Processos Mecânicos
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Idade da pedra
Os metais
Durante muito tempo, o homem tentou fundir o ferro. Para isso, procurou
aperfeiçoar a técnica de aquecimento, construindo fornos que permitissem
obter temperaturas suficientemente altas para levar o ferro à fusão.
O homem aprimorou essa técnica, quando obteve alta temperatura e
aqueceu o minério de ferro misturado com carvão, injetando ar dentro do forno.
A temperatura alcançada, superior a 1.300ºC, foi suficiente para obter
uma massa líquida. A massa era vazada em recipientes com cavidades e
assumia a forma desejada para o produto.
A fundição do ferro possibilitava a obtenção de produtos com elevada
dureza por causa do carvão. Em alta temperatura, o carvão libera carbono que
é absorvido pelo ferro.
Entretanto, o ferro fundido dessa forma apresentava a desvantagem de
ser quebradiço e de não poder ser forjado. Isso constituía novo problema a ser
solucionado pelo homem.
Os primeiros aços
Ao observar o processo de fundição do ferro, o homem verificou que
quanto menos carbono fosse absorvido pelo ferro, menos duro e menos
quebradiço ficaria o produto final.
Foi assim que a fundição possibilitou um grande aumento na produção
de peças de ferro fundido. Dadas as vantagens técnicas, produtos que eram
forjados em cobre ou bronze foram substituídos pelo ferro fundido.
Nessa época, o homem dava os primeiros passos para a obtenção do
aço, material mais importante da era dos metais.
Exercício 1
Assinale com (X) a resposta correta.
Na Idade da Pedra, eram empregadas as seguintes técnicas de
fabricação:
a) ( ) Furação, fundição e polimento.
b) ( ) Talhamento, polimento e furação.
c) ( ) Fundição, forjamento e talhamento.
d) ( ) Talhamento, polimento e forjamento.
Exercício 2
Assinale com (X) a sequência em que os materiais metálicos foram
explorados pelo homem, começando do material mais antigo até chegar ao
mais recente:
a) ( ) Ferro fundido, cobre, bronze, aço.
b) ( ) Aço, ferro fundido, cobre, bronze.
c) ( ) Cobre, bronze, ferro fundido, aço.
d) ( ) Cobre, ferro fundido, aço, bronze.
Exercício 3
Assinale com (X) a resposta correta.
Uma das primeiras ligas obtidas foi o bronze, que é uma mistura dos
seguintes materiais:
a) ( ) Ferro fundido e cobre.
b) ( ) Cobre e estanho.
c) ( ) Cobre e aço.
d) ( ) Cobre e carbono.
Exercício 4
Na coluna da esquerda estão indicados tipos de materiais metálicos; na
coluna da direita aparecem algumas características desses materiais. Escreva
a letra que relaciona cada material às suas características.
a) Cobre ( ) Resistente, fácil de trabalhar.
b) Bronze ( ) Absorve carbono do carvão, quando fundido.
c) Ferro ( ) Maleável, fácil de trabalhar.
Exercício 5
Assinale com (X) a resposta correta.
O ferro substituiu o cobre e o bronze porque:
a) ( ) Possuía um brilho mais atraente.
b) ( ) Era mais fácil de forjar.
c) ( ) Era mais fácil de fundir.
d) ( ) Era mais resistente.
Exercício 6
Assinale com (X) a resposta correta.
Forjamento é um processo de fabricação pelo qual se obtêm produtos
por meio de:
a) ( ) Fundição.
b) ( ) Golpes.
c) ( ) Corte.
d) ( ) Polimento.
Máquinas simples
Ao longo de sua história, o ser humano procurou melhorar suas
condições de trabalho, principalmente no que se refere à redução de seu
esforço físico.
Para isso, o homem utilizou, inicialmente, meios auxiliares que lhe
permitissem realizar trabalhos de modo mais fácil e com o menor gasto
possível de sua força muscular.
Esses primeiros meios foram a alavanca, a roda e o plano inclinado
que, por sua simplicidade, ficaram conhecidos como máquinas simples.
Alavanca
Alavanca é um sólido alongado e rígido que pode girar ao redor de um
ponto de apoio, também conhecido como fulcro ou eixo de rotação.
Qualquer alavanca apresenta os seguintes elementos:
força motriz ou potente (P)
força resistente (R)
braço motriz (BP): distância entre a força motriz (P) e o ponto de apoio;
braço resistente (BR): distância entre a força resistente (R) e o ponto
de apoio;
ponto de apoio (PA): local onde a alavanca se apoia quando em uso.
Exercício 1
Preencha os espaços.
a) As máquinas simples apresentam dois tipos de força que são:
a força ......................................................
a força ......................................................
b) As máquinas simples facilitam a realização de um ....................................
c) As máquinas simples fundamentais são: ..................................................,
.............................................. e .........................................
Exercício 2
Classifique as alavancas ilustradas, segundo o tipo a que pertencem:
interfixa, inter-resistente ou interpotente.
a) .......................................................... b) ............................................................
c) .......................................................... d) ............................................................
e) .......................................................... f) .............................................................
g) .......................................................... h) ............................................................
i) .......................................................... j) .............................................................
Plano inclinado
Exercício 3
O plano inclinado eleva cargas com economia de força.
a) ( ) certo
b) ( ) errado
Exercício 4
Quanto maior for o comprimento de um plano inclinado, menor será a força
empregada para elevar uma carga a uma mesma altura.
a) ( ) certo
b) ( ) errado
Exercício 5
O parafuso é uma máquina simples, derivada de um plano inclinado.
a) ( ) certo
b) ( ) errado
Exercício 6
Prego, machado, faca, formão, talhadeira e navalha são exemplos de cunha.
a) ( ) certo
b) ( ) errado
Roda
A roda constitui uma das descobertas mais importantes. Ninguém sabe,
porém, como ela foi inventada.
Provavelmente, a roda surgiu, ainda sob a forma de rolete, quando o
homem primitivo teve de deslocar grandes cargas por longas distâncias e não
podia contar apenas com sua força.
É difícil imaginar o mundo sem rodas. Muitas coisas que conhecemos
deixariam simplesmente de existir e não teríamos atingido o atual progresso
tecnológico.
Quando se fala em roda, imediatamente pensa-se em eixo, que é uma
segunda roda presa ao centro da primeira.
Na pré-história, os homens usavam troncos arredondados de árvores e
discos de pedra para funcionar como rodas.
Exercício 7
Da roda deriva o seguinte elemento:
a) ( ) mola
b) ( ) parafuso
c) ( ) pino
d) ( ) engrenagem
Exercício 8
As engrenagens servem para transmitir força e movimento.
a) ( ) certo
b) ( ) errado
Exercício 9
O funcionamento de uma roldana fixa baseia-se no funcionamento de
uma alavanca:
a) ( ) interpotente de braços iguais
b) ( ) inter-resistente de braços iguais
c) ( ) interfixa de braços iguais
d) ( ) mista de braços iguais
Exercício 10
A relação P = R é válida para a seguinte máquina simples:
a) ( ) alavanca
b) ( ) roldana fixa
c) ( ) roldana móvel
d) ( ) plano inclinado
Exercício 11
O funcionamento de uma roldana móvel baseia-se no funcionamento de
uma alavanca:
a) ( ) interfixa
b) ( ) interpotente
c) ( ) inter-resistente
d) ( ) mista
Transmissão e transformação
de movimento
O motor que aciona uma máquina nem sempre produz o movimento
apropriado ao trabalho que se deseja realizar. Quando isso ocorre, torna-se
necessário empregar mecanismos de transformação de movimento.
Por exemplo: na máquina operatriz é indispensável, para boa execução do
trabalho, que a peça ou ferramenta esteja animada de movimento adequado e que sua
velocidade seja conveniente ao trabalho a ser executado.
Tipos de mecanismos
Complete os espaços.
Exercício 1
a) Transmissão de movimento é a ............................................ de movimento
de um ..................................... para outro órgão da mesma máquina.
b) A transmissão de movimento de uma polia para outra pode ser feita por meio
de ................................................ .
c) A polia ligada ao motor chama-se polia ........................................ .
d) As engrenagens são rodas ........................................ , assentadas sobre
eixos. Transmitem um movimento de ....................... de um eixo a outro.
e) O mecanismo biela-manivela permite transformar movimento retilíneo em
...................................................
f) O conjunto pinhão-cremalheira permite a transformação do movimento
circular em ................................................... e vice-versa.
Máquinas
Durante muito tempo, a fabricação dos objetos se limitou ao trabalho
artesanal. O homem ainda dependia da sua força muscular. Fabricava-se um
produto de cada vez e sua qualidade exigia muita habilidade do artesão.
O crescente consumo de produtos exigiu uma produção mais rápida e
em maior quantidade. Aos poucos, o homem foi substituindo materiais,
construindo máquinas mais complexas, observando e utilizando a força dos
próprios componentes da natureza e, com isso, diminuindo seu trabalho
muscular.
Máquinas ferramentas
O torno foi uma das primeiras e mais importantes máquinas utilizadas
na fabricação de peças.
Inicialmente, os movimentos de rotação da máquina eram gerados por
pedais. A ferramenta para tornear ficava na mão do operador que dava forma
ao produto. Daí a importância de sua habilidade no processo de fabricação.
Quando a ferramenta foi fixada à máquina, o operador ficou mais livre
para trabalhar. Pode-se dizer que nesse momento nasceu a máquina
ferramenta.
Máquina a vapor
A máquina a vapor, construída por James Watt, no século XVIII,
provocou grande impacto no setor industrial e no de transportes.
O vapor, ao realizar trabalho mecânico, substituía outras formas de
energia. Surge, assim, o cavalo-vapor (CV), uma unidade de potência utilizada
até hoje.
Cavalo-vapor (CV)
James Watt, construtor da máquina a vapor, queria demonstrar quantos
cavalos a máquina podia substituir. Verificou que um cavalo podia elevar uma
carga de 75 kg (quilograma) a um metro de altura em um segundo, realizando
assim um trabalho de 75 kgm (quilogrâmetro) por segundo, o que se
convencionou chamar de potência de 1cv.
Eletricidade e automação
Há vinte e cinco séculos, o filósofo grego Tales observou que, ao
esfregar uma barra de âmbar com um pedaço de lã, a barra atraía pedaços de
penas, palha etc. Ele acabara de descobrir a eletricidade. A palavra grega para
designar âmbar é electron, da qual deriva o termo eletricidade.
Embora fosse conhecida há muito tempo, somente no final do século
passado a eletricidade começou a ser utilizada em larga escala. Acelerou-se,
então, o desenvolvimento industrial, principalmente com o uso de motores
elétricos.
As outras formas de energia foram, aos poucos, substituídas pelo motor
elétrico que movimentava as máquinas e não ocupava grandes espaços na sua
instalação.
No final do século passado surgem as primeiras máquinas automáticas,
comandadas por dispositivos mecânicos. Fabricavam grande quantidade de
peças de boa qualidade.
Pregos, parafusos e porcas são exemplos de produtos fabricados em
máquinas automáticas, dando início à produção industrial em larga escala.
Exercício 1
Assinale com (X) a afirmativa que indica uma das características da
produção artesanal.
a) ( ) Fabricação de produtos em grande escala.
b) ( ) Emprego de máquinas.
c) ( ) Fabricação de um produto de cada vez, exigindo muita habilidade
do artesão.
Exercício 2
Assinale com (X) as frases corretas, relativas a máquinas.
a) ( ) A força da água era muito utilizada para mover máquinas.
b) ( ) Uma das primeiras máquinas-ferramentas foi o torno.
c) ( ) O surgimento das máquinas contribuiu para acelerar o
desenvolvimento do setor produtivo.
d) ( ) As máquinas atuais eliminaram os princípios das máquinas
simples.
e) ( ) Whitworth contribuiu para o aperfeiçoamento das máquinas
ferramentas.
f) ( ) A máquina a vapor revolucionou, em sua época, o setor de
transportes.
g) ( ) Máquinas automáticas eram comandadas por dispositivos
mecânicos
h) ( ) As máquinas automáticas contribuíram para o rápido
desenvolvimento da indústria automobilística.
Industrialização e
processo de fabricação
Por volta de 1800, teve início a industrialização. Ela é considerada
recente, se comparada às épocas primitivas em que uma determinada forma
de trabalho podia durar muitos anos, sem aperfeiçoamento.
Alguns dos fatos que mais contribuíram para o desenvolvimento
industrial foram:
a rápida expansão do comércio;
a necessidade de produção mais rápida e em grande quantidade.
Aos poucos, o sistema artesanal foi sendo substituído por uma nova
organização do trabalho para o aumento da produção.
O trabalho passou a ser dividido. O homem deixou de ter a visão de
conjunto do processo de produção porque passou a ser encarregado da
realização de apenas partes do trabalho, tornando-se especialista em
determinadas tarefas e operações.
Rapidamente, as máquinas tomaram conta do setor produtivo. Por causa
disso, tornou-se comum o aparecimento de locais em que se concentravam
máquinas e grupos de operários, organizados para a fabricação de grandes
quantidades de peças, numa produção muito mais rápida e econômica.
Surgiram as primeiras fábricas, dando início à fase industrial na história
do homem. Com o desenvolvimento das indústrias, foi intensificada a utilização
de novos materiais e de novos processos na fabricação.
Ainda hoje, o homem se vê cercado de desafios que o levam à busca de
novos materiais e de novos processos de fabricação.
Os principais processos de fabricação na indústria mecânica são:
Moldagem
Conformação
Corte
Junção
Moldagem
Os processos de fabricação por moldagem consistem na produção de um
corpo sólido a partir de um metal amorfo, ou seja, no estado líquido, de pó
granulado ou de pasta. Exemplos de processos de fabricação por moldagem:
Fundição - processo no qual o metal é derretido e depois despejado numa
forma. Os produtos obtidos por esse processo são, por exemplo, blocos de
motores, bases de máquinas etc.
Sopro - processo de fabricação de recipientes de vidro, com auxílio do ar.
Exemplos: garrafas, copos etc.
Sinterização de pó metálico - aglutinação de partículas sólidas por
aquecimento em temperatura inferior à de fusão. A bucha utilizada na
mecânica é um exemplo de produto obtido por esse processo.
Conformação
É um processo de fabricação que, aos poucos, modifica um corpo sólido
por meio de deformação plástica. Exemplos de processos de fabricação por
conformação:
Laminação - redução de um material em lâminas, por meio de roletes.
Os perfis e as chapas são obtidos por esse processo.
Extrusão - passagem forçada de um material por um orifício. Exemplos:
tubos, perfilados etc.
Repuxamento - utilizado para produzir peças a frio por meio do torno
repuxador, como no caso da produção de panelas, recipientes etc.
Trefilação - processo de fabricação por estiramento. Fios e cabos são
obtidos por esse processo.
Corte
Processo de fabricação que consiste em retirar metal de uma superfície
por meio de uma ferramenta. Exemplos de processos de fabricação por corte:
Torneamento - processo no qual se corta com o torno, como no caso de
pinos, eixos etc.
Fresagem - consiste no corte com a fresa. Exemplos: engrenagens,
rasgos para chavetas etc.
Mandrilagem - processo de alisamento por meio de mandril. É usada,
por exemplo, para alargar e alinhar furos.
Aplainamento - processo de alisamento com plaina. Trata-se de
processo empregado especialmente em peças de madeira.
Retificação - consiste em dar acabamento e em alisar com perfeição
uma peça.
Junção
O processo de fabricação por junção consiste na união de uma ou mais
peças. Exemplos: parafusamento, rebitagem, soldagem etc.
O quadro a seguir mostra um resumo de alguns exemplos de processos
de fabricação.
Exercício 1
Assinale com (X) a resposta correta.
Um dos fatos que contribuiu para o desenvolvimento industrial foi:
a) ( ) Grande quantidade de terras para erguer fábricas.
b) ( ) Necessidade de produção mais rápida e em grande quantidade.
c) ( ) Surgimento da alavanca.
Exercício 2
Assinale com (X) a resposta correta.
Uma fábrica produz bases de máquinas, utilizando fundição. Esse processo de
fabricação é denominado:
a) ( ) Corte.
b) ( ) Moldagem.
c) ( ) Conformação.
d) ( ) Junção.
Exercício 3
Assinale com (X) o termo que se relaciona com o processo de fabricação por
corte.
a) ( ) Fresagem.
b) ( ) Soldagem.
c) ( ) Colagem.
Exercício 4
Na coluna da esquerda, estão indicados alguns processos de fabricação.
Na coluna da direita, aparecem alguns exemplos de produtos obtidos por
meio desses processos. Dentro de cada parênteses, escreva as letras que
correspondem a cada processo de fabricação.
a) Moldagem ( ) Engrenagem obtida por meio de fresadora
( ) Virabrequim obtido por fundição
b) Corte ( ) Tubo obtido por extrusão
( ) Eixo obtido por forjamento
c) Conformação ( ) Chapa obtida por laminação
( ) Eixo obtido por meio de torneamento
Usando unidades de medida
Quando alguém vai à loja de autopeças para comprar alguma peça de
reposição, tudo que precisa é dizer o nome da peça, a marca do carro, o
modelo e o ano de fabricação. Com essas informações, o vendedor é capaz de
fornecer exatamente o que a pessoa deseja em poucos minutos.
Isso acontece devido à normalização, isto é, por causa de um conjunto e
normas estabelecidas de comum acordo entre fabricantes e consumidores.
Essas normas simplificam o processo de produção e garantem um produto
confiável, que atende às necessidades do consumidor.
Um dos dados mais importantes para a normalização é exatamente a
unidade de medida. Graças a ela, você tem certeza de que o parafuso
quebrado que prendia a roda de seu carro poderá ser facilmente substituído,
uma vez que é fabricado com unidades de medida também padronizadas.
Na Mecânica, o conhecimento das unidades de medida é fundamental
para a realização de qualquer tarefa específica nessa área.
Por exemplo, vamos fazer de conta que você é um torneiro e recebeu o
desenho de uma peça para fabricar. No desenho, você nota que não está
escrita a unidade de medida usada pelo desenhista. Você sabe por quê? Não?
Então estude esta lição, porque nela daremos a resposta a essa e a outras
perguntas que talvez você tenha sobre este assunto.
O milímetro
Em Matemática, você já aprendeu que, para medir as coisas de modo
que todos entendam, é necessário adotar um padrão, ou seja, uma unidade
de medida.
Em Mecânica, a unidade de medida mais comum é o milímetro, cuja
abreviação é m m. Ela é tão comum que, em geral, nos desenhos técnicos,
essa abreviação (mm) nem aparece.
O milímetro é a milésima parte do metro, ou seja, é igual a uma parte do
metro que foi dividido em 1.000 partes iguais. Provavelmente, você deve estar
pensando:
“Puxa! Que medida pequenininha! Imagine dividir o metro em 1.000 partes!”.
Pois, na Mecânica, essa unidade de medida é ainda considerada
enorme, quando se pensa no encaixe de precisão, como no caso de
rolamentos, buchas, eixos. E essa unidade é maior ainda para instrumentos de
medição, como calibradores ou blocos-padrão.
Assim, a Mecânica emprega medidas ainda menores que o milímetro,
como mostra a tabela a seguir.
Na prática, o milésimo de milímetro também é representado pela letra
grega (lê-se mi). Assim, o milésimo de milímetro pode também ser chamado
de micrometro ou, simplesmente, de mícron (0,001 mm = 1 mm = 1m.)
É bom estudar os assuntos passo a passo, para não perder nenhuma
informação. Por isso, vamos propor um exercício bem fácil, para você fixar as
informações que acabamos de lhe dar.
Exercício 1
Identifique as medidas, escrevendo 1, 2, 3 ou 4 nos parênteses.
(1) milímetros ( )0,5 mm
(2) décimos de milímetro ( )0,008 mm
(3) centésimos de milímetro ( )3 mm
(4) milésimos de milímetro ( )0,04 mm
( )0,6 mm
( )0,003 mm
A polegada
A polegada é outra unidade de medida muito utilizada em Mecânica,
principalmente nos conjuntos mecânicos fabricados em países como os
Estados Unidos e a Inglaterra.
Embora a unificação dos mercados econômicos da Europa, da América
e da Ásia tenha obrigado os países a adotarem como norma o Sistema Métrico
Decimal, essa adaptação está sendo feita por etapas. Um exemplo disso são
as máquinas de comando numérico computadorizado, ou CNC - Computer
Numerical Control, que vêm sendo fabricadas com os dois sistemas de medida.
Isso permite que o operador escolha o sistema que seja compatível com aquele
utilizado em sua empresa.
Por essa razão, mesmo que o sistema adotado no Brasil seja o sistema
métrico decimal, é necessário conhecer a polegada e aprender a fazer as
conversões para o nosso sistema.
A polegada, que pode ser fracionária ou decimal, é uma unidade de
medida que corresponde a 25,4 mm.
Observe que, na régua de baixo, os números aparecem acompanhados
de um sinal (“). Esse sinal indica a representação de uma medida em polegada
ou em fração de polegada.
Da mesma forma que o milímetro é uma unidade de medida muito
grande para a Mecânica e, por isso, foi dividido em submúltiplos, a polegada
também foi dividida. Ela tem subdivisões que podem ser usadas nas medidas
de peças de precisão.
Assim, a polegada foi dividida em 2, 4, 8, 16, 32, 64 e 128 partes iguais.
Nas escalas graduadas em polegada, normalmente a menor divisão
corresponde a 1/16". Essas subdivisões são chamadas de polegadas
fracionárias.
Dê mais uma olhada na figura acima. Você deve ter percebido que a
escala apresenta as frações 1/8", 1/4", 3/8"... e assim por diante. Observe que
os numeradores das frações são sempre números ímpares. Como se chegou a
essas frações?
Para obter essa resposta, vamos representar uma escala de uma
polegada de comprimento e verificar como as subdivisões foram feitas:
Você que estudou frações em Matemática já sabe que algumas das que
estão na escala mostrada acima podem ser simplificadas. Por exemplo:
Esse procedimento é realizado até obtermos a fração final da escala. Os
resultados dos exemplos acima mostram as subdivisões mais comuns da
polegada fracionária.
Para medidas menores, o procedimento será o mesmo. As subdivisões
são obtidas a partir da divisão de 1/16", e seus valores em ordem crescente
serão:
9,525 - 8 = 1,525 mm
Exercício 2
Na gaveta do ajustador mecânico existem chaves de boca, limas e brocas com
medidas em polegadas. Transforme as medidas em polegadas para milímetros:
Chaves de boca de
a) ”
Solução:
b)
Solução:
c) ”
Solução:
d)
Solução:
Brocas de
a)
b)
c)
4. Simplificação da fração.
Exercício 3
No almoxarifado de uma empresa mecânica existem os seguintes materiais:
a) barra de aço quadrada de 19,05mm de lado;
b) barra de aço redonda de 5,159mm de diâmetro;
c) chapa de alumínio de 1,588mm de espessura;
d) chapa de aço de 24,606mm de espessura.
Converta essas medidas para polegada fracionária.
b) Solução: 5,159 X
c) Solução: 1,588
d) Solução: 24,606
Vamos supor agora que o desenho que você recebeu tem as medidas
em polegadas fracionárias e o seu instrumento de medida está em polegada
decimal. Nesse caso, você vai ter de fazer a conversão das medidas. Para
isso, basta apenas dividir o numerador da fração por seu denominador.
Como exemplo, vamos converter 3/4" para polegada decimal.
Efetuando-se a divisão 3 #4 = 0,75. Esse resultado corresponde a 0,750".
Exercício 4
Converta as seguintes medidas para polegada decimal.
a)
Solução: 1 #16=
b)
c)
d)
e)
Exercício 5
Converta as seguintes medidas para polegada fracionária:
a) 0,0625"
Solução: 0,0625'' ´ =
Simplificando:
b) 0,125"
Solução: 0,125'' ´
Simplificando:
c) 0,40625"
d) 0,500"
e) 0,9375"
Exercício 6
O inspetor de qualidade precisava calcular o comprimento da peça
abaixo.
Qual foi o resultado que ele obteve?
Exercício 7
Qual é o diâmetro externo x da arruela desta figura?
Exercício 8
Qual é a medida da cota D no desenho abaixo?
Exercício 9
Determine a cota x do seguinte desenho.
Exercício 10
Determine a distância A no desenho a seguir.
Exercício 11
Determine o número de peças que pode ser obtido de uma chapa de 3
m de comprimento, sendo que cada peça deve ter 30 mm de comprimento e
que a distância entre as peças deve ser de 2,5 mm.
Exercício 12
Um mecânico precisava medir a distância x entre os centros dos furos
da peça representada abaixo. Qual foi a medida obtida?
Exercício 13
Converta para polegadas decimais os valores em polegadas fracionárias
dados a seguir.
a) 5/16"
b) 3/8"
c) 3/4"
Exercício 14
Converta para polegadas fracionárias os valores de polegadas decimais
dados a seguir.
a) 0,125"
b) 0,875"
c) 0,250
Calculando a dilatação
térmica
Existem muitas empresas que fabricam e montam conjuntos mecânicos.
Nessa atividade, muitas vezes é necessário fazer encaixes com ajuste forçado,
ou seja, encaixes em que a medida do furo é menor do que a medida do eixo,
como em sistemas de transmissão de movimento.
Vamos supor que você trabalhe em uma empresa como essa e que sua
tarefa seja montar conjuntos com esse tipo de ajuste. Como é possível
conseguir um encaixe forçado sem que as peças componentes do conjunto
sejam danificadas?
Este é o problema que teremos de resolver nesta aula.
Dilatação térmica
O encaixe forçado não é nenhum milagre. Ele é apenas o resultado da
aplicação de conhecimentos de dilatação térmica.
Dilatação térmica é a mudança de dimensão, isto é, de tamanho, que
todos os materiais apresentam quando submetidos ao aumento da
temperatura.
Por causa dela, as grandes estruturas de concreto, como prédios,
pontes e viadutos, são construídas com pequenos vãos, ou folgas, entre as
lages, para que elas possam se acomodar nos dias de muito calor.
Por que isso acontece? Porque, com o aumento da temperatura, os
átomos que formam a estrutura dos materiais começam a se agitar mais e, por
isso, ocupam mais espaço físico.
Recordar é aprender
Lembre-se de que, em Matemática,
Recordaruma fórmula pode ser reescrita para
é aprender
se descobrir o valorde
Lembre-se procurado. Para isso, você
que, em Matemática, umatem de isolar
fórmula podeo elemento
ser reescrita
cujo
para se descobrir o valor procurado. Para isso, você tem deDtisolar o
valor você não conhece. Assim, a fórmula original DL = a ·Li·
pode ser reescrita:
elemento cujo valor você não conhece. Assim, a fórmula original,
L= α x L1 os
Substituindo x t pode serda
elementos fórmula t=
reescrita: pelos valores, você terá:
Assim, para obter o encaixe com ajuste forçado desse conjunto, você
precisa aquecer a coroa à temperatura de 83,4ºC mais 20ºC da temperatura
ambiente. Logo, a coroa deverá ser aquecida a 103,4ºC.
Exercitar o que estudamos é essencial para o aprendizado. Leia
novamente a aula, acompanhando a realização do cálculo passo a passo.
Depois faça os exercícios que propomos a seguir.
Exercício 1
Uma peça de aço de 250 mm de comprimento em temperatura ambiente
(25ºC) foi aquecida a 500ºC. Qual foi o aumento do comprimento da peça após
o aquecimento? Considere a variação de temperatura (t= 500 - 25).
Solução:
L =?
α = 0,000012
Li=250
t =475
L =0,000012 · 250 · 475
L =
Exercício 2
Qual será o L, em mm, de um eixo de aço de 2 m de comprimento, se ele
sofrer uma variação de temperatura (t) de 60°C?
Solução:
L = ?
α = 0,000012
Li=2 m
t =60ºC
L =
Exercício 3
A que temperatura foi aquecida uma peça de alumínio de 300 mm de
comprimento e que sofreu um aumento de comprimento ( L) de 0,5 mm?
Temperatura ambiente = 26ºC.
Exercício 4
Calcule quais serão as medidas indicadas no desenho abaixo, após o
aquecimento (t = 34,5°C) da peça que será fabricada com alumínio.
Calculando o comprimento de
peças dobradas ou curvadas
Vamos supor que você seja dono de uma pequena empresa mecânica e
alguém lhe encomende 10.000 peças de fixação, que deverão ser fabricadas
por dobramento de chapas de aço. O seu provável cliente, além de querer uma
amostra do produto que você fabrica, certamente também desejará saber
quanto isso vai custar.
Um dos itens do orçamento que você terá de fazer corresponde ao custo
da matéria-prima necessária para a fabricação das peças.
Para obter esta resposta, você terá de calcular o comprimento de cada
peça antes de elas serem dobradas, já que você vai trabalhar com chapas.
Como resolverá este problema?
Peças dobradas
Calcular o comprimento das peças antes que sejam dobradas, não é um
problema tão difícil de ser resolvido. Basta apenas empregar conhecimentos de
Matemática referentes ao cálculo de perímetro.
Recordar é aprender
Recordar é aprender
Perímetro é a medida do contorno de uma figura geométrica plana.
Perímetro é a medida do contorno de uma figura geométrica plana.
O que você viu na figura? Basicamente, são três segmentos de reta (A,
B, C). A e C são iguais e correspondem à altura da peça. B, por sua vez, é a
base. O que pode ser feito com eles em termos de cálculo?
30 - 3 = 27 mm
27 + 56 + 27 = 110 mm
Exercício 1
A alternativa b é um método prático. Calcule o comprimento do material
necessário para a peça que mostramos em nossa explicação, usando essa
alternativa. Você deverá obter o mesmo resultado. Solução: 30 x 2 + 50 =
................+ 50 =
Recordar é aprender
Recordar é aprender
A fórmula para calcular o perímetro da circunferência é P = D . pi, em
A fórmula para calcular o perímetro da circunferência é P = D . p, em
que D é o diâmetro da circunferência e p é a constante igual a 3,14.
que D é o diâmetro da circunferência e p é a constante igual a 3,14.
P = 90 x 3,14
P = 282,6 mm
Como você pôde observar no desenho, para a realização do trabalho,
terá de usar uma chapa com 10 mm de espessura. Por causa da deformação
que ocorrerá no material quando ele for curvado, muito provavelmente haverá
necessidade de correção na medida obtida (282,6 mm).
Nesses casos, a tendência é que o anel fique maior que o especificado.
Em uma empresa pequena, o procedimento é fazer amostras com a medida
obtida, analisar o resultado e fazer as correções necessárias.
Exercício 2
Calcule o comprimento do material necessário para construir o anel
correspondente ao seguinte desenho:
Solução: P= Diâmetro médio · p
Diâmetro médio = 31
= 3,14
P=
Vamos ao cálculo:
P=2R
Substituindo os valores:
P = 2 x 3,14 x 10
P = 6, 28 x 10
P = 62,8 mm
62,8 + 30 + 30 = 122,8 mm
Outro exemplo.
Será que esgotamos todas as possibilidades desse tipo de cálculo?
Provavelmente, não. Observe esta figura.
12 + 3 = 15 mm
P = 2 x 3,14 x 15 = 94,20 mm
Por último, você adiciona o valor do segmento de reta (50 mm) ao valor
do arco (88,96 mm).
Exercício 4
Calcule o comprimento do material necessário à fabricação da seguinte
peça.
Solução:
Linha média: 6 ¸ .......... =
Raio: 12 + .......... =
Perímetro =
............ ¸ 360º =
............ ´ / ............ =
............ + ............ +............ =
Exercício 5
Calcule o material necessário para a fabricação das seguintes peças dobradas.
a)
b)
c)
Exercício 6
Calcule o comprimento do material necessário para fabricar as seguintes
peças.
a)
b)
Descobrindo medidas
desconhecidas (I)
Você é torneiro em uma empresa mecânica. Na rotina de seu trabalho,
você recebe ordens de serviço acompanhadas dos desenhos das peças que
você tem de tornear.
Vamos supor que você receba a seguinte ordem de serviço com seu
respectivo desenho.
O desenho indica que você terá de tornear um tarugo cilíndrico para que
o fresador possa produzir uma peça cuja extremidade seja um perfil quadrado.
Porém, o desenho apresenta apenas a medida do lado do quadrado. O
que você tem de descobrir é a medida do diâmetro do cilindro que, ao ser
desbastado pelo fresador, fornecerá a peça desejada.
Como você resolve esse problema?
Dica
. Para realizar os cálculos, tanto do quadrado quanto da raiz
quadrada, use uma calculadora.
Exercício 1
Qual é a medida da diagonal no desenho da porca quadrada mostrado a
seguir?
Exercício 2
É preciso fazer um quadrado em um tarugo de 40 mm de diâmetro. Qual
deve ser a medida do lado do quadrado?
Exercício 3
Calcule o comprimento da cota x da peça abaixo.
Exercício 4
De acordo com o desenho abaixo, qual deve ser o diâmetro de um
tarugo para fresar uma peça de extremidade quadrada?
Exercício 5
Calcule na placa abaixo a distância entre os centros dos furos A e B.
Exercício 6
Qual é a distância entre os centros das polias A e B?
Exercício 7
Calcule o diâmetro do rebaixo onde será encaixado um parafuso de
cabeça quadrada, conforme o desenho. Considere 6 mm de folga. Depois de
obter o valor da diagonal do quadrado, acrescente a medida da folga.
Exercício 8
Qual é a distância entre os centros dos furos A e B? Dê a resposta em
milímetros.
Exercício 9
Calcule a distância entre os centros dos furos igualmente espaçados da
peça abaixo.
Exercício 10
Calcule o valor de x no desenho:
Exercício 11
Calcule o valor de x nos desenhos:
a)
b)
Exercício 12
Calcule a distância entre dois chanfros opostos do bloco representado
abaixo.
Descobrindo medidas
desconhecidas (II)
Quem trabalha no ramo da mecânica sabe que existem empresas
especializadas em reforma de máquinas.
As pessoas que mantêm esse tipo de atividade precisam ter muito
conhecimento e muita criatividade para resolver os problemas que envolvem
um trabalho como esse.
Na maioria dos casos, as máquinas apresentam falta de peças, não
possuem esquemas nem desenhos, têm parte de seus conjuntos mecânicos
tão gastos que não é possível repará-los e eles precisam ser substituídos.
O maior desafio é o fato de as máquinas serem bem antigas e não haver
como repor componentes danificados, porque as peças de reposição há muito
tempo deixaram de ser fabricadas e não há como comprá-las no mercado. A
tarefa do mecânico, nesses casos, é, além de fazer adaptações de peças e
dispositivos, modernizar a máquina para que ela seja usada com mais
eficiência.
Isso é um verdadeiro trabalho de detetive, e um dos problemas que o
profissional tem de resolver é calcular o comprimento das correias faltantes.
Vamos supor, então, que você trabalhe em uma dessas empresas.
Como você é novato e o cálculo é fácil, seu chefe mandou que você calculasse
o comprimento de todas as correias das máquinas que estão sendo reformadas
no momento.
Você sabe como resolver esse problema?
L = 3,14 · 20 + 2 ·40
L = 62,8 + 80
L = 142,8 cm
Esse cálculo não é difícil. Releia esta parte da aula e faça os exercícios
a seguir.
Exercício 1
Calcule o comprimento da correia aberta que liga duas polias iguais com
30 cm de diâmetro e com distância entre eixos de 70 cm.
Solução:
L = ·d+2·c
L = 3,14 × 30 + 2 × 70
L=
Exercício 2
Calcule o comprimento da correia aberta necessária para movimentar
duas polias iguais, com 26 cm de diâmetro e com distância entre eixos de 60
cm.
Polias de diâmetros diferentes
Voltemos à tarefa que o chefe lhe passou: a segunda máquina que você
examina tem um conjunto de polias de diâmetros diferentes e correia aberta.
Novamente, você mede o diâmetro das polias e a distância entre os
centros dos eixos. Encontra o valor dos raios (D/ 2). Em seguida, desenha o
conjunto com as medidas que você obteve.
Mais uma vez, você tem de encontrar o perímetro dessa figura. Quais as
medidas que temos? Temos o raio da polia maior (25 cm), o raio da polia
menor (10 cm) e a distância entre os centros dos eixos (45 cm).
Para esse cálculo, que é aproximado, você precisa calcular o
comprimento das semicircunferências e somá-lo ao comprimento c multiplicado
por 2.
Dica Dica
Esse cálculo é aproximado, porque a região
Esse cálculo é aproximado, porque aderegião
contato
deda polia com
contato a com a
da polia
correia não
correia é exatamente
não é exatamentecorrespondente
correspondentea uma
a umasemicircunferência.
semicircunferência.
L = 3,14 x 35 + 2 x
L = 3,14 x 35 + 2 x
L = 3,14 x 35 + 2 x
L = 3,14 x 35 + 2 x 47,43
L = 109,9 + 94,86
L = 204,76 cm
Exercício 3
Calcule o comprimento de uma correia aberta que deverá ligar duas
polias de diâmetros diferentes (Ø 15 cm e Ø20 cm) e com distância entre eixos
de 40 cm.
Solução:
R = 20 ÷ 2 =
r = 15 ÷ 2 =
L = x (R + r)+ 2 x
L = 3,14 x
Exercício 4
Calcule o comprimento de uma correia aberta que deverá ligar duas
polias de diâmetros diferentes (Ø 30 cm e Ø 80 cm) e com distância entre eixos
de 100 cm.
Correias cruzadas
Para o cálculo do comprimento de correias cruzadas, você deverá usar
as seguintes fórmulas:
a) Para polias de diâmetros iguais:
L = x d+ 2 x
b) Para polias de diâmetros diferentes:
L = x (R + r)+ 2 x
Exercício 5
Calcule o comprimento de uma correia cruzada que liga duas polias
iguais, com 35 cm de diâmetro e distância entre eixos de 60 cm.
Solução:
L = x d+ 2 x
L = 3,14 x 35 + 2 x
Exercício 6
Calcule o comprimento de uma correia cruzada que deverá ligar duas
polias de diâmetros diferentes (Ø 15 cm e Ø 20 cm) e com distância entre eixos
de 40 cm.
L = x (R + r)+ 2 x
Dica Tecnológica
A s correias cruzadas são bem pouco utilizadas atualmente, porque
o atrito gerado no sistema provoca o desgaste muito rápido
das correias.
Exercício 7
Calcule o comprimento das correias mostradas nos seguintes desenhos.
a)
b)
c)
d)
Descobrindo medidas
desconhecidas (III)
Já dissemos que a necessidade de descobrir medidas desconhecidas é
uma das atividades mais comuns na área da Mecânica. Por isso, torneiros,
fresadores, retificadores, ajustadores e ferramenteiros têm de dominar esse
conhecimento com muita segurança para poder realizar bem seu trabalho.
Você já aprendeu que, usando o Teorema de Pitágoras, é possível
descobrir a medida que falta, se você conhecer as outras duas.
Porém, às vezes, as medidas disponíveis não são aquelas adequadas à
aplicação desse teorema. São as ocasiões em que você precisa encontrar
medidas auxiliares e dispõe apenas de medidas de um lado e de um ângulo
agudo do triângulo retângulo. Nesse caso, você tem de aplicar seus
conhecimentos de Trigonometria.
Por sua importância, esse assunto sempre está presente nos testes de
seleção para profissionais da área de Mecânica. Vamos supor, então, que você
esteja se candidatando a uma vaga numa empresa. Uma das questões do
teste é calcular a distância entre os furos de uma flange, cujo desenho é
semelhante ao mostrado abaixo.
Você sabe resolver esse problema? Não? Então vamos lhe ensinar o
caminho.
Relação seno
Seu problema é encontrar a distância entre os furos. Você já sabe que,
para achar medidas desconhecidas, pode usar o triângulo retângulo, porque o
que lhe dará a resposta é a análise da relação entre as partes desse tipo de
triângulo.
Na aplicação do Teorema de Pitágoras, você analisa a relação entre os
catetos e a hipotenusa.
Porém, existem casos nos quais as relações compreendem também o
uso dos ângulos agudos dos triângulos retângulos. Essas relações são
estabelecidas pela Trigonometria.
Recordar é aprender
Ângulo agudo é aquele que é menor que 90º.
Trigonometria é a parte da Matemática que estuda as relações entre os
ângulos agudos do triângulo retângulo e seus lados.
Vamos então analisar o problema e descobrir se teremos de usar o
Teorema de Pitágoras ou as relações trigonométricas.
A primeira coisa a fazer é colocar um triângulo dentro dessa figura, pois
é o triângulo que dará as medidas que procuramos.
Recordar é aprender
Triângulo isósceles é aquele que possui dois lados iguais. A altura
desse tipo de triângulo, quando traçada em relação ao lado desigual,
forma dois triângulos retângulos.
β = 360º # 10 = 36º
Depois, calculamos:
α = β # 2= 36 # 2 = 18º
Recordar é aprender
Lembre-se de que, para aplicar o Teorema de Pitágoras no cálculo da
medida de um lado do triângulo retângulo, você precisa da medida de
dois dos três lados.
Recordar é aprender
Em um triângulo retângulo, seno de um ângulo é a relação entre a medida
do cateto oposto (co) a esse ângulo e a medida da hipotenusa (hip).
Para fazer os cálculos, você precisa, primeiro, localizar o valor do seno
de α (18º) na tabela:
sen 18º = 0,3090
Substituindo os valores na fórmula:
0,3090 =
Isolando o elemento desconhecido:
co = 0,3090 x 75
co = 23,175 mm
2 x 23,175 mm = 46,350 mm
Exercício 1
Calcule a altura dos blocos-padrão necessários para que a mesa de
seno fique inclinada 9º 30'.
Solução: sen α=
Exercício 2
Calcule a cota x deste desenho.
Solução: x = 30 + hip + R
x = 30 + ? + 20
hip =
x=
Exercício 3
Calcule a cota x do seguinte desenho.
Relação co-seno
Vamos supor agora que o teste que você está fazendo apresente como
problema encontrar a cota x de uma peça semelhante ao desenho mostrado a
seguir.
Exercício 4
Calcule a cota x na peça abaixo.
Exercício 5
Calcule a cota x da peça a seguir.
Exercício 6
Calcule o ângulo α do chanfro da peça abaixo.
Exercício 7
Calcule a cota x da peça chanfrada mostrada a seguir.
Esta parte da lição foi criada para você pôr à prova seu esforço e seu
empenho no estudo do assunto da aula. Releia a aula e estude os exemplos
com atenção. Depois faça os seguintes exercícios.
Exercício 8
Calcule a distância entre furos da flange com 12 furos igualmente
espaçados, cujo raio da circunferência que passa pelo centro dos furos é de
150 mm.
Exercício 9
Calcule a altura dos blocos-padrão para que a mesa de seno fique
inclinada 18°. A distância entre o centro dos roletes de apoio da mesa é de 300
mm.
Exercício 10
Calcule a cota h da peça abaixo.
Exercício 11
Calcule a cota x da seguinte peça.
Descobrindo medidas
desconhecidas (IV)
Uma das operações mais comuns que o torneiro deve realizar é o
torneamento cônico.
Quando é necessário tornear peças cônicas, uma das técnicas utilizadas
é a inclinação do carro superior do torno. Para que isso seja feito, é preciso
calcular o ângulo de inclinação do carro. E esse dado, muitas vezes, não é
fornecido no desenho da peça.
Vamos fazer de conta, então, que você precisa tornear uma peça desse
tipo, parecida com a figura a seguir.
Relação tangente
A primeira coisa que você tem de fazer, quando recebe uma tarefa como
essa, é analisar o desenho e visualizar o triângulo retângulo. É através da
relação entre os lados e ângulos que você encontrará a medida que procura.
Vamos ver, então, onde poderia estar o triângulo retângulo no desenho da
peça que você recebeu.
tga = ou
Dica
Da mesma forma como o seno e o co-seno são dados tabelados, a tangente
também é dada em uma tabela que você encontra no fim deste livro.
Quando o valor exato não é encontrado, usa-se o valor mais próximo.
tga =
tga =
Dica
Para o torneamento de peças cônicas com a inclinação do carro superior,
a fórmula a ser usada é sempre
Exercício 1
Calcule o ângulo de inclinação do carro superior do torno para tornear a
seguinte peça. Não se esqueça de que você tem de usar a fórmula:
tga =
D = 40
d = 10
c = 50
a =?
Exercício 2
Qual é o ângulo de inclinação do carro superior do torno para que se
possa tornear a peça mostrada a seguir.
Dica
As duas circunferências dentro do desenho não fazem parte da peça. São
roletes para o controle da medida x da peça e vão auxiliar no desenvolvimento
dos cálculos.
O valor de R já é conhecido:
R = 16 # 2 = 8
tg α =
tg 30º =
0,5774 =
ca = 13,85 mm
Rpm
A velocidade dos motores é dada em rpm. Esta sigla quer dizer rotação
por minuto. Como o nome já diz, a rpm é o número de voltas completas que
um eixo, ou uma polia, ou uma engrenagem dá em um minuto.
Exercício 1
Calcule a rpm dos conjuntos C e D.
Conjunto C:
n1= 600
n2 = ?
D1= 100
D2= 140
Substituindo os valores:
n2 =
Conjunto D:
n1= 600
n2 = ?
D1= 60
D2= 200
Cálculo de rpm em conjuntos redutores de velocidade
Os conjuntos redutores de velocidade agrupam polias de tamanhos
desiguais de um modo diferente do mostrado com a furadeira. São conjuntos
parecidos com os mostrados na ilustração a seguir.
Calculando:
Exercício 2
Um motor que possui uma polia de 160 mm de diâmetro desenvolve 900
rpm e move um eixo de transmissão cuja polia tem 300 mm de diâmetro.
Calcule a rotação do eixo.
n1= 900
n2 = ?
D1= 300
D2= 160
Exercício 3
Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo que a polia movida
tem 30 cm de diâmetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o número de rpm que a
polia motora desenvolve.
n1 = ?
n2= 1200
D1= 30
D2= 10
Exercício 4
Se a polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de diâmetro, que diâmetro
deverá ter a polia movida para desenvolver 600 rpm?
Exercício 5
No sistema de transmissão por quatro polias representado abaixo, o eixo
motor desenvolve 1000 rpm. Os diâmetros das polias medem: D1 = 150 mm, D
2 = 300 mm, D3 = 80 mm e D4 = 400 mm. Determine a rpm final do sistema.
n1 = 200
n2 =?
Z2 = 40
Z1 = 20
Primeiro estágio:
Você não terá nenhuma dificuldade no exercício que vem agora. Veja
como é fácil!
Exercício 6
Seguindo o modelo do exemplo, faça o cálculo do segundo estágio.
Segundo estágio:
n1 = 150
n2 =?
Z2 = 90
Z1 = 30
Exercício 7
Uma polia motora tem 10 cm de diâmetro. Sabendo-se que a polia
movida tem 30 cm de diâmetro e desenvolve 1200 rpm, calcule o número de
rpm da polia motora.
Exercício 8
Se uma polia motora gira a 240 rpm e tem 50 cm de diâmetro, qual será
o diâmetro da polia movida para que ela apresente uma velocidade de 600
rpm?
Exercício 9
Uma engrenagem motora tem 20 dentes e a outra, 30. Qual é a rpm da
engrenagem maior, se a menor gira a 150 rpm?
Exercício 10
Qual o número de dentes necessários à engrenagem A (motora) para
que A e B girem respectivamente a 100 e 300 rpm?
Exercício 11
Na figura abaixo, qual é a rpm da engrenagem B, sabendo que a
engrenagem A gira a 400 rpm? Observe que as engrenagens intermediárias T1
e T2 têm a função de ligar duas engrenagens que estão distantes uma da outra
e não têm influência no cálculo.
Exercício 12
Calcular a rpm da engrenagem B, sabendo que A é motora e gira a 260
rpm.
Calculando o desalinhamento
da contraponta
Tornear peças cônicas é uma atividade bastante comum na área da
Mecânica. Para fazer isso, o torneiro tem duas técnicas a sua disposição: ele
pode usar a inclinação do carro superior ou o desalinhamento da contraponta.
Como você já viu, a inclinação do carro superior é usada para tornear
peças cônicas de pequeno comprimento.
O desalinhamento da contraponta, por sua vez, é usado para o
torneamento de peças de maior comprimento, porém com pouca conicidade,
ou seja, até aproximadamente 10°.
Para o torneamento com inclinação do carro superior, você precisa
calcular o ângulo de inclinação do carro usando a Trigonometria. O
desalinhamento da contraponta também exige que você faça alguns cálculos.
Vamos supor que você seja um torneiro e receba como tarefa a
execução do trabalho mostrado no seguinte desenho.
Exercício 1
Calcule o deslocamento da contraponta para tornear a seguinte peça:
Solução:
D = 80
d = 77
c = 80
L = 250
M=?
M=
Exercício 2
Calcule o deslocamento da contraponta para tornear a seguinte peça cônica.
Solução:
D = 40
d = 38
L = c = 120
M=?
M=
M=
Conicidade percentual
Vamos supor que você receba o seguinte desenho de peça para tornear:
Por que fizemos isso? Porque, para calcular M, basta apenas multiplicar
esse valor pelo comprimento da peça, pois isso dará a variação de diâmetro. O
resultado é dividido por dois. Matematicamente, isso é representado por:
M=
M=
M= 3,75 mm
Solução:
vd = 4% = =
L = 140
M= ?
M=
M=
Exercício 4
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para tornear a
seguinte peça.
Conicidade proporcional
Da mesma forma que você pode obter a conicidade pela variação
percentual do diâmetro da peça, esta também pode ser fornecida por
proporção.
Como exemplo, vamos supor que você tenha de tornear uma peça que
apresente os dados mostrados no desenho a seguir.
1:50 = = 0,02= vd
M=
M=2 mm
Exercício 5
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para tornear a
seguinte peça com conicidade proporcional de 1:20.
Solução:
M=
vd= = 0,05
L=120
M=
Exercício 6
Quantos milímetros a contraponta deverá ser deslocada para fornecer
uma conicidade proporcional de 1:100 na peça mostrada a seguir?
Exercício 7
Calcule o deslocamento da contraponta necessário para o torneamento
da peça mostrada a seguir.
Exercício 8
Qual será o deslocamento em milímetros da contraponta para que a
peça a seguir apresente uma conicidade percentual de 3%?
Exercício 9
A peça a seguir precisa ter uma conicidade proporcional de 1:40. Calcule
o deslocamento da contraponta para se obter essa conicidade.
Calculando a aproximação do
anel graduado
Uma das formas de obter o deslocamento de precisão dos carros e das
mesas de máquinas operatrizes convencionais — como plainas, tornos,
fresadoras e retificadoras — é utilizar o anel graduado.
Cálculo do deslocamento
Para esse cálculo, precisamos apenas de dois dados: o passo do fuso
(pf) e o número de divisões do anel (nº div.). Isso porque, como já dissemos, as
divisões do anel são proporcionais ao passo do fuso.
Assim, para calcular o deslocamento, usamos:
A=
Portanto, você terá de avançar 200 divisões no anel graduado para que
a mesa se desloque 4 mm.
Às vezes, à medida que você precisa deslocar é maior do que o passo
do fuso. Nesse caso, é necessário dar mais que uma volta no anel. Vamos ver
o que se deve fazer nesses casos.
Imagine que, na mesma máquina do exemplo anterior, você precise
fazer um deslocamento de 21 mm. Como esse número é maior do que 5 mm,
que é a medida do passo do fuso, isso significa que serão necessárias 4 voltas
no anel, porque 21 dividido por 5 é igual a 4 e um resto de 1, ou seja:
x = 1 # 0,02 = 50 divisões.
Exercício 1
Calcule o número de divisões (x) para avançar em um anel graduado de
200 divisões, para aplainar 1,5 mm de profundidade em uma barra de aço,
sabendo que o passo do fuso é de 4 mm.
A=
A= ?
pf= 4mm
nºdiv= 200
A=
x=
x=
Exercício 2
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel
graduado de 200 divisões para se tornear uma superfície cilíndrica de diâmetro
50 mm, para deixá-la com 43 mm, sabendo que o passo do fuso é de 5 mm.
Par calcular a penetração da ferramenta use
pn =
a) Cálculo de penetração:
D = 50
d = 43
pn = =
pn =
b) cálculo de A
c) cálculo de x
Exercício 3
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel
graduado de 100 divisões, para se desbastar 7,5 mm de profundidade de um
material, considerando que o passo do fuso é de 5 mm.
Exercício 4
Calcule quantas divisões (x) devem ser avançadas em um anel
graduado de 250 divisões, para se reduzir de 1/2" (0,500") para 7/16"
(0,4375") a espessura de uma barra, sabendo que o passo do fuso é de 1/8"
(0,125").
Exercício 5
Quantas divisões (x) você deve avançar o anel graduado de 200
divisões, para retificar um eixo de diâmetro 50 mm para 49,6 mm, sabendo que
o passo do fuso é de 5 mm?
Calculando a rpm e o gpm a
partir da velocidade de corte
Para que uma ferramenta corte um material, é necessário que um se
movimente em relação ao outro a uma velocidade adequada.
Na indústria mecânica, as fresadoras, os tornos, as furadeiras, as
retificadoras e as plainas são máquinas operatrizes que produzem peças por
meio de corte do metal. Esse processo se chama usinagem.
Para que a usinagem seja realizada com máquina de movimento
circular, é necessário calcular a rpm da peça ou da ferramenta que está
realizando o trabalho.
Quando se trata de plainas, o movimento é linear alternado e é
necessário calcular o gpm (golpes por minuto).
O problema do operador, neste caso, é justamente realizar esses
cálculos.
Vamos supor que você seja um torneiro e precise tornear com uma
ferramenta de aço rápido um tarugo de aço 1020 com diâmetro de 80 mm.
Qual será a rpm do torno para que você possa fazer esse trabalho
adequadamente?
Velocidade de corte
Para calcular a rpm, seja da peça no torno, seja da fresa ou da broca,
usamos um dado chamado velocidade de corte.
Velocidade de corte é o espaço que a ferramenta percorre, cortando um
material, dentro de um determinado tempo.
A velocidade de corte depende de uma série de fatores, como:
Tipo de material da ferramenta;
Tipo do material a ser usado;
Tipo de operação a ser realizada;
Condições da refrigeração;
Condições da máquina etc.
Embora exista uma fórmula que expressa a velocidade de corte, ela é
fornecida por tabelas que compatibilizam o tipo de operação com o tipo de
material da ferramenta e o tipo de material a ser usinado. Essas tabelas estão
a sua disposição no final deste livro.
Cálculo de rpm em função da velocidade de corte
Para o cálculo da rpm em função da velocidade de corte, você também
usa uma fórmula:
n=
n=
n=
n= 99,5
n 100
A rpm ideal para esse trabalho seria 99,5. Como as velocidades das
máquinas estão estipuladas em faixas determinadas, você pode usar um valor
mais próximo, como 100 rpm.
Como você viu, esse cálculo é simples. Estude-o mais uma vez e faça
os exercícios que preparamos para você treinar.
Exercício 1
Quantas rotações por minuto (rpm) deve-se empregar para desbastar no
torno um tarugo de aço 1060 de 100 mm de diâmetro, usando uma ferramenta
de aço rápido?
a) dados disponíveis
ferramenta: de aço rápido
material: aço 1060
vc = 15m/mim (dado de tabela, de acordo com as indicações acima)
d = 100
b) valor a determinar
n=?
a) Solução:
n=
n=
n=
Exercício 2
Qual é a rpm adequada para furar uma peça de aço 1045 com uma
broca de aço rápido de 14 mm de diâmetro, se a velocidade indicada na tabela
é de 18 m/min?
a) dados disponíveis
ferramenta: de aço rápido
material: aço 1045
vc = 18 m/min
d = 14 mm
n=?
n=
n=
n=
n = 1592, 3
n 1592 rpm
Exercício 3
Calcule a rpm do rebolo de 250 mm de diâmetro para retificar um eixo de
aço de 60 mm de diâmetro, sabendo que a velocidade de corte é de 30 m/seg.
Solução: vc = 30 m/seg (tabela)
d = 250 mm
n=?
Cálculo: n=
Os dados são:
vc = 12 m/min
c = 150 mm + 10 mm (folga)
gpm = ?
Substituindo os dados na fórmula gpm = , temos:
gpm =
gpm =
gpm = 37, 5
gpm @ 38
Exercício 4
Calcule o gpm para aplainar uma peça de 120 mm de comprimento
considerando a folga de entrada e de saída da ferramenta de 40 mm, sabendo
que a velocidade de corte é de 10 m/min.
vc = 10 m/min
c = 120 +40 =
gpm = ?
gpm =
gpm =
Chegou a hora de pôr à prova sua atenção e sua dedicação pessoal no
estudo desta lição. Leia novamente todas as informações, estude com atenção
os exemplos e faça os exercícios a seguir.
Exercício 5
Quantas rotações por minuto devem ser empregadas para desbastar no
torno um tarugo de aço 1045 de 50 mm de diâmetro, se uma ferramenta de aço
rápido for usada? Use vc = 20 m/min.
Exercício 6
Sabendo que a velocidade de corte indicada é de 15 m/min, qual é o
número de rpm que a fresa de aço rápido de 40 mm de diâmetro deve atingir
para fresar uma peça de aço 1045?
Exercício 7
Calcule o número de rotações por minuto para desbastar no torno uma
peça de ferro fundido duro de 200 mm de diâmetro com ferramenta de metal
duro. A velocidade indicada na tabela para ferramenta de aço rápido é de 18
m/min.
Exercício 8
Qual a rpm para furar uma peça de aço 1020 com uma broca de aço
rápido com 12 mm de diâmetro, se a velocidade da tabela é de 25 m/min?
Exercício 9
Calcule a rpm do rebolo de 240 mm de diâmetro para retificar uma peça
de aço de 100 mm de diâmetro, sabendo que a velocidade de corte é de 27
m/seg.
Exercício 10
Calcule o gpm para aplainar uma peça de 200 mm de comprimento,
considerando a folga de entrada e saída da ferramenta de 40 mm, sabendo
que a velocidade de corte é de 8 m/min.
Calculando engrenagens
cilíndricas
Em uma empresa, o setor de manutenção mecânica desenvolve um
importante papel na continuidade do fluxo da produção. Após o diagnóstico do
defeito, realizam-se a desmontagem, limpeza dos componentes, substituição
dos elementos danificados, montagem, lubrificação e ajustes finais da máquina.
No entanto, muitas vezes não existem peças de reposição disponíveis
para consertar a máquina, principalmente quando ela é antiga.
Por causa disso, o setor de manutenção de muitas empresas possui
algumas máquinas operatrizes destinadas a produzir elementos mecânicos
para a reposição de peças de máquinas sob manutenção.
Esta é uma situação que pode estar ocorrendo agora na sua empresa: a
máquina foi desmontada e percebeu-se que uma de suas engrenagens está
quebrada.
Você acha que seria capaz de levantar os dados desse elemento da
máquina a partir dos fragmentos restantes e executar os cálculos para a
confecção de uma nova engrenagem?
Se a sua resposta é não, fique ligado nesta aula. Nela vamos ensinar a
calcular engrenagens cilíndricas de dentes retos.
Exercício 1
Calcular o diâmetro primitivo de uma engrenagem cilíndrica de dentes
retos, sabendo que m = 3 e Z = 90.
Solução:
Dados:
m=3
Z = 90
dp = ?
dp = m · Z
dp = 3 · 90
dp =
Exercício 2
Calcule o número de dentes da engrenagem que tenha um diâmetro
primitivo (dp) de 240 mm e um módulo igual a 4.
Solução:
Dados:
dp = 240 mm
m=4
Z=
Z=
Z=
Exercício 3
Calcular o módulo de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos cujo
diâmetro externo (de) é igual a 45 mm e o número de dentes (Z) é 28.
Solução:
Dados :
de = 45
Z = 28
m=?
de = m (Z + 2)
45 = m (28 + 2)
45 =
m=
Exercício 4
Qual é o diâmetro externo de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos
cujo módulo (m) é igual a 3,5 e o número de dentes (Z) é igual a 42.
Solução:
Dados disponíveis:
m = 3,5
Z = 42
de = ?
de = m (Z + 2)
de =
definição. Observe.
Exercício 5
Calcule a altura total (h) dos dentes de uma engrenagem cujo módulo é
1,75.
Solução:
h = 2,166 × m
h=
Exercício 6
Calcule o módulo de uma engrenagem cuja altura total (h) do dente é
4,33 mm.
Solução:
m=
m=
Exercício 7
Calcule a altura do pé dente (b) de uma engrenagem cilíndrica, sabendo
que o módulo é igual a 1,5.
Solução:
b = 1,166 · m
b=
Exercício 8
Calcule o módulo de uma engrenagem cilíndrica, sabendo que a altura
do pé do dente (b) é de 3,498 mm.
b = 1,166 · m
m=
m=
Exercício 9
Calcule o diâmetro interno de uma engrenagem cilíndrica que tem um
diâmetro primitivo de 75 mm e um módulo igual a 1,5.
Solução:
di = dp - 2,33 · m
di = 75 - 2,33 · 1,5
di =
Exercício 10
Calcule o diâmetro interno de uma engrenagem cilíndrica com 50 dentes
e módulo igual a 1,5.
Solução:
di = m (Z - 2,33)
di =
Exercício 11
Calcule o módulo de uma engrenagem da qual você conhece o diâmetro
interno (di = 37,67 mm) e o número de dentes (Z = 40).
Solução:
di = m (Z -2,33)
37,67 = m (40 - 2,33)
m=
Cálculo do passo
O passo é a medida do arco da circunferência do diâmetro primitivo que
corresponde a um dente e a um vão da engrenagem.
Como = 1, teremos:
p=m·
p = 2 · 3,14
p = 6,28 mm
Exercício 13
Sabendo que o passo de uma engrenagem é 12,56 mm, calcule seu
módulo.
d=
d=
d = 90 mm
Exercício 14
Sabendo que o número de dentes da engrenagem 1 é 60 e o da
engrenagem 2 é 150 e que seus módulos são iguais a 2, calcule a distância
entre seus centros.
Exercício 15
Calcule dp, de, di, h, a, b e p de uma engrenagem cilíndrica de dentes
retos com 45 dentes e módulo 4.
Exercício 16
Sabendo que o diâmetro externo de uma engrenagem cilíndrica é de
88mm e que ela tem 20 dentes, calcule m, dp, di, h, a, b e p.
Exercício 17
Calcule a distância entre centros das duas engrenagens dos exercícios
15 e 16.
Realizando cálculos para o
aparelho divisor (I)
Você já estudou como fazer os cálculos para encontrar as principais
medidas para a confecção de uma engrenagem cilíndrica de dentes retos.
Vamos supor, então, que sua próxima missão seja justamente fresar
uma engrenagem igualzinha àquela quebrada, cujas medidas acabamos de
calcular juntos.
Para isso, você sabe que precisa usar um aparelho divisor e que é
necessário fazer também alguns cálculos para descobrir o número de voltas da
manivela para obter cada divisão da engrenagem.
Você saberia realizar esses cálculos? Se você acha que não, chegou a
hora de aprender.
O aparelho divisor
O aparelho divisor é um acessório da fresadora que permite fazer as
divisões dos dentes das engrenagens. Permite também fazer furos ou rasgos
em outros tipos de peças, além de possibilitar a fresagem de ranhuras e dentes
helicoidais.
Normalmente, o aparelho divisor tem uma coroa com 40 ou 60 dentes;
três discos divisores que contêm várias séries de furos e uma manivela para
fixar a posição desejada para a realização do trabalho.
Vm =
Exercício 1
Quantas voltas na manivela você precisará dar para fresar uma
engrenagem com 40 dentes, se a coroa do divisor também tem 40 dentes?
Solução:
C = 40
N = 40
Vm = ?
Vm =
Disco divisor
Nem sempre o número de voltas é exato. Nesse caso, você tem de dar
uma fração de volta na manivela e o que ajuda nessa operação é o disco
divisor.
Vm =
A divisão, como você viu, não foi exata. Você tem como resultado 1, que
é a quantidade de voltas necessárias à realização do trabalho. O que fazer com
o resto?
O resto da divisão (13) representa o número de furos a serem
avançados no disco divisor.
Mas que disco é esse? Ele é indicado pelo número 27, correspondente,
neste caso, ao número de dentes da engrenagem.
Então, você deve “ler” o resultado desse cálculo da seguinte forma: para
fresar uma engrenagem de 27 dentes, você dá uma volta completa na
manivela e avança 13 furos no disco de 27 furos.
Vamos propor agora mais um problema: suponha que você tenha de
fresar uma engrenagem com 43 dentes e o aparelho divisor de sua máquina
tenha uma coroa com 40 dentes. Quantas voltas da manivela serão
necessárias para realizar a tarefa?
Exercício 2
Para fresar uma engrenagem de 18 dentes, qual o disco, o número de
voltas e o número de furos a avançar, se o aparelho divisor da máquina tem
uma coroa com 40 dentes?
Solução: C = 40
N= 18
disco = ?
Vm = ?
furos a avançar = ?
Exercício 3
Se o aparelho divisor de sua máquina tem uma coroa de 40 dentes, qual
é o número de voltas na manivela que você terá de dar para fresar uma
engrenagem de 47 dentes?
Solução: C = 40
N = 47
Vm =
Exercício 4
Calcule o número de voltas na manivela para fresar uma engrenagem
com 32 dentes, sabendo que a coroa do divisor tem 40 dentes.
Solução: C = 40
N = 32
Vm =
Vm =
Por esse resultado, já sabemos que você terá de dar duas voltas
completas na manivela.
Mas, o que você faz com o resto?
Com o resto (80) e o divisor (360) construímos a fração que significa
que devemos girar 80 furos em um disco de 360 furos. O problema é que não
existe um disco de 360 furos. Por isso, precisamos simplificar essa fração até
obter um número no seu denominador que exista naquela tabela de discos que
já vimos nesta aula:
Portanto, para obter um deslocamento de 20°, você terá de dar 2 voltas
completas na manivela e avançar 4 furos em um disco de 18 furos.
Exercício 5
Em uma peça circular, desejamos fazer 5 furos distantes 15° um do
outro. Se o divisor tem uma coroa com 40 dentes, quantas voltas é preciso dar
na manivela para fazer esse trabalho?
Solução:
Vm =
C = 40
a = 15
Vm = ?
Vm =
Exercício 6
Qual o número de voltas necessárias para usinar uma peça com 60
divisões em uma fresadora cujo aparelho divisor tem uma coroa com 40
dentes?
Exercício 7
Quantas voltas deveriam ser dadas na manivela do aparelho divisor para
usinar um sextavado, sabendo que a coroa tem 60 dentes.
Exercício 8
Calcule quantas voltas são necessárias para executar uma peça com 42
divisões, se a coroa do divisor tem 60 dentes?
Exercício 9
Quantas voltas um operador deve dar na manivela para fresar uma
engrenagem de 45 dentes em um divisor cuja coroa tenha 40 dentes?
Exercício 10
Para fazer três rasgos equidistantes 37° em uma peça circular, calcule
quantas voltas devem ser dadas na manivela, sabendo que a coroa tem
40 dentes.
Realizando cálculos para o
aparelho divisor (II)
Na aula anterior você aprendeu a fazer vários cálculos para o aparelho
divisor. Mas, o assunto ainda não está esgotado.
Há casos em que não existe um disco divisor que possua o número de
furos que você precisa. Além disso, talvez você tenha uma fração que não
pode ser simplificada. Como fazer nesses casos?
Esse é o problema que tentaremos resolver nesta aula. Estude-a com
atenção, porque, se você quiser ser um bom fresador ou um ferramenteiro, terá
de saber resolver esse problema muito bem.
Divisão diferencial
Imagine que você tem de calcular o número de voltas na manivela de um
aparelho divisor para fresar uma engrenagem com 97 dentes e sabendo que a
coroa do divisor tem 40 dentes.
Aparentemente, esse parece ser um problema igual aos outros que você
já estudou e resolveu. A fórmula é a mesma, ou seja:
Vm = =
No entanto, o que parece ser a solução não é. E você sabe por quê?
Bem, primeiramente, não existe um disco divisor com 97 furos. Além
disso, aquela fração não pode ser simplificada.
A divisão diferencial é usada para resolver esse problema. Ela é um
processo de correção do número de dentes feito por meio do uso de um
conjunto de engrenagens.
Simplificando:
Vm = = =
Com esse passo, temos o seguinte resultado: para fresar cada dente, é
necessário avançar 8 furos no disco divisor de 20 furos.
O problema é que se o cálculo parar por aqui, a engrenagem terá 100
dentes e não 97. Por isso, temos de realizar mais algumas etapas.
Mais uma vez, você verifica que não existe engrenagem com 120 dentes
no jogo. Então você passa para o próximo passo.
6. Trabalhar a fração , dividindo-a ou multiplicando-a por números
Para que você não se perca no meio de tantas informações, vamos dar
uma paradinha para alguns exercícios.
Exercício 1
Calcule o número de voltas da manivela e as engrenagens para fresar
uma engrenagem com 51 dentes em um divisor com coroa de 40 dentes.
Solução:
Dados disponíveis: N = 51
C = 40
N’ = arbitrário (vamos escolher 50)
N=N-N'
Fórmula para o cálculo do número de voltas da manivela: Vm =
Vm =
Exercício 2
Calcule o número de voltas da manivela e as engrenagens auxiliares
para fresar uma engrenagem com 131 dentes em um divisor com coroa de 40
dentes. Faça o cálculo para 4 engrenagens.
Solução:
Dados:
N = 131
N’ = 128 (arbitrário)
C = 40
N= N-N'
Vm =
Agora queremos que você treine esse cálculo que acabamos de ensinar.
Exercício 3
Determine a quantidade de engrenagens intermediárias, sabendo que o
cálculo foi feito para duas engrenagens e que N’ é 120 e N é 123.
Exercício 4
Quantas engrenagens intermediárias serão necessárias para transmitir
movimento para o disco do divisor, sabendo que o cálculo foi feito para 4
engrenagens e que N’ é igual a 130 e que N é igual a 127.
Exercício 5
Calcule o número de voltas na manivela e as engrenagens auxiliares e
intermediárias necessárias para fresar uma engrenagem com 71 dentes em um
divisor com coroa de 40 dentes.
Exercício 6
Quantas voltas na manivela será necessário dar e quais serão as
engrenagens auxiliares e intermediárias necessárias para fresar uma
engrenagem com 137 dentes, sabendo que você terá de usar um divisor com
coroa de 40 dentes?
Exercício 7
Para fresar uma engrenagem com 93 dentes, quantas voltas de
manivela serão necessárias e quais serão as engrenagens auxiliares e
intermediárias, sabendo que o divisor tem uma coroa com 60 dentes?
Realizando cálculos para o
aparelho divisor (III)
A fresagem helicoidal é empregada na fresagem de ranhuras de peças
como brocas, alargadores, machos e engrenagens helicoidais.
Vamos supor, então, que você vai concorrer a uma vaga de fresador. No
teste, pede-se que você calcule as engrenagens auxiliares para montar o
aparelho divisor a fim de fresar uma ranhura helicoidal.
Você estaria preparado para concorrer a essa vaga? Se não estiver,
estude com atenção esta aula. Nós vamos lhe mostrar o “pulo do gato”.
tgß =
tgß =
Assim, Ph=
Substituindo os valores:
Ph=
Ph=
Ph 420 mm
Exercício 1
Calcule o passo da hélice para fresar uma engrenagem cilíndrica de
dentes helicoidais cujo diâmetro primitivo é 60 mm e o ângulo de inclinação da
hélice é de 20°.
Solução:
Dados: dp = 60
b = 20°
Ph = ?
Ph=
Ph=
Ph=
Exercício 2
Calcule o passo da hélice para fresar uma ranhura helicoidal cujo
diâmetro do cilindro é 65 mm e o ângulo de inclinação da hélice é de 45°.
Solução:
Dados: d = 65
b = 45°
Ph = ?
Ph=
P=h
Em que Zmot é uma das engrenagens motoras que deve ser montada
no fuso da mesa da fresadora; Zmov é uma das engrenagens movidas que
deve ser montada no eixo do disco divisor; Pf é o passo do fuso da mesa; C é
o número de dentes da coroa e Ph é o passo da hélice.
Agora, além dos dados que você já tem, é necessário conhecer o passo
do fuso da mesa da fresadora (Pf = 6 mm) e o número de dentes da coroa (C =
40).
Retomando:
Zmot = ?
Zmov = ?
Pf = 6 mm
C = 40
Ph 420 mm
Substituindo os valores na fórmula:
Mais uma vez, por tentativa e erro, você terá de trabalhar a fração até
conseguir números de dentes que existam no conjunto de engrenagens
auxiliares.
Desmembrando:
Enfim, agora você vai realmente treinar o cálculo para o seu teste.
Releia a aula, detendo-se nos exemplos e faça os exercícios a seguir.
Exercício 3
Determine as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal
em uma peça cilíndrica com 40 mm de diâmetro e ângulo de inclinação da
hélice de 20° , sabendo que o aparelho divisor tem uma coroa com 40 dentes e
que o fuso da mesa da fresadora tem 6 mm de passo.
Solução:
a) Cálculo do passo da hélice (Ph)
Dados:
d = 40
b = 20°
Ph = ?
Ph=
Ph=
Ph=
b) Cálculo das engrenagens
Dados:
Zmot = ?
Zmov = ?
Pf = 6 mm
C = 40
Ph = resultado do cálculo anterior
Exercício 4
Calcule as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal de
uma peça cilíndrica com 30 mm de diâmetro e ângulo de inclinação da hélice
de 40° , sabendo que o aparelho divisor tem uma coroa de 60 dentes e que o
fuso da mesa da fresadora tem um passo de 5 mm.
Solução:
a) Cálculo do passo da hélice
Dados: d = 30 mm
β = 40°
Ph = ?
Ph =
b) Cálculo das engrenagens
Dados: Zmot = ?
Zmov = ?
Pf = 5
C = 60
Ph = calculado
Agora chegou a hora da verdade. Você vai fazer de conta que está
mesmo fazendo o teste para fresador e vai fazer com bastante cuidado os
exercícios a seguir.
Exercício 5
Calcule as engrenagens auxiliares para fresar uma engrenagem
helicoidal cujo diâmetro primitivo é de 80 mm, o ângulo de inclinação da hélice
é de 45° , sabendo que a coroa do divisor tem 40 dentes e o passo do fuso da
mesa da fresadora é de 6 mm.
Exercício 6
Determine as engrenagens auxiliares para fresar uma ranhura helicoidal
em um cilindro com 70 mm de diâmetro, com um ângulo de inclinação da hélice
de 30°, usando um divisor cuja coroa tem 60 dentes e que o passo do fuso é de
6 mm.
Ferramentas e Acessórios
Introdução
A execução das instalações elétricas, como de resto a realização de
qualquer instalação ou montagem, depende muito do ferramental empregado e
de como o mesmo é utilizado.
Instrumentos e ferramentas adequadas ao serviço que se está
realizando facilitam o trabalho e dão correção e segurança ao mesmo.
Com ferramentas adequadas ao serviço, ganha-se tempo, executa-se a
tarefa dentro do melhor padrão e despende-se menos energia.
Descrevemos as principais ferramentas empregadas em trabalhos de
eletricidade, seu uso correto e em que são mais empregadas.
Alicates
Descrição
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou
forjamento, compostas de dois braços e um pino de articulação, tendo em uma
das extremidades dos braços, suas garras, cortes e pontas, temperadas e
revenidas.
Utilização
O Alicate serve para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar
determinadas peças nas montagens.
Classificação
Os principais tipos de alicate são:
1. Alicate Universal
2. Alicate de Corte
3. Alicate de Bico
4. Alicate de Compressão
5. Alicate de Eixo Móvel
Desencapador de Fios
Pode ser bastante simples como o do tipo que se assemelha a um
alicate. Regula-se a abertura das lâminas de acordo com o diâmetro do
condutor a ser desencapado.
Outro tipo de desencapador é o desarme automático. Nele existem
orifícios com diâmetros reguláveis correspondentes aos diversos condutores.
Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como a remoção da isolação são
executados.
Alicate de Pressão
Compressor manual, para instalação de conectores, vem equipado com
ninho regulável, ajustado a medida desejada, bastando girar o parafuso
regulador que se encontra na cabeça da ferramenta. Junto à matriz encontra-
se uma escala de aço gravada com as várias graduações, que orienta a
ajustagem, podendo ser fixado em uma bancada.
Alicate Hidráulico
O alicate hidráulico, tem a cabeça rotativa, permitindo a sua utilização
em qualquer ângulo. Possui um avanço manual, além do avanço hidráulico, o
que permite o ajuste rápido da abertura dos mordentes, e é isolado com
neoprene, excetuada a cabeça. Utilizável com matrizes intercambiáveis, para
vários diâmetros de terminais.
Conectores à compressão
Alicate Rebitador
Alicate usado para efetuar a fixação de peças com rebites.
Rebites:
Procedimento de Rebitagem
Chaves de Aperto
Descrição
São ferramentas geralmente de aço vanádio ou aço cromo extraduros,
que utilizam o princípio da alavanca para apertar ou desapertar parafusos e
porcas.
Comentários
As chaves de aperto caracterizam-se por seus tipos e formas,
apresentando-se em tamanhos diversos e tendo o cabo (ou braço) proporcional
à boca.
Classificação
As Chaves de aperto classificam-se em:
1. Chave de Boca Fixa Simples
2. Chave Combinada (de boca e de estrias)
3. Chave de Boca Fixa de Encaixe
4. Chave de Boca Regulável
5. Chave Allen
6. Chave Radial ou de Pinos
7. Chave Corrente ou Cinta
8. Chave Soquete
Chave Soquete
Indicada para eletroeletrônicas e mecânica leve. Capacidade de uso em
locais de difícil acesso.
Jogo de Soquetes
Os soquetes ou chaves de caixa, podem ser incluídas entre as chaves
de estrias. Também conhecidas como “chave cachimbo”.
Substituem as chaves de estrias e de boca. Permitem ainda operar em
montagem e manutenção de parafusos ou porcas embutidos em lugares de
difícil acesso.
Recomendações
Algumas medidas devem ser observadas para a utilização e
conservação das chaves de aperto, tais como:
1. As chaves de aperto devem estar justas nos parafusos ou porcas
2. Evitar dar golpes com as chaves
3. Limpá-las após o uso
4. Guardá-las em lugares apropriados
Características
A chave de fenda deve apresentar as seguintes características:
1. Ter sua cunha temperada e revenida
2. Ter as faces de extremidade da cunha, em planos paralelos
3. Ter o cabo ranhurado longitudinalmente, que permita maior firmeza no
aperto, e bem engastado na haste da chave.
4. Ter a forma e dimensões das cunhas proporcionais ao diâmetro da
haste da chave. Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com
cunha em forma de cruz, chamada Chave Phillips.
Morsa de Bancada
É dispositivo de fixação constituído de duas mandíbulas, uma fixa e
outra móvel, que se desloca por meio de parafuso e porca.
• As mandíbulas são providas de mordentes estriados e temperados,
para maior segurança na fixação das peças.
• As morsas podem ser construídas de aço ou ferro fundido, em diversos
tipos e tamanhos.
• Existem morsas de base giratória para facilitar a execução de certos
trabalhos.
Funcionamento
A mandíbula móvel se deslocar por meio de parafuso e porca. O aperto
é dado através do manípulo localizado no extremo do parafuso.
Os tamanhos das morsas são identificadas através de números
correspondendo à largura das mandíbulas.
Condição de Uso
A morsa deve estar bem presa na bancada e na altura conveniente.
Conservação
Deve-se mantê-la bem lubrificada para melhor movimento da mandíbula
e do parafuso, e sempre limpa ao final do trabalho.
Arco de Serra
É uma ferramenta manual de um arco de aço carbono, onde deve ser
montada uma lâmina de aço ou aço carbono, dentada e temperada.
Características
O arco de serra caracteriza-se por ser regulável ou ajustável de acordo
com o comprimento da lâmina.
A lâmina de serra é caracterizada pelo comprimento e pelo número de
dentes por polegada
Comprimento: 8” - 10” - 12”.
Número de dentes por polegada: 18 - 24 e 32.
Comentários
1. A serra manual é usada para cortar materiais, para abrir fendas e
rasgos.
2. Os dentes das serras possuem travas, que são deslocamentos
laterais dos dentes em forma alternada, a fim de facilitar o deslizamento da
lâmina durante o corte.
3. A lâmina de serra deve ser selecionada, levando-se em consideração:
a) a espessura do material a ser cortado, que não deve ser menor que dois
passos de dentes.
Ferro de Solda
É destinado à execução de soldas de estanho, usuais em instalações
elétricas. É uma ferramenta que armazena o calor produzido por uma chama
ou resistência elétrica e o transfere para as peças a serem soldadas e a própria
solda, de modo a fundi-la. A solda fundida adere às peças a unir, solidificando-
se ao esfriar.
Os ferros de soldar são de três tipos principais: comuns, a gás e
elétricos. Ferros maiores são usados para a solda de peças grandes que
exigem maior quantidade de calor.
Os ferros de solda elétricos são encontrados no mercado com diversas
formas e potências. Normalmente são de 20, 60, 100, 200, 450 ou mais watts
de potência.
Serrote
É uma ferramenta bastante conhecida, se bem que nem sempre bem
utilizada. É de uso apenas eventual pelo eletricista. É adequado para serrar
madeira.
Arco de Pua
Para fazer furos redondos em madeira ou outro material mole, usa-se a
pua com o respectivo arco. A pua, parte da ferramenta que produz o corte, é
encontrada em diversos diâmetros para produzir o furo com as dimensões
desejadas. Há um tipo pouco usual cujo diâmetro de corte pode ser ajustado,
podendo-se assim executar furos de diversos diâmetros com a mesma
ferramenta.
Torquímetro
O torquímetro é uma ferramenta especial destinada a medir o torque (ou
aperto) dos parafusos conforme a especificação do fabricante do equipamento.
Isso evita a formação de tensões e consequentemente deformação das peças
quando em serviço.
A unidade de medida do torquímetro é o Newton metro (Nm) e a leitura é
direta na escala graduada, permitindo a conferência do aperto, de acordo com
o valor preestabelecido pelo fabricante.
Existem vários tipos de torquímetros:
• indicador e escala
• relógio
• automático
Verificadores e Calibradores
São instrumentos geralmente fabricados de aço, temperado ou não.
Apresentam formas e perfis variados. Utilizam-se para verificar e controlar
raios, ângulos, folgas, roscas, diâmetros e espessuras.
Tipos
Os verificadores e calibradores classificam-se em vários tipos:
Verificador de raio
Serve para verificar raios internos e externos. Em cada lâmina é
estampada a medida do raio. Suas dimensões variam, geralmente, de 1 a 15
mm ou de 1/32” a 1/2”.
Verificador de ângulos
Usa-se para verificar superfícies em ângulos. Em cada lâmina vem
gravado o ângulo, que varia de 1º a 45º.
Verificador de rosca
Usa-se para verificar roscas em todos os sistemas. Em suas lâminas
está gravado o número de fios por polegada ou o passo da rosca em
milímetros.
Calibrador de folgas (Apalpador)
Usa-se na verificação de folgas, sendo fabricado em vários tipos. Em
cada lâmina vem gravada sua medida, que varia de 0,04 a 5 mm, ou de
0,0015” a 0,2000”.
Calibrador-tampão “passa-não-passa”
Suas extremidades são cilíndricas. O furo da peça a verificar estará
bom, quando passar pela parte menor e não pela maior.
Verificador de chapas e arames
É fabricado em diversos tipos e padrões. Sua face é numerada, podendo
variar de 0 (zero) a 36, que representam o número de espessura das chapas e
arames.
Condições de U so
As faces de contato dos calibradores e verificadores devem estar
perfeitas.
Conservação
Evitar quedas e choques.
Limpar e lubrificar após o uso.
Guardá-los em estojo ou local apropriado.
Compassos
São instrumentos de aço carbono destinados a traçagem.
Constituição
São constituídos de duas pernas que se abrem ou se fecham através de
uma articulação. As pernas podem ser retas, terminadas em pontas afiladas e
endurecidas, ou uma reta e outra curva.
Nas oficinas, dois tipos de compassos diferentes são empregados:
compassos de traçar e de verificação.
Compasso de traçar ou de pontas: usado para transferir uma medida,
traçar arcos ou circunferências.
Compasso de verificação ou de centro: para medidas internas,
externas ou de espessuras.
Cuidados
1. Articulação bem ajustadas;
2. Pontas bem aguçadas;
3. Proteção contra golpes e quedas;
4. Limpeza e lubrificação;
5. Proteção das pontas com madeira ou cortiça.
Chaves de Impacto
Chaves de gancho
Para deslocamento de rolamentos pequenos sobre eixo cônico ou bucha
de fixação com ajuda de uma porca de fixação, bem como para a
desmontagem de rolamentos pequenos em bucha de desmontagem com ajuda
de uma porca. As chaves de gancho são fabricadas em aço temperado. Para
cada dimensão de porca há uma chave apropriada, porém podem também ser
utilizadas para o tamanho imediatamente superior.
Chaves de batida
Para o deslocamento de rolamentos grandes sobre eixo cônico ou
buchas de fixação com ajuda de uma porca de fixação, bem como para a
desmontagem de rolamentos grandes sobre bucha de desmontagem com
ajuda de uma porca. Estas chaves de batidas, fabricadas de ferro fundido
modular, têm uma superfície apropriada para receber as batidas, conseguindo-
se assim otimizar a transmissão da energia do golpe para a porca. As chaves
são providas de um cabo leve, articulado ou encaixado na cabeça da chave.
São fáceis de manejar, graças ao seu reduzido peso. O desenho das chaves
de batidas permite que sejam adaptáveis a vários tamanhos de porcas.
Limas
Descrição
É uma ferramenta manual de aço carbono, denticulado e temperada.
Utilização
É utilizada na operação de desgaste de materiais.
Classificação
Classificam-se pela forma, picado e tamanho.
As formas mais comuns são:
Os tamanhos mais usuais de limas são: 100, 150, 200, 250 e 300 mm de
comprimento (corpo).
Comentários
As limas, para serem usadas com segurança e bom rendimento, devem
estar bem encabadas, limpas e com o picado em bom estado de corte.
Para a limpeza das limas usa-se uma escova de fios de aço e, em certos
casos, uma vareta de metal macio (cobre, latão) de ponta achatada.
Para a boa conservação das limas deve-se:
1. evitar choques;
2. protegê-las contra a umidade a fim de evitar oxidação;
3. evitar o contato entre si para que seu picado não se estrague.
Aplicações das limas segundo suas formas.
Furadeiras
São máquinas-ferramentas destinadas à execução de operações de
furar, escarear, alargar, rebaixar e roscar com machos.
Funcionamento
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias
escalonadas e correias ou um jogo de engrenagens possibilitando uma gama
de rpm.
O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático.
Furadeira de bancada
São montadas sobre bancadas de madeira ou aço.
Sua capacidade de furação é de até 12 mm.
Furadeira de coluna
Esta furadeira tem como características o comprimento da coluna e a
capacidade que é, em geral, superior à de bancada.
Furadeira Radial
A furadeira radial é destinada à furação em peças grandes em vários
pontos, dada a possibilidade de deslocamento do cabeçote.
Possui avanços automáticos e refrigeração da ferramenta por meio de
bomba.
Furadeira Portátil
Pode ser transportada com facilidade e pode-se operá-la em qualquer
posição.
Características
1. potência do motor
2. número de rpm
3. capacidade
4. deslocamento máximo de eixo principal
Acessórios
mandril porta-brocas
jogo de buchas de redução
morsa
cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução
Condições de uso
1. a máquina deve estar limpa
2. o mandril em bom estado
3. broca bem presa e centrada
Observação: Lubrificação periódica com lubrificante próprio.
Brocas
Descrição
As Brocas são ferramentas de corte, de forma cilíndrica, com canais
retos ou helicoidais que terminam em ponta cônica e são afiadas com
determinado ângulo.
Comentários
As brocas se caracterizam pela medida do diâmetro, forma da haste e
material de fabricação, são fabricadas, em geral, em aço carbono e também
em aço rápido.
As brocas de aço rápido são utilizadas em trabalhos que exijam maiores
velocidades de corte, oferecendo maior resistência ao desgaste e calor do que
as de aço carbono.
Classificação
As brocas apresentam-se em diversos tipos, segundo a natureza e
características do trabalho a ser desenvolvido. Os principais tipos de brocas
são:
1. Broca Helicoidal
De Haste Cilíndrica
De Haste Cônica
2. Broca de Centrar
3. Broca com Orifícios para Fluído de Corte
4. Broca Escalonada ou Múltipla
Broca de Centrar
A Broca de Centrar é uma broca especial fabricada de aço rápido.
Uso
Este tipo de broca serve para fazer furos de centro e, devido a sua
forma, executam numa só operação, o furo cilíndrico, o cone e o escareado.
Classificação
Os tipos mais comuns de broca de centrar são:
1. Broca de centrar simples
2. Broca de centrar com chanfro de proteção
Comentário
A Broca de Centrar Simples é utilizada para executar o tipo mais comum
de centro, que é o Simples, enquanto que a Broca de Centrar Chanfro de
Proteção executa o Centro Protegido.
As medidas dos centros devem ser adotadas em proporção com os
diâmetros das peças baseadas na tabela abaixo.
A máquina
Os machos, para roscar a máquina, são apresentados em 1 peça, sendo
o seu formato normalizado para utilização, isto é, apresenta seu comprimento
total maior que o macho manual (DIN).
Características
São 6 (seis) as características dos machos de roscar:
Sistema de rosca.
Sua aplicação.
Passo ou número de filetes por polegada.
Diâmetro externo ou nominal.
Diâmetro da espiga ou haste cilíndrica.
Sentido da rosca.
Sua aplicação
Os machos de roscas são fabricados para roscar peças internamente.
Sentido da rosca
Refere-se ao sentido da rosca, isto é, se é direita (right) ou esquerda
(left).
Conservação
Para se conservar os machos de roscar em bom estado, é preciso limpá-
los após o uso, evitar quedas ou choques, e guardá-los separados em seu
estojo. Classificação dos machos de roscar, segundo o tipo de rosca:
Desandadores
Descrição
São ferramentas manuais, geralmente de aço carbono, formadas por um
corpo central, com um alojamento de forma quadrada ou circular, onde são
fixados machos, alargadores e cossinetes.
Utilização
O desandador funciona como uma chave, que possibilita imprimir o
movimento de rotação necessário à ação da ferramenta.
Classificação
Os desandadores podem ser:
1. Fixo em T
2. Em T, com castanhas reguláveis
3. Para machos e alargadores
4. Para cossinetes
Tipos
Desandador fixo “T”
Possui um corpo comprido que serve como prolongador para passar
machos ou alargadores e em lugares profundos e de difícil acesso para
desandadores comuns.
Comentários
Os comprimentos variam de acordo com os diâmetros dos machos ou
alargadores, ou seja: para metais duros 23 vezes o diâmetro do macho ou
alargador e para metais macios, 18 vezes esses diâmetros.
Comprimentos dos desandadores para machos e alargadores:
1 - Nº 1 = 215 mm
2 - Nº 2 = 285 mm
3 - Nº 3 = 400 mm
Cossinetes
São ferramentas de corte, construídas de aço especial temperado, com
furo central filetado.
Os cossinetes são semelhantes a uma porca, com canais periféricos
dispostos tecnicamente em torno do furo central filetado, e o diâmetro externo
varia de acordo com o diâmetro da rosca. Os canais periféricos formam as
arestas cortantes e permitem a saída das aparas. Os mesmos possuem
geralmente uma fenda, no sentido da espessura, que permite a regulagem da
profundidade do corte, através do parafuso cônico, instalado na fenda, ou dos
parafusos de regulagem do porta-cossinete.
Características dos cossinetes
Sistema da rosca
Passo ou número de fios por polegada
Diâmetro nominal
Sentido da rosca
Arestas cortantes: c e d
f = ângulo de folga
E = ângulo de gume
S = ângulo de saída das aparas
Cossinete de pente
Constitui-se numa caixa circular, em cujo interior se encontram quatro
ranhuras. Nessas ranhuras, são colocados quatro pentes filetados, os quais,
por meio de um anel de ranhuras inclinadas, abrem os filetes da rosca na peça,
tanto no sentido radial como no sentido tangencial.
As partes cortantes são de arestas chanfradas junto ao início, para
auxiliar a entrada da rosca.
Alguns espaçadores reguláveis separam os pentes entre si e mantêm
centralizada a peça que está sendo roscada.
Talhadeira e Bedame
Descrição
A Talhadeira e o Bedame são ferramentas de corte feitas de um corpo
de aço, de secção circular, retangular, hexagonal ou octogonal, com um
extremo forjado, provido de cunha, temperada e afiada convenientemente, e
outro chanfrado denominado cabeça.
Talhadeira
Características
1. O bisel da cunha é simétrico ou assimétrico
2. A aresta de corte deve ser convexa e o ângulo de cunha varia com o
material a ser talhado, conforme, tabela abaixo:
Comentários
A cabeça do bedame e da talhadeira é chanfrada e temperada
brandamente para evitar formação de rebarbas ou quebras.
As ferramentas de talhar devem ter ângulos de cunha convenientes,
estar bem temperadas e afiadas, para que cortem bem.
Ponteiro
Ë uma ferramenta semelhante à talhadeira, porém com a extremidade
de corte em forma de ponta arredondada, para efetuar furos em concreto e
alvenaria.
Tal como a talhadeira, é uma ferramenta bastante usada pelos
eletricistas e encanadores para efetuar rasgos ou furos destinados a embutir os
eletrodutos ou canos d’água, esgoto, gás, etc.
Punção de Bico
Descrição
É uma ferramenta de aço carbono, com ponta cônica temperada e corpo
geralmente octogonal ou cilíndrico recartilhado.
Classificação
O PUNÇÃO DE BICO classifica-se pelo ângulo de ponta. Assim, existem
os seguintes tipos:
1 - de 30º
2 - de 60º
3 - de 90º
4 - de 120º
Utilização
O PUNÇÃO DE BICO serve para marcar pontos de referência no
traçado e centros para função de peças.
Martelo
O Martelo é uma ferramenta de impacto, constituída de um bloco de aço
carbono preso a um cabo de madeira, sendo as partes com que se dão os
golpes, temperadas.
Utilização
O Martelo é utilizado na maioria das atividades industriais, tais como a
mecânica geral, a construção civil e outras.
Comentários
Para o seu uso, o Martelo, deve ter o Cabo em Perfeitas Condições e
Bem Preso Através da Cunha.
Por outro lado, deve-se evitar golpear com o cabo do martelo ou usá-lo
como alavanca.
O peso do Martelo varia de 200 a 1000 gramas.
• Utilizado em trabalhos, com chapas finas de metal, como também na
fixação de pregos, grampos, etc.
• Destina-se a serviços gerais, como exemplo: rebitar, extrair pinos, etc.
Muito utilizado em serviços pesados como chapas de metal, etc.
• Sua estrutura permite a realização de trabalhos em chapas de metal,
etc.; sem contudo danificar ou marcar o material trabalhado.
Marreta
A Marreta é outro tipo de martelo muito usado nos trabalhos de
instalação elétrica e de encanamento. É um martelo maior, mais pesado e mais
simples, destinado a percutir sobre uma talhadeira ou um ponteiro.
Macete
O Macete é uma ferramenta de impacto, constituída de uma cabeça de
madeira, alumínio, plástico, cobre, chumbo ou outro, e um cabo de madeira.
Utilização
Utilizado para bater em peças ou materiais cujas superfícies sejam lisas
e que não possam sofrer deformação por efeito de pancadas. Para sua
utilização, deve ter a cabeça bem presa ao cabo e livre de rebarbas.
Comentários
O peso e o material que constitui a cabeça, caracterizam os macetes.
Serra Tico-Tico
Aplicada nos serviços de corte em chapas de aço, metais não ferrosos,
madeira (maciça ou compensada), fórmica, matéria plástica, acrílicos.
Esmerilhadeira
Utilizada em serviços de corte, desbaste e rebarbação em metais e
soldas em caldeirarias, serralherias, fundições, departamentos de manutenção
industrial, funilarias, metalúrgicas, etc.
Empregada, também no desbaste ou acabamento em concreto
aparente.
Lixadeira
Aplicada em trabalhos de lixamento em madeira, metais, vidros,
remoção de tinta ou ferrugem/oxidação (com escova de aço).
Ferramentas de Força
Em seu trabalho, o eletricista necessita muitas vezes do auxílio de uma
ferramenta ou mesmo de uma máquina simples para melhor executar um
determinado trabalho, ligado indiretamente à eletricidade.
A colocação ou remoção de um poste, motor, gerador, armário, etc.,
pode exigir a atuação de uma força maior que a produzida por vários homens.
Macaco mecânico ou hidráulico, roldana, cadernal, talha diferencial,
macaco para cabo de aço (Tirfor), alavanca e a cunha são exemplos de
máquinas de força simples, muito usadas para trabalhos de força em
instalações elétricas prediais e industriais.
Alavanca
Arquimedes, a vários séculos passados, afirmou: “Deem-me um ponto
de apoio e uma alavanca e eu suspenderei a Terra.”
Realmente, se tivermos uma relação entre os braços de alavanca de 1
para 1000, com um quilo podemos elevar uma tonelada.
Diversos tipos de alavanca.
Cunha
É uma ferramenta muito simples, porém bastante eficiente.
Figura 24 - Cunha e como funciona.
Macaco
A figura abaixo mostra um macaco hidráulico e outro mecânico.
Roldana
A figura abaixo mostra uma roldana simples e como funciona.
Cadernal
A figura abaixo mostra um cadernal e como funciona.
Observação: A figura abaixo mostra um cadernal de seis roldanas. A
força feita pelo operador é seis vezes menor que o peso a levantar.
Talha
Manual ou acionada por motor elétrico, a talha é o equipamento de força
normalmente usado em oficinas e fábricas para movimentar peças ou
pequenas máquinas e motores.
Tirfor
É um macaco mecânico que aciona um cabo de aço, o qual vai sendo
puxado aos poucos, porém com força de até 750 kg,
1500 kg ou mais.
Trata-se de ferramenta muito útil e versátil para o instalador que precisa
movimentar cargas pesadas.
Escadas
Muitas vezes, o eletricista tem necessidade de trabalhar no alto, em um
poste, no teto, numa marquise ou num telhado. A escada é um equipamento
auxiliar do eletricista e o ajudará muito se for adequada ao serviço.
Escada de Abrir
Indicada para serviços de enfiação dos condutores em caixas no teto ou
em partes altas de paredes.
Escada de Extensão
É apropriada para trabalhos em postes e, muitas vezes, já vem equipada
com ganchos e cintas para apoio em condutores ou no próprio poste.
Nota: A figura abaixo mostra uma escada de extensão do tipo muito
usado na instalação de linhas de distribuição de energia.
Luvas
Com o objetivo de proporcionar isolamento adequado ao trabalho com
circuito energizado de baixa tensão, são fabricadas luvas de borracha ou de
plástico. São isoladas e testadas para tensões bastante altas, como 6000 volts,
o que não deve ser considerado que com elas podemos tocar em condutor com
6000 volts. Elas somente devem ser utilizadas em baixa tensão.
a) ( ) 3, 5, 4, 1, 2;
b) ( ) 3, 4, 5, 2, 1;
c) ( ) 3, 1, 4, 5, 2;
d) ( ) 5, 3, 4, 1, 2.
7) Qual o macho de roscar que é mais indicado para abrir rosca em furos não
passantes (furo cego)?
a) ( ) macho de roscar com ranhuras retas;
b) ( ) macho de roscar com fios alternados;
c) ( ) macho de roscar com ranhuras helicoidal à direita;
d) ( ) macho de roscar com ranhuras ligeiramente helicoidal à esquerda.
a) ( ) 4, 3, 2, 1;
b) ( ) 4, 1, 2, 3;
c) ( ) 2, 4, 1, 3;
d) ( ) 2, 1, 3, 4;
e) ( ) 1, 2, 3, 4.
10) Os cossintes são:
a) ( ) ferramentas para abrir furos com rosca em chapas e barras
retangulares;
b) ( ) ferramentas para abrir roscas em tubos metálicos e peças
cilíndricas;
c) ( ) ferramentas para cortar peças cilíndricas e tubos;
d) ( ) ferramentas para cortes curvos em chapas e cantoneiras;
e) ( ) N. R. A.
Descrição
São máquinas-ferramentas destinadas à execução de operações de
furar, escarear, alargar, rebaixar e roscar com machos.
Funcionamento
O movimento da ferramenta é recebido do motor através de polias
escalonadas e correias ou um jogo de engrenagens possibilitando uma gama
de rpm.
O avanço da ferramenta pode ser manual ou automático.
Tipos
Furadeira de bancada
Comentário
São montadas sobre bancadas de madeira ou aço. Sua capacidade de
furação é até 12mm.
Furadeira de coluna
Comentário
Esta furadeira tem como características o comprimento da coluna e a
capacidade que é, em geral, superior à de bancada.
Furadeira Radial
Comentário
A furadeira radial é destinada à furação em peças grandes em vários
pontos, dada à possibilidade de deslocamento do cabeçote.
Possui avanços automáticos e refrigeração da ferramenta por meio de
bomba.
Furadeira Portátil
Comentário
Pode ser transportada com facilidade e pode-se operá-la em qualquer
posição.
Características
1. Potência do motor
2. Número de rpm
3. Capacidade
4. Deslocamento máximo do eixo principal
Acessórios
• mandril porta-brocas
• jogo de buchas de redução
• morsa
• cunha para retirar mandril, brocas e buchas de redução.
Condições de uso
1. A máquina deve estar limpa
2. O mandril em bom estado
3. Broca bem presa e centrada
Conservação
Lubrificação periódica com lubrificante próprio.
Furadeira Pneumática
Operação
• Instruções gerais
− Verificar o óleo do depósito, tirando “Bujão de óleo”.
− Purgar (drenar) a mangueira de ar, para eliminar a água da instalação
ou eventuais impurezas.
− Verificar a pressão do ar, que deverá ser mantida entre 80 a 100 libras
(6 a 7 kg/cm2), medida na entrada da máquina, com esta em funcionamento.
− Usar mangueira de ∅ 3/8” para distância até 20 metros. Para
distâncias maiores usar mangueira de maior diâmetro.
− Não usar alavancas para pressionar a “Furadeira”. O esforço
transmitido deverá ser simplesmente manual.
Lubrificação
• Turbina, Regulador e Redutor
− Colocar óleo no depósito, pelo “Bujão de Óleo” cada 8
(oito) horas de serviços contínuo. O uso de Lubrificador de Linha”, dispensa
esta operação.
− Lubrificar o “Regulador”, “Rolamentos da Turbina” e o “Redutor” cada
semana de serviço contínuo, colocando graxa pelo “Bujão Engraxadeira”.
− Fazer revisão completa, cada quatro meses de serviços contínuos,
desmontando e montando a máquina.
− Não deixar a máquina parada mais de uma semana, sem tê-la
revisado e lubrificado previamente.
Lixadeiras
Equipamento utilizado para desbaste e acabamento em peças metálicas
ou não, utilizando movimento giratório ou alternativo com lixas das várias
granulações. Serve também para polir peças com auxílio de massa de polir, e
acessório especial para polimento.
Pontas Montadas
Pontas Montadas Abrasivas
Fabricadas com o mesmo material do rebolo, estas pontas são utilizadas
para serviços de retificação em geral, pequenos trabalhos de acabamento e
afiação de metais ferrosos, escariações de furos, etc. Podem ser encontradas
em diversos modelos e tamanhos distintos.
Pontas Montadas de Diamante
Ferramentas apropriadas para trabalhar em metal duro, vidro, porcelana,
quartzo, corrundum sintético, material plástico temperado, grafite, pedras
sintéticas e outras substâncias duras. Estas pontas estão disponíveis em três
tipos de ligas: A)Eletrolítica ou Galvânica, B) Resinóide e C) Metálica. Os
modelos em Borazon são indicados nas retíficas internas de peças em aço com
dureza acima de 55 HRC.
Rosqueadeiras
Utilizada para rosquear tubos, conduítes e vergalhões. Possui comando
tipo torno, permitindo que as ferramentas se movam com precisão. Pode
rosquear tubos de até 6” de diâmetro.
Marteletes
Operação
• Instruções gerais
− Verificar o óleo da “Carcaça da Chave”, tirando o “Bujão de Óleo”.
− Purgar (Drenar) a mangueira para eliminar a água da instalação ou
eventuais impurezas.
− Verificar a pressão de ar que deverá ser mantida de 80 a
100 libras/pol2 (6 a 7 kg/cm2), medida na entrada da máquina com esta em
funcionamento.
− Usar mangueira ∅ 1” para distâncias até 30 metros. Para distâncias
maiores usar mangueira de maior diâmetro.
− Colocar o “Ponteiro” ou ferramenta de haste adequada para a “Bucha
Porta Talhadeiras”. O “Ponteiro” deverá entrar e sair livremente sem ter
excessiva folga.
Lubrificação
− Colocar óleo na “Carcaça da Chave”, cada 4 horas de serviço
contínuo, tirando o “Bujão de Óleo”. Existindo “Lubrificador de Linha”
devidamente instalado não é necessária esta operação. Recomendamos o uso
de óleo de alta pressão para impactos. Óleos recuperados, Diesel ou óleos
combustíveis não é recomendado usar e nem misturar com óleo de
lubrificação.
− É aconselhável colocar pequena quantidade de óleo pelo “Niple
Giratório” de entrada de ar cada vez que se reiniciar o serviço.
− Fazer revisão completa cada 400 horas de serviço.
Lubrificação
− É aconselhável colocar pequena quantidade de óleo pelo furo do
“Suporte do Niple” cada vez que se reiniciar o serviço.
− Deverá ser colocado “Lubrificador de Linha” na alimentação do
“Martelete”.
− Fazer revisão completa cada 2 meses de serviço contínuo,
desmontando e montando o “Martelete”. Limpar as peças com querosene e jato
de ar e lubrificá-las. A “Válvula do Distribuidor” deverá entrar livremente no
“Corpo do Distribuidor” após devidamente limpo.
− Não deixar o “Martelete” parado mais de uma semana sem tê-lo
revisado previamente.
Martelete Quebrador Pneumático
Operação
• Instruções gerais
− Verificar o óleo na “Carcaça da Chave”, tirando o “Parafuso
Lubrificador o “Feltro” deverá estar embebido em óleo.
− Purgar (Drenar) a mangueira, para eliminar a água da instalação ou
eventuais impurezas.
− Verificar a pressão do ar que deverá ser mantida de 80 a 100 libras (6
a 7 Kg/cm2) medidas na entrada da máquina.
− Usar mangueiras de ∅ 5/8” para distâncias até 30 metros. Para
distâncias maiores usar mangueira de maior diâmetro.
− Colocar o “Ponteiro” ou ferramenta de haste adequada para a “Bucha
Porta-Talhadeira”. O “Ponteiro” deverá entrar e sair livremente sem ter
excessiva folga.
Lubrificação
− Colocar óleo no “Parafuso Lubrificador”, cada 4 horas de serviço
contínuo. Mergulha-lo dentro do óleo, até o feltro ficar completamente
embebido. Havendo “Lubrificador de Linha”, devidamente instalado, pode-se
prescindir desta operação.
− Fazer revisão completa cada dois meses de serviço continuado,
desmontando e montando a máquina. Limpar as peças com querosene e jato
de ar e lubrificá-las. A “Válvula do Distribuidor” poderá ser lixada sobre
superfície plana com lixa d’água fina, para melhor limpar as suas faces.
− Não deixar a máquina parada mais de uma semana sem tê-la revisada
previamente.
Esmerilhadeiras
Descrição
São máquinas destinadas ao esmerilhamento de materiais,
principalmente a afiação de ferramentas.
Tipos
Esmerilhadeira de pedestal
Constituição
São constituídas geralmente de um motor elétrico, em cujo eixo se
fixam, os rebolos: um constituído de grãos médios destinado ao desbaste de
materiais e outro de grãos finos para acabamento dos gumes das ferramentas
de corte.
Comentário
Existem esmerilhadeiras de pedestal com motores de maior potência e
com rebolos de maiores diâmetros destinados a desbastes grosseiros e
rebarbamento de peças de fundição.
Esmerilhadeira de bancada
Comentário
Este tipo de esmerilhadeira possui rebolos especiais e apoio lateral para
esse tipo de ferramenta.
Cuidados
1. Utilizar rebolos próprios, observando as rotações indicadas nos
mesmos.
2. O furo do rebolo deve estar justo no eixo e em esquadro com a face.
3. O rebolo deve estar bem balanceado a fim de evitar vibrações e
imperfeições na superfície esmerilhada.
Esmerilhadeira Pneumática
Operação
• Instruções Gerais
− Verificar o óleo no depósito da “Carcaça da Chave”, tirando o “Bujão
de Óleo”.
− Verificar a rotação recomendada para o rebolo que se deseja usar.
Esta rotação não deverá ser inferior a da Esmerilhadeira.
− Verificar se a ferramenta (rebolo, ponta montada, fresa etc.) está bem
apertada.
− Drenar (Purgar) a mangueira para eliminar a água da instalação ou
eventuais impurezas.
− Verificar a pressão de ar que deverá ser mantida entre 80 a 100 libras
(6 a 7 Kg/cm2) medidas na entrada da Esmerilhadeira quando a mesma estiver
em funcionamento.
− Usar mangueira ∅ 5/16” para distâncias até 30 metros. Para distâncias
maiores usar mangueira de maior diâmetro.
− Verificar que o diâmetro da Haste da Ponta Montada coincide com o
furo da “Bucha” ou do “Corpo do Mandril” da máquina, ou seja: não misturar
ferramentas com haste em milímetro com porta-ferramentas em polegadas e
vice versa.
− Usar mangueira de escapamento ∅ 7/16”.
• Lubrificação
− Colocar óleo no depósito da “Carcaça da Chave” pelo “Bujão”, cada 8
horas de serviço contínuo.
− Lubrificar os “Rolamentos da Turbina” cada semana de serviço
contínuo.
− Fazer revisão completa cada 500 horas de serviço contínuo,
desmontando e montando a Esmerilhadeira. Limpar as peças com querosene e
jato de ar, trocar as peças excessivamente gastas, lubrificar e montar
corretamente.
− Não deixar a máquina parada mais de uma semana sem tê-la revisado
previamente.
Operação
• Instruções gerais
− Verificar o óleo no depósito da “Carcaça Posterior”, tirando o “Bujão de
Óleo” do cabo da mesma.
− Limpar a mangueira de ar “Purgar” passando o ar a pressão para
eliminar eventuais impurezas.
− Verificar a pressão do ar que deverá ser mantida entre 85 e 100 libras
(6 a 7 k/cm2), medida na entrada da máquina.
− Usar mangueira de 5/16” ou 1/2” para distância até 30 metros. Para
distâncias maiores usar mangueira maior.
− Colocar o soquete adequado para chave de 1/2”, 3/8”, 1” ou 1.1/8”,
quadrado e para a bitola da porca que se deseja apertar. Não usar soquete
maior que o “Eixo Acoplamento”, da máquina ou excessivamente gasto que
prejudicariam-no, assim como o serviço executado.
− Se for necessário usar prolongadores, estes deverão ser do tipo
especial para “Chaves de Impacto”.
• Lubrificação
− TURBINA E CONJUNTO DE IMPACTOS
− Colocar óleo no depósito da “Carcaça Posterior”, pelo “Bujão de óleo”,
cada oito horas de serviço contínuo.
− Lubrificar o Conjunto de Impactos e rolamentos de Turbina,
periodicamente colocando óleo pelo “Bujão de Óleo” da “Carcaça Anterior” em
quantidade suficiente.
− Fazer revisão completa cada 2 meses de serviço contínuo,
desmontando e montando a máquina. Limpar as peças com querosene e jato
de ar e lubrifica-las.
− Não deixar a máquina parada mais de uma semana sem tê-la revisado
previamente.
Instruções de Segurança
O uso correto da energia hidráulica
A energia hidráulica é um dos métodos mais seguros para a aplicação
de força no seu trabalho - quando usada corretamente. Visando este objetivo,
indicamos, a seguir, alguns prós e contras - regras de bom senso que se
aplicam a praticamente todos os produtos hidráulicos.
São regras que devem ser anotadas. O uso correto, não somente evita
riscos desnecessários, mas também aumenta o rendimento da produção e a
vida útil dos equipamentos hidráulicos.
Além destas sugestões, todo produto vem com informações específicas
de segurança. No seu próprio interesse, estas instruções devem ser lidas
cuidadosamente. Muito do conteúdo pode ser a reafirmação do óbvio - mas em
assunto de segurança pessoal, uma repetição nunca é demais.
Finalmente, recomenda a todos os operadores de produtos acionados
hidraulicamente, que usem equipamentos de segurança, tais como, capacete,
proteção para os olhos, luvas e botas de segurança. Isto não somente para
evitar possíveis riscos de trabalho, mas, em geral, é necessário para cumprir os
regulamentos de saúde e segurança.
( 3 ) Uma bomba NÃO deve ser acionada, a menos que a válvula esteja
posicionada no neutro.
( 4 ) PROVIDENCIE uma base sólida antes de começar a levantar a
carga.
Prensas Manuais
Descrição
São máquinas utilizadas nas oficinas mecânicas, para montagens e
desmontagens de buchas, rolamentos e outros tipos de peças que necessitam
de encaixe ou ajuste à pressão.
Constituição
Basicamente são constituídas de uma estrutura de ferro fundido ou aço
que sustentam o mecanismo que permitem o movimento vertical.
Tipos
Prensa manual com parafuso central ou cremalheira.
Comentário
Este tipo de prensa é também conhecido pelo nome de balancim.
Comentário
Esta prensa dispõe de um cilindro com dois movimentos hidráulico e
mecânico. Este último, provido de engrenagem e cremalheira, possibilita o
retorno rápido da haste.
Características
1. Tipo de funcionamento
2. Carga máxima
Conservação
1. Lubrificação periódica
2. Submeter os esforços no centro de gravidade da haste, do parafuso
central ou da cremalheira
Prensas Especiais
Destaques
• Estrutura reforçada para resistir a tração máxima
• Prensas de Simples ou Dupla ação
• Cilindro de cursos curto ou longo
• Bombas com acionamento a ar ou eletricidade, de baixo ruído (80 dB
máximo).
• Sistema “Hydar Lift” para ajuste da mesa.
As prensas vêm equipadas com bombas manuais ou motorizadas.
Prensas operadas com bombas hidropneumáticas podem ser ligadas em
linhas de ar comprimido normal (60 - 140 PSI), para acionar os hidráulicos.
As prensas de dupla ação são usadas em aplicação de força em ambos
os sentidos dos cursos dos cilindros - no avanço e no retorno.
Os modelos de simples ação têm cilindros de retorno por mola, sendo
portanto, mais lentos.
Aplicações Especiais:
Os modelos de prensa mostrados indicam uma variedade de tamanhos
e capacidades que cobrem numerosas aplicações industriais na Montagem e
na Manutenção.
Existem, porém, muitas aplicações mais especializadas sobre as quais a
experiência não tem limites.
Existem prensas especiais para atender a muitas necessidades
específicas, onde se consideram fatores diversos, tais como:
• Altura/largura especiais.
• Cilindros múltiplos (paralelo, lateral, oposto).
• Operações: vertical/horizontal
• Controle preciso de força aplicada.
• Controle de tempo para aplicação da força.
• Controle da força por períodos mais longos de tempo.
• Controle de movimento da força aplicada.
Macacos Hidráulicos Manuais Standard
Bomba Acoplada até capacidade de 150 toneladas
Os macacos hidráulicos de acionamento por alavanca, são produtos que
englobam a mais alta técnica, oferecendo segurança e simplicidade de
operação. São do tipo de unidade de força indicada para centenas de
operações de elevação, tração, suporte etc., dos mais diversos tipos de carga.
Aplicações:
Na construção civil, na indústria, no manuseio de material pesado, para
frotas de caminhões e ônibus, campos de petróleo, minas e serviços gerais de
manutenção industrial. São desenhados para operar até em posição horizontal,
devendo neste caso, a unidade de bombeamento ficar sob o macaco.
CABEÇA AUTO-NIVELANTE
Ajusta-se até 10º a fim de compensar os efeitos das cargas não centradas.
Características de Construção:
• Pistão com superfície externa tratada a cromo duro, nos modelos com
capacidade acima de 25 toneladas.
• Sangrador interno. Não permite que o pistão se estenda atém do limite
indicado, fator preponderante para uma vida útil mais longa.
• Cabeça serrilhada de aço tratado termicamente e cabeças
autonivelantes, para maior segurança.
• Bombas de uma ou duas velocidades, acoplada ao corpo do macaco.
Maior velocidade para elevação mais rápida e maior potência, para cargas
mais intensas.
• Os modelos de 8 a 150 toneladas são providos de furo rosqueado, que
permite instalar, com rapidez, um manômetro de leitura direta, em toneladas ou
libras, por pol.2
• Modelos com capacidade superior a 25 toneladas, equipados com “BY-
PASS” DE SEGURANÇA.
Macacos com pistão rosqueado e porca manual de travamento,
disponíveis nos modelos de 50 a 100 tons.
Características de Construção
• Todos os cilindros incluem meia conexão rápida.
• Cabeças de cantos arredondados em quase todos os modelos, exceto
alguns de cabeças autonivelantes.
• Pistões com superfície tratada a cromo duro, evitam o desgaste e
proporcionam vida útil mais longa.
• Pode-se aplicar pressão máxima até o fim do curso, sem causar danos
ao macaco.
• Furos de adaptação do manômetro em rosca 3/8” NPT.
Finalidade
Estas unidades são projetadas para trabalhar com uma inclinação de até
90º para cargas laterais ou muito excêntricas.
Máquinas de Serrar
Serra Alternativa
Descrição
É uma máquina-ferramenta que, através da utilização de um lâmina de
serra com movimento alternativo secciona materiais metálicos.
Tipos
Com avanço mecânico
1. Manípulo da morsa.
2. Arco da serra
3. Corrediça do arco.
4. Suporte guia da corrediça.
5. Contrapeso.
6. Parafuso da morsa.
7. Morsa.
8. Lâmina
9. Suporte do contrapeso.
10. Engrenagem de transmissão.
11. Volante da biela
12. Capa da engrenagem.
13. Polia.
14. Pinhão de transmissão.
15. Base da morsa.
16. Peça.
17. Desligador automático da chave elétrica.
18. Manivela.
19. Barramento.
20. Motor elétrico
21. Pés.
Com avanço hidráulico
1. Arco
2. Tubo de refrigeração
3. Corrediça
4. Peça
5. Manivela
6. Volante da biela
7. Haste de manobra da morsa
8. Articulação do arco
9. Lâmina
10. Pinhão de transmissão
11. Morsa
12. Bacia
13. Motor elétrico
14. Caixa
15. Bomba de óleo
16. Base
17. Limitador do corte
Comentário
O uso destas máquinas se restringe à preparação de materiais que se
destinam a trabalhos posteriores.
Mecanismo de avanço Mecânico - Tem para funcionamento o princípio da
alavanca cuja pressão é feita com o próprio peso do arco e regulável com
auxílio do contrapeso.
Mecanismo de Avanço
Hidráulico - É feito através de uma bomba hidráulica com uma válvula
que permite a regulagem do avanço progressivo e uniforme da lâmina.
Comentários
1 - A capacidade de corte é limitada pela altura do arco.
2 - A velocidade de corte é dada pelo número de golpes por minuto.
3 - O movimento retilíneo alternativo da serra é dado através de um
conjunto de engrenagens e um sistema biela-manivela que recebem
movimento de um motor elétrico.
Cuidados
Como todas as máquinas, as serras alternativas devem ser lubrificadas
periodicamente e limpas após o uso.
1. Chave de partida
2. Coluna
3. Chaves elétricas do soldador e rebolo.
4. Rebolo.
5. Controle de pressão na soldagem da lâmina.
6. Tesoura
7. Soldador elétrico da serra.
8. Caixa do volante conduzido.
9. Volante de tensor da fita
10. Guia do motor e transmissão
11. Mesa inclinável.
12. Caixa do motor e transmissão
13. Gaveta de ferramentas
14. Caixa do volante condutor.
Comentário
Este tipo de máquina é mais apropriada para cortes de contornos
externos e internos de peças feitas em chapas e barras.
Funcionamento
O movimento da fita é dado através de dois volantes revestidos de
borracha na sua periferia para evitar o deslizamento da mesma. A tensão da
fita é feita através da movimentação do volante superior.
Movimentação de mesa
A mesa é inclinável para permitir cortes em ângulos, o que é conseguido
através de um dispositivo de articulação.
Guias da fita
Servem para estabilizar a fita durante o corte. A guia superior tem sua
altura ajustável de acordo com a espessura da peça a ser serrada.
1. Caixa da armação
2. Volante conduzido
3. Contrapeso móvel
4. Engrenagem de dentes internos
5. Volante condutor
6. Caixa do mecanismo redutor de velocidade
7. Parafuso e porca de deslocamento da morsa
8. Controle hidráulico do avanço
9. Motor elétrico
10. Mola de tensão da armação
Funcionamento
O volante condutor é acionado por um redutor de velocidade através de
uma engrenagem de dentes internos, acionada por um motor elétrico e polias
em “V” escalonadas.
Guias da fita de serra
Servem para dar estabilidade à fita
Avanço da fita
É realizado através do próprio peso do arco e regulado por meio da
válvula de óleo juntamente com o contrapeso móvel.
Condições de uso
1 - Lubrificar a máquina periodicamente
2 - Regular a tensão da fita de modo que esta não deslize na superfície
de contato do volante.
3 - O local da solda da fita deve ser esmerilhado e com acabamento a
fim de permitir seu deslizamento entre as guias.
Tirfor
Talha Guincho
Funcionamento
A característica dos aparelhos TIRFOR consiste no princípio de
acionamento do cabo de sustentação.
Em vez de enrolar-se em um tambor como nos aparelhos clássicos de
içamento, é puxado em linha reta por dois pares de mordentes de ajuste
automático e forma apropriada, que esposam o cabo sem deformá-lo,
assegurando-lhe assim máxima durabilidade.
Fechados em um cárter, os dois jogos de mordentes, movendo-se
alternadamente, agarram o cabo como duas mãos para o puxar na subida ou
segurar na descida. Os dois blocos de mordentes são levados a fecharem-se
pela própria tração do cabo, assim: quanto mais pesada a carga, mais sólido
o aperto.
Características Técnicas
Capacidade de içamento (kg) 2.000
Introdução
Quando estudamos a história do homem, percebemos facilmente que os
princípios de todos os processos de fabricação são muito antigos. Eles são
aplicados desde que o homem começou a fabricar suas ferramentas e
utensílios, por mais rudimentares que eles fossem.
Um bom exemplo é o conjunto de operações que começamos à estudar
nesta aula. Ele se baseia em um principio de fabricação dos mais antigos que
existe, usado pelo homem desde à mais remota antiguidade, quando servia
para à fabricação de vasilhas de cerâmica. Esse principio serve-se da rotação
da peça sobre seu próprio eixo para à produção de superfícies cilíndricas ou
cônicas.
Apesar de muito antigo, pode-se dizer que ele só foi efetivamente usado
para o trabalho de metais no começo deste século. À partir de então, tornou-se
um dos processos mais completos de fabricação mecânica, uma vez que
permite conseguir à maioria dos perfis cilíndricos e cônicos necessários aos
produtos da indústria mecânica.
Para descobrir que operações são essas, estude esta aula e as
próximas com bastante atenção.
Torneamento
O processo que se baseia no movimento da peça em torno de seu
próprio eixo chama-se torneamento. O torneamento é uma operação de
usinagem que permite trabalhar peças cilíndricas movidas por um movimento
uniforme de rotação em torno de um eixo fixo.
O torneamento, como todos os demais trabalhos executados com
máquinas-ferramenta, acontece mediante à retirada progressiva do cavaco da
peça à ser trabalhada. O cavaco é cortado por uma ferramenta de um só gume
cortante, que deve ter uma dureza superior à do material à ser cortado.
No torneamento, a ferramenta penetra na peça, cujo movimento rotativo
uniforme ao redor do eixo A permite o corte contínuo e regular do material. A
força necessária para retirar o cavaco é feita sobre a peça, enquanto à
ferramenta, firmemente presa ao porta-ferramenta, contrabalança à reação
desta força.
Para executar o torneamento, são necessários três movimentos relativos
entre à peça e à ferramenta. Elas são:
1. Movimento de corte: é o movimento principal que permite cortar o
material. O movimento é rotativo e realizado pela peça.
2. Movimento de avanço: é o movimento que desloca à ferramenta ao
longo da superfície da peça.
3. Movimento de penetração: é o movimento que determina
profundidade de corte ao empurrar a ferramenta em direção ao interior da peça
e assim regular à profundidade do passe e a espessura do cavaco.
d) Perfilar superfícies.
Exercício 1
Assinale à alternativa correta.
1. A operação de usinagem que permite trabalhar peças por meio de um
movimento de rotação em torno de um eixo é chamada de:
A) fresagem B) furação C) torneamento D) alargamento
Exercício 2
Faça corresponder os itens da coluna A (denominação) com os da
coluna B (descrição do movimento).
Coluna A
a) ( ) movimento de corte
b) ( ) movimento de avanço
c) ( ) movimento de penetração
Coluna B
1. movimento que determina à profundidade do corte.
2. .movimento da peça perpendicular ao eixo.
3. movimento retilíneo que desloca à ferramenta ao longo da superfície
da peça
4. .movimento rotativo realizado pela peça. Permite cortar o material
A máquina de tornear
A máquina que faz o torneamento é chamada de torno. É uma máquina
ferramenta muito versátil porque, como já vimos, além, das operações de
torneamento, pode executar operações que normalmente são feitas por outras
máquinas como a furadeira, a fresadora e a retificadora, com adaptações
relativamente simples.
Prendendo à peça
Para realizar o torneamento, é necessário que tanto a peça quanto a
ferramenta estejam devidamente fixadas. Quando as peças a serem torneadas
são de pequenas dimensões, de formato cilíndrico ou hexagonal regular, elas
são presas por meio de um acessório chamado de placa universal de três
castanhas.
À peça é presa por meio de três castanhas, apertadas simultaneamente
com auxílio de uma chave. Cada castanha apresenta uma superfície raiada
que melhora a capacidade de fixação da castanha em relação à peça. De
acordo com os tipos peças à serem fixadas, as castanhas podem ser usadas
de diferentes formas
1. Para peças cilíndricas maciças como eixos, por exemplo, a fixação é
feita por meio da parte raiada interna das castanhas voltada para o eixo da
placa universal.
2. Para peças com formato de anel, utiliza-se a parte raiada externa das
castanhas.
Exercício 3
Responda.
a) Cite operações que podem ser feitas com um torno e que são
normalmente executadas por outras máquinas.
b) Como se utiliza a placa universal de três castanhas para a fixação de:
1. Peças com formato de anel................................................
2. Peças maciças em forma de disco.....................................
3. Peças cilíndricas (eixos) maciças.......................................
Exercício 4
Complete as lacunas das afirmativas a seguir.
a) O corpo de um torno mecânico é composto de ........................,
........................ fixo e móvel e ....................................
b) O motor, a polia, engrenagens e redutores são componentes
do..............................................................................................
c) As engrenagens, a caixa de câmbio, inversores de marchas, fusos e
vara fazem parte do......................................................
d) O sistema de fixação da ferramenta compõe-se de: torre,
carro...................., carro..................... e carro..........................
e) O sistema de fixação da peça é composto de
.............................................e..................................................
f) As manivelas e alavancas são os comandos dos....................e
das............................................................................................
Exercício 5
Responda às seguintes perguntas.
a) Como se toma referências para zerar o anel graduado?
b) Do que consiste a operação de torneamento de superfície cilíndrica
externa?
c) Para que serve a operação de facear?
Exercício 6
Ordene, numerando de 1 a 6, a sequência correta de etapas do
torneamento cilíndrico externo.
a. ( ) Determinação da profundidade de corte.
b. ( ) Montagem da ferramenta no porta-ferramentas.
c. ( ) Fixação da peça.
d. ( ) Execução do torneamento do diâmetro externo.
e. ( ) Regulagem da rotação adequada do torno.
f. ( ) Marcação do comprimento a ser torneado.
Fresagem
Introdução
As peças a serem usinadas podem ter as mais variadas formas. Este
poderia ser um fator de complicação do processo de usinagem. Porém, graças
à maquina fresadora e às suas ferramentas e dispositivos especiais, é possível
usinar qualquer peça e superfícies de todos os tipos e formatos. A operação de
usinagem feita por meio da máquina fresadora é chamada de fresagem.
O que é fresagem
A fresagem é um processo de usinagem mecânica, feito por fresadoras
e ferramentas especiais chamadas fresas. A fresagem consiste na retirada do
excesso de metal ou sobremetal da superfície de uma peça, a fim de dar a esta
uma forma e acabamento desejados.
Na fresagem, a remoção do sobremetal da peça é feita pela combinação
de dois movimentos, efetuados ao mesmo tempo. Um dos movimentos é o de
rotação da ferramenta, a fresa. Outro é o movimento da mesa da máquina,
onde é fixada a peça a ser usinada.
É o movimento da mesa da máquina ou movimento de avanço que leva
a peça até a fresa e torna possível a operação de usinagem. Veja o esquema
ao lado.
Fresadora
As máquinas fresadoras são classificadas geralmente de acordo com a
posição do seu eixo-árvore em relação à mesa de trabalho é o lugar da
máquina onde se fixa a peça a ser usinada. O eixo-árvore é a parte da máquina
onde se fixa a ferramenta.
As fresadoras classificam-se em relação ao eixo-árvore em horizontal,
vertical e universal.
A fresadora é horizontal quando seu eixo-árvore é paralelo à mesa da
máquina.
Se o eixo-árvore for perpendicular à mesa da máquina, dizemos
que se trata de uma fresadora vertical.
Exercício 1
Assinale com X a alternativa correta.
As fresadoras são geralmente classificadas de acordo com:
a. ( ) sua estrutura, peso e tipo de eixo-árvore;
b. ( ) a posição da base em relação ao eixo-árvore;
c. ( ) a posição do eixo-árvore em relação à mesa;
d. ( ) a posição do eixo-árvore em relação ao cabeçote.
Exercício 2
Faça corresponder corretamente as fresadoras (coluna A) quanto à
posição dos eixos-árvore (coluna B).
Coluna A
1. ( ) Horizontal
2. ( ) Universal
3. ( ) Angular, universal
4. ( ) Vertical
5. ( ) Plana Vertical
Coluna B
a) Horizontal e vertical
b) Paralelo à mesa da máquina
c) Perpendicular à mesa da máquina
Fresas
A fresa é dotada de facas ou dentes multicortantes. Isto lhe confere, uma
vantagem sobre outras ferramentas: quando os dentes não estão cortando,
eles estão se refrigerando. Isto contribui para um menor desgaste da
ferramenta.
Escolhendo a fresa
Então como escolher a ferramenta adequada? Para começar, você deve
saber que os dentes da fresa formam ângulos. Estes por sua vez formam a
cunha de corte.
Exercício 3
Assinale com X a alternativa que completa corretamente as questões
abaixo.
O que confere à fresa uma vantagem sobre outras ferramentas é o fato
de serem........................... de dentes...................................
a. ( ) flexíveis, variados;
b. ( ) dotadas, multicortantes;
c. ( ) multicortantes, variados.
Exercício 4
A escolha da ........................... está relacionada principalmente com o
tipo de ........................ a ser usinado.
a. ( ) temperatura, material;
b. ( ) ferramenta, material;
c. ( ) máquina, componente.
Outra preocupação deve ser quanto à aplicação que você vai dar à
fresa. É o que vamos ver agora, estudando os diversos tipos de fresas e suas
aplicações.
Fresas de perfil constante
São fresas utilizadas para abrir canais, superfícies côncavas e convexas
ou gerar engrenagens entre outras operações. Veja alguns tipos dessa fresas e
suas aplicações.
Fresas planas
Trata-se de fresas utilizadas para usinar superfícies planas, abri rasgos
e canais. veja a seguir, fresas planas em trabalho e suas aplicações.
Fresas angulares
Estas são fresas utilizadas para a usinagem de perfis em ângulos, como
rasgos prismáticos e encaixes do tipo rabo-de-andorinha.
Fresas para rasgos
As fresas para rasgos são utilizadas para fazer rasgos de chavetas,
ranhuras retas ou em perfil T, como as das mesas das fresadoras e furadeiras.
Exercício 6
Faça corresponder o material (coluna A) com o tipo de fresa e o ângulo
de cunha, assinalando W, N ou H na coluna B.
Exercício 7
Marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
a) ( ) Quanto maior o número de dentes maior a refrigeração dos dentes.
b) ( ) Usinando material mole com fresas para trabalhar material mais
duro, o acabamento da superfície usinada é melhorada.
c) ( ) Quanto mais duro o material a ser usinado, maior deve ser o
número de dentes.
d) ( ) Quanto mais mole o material, menor deve ser o número de dentes
da fresa.
Plaina
Introdução
Você já pensou se tivesse que limar manualmente uma carcaça de um
motor de navio? Provavelmente você começaria a tarefa e seus netos a
terminariam, tal seria a quantidade de material a ser retirado.
No mundo da mecânica, existem tarefas que devem ser realizadas, mas
que seriam uma verdadeira "missão impossível" se não houvesse a ajuda de
uma máquina. Assim, mesmo operações tão simples como limar podem ser
executadas mecanicamente.
O que é aplainamento?
Para "limar" aquela carcaça de motor de navio não é necessário gastar
esforço físico. Basta uma máquina que realiza um grupo de operações
chamado de aplainamento.
Aplainamento é uma operação de usinagem feita com máquinas
chamadas plainas e que consiste em obter superfícies planas, em posição
horizontal, vertical ou inclinada. As operações de aplainamento são realizadas
com o emprego de ferramentas que têm apenas uma aresta cortante que retira
o sobremetal com movimento linear.
O aplainamento é uma operação de desbaste. Por isso, e dependendo
do tipo de peça que está sendo fabricada, pode ser necessário o uso de outras
máquinas para a realização posterior de operações de acabamento que dão
maior exatidão às medidas.
O aplainamento apresenta grandes vantagens na usinagem de réguas,
bases, guias e barramentos de máquinas, porque passada da ferramenta é
capaz de retirar material em toda a superfície da peça.
Nas operações de aplainamento, o corte é feito em um único sentido. O
curso de retorno da ferramenta é um tempo perdido. Assim, esse processo é
mais lento do que o fresamento, por exemplo, que corta continuamente.
Por outro lado, o aplainamento usa ferramentas de corte com uma só
aresta cortante que são mais baratas, mais fáceis de afiar e com montagem
mais rápida. Isso significa que o aplainamento é, em regra geral, mais
econômico que outras operações de usinagem que usam ferramentas
multicortantes.
Equipamentos necessários
As operações de aplainamento são sempre realizadas com
máquinas. Elas são de dois tipos:
a) Plaina limadora, que, por sua vez, pode ser: vertical ou horizontal.
b) Plaina de mesa.
A plaina limadora apresenta movimento retilíneo alternativo (vaivém)
que move a ferramenta sobre a superfície plana da peça retirando o material.
lsso significa que o ciclo completo divide-se em duas partes: em uma (avanço
da ferramenta) realiza-se o corte; na outra (recuo da ferramenta), não há
trabalho, ou seja, é um tempo perdido.
Como pode ser visto na ilustração, essa máquina se compõe
essencialmente de um corpo (1), uma base (2), um cabeçote móvel ou torpedo
(3) que se movimenta com velocidades variadas, um cabeçote da espera (4)
que pode ter sua altura ajustada e ao qual está preso o porta ferramenta (5), e
a mesa (6) com movimentos de avanço e ajuste e na qual a peça é fixada.
Como a ferramenta exerce uma forte pressão sobre a peça, esta deve
estar bem presa à mesa da máquina. Quando a peça é pequena, ela é presa
por meio de uma morsa e com o auxilio de cunhas e calços. As peças maiores
são presas diretamente sobre a mesa por meio de grampos, cantoneiras e
calços.
Para o aplainamento de superfícies internas de furos (rasgos de
chavetas) em perfis variados, usa-se a plaina limadora vertical.
Exercício 1
Responda às seguintes perguntas:
a) O que é aplainamento?
b) O que caracteriza o corte na plaina?
c) Por que o aplainamento é considerado um processo de usinagem
mais econômico que os outros?
d) Com quais materiais são fabricadas as ferramentas para aplainar?
Exercício 2
Associe a coluna A (plainas) com a coluna B (característica).
Coluna A
a. ( ) Plaina limadora horizontal
b. ( ) Plaina liminadora vertical
c. ( ) Plaina liminadora de mesa
Coluna B
1. Para aplainamento de superfícies internas, de furos (rasgos de
chaveta) em perfis variados.
2. A ferramenta é quem faz o curso e a peça tem pequenos avanços
transversais (passo do avanço).
3. A peça é que faz o movimento de vaivém e a ferramenta faz um
movimento transversal.
Etapas do aplainamento
O aplainamento pode ser executado por meio de várias operações. Elas
são:
1. Aplainar horizontalmente superfície plana e superfície paralela:
produz superfícies de referência que permitem obter faces perpendiculares e
paralelas.
Como você viu, não é necessário fazer muito esforço para limar peças
grandes, porque a máquina faz o serviço com rapidez. O segredo é saber usá-
la para obter o melhor resultado possível. Um modo legal de fazer isso é
estudando tudo o que mostramos aqui. Então, mãos a obra!.
Exercício 3
Associe a coluna A (operações) com a coluna B (definição das
operações).
Coluna A
a. ( ) Aplainar horizontalmente superfície plana e paralela
b. ( ) Aplainar superfície plana em ângulo.
c. ( ) Aplainar verticalmente superfície plana.
d. ( ) Aplainar estrias.
e. ( ) Aplainar rasgo
Coluna B
1. Produz sulcos iguais e equidistantes.
2. Combina dois movimentos: um longitudinal (da ferramenta) e outro
vertical (da ferramenta ou da peça)
3. Produz superfície de referência que permitem obter faces
perpendiculares e paralelas.
4. A ferramenta é presa no porta-ferramenta por meio de um parafuso de
aperto.
5. 4. A ferramenta é presa no porta-ferramenta por meio de um parafuso de
aperto.
Exercício 4
Ordene a sequência de etapas do aplainamento numerando de 1 a 6 as
seguintes frases.
a. ( ) Zeramento do anel graduado.
b. ( ) Preparação da máquina.
c. ( ) Acionamento da máquina.
d. ( ) Fixação da peça.
e. ( ) Execução da referência inicial (ou tangenciamente).
f. ( ) Fixação da ferramenta.
Furação
Introdução
Nesta aula, vamos estudar uma operação muito antiga. Os arqueólogos
garantem que ela era usada há mais de 4000 anos no antigo Egito, para
recortar blocos de pedra.
Ela é tão comum que você já deve ter visto alguém realizar essa
operação várias vezes. Até mesmo você pode tê-la executado para instalar
uma prateleira, um varal, um armário de parede... Ou, pior ainda, ela foi feita
por seu dentista...no seu dente!
Apesar de bastante comum, esta operação quando aplicada à mecânica
exige alguns conhecimentos tecnológicos específicos com relação às máquinas
e ferramentas usadas para executá-la.
Nesta aula, você vai estudar exatamente isso. E para acabar com o
suspense, vamos a ela.
O que os egípcios faziam para cortar blocos de pedra era abrir furos
paralelos muito próximos uns dos outros. Para este fim, eles usavam uma
furadeira manual chamada de furadeira de arco.
Por incrível que pareça, 4000 anos depois continuamos a usar esta
operação que consiste em obter um furo cilíndrico pela ação de uma
ferramenta que gira sobre seu eixo e penetra em uma superfície por meio de
sua ponta cortante. Ela se chama furação.
Essa operação de usinagem tem por objetivo abrir furos em peças. Ela
é, muitas vezes, uma operação intermediária de preparação de outras
operações como alargar furos com acabamentos rigorosos, serrar contornos
internos e abrir roscas.
A ferramenta que faz o trabalho de furação chama-se broca. Na
execução do furo, a broca recebe um movimento de rotação, responsável pelo
corte, e um movimento de avanço, responsável pela penetração da ferramenta.
O furo obtido tem baixo grau de exatidão e seu diâmetro em geral varia
de1a 50 mm.
Brocas
Na maioria das operações de furar na indústria mecânica são
empregada brocas iguais àquelas que usamos em casa, na furadeira
doméstica. Ou igual àquela que o dentista usa para cuidar dos seus clientes: a
broca helicoidal.
A broca helicoidal é uma ferramenta de corte de forma cilíndrica,
fabricada; com aço rápido, aço-carbono, ou com aço-carbono com ponta de
metal duro. A broca de aço rápido pode também ser revestida com nitreto de
titânio, o que aumenta a vida útil da ferramenta porque diminui o esforço do
corte, o calor gerado e o desgaste da ferramenta. Isso melhora a qualidade de
acabamento do furo e aumenta a produtividade, uma vez que permite o
trabalho com velocidades de corte maiores. Para fins de fixação e afiação, ela
é dividida em três partes: haste, corpo e ponta.
A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser cilíndrica ou
cônica, dependendo de seu diâmetro e modo de fixação.
O corpo é a parte que serve de guia e corresponde ao comprimento útil
da ferramenta. Tem geralmente dois canais em forma de hélice espiralada.
A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação. Forma um
ângulo de ponta que varia de acordo com o material a ser furado.
A broca corta com as suas duas arestas cortantes como um sistema de
duas ferramentas. Isso permite formar dois cavacos simétricos.
A broca é caracterizada pelas dimensões, pelo material com o qual é
fabricada e pelos seguintes ângulos:
a) ângulo de hélice (indicado pela letra grega ã lê-se gama) -auxilia no
desprendimento do cavaco e no controle do acabamento e da profundidade do
furo. Deve ser determinado de acordo com o material a ser furado: para
material mais duro: ângulo mais fechado; para material mais macio: ângulo
mais aberto. É formado pelo eixo da broca e a linha de inclinação da hélice.
Exercício 1
Complete as lacunas das alternativas abaixo:
a) A broca helicoidal pode ser fabricada de aço-carbono,
de.......................,ou com....................................................,
b) Nitreto de titânio aumenta a vida útil da ferramenta porque diminui
o....................... do corte, o.................. gerado e o..............................da
ferramenta.
c) As características atribuídas à ferramenta na questão "b" fazem com
que melhore a............................................ e o..................................................
do furo, aumentando a produtividade pela....................................... de corte
maior.
d) A broca helicoidal é dividida em três partes ...........................,
...........................e...................................
Exercício 2
As principais características das brocas helicoidais são suas dimensões,
material de fabricação e ângulos. Faça corresponder os ângulos com suas
funções:
Ângulos
a. ( ) de ponta
b. ( ) de hélice
c. ( ) de incidência ou folga
Funções
1. auxilia no desprendimento do cavaco no controle do acabamento e da
profundidade do furo.
2. determina a dureza do material a ser furado pelas arestas cortantes da
broca.
3. 3. Reduz o atrito entre a broca e a peça, facilitando a penetração da
broca no material.
Tipos de brocas
Da mesma forma como os ângulos da broca estão relacionados ao tipo
de material a ser furado, os tipos de broca são também escolhidos segundo
esse critério. O quadro a seguir mostra a relação entre esses ângulos, o tipo de
broca e o material.
Brocas especiais
Além da broca helicoidal existem outros tipos de brocas para usinagens
especiais. Elas são por exemplo:
a) broca de centrar - é usada para abrir um furo inicial que servirá como
guia no local do furo que será feito pela broca helicoidal. Além de furar, esta
broca produz simultaneamente chanfros. Ela permite a execução de furos de
centro nas peças que vão ser torneadas, fresadas ou retificadas. Esses furos
permitem que a peça seja fixada por dispositivos especiais (entre pontas) e
tenha movimento giratório.
Escareadores e rebaixadores
Nas operações de montagem de máquinas, é necessário embutir
parafusos que não devem ficar salientes. Nesse caso, a furação com uma
broca comum não é indicada. Para esse tipo de trabalho usam-se ferramentas
diferentes de acordo com o tipo de rebaixo ou alojamento que se quer obter.
Assim, para rebaixos cônicos, como para parafusos de cabeça
escareada com fenda, emprega-se uma ferramenta chamada de escareador.
Essa ferramenta apresenta um ângulo de ponta que pode ser de 60, 90 ou
120º e pode ter o corpo com formato cilíndrico ou cônico.
Para executar rebaixos cilíndricos como os para alojar parafusos Allen
com cabeça cilíndrica sextavada, usa se o rebaixador cilíndrico com guia.
Tanto para os rabaixos cilíndricos quanto para os cônicos, deve se fazer
previamente um furo com broca.
Todas essas ferramentas necessitam de máquinas que as movimentem
para que a operação seja realizada. Que máquinas são essas e como as
operações são realizadas, você vai estudar na próxima aula.
Exercício 3
Relacione o tipo de hélice e da ponta da broca com sua aplicação.
Exercício 4
Associe as brocas especiais com suas aplicações:
a. ( ) broca escalonada ou múltipla
b. ( ) broca com furo para fluido de corte
c. ( ) broca de centrar
d. ( ) broca canhão
Exercício 5
Assinale com X a alternativa correta para as questões abaixo:
1. Para rebaixos cônicos e parafusos de cabeça escareada com fenda
utilizamos:
1. ( ) broca de centrar
2. ( ) broca helicoidal
3. ( ) escareador
4. ( ) rebaixador
Furadeiras
Como você estudou na aula anterior, a operação de furar é muito antiga.
Para realizá-la, é necessário ter não só uma ferramenta, mas também uma
máquina que possa movimentá-la.
Até o começo deste século, os mecanismos usados para furar não eram
muito diferentes da furadeira de arco que você viu na aula anterior. Porém, a
evolução dos materiais de construção mecânica iniciada pela Revolução
Industrial, exigiu que outros mecanismos mais complexos e que oferecessem
velocidades de corte sempre maiores fossem se tornando cada vez mais
necessários. Assim, surgiram as furadeiras com motores elétricos que vão
desde o modelo doméstico portátil até as grandes furadeiras multifusos
capazes de realizar furos múltiplos.
Afinal, o que é uma furadeira? Furadeira é uma máquina-ferramenta
destinada a executar as operações como a furação por meio de uma
ferramenta chamada broca. Elas são:
1. Furadeira portátil - são usadas em montagens, na execução de furos
de fixação de pinos, cavilhas e parafusos em peças muito grandes como
turbinas, carrocerias etc., quando há necessidade de trabalhar no próprio local
devido ao difícil acesso de urna furadeira maior. São usadas também em
serviços de manutenção para extração de elementos de máquina (como
parafusos, prisioneiros, pinos). Pode ser elétrica e também pneumática.
Coluna B
1. Executa operações sucessivas ou simultâneas; possui fusos
alinhados; usados em operações seriadas.
2. Usada em serviços de manutenção e quando há necessidade de
trabalhar no próprio local de difícil acesso.
3. Peças com vários furos e em grandes quantidades; os fusos
trabalham em feixes.
4. Possuem um potente braço horizontal que pode ser movimentado em
várias direções.
5. Em seu suporte principal estão montados o sistema de transmissão
de movimento, a mesa e a base.
Exercício 2
Complete.
a) A furadeira de coluna de ........................ tem motores de pouca
potência e é destinada à execução de furos de diâmetros pequenos (1 a 12
mm).
b) A furadeira de coluna de .......................... é empregada na execução
de furos de diâmetros maiores que 12 mm.
c) eixo porta-ferramentas também pode ser chamado
de...............................
Exercício 3
Cite ao menos três características que podem identificar uma furadeira.
b) Fixação da peça na furadeira. Isso pode ser feito por meio de morsa,
grampos, calços, suportes. Se o furo for vazar a peça, deve-se verificar se a
broca é capaz de atravessar a peça sem atingir a morsa ou a mesa da
máquina.
Exercício 4
Associe a coluna A (acessórios) com a coluna B (usos).
Coluna A
a. ( ) Mandril
b. ( ) Buchas cônicas
c. ( ) Cunha
Coluna B
1. Instrumento de aço usado para extrair as ferramentas dos furos
cônicos.
2. Usa se para fixar ferramentas com haste cilíndrica paralela.
3. Usa se para fixar ferramentas com haste cônica.
Exercício 5
Responda às seguintes perguntas
a) Onde é empregado o sistema cone morse?
b) Quais as principais operações de uma furadeira?
Fundição
Introdução
Um bom começo
Quando se fala em Mecânica, o que vem à sua cabeça? Certamente
máquinas. Grandes, pequenas, complexas, simples, automatizadas ou não,
elas estão por toda a parte. E se integraram às nossas vidas como um
complemento indispensável que nos ajuda a vencer a inferioridade física diante
da natureza.
No caso do relacionamento do homem com os metais que já dura uns 6
mil anos. Você pode pensar nos conjuntos mecânicos que você conhece sem
metais? Por enquanto não, certo? Todavia, o aperfeiçoamento desses
conjuntos só se tornou possível com o domínio de dois conhecimentos: a
tecnologia dos materiais e os processos de fabricação.
Sobre a tecnologia dos materiais, você já deve ter estudado um módulo
chamado de materiais. Quanto aos processos de fabricação, vamos começar
nosso estudo agora. Que tal, então, imaginar que você tenha de fabricar
alguma coisa de metal. Você tem idéia por onde começar? Não? Pois vamos
dar uma dica: vamos começar pela fundição.
"Como?!", você deve estar perguntando, "O que isso tem a ver com
mecânica?" Mais do que você imagina. E nesta aula você vai ver por quê.
Exercício 1
Responda às seguintes perguntas.
1. que é fundição?
2. Comparando o óleo com a água, qual possui maior fluidez?
3. Por que a fluidez é uma propriedade importante para o processo de
fundição?
4. Sabendo que a temperatura de fusão do aço é de aproximadamente
1600°c e a do ferro fundido é de aproximadamente 1200°c, qual dos dois é
melhor para a produção de peças fundidas?
Exercício 2 .
Responda às seguintes perguntas.
1. Por que o processo de fundição é mais vantajoso quando comparado
com outros processos de fabricação?
2. Escreva V para as sentenças corretas ou F para as sentenças erradas
mostradas a seguir.
a) ( ) Na fundição, a produção de peças é demorada e sempre em
pequena, quantidade.
b) ( ) As medidas das peças fundidas podem ter tolerâncias entre 0,2 e 6
mm.
c) ( ) As peças fundidas podem ter tamanhos pequenos ou muito
grandes e formatos simples ou complicados.
d) ( ) A fundição só produz peças com acabamento muito áspero.
Fundição passo-a-passo
A matéria-prima metálica para a produção de peças fundidas é
constituída pelas ligas metálicas ferrosas (ligas de ferro e carbono) e não
ferrosas (ligas de cobre, alumínio, zinco e magnésio).
O processo de fabricação dessas peças por meio de fundição pode ser
resumido nas seguintes operações:
Exercício 4
Relacione a coluna A com a coluna B.
Coluna A
a. ( ) Retirada de canais, massalotes e rebarbas da peça.
b. ( ) O metal é derretido em fornos especiais.
c. ( ) Retirada da peça sólida do molde.
d. ( ) O modelo é construído com madeira, metal ou resina.
e. ( ) O metal líquido é despejado no molde.
f. ( ) Etapa em que o molde é construído.
g. ( ) Etapa em que os machos são construídos.
h. ( ) Etapa em que a peça é jateada e limpa.
Coluna B
1. Confecção do molde
2. Confecção do macho
3. Confecção do modelo
4. Fusão
5. Vazamento
6. Desmoldagem
7. Rebarbação
8. Limpeza
Exercício 5
Responda às seguintes perguntas.
a) Como se chamam os dutos que conduzem o metal líquido para o
interior do molde?
b) Qual é o nome do reservatório que serve para suprir a peça com
metal à medida que ele se resfria e contrai?
c) Escreva os nomes dos outros processos de fundição citados nesta
parte da aula.
Exercício 6
Resolva às seguintes questões.
a) Em baixo são apresentados dois desenhos: o primeiro de uma peça
acabada, já usinada, e o segundo, da mesma peça, porém apenas fundida.
Use os conhecimentos que você adquiriu nesta aula e responda porque a peça
fundida teve que ser modificada e qual a finalidade de cada modificação feita.
b) Se você estivesse usinando uma peça fundida e verificasse a
presença de muitos buraquinhos, como você chamaria esse defeito?
Qual sua causa?
c) Se na usinagem você notar que a ferramenta está desgastando muito
rapidamente, qual o defeito de fundição que estaria causando esse problema?
Laminação
Introdução
E depois da Fundição ?
Panelas, fogões, geladeiras, fornos de microondas, microcomputadores,
automóveis, máquinas agrícolas, trens, navios, aviões, naves espaciais,
satélites. Desde o produto mais simples até o mais sofisticado, todos
dependem de processos de fabricação mecânica para existir. E eles são
muitos. E se encadeiam para que o produto seja fabricado.
Por mais simples que a peça seja, é sempre necessário usar máquinas e
realizar mais de uma operação para produzi-la. Começando pela fundição,
seguindo pelos processos de conformação mecânica como a laminação e a
trefilação, passando pelo torneamento, pela usinagem, as peças vão sendo
fabricadas e reunidas para formar os conjuntos mecânicos sem os quais a vida
moderna seria impensável.
E pensando na fundição como início dessa cadeia, a etapa seguinte é,
na maioria dos casos, a laminação, um processo de conformação mecânica,
que é o assunto desta nossa aula.
Uma grande ajuda: as propriedades dos materiais
Embora sem saber, você já deve ter conformado um metal em algum
momento da sua vida. Aí vem a pergunta: "Mas, como? !". É simples. Ao dobrar
um pedaço de arame, um fio de cobre, ou um pedaço de metal qualquer, ao
martelar um prego, você aplicou esforços sobre o material e, desse esforço,
resultou uma mudança de forma.
Em um ambiente industrial, a conformação mecânica é qualquer
operação durante a qual se aplicam esforços mecânicos em metais, que
resultam em uma mudança permanente em suas dimensões.
Para a produção de peças de metal, a conformação mecânica inclui um
grande número de processos: laminação, forjamento, trefilação, extrusão,
estampagem...Esses processos têm em comum o fato de que, para a produção
da peça, algum esforço do tipo compressão, tração, dobramento, tem que ser
aplicado sobre o material.
A segunda pergunta que você certamente fará é: "Mas, como é possível
que materiais tão rígidos como o aço, ou o ferro, possam ser comprimidos,
puxados e dobrados para adquirirem os formatos que o produto necessita?".
Bem, você deve se lembrar de que, quando estudamos as propriedades
dos materiais, citamos suas propriedades mecânicas e dentre elas, falamos da
elasticidade e da plasticidade. Dissemos que a elasticidade é a capacidade que
o material tem de se deformar, se um esforço é aplicado sobre ele, e de voltar
à forma anterior quando o esforço para de existir. A plasticidade, por sua vez,
permite que o material se deforme e mantenha essa deformação, se for
submetido a um esforço de intensidade maior e mais prolongada. Essas duas
propriedades são as que permitem a existência dos processos de conformação
mecânica.
Eles também são ajudados pelo reticulado cristalino dos metais, que
está associado ao modo como os átomos dos metais estão agrupados.
Materiais que têm estrutura CFC, ou seja, cúbica de face centrada, têm
uma forma de agrupamento atômico que permite o deslocamento de camadas
de átomos sobre outras camadas.
Por isso, eles se deformam mais facilmente do que os que apresentam
os outros tipos de arranjos. Isso acontece porque, nessa estrutura, os planos
de escorregamento permitem que camadas de átomos "escorreguem" umas
sobre as outras com mais facilidade.
Exercício 1
Responda às seguintes perguntas.
a) Quais são as propriedades que permitem que os metais sejam
conformados mecanicamente?
b) De que forma o reticulado cristalino contribui para a deformação dos
metais?
c) c) Dê um exemplo de material metálico com estrutura CFC e que não
esteja citado no texto.
d) d) você acha que o material metálico que você citou pode ser
conformado mecanicamente? Por quê?
Encruamento
É o resultado de uma mudança na estrutura do metal, associada a uma
deformação permanente dos grãos do material, quando este é submetido à
deformação a frio. O encruamento aumenta a dureza e a resistência mecânica.
Exercício 2
Responda às seguintes questões.
a) O que é laminação?
b) Qual a diferença entre um produto final e um produto intermediário?
Dê exemplos.
c) Por que o aço é sempre aquecido para ser laminado?
. Sendzimir - apresenta seis cilindros dos quais dois são de trabalho e quatro
são de apoio.
Exercício 3
Responda às seguintes questões.
a) Qual é a função do laminador?
b) Cite as partes de um laminador.
c) Preencha os espaços em branco com o nome dos laminadores a
seguir:
Apresenta quatro cilindros: dois horizontais e dois verticais:
......................
Apresenta dois cilindros de mesmo diâmetro: ...............................
Apresenta seis cilindros: dois de trabalho e quatro de apoio:
........................
Nesse laminador, o material passa pelos cilindros inferior e médio e
retoma pelo médio e superior: .........................................
Tem quatro cilindros: dois internos (de trabalho) e dois externos
(de apoio):................................................ .......................................
Exercício 5
Relacione a coluna A (defeito) com a coluna B (característica do defeito).
Coluna A
a) ( ) vazio
b) ( ) gota fria
c) ( ) trinca
d) ( ) dobra
e) ( ) inclusão
f) ( ) segregação
Coluna B
1. Partículas resultantes da combinação de elementos presentes na
composição química.
2. Origina-se nos rechupes.
3. Alguns elementos concentrados nas partes mais quentes do lingote.
4. Aparecem no lingote ou durante as operações de redução.
5. Respingo de metal que se solidifica na parede da lingoteira.
6. Excesso de massa metálica que é recalcada na operação seguinte.
Forjamento
Introdução
Casa de ferreiro, espeto de... aço
Uma das profissões mais antigas do mundo é a do ferreiro. Quem não
se lembra de já ter visto, em filmes históricos ou de faroeste, um homem bem
forte, todo suado, retirando com uma tenaz um pedaço de metal incandescente
do fogo, colocando-o sobre uma bigorna e martelando com força para que o
metal adquirisse a forma desejada? Podia ser uma espada, a parte de uma
armadura, ou uma ferradura. Não importa o que fosse produzido, tudo
dependia da força e da arte do homem, seu martelo e sua bigorna.
Hoje em dia, o martelo e a bigorna foram substituídos por máquinas e
matrizes que permitem a produção constante de milhares de peças. Esse
processo de conformação mecânica, tão antigo quanto o uso dos metais, é o
forjamento.
Nesta aula, vamos estudar esse processo de fabricação. Fique ligado.
Martelando, martelando...
Entre os processos de conformação mecânica, já estudamos os
processos de laminação, extrusão e trefilação . O que esses três processos
têm em comum é o fato de não fornecerem produtos acabados, mas apenas
matéria-prima para, a partir dela, fabricar-se outros produtos. Assim, a chapa
obtida na laminação será transformada em partes da lataria dos automóveis.
Os perfis de alumínio, obtidos pela extrusão, serão matéria-prima para a
fabricação das janelas das nossas casas. Os fios trefilados são usados na
produção de condutores elétricos.
O forjamento, um processo de conformação mecânica em que o
material é deformado por martelamento ou prensagem, é empregado para a
fabricação de produtos acabados ou semiacabados de alta resistência
mecânica, destinados a sofrer grandes esforços e solicitações em sua
utilização.
Embora, hoje em dia, o forjamento seja feito por meio de equipamentos,
o princípio do processo continua o mesmo: aplicação individual e intermitente
de pressão, quer dizer, o velho martelamento, ou então, a prensagem.
O forjamento por martelamento é feito aplicando-se golpes rápidos e
sucessivos no metal. Desse modo, a pressão máxima acontece quando o
martelo toca o metal, decrescendo rapidamente de intensidade à medida que a
energia do golpe é absorvida na deformação do material. O resultado é que o
martelamento produz deformação principalmente nas camadas superficiais da
peça, o que dá uma deformação irregular nas fibras do material. Pontas de
eixo, virabrequins, discos de turbinas são exemplos de produtos forjados
fabricados por martelamento.
No forjamento por martelamento são usados martelos de forja que
aplicam golpes rápidos e sucessivos ao metal por meio de uma massa de 200
a 3.000kg que cai livremente ou é impulsionada de uma certa altura que varia
entre 1 e 3,5 m.
Na prensagem, o metal fica sujeito à ação da força de compressão em
baixa velocidade e a pressão atinge seu valor máximo pouco antes de ser
retirada, de modo que as camadas mais profundas da estrutura do material são
atingidas no processo de conformação. A deformação resultante é, então, mais
regular do que a produzida pela ação dinâmica do martelamento. Palhetas de
turbinas e forjados de liga leve são produtos fabricados por prensagem.
O forjamento por prensagem é realizado por prensas mecânicas ou
hidráulicas. As prensas mecânicas, de curso limitado, são acionadas por eixos
excêntricos e podem aplicar cargas entre 100 e 8.000 toneladas. As prensas
hidráulicas podem ter um grande curso e são acionadas por pistões hidráulicos.
Sua capacidade de aplicação de carga fica entre 300 e 50.000 toneladas. Elas
são bem mais caras que as prensas mecânicas.
As operações de forjamento são realizadas a quente, em temperaturas
superiores às de recristalização do metal. É importante que a peça seja
aquecida uniformemente e em temperatura adequada.
Exercício 1
Complete as definições a seguir.
a) forjamento é um processo de ............................., no qual o material
é..............................
b) forjamento .............................. é feito aplicando-se golpes rápidos e
sucessivos ao metal.
c) No forjamento .............................. , a força de compressão é aplicada
em baixa velocidade de forma contínua.
Exercício 2
Relacione as características Iistadas com o tipo de forjamento
Coluna A
a) ( ) Matrizes de geometria simples.
b) ( ) Peças de tamanho grande como eixos de navio
c) ( ) Utiliza uma matriz na qual está esculpida a cavidade da peças.
d) ( ) Necessita de várias matrizes com formatos intermediários.
e) ( ) As matrizes apresentam calhas para conter as rebarbas
Coluna B
1. Forjamento livre.
2. Forjamento em matriz
Defeitos dos produtos forjados
Os produtos forjados também apresentam defeitos típicos. Eles são:
. Falta de redução - caracteriza-se pela penetração incompleta do
metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece
quando são usados golpes rápidos e Ieves do martelo.
. Trincas superficiais - causadas por trabalho excessivo na periferia da
peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.
. Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de impurezas nos
metais ou porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e
podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação.
. Trincas internas - originam-se no interior da peça, como
consequência de tensões originadas por grandes deformações.
. Gotas frias- são descontinuidades originadas pela dobra de
superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos
anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas,
colocação inadequada do material na matriz.
. Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que se
formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se
desprendem, mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.
. Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na
superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal.
. Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos
grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo
ao ponto de fusão.
Exercício 3
Uma peça forjada apresenta uma rachadura próxima à periferia da peça
na região da rebarba. Na sua opinião, qual a possível causa desse defeito?
Exercício 4
Relacione a característica com o respectivo processo de
forjamento.
Coluna A
a. ( ) Golpes rápidos e sucessivos.
b. ( ) A deformação atinge as camadas mais profundas do material.
c. ( ) A deformação das fibras do material é mais regular.
d. ( ) A pressão máxima ocorre quando a matriz toca o metal.
e. ( ) A pressão máxima é atingida pouco antes da carga ser retirada.
f. ( ) A deformação é maior nas camadas superficiais da peça.
g. ( ) A deformação das fibras do material é irregular.
Coluna B
1. Forjamento por martelamento.
2. Forjamento por prensagem.
Estampagem
Introdução
Estampagem
Estampagem é um processo de conformação mecânica, geralmente
realizado a frio, que engloba um conjunto de operações. Por meio dessas
operações, a chapa plana é submetida a transformações que a fazem adquirir
uma nova forma geométrica, plana ou oca. Isso só é possível por causa de
uma propriedade mecânica que os metais têm: a plasticidade.
As operações básicas de estampagem são:
. corte
. dobramento
. estampagem profunda (ou "repuxo")
Assim como nem todo material pode ser laminado, nem todo material
pode passar pelas operações de estampagem. As chapas metálicas de uso
mais comum na estampagem são as feitas com as ligas de aço de baixo
carbono, os aços inoxidáveis, as ligas alumínio-manganês, alumínio-magnésio
e o latão 70-30, que tem um dos melhores índices de estampabilidade entre os
materiais metálicos.
Além do material, outro fator que se deve considerar nesse processo é a
qualidade da chapa. Os itens que ajudam na avaliação da qualidade são: a
composição química, as propriedades mecânicas, as especificações
dimensionais, acabamento e aparência da superfície.
A composição química deve ser controlada no processo de fabricação
do metal. A segregação de elementos químicos, por exemplo, que pode estar
presente no lingote que deu origem à chapa, causa o comportamento irregular
do material durante a estampagem.
As propriedades mecânicas, como dureza e resistência à tração, são
importantíssimas na estampagem. Elas são determinadas por meio de ensaios
mecânicos que nada mais são do que testes feitos com equipamentos
especiais. Esses dados, juntamente com dados sobre a composição química,
geralmente são fornecidos nas especificações dos materiais, presentes nos
catálogos dos fabricantes das chapas e padronizados através de normas.
As especificações das dimensões ajudam no melhor aproveitamento
possível do material, quando é necessário cortá-lo para a fabricação da peça.
Uma chapa fora dos padrões de dimensão impede seu bom aproveitamento em
termos de distribuição e quantidade das peças a serem cortadas. O ideal é
obter a menor quantidade possível de sobras e retalhos que não podem ser
aproveitados. Esse aproveitamento ideal envolve também o estudo da
distribuição das peças na chapa.
Exercício 1
Assinale a alternativa que completa corretamente as afirmações
a seguir.
1. A estampagem é um processo de ................................ que produz
peças a partir de ........................................
a) ( ) Laminação a frio - chapas planas
b) ( ) Conformação mecânica - chapas planas
c) ( ) Laminação - sucata de aço
d) ( ) Conformação mecânica - tarugos
e) ( ) Conformação mecânica - laminados em geral
Corte de chapas
O corte é a operação de cisalhamento de um material na qual uma
ferramenta ou punção de corte é forçada contra uma matriz por intermédio da
pressão exercida por uma prensa. Quando o punção desce, empurra o material
para dentro da abertura da matriz.
Corte (simples)
Produção de uma peça de um formato qualquer a partir de uma chapa
Entalhe
Corte de um entalhe no contorno da peça.
Puncionamento
Corte que produz furos de pequenas dimensões.
Corte parcial
Corte incompleto no qual uma parte da peça cortada fica presa à chapa
Recorte
Corte de excedentes de material de uma peça que já passou por um
processo de conformação.
Um corte, por mais perfeito que seja, sempre apresenta uma superfície
de aparência "rasgada". Por isso, é necessário fazer a rebarbação, que
melhora o acabamento das paredes do corte.
Exercício 2
Complete as seguintes afirmações.
a) corte é uma operação de.................................................. de um
material.
b) Para o corte, usamos um............................................. que é forçado
contra uma............................................ por intermédio da pressão exercida por
uma ...........................................
c) Depois do corte, efetua-se uma operação de .................................para
melhorar o acabamento das paredes do corte.
Dobramento e curvamento
O dobramento é a operação pela qual a peça anteriormente recortada é
conformada com o auxílio de estampos de dobramento. Estes são formados
por um punção e uma matriz normalmente montados em uma prensa. O
material, em forma de chapa, barra, tubo ou vareta, é colocado entre o punção
e a matriz. Na prensagem, uma parte é forçada contra a outra e com isso se
obtém o perfil desejado.
Linha neutra.
Outro fator a considerar é a existência dos raios de curvatura. Cantos
vivos ou raios pequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento. Em
geral, a determinação do raio de curvatura é função do projeto ou desenho da
peça, do tipo de material usado, da espessura da peça e do sentido da
laminação d a chapa. Materiais mais dúcteis como o alumínio, o cobre, o latão
e o aço com baixo teor de carbono necessitam de raios menores do que
materiais mais duros como os aços de médio e alto teores de carbono, aços
ligados etc.
Até atingir o formato final, o produto pode ser dobrado com o auxílio de
apenas um estampo em uma única ou em mais fases ou, então, com mais de
um estampo.
Exercício 3
Responda às seguintes perguntas.
a) O que é dobramento?
b) Por que no dobramento há um retorno do material para um ângulo
ligeiramente menor que o inicial?
c) que é linha neutra?
d) Quais são os fatores que determinam o raio de curvatura no
dobramento?
e) Quais são os fatores que podem provocar a ruptura durante o
dobrarnento?
Estampagem profunda
A estampagem profunda é um processo de conformação mecânica em
que chapas planas são conformadas no formato de um copo. Ela é realizada a
frio e, dependendo da característica do produto, em uma ou mais fases de
conformação. Por esse processo, produzem-se panelas, partes das latarias de
carros como páraIamas, capôs, portas, e peças como cartuchos e refletores
parabólicos.
Na estampagem profunda, a chapa metálica sofre alongamento em ao
menos uma direção e compressão em outra direção. Geralmente, um
compensa o outro e não há mudança na espessura da chapa.
Assim como no dobramento, a estampagem profunda também é
realizada com o auxílio de estampos formados por um punção, uma matriz e
um sujeitador presos a prensas mecânicas ou hidráulicas. A chapa, já cortada
nas dimensões determinadas, é presa entre a matriz e o sujeitador que
mantém sobre ela uma pressão constante durante o embutimento. Isso evita
que ocorra o enrugamento da superfície da peça. O punção é acionado, desce
e força a chapa para baixo, através da matriz. Nessa operação, também é
necessário um controle sobre a folga entre o punção e a matriz.
A ferramenta deve ter uma superfície lisa e bem acabada para minimizar
o atrito entre matriz-chapa-punção e, desse modo, diminuir o esforço de
compressão e o desgaste da ferramenta.
Para diminuir o atrito pode-se usar também um Lubrificante.
Exercício 4
Responda às seguintes perguntas.
a) que é estampagem profunda?
b) que acontece com a chapa metálica na estampagem profunda?
Exercício 5
Cite abaixo os nomes de produtos que estão em sua casa e que foram
fabricados por:
a) Corte
b) Dobramento
c) Estampagem profunda
Extrusão
Introdução
Etapas do processo
De acordo com o tipo de metal, que deve suportar rigorosas condições
de atrito e temperatura, e com a seção a ser obtida, a extrusão pode ser
realizada a quente ou a frio.
Os metais mais duros, como o aço, passam normalmente pelo processo
de extrusão a quente. Esse processo envolve as seguintes etapas:
1. Fabricação de lingote ou tarugo de seção circular.
2. Aquecimento uniforme do lingote ou tarugo.
3. Transporte do lingote ou tarugo aquecido para a câmara de extrusão.
Essa etapa deve ser executada o mais rapidamente possível para diminuir a
oxidação na superfície do metal aquecido.
4. Execução da extrusão: com o tarugo aquecido apoiado diante da
câmara de extrusão, o pistão é acionado e o material é empurrado para o
interior da câmara.
5. Fim da extrusão: o pistão recua e a câmara se afasta para a retirada
do disco e da parte restante do tarugo.
6. Remoção dos resíduos de óxido com o auxílio de disco raspador
acionado pelo pistão.
Lingote
É o bloco de metal produzido por fundição.
Tarugo
É o bloco de metal obtido pela laminação de um lingote.
Considerando-se que o trabalho a quente traz problemas de oxidação do
bloco de metal e das ferramentas de extrusão, a temperatura de trabalho deve
ser a mínima necessária para fornecer ao metal o grau de plasticidade
adequado.
Devido à intensa deformação produzida durante a extrusão, pode
ocorrer um sensível aquecimento do metal. Portanto, a temperatura máxima do
processo deve ser seguramente inferior à temperatura de "liquação", ou seja,
aquela em que acontece a fusão do contorno dos grãos.
Se a temperatura de extrusão ficar muito próxima à de liquação, o
aquecimento produzido pelo atrito e pela compressão da matriz, poderá atingir
a temperatura de fusão e impedir a fabricação do produto por extrusão.
Deve-se lembrar, também, de que a temperatura do material na zona de
deformação depende da velocidade de deformação e do grau de compressão.
Isso significa que a temperatura aumenta quando aumentam a velocidade e a
deformação, por causa do aumento do atrito devido ao aumento da velocidade
de deformação e do grau de compressão.
Na extrusão a quente, as reduções de área conseguidas são da ordem
de 1:20 (um para vinte).Isso significa que, se você tiver uma barra de 100 mm2
de área, ela pode ter sua área reduzida para 5 mm2.
Os materiais mais dúcteis, como o alumínio, podem passar por extrusão
tanto a frio quanto a quente e obtêm reduções de área da ordem de 1:100 (um
para cem).
Na extrusão a frio, o material endurece por encruamento durante a
deformação porque os grãos do metal se quebram e assim permanecem,
aumentando as tensões na estrutura e, consequentemente, sua dureza. Na
extrusão a quente, os grãos se reconstituem após a extrusão por causa da alta
temperatura.
Exercício1
Responda às seguintes questões.
a) O que é extrusão?
b) Que tipos de produtos são fabricados pelo processo de extrusão? Dê
exemplos diferentes do texto.
Exercício 2
Escreva C para as afirmações corretas e corrija as erradas.
a) ( ) Rolos de arame, cabos e fios elétricos são produtos fabricados por
extrusão.
b) ( ) O alumínio pode ser extrudado em uma grande quantidade de
perfis.
c) ( ) A temperatura de aquecimento do bloco de metal a ser extrudado
deve ser a mais alta possível.
Exercício 3
Complete as definições abaixo:
a) Na extrusão direta, o bloco metálico é.......................................
b) Na extrusão indireta, a matriz é .................................................
Exercício 4
Como é possível evitar os seguintes defeitos?
a) Cavidade no produto ...................................................... ...........
b) Anel de óxido ............................................................................
c) Arrancamento .................................................................. .........
d) Bolhas ......................................................................................
Trefilação
Introdução
Puxa e estica
Acender a luz, falar ao telefone, ligar o som, a televisão ou um outro
eletrodoméstico qualquer, andar de elevador. Nada disso seria possível sem a
trefilação, pois os fios elétricos de cobre ou alumínio, os cabos e arames de
aço necessários para essas atividades tão comuns do século vinte são
fabricados por esse processo de conformação mecânica.
Por esse processo, é possível obter produtos de grande comprimento
contínuo, seções pequenas, boa qualidade de superfície e excelente controle
dimensional.
Etapas do processo
O processo de trefilação compreende as seguintes etapas:
. Laminação e usinagem para a produção do fio máquina;
. Decapagem mecânica ou química que retira os óxidos presentes na
superfície do fio máquina;
. Trefilação;
. Tratamento térmico de recozimento, quando é necessário restabelecer
o ductilidade do material;
Para a trefilação propriamente dita, existem dois tipos básicos de
máquinas de trefilar:
Sem deslizamento
Nessa máquina, o fio é tracionado, ou seja, puxado, e depois de passar
pelo furo da fieira, ele vai para, um anel tirante que acumula o fio antes de
liberar sua movimentação em direção a uma segunda fieira onde o processo se
repete. Isso é feito quantas vezes forem necessárias para obter a bitola
desejada para o fio. Ao término desse processo, o fio é enrolado em uma
bobinadeira.
Com deslizamento
Essa máquina é usada para a trefilação de fios metálicos de pequeno
diâmetro. Nela, o fio parte de uma bobina, passa por uma roldana e segue
alinhado até a primeira fieira. Na saída da fieira, o fio é tracionado por um anel
tirante e é enrolado nele com um número de voltas que depende da força do
atrito necessária para tracionar o fio através da primeira fieira.
O movimento helicoidal do fio provoca seu deslizamento lateral pelo
anele o sistema prossegue dessa forrna para as demais fieiras e anéis.
Diâmetro escalonado
Causado por parficulas duras retidas na fieira e que se desprendem
depois.
Fratura irregular
Com estrangulamento, causada por esforço excessivo devido à
lubrificação deficiente, excesso de espiras no anel tirante, anel tirante rugoso,
anel tirante com diâmetro incorreto, redução excessiva.
Ruptura taça-cone
Causada por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com
acentuada deformação da parte central.
Aqui terminamos o estudo de mais dois processos de conformação
mecânica. Há muito mais do que isso a ser apreendido. Por isso, não deixe a
peteca cair! Para saber mais consulte a nossa bibliografia no final deste livro.
Exercício 5
Complete as seguintes frases:
a) ( ) A trefilação é o processo utilizado para a produção de
.............................................. e .......................................
b) ( ) Na trefilação, o material é .......................através de uma matriz e é
normalmente realizada a ................................
c) ( ) A barra a ser trefilada é chamada de ...............................
Exercício 6
Descreva a função das seguintes partes da fieira:
a) ( ) Cone de entrada:...............................................................
b) ( ) Cone de trabalho:..............................................................
c) ( ) Cilindro de calibração: ......................................................
d) ( ) Cone de saída: .................................................................
Exercício 7
Descreva com suas palavras o processo de trefilação
a) ( ) Com deslizamento:............................................................
b) ( ) Sem deslizamento:............................................................
Bibliografia
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!