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MANIFESTO DAS DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS CONSTRUIDO NO IV EBDCS PELOS

PARTICIPANTES NO ANO DE 2005, HOTEL RANCHO SILVESTRE, ITU/SP

Amigas e amigos da Grande Roda Brasileira, participantes do IV Encontro Brasileiro de Danças


Circulares... Sagradas, realizado de 25 a 29 de maio de 2005, no Hotel Rancho Silvestre (Embu, SP),
sob a organização do grupo Roda dos Povos constituído por Andréa Leoncini, Renata Ramos e
Sonia Lima, e com o apoio de Ana Paula Nunes, Denise Pereira, Luana Sant’Ana, Marcos Paulo
Alves, Nair Yamashita, Sandra Vianna e Welinghton Coutinho.

Agradecemos o apoio e a confiança que depositaram neste IV EBDCS onde celebramos o número
Quatro, tendo a certeza de que Liberdade e Expansão, em qualquer área de atuação ou nível de
consciência, se apóiam em pilares sólidos bem compreendidos pelo corpo, coração, mente e alma.

Levando em consideração que os pilares sólidos das Danças Circulares Sagradas poderiam ser
edificados em conjunto, e honrando os conceitos de diversidade, inclusão e cooperação, o grupo
Roda dos Povos ousou “direcionar” a Grande Roda Brasileira representada neste Encontro por
diversos Estados, na elaboração de um Manifesto, que além de clarear conceitos e posturas aos
que já fazem parte da Roda, possa servir de orientação, informação e reflexão aos que estão
chegando. A motivação para a realização do Manifesto neste IV Encontro, foi dar oportunidade
para a Roda escutar com o coração sua própria essência, possibilitando aos participantes
expressarem sua voz.

“O Círculo é um princípio e também uma forma.” Esta é a voz de Jean Shinoda Bolen em seu livro
O Milionésimo Círculo* quando ela nos convida a refletir sobre a transformação individual gerada
no Círculo que inevitavelmente se expande para o grupo e para outros círculos.

A seguir trazemos o resultado do trabalho de reflexão sobre os pilares das DCS iniciado no IV
Encontro na íntegra, conforme apresentado pelos grupos. Gostaríamos de lembrar que foi lançada
uma semente para um aprofundamento nas diversas Rodas e que este Manifesto é uma referência
e não um “documento fechado e estático”.

Final:

A Roda dos Povos acredita que cumpriu seu papel de focalizar este processo de expressão da
grande roda. As reflexões e sugestões aqui expostas fazem parte de um Manifesto que, como a
própria palavra traduz, foi elaborado por muitas mãos, em princípio, unidas na Roda da Dança e da
Vida. Vale dizer novamente, que este “documento” é uma expressão aberta e em constante
movimento.
O SAGRADO

Nós acreditamos que o sagrado é o (re)ligar do ser com a fonte, com a essência. A conexão com a
essência de cada um e o encontro com a essência do outro, através da dança, gera uma comunhão
que se expande a todos os seres. A intenção do dançarino de estar inteiramente aberto e presente
no aqui e agora, somada às formas simbólicas, circulares e ao pulsar rítmico da música favorece a
manifestação do sagrado da dança.
INTEGRAÇÃO DO SER
Nos planos físico, emocional, espiritual e mental

Nós acreditamos que...


Existem três pilares essenciais para estar presente na roda das DCS:
- Atenção – a presença constante;
- Confiança – pela entrega;
- Perdão – como permissão de errar, acertar, aprender.

Nós acreditamos que as DCS possibilitam a integração das pessoas em seus diferentes níveis:
físico, emocional, mental e espiritual.

Nível físico: possibilita o contato com o próprio corpo; melhora a coordenação motora, a
flexibilidade, lateralidade, ritmo, percepção de si mesmo e do outro, das próprias dificuldades e
das potencialidades – leva a consciência corporal, o contato e o encontro.

Nível emocional: possibilita a experimentação das próprias emoções, amplia a expressão das
emoções e dos sentimentos, aumenta a sensibilidade, melhora a auto-estima, estimula a abertura
para o outro, abre o coração para os afetos, enfatiza as emoções construtivas, como a alegria, a
confiança, trás ainda mais segurança, desenvolve a paciência, a tolerância, a aceitação do outro,
dos próprios limites, do diferente.

Nível mental: acalma a mente através da meditação ativa, desenvolve o poder de concentração,
disciplina, exercita a memória, leva a mente para o coração e o coração para a mente.

Nível espiritual: possibilita abertura de visão para além do nível físico, o contato com o sagrado,
com o eu profundo – a Unidade.

Conclusão:
As DCS possibilitam ter mais consciência de como nos movimentamos e transitamos em cada um
dos quatro planos = físico, emocional, mental e espiritual.

As DCS atraem as pessoas por entradas diferentes, por portas diversas e possibilita a descoberta e
vivência de outras experiências que podem ser integradas em outros níveis de realidade.

As DCS levam à vivência da totalidade, a experiência da inteireza, juntando o trabalho físico e


emocional pelo ritmo, a harmonia, a cooperação, a energia da roda que facilita o contato com a
natureza transpessoal de cada um e do grupo.

AS DCS criam um processo orgânico que leva a aproximação de Deus, do divino pelo caminho da
arte, da meditação ativa que alimenta a alma de forma plena e total.
AS DCS levam “de volta para casa” para nossa essência, para o nosso centro

COOPERAÇÃO
Cooperação = cooperar com o coração
Saudação Maia = In lak ech – Eu sou um outro vocês

Nós acreditamos que:


“A cooperação é o grande sentido da roda”.
- É o dar e receber das mãos pela força do olhar, pela presença de cada corpo em movimento.
- É vivenciar experiências com o outro que você não escolhe, podendo trazer o encontro comigo,
com o outro e com o grupo.
- É respeitar as diferenças: o ritmo, o passo e o espaço.
- Está na sustentação e no compartilhar do saber.
- Enfim é conectar-se ao sagrado.

A energia do coração e a luz, encontrados nos movimentos circulares se expandem na força das
ações de cada dia, de todos aqueles que dançam. A Dança Circular Sagrada como coletividade é
uma das manifestações e expressão da cooperação. A Dança Circular Sagrada é uma ação, um
fazer, respeita a diversidade, valoriza a inclusão, conectando-nos com o foco e trazendo a essência
do ser, da individualidade para a coletividade. Saber e não fazer, ainda é não saber (Ditado ZEN).
INCLUSÃO E DIVERSIDADE
Faremos nossa reflexão sobre Inclusão e Diversidade abordando dois aspectos: as DCS como um
caminho para a inclusão da diversidade e o movimento das DCS no Brasil:

01) DCS Compreendemos que as Danças Circulares criam um canal de inclusão e de respeito a
diversidade, a medida em que propiciam a conexão de cada integrante com o seu potencial e
auto-estima em relação aos outros, podendo superar suas dificuldades em constante processo de
transformação pessoal e coletiva. As Danças Circulares propiciam aos participantes, uma sensação
de pertencimento a um grupo que apresenta a qualidade de incluir a todos, ultrapassando (ou
devendo ultrapassar) a perspectiva da competição e da manifestação do ego. Ao ser
verdadeiramente incluído e ultrapassando os limites de suas dificuldades pessoais com o apoio da
roda, o participante vivencia uma experiência afirmativa e de empoderamento (percepção
concreta do “eu posso”). A dança, assim, acaba por se tornar acessível a todos (mesmo aos que
apresentam maiores dificuldades). Podemos dizer que este aspecto democrático das DCS é um de
seus maiores benefícios. Partindo da definição de saúde mental, que é a capacidade de pertencer,
queremos reforçar que a sensação de pertencimento é condição fundamental para manifestação
da saúde integral em seu amplo sentido. É condição, inclusive, para que o indivíduo possa adquirir
o poder de conquistar os outros aspectos da saúde, como a condição para o trabalho, a
socialização, o alcance a moradia digna, etc.

02) O movimento das DCS no Brasil O Brasil é um país que simboliza a própria expressão da
diversidade em todos os sentidos, sendo um espaço propício para a experiência e o aprendizado
da inclusão. As DCS são mais uma forma de se experienciar a inclusão e deveria estar presente nos
mais diferentes espaços de construção coletiva, transmitindo cultura e integrando os diferentes.
As DCS no Brasil portanto, devem significar a qualidade da inclusão à diversidade de forma
potencializada, pois que de ambos esta é a sua própria natureza.

Chegamos, neste ponto à importância do papel do movimento das DCS no Brasil.


“Há de se ter coerência”. É possível ver aplicadas as qualidades - inclusão e diversidade - nas rodas
de DCS espalhadas pelo país, se iniciarmos o propósito da real prática das referidas qualidades na
própria Roda das DCS no Brasil. Há de se esperar que os integrantes do movimento manifestem
concretamente em suas atitudes: a abertura para o novo (que também agrega), a disponibilidade,
a aceitação do diferente, a tolerância, o amor e o desejo da transformação - movimento. É
possível ver aplicadas as qualidades - inclusão e diversidade - nas rodas do país, se os integrantes
forem capazes de incluir na roda, as diversas manifestações culturais e regionais do Brasil. É
possível ver aplicadas as qualidades - inclusão e diversidade - na grande roda das DCS, se formos
capazes de assegurar a todos os interessados - mesmo aqueles com significativa dificuldade
financeira - o acesso a cursos, oficinas e Encontros (constituição de fundos, bolsas de estudo,
acesso aos portadores de deficiência, etc). Acreditamos que há um caminho, que poderemos
trilhar, que facilite o alcance dessas possibilidades. Pensamos que será importante realizar a
constituição de uma equipe representativa, rotativa e legítima estadual ou regional, com atuação
em âmbito nacional e cujo papel será o de integrar a diversidade, favorecer a articulação e a
comunicação entre os integrantes do movimento e organizar Encontros periódicos e itinerantes
que agreguem as comunidades das DCS. Deve ser missão desta equipe organizadora, busca os
mecanismos que garantam a continuidade saudável e sagrada, com maior participação do
movimento das DCS no Brasil
TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE

Nós acreditamos que: A tradição é a sustentação / base / pilar que alimenta a


contemporaneidade...

A pesquisa das raízes, da cultura dos diferentes povos é essencial para a manutenção do sagrado
nas novas criações, uma vez que é natural esse caminhar das danças ao longo do tempo. Há de se
ter extremo cuidado para que não haja a banalização nas criações musicais e coreográficas ou
mesmo nas escolhas das músicas.
TRANSMISSÃO DAS DANÇAS

Nós acreditamos que para a transmissão das danças é importante:

 A conexão com a essência do movimento das danças, mantendo o princípio a partir do qual
ela foi gerada.
 Respeito à fonte da dança, honrando a tradição a que pertence, mencionando o que é
conhecido sobre ela, como a música, a coreografia, o coreógrafo, a simbologia e os
aspectos sócio-culturais.
 Que caso haja adaptações por diferentes motivos (atingir públicos específicos, minimizar
grau de dificuldades, etc) que sejam mencionadas, não se perdendo assim o formato
original.
 Que a transmissão das danças esteja relacionada com o sagrado, a integração do ser, a
cooperação, a inclusão e respeito a tradição e a contemporaneidade.
 Não perder o conceito da ação de transmitir, ou seja, a mensagem passa pelo focalizador,
mas não é posse deste, o que requer habilidade e responsabilidade.
 Que o focalizador detenha a técnica, mas também a conexão com o trabalho das danças,
com a sua própria essência, com os valores na transmissão (cooperação, empatia,
sensibilidade, respeito, visão do coletivo entre outras), desenvolvimento da memória
auditiva, motora, musicalidade. Na dança não transmitimos apenas passos, mas também
idéias, o que implica ao focalizador enriquecer sua bagagem de vida.
 Considerar que a dança é uma ferramenta e o que fazemos com ela faz a diferença, tendo
pois diferentes alcances:
o Lúdico (prazer do ato de dançar)
o Educacional (capacidade de aprender na roda, consigo e com o coletivo)
o Filosofia de vida / cura (a partir da revisão de valores e reconstrução de um
caminho de vida)
 Que o focalizador esteja atento às necessidades do grupo, cuidando do bem estar das
pessoas nos quatro níveis (físico, emocional, mental e espiritual), escolhendo repertório
adequado, minimizando a sua ansiedade e a do grupo que possam ser geradas.
 Criar uma ambiência (clima) favorável à canalização da energia necessária para cada dança
a ser desenvolvida.
 Que além da transmissão oral e da vivência corporal se disponibilize material didático
escrito e visual, objetivando preservar características da dança (passos, história,
referências, etc)
 Também foi sugerida a criação de uma organização que centralize as premissas de
formação do focalizador, habilitando-o além de ser um centro de referência de estudos das
danças circulares sagradas.
 E finalmente que a amorosidade permeie a ação da transmissão.

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