seu
incansável emprego é que se adquire o hábito da virtude, a
iluminação da inteligência e a purificação da alma.

VEN∴ - E, do todo, inferimos este ensinamento moral:


“O conhecimento, baseado na exatidão, ajudado pelo trabalho,
e efetivado pela perseverança, vencerá todas as dificuldades,
114
extinguindo as trevas da ignorância e espargindo a felicidade
no caminho da vida”.

-Tornai-vos, pois, a partir de hoje, investigador da


Verdade; aperfeiçoai-vos na Arte Suprema do pensamento -
ARTE REAL-, que é o objeto das iniciações maçônicas;
penetrai em nossos Mistérios e vinde, com assiduidade, aos
trabalhos, para serdes admitido às graças que a Loja não recusa
aos Obreiros que elevam em seu conceito.

-Agora, meu Irmão, vos serão restituídos os metais de


que fostes despojados.

VEN∴ - Ir∴ M∴ de CCer∴, entregais os metais ao


Neófito.

VEN∴ - (Após a entrega). O falso brilho das coisas


não deve, doravante, iludir-vos, porque já percorrestes o
primeiro ciclo de transformação radical de vosso ser, pois
fostes purificado intelectual e moralmente.

VEN∴ - Ir∴ Orador, tendes a palavra. (!) Atenção,


meus Irmãos.

ORADOR – (lendo) Meu Irmão,

-Causou-vos, naturalmente, estranheza que, em nossa


associação fôsseis recebidos de modo muito diverso do que se
pratica nas sociedades civis. Em vez da simples aceitação e da
apresentação aos co-associados, passastes, aqui, por um
cerimonial e por um interrogatório, que pareceram, talvez,
inúteis; principalmente pela época materialista que empolga a
vida hodierna.

-Se voltarmos um pouco ao passado, e o compararmos


ao presente, veremos que alguma coisa de eternamente belo e
admirável existe no homem. Quando lhe examinamos os

115
instintos morais, o vemos, através das luzes da razão e sãs
inspirações, senhor de seus deveres e de seus direitos, para
chegar ao apogeu da perfeição a que é destinado pela natureza,
Eis porque nossas cerimônias se destinam a mostrar-vos que, a
partir de hoje, tendes a desempenhar o glorioso papel de
construtor social.

-Mas, perguntareis, onde encontrar, na ciência humana,


nesse amálgama onde o bem e o mal estão intimamente
ligados, que parecem formar um único corpo, os elementos
precisos de regeneração?

-Não abusemos de nossas próprias franquezas e, muito


menos, do enlevo de nossas vaidades. O mal existe por toda a
parte, com atrações tentadoras, mas por toda parte está,
igualmente, o bem, servindo de eixo a todas as existências
sociais do amanhã. O mal não é um princípio desconhecido
como o bem, uma causa sem origem, é o lado fraco de nossa
natureza, o passo escorregadio da vida sensitiva e se,
manchando tronos e altares, corrompendo choupanas e
palácios, invade a humanidade, não é justo que sacrifiquemos
nossa dignidade de homem e nossa força moral aos apetites da
vida material; não é para que fujamos da ciência do bem, mas
para que possamos pô-la em prática no meio social.

-Eis porque o recebemos como Pedra Bruta. É para que


em vosso ser moral desbasteis as arestas e as asperezas que
ainda existam, e vos torneis um elemento útil à construção do
edifício que à Maçonaria compete erigir. Embora simbólica,
essa construção não se fará com qualquer argamassa, mas com
aproveitamento de nossa ação e de nosso trabalho, exercidos
nos corações humanos, onde existem as imperfeições do erro e
as asperezas do orgulho e da vaidade, para que os homens
saibam que a liberdade de consciência só será útil quando a
razão dominá-la, guiá-la, sem sacrificar os nobres instintos da
consciência à avidez das paixões materiais.

116
-A Maçonaria é, na Terra, a única instituição capaz de
levar o homem ao domínio da paz, da ordem e da felicidade.
Em seu seio não existem os desejos e interesses pessoais, nem
a ambição se circunscreve aos limites das necessidades da
fraternidade. Nela, a vaidade não pode medrar, e todos se
conformam aos direitos dos mais dignos merecedores. Tendo
por lei fundamental, e como regra absoluta, o domínio dos
desejos maus que atormentam a Humanidade, ela é uma
associação propícia à obtenção do aperfeiçoamento social,
tendo-se em vista que o homem material desaparece diante do
homem moral que, num terreno fertilizado pelas virtudes
fraternais, eleva-se tanto quanto o pensamento íntimo de seu
Criador que o destinou. Vede, pois, como a Maçonaria é
previdente e sábia em sua obra de progresso. Para evitar que
seus filhos sejam o joguete de suas próprias intemperanças e de
seus desregramentos, a Maçonaria institui uma moral em ação,
feita para dominar os corações mais rebeldes e mais inclinados
ao mal; moral que em nada compromete os interesses privados
dos homens, nem os gerais; moral, em uma palavra, que dá a
cada um na proporção de seus direitos e de seus deveres.

-Corramos o véu simbólico que oculta esses Mistérios


morais. Irmão que, apenas chamado a amassar o cimento
místico, passastes por provas que encerram o pensamento
íntimo da Instituição, esta pôs logo diante de vossos olhos os
elementos que irão servir ao vosso ressurgimento espiritual, ou
melhor, à transformação moral por que tereis de passar.

-Lançado, sozinho, no antro da miséria e da morte,


ficastes entregue a vós mesmo, para que pudésseis meditar e
refletir. A reflexão é a vida da alma. Sem reflexão, o homem
nada tem de humano, é um animal entregue aos mais grosseiros
instintos. Começou, portanto, a Maçonaria a vos fazer refletir
sobre vosso destino e, longe de vos atrair por mentirosas
aparências, ela clareou o quadro que deveria ferir vossa
imaginação, para que não a acuseis, no dia de vosso batismo,
de ter sido capciosa ou indulgente para convosco. Embora a

117
Maçonaria vos houvesse tomado embaixo ou no cume da
escala da civilização e embora fôsseis pequeno ou grande, rico
ou pobre, a Maçonaria, para melhor mudar as disposições de
vossa natureza moral, considerou-vos como uma larva que,
para chegar ao seu completo desenvolvimento, passa por
sucessivas transformações. Cercando-vos de máximas morais,
ela patenteou que sua linguagem não é a comum das
sociedades profanas. Depois do simbolismo das outras provas e
das revelações misteriosas que foram para vós imenso
ensinamento, ela vos fez conhecer o que de vós exige, em zelo
e devotamento pela humanidade, pela Pátria, por vossos
semelhantes e por vós mesmos e, em seguida, vos abriu a
estrada da perfeição moral, onde somente poderemos encontrar
o repouso e a felicidade na Terra.

-Antes de vos consagrar à admissão entre os eleitos, ela


exigiu de vós um juramento solene, pelo qual prendestes,
livremente, vosso presente e vosso futuro a cadeias
inquebrantáveis da honra e da dignidade, que violá-lo seria um
ato de covardia moral.

-Sois, agora, Maçom. Voltareis ao mundo profano


esclarecido pelos deveres de Aprendiz. Fazei dos conselhos
que recebestes a pedra de toque e de amor para com vossos
semelhantes. Amassai, com coragem e perseverança, o cimento
místico que servirá para edificar o Templo do G∴A∴D∴U∴

-Conheceis agora o Templo simbólico e sabeis


perfeitamente que ele não se constrói com pedras e madeiras,
porém com Virtude, Sabedoria, Força, Prudência, Glória e
Beleza, enfim com todos os elementos morais que devem ser
ornamento dos Maçons.

-Se a Maçonaria quer que sejais inteiramente devotados


à Humanidade, se aqui, como em qualquer outra parte do
mundo, ela vos obriga a socorrer o fraco e a defender o
oprimido, não vos esqueçais que deveis à vossa Pátria o amor

118
sincero do patriota e o devotamento do cidadão; que as leis que
a regem merecem vosso respeito e vossa consciente submissão;
que os que a governam têm direito à vossa confiança e ao
vosso apoio e se, por acaso, por vosso trabalho honesto vos
tornardes independente pela fortuna, não vos esqueçais de que,
a par de Deus e da Maçonaria deveis dar contínua assistência
aos infelizes. Levai à choupana, onde a miséria e o infortúnio
fazem gemer e chorar, o amparo de vossa inteligência e o
supérfluo de vossas condições sociais. Estudai o vosso caráter e
as vossas inclinações para poderdes, moralmente, desbastar-lhe
as asperezas. O trabalho do Aprendiz é “conhecer-se e
aperfeiçoar-se”, a fim de que, livre dos preconceitos e vícios do
mundo profano, possa aspirar ao estudo da tradição e da
história Maçônica, cujos ensinamentos têm iluminado o mundo
desde as mais remotas eras. Só então compreendereis à custa
de quantas vidas se construiu o edifício moral da Maçonaria
que, desde os tempos mais remotos, prega a Moral mais
elevada, e continuará a pregá-la enquanto existir gênero
humano.

Terminado o discurso do Orad∴ o neófito poderá


falar, se quiser.

VEN∴ - (!) Está encerrada a Ordem do Dia.

Os trabalhos continuam a partir da circulação da


Bolsa para o Tronco de Solidariedade.

Depois de circular a Bolsa para o Tronco de


Solidariedade, o Ven∴ Mestre concederá a palavra às CCol∴
exclusivamente sobre o ato que se realizou.

119
PAINEL DA LOJA DE APRENDIZ

120
INSTRUÇÕES

Para que o Ap∴ M∴ adquira conhecimentos maçônicos


que lhe dão direito a aumento de salário, deve receber, pelo
menos, cinco instruções em sessões separadas, e que a Loja é
obrigada a realizar.

Quando, em uma Sessão houver disponibilidade, o


Ven∴ Mestre poderá ocupar o tempo, a ela destinado, em
instrução dos 1º Grau, mesmo que não haja Aprendizes
presentes, pois elas prestam-se ao recordar dos ensinamentos e
das finalidades da Maçonaria e do Rito Escocês Antigo e
Aceito.

Todos os membros da Loja esforçar-se-ão, quanto


possível, para compreender as vantagens desses ensinamentos,
assimilando-os para que tenham em mente o dever de pautar
seus atos individuais de todos os dias por esse rico e
antiqüíssimo manancial de sabedoria.

PRIMEIRA INSTRUÇÃO

Explicação do Painel da Loja

VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos


que nos regem, vamos proceder à primeira instrução, destinada
especialmente ao nosso Ap∴ F... (caso não haja
Ap∴) destinada a recordar nossos ensinamentos.

Pausa

VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, a Maçonaria no século XVIII


restabeleceu a tradição dos ensinamentos esotéricos
ministrados nos santuários egípcios e continua ministrando-os
aos seus iniciados.
-Do mesmo modo que os antigos filósofos egípcios,

121
para subtrair seus segredos e mistérios aos olhos dos profanos,
ministravam seu ensino por meio de símbolos e alegorias, a
Maçonaria, continuando a tradição egípcia, encerra seus
ensinamentos e filosofia em símbolos e alegorias, pelos quais
oculta suas verdades ao mundo profano, só as revelando
àqueles que ingressam em seus Templos.
-Sendo o primeiro grau o alicerce da filosofia simbólica,
resumindo ele toda a Moral maçônica de aperfeiçoamento
humano, compete ao Aprendiz-Maçom o trabalho de desbastar
a Pedra Bruta, isto é, desvencilhar-se dos defeitos e paixões,
para poder concorrer à construção moral da Humanidade, que é
a verdadeira obra da Maçonaria.

-Vamos dar hoje aos nossos IIr∴ Aprendizes a sua


primeira instrução, que consiste na explicação do Painel da
Loja do 1º Grau.

VEN∴- Ir∴ Orador, tendes a palavra.

ORAD∴ - Meus IIr∴, o Painel que vedes representa o


caminho que deveis trilhar para atingirdes, pelo trabalho e pela
observação, o domínio de vós mesmos. Vosso único desejo
deve resumir-se em progredir na Grande Obra que
empreendestes ao entrar neste Templo. Quando, ao término do
trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar
das asperezas dessa massa informe a que chamamos pedra
bruta, houverdes, pela fé e pelo esforço, conseguido
transformá-la em pedra cúbica, apta à construção do edifício,
podereis descansar o Maço e o Cinzel, para empunhar outros
utensílios, subindo a escada da hierarquia maçônica.
-Para isso, recebereis cinco instruções simbolizando os
cinco anos que, antigamente, o Aprendiz passava encerrado no
Templo, para o qual entrava após dois anos de observação por
parte dos Companheiros e Mestres, completando assim os sete
anos exigidos naquela época para o compromisso no primeiro
grau.
122
-A primeira instrução é a mais simples, mas também a
mais simbólica.

-No Painel da Loja condensam-se todos os símbolos que


deveis conhecer e, se bem os interpretardes, fáceis e muito
claras ser-vos-ão as instruções subseqüentes.

-A forma da Loja é a de um quadrilongo, isto é, uma


figura alongada, de quatro lados; seu comprimento é de leste a
Oeste; sua largura, do Norte ao Sul; sua profundidade, da
superfície ao centro da Terra, e sua altura, da Terra ao Céu.

-A Loja é representada deste modo, numa tão vasta


extensão, para simbolizar a universalidade de nossa instituição,
e para mostrar que a caridade do Maçom não tem limites, a não
serem os ditados pela prudência.

-Orienta-se a Loja de Leste a Oeste, porque todos os


lugares de Culto Divino, todos os antigos Templos e todas as
Lojas Maçônicas regularmente constituídas assim devem estar
por três razões:

1° - Porque o Sol, que é a maior glória do Senhor, nasce


a Leste e se oculta a Oeste;

2º - Porque a Civilização e a ciência vieram do Oriente,


espalhando as suas benéficas influências para o Ocidente;

3°- Porque a Doutrina do Amor e da Fraternidade, o


exemplo do cumprimento da Lei, também vieram do Oriente
por intermédio do nosso Divino Mestre.

-Desde o começo, o Todo Poderoso, o Princípio


Criador, a que chamamos de o Grande Arquiteto do Universo,
nunca deixou de dar um testemunho de Sua existência entre os
homens.

-Lemos nas Sagradas Escrituras, que Abel fez uma


123
oferta mais agradável ao Senhor do que a de Caim; que “Enoch
caminhou para Deus e Deus o levou”; que Noé era um justo, e
que, por isto, Deus o salvou, fazendo com que construísse uma
Arca; que Abrahão era fiel a Deus, bem como toda a sua
família, e não hesitou em sacrificar seu próprio filho ao Senhor,
o Qual evitou o sacrifício enviando um anjo para impedi-lo; e
que Jacob combateu com um anjo, venceu-o e por isto obteve a
benção do Senhor para si e para todos os seus descendentes.
-Mas a primeira notícia que temos de um local
especialmente destinado ao Culto Divino é a do Tabernáculo,
erigido no deserto por Moisés, para receber a Arca da Aliança e
as Tábuas da Lei. Esse Tabernáculo, cuja orientação era de
leste para oeste, serviu de modelo e posição do Templo de
Salomão, cuja construção, por seu esplendor, riqueza e
majestade, foi considerada como a maior maravilha da época.
-Esta é a razão principal por que todas as Lojas
Maçônicas, que representam simbolicamente o Templo de
Salomão, são situadas e orientadas de Leste para Oeste.
-Sustentam nossa Loja três grandes Pilares,
denominados SABEDORIA, FORÇA E BELEZA.
-A Sabedoria inventa e cria, a Força sustenta e anima e
a Beleza adorna.
-A Sabedoria deve nos orientar no caminho da vida, a
Força nos animar e sustentar em todas as dificuldades e a
Beleza adornar todas as nossas ações, nosso caráter e nosso
espírito.
-O Universo é o Templo da Divindade, a quem
servimos; a Sabedoria, a Força e a Beleza estão em volta do
Seu Trono como pilares de Suas obras; porque Sua Sabedoria é
infinita, Sua força Onipotente e a sua Beleza se manifestam,
em toda a Sua criação, pela simetria e pela ordem.

124
-Representam ainda os três Pilares de uma Loja
Maçônica:

• Salomão, rei de Israel.

• Hiram, rei do Tiro.

• Hira-Abiff.
-SALOMÃO, pela sabedoria de construir, completar e
dedicar o Templo de Jerusalém a serviço de Deus; HIRAM, rei
de Tiro, pela força que deu aos trabalhos do Templo,
fornecendo homens e materiais, e HIRAM-ABIF, por seu
primoroso trabalho em adorná-lo, dando-lhe beleza sem par,
até hoje nunca atingida.
-A essas Colunas foram dadas três ordens de
Arquitetura: a Jônica, para representar a Sabedoria, a Dórica,
significando a Força e a Coríntia, simbolizando a Beleza.
-A cobertura de uma Loja Maçônica se representa por
uma Abóbada Celeste de cores variadas, representado o céu,
isto é, o infinito.
-O caminho pelo qual nós, Maçons, atingimos essa
abóbada, isto é, o Infinito, é representado pela Escada de Jacó,
nome que, como fiel guardião das antigas tradições, a
Maçonaria conserva.
-Por isto é que dizemos aos Aprendizes, depois de sua
iniciação, que puseram os pés no primeiro degrau da escada de
Jacob, significando que deram o primeiro passo no caminho do
seu aperfeiçoamento moral.
-Compõe-se esta escada de muitos degraus, todos eles
representativos das virtudes exigidas ao Maçom, no seu
caminho para a perfeição.
-Na sua base, centro e topo, entretanto, destacam-se três

125
símbolos, muito conhecidos do mundo profano: FÉ,
ESPERANÇA e CARIDADE.
-De fato, são estas as principais virtudes morais que
devem ornar o espírito de qualquer ser Humano e,
principalmente, dos Maçons:

• Fé no Grande Arquiteto do Universo.

• Esperança no aperfeiçoamento moral.

• Caridade para com o gênero humano.


-Ainda, por analogia, podemos explicar do seguinte
modo estas três virtudes:

• A Fé é a Sabedoria do espírito, sem a qual o


homem nada levará a termo;

• A Esperança é a Força do espírito, amparando-o


e animando-o no caminho da vida;

• A Caridade é a Beleza que adorna o espírito e os


corações bem formados, fazendo com que neles se abriguem os
puros sentimentos humanos.
-O interior de uma Loja Maçônica contém Ornamentos,
Paramentos e Jóias.
-Os Ornamentos são o PAVIMENTO DE MOSAICO, a
ESTRELA FLAMÍGERA e a ORLA DENTEADA.
-O PAVIMENTO MOSAICO, com seus losangos
brancos e pretos nos mostra que, apesar da diversidade e do
antagonismo de todas as coisas da Natureza, em tudo reside a
mais perfeita harmonia. Isso nos serve de lição para que não
olhemos as diversidades de cores e de raças, o antagonismo das
religiões e dos princípios que regem os diferentes povos,
apenas como uma exterioridade da manifestação, pois toda a

126
humanidade foi criada para viver na mais perfeita harmonia e
na mais íntima fraternidade.
-A Estrela Flamígera representa a principal Luz da Loja.
Simboliza o Sol, Glória do Criador, e dá-nos o exemplo da
maior e da melhor virtude que deve encher o coração do
Maçom: a CARIDADE.
-Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda a
parte onde atingem seus raios vivificantes, o Sol nos ensina a
praticar o bem, não em um círculo restrito de amigos ou de
afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam e até onde
nossa caridade possa alcançar.
-A Orla Denteada mostra-nos o princípio da atração
universal, simbolizada no Amor. Representa, com seus
múltiplos dentes, os planetas que gravitam em torno do Sol, os
povos reunidos em torno do chefe, os filhos reunidos em volta
dos pais, enfim, os Maçons unidos e reunidos no seio da Loja,
cujos ensinamentos e cuja Moral aprendem, para espalhá-los
aos quatro ventos do Orbe.
-Os Paramentos da Loja são constituídos pelo LIVRO
DA LEI, pelo COMPASSO e pelo ESQUADRO.
-O LIVRO DA LEI representa o código de moral que
cada um de nós respeita e segue; a filosofia que cada qual
adota, enfim, é a fé que nos governa e anima.
-O COMPASSO e o ESQUADRO, que só se mostram
unidos em Loja, representam a medida justa que deve presidir a
todas as nossas ações, que não se podem afastar da justiça, tão
pouco da retidão, que regem todos os atos de um verdadeiro
Maçom.
-As pontas do Compasso, ocultas sob o Esquadro,
significam que o Aprendiz, trabalhando somente na pedra
bruta, não pode fazer uso daqueles, enquanto sua obra não

127
estiver perfeitamente acabada, polida e esquadrejada.
-As Jóias da Loja são três móveis e três fixas.
As Móveis são: o ESQUADRO, o NÍVEL e o
PRUMO.
-Assim chamados porque são transferidos a cada ano
aos novos Veneráveis e Vigilantes, com a passagem da
administração.
-As Fixas são: a Prancheta da Loja, a Pedra Bruta e a
Pedra Cúbica ou Polida.
-A Prancheta da Loja serve para o Mestre desenhar e
traçar o que, simbolicamente, exprime que o Mestre guia os
Aprendizes no trabalho indicado por ele, traçando o caminho
que devem seguir para o aperfeiçoamento, a fim de poderem
progredir nos trabalhos da Arte Real.
-A Pedra Bruta serve para nela trabalharem os
Aprendizes, marcando-a e desbastando-a, até que seja julgada
polida pelo Mestre da Loja. A PEDRA BRUTA é o material
retirado da jazida no estado natural, até que pela constância e
trabalho do Obreiro, fique na devida forma, para poder entrar
na construção do edifício. Ela representa a inteligência, o
sentimento do homem no estado primitivo, áspero e despolido,
e que nesse estado se conserva até que, pelo cuidado de seus
pais e instrução dos Mestres, adquira educação liberal e
virtuosa, tornando-se um ente culto capaz de fazer parte de
uma sociedade civilizada.
-A Pedra Polida ou Cúbica serve para os Obreiros
experimentados ajustarem e experimentarem suas Joias. É o
material perfeitamente trabalhado, de linhas e ângulo retos que
o Compasso e o Esquadro mostram estar talhada de acordo
com as exigências da Arte. Representa o saber do homem no
fim da vida, quando a aplicou em atos de piedade e de virtude,

128
verificáveis pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo compasso
da própria consciência esclarecida.
-Chamam-se fixas essas jóias, porque permanecem
imóveis em Loja, como um Código de Moral, aberto à
compreensão de todos os Maçons.
-Do mesmo modo que a Prancheta da Loja é o traçado
objetivo, o Livro da Lei é o traçado espiritual para o
aperfeiçoamento do Maçom que queira atingir o topo da
Escada de Jacó, após haver desbastado as asperezas do seu EU,
asperezas representadas pela ambição, orgulho, egoísmo e
demais paixões que torturam os corações profanos.
-Em toda Loja Maçônica Regular, Justa e Perfeita,
existe um ponto, dentro de um círculo, que o verdadeiro
Maçom não pode transpor. Este circulo é limitado, ao Norte e
ao Sul, por duas linhas paralelas, uma representando Moisés,
outra o rei Salomão.

-Na parte superior desse círculo, fica o L∴ da L∴ , que


suporta a Escada de Jacó, cujo cimo toca os Céus. Caminhando
dentro desse círculo, sem nunca o transpormos, limitar-nos-
emos às duas linhas paralelas e ao L∴ da L∴ e, enquanto
assim procedemos, não podemos errar.
-Pendentes dos cantos da Loja, vemos quatro borlas,
colocadas nos pontos extremos da mesma, para lembrar as
quatro virtudes cardeais - TEMPERANÇA, JUSTIÇA,
CORAGEM e PRUDÊNCIA, que a nossa antiga tradição nos
diz terem sido praticadas pela grande maioria dos nossos
antigos IIr.
-As características de um bom Maçom são: Virtude,
Honra e Bondade, que, embora banidas de outras sociedades,
devem sempre serem encontradas nos corações dos Maçons.

129
SEGUNDA INSTRUÇÃO

VEN∴ - Ir∴1° Vigilante, que há de comum entre nós?

1º VIG∴ - Uma verdade, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Que verdade é essa, meu Ir∴?

1º VIG∴ - A existência de um Grande Arquiteto,


Criador do Universo, isto é, de tudo que foi, que é e que será

VEN∴ - Como sabeis isso, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Porque, além dos órgãos de nosso ser


material, o Ente Supremo nos dotou de inteligência, que nos
faz discernir o Bem do Mal.

VEN∴ - Essa faculdade, a que chamais inteligência, é


independente de nossa organização física?

1° VIG∴ - Ignoro-o, Ven∴ Mestre. Creio, porém, que,


com nossos sentimentos, ela é suscetível de progresso e de
aperfeiçoamento, tendo sua infância, adolescência e
maturidade. Rudimentar nas crianças, manifesta-se nos adultos,
aperfeiçoa-se e eleva-se, progressivamente, ao mais alto grau
de concepção.

VEN∴ - A inteligência é suficiente para discernir o


Bem do Mal?

1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, quando dirigida por uma


moral sã.

VEN∴ - Onde encontramos os ensinamentos dessa


moral?

1º VIG∴ - Na Maçonaria, Ven∴ Mestre, porque aqui

130
se ensina a Moral mais pura e mais propícia à formação do
caráter do homem, quer considerado sob o ponto de vista
social, quer sob o individual.

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, sois Maçom?

2º VIG∴ - M∴I∴C∴T∴M∴R∴

VEN∴ - Em que se baseia a Moral ensinada pela


Maçonaria?

2º VIG∴ - No amor ao próximo, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Esta, porém, não deve ser a base de todos os


princípios de qualquer ensinamento moral?

2º VIG∴ - Sem dúvida que sim, Ven∴ Mestre, mas a


Moral Maçônica é o sistema mais apropriado e mais prático
para seu ensino e aplicação.

VEN∴ - Em que consiste esse sistema, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Em mistérios e alegorias.

VEN:. - Quais são esses mistérios, meu Irmão?

2ºVIG∴ - Não me é permitido revelá-los, Ven∴Mestre.


Interrogai-me e chegareis a descobri-los e compreendê-los.

VEN∴ - Que vos exigiram para serdes recebido


Maçom?

2º VIG∴ - Que fosse livre e de bons costumes.

VEN∴ - Como livre? Admitis, porventura, meu Ir∴,


que um homem possa viver na escravidão?

131
2º VIG∴ - Não, Ven∴ Mestre. Todo homem é livre,
pode, porém, estar sujeito a entraves sociais, que o privem,
momentaneamente de parte de sua liberdade e, o que é pior, o
tornem escravo de suas próprias paixões e de seus
preconceitos. É precisamente desse jugo que se deve libertar
aquele que aspira a pertencer à nossa Ordem. Assim, o homem
que voluntariamente abdica de sua liberdade deve ser excluído
de nossos Mistérios, porque, não sendo senhor de sua própria
individualidade, não pode contrair nenhum compromisso sério.

VEN∴ - Ir∴1º Vig∴, como fostes recebido Maçom?

1º VIG∴ - Nem nu, nem vestido, Ven∴ Mestre.


Despojaram-me de todos os metais e vendaram-me os olhos, a
fim de que ficasse privado da vista.

VEN∴ - Que significa isto, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Várias são as significações, Ven∴ Mestre. A


privação dos metais faz lembrar o homem antes da civilização,
em seu estado natural, quando desconhecia as vaidades e o
orgulho. Devido à obscuridade em que se achava imerso, o
homem primitivo, vivia na ignorância de todas as coisas.

VEN∴ - Quais são as conseqüências morais que


deduzis dessa alegoria?

1° VIG∴ - A abdicação das vaidades profanas e a


necessidade imprescindível de instrução, que é o alicerce da
Moral Humana.

VEN∴ - Que fizeram para vos instruir, Ir∴ 2° Vig∴?

2° VIG∴ - Fizeram-me viajar do Ocidente para o


Oriente e do Oriente para o Ocidente. A princípio, por um
caminho escabroso, semeado de dificuldades, repleto de
obstáculos, em meio de ruídos e de trovejar atordoador.

132
Depois, por outra estrada menos difícil, ouvindo o tilintar
incessante de armas; finalmente, em uma terceira viagem, por
caminho plano e suave, envolto no maior silêncio.

VEN∴ - Que significam os ruídos, as dificuldades e os


obstáculos da primeira viagem?

2º VIG∴ - Fisicamente, representam o caos, que se


acredita ter precedido e acompanhado a organização dos
mundos; moralmente significam os primeiros anos do homem e
os primeiros tempos da sociedade, durante os quais as paixões,
ainda não dominadas pela razão e pelas leis, conduziam
homem e sociedade aos excessos tão condenáveis.

VEN∴ - Que significa o ruído de armas que ouviste em


vossa segunda viagem, Ir∴ 1° Vig∴?

1º VIG∴ - Representa a idade da ambição; os combates


que a sociedade é obrigada a sustentar, antes de chegar ao
estado de equilíbrio; as lutas que o homem é forçado a travar e
vencer para colocar-se dignamente entre seus semelhantes.

VEN∴ - Por que encontrastes facilidade em vossa


terceira viagem?

1º VIG∴ - Porque esta nos mostra o estado de paz e


tranqüilidade, resultante da ordem na sociedade e o da
moderação das paixões do homem, que atinge a idade da
maturidade e da reflexão.

VEN∴ - Como terminou cada uma dessas viagens,


Ir∴ 2° Vig∴?

2º VIG∴ - O término de cada viagem foi uma porta,


onde bati.

VEN∴ - Onde se achavam situadas essas portas?

133
2º VIG∴ - A primeira, ao Sul; a segunda, no Ocidente;
e a terceira, no Oriente.

VEN∴ - Que vos disseram quando batestes?

2º VIG∴ - Na primeira, mandaram-me passar, na


segunda, fizeram-me purificar pela água e, na terceira, fui
purificado pelo fogo.

VEN∴ - Que significam essas purificações?

2º VIG∴ - Que, para estar em condições de receber a


Luz da Verdade, torna-se necessário ao homem desvencilhar-se
de todos os preconceitos sociais ou de educação e entregar-se
com ardor à procura da sabedoria.

VEN∴ - Que representam as três portas em que batestes


Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - As três disposições necessárias à procura da


Verdade: Sinceridade, Coragem e Perseverança.

VEN∴ - Que vos aconteceu em seguida?

1º VIG∴ - Ajudaram-me a dar três passos num


quadrilongo.

VEN∴ - Para que, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Para me fazer compreender que o primeiro


fruto do estudo é a experiência e que esta é que torna o homem
prudente.

VEN∴ - O que vos deram depois?

1° VIG∴ - A Luz, Ven∴ Mestre.

134
VEN∴ - Que vistes então, Ir∴ 2º Vigilante?

2º VIG∴ - Raios cintilantes feriram-me a vista. Vi,


então, que eram espadas, empunhadas por meus IIr∴ e
apontadas para mim.

VEN∴ - Sabeis o que significa isso, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Compreendi, depois, que essas espadas


figuravam os raios de Luz da Verdade, que ofuscam a visão
intelectual daquele que ainda não está preparado, por sólida
instrução, para recebê-la.

VEN∴ - Como vos ligastes à Ordem Maçônica?

2° VIG∴ - Por um juramento e uma consagração.

VEN∴- Que prometestes, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Guardar fielmente os segredos que me


fossem confiados, amar, proteger e socorrer meus IIr∴, sempre
que tivessem justa necessidade.

VEN∴ - Estais arrependido de terdes contraído essa


obrigação?

2º VIG∴ - Absolutamente não, Ven∴ Mestre. Estou


pronto a renová-la, se preciso for, perante esta
Aug∴ Assembléia.

VEN∴ - Quais são os indícios pelos quais se


reconhecem os Maçons, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - Além dos atos que praticam, revelando o


influxo da moral ensinada em nossos Templos, eles se
reconhecem pelo S∴, pela P∴ e pelo T∴

135
VEN∴ - Qual é o S∴?

1º VIG∴ - (Depois de fazer o S∴) - Ei-lo,


Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Qual é a P∴, Ir∴ 2º Vig∴?

2° VIG∴ - Não sei lê-la, nem pronunciá-la,


Ven∴ Mestre, p∴i∴, n∴v∴p∴d∴, s∴s∴.

VEN∴ - (Depois de regularmente dada a P∴) Por que


só assim se dá a P∴S∴?

2° VIG∴ - Porque ela caracteriza o primeiro grau de


iniciação, que é o emblema do homem ou da sociedade na fase
da ignorância, quando o estudo e as artes, por deficiência das
faculdades intelectuais, ainda não lhe são conhecidos. Assim o
Aprendiz recebe primeiro para dar depois.

VEN∴ - Dai ao Ir∴ Exp∴ o T∴, para que ele o


transmita.

VEN∴ - (Depois de executada a ordem) Ir∴ 1º


Vig∴, Disseste-me que, quando fostes recebidos, estáveis nem
nu, nem vestido; e agora, estais vestido?

1° VIG∴ - Estou vestido com este avental (mostra o


avental).

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, sois obrigado a trazer sempre,


em Loja, o avental?

2º VIG∴ - Sim, como todos os IIr∴, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Por quê?

2° VIG∴ - Porque ele nos lembra que o homem nasceu

136
para o trabalho e que todo Maçom deve trabalhar
incessantemente para a descoberta da Verdade e para o
aperfeiçoamento da Humanidade.

VEN∴ - Onde trabalhamos, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Em uma Loja.

VEN∴ - Como é construída nossa Loja?

2° VIG∴ - Com a figura de um quadrilongo,


estendendo-se do Or∴ ao Oc∴, tendo sua largura do Norte ao
Sul; sua altura da Terra ao Céu, e por profundidade da
superfície ao centro da Terra.

VEN∴ - Como é coberta nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - Por uma abóbada azul, semeada de estrelas e


de nuvens, na qual circulam o Sol, a Lua e inúmeros outros
astros, que se conservam em equilíbrio pela atração de uns
sobre os outros.

VEN∴ - Quais são os sustentáculos dessa abóbada?

1º VIG∴ - Doze lindas CCol∴, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Que representam essas CCol, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Os doze signos do Zodíaco, isto é, as doze


constelações que o Sol percorre no espaço de um ano solar.

VEN∴ - Ir∴ 2° Vig∴, nossa Loja tem outros apoios?

2° VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre. Apoia-se também sobre


três fortes pilares.

VEN∴ - Quais são eles?

137
2º VIG∴ - Sabedoria, Força e Beleza.

VEN∴ - Como são representados, em nossa Loja, esses


atributos?

2º VIG∴ - Por três grandes Luzes, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Onde estão colocadas essas Luzes?

2º VIG∴ - Uma ao Oriente, outra ao Ocidente e a


terceira ao Sul.

VEN∴ - O que se nota mais em nossa Loja, Ir∴ 1°


Vig∴?

1º VIG∴ - Diversas figuras alegóricas, cuja


significação me foi explicada pelo Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Dizei, então, quais são essas figuras?

1º VIG∴ - 1º um pórtico elevado sobre três degraus e


ladeado por duas CCol∴ de bronze, sobre cujos capitéis
descansam três romãs abertas, mostrando-nos suas sementes;

2º - Uma Pedra Bruta;

3º - Uma Pedra trabalhada a que se dá o nome de Pedra


Polida ou Cúbica;

4º - Um esquadro, um compasso, um nível e um prumo;

5º - Um malho e um cinzel;

6º - Um quadro, chamado Painel da Loja;

7º - Três janelas abertas;

8º - Ao Or∴ da Loja, o Sol e a Lua;


138
9º - O mosaico, cercado da Orla Denteada.

VEN∴ - Que significa o Oc∴ em relação ao Or∴?

1° VIG∴ - O Or∴ indica o ponto de onde provém a


Luz e o Oc∴ a região para a qual ela se dirige. O
Oc∴ representa, portanto, o mundo visível, que nossos
sentidos alcançam e, de um modo geral, tudo o que é material.
O Or∴ simboliza o mundo invisível, tudo o que é abstrato, isto
é, o mundo espiritual.

VEN∴ - Que representam as duas CCol∴ de Bronze,


Ir∴ 2° Vig∴?

2º VIG∴ - Marcam os dois pontos solsticiais.

VEN∴ - Que significam as romãs colocadas nos


Capitéis das CCol∴?

2º VIG∴ - Mostram, por sua divisão interna, os bens


produzidos pela influência das estações; representam as Lojas e
os Maçons espalhados pela superfície da Terra; suas sementes,
intimamente unidas, lembram-nos a fraternidade e a união que
devem existir entre os homens.

VEN∴ - Que quer dizer a Pedra Bruta, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - Representa o homem sem instrução, com


suas asperezas de caráter, devidas à ignorância em que se
encontra e às paixões que o dominam.

VEN∴ - E a Pedra Polida ou Cúbica, que representa?

1° VIG∴ - O homem instruído que, dominando as


paixões e abandonando os preconceitos, libertou-se das
asperezas da Pedra Bruta que poliu.

139
VEN∴ - Que vos recordam o Esquadro, o Compasso, o
Nível e o Prumo?

1° VIG∴ - Por serem instrumentos imprescindíveis às


construções sólidas e duráveis, eles nos recordam o papel de
construtor social que compete a todos os Maçons e, ao mesmo
tempo, nos traçam as normas pelas quais devemos pautar nossa
conduta: o esquadro, para a retidão; o compasso, para a justa
medida; o nível e o prumo, para a igualdade e a justiça que
devemos aos nossos semelhantes.

VEN∴ - Que representam o Maço e o Cinzel,


Ir∴ 2°Vig∴?

2º VIG∴ - A inteligência e a razão que tornam o


homem capaz de discernir o Bem do Mal, o justo do injusto.

VEN∴ - Que significa a prancheta de desenho?

2° VIG∴ - A memória, faculdade preciosa de que


somos dotados para fazermos nossos julgamentos, conservando
o traçado de todas as nossas percepções.

VEN∴ - Por que tem a Loja três janelas, meu Ir∴?

2ºVIG∴ - Pela posição que ocupam, indicam as


principais horas do dia: o nascer do Sol, o meio dia e o por do
Sol.

VEN∴ - Por que o Sol e a Lua foram colocados em


nosso Templo, Ir∴ 1º Vig∴?

1°. VIG∴ - Porque sendo a Loja a imagem do


Universo, nela devem estar representados os esplendores da
abóbada celeste que mais ferem a imaginação do homem.

VEN∴ - E o Mosaico, com a Orla Denteada, que

140
significação tem Ir∴ 1 ° Vig∴?

1º VIG∴ - O Mosaico representa a variedade do solo


terrestre. Formado por pedras brancas e pretas, ligadas pelo
mesmo cimento, simboliza a união de todos os Maçons, apesar
das diferenças de cor, de climas e de opiniões políticas e
religiosas. É também a imagem do bem e do mal, de que se
acha semeada a estrada da vida. A Orla Denteada exprime a
união que deverá existir entre todos os homens, quando o amor
fraternal dominar todos os corações.

VEN∴ - Que se faz em vossa Loja, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Levantam-se Templos à Virtude e cavam-se


masmorras ao vício.

VEN∴ - Ir∴ 2º Vig∴, em que espaço de tempo se


executam os trabalhos de Aprendiz Maçom?

2º VIG∴ - Do meio-dia à meia-noite, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Que vindes fazer aqui?

2° VIG∴ - Vencer minhas paixões, submeter minha


vontade e fazer novos progressos na Maçonaria.

VEN∴ - Que trazeis para vossa Loja, meu Ir∴?

2º VIG∴ - Amor, Paz e Harmonia para a prosperidade


de todos os IIr∴

VEN∴ - Que idade tendes, Ir∴ 1° Vig∴?

1°VIG∴...

VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, como o futuro depende do


trabalho feito durante a juventude, trabalhai, para que sejais

141
felizes na velhice e para que vossa passagem por este mundo
não seja estéril, quando voltardes ao seio da natureza de onde
saístes.

-Repousemos, meus IIr∴

142
TERCEIRA INSTRUÇÃO

VEN∴ - (!) - Meus IIr∴, de acordo com os preceitos


que nos regem, vamos proceder à terceira instrução destinada
especialmente ao Ir∴ Aprendiz F... (se não houver Aprendiz)
destinada a recordar os nossos ensinamentos.

Ir∴ 1º Vig∴, entre vós e mim existe alguma coisa?

1º VIG∴ - Sim, Ven∴ Mestre, um culto.

VEN∴ - Que culto é esse?

1º VIG∴ - Um segredo.

VEN∴ - Que segredo é esse?

1º VIG∴ - A Maçonaria.

VEN∴ - Que é a Maçonaria?

1° VIG∴ - Uma associação íntima de homens


escolhidos, cuja doutrina tem por base o G∴A∴D∴U∴, que é
Deus; como regra, a Lei Natural; por causa, a Verdade, a
Liberdade e a Lei Moral; por princípio, a Igualdade, a
Fraternidade e a Caridade; por frutos, a virtude, a sociabilidade
e o progresso; por fim, a felicidade dos povos que ela procura
incessantemente reunir sob sua bandeira de paz. Assim, a
Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero
humano.

VEN∴ - Sois Maçom, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ - M∴I∴C∴T∴M∴R∴

VEN∴ - Quais são os deveres do Maçom?

143
2º VIG∴ - Honrar e venerar o Grande Arquiteto do
Universo, a quem deve agradecer sempre as boas ações que
pratica para com o próximo e os bens que lhe couberem em
partilha; tratar todos os homens, sem distinção de classe e de
raça, como seus iguais e irmãos; combater a ambição, o
orgulho, o erro e os preconceitos; lutar contra a ignorância, a
mentira, o fanatismo e a superstição, que são os flagelos
causadores de todos os males que afligem a Humanidade e
entravam o progresso; praticar justiça recíproca, como
verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses de todos;
praticar a tolerância, que deixa a cada um o direito de escolher
e seguir sua religião e suas opiniões; deplorar os que erram,
mas esforçando-se para reconduzi-los ao verdadeiro caminho;
enfim, ir em socorro do infortúnio e da aflição.

-O Maçom cumprirá todos estes deveres porque tem a


fé, que lhe dá coragem, perseverança, que vence os obstáculos
e o devotamento, que o leva a fazer o bem, mesmo com risco
de sua vida, sem esperar outra recompensa que não a
tranqüilidade de consciência.

VEN∴ - Como podereis vos fazer reconhecer Maçom?

2º VIG∴ - Por S∴, T∴ e P∴

VEN∴ - Como fazeis o S∴, Ir∴ M∴ de CCer∴?

M∴ DE CCER∴ - (Levantando-se) Pelo esquadro, o


nível e a perpendicular. (Faz o S∴)

VEN∴ - Que significa este S∴?

M∴DE CCER∴ - A honra de saber guardar o segredo,


preferindo ter a g∴c∴ a revelar nossos mistérios. Significa,
também, que o braço direito, símbolo da força, está
concentrado e imóvel para defender a Ordem, suas doutrinas e
princípios. Os pp∴ em esquadria representam o cruzamento de
144
duas perpendiculares, único caso em que formam quatro
ângulos retos e iguais, significando a retidão do caminho a
seguir e a igualdade, um dos princípios fundamentais da nossa
Ordem. (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Ir∴ 2º Diác∴, dai o T∴ ao Ir∴1º Vig∴

1°VIG∴ - (Depois de recebido o T∴) O T∴ está exato,


Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Dai-me a P∴S∴, Ir∴1º Diác∴

O 1º Diác∴ sobe os degraus do Altar, pelo lado


esquerdo, dá regularmente a P∴S∴, e retorna ao seu lugar.

VEN∴- Que significa esta P∴?

1º DIÁC∴ - Beleza, também força e apoio. (Saúda e


senta-se.)

VEN∴ - Por que o Aprendiz Maçom não tem P∴ de


P∴, Ir∴ G∴ do Templo?

G∴ DO TEMPLO - (levantando-se perfilado) Porque


conservamos a tradição do antigo Egito, onde o iniciado ficava
três anos sem se comunicar com o mundo profano e, caso
deixasse o Templo, a ele jamais voltaria. Daí ser desnecessária
tal P∴

VEN∴ - Por que quisestes vos tornar Maçom?

G∴ DO TEMPLO - Porque, sendo livre e de bons


costumes e estando nas trevas, ambicionava a Luz.

VEN∴ - Quem vos trouxe à Loja?

G∴ DO TEMPL∴ - Um amigo, que depois reconheci

145
como Ir∴ (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Como estáveis preparados, Ir∴ Sec∴?

SEC∴ - (De pé e à ordem) Nem nu, nem vestido.


Despojaram-me de todos os metais, emblemas dos vícios, para
lembrar-me do estado primitivo da humanidade, antes da época
da civilização.

VEN∴ - Onde fostes recebidos?

SEC∴ - Em uma Loja justa, perfeita e regular.

VEN∴ - Que é preciso para que uma Loja seja justa e


perfeita?

SEC∴ - Que três a governem, cinco a componham e


sete a completem.

VEN∴ - Que é uma Loja regular?

SEC∴ - É a que, sendo justa e perfeita, obedece a uma


Potência Maçônica regular e pratica rigorosamente todos os
princípios básicos da Maçonaria Universal. (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Como conseguistes entrar no Templo,


Ir∴ Orad∴?

ORAD∴ - (De pé e à Ordem) Por três pancadas, cuja


significação é: “Batei e sereis atendidos, pedi e recebereis,
procurai e encontrareis”.

VEN∴ - Que vos fizeram praticar?

ORAD∴ - Depois de colocado entre CCol∴, fizeram-


me praticar três viagens, para que me lembrasse das
dificuldades e das atribulações da vida; purificaram-me pelos

146
elementos e, depois, fui conduzido ao Altar dos Juramentos,
onde me fizeram ajoelhar sobre o j∴ d∴ nu. Coloquei a
m∴ d∴ sobre o L∴ da L∴, e com a m∴ e∴ segurei um c∴
aberto, cujas pontas se apoiaram em meu p∴ e∴ que também
estava nu. Nessa posição prestei meu juramento de guardar os
segredos da Ordem. (Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Que vistes ao entrar em Loja, Ir∴ Tes∴?

TES∴ - (De pé e à Ordem) Nada, Ven∴ Mestre, pois


uma espessa venda cobria meus olhos.

VEN∴ - Que vistes, quando vos concederam a Luz?

TES∴ - Achava-me no Ocidente, entre CCol∴; então


vi o Pavimento de Mosaico e o Livro da Lei sobre o Altar.
(Saúda e senta-se.)

VEN∴ - Podeis explicar-me, Ir∴ 1º Vig∴, a


interpretação de tudo o que ouviste falar?

1° VIG∴ - A venda sobre os olhos significa as trevas e


os preconceitos do mundo profano e a necessidade que tem os
homens de procurar a Luz entre os iniciados.

-O p∴ d∴ calçado com alpargata era para manifestar o


respeito por este lugar sagrado.

-O b∴ e∴ e o p∴ e∴ desnudos exprimiam que eu dava


meu braço à Instituição e o meu coração aos IIr∴

-As pontas do c∴ sobre o p∴ lembravam-me a minha


vida profana, na qual nem meus sentimentos nem meus desejos
foram regulados por esse símbolo da exatidão que, desde então,
regula meus pensamentos e minhas ações.

-O c∴ simboliza as relações do Maçom com os seus

147
IIr∴ e com os demais entes. Fixada uma de suas pontas, pode,
pelo maior ou menor afastamento das pernas, descrever
círculos sem conta, imagens de nossa Loja e da Maçonaria,
cujo extenso domínio é infinito.

-Os três pp∴, formando, cada um e a cada junção dos


pp∴, um ângulo reto, significam que a retidão é necessária a
quem deseja vencer na ciência e na virtude.

-As três viagens simbolizam a conquista de novos


conhecimentos. O número três indica os centros Pérsia, Fenícia
e Egito, onde foram primitivamente cultivadas as ciências. As
purificações feitas no decurso das viagens lembram-me que o
homem não é bastante puro para chegar ao Templo da
Filosofia.

-A idade do Ap∴ é de t∴ a∴, porque, na antigüidade,


esse era o tempo necessário a seu preparo; a idade significa,
também, o grau maçônico.

-A Pedra Bruta é o emblema do Ap∴, de tudo o que se


encontra no estado imperfeito de sua natureza. As duas
Colunas são tidas como de 18 côvados de altura, 12 de
circunferência, 12 de base e 5 nos capitéis, num total de 47,
número igual ao das constelações e dos Signos do Zodíaco ou
do mundo celeste.

-Suas dimensões estão contra todas as regras de


arquitetura, para nos mostrar que a sabedoria e o poder do
Divino Arquiteto estão além das dimensões e dos julgamentos
dos homens. São de bronze, para resistirem ao dilúvio, isto é, à
barbárie, pois o bronze é o emblema da eterna estabilidade das
leis da natureza, base da doutrina maçônica.

-São ocas, para guardar os utensílios apropriados aos


conhecimentos humanos. Enfim, as romãs são símbolos
equivalentes ao feixe de Esopo: milhares de sementes contidas

148
no mesmo fruto, num mesmo germe, numa mesma substância,
num mesmo invólucro, imagem do povo maçônico que, por
mais multiplicado que seja, constitui uma e a mesma família.
Assim, a romã é o símbolo da harmonia social, porque só com
as sementes apoiadas umas às outras é que o fruto toma sua
verdadeira forma.

-O Pavimento Mosaico, emblema da variedade do solo,


formado de pedras brancas e pretas, unidas pelo mesmo
cimento, simboliza a união de todos os Maçons do Globo,
apesar da diferença de cores, de climas e de opiniões políticas e
religiosas. É a imagem do Bem e do Mal, de que está cheio o
caminho da vida.

-A Espada Flamejante, arma simbólica, significa que a


subordinação, o vício e o crime devem ser repelidos de nossos
Templos e que a Justiça de Salomão, justiça maçônica, é pronta
e rápida, como os raios que emanam da espada, emblema
também dos mais justos e nobres sentimentos.

-O Esquadro, suspenso no Colar do Ven∴ Mestre,


significa que um chefe deve ter unicamente um sentimento, o
dos Estatutos da Ordem, e que deve agir de uma única forma,
com retidão.

-O Nível que decora o 1º Vig∴, simboliza a igualdade


social, base dos direitos humanos.

-O Prumo, trazido pelo 2º Vig∴, significa que o Maçom


deve ser reto no julgamento, sem se deixar dominar pelo
interesse ou pela afeição.

-O Nível sem o Prumo nada vale, do mesmo modo que


este sem aquele, em qualquer construção. Por isso, os dois se
completam, para mostrar que o Maçom tem o culto da
igualdade. Nivelando todos os homens e cultuando a retidão,
não se deixará pender pela amizade ou pelo interesse para

149
qualquer dos lados.

VEN∴ - Por que os AAp∴ trabalham do meio-dia à


meia-noite, Ir∴ 2º Vig∴?

2º VIG∴ - É uma homenagem a um dos primeiros


instituidores dos mistérios, Zoroastro, que reunia secretamente
seus discípulos ao meio-dia e terminava seus trabalhos à meia-
noite, por um ágape fraternal.

VEN∴ - (!) Está terminada a terceira instrução.

150
QUARTA INSTRUÇÃO

VEN∴ - Que forma tem nossa Loja, Ir∴ 1º Vig∴?

1° VIG∴ - A de um quadrilongo.

VEN∴ - Qual a sua altura?

1º VIG∴ - Da Terra ao Céu.

VEN∴ - Qual o seu cumprimento?

1° VIG∴ - Do Oriente ao Ocidente.

VEN∴ - E sua largura?

1° VIG∴ - Do Norte ao Sul.

VEN∴ - Qual a sua profundidade?

1º VIG∴ - Da superfície ao centro da Terra.

VEN∴ - Por que, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Porque a Maçonaria é universal e o Universo


é uma imensa oficina.

VEN∴ - Porque razão está nossa Loja situada do


Oriente ao Ocidente, Ir∴ 2º Vig∴?

2° VIG∴ - Porque, assim como a Luz do Sol vem do


Oriente para o Ocidente, as Luzes do evangelho da civilização
vieram do Oriente, espalhando-se depois pelo Ocidente.

VEN∴ - Em que base se apoia nossa Loja?

2º VIG∴ - Em três CCol∴: Sabedoria, Força e Beleza.

151
VEN∴ - Quem representa o pilar da Sabedoria?

2º VIG∴ - O Ven∴ Mestre, no Oriente.

VEN∴ - E os da Força e da Beleza, quem os


representa?

2° VIG∴ - O Ir∴1º Vig, no Ocidente, o da Força e o 2º


Vig∴, no Sul, o da Beleza.

VEN∴ - Por que o Ven∴ Mestre representa o pilar da


Sabedoria?

2° VIG∴ - Porque dirige os Obreiros que compõem a


Loja.

VEN∴ - Por que representais o pilar da Força, Ir∴ 1°


Vig∴?

1º VIG∴- Porque pago aos Obreiros o salário, que é a


força e manutenção da existência.

VEN∴ - E por que o Ir∴ 2º Vig∴ é o da Beleza?

1° VIG∴ - Porque faz repousar os Obreiros,


fiscalizando-os no trabalho.

VEN∴ - Por que a Loja é sustentada por três CCol∴?

1º VIG∴ - Porque a Sabedoria, a Força e a Beleza são o


complemento de tudo. Sem elas, nada é perfeito e durável.

VEN∴ - Por que, meu Ir∴?

1º VIG∴ - Porque a Sabedoria cria, a Força sustenta e a


Beleza adorna.

152
VEN∴ - Por que a Maçonaria combate a ignorância em
todas as suas formas?

1º VIG∴ - Porque a ignorância é a mãe de todos os


vícios e seu princípio é nada saber, saber mal o que se sabe e
saber outras coisas além do que se deve saber. Assim, o
ignorante não pode medir-se com o sábio, cujos princípios são
a tolerância, o amor fraternal e o respeito a si mesmo.

-Eis porque os ignorantes são grosseiros, irascíveis e


perigosos, perturbam e desmoralizam a sociedade, evitando
que os homens conheçam seus direitos e saibam, no
cumprimento de seus deveres que, mesmo com constituições
liberais, um povo ignorante é escravo. São inimigos do
progresso que, para dominar, afugentam as luzes, intensificam
as trevas e permanecem em constante combate contra a
verdade, contra o Bem e contra a Perfeição.

VEN∴ - E por que combatemos o fanatismo, Ir∴ 2°


Vig∴?

2º VIG∴ - Porque a exaltação religiosa perverte a razão


e conduz os insensatos, em nome de Deus e para honrá-lo, a
praticarem ações condenáveis. É um afastamento da moral,
uma moléstia mental, desgraçadamente contagiosa, que,
implantada em seu país, toma foros de princípio, em cujo
nome, nos execráveis autos de fé, fizeram perecer milhares de
indivíduos úteis à sociedade.

-A superstição é um falso culto, mal compreendido,


repleto de mentiras, contrário à razão e às sãs idéias que se
deve fazer de Deus, é a religião dos ignorantes, das almas
timoratas. Fanatismo e superstição são os maiores inimigos da
religião e da felicidade dos povos.

VEN∴ - Para nos fortalecermos nos combates, que


devemos manter contra esses inimigos, qual o laço sagrado que

153
nos une?

2° VIG∴ - A solidariedade, Ven∴ Mestre.

VEN∴ - Será por isso que, comumente, se diz que a


Maçonaria proporciona a seus adeptos vantagens morais e
materiais?

2° VIG∴ - Essa afirmação não corresponde à verdade.


O proveito material, com interesse unicamente individual, não
entra nas cogitações dos verdadeiros Maçons e as vantagens
morais resumem-se no adquirir a firmeza de caráter, como
conseqüência natural da nítida compreensão dos deveres
sociais e dos altos ideais da Ordem.

VEN∴ - Como podeis fazer tal afirmação, se todos


dizem que a solidariedade maçônica consiste no amparo
incondicional de uns aos outros maçons, quaisquer que sejam
as circunstâncias?

2º VIG∴ - É a mais funesta interpretação que se tem


dado a esse sentimento nobre, que fortalece os laços da
fraternidade maçônica. O amparo moral e material que,
individual e coletivamente, devemos aos nossos IIr∴, não vai
até o dever de proteger aos que, conhecedores de suas
responsabilidades sociais, desviam-se do caminho da moral e
da honra.

VEN∴ - Que solidariedade, então, é a que deve existir


entre nós, Ir∴ 1º Vig∴?

1º VIG∴ - É a solidariedade mais pura e fraternal, mas


somente para os que praticam o bem e sofrem os espinhos da
vida, para os que, nos trabalhos lícitos e honrados, são felizes,
para os que, embora rodeados de fortuna, sentem na alma os
amargores da desgraça. Enfim, a solidariedade maçônica está
onde estiver uma causa justa.

154
VEN∴ - Não jurastes, então, defender e socorrer vossos
IIr∴?

1º VIG∴ - Jurei, sim, Ven∴ Mestre e, sempre que


posso, correspondo a esse juramento. Quando, porém, um Ir∴
esquecido dos princípios e dos ensinamentos maçônicos
desvia-se da moral que nos fortifica, para se tornar mau
cidadão, mau esposo, mau pai, mau filho, mau irmão, mau
amigo, quando cego pela ambição ou pelo ódio, pratica atos
que consideramos indignos de um Maçom, ele, e não nós,
rompeu a solidariedade que nos unia e que não mais poderá
existir, porque, se assim a praticássemos, seria pactuarmos com
ações de que a simples conivência Moral nos degradaria, por
isso o Maçom que assim procede, deixou de ser Ir∴, perdeu
todos os direitos ao nosso auxílio material e, principalmente, ao
nosso amparo moral.

VEN∴ - Não deveis, porém, dar preferência, na vida


pública, a um Ir∴ da Ordem sobre um profano?

1º VIG∴ - Em igualdade de circunstâncias, é meu dever


preferir um Ir∴ sempre que, para fazê-lo, não cometa uma
injustiça que fira minha consciência. Os ensinamentos de nossa
Ordem obrigam-nos a proteger um Ir∴ em tudo o que for justo
e honesto. Não será justo nem honesto proteger o menos digno,
mesmo que seja Ir∴, preterindo os mais sagrados direitos do
mérito e do valor moral e intelectual.

VEN∴ - Então, sistematicamente, não favoreceis a um


Irmão?

1° VIG∴ - Sem boas e justas razões, não. Nossa Ordem


nos ensina a amar a Pátria e, portanto, a sermos bons cidadãos.
Não o seríamos, nem nos poderíamos julgar merecedores desse
nobre título e da confiança de nossos Irmãos, se ao bem
público antepuséssemos os interesses de uma pessoa menos

155
apta ou menos digna de trabalhar pelos interesses da Sociedade
e da Pátria.

VEN∴ - Como, então, a voz pública acusa os Maçons


de progredirem no mundo profano, graças ao nosso sistema de
recíproca proteção?

1º VIG∴ - São afirmações dos que, não conhecendo a


razão das coisas, julgam incondicional nossa solidariedade. Se
há Maçons que galgam posições elevadas e de grandes
responsabilidades sociais, a razão se oculta no seguinte: nossa
Ordem não acolhe profano sem, antes, examinar-lhe a sua
inteligência, o caráter e a sua probidade. Assim, é natural que
de nossa Ordem, cuidadosamente selecionada, surjam cidadãos
que se destaquem por suas qualidades pessoais, tornando-se,
dignos de serem aproveitados na conquista do progresso e da
felicidade do povo.

VEN∴ - Concluís, então, que em nossa Ordem não


surjam, às vezes, desonestos?

1° VIG∴ - Nada é perfeito ainda no mundo. Não deixo


de reconhecer que, muitas vezes, temos nos enganado na
escolha de alguns elementos, apesar do rigor de nossas
sindicâncias. Assim, infelizmente, maus elementos, com o
único fito de tirar proveito pessoal de nossa associação, têm-se
infiltrado em seu seio. Alguns, pela natural influência da vida e
da prática maçônica, regeneram-se e transformam-se em bons e
proveitosos obreiros. Para os que são insensíveis à ação de
nossa moral e de nossos princípios, nossa Lei nos fornece
meios seguros e prontos de separarmos o joio do trigo, o que
devemos fazer sem temor nem vacilação. Só assim
fortificaremos nossas Colunas pela exclusão dos elementos
refratários aos ensinamentos austeros e elevados dos princípios
maçônicos.

VEN∴ - Em que consiste, então, nossa fraternidade?

156
1º VIG∴ - Em educarmo-nos, instruirmo-nos,
corrigindo nossos defeitos e sendo tolerantes para com as
crenças religiosas e políticas de cada um. A nossa fraternidade
nos ensina a dar e não pedir sem justa necessidade.

VEN∴ - Sob o influxo dessas doutrinas, continuemos,


meus IIr∴, nosso trabalho, para maior glória, honra e
esplendor de nossa Ordem.

157
QUINTA INSTRUÇÃO

VEN∴ - Meus IIr∴, vamos dar a última instrução do


grau de Aprendiz. Depois de conhecido o Painel da Loja, isto é,
a forma por que deve proceder para galgar os degraus da
escada que há de, futuramente, transportá-lo do plano físico ao
plano espiritual, o Aprendiz recebeu outras instruções, que o
puseram a par dos símbolos e emblemas concernentes ao seu
grau.

-Nesta quinta instrução, completará os conhecimentos


de que necessita para avançar na trilha que encetou, ficando de
posse do conhecimento da simbologia dos quatro primeiros
números, 1, 2, 3 e 4, pelo qual verá como esses números, além
do valor intrínseco, representam verdades misteriosas e
profundas, ligadas intimamente à própria simbologia das
alegorias e emblemas que, em nossos Templos, patenteiam-se à
sua vista.

VEN∴ - Τendes a palavra, Ir∴ Orador.

ORAD∴ - De certo já tendes reparado, meu Ir∴, na


coincidência que apresentam a Bateria, a Marcha e a Idade do
Aprendiz. Todas encerram o número três: três pancadas para a
bateria, três passos para a marcha e três anos para a idade.
Como vedes, o número 3 é primordial no grau de Aprendiz e se
este quiser realmente estar em condições de passar a
Companheiro, deve estudar cuidadosamente as propriedades
desse número, seja nas obras de Pitágoras, na Cabala numérica,
ou, ainda, nas obras de arquitetura e arqueologia iniciáticas de
Vitrúvio, Ramée e outros.

-É de toda conveniência que o Maçom especulativo não


se desinteresse dessa parte do ensino iniciático, principalmente
se tiver o legítimo desejo de compreender qualquer coisa da
arquitetura da Idade Média e da Antigüidade e, em geral, das
grandes obras concebidas e executadas pelas Ordens de

158
Companheiros-Construtores.

-O emprego dos números, sobretudo de alguns números,


em todos os monumentos conhecidos, é muito freqüente para
que se creia que só o acaso os tenha produzido. E, nisso, a
História vem em nosso auxílio. Todos os povos da Antigüidade
fizeram uso emblemático e simbólico dos números e das
fórmulas e, em geral, do número e da medida.

-A obra moderna de um sábio francês, o Abade


Moreaux, “CIÊNCIA MISTERIOSA DOS FARAÓS” no-lo
constata de um modo absoluto, provando à evidência que as
dimensões, orientação e forma das Pirâmides obedeceram a
razões poderosíssimas, pois que encerram, além de outras
verdades (provavelmente ainda não encontradas), a direção do
meridiano Terrestre, o valor entre a circunferência e seu raio, a
medida de peso racional (a libra inglesa), etc., e até a distância
aproximada da Terra ao Sol.

-Todos os povos da Antigüidade tiveram um sistema


numérico, ligado intimamente à sua religião e ao seu culto. E
este fato é o resultado da idéia que então se fazia do mundo,
idéia segundo a qual a matéria é inseparável do espírito, do
qual exprime a imagem e a revelação.

-Enquanto a matéria for necessária à forma e à


dimensão, enquanto o mundo for uma soma de dimensões,
existirá o número e cada coisa terá seu número, do mesmo
modo que sua forma e dimensões.

-Há, entretanto, números que parecem predominar na


estrutura do mundo, no tempo e no espaço, e que formam, mais
ou menos, a base fundamental de todos os fenômenos da
natureza.

-Esses números foram tidos sempre como sagrados


pelos antigos, como representando a expressão da ordem e da

159
inteligência das coisas, exprimindo, mesmo, a própria
Divindade.

-Com efeito, se supusermos que as coisas materiais são


apenas um invólucro que cobre o invisível, o imaterial, se as
considerarmos somente como símbolos dessa imaterialidade,
com mais forte razão os números, concepção puramente
abstrata, poderão ser considerados sagrados, pois que eles
representam, até certo ponto, a expressão mais imediata das
Leis Divinas - que são as Leis Naturais -, compreendidas e
estudadas neste Mundo.

-Vê-se, pois, que os números se prestam facilmente a


tornarem-se símbolos, figuras das idéias simples e de suas
relações. E toda a doutrina das relações Morais e de ligação
indestrutível com o mundo material, isto é, a filosofia foi
sempre exposta por um sistema numérico e representada por
números.

-A China, a Índia e a Grécia, mesmo antes de Pitágoras,


conheceram e empregaram a “Ciência dos Números”, e seu
simbolismo é, em grande parte, baseado nessa ciência.

-O número um, a unidade, é o principio dos números,


mas a unidade só existe pelos outros números. Todos os
sistemas religiosos orientais começaram por um ser primitivo.
Conquanto esta abstração não tenha, positivamente, uma
existência real, tem, contudo, um lado positivo, que o torna
suscetível de uma existência definida. É o que os antigos
denominavam PORTHOS, isto é, o desejo ou ação de sair do
absoluto, a fim de entrar no real (para nós quer dizer:
concreto).

-Nos sistemas panteístas, nos quais a divindade é


confundida, como unidade, com o todo, ela tem o nome de
unidade.

160
-A unidade só é compreendida por efeito do número
dois, sem o qual ela torna-se idêntica ao todo, isto é, identifica-
se com o próprio número.

-A natureza do número dois, em sua relação com a


unidade, representa a divisão, a diferença.

O NÚMERO DOIS

-O número dois é o número terrível, o número fatídico.

-É o símbolo dos contrários e, por conseqüência, da


dúvida, do desequilíbrio e da contradição.

-Para mostrar isso, tomemos o exemplo concreto de


uma das sete ciências maçônicas: a Aritmética.

2+2=2x2

-Até na Matemática o número dois produz confusão,


pois ao vermos o número quatro, ficamos na dúvida se é o
resultado da combinação de dois números dois pela soma ou
pela multiplicação, o que não se dá, em absoluto, com outro
qualquer número.

-Ele representa: o Bem e o Mal, a Verdade e a


Falsidade, a Luz e as Trevas, a Inércia e o Movimento, enfim,
todos os princípios antagônicos, adversos.

-Por isto, representava, na antigüidade, o “inimigo”,


símbolo da dúvida, quando nos assalta o espírito.

-O Aprendiz não deve se aprofundar no estudo deste


número, porque, fraco ainda no cabedal científico de nossas
tradições, pode enveredar pelo caminho oposto ao que deveria
seguir.

-Esta é, ainda, uma das razões pela qual o Aprendiz é

161
guiado em seus trabalhos iniciáticos, pois sua passagem pelo
número dois, duvidoso, traiçoeiro e fatídico, pode arrastá-lo ao
abismo da dúvida, do qual só sairá se o forem buscar.

O NÚMERO TRÊS

-A diferença, o desequilíbrio, o antagonismo que


existem no número dois cessam, repentinamente, quando se lhe
ajunta uma TERCEIRA UNIDADE. A instabilidade da divisão
ou da diferença, aniquilada pelo acréscimo de uma terceira
unidade, faz com que, simbolicamente, o número TRÊS se
converta, também, em unidade.

-Porém, a nova unidade não é uma unidade vaga,


indeterminada, na qual não houve intervenção alguma, não é
uma unidade idêntica com o próprio número, como acontece
com a unidade primitiva, é uma unidade que absorveu e
eliminou a unidade primitiva, verdadeira, definida e perfeita.
Foi assim que se formou o número três, que se tornou a
unidade da Vida, do que existe por si próprio, do que é
perfeito.

-Eis porque o Neófito vê no Oriente o Delta Sagrado,


luminoso emblema do ”Ser” ou da ”Vida”, no centro do qual
brilha a letra IOD, inicial do Tetragrama IEVE.

-Ramée, assim explica: “O Triângulo, entre as


superfícies, é a forma que corresponde ao número três, e tem a
mesma significação deste”. Assim como o número três é o
primeiro número completo da série numérica, do mesmo modo
o triângulo o é entre todas as formas. Porque o ponto e a linha
são, por si sós, imperfeitos, sendo necessárias três dimensões
para que um objeto tenha forma, esteja completo.

-O triângulo, conquanto composto de três linhas e três


ângulos, forma um todo completo e indivisível.

162
-Todos os outros polígonos se subdividem em
triângulos, e são compostos de triângulos. Estes são, pois, o
tipo primitivo que serve de base à construção de todas as outras
superfícies. E é por esta razão que a figura do triângulo é o
símbolo da existência da divindade, bem como de sua
”potência produtora” ou da Evolução.

-Quando o novo iniciado abre os lhos à Luz da Verdade,


ele nada encontra, no Templo, que se relacione,
simbolicamente, com o número Um. Isto é natural, porque para
facilitar o estudo dos números, a Maçonaria faz uso de
emblemas para atrair a atenção sobre suas propriedades
essenciais.

-E assim deve ser, porque nada do que é sensível pode


ser admitido a representar a Unidade. Com efeito, nós só
percebemos fora e em volta de nós diversidade e
multiplicidade. Nada é simples na Natureza, tudo é complexo.
No entanto, se a Unidade não nos aparece naquilo que nos é
exterior, parece, pelo contrário, residir em nosso íntimo.

-Todo o ser pensante tem a convicção, o sentimento


inato de que é UM.

-Esta unidade, que está em nós, se manifesta, por sua


vez, na nossa maneira de pensar, agir e sentir.

-Nossas idéias, levadas ao pensamento de um “todo


harmônico”, fazem nascer em nós a noção do “Verdadeiro”. E,
em dúvida, este é o mais precioso talismã que pode possuir o
iniciado, quando condensa seu ideal no Justo, no Belo e no
Verdadeiro, simbolizado no candelabro de três luzes que ele vê
sobre o Altar do Venerável, ideal que é o pólo único para o
qual tendem todas as aspirações humanas.

-Rameé, O. Wirth diz que o binário é o símbolo dos


contrários, da divisão e recomenda que não deva o Neófito

163
estacionar no número dois, pois que se condenaria à luta estéril,
à oposição cega, à contradição sistemática; ficaria, em suma,
escravo desse princípio de divisão, que a Antigüidade
simbolizou e estigmatizou sob o nome de ”inimigo”
(Agramaniu, Cheitan, Satan, Mara, e outros).

-Foi então necessário proceder à conciliação dos


antagonismos, “condensando no Ternário o Binário e a
Unidade”.

-Três é o número da Luz (Fogo, Chama e Calor).

-Três são os pontos que o Neófito deve se orgulhar de


apor ao seu nome, pois esses três pontos, como o Delta
Luminoso e Sagrado, são um dos nossos emblemas mais
respeitáveis.

-Eles representam todos os ternários conhecidos e,


especialmente, as três qualidades indispensáveis ao Maçom:

-Estas qualidades são absolutamente inseparáveis umas


das outras e devem existir, em perfeito equilíbrio, no candidato
à Iniciação, para que ele possa ter a iniciação real, vivida e não
emblemática.

-Senão vejamos:

-Experimentemos, por um instante, separar estas


qualidades umas das outras, e veremos sempre que elas
164
caracterizarão o desequilíbrio.

-Suponhamos um ser dotado unicamente de vontade, de


energia, porém sem o menor sentimento afetuoso e desprovido
de inteligência, e teremos um verdadeiro bruto.

-Dotemos agora alguém de inteligência e arranquemo-lo


a vontade e a sabedoria, que é a expressão do amor; teremos o
pior dos egoístas e dos inúteis; um terreno onde a “boa
semente” não germinará, onde as ervas daninhas em breve o
inutilizarão.

-Demos, finalmente, ao homem unicamente o amor


(sabedoria), sem sombra de Vontade e de Inteligência.
Veremos que sua bondade será inútil, suas melhores aspirações
serão condenadas à esterilidade, porque não são postas em ação
por uma Vontade forte, agindo sob o controle da Razão.

-Tomemos, agora, por pares estas virtudes.

-Dotemos, ao mesmo tempo, uma criatura de Vontade e


de Inteligência, mas sem sentimento afetuoso para com seus
semelhantes. Esse homem poderá ser um gênio, mas, será
também, muito provavelmente, um monstro de egoísmo e,
como tal, condenado a desaparecer.

-Suponhamos, agora, um ser dotado de Coração e de


Inteligência, mas sem vontade, sem energia. Teremos uma
criatura mole, de caráter passivo, que certamente não fará mal a
ninguém, que terá mesmo belas aspirações, um elevado ideal,
mas jamais chegará a realizá-lo, por falta de energia. Em suma,
um inútil.

-A energia unida ao amor daria melhor resultado, porém


a falta da inteligência impedirá sempre o homem bom e ativo
de fazer obra verdadeiramente útil, porque o discernimento,
função da inteligência, lhe faltará. E ele não poderá aplicar suas

165
belas qualidades, correndo mesmo o perigo, sob a direção de
um mau intelecto, de se tornar um servidor das forças do mal,
por falta de discernimento.

- Vede, pois, meu Ir∴ Aprendiz, que todo o Maçom que


quiser ser digno deste nome deve cultivar igualmente essas três
qualidades, representadas pelos três pontos (∴) que apõe a seu
nome.

-O Ternário pode ainda ser estudado sob múltiplos


pontos de vista, dos quais citaremos apenas os principais, que
são:

• Do tempo: Passado, Presente, Futuro.

• Do movimento diurno do sol: Nascer, Zênite,


Ocaso.

• Da vida: Nascimento, Existência e Morte;


Mocidade, Maturidade e Velhice.

• Da família: Pai, Mãe e Filho.

• Da Constituição do Ser: Espírito, Alma e Corpo.

• Do Hermetismo: Archeu, Azoth e Hylo.

• Da Gnose: Princípio, Verbo e Substância.

• Da Cabala Hebráica, da qual são tiradas as


PP∴SS∴e de P∴ da Maçonaria: Keter (Coroa), HoKma
(Sabedoria) e Binah (lnteligência).

• Da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.

• Da Trimurti Hindu: Brahma, Vishnu e Shiva;


Sat, Chit e Ananda.

166
• Dos “Três Gounas”, ou qualidades inerentes à
Substância Eterna (Maia), na Índia: Tamas (Inércia),
Rajas (Movimento) e Satva (Harmonia).

• Do Budismo: Buda (Iluminado), Dharma (Lei) e


Sanga (Assembléia de Fiéis).

• Do Egito: Osiris, Ísis e Hórus; Ammon, Mouth e


Khons.

• Do Sol, no Egito: Hórus (nascer), Rá (Zênite) e


Osíris (Ocaso)

• Da Caldéia: Ulomus (Luz), Olosurus (Fogo) e


Éliun (Chama).

-E ainda muitos outros ternários, cuja explicação


se afastaria dos moldes desta instrução.

- Em toda a parte se encontra, pois, o número três, o


Ternário, do qual o Delta Sagrado é o mais luminoso e, talvez,
o mais puro emblema.

-Nas Lojas Maçônicas, o Ternário é ainda simbolizado


pelos três Pilares:

SABEDORIA - FORÇA – BELEZA

-Estes Pilares representam as Três Grandes Luzes


colocadas sobre o Painel da Loja: a primeira no Oriente, a
segunda no Ocidente e a terceira no Sul, de acordo com a
orientação das “Três Portas” do Templo de Salomão.

O NÚMERO QUATRO

-No centro do Delta Sagrado está a letra IOD, inicial do


Tetragrama (4 letras) IEVE, símbolo da Grande Evolução, ou
“do que foi”, “do que é” e “do que será”.
167
-O Tetragrama IOD ─ HE ─ VAU ─ HE, apesar de se
compor de quatro letras, tem somente três diferentes (IOD ─
HE ─ VAU), para simbolizar as três dimensões dos corpos:
comprimento, largura e altura ou profundidade.

-A letra VAU, cujo valor numérico é 6, indica as 6 faces


dos corpos.

-O Tetragrama, com suas quatro letras, tem afinidade


com a Unidade, pois 4 e 1 são quadrados perfeitos, porém só
tem três letras diferentes, para indicar que, a partir de 3, os
números entram numa nova fase.

-Finalmente, o Tetragrama lembra ao Aprendiz que ele


passou pelas quatro provas dos Elementos - TERRA, AR,
ÁGUA e FOGO. Colocado a Nordeste da Loja, o Aprendiz vai
começar estas quatro provas, no caminho para o 2º grau.
Porém, desta vez, tendo recebido a Luz e podendo caminhar só
no Templo, embora ainda auxiliado pelos conselhos dos IIr∴ e
pela experiência dos Mestres. Enfim, responsável por si
mesmo, seus pensamentos, suas palavras e seus atos devem
sempre demonstrar que tem consciência do juramento que
prestou ao ingressar no Templo do Ideal, cujo serviço aceitou
livremente, sem constrangimento nem restrição de espécie
alguma.

VEN∴ - Irmão Aprendiz, estudai e meditai


profundamente sobre esta instrução. Ela vos abrirá os olhos
para os problemas mais transcendentes, cujo estudo ainda não
vos é permitido, mas que se apresentarão, de certo, ao vosso
espírito, fortificado e esclarecido com a simbologia dos
números.

- (!) Repousemos, meus Irmãos.

168
1. (Ministradas as cinco instruções em sessões
intercaladas e em tempo não inferior a um ano, para ser
solicitado o aumento de salário, o Apr∴deve ser
avaliado pelo questionário a acima ao qual responderá,
de entre colunas, de forma decorada).

2. O candid∴ deverá dispor de pelo menos uma semana


para estudar o questionário, sem reproduzi-lo por
nenhuma forma ou meio. Responderá de forma
decorada e entendida, estando entre as Colunas B e J.
3. A aprovação se dará mediante pelo menos 70% das
respostas corretas (mínimo de 22 acertos). É de
fundamental importância que o candid∴entenda as
perguntas e não apenas a decore.

BANQUETE
Os banquetes se realizarão, sempre, no grau de
Aprendiz, para que todos os membros da Loja possam
compartilhar. A sala em que se realizar deve ficar ao abrigo de
visitas profanas.
A mesa, sempre que possível, será única em forma de
ferradura, com a face interna livre, por onde se fará o serviço.
Os Irmãos sentar-se-ão pelo lado externo, ficando o Venerável
Mestre no centro, o 1º Vigilante na extremidade do norte e o 2º
Vigilante na do sul. À direita e à esquerda do Venerável Mestre
ficam os convidados. O Orador senta-se ao sul, depois do 2°
Vigilante. O Secretário senta-se ao norte, logo depois do 1º
Vigilante. O Mestre de Cerimônias, para maior regularidade e
ordem, fica à direita do 1º Vigilante, na face interna da mesa.
Os demais Oficiais e Irmãos não tem lugares fixos.
Se o Grão-Mestre estiver presente, ocupará o lugar
principal, ficando o Venerável Mestre à sua esquerda. Os
demais membros da Administração da Grande Loja ocuparão,
também, lugares à cabeceira.

169
Se a mesa não comportar a todos na face externa, os
presentes poderão sentar-se no lado interno, equitativamente
distribuídos a partir dos Vigilantes.
Ninguém deve sentar-se sem que o Grão-Mestre ou o
Venerável Mestre tome a iniciativa, nem levantar-se para sair
sem que seja o banquete declarado encerrado.
Todos os objetos de mesa deverão ser colocados em
filas equidistantes e paralelas. A primeira, de pratos e talheres;
a segunda, de copos e taças; a terceira, de garrafas; e a quarta,
de flores, enfeites, etc.
Em todos os banquetes há brindes obrigatórios, sendo o
primeiro feito pelo Venerável Mestre, ou outra autoridade
maçônica que lhe tenha substituído, a cujo critério fica o início
do brindes. Os brindes são anunciados pelo Mestre de
Cerimônias, após um golpe de malhete dado pelo Venerável
Mestre. Durante os brindes cessam as mastigações. Os brindes
obedecerão à seguinte ordem:
1°- Ao Chefe da Nação e ao Governo, pelo Venerável
Mestre.
2º - À Grande Loja Maçônica de..... e ao seu Grão-
Mestre, por um Irmão.
3° - À Loja e ao seu Venerável Mestre, por um Irmão.
4° - Aos 1º e 2° Vigilantes, por um Irmão.
5° - Aos Irmãos visitantes e às Lojas da Obediência,
pelo Orador.
6° - Aos Oficiais e demais Irmãos da Loja, por um
Irmão.

7º - Aos Irmãos infelizes e sofredores espalhados pela


superfície da Terra, pelo Irmão mais moderno do Quadro.

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Se houver algum brinde especial, este será feito logo
depois do segundo.

Os brindes poderão ser feitos espaçadamente um do


outro, ou, então, seguidos, sem intercalação, visando-se ao
maior conforto dos participantes.

O anúncio do brinde será feito pelo Mestre de


Cerimônias, conforme segue:

“O Irmão F... vai levantar um brinde em honra a...”.

O último brinde, porém, será anunciado com toda


a formalidade pelo Venerável Mestre e Vigilantes, devendo,
durante o ato, reinar o mais absoluto silêncio. O irmão que o
fizer falará por detrás da cadeira do Venerável Mestre.
Terminada esta Oração, findará o Banquete em absoluto
silêncio.

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