História
A mobilidade social está intimamente relacionada aos tipos de estruturas sociais, ou
seja, numa sociedade estamental (definida pelos estamentos), característica do
período feudal medieval, a pirâmide social não permitia a mobilidade social.
Assim sendo, naquele período, se o indivíduo nascesse dentro de uma família nobre,
ele morreria nobre; da mesma maneira ocorria para os outros estamentos, ou seja, os
servos, que trabalhavam para os senhores feudais, não possuíam a possibilidade de se
tornarem de outro grupo.
Além disso, os servos dos feudos, insatisfeitos com essa “imobilidade social” passaram
a frequentar locais mais próximos das cidades amuralhadas medievais (denominadas
burgos), com o intuito de adquirir uma vida melhor. Note que, os burgos anteriormente
faziam parte dos bens dos nobres e senhores feudais, que o consideravam um centro
administrativo e religioso.
Essa nova classe social formada por mercadores, comerciantes e os mais diversos
profissionais, se reuniam para vender seus produtos pelo menos uma vez por semana.
Essas aglomerações próximas às Igrejas e por vezes, dentro dos burgos, deram início
às "feiras livres", bem como foram moldando os ideais dessa nova classe que surgia, a
burguesia, e de um sistema capitalista primitivo.
Neste sentido, podemos remeter a Giddens (2005) para apresentar o conceito de mobilidade
social:
No outro exemplo de mobilidade - a vertical - o indivíduo ou grupo mudam nível ou estrato social.
Por exemplo, uma pessoa que passa num bom concurso público e outrora era integramente da
classe “C”, pode deslocar-se para a “B” ou outra classe.
Agora que vimos os principais tipos de mobilidade, podemos ver como os sociólogos analisam
estas dinâmicas. Como possibilidade de estudo podemos fazer um estudo da mobilidade social
de várias gerações diferentes ou a partir da mesma geração. Para isso temos abordagem
intrageracional e intergeracional.
Da mesma forma que o indivíduo pode ascender socialmente dentro dessa dinâmica de posições
e deslocamentos sociais, é possível ir para um nível ou estrato mais baixo. Para isso, podemos
diferenciar a mobilidade social ascendente, quando os sujeitos vão para um nível social superior
e descendente, quando vão para um nível social inferior. Ressumindo, “E o motivo todo mundo
já conhece é que o de cima sobe o debaixo desce...”
Por fim, podemos concluir que mesmo que na sociedade haja elementos estáticos, há outros que
são dinâmicos É preciso conhecer bem esta dinâmica para compreender que rumos tomaremos
como sujeitos sociais