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Resenha crítica

LIPOVETSKY, Gilles. Sedução, publicidade e pós-modernidade. Revista Famecos, v. 7, n.


12, p. 07-13, 2000.

No artigo Sedução, publicidade e pós-modernidade, o professor e filósofo francês


Gilles Lipovetsky expõe brevemente suas opiniões sobre o consumo, a influência das mídias
nesse processo e o modo como afeta o comportamento das pessoas.

Lipovetsky se posiciona a favor da sociedade de consumo, dizendo que a mesma é


mais libertadora do que opressora. Afirma, que hoje, a obsessão pelo “ter” é superada por
outras preocupações direcionadas ao “ser”.

Cita o que chama de crítica apocalíptica que iguala a moda a junção entre a sedução e
a publicidade, e a responsabiliza por geral desigualdade em sociedades neoliberais
pós-modernas. E expõe que esta crítica se baseia em um sentimento cristão nunca praticado,
que todos os benefícios dados pela moda e a publicidade são deixados de lado, e se dá pela
incapacidade de reformulação de um pensamento crítico padrão.

Exemplifica que a moda no período de Luís XIV, era restrita e intolerante. Padrões
rigorosos deveriam ser seguidos, e aqueles que não os acompanhavam eram ridicularizados na
corte, sem possibilidade de escolhas pessoais.
Faz um paralelo com os dias atuais, que abrangem um outro viés, possibilitando as
escolhas individuais, devido a ampla gama de opções agora produzidas pela indústria,
também comenta sobre a indiferença pela moda, e a liberdade proporcionada por ela.

O cânone antes estipulado, e atualmente rechaçado pela sociedade pós-moderna, não é


apenas ocorrido na moda, mas em outros aspectos da vida também, como nas artes ou
discussões sobre a estética. Os indivíduos não mais aceitando o autoritarismo, fizeram com
que os parâmetros de afirmação se modificassem para uma mistura de sedução, publicidade e
marketing em constante movimento, tudo é passageiro.
O autor comenta sobre a moda, e as diferenças comportamentais entre o passado e o
presente. Os jovens de antigamente costumavam seguir o modelo de seus pais, e agora isso
mudou pela escolha em afiliação a grupos sociais, as ações agora se dão pelo grupo a qual
estão inseridos, para se fazer parte de um todo. A modernidade segue a mesma lógica que a
moda. Mais opções de modelos, podendo modificar e dar novos significados, de acordo com o
gosto pessoal.

Atualmente, a publicidade deixou de exemplificar e racionalizar seus produtos, e


adquiriu um viés imaginário e criativo. A sociedade evoluiu até essa predileção, e a moda se
adaptou a tal mudança. Os grupos de filiação embora não totalmente irrestritos, abrangem um
espaço de modificação muito grande para a individualidade de seus integrantes.

Lipovetsky cita que no lugar da manipulação que alguns pensam que ocorre, na
verdade, está a aceitação do consumidor em ser seduzido, um encantamento. As pessoas
somente acolherão algo, se realmente o quiserem, a publicidade não impõe nada, apenas
evidência e comercializa.

Também se diferencia a modernidade e a pós-modernidade. A primeira sendo rígida, e


inflexível, caracterizada pelo racionalismo, padronizada. E a segunda, aberta, sendo regida
pelo bem-estar e as preferências de cada um. Efêmera, e liberal, um novo começo
contrapondo o período anterior. Múltiplas possibilidades abrangem o caminho, e a busca por
igualdade se vê fortalecida. O filósofo, então, conjectura sobre o futuro que se abre diante da
massa em constante movimento, e afirma que a sociedade não regressará aos comportamentos
modernos.

Considerando minha formação prévia como designer de moda percebo que tenho afinidade
com muitas das ideias expostas por Gilles Lipovetsky, pois também vejo pontos positivos na
sociedade de consumo bem como no individualismo.

Lipovetsky utiliza a moda para demonstrar que há um lado benéfico na publicidade e no


consumo, ressaltando que hoje os indivíduos tem necessidades diferentes do que no passado e
por tanto estão abertos a estímulos que tragam satisfação imediata, uma vez que, na
sociedades ocidentais vive-se em uma fluidez cultural que permite o individualismo em lugar
de um padrão comportamental rígido.

Com isso avalio que apesar de a sociedade de consumo apresentar desigualdades, ela de fato
apenas evidencia desigualdades pré existentes nas sociedades anteriores ao capitalismo e por
isso não é de fato o problema.

Discordo de sua opinião a respeito da influência da publicidade, ao meu ver ela exerce sim um
certo nível de influência e é capaz de mudar a opinião do consumidor, no entanto, os
profissionais dessa área tem, cada vez mais, estado atentos a opinião dos consumidores que
estão cada vez mais atentos e não se permitem ser manipulados.

Concluo que como designer, de moda e também gráfico, temos que exercer a profissão com
ética mas sem perder nossa característica mais marcante, a criatividade. Somos capazes de
influenciar a sociedade na qual estamos inseridos, para tanto, necessitamos de um estudo
prévio de autores renomados, para assim, fundamentar as nossas produções e seu impacto na
sociedade.

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