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MTF-I

Deste capítulo fazem parte:

• Identificação de Estruturas Ósteo-Articulares

• Mobilização Articular: Movimentos Fisiológicos

• Avaliação Articular: Goniometria

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PARTE I: Membro Superior

1. Complexo Articular do Ombro

Complexo articular do ombro é o termo utilizado para incluir todas as estruturas articulares
envolvidas no movimento do ombro, sendo formado por 5 articulações: 3 Diartroses, consideradas
articulações verdadeiras no sentido anatómico (há contacto de 2 superfícies de deslizamento
cartilaginosas), a Gleno-Umeral, do tipo enartrose, com 3 graus de liberdade, a Acrómio-Clavicular,
do tipo Artrodia e Esterno-Costo-clavicular, considerada no seu todo do tipo enartrose; e 2
articulações falsas, sob o ponto de vista anatómico, mas consideradas articulações no sentido
fisiológico, pois compreendem 2 superfícies que deslizam uma sobre a outra, sendo elas a Escápulo-
Torácica e a Sub-Deltoidea.

1.1. Identificação de estruturas ósteo-articulares

Para o examinador, a palpação de estruturas ósteo-articulares deve assentar num método


sistemático, lógico e detalhado. O paciente deve estar sentado numa cadeira ou banco e o examinador
por trás dele.
(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

ƒ Clavícula
Colocar os dedos sobre a clavícula, percorrendo-a a
partir da sua extremidade medial, que se articula com o
manúbrio do esterno e com a 1ª costela, formando a
articulação Esterno-Costo-Clavicular. Palpar a face
Art. Esterno-
Costo-Clavicular
anterior e o bordo superior da clavícula, notando que os
2/3 internos são convexos e o 1/3 externo é côncavo.

ƒ Apófise Coracóide
Ao nível da zona mais profunda do 1/3 externo da
Ap. Coracóide
clavícula, deslocar os dedos cerca de 2 cm para baixo,
até encontrar uma saliência óssea: a apófise coracóide
da omoplata.

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ƒ Articulação Acrómio-Clavicular
Retornar à clavícula e continuar a palpação no
sentido externo, até à sua extremidade lateral, que se
articula com o acrómio da omoplata, formando a
articulação Acrómio-Clavicular. Localizar a interlinha
articular, situada no plano sagital, pedindo ao paciente Art.
Acrómio-Clavicular
movimentos de flexão e extensão ou de rotação do
ombro.

ƒ Acrómio
Continuando a palpação no sentido externo,
imediatamente após a interlinha articular encontra-se o
acrómio, de formato rectangular, palpável nos seus Bordo Anterior
do Acrómio
bordos anterior e externo.

ƒ Tubérculo Maior do Úmero


A partir do bordo externo do acrómio, deslocar os
dedos ligeiramente para baixo, encontrando assim o
tubérculo maior do úmero, em alinhamento com o
Tubérculo
Maior do
epicôndilo lateral do úmero, ao nivel do cotovelo. Úmero

ƒ Tubérculo Menor do Úmero


Do tubérculo maior do úmero, deslocar os dedos em Tubérculo
Menor Tubérculo
direcção anterior e medial, pedindo ao paciente para Maior
Goteira
fazer rotação externa e interna do ombro: na rotação Bicipital

externa o tubérculo menor do úmero encontra-se


anteriorizado.
Rotação Externa

(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

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ƒ Goteira Bicipital
A goteira bicipital consiste num sulco que separa o
tubérculo maior do tubérculo menor do úmero, onde
passa o tendão da longa porção do músculo bicípede Goteira Bicipital
braquial.

ƒ Espinha da Omoplata
T3
Voltar ao acrómio, seguindo o seu bordo externo em Espinha da
Omoplata
direcção posterior até à espinha da omoplata. Se
traçarmos uma linha horizontal a partir da espinha da
omoplata e em direcção medial, encontrar-se-à a 3ª
vértebra toráccica, a cerca de 5 cm de distância.

ƒ Bordo Interno da Omoplata


Seguir a espinha da omoplata em direcção medial,
2ª Costela
Bordo Interno
até ao bordo interno da omoplata, percorrendo-o em
direcção superior, até ao ângulo superior da omoplata,
cuja palpação se torna difícil, pois é local de inserção do
músculo elevador da omoplata e dada a curvatura
anterior da omoplata. Ao nível do ângulo superior
encontrar-se-à a face posterior da 2ª costela.
ƒ Ângulo Inferior Omoplata
Seguir o bordo interno da omoplata para baixo, até
ao ângulo inferior da omoplata, mais facilmente palpável
do que o superior, dada a sua localização subcutânea.
Sob este ângulo estará a 7ª costela.
ƒ Bordo Externo da Omoplata
7ª Costela
Depois de identificar o ângulo inferior, seguir o
Ângulo Inferior
contorno da omoplata, em direcção superior e externa,
Bordo Externo
até o bordo externo da omoplata desaparecer sobre os
músculos grande dorsal, redondo maior e menor. (Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

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1.2. Ósteocinemática da articulação Gleno-Umeral


A Gleno-Umeral é uma das articulações mais móveis do corpo humano e, consequentemente, uma
das menos estáveis. É do tipo enartrose ou esferóide, com 3 graus de liberdade, permitindo
movimentos de flexão/extensão, adução/abdução e rotação interna/externa, e ainda os movimentos
combinados de adução/abdução horizontal e circundução.

1.3. Flexão e Extensão


1.3.1. Mobilização Articular
Considera-se como posição de referência a posição em que o braço está pendente ao longo do
corpo, verticalmente, de forma que o eixo longitudinal do úmero coincida com o eixo vertical, tendo em
conta a posição anatómica.

O movimento de flexão ocorre no plano sagital, em FLEXÃO

torno de um eixo situado no plano frontal, a partir da


posição de referência e em direcção à posição extrema
anterior. Por seu lado, considera-se como extensão o
movimento de direcção posterior, a partir de qualquer
posição de flexão.

Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Posição de Referência Flexão sem estabilização

Flexão com estabilização na Acrómio-clavicular


Flexão com estabilização na omoplata

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1.3.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal
Cotovelo em Extensão
Antebraço em Posição Neutra
Posição de Referência
Posições Alternativas:
Decúbito lateral
Sentado
Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do acrómio
Braço Fixo:- Ao longo da linha média da axila, em
alinhamento com o grande trocanter
Braço Móvel:- Ao longo da linha média externa do
úmero, em alinhamento com o olecrâneo Posição Inicial
Amplitude de Referência:- 0º
Precauções:
Evitar a extensão do tronco
Não permitir a abdução e elevação do ombro

Posição Final
Fim de Movimento Normal:
Elástico:- Pela tensão provocada no feixe posterior do Ligamento Córaco-úmeral, na porção
posterior da cápsula articular e nos músculos Pequeno e Grande Redondo, Infra-espinhoso,
Grande Dorsal e Grande Peitoral (fibras costo-esternais).

1.4. Hiper-Extensão

1.4.1. Mobilização Articular

O movimento de hiper-extensão ocorre no plano


sagital, em torno de um eixo situado no plano frontal, a
HIPER-EXTENSÃO
partir da posição de referência e em direcção posterior.
Adaptado de Greene e Heckman, 1994

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Posição Final
Posição Inicial

1.4.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Ventral
Cotovelo em Extensão
Antebraço em Posição Neutra
Posições Alternativas:
Decúbito dorsal, com o braço fora da marquesa Posição Inicial

Decúbito lateral
Sentado
Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do acrómio
Braço Fixo:- Ao longo da linha média da axila, em
alinhamento com o grande trocanter
Braço Móvel:- Ao longo da linha média externa do
úmero, em alinhamento com o olecrâneo
Posição Final
Amplitude de Referência:- 0º

Precauções:
Evitar a flexão do tronco e abdução do ombro;
Fazer a avaliação com o antebraço flectido se o estiramento do bicípede limitar o movimento.

Fim de Movimento Normal:


Elástico:- Pela tensão provocada no feixe anterior do Ligamento Córaco-úmeral, na porção
anterior da cápsula articular e nos músculos Grande Peitoral (fibras claviculares) e Grande
Dentado.

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1.5. Abdução e Adução

1.5.1. Mobilização Articular


O movimento de abdução ocorre no plano frontal, em torno de um eixo situado no plano sagital, a
partir de referência, em direcção lateral e superior.
Por definição, o movimento de abdução ocorre quando se afasta o segmento da linha média;
por oposição, o movimento de adução aproxima o segmento da linha média. No caso do ombro,
segundo a definição, ao elevarmos o braço lateralmente, fazemos abdução até aos 90º e, a partir
daqui até aos 180º, adução, pois já estamos a aproximar o braço da linha média.
Contudo, embora o mais correcto seja denominar este
movimento como elevação lateral, por questões didácticas,
consideramos como abdução a amplitude total deste
ABDUÇÃO
movimento. Por outro lado, consideramos adução, o
movimento que parte da posição de referência em direcção
medial, embora haja uma adução relativa a partir de qualquer
posição de abdução até à posição de referência.
Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Abdução com estabilização na Acrómio-clavicular Abdução Início Abdução Fim

1.5.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal
Cotovelo em Extensão
Antebraço em Posição Neutra
Posição Alternativa:
Sentado
Posição Inicial

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Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do acrómio
Braço Fixo:- paralelo com a linha que une as duas
clavículas
Braço Móvel:- paralelo com a linha média do úmero,
em direcção à epitróclea
Amplitude de Referência:- 90º

Posição Final
Precauções:
Evitar a flexão lateral do tronco, a flexão ou extensão do ombro e a elevação da cintura escapular;
Permitir a rotação externa automática do ombro.

Fim de Movimento Normal:


Duro:- contacto ósseo entre tubérculo maior do úmero e acrómio, se não deixarmos que se
verifique a componente de rotação externa a partir dos 90º.
Elástico:- Pela tensão provocada no feixe médio e inferior do Ligamento Gleno-úmeral, na porção
inferior da cápsula articular e nos músculos Grande Dorsal, Grande Peitoral, Rombóides e nas porções
média e inferior do Trapézio.

1.6. Rotação Interna / Externa


ROTAÇÃO EXTERNA
1.6.1. Mobilização Articular
Tendo em conta a posição anatómica, os movimentos
de rotação interna e externa ocorrem no plano
transversal, em torno de um eixo vertical, em que o braço
ROTAÇÃO INTERNA
roda sobre o seu eixo longitudinal.
Adaptado de Greene e Heckman, 1994

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Rotação Interna Rotação Externa


Posição de Referência

1.6.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal
Ombro a 90º de abdução
Úmero em contacto com a marquesa
Cotovelo 90º de flexão
Antebraço em posição neutra Posição Inicial

Posição Alternativa:
Decúbito ventral, com antebraço fora da marquesa

Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do olecrâeo
Braço Fixo:- paralelo com o tampo da marquesa, ao
longo da face lateral do tronco em direcção ao grande
Posição Final de Rotação Interna
trocanter
Braço Móvel:- em alinhamento com a apófise
estilóide do cúbito
Amplitude de Referência:- 90º

Precauções:
Posição Final de Rotação Externa

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Evitar o aumento ou dimimuição da abdução do ombro, bem como a flexão ou extensão;


Não permitir a elevação da cintura escapular.

Fim de Movimento Normal da Rotação Interna:


Elástico:- Pela tensão provocada na porção posterior da cápsula articular e nos músculos
Redondo Menor, Infra-espinhoso, Rombóides e nas porções média e inferior do Trapézio.

Fim de Movimento Normal da Rotação Externa:


Elástico:- Pela tensão provocada nos 3 feixes do Ligamento Gleno-umeral, no Ligamento Córaco-
umeral, na porção anterior da cápsula articular e nos músculos Subescapular, Grande Dorsal,
Grande Peitoral, Grande Redondo e Grande Dentado.

1.7. Breve Referência à Adução e Abdução Horizontal

1.6.1. Mobilização Articular


Adução
Tendo em conta a posição anatómica, os movimentos de Horizontal

Adução e Abdução Horizontal ocorrem no plano transversal,


em torno de um eixo vertical.
A posição de referência corresponde a 90º de abdução do
ombro, no plano frontal: a adução horizontal corresponde ao
Posição de Referência
movimento combinado de flexão e adução, em direcção
anterior; a abdução horizontal corresponde ao movimento Abdução
Horizontal
combinado de extensão e abdução, em direcção posterior.
Adaptado de Kapandji, 1987.

Posição de Referência Adução Horizontal Adução Horizontal: Fim de movimento

1.6.2. Avaliação Articular


(Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

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Posição Inicial:
Sentado
Ombro a 90º de abdução
Cotovelo 90º de flexão
Posição Alternativa:
Decúbito dorsal
Posição Inicial
Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do acrómio;
Braço Fixo:- ao longo da linha média do ombro, em
direcção à face posterior do pescoço;
Braço Móvel:- ao longo da linha média do úmero, em
direcção ao epicõndilo lateral;
Amplitude de Referência:- 180º Adução Horizontal

Precauções:
Evitar as rotações do ombro;
Estabilizar a região dorsal, prevenindo a rotação do tronco;

1.8. Breve Referência à Articulação Escápulo-Toráccica

A articulação escápulo-toráccica apresenta essencialmente movimentos de deslizamento, sendo


eles: elevação, depressão, rotação interna, rotação externa, adução e abdução.

1.8.1. Elevação e Depressão

Mobilização Articular

No movimento de Elevação a omoplata move-se em direcção superior (cefálica).


No movimento de Depressão a omoplata move-se em direcção inferior (caudal).
(Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

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Elevação Depressão

1.8.2. Adução e Abdução

Mobilização Articular

No movimento de Adução a omoplata move-se em direcção medial.


No movimento de Abdução a omoplata move-se em direcção lateral.
(Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

Adução Abdução

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Avaliação Articular

Posição Inicial
Sentado; (Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

Braço suportado a 90º de flexão, no plano sagital;


Posição Final
ƒ Para medir Abdução:- Fim do movimento de Adução
horizontal da articulação Gleno-umeral;
ƒ Para medir Adução:- Fim do movimento de Abdução
horizontal da articulação Gleno-umeral;
Avaliação Articular da Adução
Método de Medida com Fita Métrica
ƒ Medir a distância horizontal entre o bordo vertebral da
omoplata, a nível da sua espinha, até à apófise
espinhosa de T3, na posição inicial e final: a diferença
das 2 medições dá-nos a amplitude de movimento.

Precauções
Avaliação Articular da Abdução
Evitar rotação do tronco;
Evitar rotações do braço e mantê-lo a 90º de flexão.

1.8.3. Rotação Interna e Externa

Mobilização Articular
No movimento de Rotação Interna o ângulo da omoplara move-se em direcção medial.
No movimento de Rotação Externa o ângulo da omoplata move-se em direcção lateral.
(Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

Rotação Interna Rotação Externa

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Avaliação Articular

Posição Inicial (Fotos adaptadas de Palmer, 1998)

Sentado;
Braço ao longo do corpo
Posição Final
ƒ Para medir Rotação Externa:- Fim do movimento de
Abdução da articulação Gleno-umeral;
ƒ Para medir Rotação Interna:- Fim do movimento de
Adução combinada com Extensão da articulação
Gleno-umeral (braço atrás das costas);

Método de Medida com Fita Métrica


Medir a distância horizontal entre ângulo inferior da
Avaliação Articular da Rotação Externa
omoplata, até à apófise espinhosa de T7, na posição
inicial e final: a diferença das 2 medições dá-nos a
amplitude de movimento.
Precauções
Evitar inclinação do tronco;
Manter o braço no plano frontal.

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2. Cotovelo e Antebraço

2.1. Identificação de Estruturas Ósteo-Articulares


Para a identificação das estruturas ósteo-articulares do complexo articular do cotovelo e antebraço o
paciente pode permanecer em pé, estando o examinador a seu lado, com uma das mãos suportando o
braço em ligeira abdução e hiperextensão, ficando o antebraço pendente com cerca de 90º de flexão
do cotovelo.

ƒ Epicôndilo Medial ou Epitróclea


Epicôndilo
Medial
Situa-se na face interna da extremidade inferior
do úmero, fácil de identificar dada a sua
localização sub-cutânea e seus contornos ósseos
salientes.

ƒ Linha Supracondiliana Interna do Úmero


Linha
A partir do epicôndilo medial, deslocar os dedos Supracondiliana
Interna do Úmero
em direcção superior, ao longo da linha
supracondiliana interna do úmero. A sua palpação
é dificultada pela presença dos músculos flexores
do punho.

ƒ Olecrâneo
O olecrâneo corresponde à extremidade Olecrâneo

superior e posterior do cúbito, fácil de identificar,


dado que se localiza sob a bolsa olecraneana,
tendão do músculo tricípede e sua aponevrose.

(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990)


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ƒ Bordo posterior do cúbito

A partir do olecrâneo deslocar os dedos em


direcção inferior, ao longo do bordo posterior do
Bordo Posterior do
cúbito, praticamente em linha recta até à apófise Cúbito

estilóide do cúbito, a nível do punho.

ƒ Epicôndilo Lateral

Situa-se na face externa da extremidade inferior


Epicôndilo Externo
do úmero, lateralmente ao olecrâneo. É do Úmero

subcutâneo mas menos proeminente do que o


epicôndilo medial.

ƒ Linha Supracondiliana Externa do Úmero

A partir do epicôndilo lateral, deslocar os dedos


Linha
em direcção superior, ao longo da linha Supracondiliana
Externa do Úmero
supracondiliana externa do úmero, mais saliente e
mais longa do que a interna.

ƒ Tacícula Radial

A partir do epicôndilo externo, deslocar os


dedos para baixo: logo após a depressão
Tacícula
correspondente à interlinha articular úmero-radial Radial

encontra-se a tacícula radial, facilmente


identificável pedindo ao paciente movimentos de
prono-supinação

(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990)

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2.2. Ósteocinemática

O complexo articular do cotovelo é composto por 3 articulações: úmero-cubital, do tipo


trocleartrose, úmero-radial, do tipo elipsóide ou condilartrose, e rádio-cubital superior, do tipo
trocóide. Apesar da sua complexidade, é considerada uma articulação do tipo uniaxial, com
movimentos apenas de flexão/extensão, segundo um plano sagital.
Por questões didácticas, consideraremos o antebraço como um segmento particular, que
compreende a articulação rádio-cubital superior e a rádio-cubital inferior, ambas do tipo trocoíde,
responsáveis por movimentos de prono-supinação. Podemos incluir também outro meio de articulação
entre estes 2 ossos, ligados entre si através da membrana interóssea, o que constitui uma articulação
do tipo sindesmose.

2.3. Flexão e Extensão

2.3.1. Mobilização Articular


Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano sagital, em torno de um eixo situado no
plano frontal. Considera-se como posição de referência aquela em que o eixo do antebraço está
situado no prolongamento do eixo do braço.
A flexão dá-se a partir desta posição, em direcção
anterior, até à posição de máxima aproximação entre as faces
FLEXÃO
anteriores do braço e antebraço. Por definição, a extensão
dá-se a partir da posição de referência, com direcção
posterior, mas esta só existe em indivíduos possuidores de
grande laxidez ligamentar, pelo que se considera este HIPER-EXTENSÃO

movimento como hiper-extensão, e a extensão relativa como


o movimento de direção posterior, a partir de qualquer Adaptado de Greene e Heckman, 1994

posição de flexão.

Extensão Flexão
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2.3.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal
Membro superior paralelo à linha média do tronco
Antebraço em Posição Neutra ou supinação Posição de Rerência
Punho em posição neutra
Colocação do Goniómetro:
Eixo:- ao nível do epicôndilo lateral do úmero
Braço Fixo:- ao longo da linha média do úmero, em
alinhamento com o acrómio
Braço Móvel:- ao longo da linha média dorsal do
Posição Inicial
antebraço em direcção ao 3ºdedo (antebraço em posição
neutra) ou linha média do rádio em direcção à apófise
estilóide (antebraço em supinação)
Amplitude de Referência:- 180º

Precauções:
Evitar a flexão do ombro
Posição Final
Manter a posição do antebraço

Fim de Movimento Normal:


Mole:- o volume muscular da parte anterior do antebraço entra em contacto com o da face anterior
do braço.
Duro:- se as massas musculares são pequenas, a apófise coronóide do cúbito e a cabeça do rádio
entram em contacto com a fossa coronóide e a fossa radial do úmero, respectivamente.

2.4. Pronação e Supinação do Antebraço

2.4.1. Mobilização Articular


O movimentos de prono-supinação ocorrem no plano transversal, em que o antebraço roda em
torno do seu eixo longitudinal, situado num plano vertical, se considerarmos a posição anatómica.
Contudo, estes movimentos devem ser avaliados com o cotovelo a 90º de flexão, para evitar
movimentos de rotação do ombro.

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O movimento de supinação é então realizado quando se


vira a palma da mão para cima e o polegar para fora; a
pronação realiza-se quando se vira a palma da mão para
baixo e o polegar para dentro. A posição de referência é a SUPINAÇÃO PRONAÇÃO

posição neutra, definida como a posição intermédia entre a


pronação e a supinação, em que a palma da mão está virada
para dentro e o polegar para cima. Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Posição Neutra Supinação Pronação Prono-supinação

2.4.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado
Braço junto ao corpo
Cotovelo a 90º de flexão
Antebraço em posição neutra e apoiado numa mesa

Posições Alternativas:
Sentado sem apoio do antebraço
Posição Inicial
Decúbito Dorsal

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Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- Paralelo com o tampo da marquesa ou
paralelo com o úmero
do lado interno do punho para avaliar supinação
do lado externo do punho para avaliar a pronação
Braço Móvel:- paralelo ao punho, ao longo da linha
média que une as apófises estilóides do cúbito e Supinação com antebraço apoiado na mesa
rádio
Eixo:- a meio da linha média que une as apófises
estilóides do cúbito e rádio
Amplitude de Referência:- 0º ou 90º

Precauções:
Evitar a adução / abdução e rotações do ombro; Pronação sem apoio do antebraço

Não permitir inclinações do tronco.

Fim de Movimento Normal da Pronação:


Duro:- contacto ósseo entre o rádio e o cúbito.
Elástico:- Pela tensão provocada ligamento rádio-cubital posterior da articulação rádio-cubital
Inferior, na membrana interóssea e nos músculos Bicípede e Supinador.

Fim de Movimento Normal da Supinação:


Elástico:- Pela tensão existente no ligamento rádio-cubital anterior da articulação rádio-cubital
Inferior, na membrana interóssea e nos músculos Redondo e Quadrado Pronador

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3. Punho e Mão

3.1. Identificação de Estruturas ósteo-articulares


Para se proceder a uma correcta palpação das estruturas ósteo-articulares do punho e mão, em
primeiro lugar identificar as 2 eminências ósseas a nível do punho, que correspondem às apófises
estilóides do rádio e cúbito. A partir destes pontos de referência, a palpação fár-se-à de forma linear.

Apófise
Estilóide do Apófise
Rádio Estilóide do
Cúbito
ƒ Apófise Estilóide do Rádio
Situa-se no prolongamento da face externa do
antebraço, tendo em conta a posição anatómica.
Corresponde à saliência óssea localizada na
extremidade distal da região póstero-externa do rádio.

ƒ Tabaqueira Anatómica
Pequena depressão localizada na face dorsal do
punho, imediatamente abaixo da apófise estilóide do
rádio, delimitada pelo longo abdutor e curto extensor Escafóide

do polegar, a nível inferior, acima pelo longo extensor


do polegar, e tendo como fundo o escafóide

Escafóide

ƒ Escafóide
Situa-se no bordo externo do carpo e forma o
pavilhão da tabaqueira anatómica. Consegue-se
palpar abaixo da apófise estilóide do rádio, fazendo-se
ligeiro desvio cubital.

(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

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Trapézio
ƒ Trapézio
Situa-se abaixo do escafóide e articula-se com o 1º
metacarpo. Palpa-se deslocando os dedos para baixo
da tabaqueira anatómica até à articulação trapézio-
metacarpo, pedindo-se a flexão/extensão do polegar.

ƒ Articulação Tapézio-Metacárpica Art. Trapézio-


Metacárpica
é em forma de sela, com 2 graus de liberdade,
permitindo movimentos de flexão / extensão e de
adução / abdução. Para além disso também possui
algum movimento de rotação, o que permite ao
polegar fazer a oposição.

ƒ Tubérculo do rádio (Lister)


Semilunar
Tubérculo do
apresenta-se como uma pequena saliência óssea Rádio

na face dorsal da extremidade distal do punho, em


alinhamento com o 3º metacarpo

Grande Osso
ƒ Grande Osso ou Capitato e Semilunar
O grande osso é o 3º osso da 2ª fileira do carpo e Semilunar

palpa-se após identificação do tubérculo do rádio, em


direcção inferior, encontrando-se uma depressão e
depois a cabeça do 3º metacarpo, com o punho em
Grande Osso
posição neutra.
Fazendo a flexão do punho, consegue-se palpar o
grande osso no lugar da depressão e o semilunar
imediatamente abaixo do tubérculo do rádio. (Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

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Ap. Estilóide
do Cúbito
ƒ Apófise Estilóide do Cúbito
Mais curta que a do rádio, mas mais saliente. A
nível distal e posterior podemos palpar uma goteira no
sentido longitudinal, onde passa o tendão do extensor
cubital do carpo, facilmente identificável fazendo
desvio cubital.

ƒ Piramidal e Pisiforme
Piramidal
Situa-se imediatamente abaixo da apófise estilóide
do cúbito, a nível da face dorsal da 1ª fileira do carpo,
palpando-se melhor com desvio radial. Ao mesmo
nível mas na face anterior consegue-se palpar o
pisiforme, onde se insere o tendão do flexor cubital do
carpo.

ƒ Ganchoso ou Unciforme
O gancho do ganchoso está situado
imediatamente a seguir ao pisiforme, oblíquamente em Pisiforme

direcção ao 1º espaço interdigital. É importante a sua


Gancho do
localização porque este forma com o pisiforme o Canal Ganchoso

de Guyon por onde passa o nervo e artéria cubital.

(Imagens Adaptadas de Hoppenfeld, 1990.)

ƒ Metacarpianos
Devem ser palpados a partir da sua extremidade distal em direcção à base, na face dorsal da mão. As
bases dos metacarpianos formam com os osso da 2ª fileira do carpo articulações do tipo Artrodia ou
Plana; as do 2º e 3º, quase imóveis, dão ao indicador e dedo médio a estabilidade necessária para
executar os movimentos de pinça; por outro lado as articulações carpo-metacárpicas do 4º e 5º dedo
são mais móveis, dando a mobilidade necessária para as várias tarefas.

ƒ Articulações Metacárpico-falângicas
56
MTF-I

3.2. Ósteocinemática

Do complexo articular do punho fazem parte as articulações Rádio-cárpica do tipo elipsóide ou


condilartrose e Médio-cárpica que dividimos em 2 componentes: a parte externa ou lateral, entre
escafóide, semi-lunar e piramidal, da 1ª fileira, e grande osso e ganchoso ou unciforme, da 2ª fileira,
que constituem uma articulação do tipo elipsóide ou condilartrose; e a parte interna ou medial entre a
base do escafóíde e o trapézio e trapezóide, que formam uma articulação do tipo artrodia ou plana.
No seu todo, o complexo articular do punho possui 2 graus de liberdade, no entanto, o movimento
de pronosupinação do antebraço introduz-lhe um 3º grau de liberdade, dando à mão a possibilidade de
estar em qualquer ângulo para agarrar ou segurar um objecto.

3.3. Flexão e Extensão

3.3.1. Mobilização Articular


Os movimentos de flexão e extensão do punho ocorrem no plano sagital, em torno de um eixo
situado no plano frontal, tendo em conta a posição anatómica. Considera-se como posição de
referência a posição neutra, aquela em que a face dorsal da
EXTENSÃO
mão está situada no prolongamento da face posterior do
antebraço.
Na flexão a face anterior ou palmar da mão aproxima-se
FLEXÃO
da face anterior do antebraço; na extensão, a face posterior
ou dorsal aproxima-se da face posterior do antebraço. Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Flexão – Sentado com apoio do Antebraço


Extensão - Sentado com apoio do Antebraço

Flexão em Decúbito Dorsal Extensão em Decúbito Dorsal

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MTF-I

3.3.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal
Cotovelo flectido a 90º;
Antebraço em pronação.
Posição Alternativa:
Sentado com antebraço em posição neutra, apoiado
numa mesa, mas a mão fora dela;

Colocação do Goniómetro: Posição Inicial

Braço Fixo:- ao longo da face lateral do antebraço, em


alinhamento com o olecrâneo
Braço Móvel:- paralelo ao 5º metacarpo
Eixo:- abaixo da apófise estilóide do cúbito, a nível do
piramidal
Amplitude de Referência:- 180º
Posição Final de Flexão
Precauções:
Palpar a área da eminência hipotenar para que o
goniómetro fique colocado exactamenteao longo do 5º
metacarpo;
Evitar a flexão dos dedos quando se avalia a flexão do
punho para que a tensão nos músculos extensores dos
dedos não restrinja o movimento;
Evitar a extensão dos dedos quando se avalia a extensão Posição Final de Extensão
do punho para que a tensão nos músculos flexores dos
dedos não restrinja o movimento.

Fim de Movimento Normal da Flexão:


Elástico:- tensão existente no ligamento rádio-cárpico dorsal e na face dorsal da cápsula

Fim de Movimento Normal da Extensão:


Duro:- contacto ósseo entre o rádio e os ossos da 1ª fleira do carpo.
Elástico:- tensão existente no ligamento rádio-carpico palmar e na face anterior da cápsula.

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MTF-I

3.4. Desvio Radial e Desvio Cubital

3.4.1. Mobilização Articular


Os movimentos de desvio radial e desvio cubital do punho ocorrem no plano frontal, em torno de
um eixo situado no plano sagital, tendo em conta a posição anatómica. Considera-se como posição de
referência a posição neutra, aquela em que o eixo da mão, que passa pelo 3º metacarpo e 3º dedo,
está situado no prolongamento do eixo do antebraço.
No desvio radial, considerando a posição anatómica, a DESVIO RADIAL DESVIO CUBITAL

mão afasta-se do eixo do corpo; no desvio cubital, a mão


aproxima-se do eixo do corpo.
Deve-se ter em conta que o desvio cubital é 2 a 3 vezes
maior que o desvio radial; por outro lado, quando medido em
supinação do antebraço, o desvio cubital tem uma amplitude
maior em cerca de 15º.
Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Desvio Radial - Sentado com antebraço apoiado na mesa Desvio Cubital - Sentado com antebraço apoiado na mesa

Desvio Radial – Decúbito Dorsal Desvio Cubital – Decúbito Dorsal

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MTF-I

3.4.2. Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal ou sentado com o antebraço e mão
apoiados numa mesa
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço em pronação
Posição Inicial
Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média dorsal do
antebraço
Braço Móvel:- paralelo ao 3º metacarpo
Eixo:- a meio da face dorsal do punho, a nível do
grande osso Posição Final de Desvio Cubital

Amplitude de Referência:- 180º

Precauções:
Evitar a flexão ou extensão do punho
Manter o antebraço em pronação
Evitar rotações do ombro
Posição Final de Desvio Radial

Fim de Movimento Normal do Desvio Radial:


Duro:- contacto ósseo entre a apófise estilóide do rádio e escafóide.
Elástico:- tensão existente no ligamento colateral do cúbito e na porção cubital da cápsula

Fim de Movimento Normal da Extensão:


Elástico:- tensão existente no ligamento colateral do rádio e na porção radial da cápsula.

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MTF-I

4. Mão

Do ponto de vista fisiológico, a mão representa a extremidade efectora do membro superior, que
lhe constitui suporte e lhe permite apresentar-se na posição mais favorável possível para determinada
acção manual. É, por isso, extremamente rica do ponto de vista anátomo-fisiológico, apresentando uma
grande complexidade de estruturas, que tentaremos simplificar, reduzindo-as às articulações
Metacárpico-Falângicas, Interfalângicas Proximais e Interfalângicas Distais, do 2º, 3º, 4º e 5º
dedos,e às articulações Carpo-Metacárpica, Metacárpico-Falângica e Interfalângica do polegar.

4.1. Articulações Metacárpico-Falângicas do 2º, 3º, 4º e 5º dedos

As articulações Metacárpico-Falângicas (MF) do 2º, 3º, 4º e 5º dedos são do tipo condilartrose,


com 2 graus de liberdade, permitindo movimentos de flexão / extensão e adução / abdução.

4.1.1. Flexão e Extensão

Mobilização Articular
Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano sagital, em torno de um eixo situado no
plano frontal, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência a posição
neutra, aquela em que a face dorsal da falange proximal
EXTENSÃO
está situada no prolongamento da face posterior do
metacarpo.
Na flexão a face anterior do dedo aproxima-se da
FLEXÃO
face palmar da mão; na extensão, a face posterior do
dedo aproxima-se do dorso da mão. Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Posição de Referência Flexão

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MTF-I

Avaliação Articular

Posição Inicial:
Decúbito Dorsal ou sentado com antebraço apoiado
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço e punho em posição neutra

Colocação do Goniómetro:

Braço Fixo:- ao longo da linha média da face dorsal Alinhamento do Goniómetro


do metacarpo
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face dorsal
da falange proximal
Eixo:- face dorsal da articulação MF
Amplitude de Referência:- 0º
Precauções:
Evitar os movimentos de adução / abdução das MF;
Posição Final de Flexão
Manter punho e antebraço na posição neutra;
Na avaliação da flexão das MF: Não manter a
extensão das articulações MF dos outros dedos, para
evitar tensão excessiva no ligamento transverso do
metacarpo; Não manter a flexão das articulações
interfalângicas do mesmo dedo, para evitar tensão
excessiva nos músculos extensores dos dedos; o
contrário para a avaliação da extensão das MF. Posição Final de Extensão

Fim de Movimento Normal da Flexão:


Duro:- contacto ósseo entre a falange proximal e o metacarpo correspondente.
Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula

Fim de Movimento Normal da Extensão:


Elástico:- tensão existente no ligamento palmar e na face anterior da cápsula.

4.1.2. Adução e Abdução

Mobilização Articular
Os movimentos de adução e abdução ocorrem no plano frontal, em torno de um eixo situado no
plano sagital, tendo em conta a posição anatómica.
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MTF-I

Considera-se como posição de referência, aquela em que Abdução Abdução


Adução Adução
o longitudinal da mão passa pelo 3º metacarpo e 3º dedo, em
que os dedos estão juntos.
Na abdução os dedos afastam-se do eixo longitudinal da
mão; consideramos adução relativa ao movimento de
aproximação dos dedos do eixo longitudinal da mão, a partir
de qualquer posição de abdução. Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Adução Abdução

Avaliação Articular
Posição Inicial:
Sentado com antebraço apoiado
Cotovelo flectido a 90º
Punho em posição neutra
Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média da face dorsal do Posição Inicial

metacarpiano
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face dorsal da
falange proximal
Eixo:- face dorsal da articulação MF
Amplitude de Referência:-180º
Posição Final
Método Alternativo com fita métrica:
ƒ Medir a distância entre as extremidades dos dedos

Precauções:
Evitar os movimentos de flexão / extensão das MF;
Manter punho na posição neutra;

Método Alternativo com Fita Métrica

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MTF-I

Fim de Movimento Normal da Abdução:


Elástico:- tensão existente nos ligamentos colaterais da articulação MF, na membrana interdigital
e nos músculos interósseos palmares;

Fim de Movimento Normal da Adução:


Duro:- contacto com os outros dedos
Elástico:- tensão existente nos ligamentos colaterais da articulação MF, na membrana interdigital
e nos músculos interósseos dorsais;

4.2. Articulações Interfalângicas Proximais e Distais do 2º, 3º, 4º e 5º dedos

A estrutura das articulações Interfalângicas Proximais (IP) e Interfalângicas Distais (ID) 2º, 3º, 4º e
5º dedos é muito semelhante: ambas são do tipo trocleartrose, possuindo apenas 1 grau de liberdade,
o que permite movimentos de flexão / extensão.

4.2.1. Flexão e Extensão

Mobilização Articular
Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano sagital, em torno de um eixo situado no
plano frontal, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência a posição neutra, em que a face dorsal da falange infra-
adjacente está situada no prolongamento da face posterior da falange supra-adjacente.
Na flexão a face anterior do falange média aproxima-se da face anterior da falange proximal;
considera-se extensão relativa o movimento de afastamento das faces anteriores das falanges
adjacentes, a partir de qualquer posição de flexão. É possível também alguma hiperextensão passiva,
principalmente da ID.

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MTF-I

IF Proximal:- Posição de Referência IF Proximal:- Flexão

IF Distal:- Posição de Referência IF Proximal:- Flexão

Extensão Global dos Dedos Flexão Global dos Dedos

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MTF-I

Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado com antebraço apoiado
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço e punho em posição neutra Posição Inicial IF Proximal

Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média da face dorsal da
falange supra-adjacente
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face dorsal da
Flexão IF Proximal
falange infra-adjacente
Eixo:- face dorsal da articulação IFP ou IFD
Amplitude de Referência:- 0º

Precauções:
Evitar movimentos de flexão / extensão do punho e das Posição Inicial IF Distal

articulações MF

Flexão IF Distal
Fim de Movimento Normal da Flexão da IP:
Duro:- contacto ósseo entre a falange intermédia e a falange proximal;
Mole:- contacto entre tecidos moles das faces anteriores das falanges intermédia e proximal;
Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula articular e ligamentos colaterais

Fim de Movimento Normal da Flexão da ID:


Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula articular e ligamentos colaterais

Fim de Movimento Normal da Extensão da IP e ID:


Elástico:- tensão existente no ligamento palmar e na face anterior da cápsula articular.

4.3. Articulação Carpo-Metacárpica do polegar

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MTF-I

A articulação Carpo-Metacárpica (CM) do polegar é em forma de sela, com 2 graus de liberdade,


permitindo movimentos de flexão / extensão e de adução / abdução. Para além disso também possui
algum movimento de rotação, o que permite ao polegar fazer a oposição.

4.3.1. Flexão e Extensão

Mobilização Articular
Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano frontal, em torno de um eixo situado no
plano sagital, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência aquela em Posição de
Referência
que o polegar se encontra junto do 2º metacarpo, no 15º a 20º

plano da palma da mão, em que o eixo longitudinal do 1º


metacarpo faz um ângulo de 15º a 20º com o eixo
longitudinal do 2º metacarpo, situando-se este último no
prolongamento do rádio.
Na flexão o 1º metacarpo move-se para dentro e na
extensão move-se para fora, no plano frontal. Adaptado de Kapandji, 1987

Extensão Flexão

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MTF-I

Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado com antebraço apoiado
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço em supinação
Punho em posição neutra
Posição Inicial
Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média da face anterior
do rádio
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face
palmar do 1º metacarpo
Eixo:- face palmar da articulação CM do polegar
Posição Final de Extensão
Amplitude de Referência:- 15º a 20º

Precauções:
Evitar os movimentos de flexão e desvio cubital do
punho;
Não permitir o movimento de oposição do polegar.

Posição Final de Flexão


Fim de Movimento Normal da Flexão:
Mole:- contacto entre os tecidos moles da eminência tenar e a face palmar da mão
Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula articular e nos músculos curto extensor e
abdutor do polegar;

Fim de Movimento Normal da Extensão:


Elástico:- tensão existente na face anterior da cápsula articular, no músculo curto flexor, adutor e
oponente do polegar e 1º interósseo dorsal.

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MTF-I

4.3.2. Adução e Abdução

Mobilização Articular
Os movimentos de adução e abdução ocorrem no plano sagital, em torno de um eixo situado no
plano frontal, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência a mesma
da flexão / extensão ABDUÇÃO

Na abdução o 1º metacarpo afasta-se do 2º, num


plano perpendicular ao da palma da mão, ou seja, no
plano sagital; considera-se adução o movimento em que
o 1º metacarpo se aproxima do 2º, no plano anterior.
Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Adução Abdução

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MTF-I

Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço em posição neutra
Bordo cubital do punho e mão apoiados na mesa

Colocação do Goniómetro: Posição Inicial


Braço Fixo:- ao longo da linha média lateral do 2º
metacarpo
Braço Móvel:- ao longo da linha média lateral do 1º
metacarpo
Eixo:- face dorsal da articulação CM do polegar,
abaixo da apófise estilóide do rádio
Precauções:
Evitar a flexão / extensão da CM do polegar; Posição Final de Abdução

Manter punho na posição neutra;

Fim de Movimento Normal da Abdução:


Elástico:- tensão existente na pele e na membrana interdigital e nos músculos abdutor do polegar
e 1º interósseo dorsal;
4.3.3. Oponência Contra- Oponência
Oponência
Mobilização Articular
O movimento de oponência resulta de uma combinação
dos movimentos de abdução, flexão e adução com a rotação
do 1º metacarpo; considera-se reposição ou contra-oponência
o movimento contrário, que devolve o polegar à sua posição Adaptado de Kapandji, 1987.

inicial.

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MTF-I

Posição Inicial Oponência Polegar Oponência Polegar + 5º dedo

Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado
Cotovelo flectido a 90º
Antebraço em supinação apoiado na mesa

Medição:
Adaptado de Greene e Heckman, 1994
Normalmente não se usa o goniómetro: utiliza-se uma
régua para medir a distância entre:
ƒ A extremidade do polegar e a extremidade do 5º dedo
ƒ A extremidade do polegar e a base do 5º dedo;
ƒ A prega de flexão da articulação IF do polegar e a prega
palmar distal, sobre a articulação MF do 3º dedo;
Precauções:
Manter punho na posição neutra; Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Evitar a flexão do 5º dedo.


Fim de Movimento Normal da Oponência:
Mole:- contacto entre os tecidos moles da eminência tenar e a face palmar da mão;
Elástico:- tensão existente na cápsula articular, no curto extensor do polegar e no ligamento
transverso do metacarpo.
4.4. Articulação Metacárpico-Falângica do polegar

A articulação metacárpico-falangica (MF) do polegar é do tipo condilartrose, com 2 graus de


liberdade, permitindo movimentos de flexão / extensão e de muito pouca adução / abdução, deixando
de ser pertinente a avaliação articular do último movimento, salvo raras excepções.

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MTF-I

4.4.1. Flexão e Extensão

Mobilização Articular
Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano frontal, em torno de um eixo situado no
plano sagital, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência a posição POSIÇÃO DE
REFERÊNCIA
neutra, aquela em que o eixo longitudinal da falange
proximal do polegar está no prolongamento do eixo do 1º
metacarpo. Na flexão a face anterior da falange proximal
aproxima-se da face palmar da mão; considera-se
extensão relativa o movimento de contrário ao anterior, a
Adaptado de Greene e Heckman, 1994
partir de qualquer posição de flexão. Normalmente, não é
possível a hiperextensão, quer activa, quer passiva.

Extensão Flexão

Avaliação Articular
FLEXÃO

Posição Inicial:
Sentado com antebraço apoiado em supinação
Cotovelo flectido a 90º
Punho em posição neutra Adaptado de Greene e Heckman, 1994

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MTF-I

Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média da face dorsal do 1º
metacarpo
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face dorsal da
1ª falange proximal
Eixo:- face dorsal da articulação MF do polegar
Amplitude de Referência:- 0º
Posição Inicial
Precauções:
Manter o punho em posição neutra
Evitar flexão / extensão da articulação CM do polegar

Posição Final de Flexão


Fim de Movimento Normal da Flexão:
Duro:- contacto ósseo entre a 1ª falange proximal e o 1ºmetacarpo.
Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula, no ligamento colateral e no curto extensor
do polegar.

Fim de Movimento Normal da Extensão:


Elástico:- tensão existente no ligamento palmar, na face anterior da cápsula, no ligamento inter-
sesamóide e no curto flexor do polegar.

4.5. Articulação Interfalângica do polegar

A articulação inter-falângica (IF) do polegar é do tipo trocleartrose, com 1 grau de liberdade,


permitindo apenas movimentos de flexão / extensão.

4.5.1. Flexão e Extensão

Os movimentos de flexão e extensão ocorrem no plano frontal, em torno de um eixo situado no


plano sagital, tendo em conta a posição anatómica.
Considera-se como posição de referência a posição neutra, aquela em que o eixo longitudinal da
falange distal do polegar está no prolongamento do eixo da falange proximal.

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MTF-I

Na flexão a face anterior da falange distal aproxima-


Flexão IF
se da face anterior da falange proximal; considera-se
extensão relativa o movimento de contrário ao anterior, a
partir de qualquer posição de flexão, sendo possível
também em alguns indivíduos a hiperextensão quer activa
quer passiva. Adaptado de Greene e Heckman, 1994

Extensão Flexão
Avaliação Articular

Posição Inicial:
Sentado com antebraço apoiado em supinação
Cotovelo flectido a 90º
Punho em posição neutra
Colocação do Goniómetro:
Braço Fixo:- ao longo da linha média da face dorsal Posição Inicial
do falange proximal
Braço Móvel:- ao longo da linha média da face dorsal
da falange distal
Eixo:- face dorsal da articulação IF do polegar
Amplitude de Referência:- 0º
Posição Final de Flexão
Precauções:
Manter o punho em posição neutra;
Evitar flexão / extensão da articulação CM e MF do polegar.

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MTF-I

Fim de Movimento Normal da Flexão:


Duro:- contacto ósseo entre a falange distal e a falange proximal do polegar
Elástico:- tensão existente na face dorsal da cápsula articular e ligamentos colaterais
Fim de Movimento Normal da Extensão:
Elástico:- tensão existente no ligamento palmar e na face anterior da cápsula articular.

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