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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS E MEIO AMBIENTE

MILENE DA CRUZ SANTANA

OCORRÊNCIA E POTENCIAL FITORREMEDIADOR DE


ESPÉCIES VEGETAIS PROVENIENTES DO ENTORNO DE
BARRAGEM DE REJEITO DE COBRE

MARABÁ, PA

2014
MILENE DA CRUZ SANTANA

OCORRÊNCIA E POTENCIAL FITORREMEDIADOR DE


ESPÉCIES VEGETAIS PROVENIENTES DO ENTORNO DE
BARRAGEM DE REJEITO DE COBRE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de
Engenharia de Minas e Meio
Ambiente da Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará –
Unifesspa, em cumprimento às
exigências para obtenção do grau de
Bacharel em Engenharia de Minas.

Orientador: Prof. M.Sc. Fernando


Kidelmar Dantas de Oliveira.

Co-orientador: Prof. Dr. Sebastião da


Cruz Silva.

MARABÁ, PA

2014
MILENE DA CRUZ SANTANA

OCORRÊNCIA E POTENCIAL FITORREMEDIADOR DE


ESPÉCIES VEGETAIS PROVENIENTES DO ENTORNO DE
BARRAGEM DE REJEITO DE COBRE

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade de
Engenharia de Minas e Meio
Ambiente da Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará –
Unifesspa, em cumprimento às
exigências para obtenção do grau de
Bacharel em Engenharia de Minas.

Data de aprovação: ____/____/____

Conceito: ____________

Banca examinadora:

_________________________________________

Prof. Fernando Kidelmar Dantas de Oliveira – Orientador


M.Sc. – Unifesspa

_________________________________________

Prof. Sebastião da Cruz Silva – Membro I


Dr. - Unifesspa

_________________________________________

Tobias Carvalho Machado de Andrade – Membro II


Engenheiro – Empresa Vale S.A.
Primeiramente a Deus, pela força e determinação.

A minha Mãe Leonor, pelo amor, carinho e por ter me inspirado por todos os
anos de minha vida, pois sem ela não teria chegado tão longe.

DEDICO
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus por me fortalecer, ter tornado minha


caminhada mais suave e por não ter permitido que eu fraquejasse diante das
dificuldades.

À minha amada Mãe, dona Leonor que sempre foi meu espelho e a outra
metade de mim. A você só tenho a agradecer por tudo que sou, pelo que
conquistei e por tudo que ainda vou conquistar. Essa vitória é toda dedicada a
você. Amo-te.

Ao meu irmão, Marlon por ter me apoiado e compreendido quando mais


precisei.

Ao professor Fernando Kidelmar Dantas de Oliveira pela paciência, dedicação,


profissionalismo e também pelos puxões de orelha. O Senhor me ensinou que
tudo nessa vida pode ser possível, desde que a gente corra atrás.

Ao professor Sebastião Silva pela dedicação, paciência, confiança, incentivo e


exemplo de profissional.

Aos meus dois grandes amigos que hoje considero irmãos Ana Luiza Coelho
Braga e Anderson Pontes Chaves de Lima, obrigado pelo carinho,
cumplicidade e amor. Sempre levarei vocês em meu coração.

Aos queridos colegas Ovídio Albino, Paulo Sérgio, Jesiele Tavares, Fabiano
Tembé e Kássio Silva por terem me ajudado no desenvolvimento do trabalho e,
pelos momentos de descontração.

À Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, pela oportunidade de estudo


e conclusão desta graduação.
Aos professores da Universidade que contribuíram não somente com minha
vida acadêmica, mas também com minha vida profissional e pessoal.

Aos colegas Andréia, Cassiane, Francelina, Jéssica, Luciana, Lucas, Mayara,


Michael, Rita, Valdirene, Viviane, agradeço por vocês fazerem parte da minha
vida durante essa caminhada.

À Vale pela colaboração com a realização dessa pesquisa e, aos profissionais


Marlon Souza, Geovan Olavo e Anderson Miranda que sempre se dispuseram
a nos ajudar.

A FAP’s pela bolsa de estudo concedida.

E a todos aqueles que direta ou indiretamente ajudaram na realização deste


trabalho.
“Tudo o que acontece com a Terra, acontece com os filhos e filhas
da Terra. O homem não tece a teia da vida; ele é apenas um fio.
Tudo que se faz à teia, ele faz a si mesmo.”

Ted Perry
RESUMO

A evolução da sociedade e as suas necessidades fazem com que o homem


avance de maneira veloz sobre o ambiente natural, o que por muitas vezes
geram danos que podem ser irreversíveis devido ao desequilíbrio que causam
ao meio. Entre as atividades antrópicas geradoras de grandes impactos
podemos citar a atividade de mineração, uma vez que para a sua realização,
se faz necessário a retirada de grandes quantidades de cobertura vegetal e
solo, além do que também é geradora de contaminação por metais pesados
devido a grande quantidade de estéril e rejeito provenientes do seu processo
de beneficiamento . A avaliação dos impactos ambientais contribui
significativamente para o desenvolvimento de medidas que venham amenizar
tais problemas, onde temos como uma dessas medidas a técnica de
fitorremediação, que é a capacidade que as plantas apresentam em absorver
os metais pesados do solo descontaminando-os. Com isso, através da
avaliação de espécies vegetais coletadas ao redor da barragem de rejeitos da
Mina do Sossego, buscou-se detectar seu potencial fitorremediador. Dentre as
espécies presentes no ambiente, as coletadas para a realização do estudo
foram: aninga (Montrichardia linifera), braquiarão (Brachiaria brizantha),
embaúba (Cecropia pachystachya), guizo de Cascavel (Crotalaria incana L.),
mamona (Ricinus comunnis L.), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), taboa (Typha
domingensis), tiririca (Cyperus rotundus L.). Além das espécies vegetais,
também foram coletadas amostras de solo, e água para realização de análises
físicas, físico-químicas e químicas, objetivando através de um conjunto de
dados obter informações sobre a quantidade de metais presentes naquele solo
e água, e verificar o quanto as espécies ali presentes conseguiram absorver
dos mesmos.

Palavras-chave: Impacto ambiental, Contaminação do solo, Metal pesado,


Fitorremediação.
ABSTRACT

The society evolution and its needs make the man go way to fast on the natural
environment, which often generate damage that may be irreversible due to the
imbalance causing to the middle. Between human activities generating large
impacts we can quote mining activity, since for its realization, the removal of
large amounts of plant and soil cover is needed beyond what is also generating
heavy metal contamination due to the large amount of tailings and waste from
your process improvement. The environmental impact assessment contributes
significantly to the development of measures that may alleviate such problems,
where we have these measures as a technique of phytoremediation, which is
the ability that the plants have to absorb heavy metals from the soil
decontaminating them. Thus, by evaluating plant species collected around the
tailings dam Sossego mine, we sought to detect their phytoremediation
potential. Among the species present in the environment, collected for the study
were: aninga (Montrichardia linifera), branquiarão (Brachiaria brizantha),
embaúba (Cecropia pachystachya), guizo de Cascavel (Crotalaria incana L.),
mamona (Ricinus comunnis L.), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), taboa (Typha
domingensis), tiririca (Cyperus rotundus L.). In addition to the plant species,
were also collected soil samples and water to perform physical-chemical and
chemical physical analysis through an objective dataset information on the
amount of metals present in that soil and water, and check how the species
present there managed to absorb them.

Keywords: Environmental impact, Soil contamination, Heavy Metal,


phytoremediation.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Cidade de Norilsk, Rússia................................................................20

Figura 2 – Localização da Província Mineral de Carajás no Cráton


Amazônico.........................................................................................................28

Figura 3 – Mapa geológico simplificado do segmento Norte da Província


Mineral de Carajás.............................................. ..............................................30

Figura 4 – Perfil esquemático mostrando a distribuição das zonas de alteração


hidrotermal nos corpos Sequeirinho e Sossego................................................33

Figura 5 – Guizo de cascavel (Crotalaria incana L.).........................................46

Figura 6 – Pata-de-vaca (Bauhinia forficata)....................................................47

Figura 7 – Braquiarão (Brachiaria brizantha)....................................................48

Figura 8 – Aninga (Montrichardia linifera).........................................................49

Figura 9 – Taboa (Typha domingensis)............................................................50

Figura 10 – Mamona (Ricinus comunnis L.).....................................................51

Figura11 – Embaúba (Cecropia pachystachya)................................................53

Figura 12 – Tiririca (Cyperus rotundus L.)........................................................54

Figura 13 – Mapa do Estado do Pará indicando o município onde foi realizada


a coleta das amostras........................................................................................55

Figura 14 – Coleta das amostras de solo utilizando o trado holandês.............58

Figura 15 – Amostras de solo secando a sombra em temperatura ambiente..60

Figura 16 – Lavagem das amostras de vegetais..............................................61

Figura 17 – Moinho de facas utilizado na moagem do material vegetal...........61

Figura 18 – Etapas do ensaio de densidade por picnometria: amostra de solo


(A); picnômetro vazio (A1); picnômetro com amostra (A2); picnômetro com
amostra e água (A3); picnômetro com água (A4)...............................................62

Figura 19 – Agitador mecânico utilizado na análise granulométrica do solo....64


Figura 20 – Coleta da água e realização da análise de pH e condutividade
elétrica...............................................................................................................64

Figura 21 – Análise do solo para pH e condutividade elétrica..........................65

Figura 22 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 1, 2 e 3, e


diferentes profundidades para coleta de solo....................................................68

Figura 23 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 4, 5, e 6, e


diferentes profundidades para coleta de solo....................................................68

Figura 24 – Condutividade elétrica (CE) analisada nos perfis 1, 2 e 3, e


diferentes profundidades para coleta de solo....................................................69

Figura 25 – Condutividade elétrica (CE) analisada nos perfis 4, 5 e 6, e


diferentes profundidades para coleta de solo....................................................69

Figura 26 – Valores de pH da água coletada na barragem de rejeito..............76

Figura 27 – Valores de condutividade elétrica da água coletada na barragem


de rejeito............................................................................................................77
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................14

2 REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................15

2.1 DISTRIBUIÇÃO DO COBRE NO AMBIENTE E PROBLEMAS AMBIENTAIS

...........................................................................................................................16

2.2 CONTAMINAÇÃO POR COBRE NO MUNDO............................................18

2.3 CONTAMINAÇÃO POR COBRE NO BRASIL E NO PARÁ........................21

2.4 O COBRE EM SOLOS E SEDIMENTOS....................................................23

2.4.1 Cobre, Matéria Orgânica, Plantas e Microrganismos..........................25

2.5 GEOLOGIA DAS ÁREAS EM ESTUDO......................................................28

2.5.1 Contexto Geológico Regional................................................................29

2.5.2 Geologia Local........................................................................................33

2.6 ESPÉCIES E NUTRIÇÃO VEGETAL..........................................................35

2.6.1 Acúmulo de Biomassa...........................................................................37

2.6.2 Extração e Exportação de Nutrientes...................................................38

2.6.2.1 Macronutrientes...................................................................................39

2.6.2.2 Micronutrientes....................................................................................42

2.6.2.3 Elementos Essenciais.........................................................................43

2.7 ESPÉCIES ESTUDADAS............................................................................45

2.7.1 Crotalaria incana L..................................................................................45

2.7.2 Bauhinia forficata....................................................................................47

2.7.3 Brachiaria brizanta..................................................................................48

2.7.4 Montrichardia linifera.............................................................................49

2.7.5 Typha domingensis................................................................................50

2.7.6 Ricinus comunnis L................................................................................51


2.7.7 Cecropia pachystachya..........................................................................52

2.7.8 Cyperus rotundus L................................................................................54

3 MATERIAIS E MÉTODOS..............................................................................55

3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA......................................................55

3.1.1. Amostras de solo coletadas.................................................................57

3.1.2 Tratamento das amostras de solo pós-coleta......................................59

3.1.3 Amostras de material vegetal coletadas..............................................60

3.1.4 Tratamento das amostras de material vegetal pós-coleta..................60

3.2 ANÁLISES FÍSICAS....................................................................................61

3.2.1 Densidade das partículas.......................................................................62

3.2.2 Análise textural.......................................................................................63

3.3 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA........................................................................64

3.3.1 Determinação do pH e condutividade elétrica da água......................64

3.3.2 Determinação do pH e condutividade elétrica do solo.......................65

4 RESULTADOS E DISCURSSÃO...................................................................65

4.1 AMOSTRAS DE SOLO................................................................................65

4.2 AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADAS NA BARRAGEM.............................75

4.3 AMOSTRAS DE VEGETAIS........................................................................77

5 CONCLUSÃO.................................................................................................82

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................83
1 INTRODUÇÃO

A mineração é um dos setores básicos da economia do País,


contribuindo de forma decisiva para o bem estar e a melhoria da qualidade de
vida das presentes e futuras gerações, sendo fundamental para o
desenvolvimento de uma sociedade equânime, desde que seja operada com
responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do
desenvolvimento sustentável (SILVA, 2007).
A mineração, evidentemente, causa um impacto ambiental considerável.
Ela altera intensamente a área minerada e as áreas vizinhas, onde são feitos
os depósitos de estéril e de rejeito. Além do mais, quando temos a presença de
substâncias químicas nocivas na fase de beneficiamento do minério, isto pode
significar um problema sério do ponto de vista ambiental (SILVA, 2007). Estes
impactos devem ser avaliados para que haja constante busca por ações que
promovam sua mitigação.
Dentre os vários metais que são explorados pela indústria de mineração,
temos o cobre. O cobre é um elemento essencial para todos os organismos. É
tóxico, quando usado em doses elevadas (REIMANN e CARITAT, 1998). Este
elemento é um componente de diversas metaloenzimas e de outras proteínas
(LEHNINGER et al., 1995). As plantas podem acumular grandes quantidades
de cobre e quando fazem parte da cadeia alimentar do homem podem
apresentar graves riscos para a saúde pública (KABATA-PENDIAS e
PENDIAS, 2001).
Embora sendo um metal pesado e fazer parte de todas as formas de
vida, o Cu também é essencial para o crescimento e desenvolvimento dos
vegetais, pelo fato de ser constituinte de várias proteínas envolvidas em
reações de oxidação e redução. Entretanto, em altas concentrações na solução
do solo, esse micronutriente pode proporcionar toxidez às plantas (SEIDEL et
al., 2009; YRUELA, 2005).
Esta amplitude de funções e efeitos sobre os organismos diferentes em
relação à resposta ao Cu é dependente da concentração de Cu e do seu
estado de oxidação. Os solos contêm naturalmente Cu, mas o teor total de Cu
pode ser insuficiente para o crescimento saudável de culturas, em alguns
casos. Em contraste, o teor total de Cu pode parecer adequado, mas a
quantidade de metal disponível pode ser deficiente. Além disso, existem muitos
solos com elevado teor de Cu, tornando-os potencialmente tóxicos para as
plantas (SUDO et al., 2008).
O cobre é um elemento natural, um metal que tem sido um dos materiais
mais úteis e valiosos para a raça humana desde tempos muito remotos. Esse
metal contribui para o nosso bem estar diário, aonde numa ampla gama de
aplicações vão desde equipamentos médicos a eficiência energética, aviões a
jato, satélites, rádio, televisão à internet, e tem se mostrado um material do
futuro (PROCOBRE, 2003).
No Brasil e no Pará, a mineração é uma atividade econômica de
destaque. Sua importância é revelada através dos níveis de produção, da
renda gerada, dos investimentos realizados e do papel que exerce no saldo da
balança comercial. O estado do Pará, por sua vez, possui papel de destaque
na atividade mineral ocupando o segundo lugar no ranking nacional de
produção, com participação que vai além dos 22%. O primeiro lugar é ocupado
por Minas Gerais, com participação que vai além dos 70%, deixando o estado
paraense como referência absoluta da atividade na região Norte (FIPE, 2009).
Apesar de todo o seu papel de destaque, não podemos desconsiderar o
efeito que a atividade de mineração causa ao meio ambiente. Onde, os
maiores impactos são observados na fase de extração do minério, e na etapa
final de beneficiamento do mesmo com a geração de grandes quantidades de
rejeitos. Com isso, o presente trabalho teve por objetivo investigar o potencial
fitorremediador de espécies vegetais de ocorrência no entorno da barragem de
rejeito de minério de cobre, da Empresa Mineradora Vale S.A., assim como
objetivos específicos analisar o solo e a água através de suas características
físico-químicas.

2 REVISÃO DE LITERATURA

A mineração está presente na humanidade desde os tempos mais


remotos quando surgiram as primeiras armas, acessórios e ferramentas
metálicas. Tão presente que a evolução das técnicas de retirada e
beneficiamento dos minérios foi essencial para o progresso da humanidade
(BRANCHES e RODRIGUES, 2010). Dentre os metais essenciais para as
sociedades atuais, o cobre mantém sua relevância para o homem, graças às
suas características que lhe conferem diversidade de aplicações no
desenvolvimento tecnológico industrial (RIBEIRO, 2001).
De acordo com Ribeiro (2001), o cobre é um dos metais mais antigos da
civilização mundial, onde seus primeiros usos datam desde 8.000 anos a. c..
Esse metal cujo símbolo Cu derivou do latim “cuprum”, é um elemento de
transição que apresenta características como: coloração laranja avermelhada,
ponto de fusão de 1.038oC, maciez, ductilidade, reciclável, resistente à
corrosão, sendo de fácil formação de ligas com outros metais. Suas
propriedades de condução de calor e de energia superam as de qualquer
metal.
Dentre alguns metais pesados, o cobre é essencial no desenvolvimento
de todos os tipos de organismos. Porém, em quantidades excessivas esse
elemento pode ser extremamente tóxico e, as atividades antrópicas têm
contribuído para aumento desses elementos no ambiente. Com isso, tem-se
buscado pelo desenvolvimento de técnicas que amenizem esses impactos e
tentem restaurar, o mais próximo possível, o ambiente ao seu estado natural.
Entre as técnicas pesquisadas para esse fim, surge uma que se
apresenta menos agressiva ao ambiente e economicamente viável, a
fitorremediação. Ela consiste no uso de plantas que apresentam um potencial
hiperacumulador, ou seja, que apresentam capacidade de armazenar
contaminantes acima da média das demais. Com isso é importante que se dê
mais atenção a essa técnica, que surge como uma alternativa de amenizar a
poluição cada vez mais agressiva ao ambiente.

2.1 DISTRIBUIÇÃO DO COBRE NO AMBIENTE E PROBLEMAS AMBIENTAIS

O cobre é um metal não ferroso e sua concentração na crosta terrestre é


de cerca de 50 partes por milhão (ppm). Por ser um elemento essencial à
existência de organismos vivos, o cobre ocorre naturalmente em todos os
vegetais e animais. O cobre metálico tem uma cor naturalmente marrom
avermelhado e apresenta um brilho metálico em superfície polida. Como os
demais metais básicos, oxida-se na presença do ar. O cobre combina-se com
diversos elementos e já foram identificados mais de 150 minerais portadores do
metal (ROCIO et al., 2012).
De acordo com Yruela (2005), o cobre é um micronutriente que atua
como componente de várias enzimas e coenzimas, além de participar da
fotossíntese, da respiração e do metabolismo do nitrogênio e dos carboidratos.
No entanto, quando em altas concentrações no solo pode ser absorvido em
grandes quantidades pelas plantas causando diversos efeitos negativos como
a redução do crescimento de parte aérea a sistema radicular, resultando em
perdas consideráveis para o potencial produtivo das plantas (SANTOS et al.,
2004; GIROTTO, 2010).
Como exemplo disso pode-se citar o caso dos vinhedos da Serra
Gaúcha, onde a presença de altos teores do cobre na camada superficial nos
solos reduz ou impede o desenvolvimento de plantas herbáceas espontâneas
ou introduzidas que normalmente são cultivadas nas entre linhas ou no período
em que as videiras estão sem ou com poucas folhas (SANTOS et al., 2004;
ANDREAZZA et al., 2010). Na ausência da cobertura vegetal o transporte de
partículas via escoamento superficial é potencializado e a transferência do
cobre para as águas superficiais pode ocorrer, assim como sua percolação no
perfil do solo, uma vez que na ausência de raízes não há possibilidade de
absorção e ciclagem do cobre no sistema solo-planta (VEDRUSCOLO, 2013).
Deficiência de cobre também é um dos principais pontos na produção
global de alimentos, resultando em perdas custosas no rendimento e produção
de baixa qualidade nas safras de gado (PROCOBRE, 2003), devido a isso
agricultores utilizam efluentes bovinos enriquecidos com sulfato de cobre como
fertilizante em pastagens ou culturas agrícolas objetivando aumentar a nutrição
de plantas e animais, porém quando em excesso pode causar a contaminação
dos mesmos. As duas culturas mais importantes no mundo, arroz e trigo, são
altamente suscetíveis ao solo com deficiência de cobre, bem como outras
espécies: citros, aveia, espinafre e cenoura, para citar alguns (PROCOBRE,
2008).
De acordo com Biney et al. (1994), nos sistemas aquáticos naturais os
metais ocorrem em baixas concentrações, sendo na ordem de nano-gramas a
microgramas por litro. No ambiente aquático eles transitam pelos diversos
níveis tróficos da cadeia e acabam atingindo o homem. Segundo Hortellani et
al. (2008), os sedimentos têm sido reconhecidos como os maiores repositórios
de poluentes no ambiente aquático, mesmo quando em baixas ou
inexpressivas concentrações. O acúmulo de contaminantes nos sedimentos
tende a ocorrer tanto por mecanismo físico-químico, como por floculação e
precipitação direta, quanto por adsorção no material particulado e posterior
deposição no fundo, por isso, a contaminação dos sedimentos é utilizada como
um importante indicador ambiental de poluição. Pode-se citar também os
peixes como organismos indicadores de poluição nos corpos d’água, devido
eles constituírem um dos produtos finais do sistema aquático (BRANCO, 1983).
Segundo Rand (1995), os peixes podem apresentar efeitos nocivos sub letais
como mudanças nos parâmetros bioquímicos, iônicos e fisiológicos, no
crescimento, na morfologia, na reprodução, no comportamento entre outros. No
caso dos efeitos letais, os danos alcançam proporções mais drásticas
causando a morte.
Nos seres humanos, embora o elemento seja encontrado distribuído em
todo o organismo, ele está em maiores concentrações nos órgãos que realizam
intensa atividade metabólica, tais como fígado e rins. Entre os muitos papéis do
íon cobre (II), podemos citar a prevenção de anemia, doenças ósseas, danos
celulares entre outros (RODRIGUES et al., 2010). Já quando encontrado em
grandes concentrações pode ocasionar intoxicação levando a sintomas que
vão desde vômito e diarreia até o desenvolvimento de doenças genéticas do
metabolismo do cobre como a Doença de Wilson, ou, também a produção de
anemia pela interferência com o transporte e ou metabolismo do ferro.

2.2 CONTAMINAÇÃO POR COBRE NO MUNDO

O uso cada vez maior e mais diversificado faz do cobre um dos metais
não preciosos mais valorizados do mundo. Matéria-prima estratégica é o mais
usado depois do ferro e do alumínio. Seu comércio global movimenta cerca de
US$ 100 bilhões por ano. As reservas mundiais de cobre, medidas e indicadas,
são estimadas em mais de 600 milhões de toneladas – 60% se concentram no
Chile, Peru, Estados Unidos e China (CPRM, 2010).
O cobre é um elemento essencial aos organismos vivos em pequenas
quantidades. A população em geral pode ser exposta por inalação, ingestão de
alimentos e água ou contato dérmico, porém a principal via de exposição não
ocupacional é a oral (CETESB, 2012). O corpo exige uma ingestão de cobre
para manter-se são. Distintas autoridades nacionais e internacionais definiram
normas de ingestão de cobre a níveis que se consideram adequadas para
manter a saúde (PROCOBRE, 2003).
A ONG ambiental Blacksmith Institute publicou, no ano de 2007, o
ranking dos 300 lugares mais poluídos do planeta, e apontou uma lista com as
10 cidades onde o índice de poluição é alarmante. Entre as cidades citadas,
está a de Norilsk na Rússia, onde os dados fornecidos sobre a população
potencialmente afetada é de 134 mil, e que estão não somente expostas à
contaminação por cobre, mas também a contaminação de outros metais
pesados como níquel, chumbo, etc., oriundos da atividade de mineração.
Figura 1 – Cidade de Norilsk, Rússia.
Fonte: BRASIL MINIGSITE, (2009).

A cidade foi fundada em 1935 como campo de trabalhos forçados e


abriga, atualmente, o maior complexo de processamento de metais pesados do
planeta. Estudos anteriores descobriram elevadas concentrações de cobre e
níquel no solo de quase todos os lugares de um raio de 60 quilômetros da
cidade (EXAME, 2013). O resultado é uma população com altos índices de
câncer de pulmão; e bebês prematuros e com doenças respiratórias crônicas,
que elevam as taxas de mortalidade a níveis alarmantes (BRASIL MINIGSITE,
2009).
A Organização Mundial da Saúde estima que o limite inferior da faixa
aceitável de ingestão oral diária, para o cobre, é de 20 g.kg-1 de peso corporal
para os adultos e perto de 50 g.kg-1 de peso corporal para lactantes. Para um
adulto saudável normal, que pesa entre 50 e 70 kg, isto equivale de 1,0 a 1,4
mg.dia-1. A referência de ingestão da população da União Europeia para o
cobre é de 1,1 mg.dia-1.
A Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos emitiu sua
primeira Quantidade Dietética Recomendada (RDA) para o cobre em 2001,
recomendando um consumo de 0,9 mg de cobre diário para adultos, 1,0 mg
para as mulheres grávidas e para as mães em lactação, 1,3 mg. A Academia
NAS também estabeleceu um Limite Superior Passível de 10 mg.dia-1.
No corpo humano o cobre é elemento importante para o crescimento,
fortalecimento dos ossos, maturação das células vermelhas e brancas do
sangue, transporte do ferro na cadeia sanguínea, metabolismo da glicose e do
colesterol e contração dos músculos, entre muitas outras funções. Substanciais
quantidades deste mineral podem ser encontradas nos órgãos e tecidos do
homem e, pelo menos, 20 enzimas contêm cobre – metade delas depende
deste metal para funcionar (PROCOBRE, 2012).
Ainda segundo Procobre (2012), o metal é necessário, por exemplo,
para o desenvolvimento cerebral e das células de defesa; combate a radicais
livres, agindo como antioxidante; sustentabilidade e elasticidade dos vasos
sanguíneos e pele. A falta de cobre no corpo humano causa anemia,
problemas cardíacos e de circulação, além de anomalias ósseas. Funções do
sistema nervoso, sistema imunológico, pulmões, tireoide, pâncreas e rins
podem sofrer complicações diversas. De acordo com a Organização Mundial
de Saúde (OMS), há um risco muito maior de deficiência de cobre do que
intoxicação pelo mesmo, principalmente entre crianças e idosos.

2.3 CONTAMINAÇÃO POR COBRE NO BRASIL E NO ESTADO DO PARÁ

O Brasil, devido à sua larga extensão, possui uma grande diversidade de


recursos minerais, assim como algumas jazidas de minérios de grande
importância. Considerando alguns recursos específicos, o país apresenta
relevância internacional como fonte de tais materiais (MALERBA et al., 2012),
onde entre eles podemos destacar o cobre.
O Brasil é o 15o maior produtor de Minério de Cobre, com produção
estimada em 2010 de 213 mil toneladas. Espera-se um crescimento mais
significativo na produção, de modo a atingir 662 mil toneladas até 2015, com o
início das operações de novos projetos (IBRAM, 2011). As reservas brasileiras
de Cobre são de 17,3 milhões de toneladas, distribuídas pelos seguintes
Estados: Alagoas 2,95%, Bahia 3,79%, Goiás 7,92%, Minas Gerais 0,02%,
Mato Grosso 0,05%, Pará 84,99%, Rio Grande do Sul 0,19% e São Paulo
0,10% (IBRAM, 2012).
A nível nacional, de acordo com Fipe – (Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas) (2009), o estado do Pará possui papel de destaque na atividade
mineral ocupando o segundo lugar no ranking nacional de produção, com
participação que gira em torno dos 22 %. O primeiro lugar é ocupado por Minas
Gerais, com participação que vai além dos 70 %, deixando o Estado paraense
como referência absoluta da atividade na região Norte (FIPE, 2009).
A contaminação de cobre é um problema eminente, e frequentemente
encontrado em uma ampla variedade de solos e cursos d’água (ANDRADE et
al., 2010). Além disso, áreas de deposição de rejeitos de mineração são
enormes, e com problemas notáveis, como baixo teor de nutrientes e altas
concentrações de cobre (LAYBAUER, 1998), sendo que estes resíduos da
exploração mineira exigem uma correta gestão para reduzir a poluição
ambiental (FRANCKS et al., 2011).
Um exemplo de problemas devido à disposição incorreta de resíduos
industriais ocorreu nas Minas de Camaquã, no Estado do Rio Grande do Sul.
As minas foram descobertas em 1865 e exauridas no início de 1996, e
representaram durante mais de um século o principal depósito metálico do sul
do país. Durante esse período houve vários ciclos intermitentes de exploração
do minério cuprífero, e boa parte dos efluentes e rejeitos da atividade mineira
foram lançados diretamente no Arroio João Dias. A sub-bacia hidrográfica
formada por este arroio possui uma área de 308 km 2, e desagua no alto curso
do Rio Camaquã, que é o mais importante eixo de drenagem do Escudo Sul-
rio-grandense para a Laguna dos Patos (BAISCH, 1994).
Outro exemplo a ser citado pode ser verificado na pesquisa intitulada
“Estudo Preliminar da Contaminação das Águas Subterrâneas no Entorno do
Lixão no município de Cametá-PA”, onde avaliou-se a contaminação por metais
pesados da área de disposição de resíduos sólidos urbanos do município. De
maneira resumida, com relação ao cobre, o resultado dessa análise preliminar
constatou que havia a presença do metal cobre em todos os pontos de
amostragem (coleta da água feita em poços), com valores crescentes com a
aproximação dos poços em relação ao lixão, o que intensifica a suspeita de
contaminação, apesar de estarem abaixo do valor máximo permissível pela
Portaria 1469/2000 do Ministério da Saúde que são respectivamente 2ppm e
5ppm (MONTEIRO et al., 2002).

2.4 O COBRE NO SOLO E SEDIMENTOS

Os metais pesados, presentes naturalmente no ambiente, podem


constituir-se em grave problema para os ecossistemas naturais, por serem
tóxicos mesmo em baixas concentrações. Além disso, eles não são
biodegradáveis, podem circular em ecossistemas e muitos são bioacumuláveis
(MANTOVANI, 2009). As atividades industriais que contribuem
expressivamente para a poluição do solo com esses poluentes são a
mineração e a indústria metalúrgica, que ao promoverem a extração de alguns
metais, produzem grandes quantidades de rejeitos, muitas vezes com elevados
teores de metais pesados tais como Ni, Cr, Cu, Pb, Cd e Zn (BACKER et al.,
1994).
No solo o cobre é tóxico para uma grande variedade de organismos,
afetando o crescimento, morfologia e metabolismo de microrganismos do solo,
e consequentemente, provocando alterações nas características da matéria
orgânica do solo (MOS), uma vez que esses microrganismos regulam sua
dinâmica. Além disso, o cobre pode formar complexos estáveis com esses
compostos promovendo proteção dessas moléculas impedindo sua
participação em reações de mineralização ou humificação. Assim, em solos
com alta concentração de cobre, a MOS presente pode ter diferença na
composição química quando comparada com a de ambientes não
contaminados (AREND, 2010).
A concentração normal deste metal no solo é de 20 mg.kg-1, com
variações na faixa de 6 a 80 mg.kg-1 (McBRIDE, 1994). É um cátion muito
versátil e possui grande habilidade em interagir com os componentes minerais
e orgânicos do solo. Precipita com os ânions sulfeto, carbonato e hidróxido,
demonstrando que é relativamente imóvel nos solos, e a forma na superfície é
o cátion Cu2+. Todos os minerais do solo são capazes de adsorver Cu da
solução, e suas maiores quantidades são encontradas em óxidos de Fe e Mn,
hidróxido amorfos de Fe e Al, e argilas. Vários tipos de substâncias formam
complexos solúveis e insolúveis com o Cu. Apesar de ser um dos metais
pesados menos móveis, é abundante nas soluções de todos os tipos de solo.
Suas formas mais comuns na solução são os quelatos orgânicos solúveis
(KABATA-PENDIAS e PENDIAS, 1992).
Segundo Matos et al. (1996), a capacidade de troca catiônica de um solo
é um fator decisivo na atividade do cobre, uma vez que ela está intimamente
ligada às concentrações dos íons trocáveis presentes na solução do solo e dos
sítios de troca nas interfaces coloidais do sistema. Uma elevada capacidade de
troca catiônica proporciona maior retenção do metal no solo. A matéria
orgânica embora represente cerca de 5% dos componentes do solo, é
responsável por cerca de 30% a 65% da capacidade de troca catiônica dos
solos minerais e por mais de 50% da de solos arenosos e orgânicos (MATOS
et al., 1996).
O pH exerce uma forte influência na dinâmica do cobre no solo
(HARTER, 1983; HOOG et al., 1993; TEMMINGHOFF et al., 1997). Ambientes
ácidos determinam uma maior mobilidade do metal, enquanto condições de pH
acima de 6 favorecem a sua retenção, especialmente em solos tropicais, onde
os sesquióxidos de ferro, alumínio e manganês possuem grande capacidade
de retenção do metal (McBRIDE, 1994), exercendo importante papel no
comportamento dos metais pesados no solo (GOMES et al., 1997). Excesso de
matéria orgânica, a níveis maiores de 6% também afetam seriamente a
disponibilidade do cobre, bem como de calagens, que na elevação do pH o
indisponibiliza. A adsorção destes metais pode ocorrer por meio da formação
de ligações covalentes ou eletrostáticas com os grupos OH- e/ou O= nas
superfícies desses coloides (HSU, 1989). Nos argilominerais expansivos e nos
óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio e manganês, os metais podem também
ficar retidos nos sítios negativos presentes nas estruturas cristalinas
(ZACHARA et al., 1992) formando complexos de espera interna (SPOSITO et
al., 1982).
A dinâmica do cobre no solo é bastante complexa e altamente afetada
por inúmeros fatores do meio, principalmente a composição química, física,
mineralógica do solo, quantidade de matéria orgânica e o pH (McBRIDE et al.,
1997). O entendimento dessa complexidade auxilia não só no esclarecimento
das interações que ocorrem com o cobre no solo, assim como também como
ele interage com as espécies vegetais e como isso afeta diretamente em toda
uma cadeia que compõem o sistema.

2.4.1 Cobre, Matéria Orgânica, Plantas e Microrganismos

O cobre é um elemento que está fortemente ligado à matéria orgânica


ou a compostos solúveis na solução do solo (OLIVEIRA e OLIVEIRA, 2009). A
relação do cobre com a matéria orgânica do solo é especialmente importante
devido à elevada afinidade do elemento por compostos orgânicos, formando
complexos solúveis e insolúveis (FELIX, 2005).
De acordo com Felix (2005), o cobre se fixa à matéria orgânica no
horizonte superficial através de complexação do elemento pelos ácidos
húmicos e ácidos fúlvicos que permitem, pela sua presença, a retenção do
cobre nos solos. O alto grau de seletividade da matéria orgânica para com o Cu
é causado pela formação de complexos de esfera interna, também referido
como adsorção específica (GUILHERME e ANDERSON, 1998). Em baixas
concentrações de Cu na solução, este será imobilizado principalmente pelos
ácidos húmicos, mas à medida que os sítios de ligação forte vão sendo
saturados uma quantidade maior de Cu será solubilizada pelos ácidos fúlvicos
ou por compostos orgânicos mais simples (McBRIDE, 1989).
Lopes e Carvalho (1988) analisando critérios de diagnose de
micronutrientes para o solo e planta verificaram que a maior disponibilidade de
cobre está na faixa de pH 5,0 a 6,5. Destacam os autores, que os solos
orgânicos, apesar de apresentarem abundância desse elemento, são os mais
prováveis de apresentarem deficiência de cobre, pois esse metal forma
complexos tão estáveis com a matéria orgânica, que somente pequenas
quantidades são disponíveis para as plantas. Já os solos arenosos, com baixos
teores de matéria orgânica, podem se tornar deficientes em cobre em função
de perdas por lixiviação. Os solos argilosos, por sua vez, apresentam menores
probabilidades de apresentarem deficiência. A presença excessiva de outros
íons metálicos, como ferro, manganês e alumínio, reduz a disponibilidade de
cobre para as plantas, efeito esse que independe do tipo de solo.
Apesar do cobre ser um micronutriente essencial as plantas, deve-se
frisar que ele também é um metal pesado. O cobre possui vários papéis no
processo metabólico das plantas. Nos cloroplastos ele é necessário como co-
fator da plastocianina. Micromolares concentrações de Cu durante o
crescimento médio, que corresponde algo próximo a 20 e 30 mg.kg-1 de Cu por
peso seco de tecido foliar, são toxicas para a maioria das plantas (PATSIKKA
et al., 2002). Este elemento acumula-se nas raízes ou na parede celular, sendo
transportado para dentro das plantas por várias vias ou podendo ser excretado
(SCHEINBERG, 1991).
Como já citado, plantas acumulam em média de 5 a 30 mg.kg-1 de cobre
e evidenciam toxicidade com teores variando de 20 a 100 mg.kg-1 (MULLIGAN
et al., 2001). A toxidade de Cu está relacionada com o seu impacto sobre a
cadeia de transporte de elétrons que ocorre nos tilacoídes dos cloroplastos
durante o processo da fotossíntese (PATSIKKA et al., 2002).
O excesso de cobre induz a suscetibilidade de fotoinibição
particularmente folhas intactas. Quando este metal está em excesso
concomitante, ocorrendo redução da concentração de clorofila nos
cloroplastos, redução das membranas dos tilacoídes e interferência na
biossíntese da maquinaria fotossintética, podem modificar a pigmentação e os
componentes proteicos da membrana fotossintética. Cobre também induz a
peroxidação de lipídeos sugerindo ser a razão da degeneração da membrana
plasmática (PATSIKKA et al., 2002).
Para muitas espécies de plantas, altas concentrações de Cu são tóxicas
para o crescimento. A toxicidade parece estar relacionada em partes com a
habilidade do Cu em substituir outros íons metais, em particular o Fe, de
importantes centros fisiológicos. O sintoma comumente observado em
toxicidade de Cu é a clorose em folhas, semelhante a deficiência de Fe
(MENGEL e KIRKBY, 1982), aparecimento de manchas foliares, necrose e
morte das folhas (BARCELÓ e POSCHENRIEDER, 1992). A inibição do
crescimento radicular é uma das respostas mais rápidas de toxicidade de Cu
(MENGEL e KIRKBY, 1982), os metais tendem a acumular-se nas raízes, as
quais são os primeiros órgãos vegetais afetados pela contaminação.
Com relação aos microrganismos, eles são agentes dos principais
processos bioquímicos que ocorrem no solo como na decomposição da matéria
orgânica e liberação de nutrientes, na formação e estabilização de agregados,
na ciclagem de nutrientes, em transformações de elementos metálicos,
produção de metabólitos, degradação de pesticidas e herbicidas e alterações
nas características físicas do solo (PFULLER, 2000).
A maioria dos microrganismos necessita do cobre em pequenas
quantidades, mas podem ser afetadas pela superexposição a este metal. Para
resolver este problema, os organismos desenvolveram mecanismos de
resistência para sobreviver em ambientes, tanto limitantes em cobre, como em
concentrações toxicas às células (ANDREAZZA et al., 2013). Os metais são
parte integrante dos processos vitais dos microrganismos. Alguns deles como o
cobre e o zinco são nutrientes essenciais e são usados como catalizadores de
reações bioquímicas, estabilizadores de proteínas e mantedores do equilíbrio
osmótico da célula (JI e SILVER, 1995).
A acumulação de metais pesados reduz a biomassa microbiana, a
atividade de várias enzimas e a estrutura da comunidade microbiana do solo
diminuindo também a diversidade funcional dos microrganismos menos
tolerantes aos metais pesados (SANTOS, 2006). Os microrganismos podem
ser resistentes até 6.000 mg.kg-1 de cobre, como descrito por Umrania (2006),
que absorveram 97,5% do cobre nesta concentração e foi verificado que o
mecanismo de resistência estava relacionado à adsorção e
compartimentalização do cobre dentro da célula.
A comunidade microbiana do solo atua em processos de imobilização,
mobilização, transformação de metais por reações de precipitação extracelular,
acumulação intracelular, reações de oxidação e redução, metilação e
demetilação (BRIERLEY, 1991). A partir dessas reações, as bactérias e os
fungos obtém energia para o desenvolvimento de seus processos vitais
(SANTINI, 2000). A exposição dos microrganismos aos metais leva ao
desenvolvimento da tolerância pela comunidade microbiana do solo exercendo
pressão seletiva a resistência aos metais por parte de fungos e bactérias do
solo (ELLIS et al., 2001). Pesquisas conduzidas desde 1970, identificaram
organismos resistentes a certos metais, entre estes muitos organismos
anaeróbicos como Echerichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Bacillus sp.
(BRUINS et al., 2000). Este mecanismo de tolerância varia em função da
espécie do organismo envolvido, da forma e da quantidade do contaminante
disponível.

2.5 GEOLOGIA DA ÁREA DE REALIZAÇÃO DO ESTUDO

A área em estudo está localizada na Província Mineral de Carajás, na


região de Canaã dos Carajás, Sudeste do Pará a uma distância de 45 km a
NW da cidade de Canaã dos Carajás. O município localiza-se na Microrregião
de Parauapebas, distante 760 km da capital Belém. Apresenta coordenadas
geográficas 06o29’49” latitude Sul e 49o52’42” longitude Oeste, com período
chuvoso que vai de novembro a abril e precipitação anual de 1.750 a 2.250mm.

Figura 2 – Localização da Província Mineral de Carajás no Cráton Amazônico.


Adaptado de GRAINGER et al., (2008).
2.5.1 Contexto Geológico Regional

A província Carajás (PC) está localizada na porção sul-oriental do


Cráton Amazônico. Cordani e Sato (1999), Tassinari e Macambira (1999,
2004), Santos et al. (2000) consideram que o Cráton Amazônico é dividido em
províncias geocronológicas, formadas em torno de um núcleo arqueano,
denominado originalmente Província Amazônia Central (TEIXEIRA et al.,
1989). As províncias proterozoicas resultaram de retrabalhamentos e acresção
crustal ao longo de cinturões móveis e são, geralmente, alongadas na direção
NW/SE.
Costa et al. (1995) distinguiram três domínios tectônicos na Província
Carajás: Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas (CCI) a Norte, Cinturão de
Cisalhamento Pau D’Arco (CCPD) a Sul e o Terreno Granito-Greenstone de
Rio Maria (TGGRM), como um domínio preservado tectonicamente, entre eles.
Althoff et al. (1991, 1995), Dall’Agnol et al. (1997) e Rolando e Macambira
(2002, 2003) não consideram o CCPD como um domínio distinto e sim como
um prolongamento do TGGRM até a região de Redenção e Serra do Inajá. De
acordo com Souza et al. (1996), a PC possui dois blocos tectônicos, cujo limite
entre eles é incerto, mas estaria localizado a Norte do greenstone belt de
Sapucaia, pertencente ao Supergrupo Andorinhas, situando-se o TGGRM a Sul
e o domínio Carajás (DC) a Norte.
DOCEGEO (1988) considera que a Bacia de Carajás, na qual domina o
Supergrupo Itacaiúnas, formou-se sobre o terreno Granito-Greenstone de Rio
Maria. Dall’Agnol et al. (1997, 2006) acreditam que a região entre Xinguara e a
porção Sul da Bacia de Carajás corresponde a um domínio de transição, pois
seria uma extensão do TGGRM, intensamente afetada pelos eventos
magmáticos e tectônicos registrados na bacia Carajás. No entanto, o limite
entre o TGGRM e a bacia Carajás permanece ainda indefinido. Apesar das
indefinições ainda existentes, no texto ora apresentado será adotada a
designação de “subdomínio de Transição” (Dall’Agnol et al. 2006) para a região
entre Xinguara e Serra Sul de Carajás, sendo a sua geologia abordada
separadamente, sem que isso implique um posicionamento definitivo em
relação à evolução deste segmento da Província Carajás. Vasquez et al.
(2008b) também distinguem apenas dois grandes domínios na Província
Carajás, o Domínio Rio Maria e o Domínio Carajás.

Figura 3 – Mapa geológico simplificado do segmento Norte da Província


Mineral de Carajás (Cinturão de Cisalhamento Itacaiúnas, DARDENNE e
SCHIBBENHAUS, 2001).

O embasamento é sobreposto discordantemente pelo Supergrupo


Itacaiúnas (DOCEGEO, 1988) que compreende uma sequência
metavulcanossedimentar com grau metamórfico variado (CARVALHO, 2009).
Esse supergrupo hospeda uma grande parcela dos depósitos de classe
mundial da PMC (Província Mineral de Carajás), incluindo os depósitos
gigantescos de ferro Serra Norte e Serra Sul e os de manganês de Sereno e
Buritirama, como também os de óxidos de Ferro-Cu-Au, tais como Salobo,
Igarapé Bahia, Sossego, Cristalino e Alvo 18. O Grupo Rio Novo, constituído
por anfibolito, xistos, metagrauvaca, rochas vulcânicas máficas tholeiíticas,
diorito e gabro, domina no setor NE da PMC (HIRATA et al, 1982).
O Supergrupo Itacaiúnas compreende os grupos Igarapé Salobo (2,761
Ga; MACHADO et al., 1991), Pojuca (2,732 Ga), Grão-Pará (2,759 Ga),
Igarapé Bahia (2,747 Ga) e Buritirama, sobre os quais se assentam as rochas
sedimentares clásticas do Grupo Rio Fresco/Formação Águas Claras (2,645
Ga; DIAS et al., 1996). O Grupo Igarapé Salobo que hospeda o depósito IOCG
(iron oxide-copper-gold deposits) de Salobo consiste de paragnaisse, anfibolito,
quartzito, gnaisse, metarcóseo, além de formação ferrífera. O Grupo Igarapé
Pojuca contém rocha metavulcânica básica, xisto e rochas com cordierita-
antofilita interpretadas como resultados de alteração hidrotermal pré-
metamórfica, possivelmente associada à mineralização de Cu-(Zn-Au-Ag) do
depósito de Pojuca hospedado nesse grupo (WINTER, 1994). Segundo Tolbert
et al. (1971) e Beisiegel et al. (1973) o Grupo Grão Pará é subdividido em três
unidades: (i) Formação Parauapebas, composta por basaltos e andesitos
basálticos associados a riolitos e aglomerados de brechas, além de níveis de
tufos subordinados; (ii) Formação Carajás, constituída por formações ferríferas
bandadas (BIF’ s), com alternância de bandas de chert e óxido de ferro e (iii)
Unidade Vulcânica Máfica Superior contendo basaltos e andesitos basálticos,
com intercalações de horizontes piroclásticos. O Grupo Igarapé Bahia ocorre
restrito ao depósito homônimo e é dominado por rochas metavulcânicas de
fáceis xisto verde, metapiroclásticas e metassedimentares e intrusões básicas.
O Grupo Buritirama inclui quartzito, mica xisto, xisto carbonatado, rocha cálcio-
silicática e mármore manganesífero, aos quais se associam os depósitos de
manganês de Sereno e Buritirama (DOCEGEO, 1988).
A deposição das unidades do Supergrupo Itacaiúnas tem sido
relacionada a ambientes distensivo de rifte ensiálico (DOCEGEO, 1988;
VILLAS e SANTOS, 2001; GALARZA et al., 2003), a ambiente tectônico
associado a zonas de subducção (DARDENNE et al., 1988; MEIRELLES e
DARDENNE, 1991) ou, alternativamente, a uma bacia do tipo pull apart, gerada
em fase inicial dúctil e transtensiva neoarqueana do Cinturão de Cisalhamento
Itacaiúnas (ARAÚJO et al., 1988). De acordo com Docegeo (1988); Galarza;
Macambira; Moura (2003), os litotipos do Supergrupo Itacaiúnas compreendem
metassedimentos dentríticos, químicos e vulcanoplásticos, rochas
metavulcânicas félsicas a máficas, além de formações ferríferas. Apresentam
metamorfismo variando desde a fáceis xisto-verde inferior até anfibolito
superior, com deformação variando desde rochas com estruturas primárias
preservadas até com estruturas completamente obliteradas.
Sobre o Supergrupo Itacaiúnas depositou-se uma sequência sedimentar
fluvial a marinha denominada Grupo Rio Fresco ou Formação Águas Claras
(NOGUEIRA et al., 1994, 2000), onde segundo Nogueira (1995) são rochas
pouco metamorfisadas, dominadas por quartzo-arenitos e pelitos.
Dentre as intrusões arqueanas citam-se os granitoides Estrela, Plaquê,
Planalto, Serra do Rabo, Cristalino, Velho Salobo e Itacaiúnas, com idades
entre 2,76 e 2,56 Ga, de composição alcalina e metaluminosa (NEVES, 2006).
Ainda segundo Neves (2006) e Augusto (2008), os granitoides Serra de
Carajás, Cigano, Rio Branco, Pojuca, Young Salobo, Musa, Jamon, Breves,
Velho e Guilherme representam os episódios intrusivos paleoproterozóicos
(~1,88 Ga), de composição alcalina a subalcalina e características químicas e
tectônicas de granitos tipo A (Dall’Agnol et al. 2005, NEVES, 2006; AUGUSTO
et al., 2008, SANTOS el al. 2013). Lafon et al. (2000) obtiveram pelo método U-
Pb em zircão uma idade de 2766 ± 6 Ma no gabro do corpo Serra da Onça.
Segundo Pinheiro e Holdsworth (2000), o quadro estrutural da região
pode ser dividido em dois domínios, um de alto grau metamórfico, formadas em
regime dúctil de alta temperatura, sob domínio da Zona de Cisalhamento
Itacaiúnas, na qual encontram-se os gnaisses e granulitos do embasamento
(Complexo Xingu e Pium), granitoides sintectônicos e algumas rochas
supracrustais de alto grau (rochas vulcano-sedimentares do Grupo Igarapé
Salobo; 2,76 Ga). O outro domínio é representado por rochas vulcânicas e
sedimentares de baixo a muito baixo grau metamórfico, em discordância sobre
as rochas do embasamento e posteriores ao evento tectônico de alta
temperatura (rochas dos Grupos Igarapé-Pojuca, Grão do Pará e da Formação
Águas Claras) (SHIMIZU, 2012).
As grandes falhas transcorrentes E-W que cortam as rochas do
Supergrupo Itacaiúnas e da Formação Águas claras compõem a zona de
Cisalhamento Itacaiúnas que é formada pelos sistemas transcorrentes
Cinzentos e Carajás. O sistema Transcorrente Carajás, no qual se insere o
depósito de Sossego, é marcado por uma estrutura sigmoidal e é atravessada
longitudinalmente pela Falha Carajás, de direção WNW-ESSE, que representa
a estrutura mais proeminente do sistema. O fraturamento das rochas ao longo
desta falha permitiu a circulação dos fluidos responsáveis pela mineralização
Cu e Au (PINHEIRO; HOLDSWORTH, 2000).

2.5.2 Geologia Local

A mina do Sossego está localizada ao longo da Zona de Cisalhamento


Itacaiúnas, a qual define o contato entre as unidades metavulcano-
sedimentares do Supergrupo Itacaiúnas e gnaisses e migmatitos do Complexo
Xingu (MARSCHINCK; LEIVEILLE, 2001). A zona de cisalhamento em escala
regional é cortada por falhas transcorrentes de direção N a NW, estruturas que
na região do Sossego possuem direção EW a NE-SW e que delineiam as
zonas mineralizadas, já que o intenso fraturamento permitiu a circulação dos
fluidos hidrotermais (SHIMIZU, 2012).

Figura 4 – Perfil esquemático mostrando a distribuição das zonas de alteração


hidrotermal nos corpos Sequeirinho e Sossego do deposito Sossego (MONTEIRO et
al., 2008a).

O depósito de Sossego é constituído por dois grupos de corpos de


minério, Sequerinho-Baiano-Pista e Sossego-Curral, com associações de
alteração hidrotermal distintas (AUGUSTO et al.; 2008), onde de acordo com
Monteiro et al. (2008) podem refletir a natureza das diferentes rochas
hospedeiras (granito, granito granofírico, gabro e metavulcânica félsica com
lentes subordinadas de rochas metaultramáficas), intensidade variável de
processos de interação fluido-rocha e distintos níveis crustais.
Nos corpos Sequerinho e Baiano são reconhecidas zonas de alteração
sódica (albita–hematita) e sódica–cálcica (actinolita-albita-titanita-epidoto-
allanita) associadas com a formação de corpos maciços de magnetita–(apatita),
envelopados por zonas constituí- das por actinolita (actinolititos), semelhantes
aos descritos em partes profundas de sistemas IOCG em outras partes do
mundo (MONTEIRO et al. 2008a). No Corpo Pista, hospedado por rochas
metavulcânicas félsicas milonitizadas, um importante estágio de alteração com
biotita±hastingsita-turmalina–escapolita foi reconhecido (VILLAS et al. 2005;
SOUZA, 2007).
Os corpos Sossego-Curral, entretanto, apresentam evidências de
alteração potássica mais intensa, caracterizada pela formação de feldspato
potássico e biotita rica em cloro, que substituem minerais do granito granofírico
hospedeiro das mineralizações. Alteração clorítica predomina em halos
externos e alteração hidrolítica com sericita, hematita e quartzo, típicas de
partes bastante rasas de sistemas IOCG, foram reconhecidas apenas nesses
corpos (MORETO, 2010).
A mineralização ocorre em brechas hidrotermais. No corpo Sequeirinho
essas brechas apresentam calcopirita na matriz envolvendo fragmentos de
actinolititos e de cristais de actinolita, apatita e magnetita. Em Sossego, as
brechas apresentam fragmentos da rocha hospedeira hidrotermalizada
envolvidos por magnetita e matriz com calcopirita, carbonatos e quartzo com
texturas de preenchimento de espaços abertos (MONTEIRO et al., 2008a,b),
que também denotam condições rúpteis.
A mineralização compreende um estágio tardio do sistema hidrotermal e
é representada por sulfetos, principalmente calcopirita e, em menores
quantidades, pirita, siegenita ((Ni,CO)3S4), milenita (NiS) e vaesita (NiS2). Mais
raramente, aparecem pirrotita, esfalerita, meionita, hesita, molibdenita e ouro
nativo, na forma de pequenas inclusões na calcopirita (MONTEIRO et al,
2008a).
Embora os dados geocronológicos disponíveis para o depósito Sossego
não comprovem a sincronicidade do processo de mineralização nos corpos
Sequeirinho-Baiano-Pista e Sossego-Curral, a relação entre alteração
hidrotermal e desenvolvimento de estruturas regionais, semelhanças na
evolução paragenética, na composição química do minério, nos padrões de
zoneamento de minerais hidrotermais presentes nas brechas e na assinatura
de isotópos estáveis dos fluidos mineralizantes, indicam que tais corpos foram
parte do mesmo sistema hidrotermal.

2.6 ESPÉCIES E NUTRIÇÃO VEGETAL

As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres. São seres


pluricelulares e eucariontes e, nesses aspectos elas se assemelham aos
animais e a muitos tipos de fungos, onde, a distinção entre eles se dá no fato
das plantas serem autótrofas. Juntamente com outros seres fotossintetizantes,
são produtoras de matéria orgânica que nutre a maioria dos seres vivos,
atuando na base das cadeias alimentares.
O crescimento e o desenvolvimento das plantas dependem, além de
outros fatores como luz, água e gás carbônico, de um fluxo contínuo de sais
minerais. Os minerais embora requeridos em pequenas quantidades são de
fundamental importância para o desempenho das principais funções
metabólicas da célula (BONATO, 1998).
Esses nutrientes são derivados do processo de degradação químico-
física dos minerais durante a formação do solo, da decomposição da matéria
orgânica no solo ou de adubações suplementares e são absorvidos
fundamentalmente pelo sistema radicular. Os nutrientes que são mais
prontamente disponíveis às raízes são aqueles que se acham dissolvidos na
água dentro do solo (ADAPTA SERTÃO, 2009).
De acordo com Unifertil (2012), os nutrientes entram em contato com as
raízes das plantas através de três mecanismos de absorção conhecidos:
interceptação radicular, fluxo de massa e difusão. De maneira simplificada, a
interceptação radicular nada mais é do que o contato que se dá quando a raiz
cresce e encontra o elemento; já no fluxo de massa o contato se dá quando o
elemento é carregado de um local de maior potencial de água para um de
menor potencial de água próximo da raiz; e na difusão, o nutriente entra em
contato com a raiz ao passar de uma região de maior concentração para uma
de menor concentração próxima da raiz.
As plantas absorvem os elementos minerais essenciais em quantidades
especificas necessárias ao seu desenvolvimento, sendo a quantidade o critério
que define os nutrientes em macronutrientes e micronutrientes. São
considerados macronutrientes primários os elementos nitrogênio (N), fósforo
(P) e Potássio (K) por serem requeridos em grandes quantidades, assim como
os macronutrientes secundários; cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S).
Estes elementos fazem parte de moléculas essenciais e possuem função
estrutural nas plantas. Já os micronutrientes são aqueles elementos requeridos
pelas plantas em pequenas quantidades, são eles: boro (B), cloro (Cl), cobre
(Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo) e zinco (Zn), estes fazem
parte das enzimas e tem função reguladora (UNIFERTIL, 2012).
Abreu et al. (2007), mencionam que o conhecimento das formas
químicas dos nutrientes na solução do solo é mais importante para estimar as
mobilidades e disponibilidades desses elementos às plantas do que a
determinação dos teores totais na solução do solo. Dentre os principais fatores
que influenciam na disponibilidade dos nutrientes estão o material de origem do
solo e estagio de intemperismo; teores de argila e matéria orgânica; interações
positivas (sinergismo) e negativas (antagonismo) com outros nutrientes;
reações de oxirredução; espécie cultivada; exsudatos orgânicos de raízes e os
subprodutos de microrganismos; pH do solo etc.
Neste contexto, solos nutricionalmente equilibrados tendem a
desenvolver plantas mais saudáveis, tolerantes e resistentes as condições
adversas do ambiente (estresse hídrico, temperaturas extremas, ataque de
pragas e doenças etc.) (UNIFERTIL, 2012). E fundamental considerar que além
do efeito individual dos nutrientes, as interações entre eles são importantes
para seu melhor aproveitamento.
2.6.1 Acúmulo de Biomassa

A biomassa é a quantidade expressa em massa do material vegetal


disponível em uma floresta (MARTINELLI et al., 1994). Ela pode ser expressa
por massa verde ou massa seca, sendo que a massa verde refere-se ao
material fresco amostrado, contendo uma variável proporção de água. Já a
massa seca refere-se à biomassa obtida após secagem do material em estufa
(CALDEIRA, 2003).
O acúmulo de biomassa e nutrientes é um dos principais componentes
do balanço nutricional em um ecossistema. Representa um dos mais
importantes estoques de elementos minerais, depois do solo, além de constituir
um dos primeiros compartimentos a ser afetado pelas atividades antrópicas em
uma floresta, tornando-se, portanto, indicador de impactos ambientais, bem
como do status nutricional do sítio, auxiliando no entendimento da estrutura de
um ecossistema (BRUN et al., 2010).
A capacidade da biomassa das plantas em acumular altas
concentrações de metais, sem efeitos prejudiciais ao seu crescimento, enfatiza
seu potencial em retirar metais de solo e da água (RASKIN e ENSLEY, 2000).
Entretanto, a absorção de metais pesados varia de acordo com a espécie
vegetal e entre as diferentes partes da planta, absorvendo pelas raízes, íons
tóxicos de metais pesados, particularmente Cd, Pb, Cu, Hg, Zn e Ni, que se
acumulam em suas células (MOHR e SCHOPFER, 1995).
Quanto mais o sistema radicular penetrar no solo, maior será o volume
de solo explorado, maior será a absorção de água e nutrientes, refletindo na
maior produção de biomassa, descompactação do solo e a ciclagem de
nutrientes das camadas mais profundas para a superfície do solo (PITTELKOW
et al., 2012).
O déficit ou mesmo o excesso de qualquer um dos macronutrientes ou
micronutrientes provoca, dependendo de sua função, anomalias no
crescimento e desenvolvimento da planta, ocorrendo muitas vezes no limbo
das folhas a presença de cloroses, que são claras, ou necroses, que se trata
de zonas escuras. No entanto, algumas plantas desenvolvem mecanismos que
lhes permitem fixar certos nutrientes presentes na atmosfera através da sua
associação com bactérias ou fungos, evitando assim ocorrência de anomalias
no seu crescimento (PINTO, 2003).
A concentração de nutrientes nas espécies vegetais varia de acordo com
a idade, época de amostragem, interação entre os nutrientes e disponibilidade
de nutrientes no solo (SCHONAU, 1983). Porém, em condições de sítios
similares, a biomassa e o teor de nutrientes podem ser usados no
entendimento de impactos ambientais das árvores sobre os nutrientes do sítio
(DRUMOND et al., 1997) e também do sítio e seu manejo.
Nas pesquisas sobre dinâmica nutricional de florestas naturais no Brasil,
o estudo dos micronutrientes adquiriu relevante importância nos últimos anos,
em função do reconhecimento científico da essencialidade destes elementos
na nutrição das plantas (BRUN et al., 2010). De acordo com Marschner (1986),
os micronutrientes desempenham várias funções importantes nas plantas,
dentre elas, a participação na síntese de aminoácidos, enzimas e processos
hormonais, substâncias de reserva, síntese de clorofila, transporte de elétrons,
os quais se refletem em vários processos fenotípicos das plantas, como
crescimento, propagação, floração, frutificação, proteção contra doenças e
pragas entre outros.

2.6.2 Extração e Exportação de Nutrientes

Como todo ser vivo, as plantas necessitam de água e de diferentes


moléculas orgânicas para sua sobrevivência. Portanto, os elementos que
compõem a água e qualquer outra molécula orgânica (C, O, H) obviamente têm
sua essencialidade comprovada. Esses elementos são absorvidos pelas
plantas a partir da água absorvida pelas raízes e do CO 2 absorvido via
fotossíntese. Juntamente a esses três elementos, mais seis são absorvidos e
exigidos em quantidades superiores aos demais: nitrogênio (N), fósforo (P),
enxofre (S), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), formando os chamados
macro nutrientes. Já os micronutrientes, que são exigidos em quantidades
inferiores são: ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B),
molibdênio (Mo) e cloro (Cl) (MENDES, 2007). Esta divisão não significa que
um nutriente seja mais importante do que o outro, apenas que eles são
essenciais em quantidades e concentrações diferentes.
Com a evolução das pesquisas na área de nutrição mineral de plantas,
foram identificado alguns elementos que podem ser considerados essenciais
para algumas espécies ou mesmo substituir parcialmente a função de
elementos essenciais. Outros, quando em concentrações muito baixas,
estimulam o crescimento de plantas, porém sua essencialidade não é
demonstrada ou, apenas demonstrada sob determinadas condições especiais.
Esses elementos têm sido classificados como elementos benéficos segundo
Mendes (2007).
Para o autor supracitado os elementos considerados benéficos são:
alumínio (Al), cobalto (Co), níquel (Ni), selênio (Se), silício (Si), sódio (Na).
Existem casos em que o efeito do elemento no crescimento da planta decorre
de aumento da resistência a pragas e a doenças, ou favorecem a absorção de
outros elementos essenciais.
Os nutrientes entram em contato com as raízes das plantas através de
três mecanismos de absorção conhecidos: interceptação radicular, fluxo de
massa e difusão (UNIFERTIL, 2012). Na interceptação radicular, à medida que
a raiz se desenvolve, entra em contato com íons da fase líquida e sólida do
solo. A contribuição deste processo é muito pequena e a quantidade é
proporcional à relação existente entre a superfície das raízes e a superfície das
partículas do solo (FAQUIN, 2005).
O fluxo de massa é o movimento do íon em uma fase aquosa móvel
(solução do solo), devido a um gradiente de tensão da água adjacente (mais
úmida). Os elementos dissolvidos são assim carregados pela água para a
superfície radicular por fluxo de massa. Já na difusão ocorre o movimento do
íon em uma fase aquosa estacionária a curtas distâncias (FAQUIN, 2005).

2.6.2.1 Macronutrientes

A extração e exportação de nutrientes acontecem de maneira particular


para cada macro e micronutrientes, como também para os elementos
essenciais. Com relação ao nitrogênio, na maioria das culturas sua absorção
ocorre preferencialmente na forma de NO3-, exceto em solos sob condições
adversas a nitrificação. Uma vez absorvido o NO3- é reduzido e incorporado em
compostos orgânicos (MENDES, 2007). A forma do nitrogênio que é
transportado via xilema varia em função da forma do nitrogênio absorvido pelo
sistema radicular, e do tipo de metabolismo da raiz.
O fósforo é absorvido, da solução do solo, nas formas aniônicas (H 2PO4-
e HPO42-), as quais apresentam uma forte ligação covalente com o átomo de O,
que é mantida mesmo após sua incorporação aos tecidos vegetais conforme
relata Mendes (2007). A forma do fósforo que é absorvida depende
predominantemente da faixa de pH do meio (solo). Na faixa de pH entre 2 e 7
(solos ácidos a neutros), predomina a forma H2PO4-, forma esta absorvida pelo
sistema radicular das plantas. A forma HPO42- predomina em solos com pH na
faixa de 7 a 12 (solos alcalinos), entretanto, a absorção é menos rápida se
comparada a primeira citada. A forma que o fósforo é transportado via xilema é
basicamente a mesma da absorção, ou seja, como H2PO4- (BONATO et al.,
1998).
O enxofre é absorvido do solo sob a forma aniônica de sulfato (SO 42-) e,
posteriormente, reduzido e incorporado a compostos orgânicos (MENDES,
2007). Em condições aeróbicas do solo, a forma de enxofre predominante é a
do sulfato (SO42-), e é essa forma absorvida pelas raízes das plantas. Estas
podem absorver via foliar (via estômatos), principalmente o SO 2 (sulfito)
atmosférico. Além do sulfato, a planta pode absorver aminoácidos contendo
enxofre como é o caso da cisteína e da metionina. O transporte de enxofre no
xilema é predominantemente na forma de SO42-, embora dependa da
proporção de enxofre reduzido e/ou assimilado no sistema radicular (BONATO
et al., 1998).
O potássio na solução do solo aparece na forma iônica, K+, forma esta
absorvida pelas raízes das plantas. O K é permeável nas membranas
plasmáticas e isto o torna facilmente absorvido e transportado à longa distância
pelo xilema e pelo floema. Grande parte do K total da planta está na forma
solúvel (mais de 75%), portanto, a sua redistribuição é fácil no floema
(FAQUIN, 2005).
O cálcio é absorvido pelas raízes como Ca2+ na solução do solo.
Geralmente, a concentração de Ca+ na solução do solo é bem maior que a de
K+; entretanto, a taxa de absorção de Ca+ é normalmente menor de que aquela
observada para o K+. Isto é devido o Ca+ ser absorvido apenas pelas
extremidades das radicelas radiculares, onde as paredes celulares da
endoderme não foram ainda suberizadas. O Ca é transportado
unidirecionalmente pelo xilema, via corrente transpiratória, das raízes para a
parte aérea (FAQUIN, 2005). Como o Ca não se movimenta via floema, sua
redistribuição entre os órgão da planta praticamente não ocorre, podendo
existir, simultaneamente, carência do elemento nas partes mais novas da
planta e excesso nas partes mais velhas (MENDES, 2007).
O magnésio é absorvido da solução do solo pelas plantas na forma de
Mg2+, na solução do solo é maior do que a do K+, e é reduzida por altas
concentrações de outros cátions como o K+, Ca2+ e NH4+, devido à inibição
competitiva. Esta competição pode levar à deficiência do elemento nas plantas.
O transporte do Mg2+ das raízes para a parte aérea ocorre pelo xilema via
corrente transpiratória, basicamente na forma como foi absorvido – Mg2+.
Grande parte do Mg da planta encontra-se na forma solúvel, por isso, é
facilmente redistribuído nas plantas (FAQUIN, 2005).
Com relação ao nitrogênio, as plantas são capazes de absorvê-lo do
meio em diferentes formas: N2 no caso das leguminosas pela fixação biológica
do nitrogênio; ureia e na forma mineral como NH4+ e NO3-, sendo esta última
predominante em condições naturais, devido ao processo de nitrificação.
Ambas as formas minerais são rapidamente absorvidas pelas raízes das
plantas e a maior absorção de uma forma em relação à outra é acompanhada
por variações de pH do meio. O N absorvido pelas raízes é transportado para a
parte aérea da planta através dos vasos do xilema, via corrente transpiratória.
A forma pela qual o N é transportado depende da forma em que foi absorvido,
assimilado nos tecidos das raízes e transportado como aminoácidos. O N é
facilmente redistribuído nas plantas via floema, na forma de aminoácidos.
Quando o suprimento de N pelo meio é insuficiente, o N das folhas velhas é
mobilizado para os órgãos e folhas mais novas (FAQUIN, 2005).
2.6.2.2 Micronutrientes

O ferro pode chegar às raízes das plantas como Fe 2+, Fe3+ e como
quelato. O íon requerido no metabolismo é o Fe2+ e esta forma é absorvida
pelas plantas. Ao que parece, a eficiência de absorção está relacionada com a
capacidade das raízes em efetuar a redução do ferro férrico (Fe 3+) para ferroso
(Fe2+) na rizosfera. Algumas plantas eficientes em absorver ferro baixam o pH
da solução e excretam substâncias redutoras capazes de reduzir o Fe 3+ para
Fe2+. Concentrações elevadas de outros cátions na solução diminuem a
absorção de ferro. O transporte do Fe se dá pelo xilema, via corrente
transpiratória, predominante na forma de quelato do ácido cítrico (FAQUIN,
2005).
O manganês é absorvido ativamente pelo sistema radicular da planta
como Mn2+. A presença de altas concentrações de outros cátions no meio
diminui competitivamente a absorção dos micronutrientes. O transporte do
manganês no xilema, via corrente transpiratória, se faz na forma de Mn 2+,
devido possivelmente a baixa estabilidade do quelato de Mn. O manganês é
pouco redistribuído na planta, em consequência, os sintomas de carência se
manifestam primeiro nas folhas mais novas (FAQUIN, 2005).
O zinco é absorvido pelas plantas na forma de Zn 2+. Outros cátions em
elevadas concentrações inibem competitivamente a absorção do Zn. Esse
elemento é transportado das raízes para a parte aérea pelo xilema,
predominantemente na forma de Zn2+, o que talvez se explique pela baixa
constante de estabilidade dos quelantes orgânicos. O Zn é pouco móvel na
planta, particularmente nas plantas deficientes, por isso os sintomas de
carência aparecem nos órgãos mais novos (FAQUIN, 2005).
O cobre é absorvido do solo como Cu2+; existem controvérsias se o
mesmo também é absorvido na forma de quelato. No xilema, o cobre é
transportado na forma de quelato com aminoácidos. Considera-se o cobre
como um elemento imóvel no floema, portanto, os sintomas de deficiência
aparecem primeiro nas folhas mais novas. Mas, a redistribuição é dependente
do nível de cobre no tecido: não se dá quando há deficiência, podendo ocorrer
quando o teor é elevado (FAQUIN, 2005).
O boro nas plantas existe na forma do ânion borato (BO33-), onde seu
principal papel é o de regulador do metabolismo de carboidratos (MENDES,
2007). Ele provavelmente é absorvido pelas raízes das plantas na forma de
ácido bórico não dissociado (H3BO3), a principal forma solúvel no solo. O boro
sofre um transporte unidirecional no xilema, via corrente transpiratória, das
raízes para a parte aérea; no floema, o B é praticamente imóvel e assim o boro
não é redistribuído nas plantas de acordo com Faquin (2005).
O molibdênio é absorvido predominantemente como MoO42- em solos
onde os valores de pH são maiores do que 5,O H2PO4- apresenta um efeito
sinergético na absorção e transporte do MoO42-, possivelmente, pelo
deslocamento do Mo dos pontos de adsorção no solo, tornando-o mais
disponível e/ou formação do composto fosfomolibdato mais solúvel na
membrana. Já o SO42- apresenta efeito inibitório na absorção de MoO42-. O
transporte do Mo no xilema pode ocorrer como MoO42-, ligado a grupos –SH de
aminoácidos ou complexado a açúcares ou com outros compostos
polihidroxilados. O Mo é considerado moderadamente móvel na planta
(FAQUIN, 2005).
O cloro é obtido pelas plantas de diferentes fontes: reservas do solo,
água da chuva, fertilizantes e poluição aérea. Pelas raízes, o cloro é absorvido
da solução do solo como Cl-. O cloro pode também ser absorvido pela parte
aérea, diretamente da atmosfera (FAQUIN, 2005). O cloro não é encontrado
em nenhum metabólito em plantas superiores. Sua atuação parece estar
relacionada a um papel de neutralizador de cátions e do equilíbrio osmótico de
espécies vegetais (MENDES, 2007).

2.6.2.3 Elementos Essenciais

O alumínio é o cátion mais abundante na crosta terrestre, com


participação na estrutura de vários minerais primários. A liberação de Al da
fase sólida para a fase líquida do solo está diretamente ligada ao processo de
hidrólise, formam hidróxidos incompletos de alumínio ainda solúveis e,
portanto, tóxicos para as plantas. Esta hidrólise constitui importante fonte de
prótons (H+) no solo, ou seja, geradora de acidez. Em valores de pH maiores
que 5,8 a 6,0, praticamente todo Al aparece na forma insolúvel – Al(OH)3 –
portanto, não tóxico para as plantas (FAQUIN, 2005).
Os mecanismos fisiológicos envolvidos na exclusão ou absorção e
transporte de alumínio foram estudados em poucas plantas acumuladoras nos
últimos anos e ainda não estão bem estabelecidos. A absorção talvez ocorra
na forma de Al3+. Watanabe et al. (2002), estudando a cinética de absorção de
Al em Melastoma malabathricum L., comprovaram que a capacidade de
acumulação de Al deve ser mais relacionada à capacidade de reter o Al no
simplasto nas raízes do que a uma maior taxa de transporte para dentro do
simplasto. O transporte de Al através do xilema talvez ocorra em forma de
citratos (Al:citrato=1:1) em Melastoma malabathricum e Fagopyrum esculentum
Moench. (WATANABE et al., 2002) e em forma de complexos de Al – F em
Camellia sinensis (WATANABE e OSAKI, 2002). Ainda não há estudos de
formas de transporte de Al através do floema ou de formas depositadas nas
sementes (HARIDASAN, 2008).
O cobalto segundo Faquin (2005) parece ser absorvido como CO2+,
sendo transportado das raízes para a parte aérea pelo xilema, via corrente
transpiratória. O Co também tende a formar quelatos com compostos
orgânicos. O excesso de Co no solo diminui a absorção do Fe e Mn, induzindo
à deficiência dos mesmos. O elemento parece pouco móvel nas plantas.
O níquel é absorvido da solução do solo como Ni2+ e compete com
outros cátions no processo de absorção. Há evidencias que o Ni seja móvel no
floema.
O selênio pode ocorrer em quatro estados de oxidação como selenato
(SeO42-). O selenato é a forma predominantemente absorvida pelas plantas,
aparece comumente apenas em solos alcalinos bem arejados. As plantas
apresentam capacidades diferenciadas de absorção e acumulação do Se do
solo (FAQUIN, 2005).
O sódio não é considerado um nutriente essencial para a maioria das
plantas, mas para algumas espécies pertencentes ao gênero Atriplex
encontrados na Austrália e no Chile sua essencialidade tem sido demonstrada.
Alguns trabalhos sugerem que o Na, quando em baixas concentrações,
propicia maior crescimento as plantas (MENDES, 2007).
O silício é absorvido na forma de ácido monossilícico não dissociado em
solos com pH abaixo de 9,0. O processo parece ser ativo, pois requer energia
metabólica e é sensível a inibidores metabólicos e à temperatura. O Si é
transportado no xilema como H4SiO4 e a sua distribuição na planta está
diretamente relacionada coma a taxa transpiratória das diferentes partes da
planta. Esta distribuição depende muito da espécie da planta: uniforme em
plantas que acumulam pouco silício; noutras há maior proporção nas raízes;
em plantas acumuladoras de Si, como o arroz, cerca de 90% está na parte
aérea. A maior proporção do Si na planta está na forma de sílica amorfa
hidratada (SiO2.nH2O) e assim se torna imóvel na planta (FAQUIN, 2005).

2.7 ESPÉCIES ESTUDADAS

Foram coletadas onze amostras de espécies vegetais da flora regional,


para realização de analises. As espécies selecionadas forma as seguintes:
Crotalaria incana L., Bauhinia forficata, Brachiaria brizantha, Montrichardia
linifera, Typha domingensis, Ricinus comunnis L., Heliconia ssp., Cecropia
pachystachya, Cyperus rotundus L.

2.7.1 Crotalaria incana L.


Figura 5 – Guizo de cascavel (Crotalaria incana L.).

A espécie Crotalaria incana L. é conhecida popularmente como guizo de


cascavel, onde seu nome é originário do grego “Krotalon” que significa
chocalho, devido ao barulho produzido pelas sementes quando soltas no fruto
maduro. Pertence à família Leguminosae, subfamília Papilionoideae e tribo
Crotalarieae.
De acordo com a distribuição geográfica, é nativa nos trópicos do Novo
Mundo ocorrendo na Ásia e África (FLORES, 2004). O gênero é constituído por
plantas herbáceas de cerca de 30 cm a arbustos com até 3 m de altura. As
espécies de Crotalaria são caracterizadas por apresentarem folhas digitado-
trifolioladas, unifolioladas ou simples, androceu monadelfo aberto na base,
anteras diformas e legumes inflados (FLORES, 2004), flores distribuídas ao
longo da ráquis e ramos tormentosos.
É uma espécie nativa no Brasil e se encontram principalmente nas
regiões central e meridional. Ocorre em ilhas, pastagem abandonadas,
margens de estradas e áreas reflorestadas e abertas, e em solos arenosos,
secos ou alagados no período de águas altas. Coletada com flores e frutos de
março a julho e em agosto e setembro, e apenas com frutos, em dezembro
(GARCIA et al., 2013). A maioria está adaptada a lugares quentes, porém
algumas espécies se desenvolvem melhor em climas temperados ou são
capazes de viver em solos salinos (MATOS, 1978).
2.7.2 Bauhinia forficata

Figura 6 – Pata-de-vaca (Bauhinia forficata).

Espécie pertencente à família Fabaceae, sendo popularmente conhecida


com pata-de-vaca e, que apresenta também outras denominações dependendo
da região onde se encontra. Nativa da Índia é encontrada em quase todo o
país, sendo que na região de Mata Atlântica é onde teve uma melhor
adaptação.
É encontrada geralmente na vegetação secundária, principalmente em
capoeiras e nas margens das estradas, caminhos e aberturas nos bosques. É
uma espécie heliófila, medianamente tolerante às baixas temperaturas. Em
florestas naturais, árvores adultas toleram temperaturas mínimas de até -6oC.
Pode ser plantada sob o sol, em plantio misto e, em vegetação matricial
arbórea.
Árvore espinhenta, semidecídua, de copa aberta, com tronco um pouco
canelado e de cor clara, de 5-9 m de altura. Folhas simples, coriáceas,
divididas até acima do meio com aspecto e uma pata de vaca, de 8-12 cm de
comprimento. Flores brancas, dispostas em racemos axilares. O tronco é
geralmente tortuoso recoberto por súber castanho amarronzado, apresentando
sulcos mais ou menos profundos e aspecto ligeiramente estriado no sentido
longitudinal. Os frutos são do tipo legume as vagens achatadas e deiscentes
medindo de 15 a 25 cm de comprimento, de coloração escuro, amarronzada
quando na época de abertura (LORENZI, 1992).
É uma espécie plástica quanto a solos, ocorrendo em quase todos os
tipos de solo, preferindo os profundos, permeáveis e de boa fertilidade química.
Ela é considerada planta padrão de solos de fertilidade química boa (Costa,
1971). Quando plantadas em solos com propriedades físicas adequadas, como
textura argilosa e boa drenagem, apresentam desenvolvimento satisfatório
suportando período de encharcamento. Porém, seu plantio deve ser evitado em
solos pantanosos, excessivamente rasos e pedregosos.

2.7.3 Brachiaria brizantha

Figura 7 – Braquiarão (Brachiaria brizantha).

Segundo Lorenzi (2000), a Brachiaria brizantha, conhecida como


braquiarão, é uma planta perene proveniente da África Tropical. Dentre as
brachiarias, é considerada a mais resistente à seca e ao frio e, por apresentar
capacidade de adaptação a mais variada condição ambiental expande-se de
forma expressiva. Adapta-se bem até 3.000 metros de altitude, precipitação
anual ao redor de 700 mm e cerca de 5 meses de seca no inverno (SOARES
FILHO, 1994).
É uma planta de 1,5 a 2,5 metros de altura, com lâminas foliares largas e
longas. Quando bastante desenvolvidas, formam touceiras que chegam a
atingir 2 m de altura o que faz com que seja considerada por alguns autores
como espécie cespitosa. A temperatura ideal para seu desenvolvimento está
entre 30 a 35oC, sendo a mínima de 15oC, embora tolere bem geada
(SKERMAM e RIVEIROS, 1992). Quanto ao seu potencial produtivo, segundo
Ghisi e Pedreira (1987), apresenta elevada produção de massa verde e
responde bem a adubações, com produção de até 36 toneladas de massa seca
por hectare por ano.

2.7.4 Montrichardia linifera

Figura 8 – Aninga (Montrichardia linifera).

Pertencente à família Araceae, com 104 gêneros e cerca de 3.500


espécies, é um vegetal originário da América Tropical e Ásia Tropical.
Popularmente é conhecida como aninga, aningaçu ou aningaíba. A aninga é
uma macrófita aquática vastamente distribuída nas várzeas amazônicas e
igualmente encontrada em diversos ecossistemas inundáveis como os igapós,
margens de rios, furos e igarapés, ocorrendo também nos estados do Piauí,
Rio de Janeiro, Sul do Brasil e Suriname (MEDINA, 1959; PULLE e LANJOUW,
1968).
Por ser uma espécie pioneira, apresenta considerável importância
ecológica na formação das margens de rios e igarapés de águas brancas
(barrentas), pois é a primeira vegetação na formação de ilhas aluviais formando
extensas populações clonais pela brotação de caules subterrâneos e
submersos. Os tipos de solos e a competição com outras espécies na
colonização das margens de rios e igarapés provocam variações fenotípicas,
principalmente, de caules aéreos e folhas, o que dificulta sua identificação
botânica (LINS, 1994).
Morfologicamente é caracterizada com uma espécie herbácea, onde sua
altura varia de 4 a 6 metros, com folhas com cerca de 45 a 66 metros de altura
e 35 a 63 cm de largura. Sua flor é uma espádice simples de coloração branca
amarelada e seus frutos fazem parte da dieta dos grandes herbívoros, como o
peixe-boi, as capivaras e as tartarugas (MEDINA, 1959; PULLE E LANJOUW,
1968). No entanto, estudos sobre a composição química e nutricional desta
espécie revelaram que suas folhas e frutos são uma fonte de baixo valor
proteico para os animais que dela se alimentam (AMARANTE et al., 2009;
2010; 2011; AMARANTE, 2010).

2.7.5 Typha domingensis

Figura 9 – Taboa (Typha domingensis).

A espécie Typha domingensis é uma planta nativa da América do Sul,


pertencente à família das Thyphaceae, sendo conhecida popularmente como
taboa, capim-de-esteira, pau-de-lagoa entre outros. É uma planta perene,
herbácea, rizomatosa, aquática; propaga-se por sementes e vegetativamente
e, forma densos agrupamentos; é bastante vigorosa chegando a produzir 7.000
kg de rizomas por hectare; esses rizomas são comestíveis, possuindo valor
proteico igual ao do milho e, de carboidratos iguais ao da batata (BIANCO et
al., 2003).
Possui caule cilíndrico, e uma altura que varia de 2 a 4 m. Floresce de
julho a agosto. A parte superior da espiga é de flores masculinas, que caem. A
parte inferior é engrossada, cor de chocolate ou ocre, tem flores femininas e
fruto com plumas (SOUZA, 2003). Suas folhas são utilizadas para artesanato,
na confecção de esteiras, cestos, tapeçarias. A fibra da folha serve para fazer
papéis, cartões e, sua inflorescência serve para encher travesseiros e
almofadas.
É encontrada em uma grande variedade de habitats aquáticos como
várzeas úmidas, margens de rios, canais de irrigação e drenagem, sendo
tolerante à salinidade e também a pH entre 4,8 e 8,7 (POTT e POTT, 2000).
Plantas de Typha absorvem metais pesados, inclusive o cobre, podendo
contribuir para o saneamento ambiental e é indicada como depuradora natural
de ambientes aquáticos (REITZ, 1984).

2.7.6 Ricinus comunnis L.

Figura 10 – Mamona (Ricinus comunnis L.).

Espécie vegetal provavelmente originária da Ásia, onde sua origem é


muito discutida devido a relatos que indicam seu cultivo na Ásia e na África.
Conhecida popularmente como mamona, pertence à família Euphobiaceae,
que engloba vasto número de tipos de plantas nativas da região tropical.
É uma planta que se adapta bem em climas tropicais e subtropicais e,
devido a essa adaptação em diferentes condições climáticas é possível
encontrá-la em quase toda extensão territorial do Brasil. Existem três
variedades dessa planta que pode ser aqui cultivadas: a de porte anão ou
baixo (até 1,60 m), médio (1,60 a 2,00) ou alto (acima de 2,00 m).
Comercialmente ela deve ser explorada entre as latitudes 40 o N e 40o S,
em áreas com altitude na faixa de 300 a 1.500 m acima do nível médio do mar,
temperatura em torno de 28o C e, onde a precipitação pluvial esteja entre 400 e
500 mm. Apresenta sistema radicular bem desenvolvido, o que provavelmente
a torna tolerante à seca e, se adapta melhor aos climas quentes, onde o
nordeste apresenta regiões com melhores características para o seu cultivo.
A mamoneira desenvolve-se e produz bem em vários tipos de solo, com
exceção daqueles de textura argilosa, que apresentam deficiência de
drenagem. Solos profundos, com boa drenagem, de textura franca e bem
balanceados quanto aos aspectos nutricionais, favorecem o seu
desenvolvimento (AZEVEDO e GONDIM, 2006).
O sistema radicular da mamona tem capacidade de explorar as camadas
mais profundas do solo, que normalmente não são atingidas por outras culturas
anuais, como soja, milho e feijão, promovendo o aumento da aeração e da
capacidade de retenção e distribuição da água no solo (AZEVEDO e GONDIM,
2006).
A mamoneira é exigente em fertilidade, devendo ser cultivada em solos
com fertilidades média a alta, porém, solos com fertilidade muito elevada
favorecem o crescimento vegetativo excessivo, prolongando o ciclo e
expandindo, consideravelmente, o período de floração. Tanto solos ácidos
como alcalinos tem efeito negativo no crescimento e desenvolvimento das
plantas. A cultura prefere solos com pH entre 5 e 6,5, produzindo em solos de
pH até 8,0 (AZEVEDO e GONDIM, 2006).

2.7.7 Cecropia pachystachya


Figura 11 – Embaúba (Cecropia pachystachya).

As espécies do gênero Cecropia apresentam-se largamente distribuídas


na região Neotropical. Apresentam crescimento rápido e são abundantes em
áreas perturbadas e em estágios iniciais de processo sucessionais (SANTOS,
2000). No Brasil, cinco espécies do gênero são ocorrentes: Cecropia glaziou
Sneth, C. hololeuca Miq, C. sciadophylla Trécul, C. pachystachy (BOCCHESE,
2008). A espécie é conhecida popularmente como embaúba, e pode chegar a
alturas de 5 a 10 metros, com tronco de 15 a 20 cm de diâmetro, ramificado
apenas na região superior. As folhas se concentram no ápice dos galhos e são
digitadas com 7 a 10 lobos sob pecíolo cilíndrico, medindo de 30 a 55 cm de
comprimento.
Planta perenifólia, heliófita, pioneira e seletiva higrófita, característica do
solos úmidos em beira de matas e em suas clareiras. Prefere as matas
secundárias, sendo rara no interior da mata primária densa, pode ser
encontrada também em capoeiras novas situadas junto a vertentes ou cursos
d’ água e em terrenos baixos com lençol freático superficial. No interior de seu
tronco oco (entrenós) abriga formigas. É característica de solos de maior
umidade, típica da bordas de matas, clareiras grandes e de estradas e tem
preferência pelos locais ensolarados, sendo rara sua presença no interior de
matas fechadas (MIRANDA et al., 2008).
2.7.8 Cyperus rotundus L.

Figura 12 – Tiririca (Cyperus rotundus L.).

A espécie Cyperus rotundus L. pertence à família Cyperaceae, e é


popularmente conhecida como tiririca. É uma planta nativa da parte tropical da
Ásia, e pode ser encontrada em países de clima tropical, subtropical e em
muitos de clima temperado. No Brasil, ocorre praticamente em toda extensão
territorial (PASTRE, 2006).
Planta herbácea, com porte de 15 a 50 cm de altura. Os rizomas são as
estruturas responsáveis pela ramificação da planta em todas as direções. No
rizoma, a intervalos de 5 a 25 cm originam-se os tubérculos, e é deles que
surgem as novas plantas. As folhas são basais, e as lâminas foliares planas,
sulcadas e com 3 a 5 mm de largura, com coloração verde-escura. A
inflorescência é composta de espiguetas lineares, de coloração vermelha
escura ou acastanhada (FLORASBS, 2014).
A tiririca cresce bem em todos os tipos de solo, em todos os níveis de
umidade de solo, pH e elevação. Em temperatura baixa, o seu
desenvolvimento e multiplicação se dão com lentidão. Temperatura elevada é
muito bem tolerada; na verdade não se conhece outra espécie vegetal que
tolere temperaturas mais altas que C. rotundus. Sua capacidade de
sobrevivência em condições adversas é enorme. Períodos prolongados de
seca ou inundação são suportados (PASTRE, 2006).
A tiririca é uma planta perene com estruturas especiais de crescimento
subterrâneo, o que a torna super competitiva no gramado (FAÉ, 2010). É a
espécie com maior interferência nas culturas agrícolas de arroz, algodão,
milho, feijão, cana-de-açúcar e hortaliças; pois além de competir diretamente
por água, luz e nutrientes, a tiririca inibe a germinação e brotação de outras
espécies, pois exsuda substâncias químicas de efeito alelopático (FLORASBS,
2014).

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA ESTUDADA

Figura 13 – Mapa do Estado do Pará indicando o município onde foi


realizada a coleta das amostras.
Fonte: CVRD, Diagonal urbana consultoria e prefeitura de Canaã dos
Carajás. Plano de Desenvolvimento Urbano de Canaã dos Carajás,
(2007).

O material vegetal e as amostras de solo foram coletadas ao redor da


barragem de rejeitos, oriundo do processo de beneficiamento do minério de
cobre da empresa mineradora Vale S.A. que se localiza no município de Canaã
dos Carajás, Estado do Pará.
Todos os pontos onde foram realizadas as coletas foram
georreferenciados, onde para tal foi utilizado um aparelho de GPS de
navegação modelo Garmin. Todos os pontos estão apresentados nos quadros
referentes aos pontos de coleta, as amostras de material vegetal e amostras de
solo.
Quadro 1 – Pontos de coleta das amostras de solo georreferenciados.
Amostras de solo Coordenadas Geográficas
1o Ponto 6o 45’ 621” S
50o 102’ 42” W
2o Ponto 6o 45’ 659” S
50o 101’ 23” W
3o Ponto 6o 45’ 790” S
50o 09’ 998” W
4o Ponto 6o 46’ 256” S
50o 09’ 767” W
5o Ponto 6o 46’ 280” S
50o 09’ 863” W
6o Ponto 6o 42’ 650” S
50o 09’ 984” W

Quadro 2 – Pontos de coleta das amostras de vegetal georreferenciados.


Material Vegetal Espécies Coordenadas Geográficas
1o Ponto Guizo de Cascavel 6o 45’ 580” S
50o 101’ 37” W
Mamona 6o 45’ 601” S
50o 101’ 77” W
Tiririca 6o 45’ 619” S
50o 101’ 69” W
2o Ponto Pata de Vaca 6o 45’ 720” S
50o 101’ 45” W

Braquiarão 6o 45’645” S
50o 101’ 17” W

4o Ponto Aninga 6o 45’ 280” S


50o 097’ 25” W
Braquiarão 6o 45’245” S
50o 097’ 59” W
Aninga 6o 45’ 301” S
50o 098’ 25” W
Taboa 6o 46’ 305” S
50o 098’ 50” W
5o Ponto Mamona 6o 46’ 349” S
50o 099’ 06” W
6o Ponto Embaúba 6o 46’ 267” S
50o 099’ 91” W

Após a etapa de coleta o material foi transportado até a Universidade


Federal do Sul e Sudeste do Pará, onde no Laboratório de Controle Ambiental
foram lavados, separados, identificados e moídos, para posterior envio ao
Laboratório Fullin.

3.1.1 Amostras de solo coletadas

Inicialmente foi feita uma observação da área no entorno da barragem


de rejeitos, objetivando selecionar pontos que se localizassem próximo a ela e
onde o solo permitisse a retirada de todas as profundidades. As amostras de
solo foram coletadas a uma distância de 10 metros da barragem, uma vez que
se constatou que quanto mais próxima dela maior era a quantidade de água
presente o que consequentemente acabava por comprometer a retirada das
amostras.
Fazendo uso do trado holandês foi feita a retirada das amostras de solo,
onde de cada perfil buscou-se obter uma representatividade do material. As
profundidades retiradas de cada perfil foram de: 0 – 20 cm; 20 – 40 cm; 40 – 60
cm e +60 cm. Os solos foram armazenados em sacolas plásticas de 5 kg e
identificados, onde o peso do solo ainda úmido variava de 2,540 kg a 5,793 kg.
Figura 14 – Coleta das amostras de solo utilizando-se o trado holandês.

Foram selecionados seis pontos de coleta e feito oito furos para retirada
de solo.
No 1o ponto a retirada de material do primeiro perfil só foi possível até a
profundidade 0 – 20 cm, devido à compactação do solo que dificultou a
penetração do trado holandês. Nos perfis 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 foi possível a
retirada de todos os incrementos da amostra, onde os perfis 7 e 8
apresentaram bastante umidade.
No 2o ponto foi feita a retirada de material em oito perfis, onde em todas
as profundidades foi possível coletar material apesar de apresentarem
umidade.
No 3o ponto foi possível à retirada completa de material dos perfis 1, 2,
3, 5 e 6, onde os mesmos também apresentaram umidade. Do perfil quatro só
foi possível retirar incremento até a profundidade 40 – 60 cm; no perfil sete a
retirada de material só foi possível até a profundidade 20 – 40 cm e, no perfil
oito só foi possível retirar material até a profundidade 0 – 20 cm. Os três
últimos perfis citados tiveram a retirada das demais profundidades
comprometidas devido à elevada umidade apresentada.
No 4o ponto foi possível retirar amostra, do perfil um, até a profundidade
20 – 40 cm, as demais profundidades ficaram comprometidas devido a
umidade que o solo apresentava. No perfil dois só foi possível retirar amostra
até a profundidade 40 – 60 cm e, devido à umidade não foi possível a retirada
das demais. Dos perfis 3, 4, 5, 6, 7 e 8 podem-se retirar todos os incrementos.
No 5o ponto foram feitas coletas de apenas seis perfis, onde em cada
um deles foi possível a retirada de todas as profundidades. Devido ao excesso
de água presente, não foi possível a coleta dos perfis sete e oito.
No 6o ponto foram coletadas amostras, de todas as profundidades, do
primeiro ao sétimo perfil. No oitavo perfil devido à compactação do solo, só foi
possível retirar incremento até a profundidade 40 -60 cm.

3.1.2 Tratamento das amostras de solo pós-coleta

O material coletado totalizou 24 amostras de solo. As amostras foram


colocadas em lona para que pudessem secar naturalmente à sombra e, todas
foram identificadas de acordo com seus pontos de coleta. De dois em dois dias
esse material era revolvido e os torrões eram manualmente desagregados, a
fim de evitar que os mesmos endurecessem dificultando mais tarde sua
desagregação. Após o período de secagem o solo ainda apresentou bastante
material agregado, que teve que ser destorroado usando-se o almofariz e o
pistilo de porcelana, para que não afetasse as etapas posteriores.
Com auxílio de uma lona todas as amostras de solo foram
homogeneizadas e quarteadas, objetivando retirar uma amostra representativa
do material tanto para serem analisadas no Laboratório de Análise Agronômica
e Ambiental – Fullin/LTDA, quanto para análise granulométrica e densidade no
Laboratório de Controle Ambiental. Para o Laboratório Fullin foram separadas
amostras de 500g e, para o Laboratório de Controle Ambiental foram
separadas amostras de 1 kg.
Figura 15 – Amostras de solo secando a sombra em temperatura ambiente.

3.1.3 Amostras de material vegetal coletadas

A coleta do material vegetal foi realizada no entorno da barragem de


rejeitos, nos mesmos pontos onde foram realizadas as coletas dos solos. As
espécies vegetais coletadas foram as seguintes: Guizo de Cascavel, Mamona,
Tiririca, Pata de Vaca, Braquiarão, Aninga, Taboa, Embaúba. Todas as
amostras foram armazenadas em sacos de papel e identificadas.

3.1.4 Tratamento das amostras de material vegetal pós-coleta

A preparação do material vegetal foi realizada no Laboratório de


Controle Ambiental. Inicialmente todas as amostras foram lavadas em água
corrente para retirada de resíduos de solo e rejeito. A secagem foi feita em
estufa a uma temperatura de 100o por um período de 72 horas.
Figura 16 – Lavagem das amostras de vegetais.

Após esse tempo as amostras foram moídas individualmente no moinho


de facas para obtenção de biomassa seca. A marca do moinho usado é a De
Leo, conforme ilustrado na Figura 17.

Figura 17 – Moinho de facas utilizado na moagem do material vegetal.

Após essa etapa de preparação as amostras foram encaminhadas para


o Laboratório de Análises Agronômicas – Fullin/LTDA, para que fossem
realizadas as análises químicas do material.

3.2 ANÁLISES FÍSICAS

Nas amostras de solo foram realizadas análises de densidade de


partículas e textural. Ambas as análises foram realizadas em laboratório, sendo
a primeira feita no Laboratório de Hidro e Eletrometalurgia Extrativa, e a
segunda no Laboratório de Controle Ambiental.
3.2.1 Densidade das partículas

Para a análise de densidade de partículas o método utilizado foi o de


picnometria, onde a obtenção do peso específico das partículas sólidas das
amostras de solo foi obtido através das normas ME/DNER – 93/64 – NBR 6508
(1984).
Inicialmente, para a realização desse procedimento fora pesado 500g de
cada amostra de solo, sendo, todas elas homogeneizadas e quarteadas para a
retirada de uma amostra representativa com peso de 10 g. O picnômetro usado
foi o de 50 ml, com um peso aproximado de 50,1 g.
O picnômetro pesado vazio, devidamente seco e limpo para que não
viesse a influenciar nos resultados, foi chamado de A1; a amostra (10 g) foi
colocada no picnômetro para posterior pesagem, sendo chamado de A 2;
acrescentou-se água destilada no picnômetro até enchê-lo por completo e
pesou-se, sendo chamado de A3; e pôr fim a amostra era descartada e o
picnômetro lavado para que pudesse ser pesado somente cheio com água
destilada, sendo chamado de A4, conforme ilustrado na Figura 18.
Após a etapa de pesagem, os valores de densidade foram calculados
usando-se a fórmula do cálculo da densidade real (1).

Fórmula para o cálculo da densidade real:

=( ) (
(1)
)

A A1 A2
A3 A4

Figura 18 - Etapas do ensaio de densidade por picnometria: amostra de


solo (A); picnômetro vazio (A1); picnômetro com amostra (A2); picnômetro
com amostra e água (A3); picnômetro com água (A4).

3.2.2 Análise textural

Antes de realizar a análise granulométrica, as amostras de solo foram


homogeneizadas e quarteadas, em lona, objetivando obter-se uma amostra
representativa para a realização dos ensaios. Esse material foi peneirado
manualmente em uma peneira de 2,00 mm, objetivando separar o material fino
do grosso.
O material que ficou retido na peneira foi descartado, uma vez que não
apresenta as características do material necessário para as análises; já o
material passante nessa peneira foi posteriormente deslamado em água
destilada objetivando a retirada do material mais fino que fica agregado nas
partículas de solo. A deslamagem do solo foi feita em uma peneira cuja malha
é 0,075 mm.
O material deslamado foi colocado em bandeja de alumínio e levado
para secar em estufa por um período de seis horas. Após a secagem o material
foi retirado da estufa para perda de temperatura, sendo pesado em torno de
120 g de amostra que foi colocado em um jogo de peneiras cujas aberturas das
malhas variavam de 0,6 mm e 0,075 mm. Esse material foi colocado em
agitador mecânico (Figura 19) por um período de 20 minutos, sendo
posteriormente pesado de forma individual o material retido em cada peneira. A
análise foi realizada de acordo com a metodologia específica da norma NBR-
718 da ABNT.
Figura 19 – Agitador mecânico utilizado na análise granulométrica do solo.

3.3 ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA

3.3.1 Determinação do pH e condutividade elétrica da água

Em cada ponto demarcado para coleta de material também foi feita a


coleta de água, da própria barragem de rejeitos, para a determinação do pH e
da condutividade elétrica.
Com um Becker de 100 ml a água foi coletada diretamente na própria
barragem e, com o auxílio de um pHmetro e um condutivímetro das marcas
PHTEK pH - 100 e Instrutherm CD – 880, foi feita a medição dessas grandezas
(Figura 20).

Figura 20 – Coleta da água e realização da análise de pH e condutividade elétrica.


3.3.2 Determinação no solo do pH e condutividade elétrica

Posteriormente a retirada dos incrementos de solo, as amostras foram


homogeneizadas para a retirada de uma parte representativa de cada
profundidade. A amostra fora colocada em um Becker de 250 ml, onde o
restante do recipiente foi preenchido com água destilada. Com o uso do
pHmetro (C) e do condutivímetro (D) anteriormente citados, se fez a medição
do pH e condutividade elétrica, conforme ilustrado na Figura 21.

Figura 21 – Análise do solo para pH e condutividade elétrica.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 AMOSTRAS DE SOLO

De acordo com os resultados da análise textural das amostras de solo


(Tabela 1), constatou-se que o mesmo é de textura arenosa. De modo geral a
quantidade de argila e silte presente é baixa, esses baixos teores podem ser
atribuídos ao efeito do intemperismo no local o que condiz com Mata (2007)
que conclui que a relação silte/argila serve como base para avaliar o estágio de
intemperismo presente em solos, e que solos que apresentam valor inferior a
0,7, ou, 0,6 se encontram em alto grau de intemperismo. Observa-se que a
camada mais superficial (0 – 20) apresentou os maiores teores, com exceção
do 1º Ponto, houve também grande variação do teor entre os perfis.
Os solos arenosos são bem aerados e soltos, mas também de baixa
fertilidade e propensos à fácil perda de umidade. Possuem uma maior
quantidade de areia do que de outros componentes, e por ser constituído em
grande parte por grãos de areia, há espaços entre os grãos, proporcionando
uma maior circulação de água e ar tornando-o muito permeável. Devido a
grande permeabilidade, são pobres em vegetação, pois, não fornecem os
nutrientes necessários à maioria das plantas. Por esta razão somente algumas
plantas se adaptam a este solo, como as que possuem raízes profundas.
Solos arenosos, com baixo teor de matéria orgânica e,
consequentemente, baixa CTC (Capacidade de Troca de Cátions), retêm
somente pequenas quantidades de cátions, sendo, portanto, mais susceptíveis
a perdas de nutrientes por lixiviação (LOPES e GUILHERME, 1992).
De acordo com os valores obtidos para a densidade de partículas os
pontos de coleta 1 e 5 apresentaram as maiores densidades nas camadas
mais superficiais e decresceram a medida que se aumentou a profundidade.
De acordo com Filho (2005), valores elevados de densidade podem ser
atribuídos à grande quantidade de óxidos de ferro no solo, assim como também
a compactação do mesmo que reduz o volume do espaço poroso. O terceiro
ponto apresentou maior densidade nas profundidades 0 – 20 e 20 - 40 o que
justifica a afirmação de Filho (2005).
Nos pontos 4 e 6, as maiores densidades foram detectadas nas
profundidades 20 – 40 e 40 - 60; já no 2o ponto as maiores densidades foram
detectadas nas profundidades 20 - 40 e >60. O baixo valor de densidade na
camada mais superficial que nas camadas mais profundas, pode ser em função
da matéria orgânica (FILHO, 2005).

Tabela 1 – Resultados das análises físicas das amostras de solos.


Perfil Prof. Areia Areia Areia Silte e Classe Densidade
-3
(cm) Grossa Média Fina Argila textural g.cm
% % % %
1º Ponto 0 – 20 6,71 15,48 72,56 5,26 Arenosa 2,53
20 – 40 8,33 15,80 72,09 3,78 Arenosa 2,47
40 – 60 8,05 14,97 71,26 5,72 Arenosa 2,41
+ 60 9,98 15,37 70,88 3,77 Arenosa 2,40
o
2 Ponto 0 - 20 5,17 14,46 74,27 6,10 Arenosa 2,49
20 – 40 7,50 17,27 71,51 3,72 Arenosa 2,55
40 – 60 6,47 15,49 75,78 2,26 Arenosa 2,41
+ 60 9,40 17,07 71,21 2,32 Arenosa 2,53
o
3 Ponto 0 – 20 10,30 13,63 68,69 7,38 Arenosa 2,48
20 – 40 13,51 13,85 70,94 1,70 Arenosa 2,55
40 – 60 13,41 15,96 68,15 2,48 Arenosa 2,41
+ 60 11,53 15,64 67,86 4,97 Arenosa 2,40
o
4 Ponto 0 – 20 10,28 20,29 65,95 3,48 Arenosa 2,47
20 – 40 17,73 20,86 59,90 1,51 Arenosa 2,61
40 – 60 13,31 20,45 64,43 1,81 Arenosa 2,50
+60 16,46 24,84 55,96 2,74 Arenosa 2,48
o
5 Ponto 0 – 20 15,00 21,12 60,22 3,66 Arenosa 2,57
20 – 40 14,98 22,67 59,93 2,42 Arenosa 2,56
40 – 60 17,77 22,46 57,87 1,90 Arenosa 2,55
+60 16,92 23,79 56,69 2,60 Arenosa 2,47
6º Ponto 0 – 20 15,04 20,95 60,22 3,79 Arenosa 2,49
20 – 40 19,25 22,33 56,65 1,77 Arenosa 2,50
40 – 60 16,48 21,20 60,00 2,32 Arenosa 2,52
+60 17,09 21,56 60,16 1,19 Arenosa 2,49

De acordo com os resultados apresentados, a maioria dos perfis


amostrados apresentou maior pH nas zonas mais superficiais do solo (Figuras
22 e 23). Esses valores apresentam-se na faixa de 5,0 a 6,3. De maneira geral
todos os pontos apresentaram valores para o teor na faixa de 5,0 a 6,0,
indicando a acidez do solo, que interfere de forma negativa no crescimento e
desenvolvimento vegetal da maioria das plantas.
Os 1o e 2o pontos apresentaram faixas de pH abaixo de 5,0, o que
significa que o solo apresenta acidez forte, e prejudica de maneira efetiva o
desenvolvimento dos vegetais. Os pontos 3, 4, 5 e 6 apresentaram em algumas
profundidades valores de pH entre 6,0 e 6,9 sendo considerados de acidez
fraca, o que praticamente não interfere no desenvolvimento das plantas.
Os solos podem ser ácidos devido ao material de origem ou a processos
de formação que favorecem a remoção de bases como potássio, cálcio e
magnésio (CHAVES, 2005). Vários fatores promovem a acidez do solo, a
maioria das plantas liberam compostos químicos pelas raízes que acidificam o
solo, assim como a decomposição de matéria orgânica.
As medições de pH do solo podem ser utilizadas como base inicial para
a previsão do comportamento químico dos solos, em especial quanto a
disponibilidade de nutrientes e à presença de elementos tóxicos.
Fageria et al. (1999) relatam que a absorção da maioria dos
macronutrientes aumenta com a elevação do pH na faixa de 6,1 a 6,7. A
absorção dos micronutrientes, entretanto, diminui significativamente com o
aumento do pH do solo.

6 6,2
5,6
5,4 5,4
5 5,1 5
4,8 4,8
4,6
4,5 4,5
4 1º Ponto
pH

2º Ponto
3
3º Ponto
2

0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 22 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 1, 2 e 3, e diferentes
profundidades para coleta de solo.

7
6,8
6,3
6,1 6,3
6 6
5,5 5,7 5,5
5,4
5 5,1 5
4º Ponto
4,2
pH

4
5º Ponto
3 6º Ponto
2

0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 23 – Potencial hidrogeniônico (pH) analisado nos perfis 4, 5 e 6, e diferentes
profundidades para coleta de solo.

Os valores de condutividade do solo são baixos em todos os perfis


analisados (Figuras 24 e 25).
0,07

0,06 0,06

Condutividade 0,05

0,04 0,04 0,04 1º Ponto


2º Ponto
0,03 0,03 0,03
3º Ponto
0,02 0,02 0,02

0,01 0,01 0,01

0
0-20 20-40 40-60 >60

Figura 24 – Condutividade elétrica (CE) analisada nos perfis 1, 2 e 3, e diferentes


profundidades para coleta de solo.

0,045

0,04 0,04 0,04


0,035

0,03 0,03
Condutividade

0,025 4º Ponto

0,02 0,02 0,02 5º Ponto

0,015 6º Ponto

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01


0,005

0
0-20 20-40 40-60 >60
Figura 25 – Condutividade elétrica (CE) analisada nos perfis 4, 5 e 6, e diferentes
profundidades para coleta de solo.

A maioria dos elementos ocorre naturalmente no solo, em concentrações


variáveis de acordo com a sua gênese, em formas não prontamente
disponíveis para as plantas e organismos vivos (RESENDE et al., 1997). No
entanto, estas concentrações podem sofrer incremento devido a processos
antrópicos.
Os elementos no solo associam-se a diversos componentes orgânicos e
inorgânicos, apresentando-se em diversas formas químicas que regulam a
solubilidade e mobilidade destes elementos no solo, assim como a sua
disponibilidade aos sistemas biológicos. Atributos do solo, tais como pH, teor
de matéria orgânica, presença de óxidos de ferro, alumínio ou manganês,
conteúdo de argila e húmus e, potencial redox são responsáveis pelo
comportamento e a disponibilidade dos elementos no solo (SILVA, 2006).
De acordo o ilustrado no Quadro 03 com relação ao fósforo, geralmente
as quantidades presentes no solo são baixas. Sendo predominante na forma
de H2P na faixa de pH entre 2 e 7, e como HP na faixa de pH de 7 a 12.
Verificando o comportamento do mesmo nos perfis, nas camadas mais
superficiais estão disponíveis os maiores teores e de maneira geral a forma
disponível é H2P , sendo também a que apresenta absorção mais rápida
pelas plantas. Em pH abaixo de 4,5 a disponibilidade do P se torna
comprometida, uma vez que sua fixação se torna alta, esse comportamento
pode ser observado no 5o ponto na profundidade >60.
O potássio está presente no solo nas formas estrutural, não trocável e
em solução, aderindo na acessibilidade para as plantas e com reversibilidade
entre essas formas (SYERS, 2003). As formas de K em solução e trocável são
consideradas prontamente disponíveis às plantas e, as demais formas,
constituem a reserva de K dos solos (FARIA et al., 2012). Em solos com pH
próximos de 6,5 o potássio apresenta maior disponibilidade, onde comparando
com os perfis analisados, as camadas mais superficiais apresentaram os
maiores faixas de pH, o que pode justificar as maiores concentrações de
potássio nessas camadas.
O enxofre no solo é encontrado nas formas orgânicas e inorgânicas,
sendo a primeira, a mais abundante encontrada na maioria dos solos. O
enxofre inorgânico predomina como sulfato (S ) na solução ou adsorvido nos
grupos funcionais dos colóides. Dentre as condições geoquímicas da solução,
o pH do solo é uma das mais importantes na adsorção de S . Conforme
aumenta o pH do solo, diminui a adsorção de S pelos colóides
(KAMPRATH et al., 1956; ELKINS e ENSMINGER, 1971), aumentando a
disponibilidade deste íon na solução do solo, devido à diminuição da
quantidade de cargas superficiais positivas e à desprotonação dos grupos
hidroxilas. Analisando a quantidade disponível do mesmo no solo e os valores
de pH, pode-se afirmar esse elemento se encontra mais disponível nas
camadas superficiais.
Solos argilosos e com teores elevados de óxidos de ferro apresentam
alta capacidade de retenção de S , tornando a sua movimentação no perfil
mais lenta, comparativamente a solos com menor quantidade desses grupos
funcionais. Em solos arenosos ou poucos intemperizados, o S tende a
deslocar-se mais rapidamente para os horizontes subsuperficiais, ou mesmo,
sair do sistema solo por lixiviação. Geralmente, são encontrados teores mais
elevados de S nos horizontes subsuperficiais, com maior quantidade de
colóides inorgânicos, em relação à superfície (MACLNTIRE et al., 1917;
ENSMINGER, 1954), o que mais uma vez comprova a maior concentração nas
camadas mais próximas a superfície.
O cálcio ocorre no solo apenas na forma catiônica de Ca 2+ apresentando
uma dinâmica muito simples. O cálcio no solo encontra-se adsorvido nos
coloides ou como componente da matéria orgânica. Em solos ácidos, estes
minerais são intemperizados, e o cálcio, em parte, é perdido por lixiviação. Em
condições de pH elevado, o Ca pode precipitar como carbonato, fosfato ou
sulfatos, com pouca solubilidade. O cálcio considerado disponível para as
plantas é aquele adsorvido aos coloides (trocáveis) e presente na solução do
solo (Ca2+). No solo, diversos fatores afetam a disponibilidade de Ca, como o
valor pH, sendo aquele próximo de 6,5 em que a disponibilidade é maior. Dos
perfis analisados o que apresentou a maior disponibilidade desse elemento foi
o terceiro perfil, ficando na faixa de 2,3 a 2,9. Apesar do perfil 6 apresentar os
maiores teores de pH, ainda assim a disponibilidade desse elemento no solo foi
baixa.
O magnésio ocorre no solo na forma catiônica de Mg2+ e apresenta uma
dinâmica simples. Na solução do solo a concentração de magnésio é
relativamente elevada, com exceção dos solos ácidos altamente
intemperizados ou em certos solos arenosos. Em solos ácidos, com pH abaixo
de 5,8, o excesso de hidrogênio e o alumínio influenciam a disponibilidade de
Mg, porém nos perfis analisados e teor de alumínio foi muito baixo ou nulo, o
que não afeta na disponibilidade excessiva de magnésio no solo, onde o
mesmo se concentrou em faixa de 0,2 a 0,3. Em pH acima de 7,4 o excesso de
cálcio impede a absorção de magnésio pelas plantas; nenhum perfil analisado
apresentou esse valor para pH.
Segundo Echart e Molina (2001) o alumínio destaca-se como um dos
maiores problemas em solos com pH ≤ 5,0, pois em solos com pH baixo há
maior liberação dos íons alumínio (Al3+) condicionando a graves problemas de
toxicidade para as plantas. De todos os pontos analisados nenhum apresentou
problemas para toxicidade, uma vez que as quantidades apresentadas foram
muito baixas e em pontos como o 1o, 3o e 5o, apresentaram quantidade nula
para esse elemento. Os pontos 2, 4 e 6 apresentaram quantidades baixas de
Al, o que não afetam tanto a sanidade das plantas bem como a contaminação
do solo.
No solo a forma predominante de Fe solúvel se encontra como quelatos
3+
de Fe e ocasionalmente Fe2+. Assim, como os demais micronutrientes um
fator muito importante para a sua disponibilidade no solo é o pH, a presença de
matéria orgânica e também de fósforo que podem impactar na disponibilidade
de ferro para as plantas. Isso se deve, principalmente, ao fato de que para ser
absorvido pelas plantas ele precisa passar por uma redução de Fe³+ para Fe²+.
Em pH de solo maior que 6,0, o Fe se torna mais disponível, situação essa que
pode ser constatada no 4o ponto de coleta na camada mais superficial.
Segundo Brady (1983) o pH quando em condições muito ácidas, abaixo de 4,5,
o ferro pode apresentar dissolução em proporção tais que pode tornar-se
tóxico, porém tal comportamento não condiz com os resultados apresentados
uma vez que as maiores concentrações de ferro foram detectadas nas
camadas mais próximas a superfície onde também a maioria dos pHs são mais
elevados. A disponibilidade do Fe apresenta uma diminuição rápida à medida
que o pH atinge valores de 7,0 ou mais, o que também não foi constatado em
nenhum dos perfis analisados.
No solo, o zinco ocorre como cátion divalente (Zn 2+) e não existe na
forma reduzida por causa de sua natureza eletropositiva, sendo também um
dos metais pesados mais móveis no solo (ABREU et al., 2007). Sua
disponibilidade no solo é reduzida com o aumento do pH, onde tal
comportamento não foi constatado nas amostras de solo; e sua maior
disponibilidade ocorre na faixa de pH 5,0 a 6,5, o que condiz com a maioria dos
perfis de solo analisados uma vez que nessa faixa, a disponibilidade de zinco
no solo se concentrou na faixa de 0,7 a 2,2.
O cobre ocorre nos sólidos e na solução do solo quase que
exclusivamente na forma de Cu2+. As formas reduzidas Cu+ e Cu0 são
possíveis somente em solos em condições de redução, especialmente na
presença de íons de enxofre e de halogênios (McBRIDE, 1994). O pH do solo
exerce forte influencia na dinâmica do cobre no solo (HARTER, 1983; HOOG et
al., 1993; TEMMINGHOFF et al., 1997). Ambientes ácidos determinam uma
maior mobilidade do metal, o que podemos verificar na maioria das camadas
dos perfis analisados. Em condições de pH acima de 6,0, sua retenção é maior,
o que não ficou constatado nas profundidades que apresentaram valores como
esse para pH.
O manganês pode existir em vários estados de oxidação. No solo as
principais são Mn2+ e Mn3+, e está em grande parte complexado a compostos
orgânicos. A sua disponibilidade no solo aumenta com a acidez devido a maior
solubilidade dos compostos contendo Mn, situação essa que podemos verificar
principalmente nas camadas mais superficiais, dos perfis analisados, onde os
teores são maiores. Brady (1983) descreve que o pH em condições muito
ácidas, isto é abaixo de 4,5, pode resultar na dissolução do manganês em
proporções tais que pode tornar-se tóxico, porém esse comportamento não foi
observado na camada >60 no perfil 5, sendo o único a apresentar pH abaixo de
4,5.
A principal fonte de boro no solo é a matéria orgânica. Solos
intemperizados e com baixos teores de matéria orgânica apresentam
deficiência do mesmo. Na solução do solo, em pH menor que 7,0, o B se
encontra como ácido bórico (H3BO3), forma essa não dissociada.
De acordo com Nable et al. (1997) teores de boro no solo, acima de
5mg.dm-3 são considerados tóxicos para as plantas, situação essa que não se
constatou em nenhum perfil analisado. Os valores apresentados estão na faixa
de 0,27 a 0,53, bem abaixo para ser considerado toxico para as espécies
vegetais e de degradação para o solo.
Sua disponibilidade é maior entre pH 5,0 e 7,0, diminuindo abaixo e
acima desta faixa de pH, onde isso se deve principalmente as reações de
adsorção que são dependentes do pH. As condições de alta pluviosidade e alto
grau de perdas por lixiviação reduzem a disponibilidade, principalmente em
solos mais arenosos.
Um pH com alcalinidade ligeira a moderada é característico de solos
calcários, onde os íons fosfato são também fixados como fosfato de cálcio, e as
deficiências de zinco, ferro e manganês são muito comuns. Um pH
extremamente alcalino indica a presença de excesso de sódio no solo, o qual é
muito danoso às plantas. Isto significa que tanto pH baixo como alto têm efeitos
adversos sobre o crescimento das plantas, sendo esperadas baixas
produtividades sob esses valores desfavoráveis (FAGERIA e STONE, 2006).
A dinâmica dos metais no solo e sua influência no desenvolvimento dos
vegetais serve como parâmetro de observação, onde é possível detectar se
determinada área encontra-se em condições consideradas normais, ou se está
sofrendo algum impacto que possa está sendo gerada por algum processo de
contaminação.

Quadro 3 – Resultados da análise química das amostras de solo coletadas.


Parâmetro Unidade 1º Ponto 2º Ponto
Analisado Profundidade (cm) Profundidade (cm)
0 - 20 20 - 40 40 – 60 >6 0 - 20 20 - 40 40 – 60 > 60
-3
Fósforo Mehlich mg.dm 9 6 4 3 5 3 2 2
-3
Potássio (K) mg.dm 58 45 39 38 52 22 17 15
-3
Enxofre (S) mg.dm 14 13 13 11 28 18 17 11
-3
Cálcio (Ca) mg.dm 2,5 2,2 2,0 2,0 1,8 1,7 1,0 1,0
-3
Magnésio mg.dm 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,2 0,2 0,2
-3
Alumínio (Al) cmol.dm 0 0 0 0 0,3 0,1 0 0,1
pH em H2O - 5,8 5,9 5,8 5,8 5,4 5,6 5,7 5,6
-3
Ferro (Fe) mg.dm 257 379 295 317 537 537 402 372
-3
Zinco (Zn) mg.dm 0,8 0,6 0,4 0,3 0,8 0,4 0,3 0,2
-3
Cobre (Cu) mg.dm 6,9 6,2 5,9 4,3 6,0 5,2 4,6 4,1
-3
Manganês (Mn) mg.dm 26 24 20 16 16 13 6 4
-3
Boro (B) mg.dm 0,43 0,36 0,34 0,30 0,43 0,36 0,30 0,27
-3
Sódio (Na) mg.dm 30 27 26 25 69 35 30 22
3º Ponto 4º Ponto
-3
Fósforo Mehlich mg.dm 2 2 2 2 4 3 2 2
-3
Potássio (K) mg.dm 75 57 50 49 31 24 20 19
-3
Enxofre (S) mg.dm 18 10 9 7 9 6 5 4
-3
Cálcio cmol.dm 2,9 2,8 2,8 2,3 1,7 1,0 0,8 0,8
-3
Magnésio (Mg) cmol.dm 0,5 0,4 0,4 0,4 0,3 0,3 0,3 0,3
-3
Alumínio (Al) cmol.dm 0 0 0 0 0 0 0,3 0,2
pH em H2O - 6,0 6,1 6,2 6,0 5,8 5,8 5,3 5,5
-3
Ferro (Fe) mg.dm 456 82 254 364 680 554 432 374
-3
Zinco (Zn) mg.dm 1,3 1,0 0,4 0,3 2,0 1,0 0,6 0,4
-3
Cobre (Cu) mg.dm 7,9 5,9 4,1 3,2 6,8 6,4 5,5 5,5
-3
Manganês (Mn) mg.dm 78 22 15 13 68 50 25 23
-3
Boro (B) mg.dm 0,39 0,36 0,33 0,36 0,56 0,46 0,43 0,36
-3
Sódio (Na) mg.dm 74 44 41 39 35 24 19 18
5º Ponto 6º Ponto
-3
Fósforo Mehlich mg.dm 6 4 3 3 7 5 4 3
-3
Potássio (K) mg.dm 75 66 58 42 40 35 30 29
-3
Enxofre (S) mg.dm 34 21 10 5 10 9 4 4
-3
Cálcio cmol.dm 2,0 1,5 1,3 1,1 1,4 1,3 1,2 1,3
-3
Magnésio (Mg) cmol.dm 0,4 0,3 0,2 0,2 0,3 0,3 0,3 0,3
-3
Alumínio (Al) cmol.dm 0 0 0 0 0,1 0,2 0,0 0,0
pH em H2O - 6,0 5,9 5,9 5,7 5,6 5,5 5,7 5,9
-3
Ferro (Fe) mg.dm 376 387 410 393 830 657 523 508
-3
Zinco (Zn) mg.dm 2,0 1,6 0,9 0,4 2,2 1,6 0,7 0,3
-3
Cobre (Cu) mg.dm 8,1 7,3 5,6 4,8 6,9 6,5 5,5 5,0
-3
Manganês (Mn) mg.dm 45 40 24 22 30 24 14 13
-3
Boro (B) mg.dm 0,63 0,53 0,43 0,39 0,39 0,36 0,39 0,33
-3
Sódio (Na) mg.dm 66 63 55 40 25 23 18 17
Fonte: Laboratório de Análises Agronômicas Fullin, (2014).

4.2 AMOSTRAS DE ÁGUA COLETADA NA BARRAGEM DE REJEITO

Os padrões químicos de potabilidades analisados na água coletada na


barragem foram o Potencial hidrogeniônico (pH) e a Condutividade Elétrica
(CE) em mS.cm-1.
O pH indica a condição de acidez, alcalinidade ou neutralidade da água.
De acordo com a portaria nº 36 do Ministério da Saúde, de 19 de janeiro de
1990, o pH da água deve estar situado em uma escala de 6,5 a 8,5. O valor de
7 na escala representa um pH neutro, o valor entre 0 e 7 indicam acidez, e o
valor acima de 7 indica o caráter básico ou alcalino (CETESB, 2014).
O resultado das análises de água pode ser verificado nas Figuras 26 e
27. A Figura 26 ilustra os valores de pH nas amostras coletadas. Sendo assim,
o pH apresentou uma variação entre 7,0 e 7,5, onde, nas amostras 4 e 9 o pH
apresentou valor de 7,0 mostrando seu caráter neutro, onde esse pH neutro
contribui para o crescimento e desenvolvimento dos vegetais. As amostras 1, 2,
3, 5, 6, 7, 8 e 10 apresentaram caráter básico, apresentando valores acima de
7, onde, essa basicidade pode ser justificada de acordo com o que diz Von
Sperling (1995), que valores altos de pH na água pode estar associado a
proliferação de vegetais, pois com o aumento de fotossíntese há consumo de
gás carbônico diminuindo o ácido carbônico da água e consequentemente
aumentando o pH. Nenhum das amostras coletadas apresentou pH abaixo de
7,0 para acidez. De maneira geral, todos os valores apresentados se
enquadram na escala apresentada pela portaria do Ministério da Saúde.

7,6

7,5

7,4

7,3

7,2
pH

7,1

6,9

6,8

6,7
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostras de água coletada

Figura 26 – Valores de pH da água coletada na barragem de rejeito.

Segundo Da Silva (2009), a CE é a capacidade que a água possui de


conduzir corrente elétrica. Este parâmetro está relacionado com a presença de
íons dissolvidos na água. O parâmetro condutividade pode contribuir para
possíveis reconhecimentos de impactos ambientais que ocorram ocasionados
por lançamentos de resíduos industriais, mineração, esgotos, entre outros. A
CE está associada à salinidade das águas, que por sua vez afeta tanto os
solos quanto o crescimento e desenvolvimento das plantas.
Segundo as diretrizes para se avaliar a qualidade de água para
irrigação, a CE é enquadrada em três classificações com relação ao grau de
restrição para uso: nenhuma restrição, quando CE<0,7; ligeira a moderada,
quando CE se encontra na faixa de 0,7 - 3,0; e severa, quando CE>3,0.
A Figura 27 ilustra os valores de condutividade apresentados pelas
amostras coletadas, onde a variação se encontra na faixa de 0,2 a 1,6. As
amostras 1 e 2 apresentaram valores para condutividade igual a 0,2, o que
indica a baixa quantidade de íons dissolvidos e baixo risco de salinização do
solo; já as amostras 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 apresentaram condutividade acima de
0,7 o que indica maior quantidade de íons dissolvidos e risco médio de
salinidade do solo.

1,8
1,6
1,4
Condutividade

1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Amostras de água coletada

Figura 27 – Valores de condutividade elétrica da água coletada na barragem de rejeito.

4.3 AMOSTRAS DE ESPÉCIES VEGETAIS

A relação do sistema solo planta é bastante complexa, e a maneira


como os componentes químicos do solo se apresentam podem ser tanto
benéficos como prejudiciais, onde isso depende da maneira como eles
interagem entre si e na quantidade disponível no solo. Com isso através das
espécies vegetais coletadas para a realização dessa pesquisa, buscou-se
através da análise do potencial fitorremediador de espécies vegetais, verificar a
quantidade de cobre presente na área no entorno da barragem em virtude do
rejeito após beneficiamento.

Quadro 4 – Teor de macronutrientes presente nas plantas.


Espécies Parte da Ponto de Parâmetro Analisado
-1
Estudadas Planta Coleta Macronutrientes (g.kg )
N P K Ca Mg S
0
Braquiarão Parte Aérea 2 Ponto 7,42 0,75 13,75 2,62 1,44 1,82
0
Braquiarão Raiz 2 Ponto 5,81 0,60 5,00 4,43 0,81 1,10
0
Braquiarão Parte Aérea 4 Ponto 11,13 1,19 9,38 4,18 2,13 2,43
0
Embaúba Folha 6 Ponto 27,51 2,00 14,37 15,79 2,13 1,90
0
Embaúba Tronco 6 Ponto 6,02 0,81 11,25 8,30 1,94 0,81
0
Embaúba Raiz 6 Ponto 5,18 0,57 8,75 6,80 1,81 0,32
0
Guizo de Fruto 1 Ponto 22,68 2,12 16,88 8,86 2,00 1,41
Cascavel
0
Guizo de Parte Aérea 1 Ponto 31,15 2,36 14,37 16,16 2,75 2,07
Cascavel
0
Guizo de Tronco 1 Ponto 9,59 1,01 9,38 3,37 2,75 1,18
Cascavel
0
Guizo de Raiz 1 Ponto 7,14 0,66 5,00 12,17 2,25 0,95
Cascavel
0
Aninga Parte Aérea 4 Ponto 24,85 3,03 16,88 25,27 4,50 5,30
0
Aninga Raiz 4 Ponto 14,35 1,61 10,63 18,09 8,89 2,43
0
Mamona Folha 1 Ponto 35,49 5,04 24,38 47,98 1,81 8,13
0
Mamona Tronco 1 Ponto 4,06 1,31 14,37 15,47 1,63 2,16
0
Mamona Raiz 1 Ponto 3,43 0,72 8,75 4,55 1,94 0,95
0
Mamona Folha 5 Ponto 37,31 3,75 26,25 35,25 3,31 5,75
0
Mamona Tronco 5 Ponto 7,07 0,72 13,13 11,79 1,81 1,57
0
Mamona Raiz 5 Ponto 6,86 0,60 6,88 3,37 1,75 1,41
0
Pata de Vaca Folha 2 Ponto 20,65 2,06 10,63 15,29 3,75 1,41
0
Pata de Vaca Raiz 2 Ponto 4,69 0,94 3,75 16,91 2,50 0,74
0
Pata de Vaca Tronco 2 Ponto 6,16 0,98 4,38 8,86 1,50 0,32
0
Taboa Parte Aérea 4 Ponto 13,65 2,63 31,87 13,42 3,19 1,57
0
Tiririca Parte Aérea 1 Ponto 12,88 1,35 19,38 2,37 2,06 4,50
0
Tiririca Raiz 1 Ponto 6,86 1,19 5,00 2,62 0,94 0,67
0
Tiririca Parte Aérea 2 Ponto 9,52 1,05 11,88 2,37 0,81 0,67
0
Tiririca Raiz 2 Ponto 8,96 1,01 8,13 2,25 2,13 0,67
Fonte: Laboratório de Análises Agronômicas Fullin, (2014).
De acordo com McBride (1994) a concentração normal de cobre no solo
é de 20 mg.kg-1, com variação na faixa de 6 a 80 mg.kg-1. O cobre ocorre na
solução do solo quase que exclusivamente na forma de Cu 2+. As formas
reduzidas Cu+ e Cu0 são possíveis somente em solos em condições de
redução, especialmente na presença de íons de enxofre e de halogênios.
Ele é absorvido pelas plantas como íon Cu2+ ou cobre quelato, onde sua
concentração nas plantas é, em geral pequena, variando entre 2 e 20 mg.kg-1
na matéria seca (MS). Segundo Kabata-Pendias e Pendias (2001)
-1
concentrações entre 20 e 100 mg.kg na massa seca da parte aérea são
consideradas tóxicas. Entre as espécies analisadas, as que apresentaram
quantidades elevadas de cobre na massa seca da parte aérea, na faixa de 23 a
110, foram a Embaúba, Tiririca (10 Ponto), Mamona, Aninga, Braquiarão, Guizo
de Cascavel e Pata de Vaca. A espécie Guizo de Cascavel apresentou a maior
quantidade de cobre na matéria seca da parte aérea, onde o valor foi de 110
mg.kg-1 o que demonstra seu potencial como espécie fitoextratora devido a
grande capacidade de translocação do metal para a parte aérea. Esse
comportamento pode ser reforçado também através de seu bom
desenvolvimento no próprio local de coleta.
As espécies Aninga, Taboa e Tiririca (20 Ponto) apresentaram
quantidades baixas de cobre na massa seca da parte aérea, ficando na faixa
de 4 a 13 mg.kg-1, ou seja, apresentam pequenas concentrações de cobre
nessas espécies. Valores baixos de concentração também foram detectados
em suas raízes, onde a faixa foi de 10 a 15 mg.kg-1. Esse comportamento pode
ser explicado de acordo com o que diz Mench et al., (1988); Treeby et al.,
(1989); Mench (1990), onde raízes de algumas espécies de plantas podem
liberar compostos orgânicos na rizosfera capazes de complexar o cobre,
impedindo sua absorção e a toxidez às plantas. Isso reflete seu caráter de
espécie de baixa capacidade de fitorremediar solo contaminado por cobre.

Quadro 5 – Teor de micronutrientes presentes nas plantas.


Espécies Parte da Ponto de Parâmetro Analisado
-1
Estudadas Planta Coleta Micronutrientes (mg.kg )
Fe Zn Cu Mn B
0
Braquiarão Parte Aérea 2 Ponto 819 11 23 82 8
0
Braquiarão Raiz 2 Ponto 5.393 13 50 94 10
0
Braquiarão Parte Aérea 4 Ponto 667 25 29 129 9
0
Embaúba Folha 6 Ponto 370 17 33 96 57
0
Embaúba Tronco 6 Ponto 258 16 8 53 10
0
Embaúba Raiz 6 Ponto 1.174 9 5 58 8
0
Guizo de Cascavel Fruto 1 Ponto 220 15 36 35 23
0
Guizo de Cascavel Parte Aérea 1 Ponto 201 20 110 95 34
0
Guizo de Cascavel Tronco 1 Ponto 144 9 36 55 13
0
Guizo de Cascavel Raiz 1 Ponto 325 30 22 196 9
0
Aninga Parte Aérea 4 Ponto 186 101 35 1.000 26
0
Aninga Raiz 4 Ponto 128 99 9 608 15
0
Mamona Folha 1 Ponto 973 39 40 70 21
0
Mamona Tronco 1 Ponto 103 18 5 20 12
0
Mamona Raiz 1 Ponto 537 7 11 21 10
0
Mamona Folha 5 Ponto 412 114 33 139 23
0
Mamona Tronco 5 Ponto 121 39 7 42 12
0
Mamona Raiz 5 Ponto 425 24 8 73 12
0
Pata de Vaca Folha 2 Ponto 653 16 27 76 31
0
Pata de Vaca Raiz 2 Ponto 144 9 8 93 13
0
Pata de Vaca Tronco 2 Ponto 811 8 6 45 9
0
Taboa Parte Aérea 4 Ponto 174 24 10 887 14
0
Tiririca Parte Aérea 1 Ponto 695 24 34 534 10
0
Tiririca Raiz 1 Ponto 955 22 8 110 9
0
Tiririca Parte Aérea 2 Ponto 384 26 4 248 9
0
Tiririca Raiz 2 Ponto 795 36 10 227 9
Fonte: Laboratório de Análises Agronômicas Fullin, (2014).

Segundo Reeves et al. (1996) as plantas terrestres que acumulam


concentrações superiores a 1.000 mg.kg-1 do metal pesado cobre em suas
raízes, são definidas como hiperacumuladoras. Porém, entre as espécies
estudadas a concentração desse metal foi baixa, ficando na faixa de 5 a 50
mg.kg-1, onde nenhuma se enquadra nessa classificação.
Das espécies analisadas, as que apresentaram maior concentração de
cobre na massa seca do sistema radicular foram a Guizo de Cascavel, com
uma concentração de 22 mg.kg-1, e a Braquiarão com uma concentração de 50
mg.kg-1. De modo geral, o cobre não é retido de modo semelhante nas raízes
das diferentes espécies (ANTOSIEWICZ, 1992). As espécies com capacidade
de acumular o cobre nas raízes, sem translocá-los para a parte aérea, têm
mecanismo de tolerância e podem substituir melhor em meio adverso com altas
concentrações de cobre do que aquelas cuja translocação é maior (BAKER,
1981).

Tabela 2 – Coeficiente de fitoextração dos vegetais estudados.


Nutriente - Cobre
Espécies Estudadas Parte da Planta Ponto de Coleta Coeficiente de Fitoextração (%)
0
Mamona Parte Aérea 1 Ponto 1,65
0
Guizo de Cascavel Parte Aérea 1 Ponto 6,67
0
Tiririca Parte Aérea 1 Ponto 1,25
0
Braquiarão Parte Aérea 2 Ponto 0,97
0
Pata de Vaca Parte Aérea 2 Ponto 1,39
0
Tiririca Parte Aérea 2 Ponto 0,17
0
Braquiarão Parte Aérea 4 Ponto 1,05
0
Aninga Parte Aérea 4 Ponto 1,27
0
Taboa Parte Aérea 4 Ponto 0,36
0
Mamona Parte Aérea 5 Ponto 1,27
0
Embaúba Parte Aérea 6 Ponto 1,48

Observando o conteúdo do metal cobre presente nas diferentes partes


das plantas, constatou-se um comportamento distinto quanto à absorção e
acúmulo desse elemento pelas mesmas. Um fato importante ao avaliar a
eficiência de cada espécie em absorver os metais pesados no solo é observar
a quantidade retida em relação à matéria seca da planta. De acordo com
Jabeen et al. (2009) a característica desejável para as plantas fitoextratoras é
que elas tenham a capacidade de transporte do elemento absorvido pelas
raízes para a parte aérea, onde esse comportamento foi observado em maior
proporção na espécie Guizo de Cascavel que apresentou o maior coeficiente
de fitoextração, 6,67, o que em conjunto com a alta concentração de Cu na
parte aérea, faz com que ela tenha potencial para ser utilizada como
fitoextratora desse metal.
5 CONCLUSÃO

Todas as espécies coletadas para investigação acusaram a presença de


cobre e outros metais na sua matéria seca, sendo que a concentração foi
distinta entres as espécies.
Com relação a concentração de cobre, somente sete espécies
apresentaram valores acima do normal, 20 mg.kg-1, onde a maior concentração
foi observada na espécie Guizo de Cascavel o que demonstra característica
de planta fitoextratora. De maneira geral, devido a baixa concentração do metal
nas espécies, elas não se enquadram na classificação de hiperacumuladoras e
fitorremediadoras.
O solo classificado de textura arenosa apresentou valores de densidade
ora elevados nas camadas mais superficiais, ora nas camadas mais profundas.
Avaliando os valores de pH, o solo apresentou caráter de acidez forte a acidez
fraca, e baixa condutividade elétrica nos perfis.
A água coletada apresentou valores de pH que se enquadram tanto em
caráter neutro, como básico ficando na faixa de pH determinada pelo Ministério
da Saúde. De acordo com a classificação para condutividade elétrica, que está
associada a salinidade da água, os valores apresentados indicam risco de
salinidade que vai de baixo a médio risco.
De maneira geral, o elemento cobre presente nas amostras não
apresentou comportamento que viesse a interferir de forma significativa no
desenvolvimento das espécies, ou que viesse a apresentar risco de
contaminação para a água, solo e plantas.
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