Anda di halaman 1dari 10

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

CAIO MATHEUS
PEDRO JACOVOS
RAFAEL MACHADO
SILVANA FERREIRA
THAYNÁ BERTOLO

PSIQUIATRIA BÁSICA

Guarulhos
2019
CAIO MATHEUS
PEDRO JACOVOS
RAFAEL MACHADO
SILVANA FERREIRA
THAYNÁ BERTOLO

TRANSTORNOS PSICÓTICOS E ESPECTRO DA


ESQUIZOFRENIA

Trabalho de Psiquiatria Básica para compor a nota do semestre.


Curso de Graduação em Psicologia.
Orientador(a): Talita Cristina Somensi Dias

Guarulhos
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
TRANSTORNOS PSICÓTICOS E ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA ...................... 5
SINTOMAS OU CONDIÇÕES ................................................................................. 5
ESPECTROS DA ESQUIZOFRENIA ....................................................................... 6
PERSPECTIVA PSICANALÍTICA: “PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA
PSICOSE” ................................................................................................................... 7
TRATAMENTOS ......................................................................................................... 7
FACILITADORES ........................................................................................................ 9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 10
4

INTRODUÇÃO

O histórico conceitual da esquizofrenia foi formado ao fim do século XlX e a


descrição da demência precoce feita por Emil Kraepelin (1856-1926) estabeleceu
uma classificação de transtornos mentais que se baseava no modelo positivista da
medicina, onde seu objetivo era delinear a existência de doença com etiologia,
sintomatologia, curso e resultados comuns. Ele chamou uma destas entidades de
“demência precoce”, pois ela começava no início da vida e quase invariavelmente
levava a problemas psíquicos. Seus sintomas característicos incluíam alucinações,
perturbações de atenção, compreensão e fluxo de pensamento, esvaziamento
afetivo e sintomas catatônicos.
Criou-se efetivamente o termo “esquizofrenia” (esquizo como “divisão”,
phrenia como “mente”) que substituiu o termo “demência precoce” na literatura,
conceitualizando-no com a finalidade de indicar a presença de uma cisma entre
pensamento, emoção e comportamento nos pacientes afetados. A doença
esquizofrenia possui uma taxa de incidência mundial de 0,1-0,7 novos casos anuais
para cada mil habitantes.
5

TRANSTORNOS PSICÓTICOS E ESPECTRO DA ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é um distúrbio que afeta a capacidade do indivíduo em


pensar, sentir e comportar-se com clareza. Estima-se que uma em cada 100
pessoas sofre de esquizofrenia. Sua causa exata ainda não é conhecida, mas uma
combinação de fatores – tais quais genética, ambiente, estrutura e química cerebrais
alteradas – pode influenciar em seu desenvolvimento. A esquizofrenia é
caracterizada por pensamentos ou experiências que cindem com a realidade
(realidade pela qual é definida em um âmbito geral), trazendo falas ou
comportamentos desorganizados e participação reduzida nas atividades cotidianas.

SINTOMAS OU CONDIÇÕES
Existem dois tipos de sintomas:
 Positivos: sintomas que produzem algo; exemplo: alucinações, delírios,
distúrbio de pensamentos, etc.
 Negativo: sintomas que causam algum tipo de déficit – algo que se perde em
relação a outras pessoas; exemplo: afetividade, perda da capacidade de
autocuidado, diminuição da vontade, etc.
Os sintomas positivos se manifestam mais frequentemente em mulheres,
possuindo maior velocidade de desenvolvimento e acontecendo mais tardiamente;
os negativos, manifestam-se mais rapidamente mas desenvolvem-se de forma mais
lenta.
Mais especificamente, algumas áreas que sofrem com alterações
consequentes do transtorno são:
 Comportamento: agitação, agressão, automutilação, comportamento
compulsivo, excitabilidade, hiperatividade, hostilidade, isolamento social,
movimentos repetitivos, repetição de palavras sem sentido, comportamento
desorganizado, falta de moderação ou repetição persistente de palavras ou
ações.
 Cognição: amnésia, confusão mental, crença de que os pensamentos não são
seus, crença de que um evento comum tem um significado especial e
pessoal, delírio, desorientação, invenção de coisas, lentidão durante
6

atividades, perda de memória, transtorno de pensamento ou falsa


superioridade.
 Humor: ansiedade, apatia, descontentamento geral, despersonalização,
excitação, perda de interesse ou prazer nas atividades, raiva, entusiasmo ou
resposta emocional inadequada.
 Fala: distúrbio da fala, fala circunstancial, fala incoerente ou fala rápida e
frenética.
Além da atenção necessária quanto aos sintomas – tendo em vista que diversos
outros transtornos apresentam sintomas em comum –, é preciso também atenção
para diferenciar o que é do transtorno e o que pode ser constatado como reação
colateral ao remédio, já que as medicações em geral são produzidas a base de
dopamina, hormônio diretamente ligado as funções motoras do nosso corpo.

ESPECTROS DA ESQUIZOFRENIA
Existem diversos tipos de transtornos psicóticos englobados pela esquizofrenia,
cada um com formas originais de se apresentarem. Dentre eles, alguns dos
principais são:
 Esquizofrenia Paranoide
Delírios paranoicos, acompanhados de alucinações auditivas e outras
perturbações da percepção.
 Ebefrênica (Esquizofrenia do Tipo Desorganizada)
Tende ao isolamento social, manifestando-se mais cedo e predominando
sintomas negativos; em geral, é diagnosticada na adolescência e início da
adultez.
 Catatônica
Predominam sintomas de problemas motores.
 Indiferenciada
Atende os conceitos pra esquizofrenia, mas não se encaixa em nenhuma
classificação.
 Simples
Paulatinamente percebe-se alterações, porém sem a aparição de sintomas de
fase ativa (sintomas psicóticos manifestos, como delírios e alucinações), com o
padrão negativo manifestando-se de forma gradual. Composto por três fases:
7

prodrômica, ativa e residual. Na prodrômica: fase inicial (sintomas começam a se


manifestar), que pode durar de poucos dias a até anos; na ativa: padrões de
sintoma nítidos e proeminentes; na residual: sintomas são novamente menos
evidentes e tornam-se menos prejudiciais ao afetado.
 Esquizofreneforme, esquizoafetivo e esquizodelirante
No primeiro mês, manifesta-se o transtorno psicótico breve (ou reativo, pois
reage a algo apresentando os sintomas psicóticos); passados de um mês, após
este mês, entra o esquizofreneforme (não tem causa específica).
O termo “psicose”, atualmente, refere-se aos sintomas produzidos nos
espectros da esquizofrenia, tais quais delírios, alucinações, pensamento e fala
desorganizado, comportamento motor bizarro e inapropriado (incluindo catatonia)
etc., que indicam perda de contato com a realidade.

PERSPECTIVA PSICANALÍTICA: “PERDA DA REALIDADE NA NEUROSE E NA


PSICOSE”
Freud (1924), em obra direcionada a explanação dos assuntos neurose e
psicose, inicia o artigo lembrando que o fator decisivo para a psicose seria a
predominância do id sobre o ego. Nela, a cisão com a realidade é fator obrigatório –
algo que ocorre em duas etapas, onde a primeira visa afastar o ego para longe
enquanto a segunda busca reparar tal ação, restabelecendo as relações do
indivíduo com a realidade. Entretanto, após este processo, a força do id volta a
predominar, impedindo assim a volta ao contato com a realidade.

Em suma, a diferença básica entre a neurose e a psicose está em um fator: a


neurose não repudia a realidade, apenas a ignora; já a psicose, a repudia e tenta
substituí-la. No entanto, em ambos os mecanismos a tarefa é malsucedida, uma vez
que o que é reprimido é insubstituível e a representação da realidade acaba por ser
composta de forma deturpada e, no caso da psicose, patológica por si só, levando a
pessoa a enfermidade.

TRATAMENTOS
Por ser uma doença crônica, o tratamento apresenta-se como necessário por toda a
vida e geralmente envolve uma combinação de medicamentos, psicoterapia e
serviços de cuidados especializados. Alguns tipos de tratamentos para a
esquizofrenia são:
8

 Grupo de apoio
Um fórum para terapia e troca de experiências entre pessoas com uma
condição ou objetivo similar, como depressão ou perda de peso.
 Reabilitação Neuropsicológica
Readaptação do raciocínio para melhorar o funcionamento físico e mental
depois de uma doença ou lesão como, por exemplo, depois de uma pancada na
cabeça (concussão).
 Terapia cognitiva
Psicoterapia que se concentra na substituição de pensamentos negativos e
distorcidos por pensamentos positivos e precisos.
 Psicoeducação
Educação acerca da saúde mental que também serve para apoiar, validar e
dar confiança aos pacientes.
 Terapia familiar
Aconselhamento psicológico que ajuda as famílias a resolverem conflitos e
terem uma comunicação mais eficaz.
 Terapia comportamental
Uma terapia concentrada na modificação de comportamentos prejudiciais
associados a distúrbios psicológicos.
 Terapia de grupo
Tipo de psicoterapia na qual o terapeuta trabalha com clientes em grupo, em
vez de sessões individuais.
 Terapia Ocupacional
Tratar de portadores de distúrbios psíquicos, com o objetivo de promover a
inclusão social e ocupacional.
 Psicotrópicos
Sintomas negativos não respondem a medicações, diferentemente dos
positivos, onde os medicamentos apresentam-se como peça importante no
tratamento.
9

FACILITADORES
Em centros de prontos socorros, episódios de psicose induzida por ilícitos
e/ou medicamentos é cada vez mais comum. A emergência do tema das drogas traz
consigo seus curiosos efeitos, que relacionam-se com sintomas de diversos
transtornos – principalmente os do espectro psicótico. Substâncias como
álcoolanfetaminas, opioides, alucinógenos, inalantes, sedativos, cocaína e maconha
são grandes precipitantes destes episódios, que em geral apresentam-se de forma
momentânea mas em muitos casos não menos intensa, chegando a persistir por até
semanas perante a utilização de algumas das substâncias citadas. Na maioria dos
casos, a interrupção da droga com um medicamento ansiolítico ou antipsicótico é
eficaz. Todavia, um ambiente calmo apresenta-se também como fator importante na
intermissão de tais sintomas.
Uma pesquisa que avaliou casos médicos na Inglaterra, França, Holanda,
Itália, Espanha e Brasil, associou o consumo da maconha – a droga mais popular –
ao maior risco de desenvolvimento de transtornos psicóticos, como delírios e
alucinações. Liderado pela King’s College, de Londres, o estudo avaliou 2.138
pessoas; da lista, 901 eram pacientes que já haviam tido ao menos um surto,
enquanto os demais não possuíam registros e serviram como grupo de controle. Ao
fim do teste, como já era esperada, a incidência de episódios psicóticos entre os que
faziam uso diário de cannabis chegou a ser até três vezes maiores.
Contudo, é necessária cautela ao analisar estes episódios tendo em vista
que, como alguns jovens com tendências a esquizofrenia faz também o uso de
drogas que podem induzir a psicose, é essencial obter um histórico completo para
buscar evidências anteriores, concluindo assim se o episódio psicótico foi causado
ou não devido ao abuso de tais químicos.
10

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREUD, Sigmund - A perda da realidade na neurose e na psicose (p.205) in Obras


Psicológicas Completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira, vol. XIX –
Rio de Janeiro: Imago Ed., 1996.

CID-10, Classificação de Transtornos Mentais e de comportamento da CID10.


Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993.

BLEGER, J. Psico-Higiene e Psicologia Institucional. Porto Alegre: Artmed, 1984.

GABBARD, G. O. Psiquiatria Psicodinâmica. 2a edição, Porto Alegre: Artmed, 1998.

E. Bleuler (1911). Demencia precoz: el grupo de las esquizofrenias. Buenos Aires:


Paidós

Kuepper R, van OS J, Lieb R, Wittchen H-U, Höfler M, Henquet C, et al. Continued


cannabis use and risk of incidence and persistence of psychotic symptoms: 10 year
follow-up cohort study. BMJ. 2011;342:d738.

Anda mungkin juga menyukai