Operações Unitárias A
Toledo – PR
2015
SUMÁRIO
1. Bombas 01
4. Turbobombas 12
6. Dimensionamento de Tubulações 33
8. Bombas Alternativas 42
9. Bombas Rotativas 52
BIBLIOGRAFIA 60
“Uma longa jornada começa sempre pelo primeiro passo.”
(Provérbio chinês)
APRESENTAÇÃO
1. BOMBAS
(Moraes Jr)
2
1.2 Turbobombas
Na figura acima é possível verificar que o campo de emprego das bombas também
pode ser dado como função do diâmetro específico e da velocidade específica. Baixas
velocidades específicas indicam o uso das bombas de deslocamento positivo, enquanto
que velocidades elevadas indicam o uso das turbobombas.
4
Suponhamos uma bomba que deva funcionar com n (rpm), Q (gal/min), H (ft) e
Pot (CV). Podemos imaginar uma bomba geometricamente semelhante a esta e que seja
capaz de proporcionar uma vazão unitária sob uma altura manométrica também unitária.
Uma tal bomba se denomina bomba unidade e o número de rotações com que iria girar é
denominado velocidade específica (embora se trate de um número de rotações e não de
uma velocidade) e designado por nS.
Calcula-se a velocidade específica por:
n.Q1/2
n S 3/4
H (1)
(m)
Líquidos Limpos, Limpos, Viscosos e não Limpos e puros
operados abrasivos, com abrasivos, com abrasivos
partículas partículas
sólidas sólidas
Faixa usual de Baixa até 680 Média até Baixa até 227 Baixa até 114
3 3
vazão m /h 22.700 m /h m3/h m3/h
Com o decresce decresce Não se altera Não se altera
aumento da
pressão a vazão
Carga ou Baixa a alta Baixa a média Média até 600 Baixa a muito
pressão de (5.000 ft) (25 ft) psi ou 41 atm alta (100.000
descarga 2.163 psi para psi ou 6.800
água atm)
Viscosidade do Menor que Menor que Maior que Até 100.000
líquido (SSU*) 20.000 SSU 20.000 SSU 100.000 SSU SSU
(4.315,3 (21.576,4
centistokes) centistokes)
Usos típicos Instalações Circulação em Transporte de Alimentação de
prediais, circuito óleos minerais, caldeira,
irrigação, fechado, fluidos transporte de
resfriamento, grandes tixotróficos óleos e lamas,
suprimento de sistemas de como gorduras, muito usadas
água, esgotos irrigação melaços, colas, como bombas
pré-gradeados, compostos de dosadoras e
alimentação de celulose, tintas coletoras de
caldeira e e vernizes, amostras
extinção de fluidos
incêndio dilatantes como
(multiestágio) argamassas de
argila e amido
* SSU=cST x 4,6347
1 centistoke = 10-6 m2/s
Pr Pa (ub )
2
2. f .LT .ub 2
g.H o We 0 (2)
2 D
P Pa (ub )
2
We 2. f .LT .ub 2
r Ho (3)
g .g 2g g.D
Fazendo
tem-se:
8
(ub )
2
We Pr Pa
H o H (6)
g 2g
ou
(ub )
2
Pr Pa
H MAN H o H (7)
2g
Pr Pa
H MAN H o H (8)
H MAN Ho H (9)
H H H
U D S
(10)
2
PD u b-descarga
HD ZD
2.g (11)
2
PS u b-sucção
HS ZS
2.g (12)
P P u u
2 2
H D S
Z Z
b-descarga b-sucção
(13)
2.g 2.g
U D S
P P P P
H D S
MAN VAC (13.1)
U
Como a energia necessária para que o sistema opere deve ser igual à energia
efetiva ou útil que a bomba fornece, então HMAN deve ser igual a HU, logo a altura
manométrica do sistema pode ser obtida diretamente das medidas de um vacuômetro à
entrada da bomba e de um manômetro à sua saída.
É a energia total que o rotor deve fornecer a cada kgf de líquido. Leva em conta as
perdas de natureza hidráulica (atritos, turbilhonamentos) ocorridas no interior da bomba,
de modo que seu valor é igual à soma da altura útil com as perdas de energia no interior
da bomba.
É a energia que deve ser fornecida ao rotor por kgf de líquido escoado para que
vença o trabalho resistente mecânico desenvolvido nos mancais e ceda ao rotor a
energia total de elevação.
10
3.5 Rendimentos
Rendimento Hidráulico
H (13.2)
η
H
U
H E
Rendimento Mecânico
H (13.3)
η MEC
E
H M
Rendimento Total
H (13.4)
η TOTAL
U
H M
Rendimento Volumétrico
Q (13.5)
η
Qq q
VOL
I E
3.6 Potências
Potência Útil
Pot .Q.H
U U
(13.6)
11
Pot .Q.H
E E
(13.7)
Pot .Q.H
M M
(14)
É a potência que deve ser fornecida pelo motor, ou seja, é a potência instalada.
Num primeiro estágio, a potência instalada recomendável deve ser a potência do motor
comercial imediatamente superior à potência calculada (potência necessária ao
acionamento), tendo em vista que a fabricação dos motores ocorre para potências
determinadas, ou seja, a faixa de potências não é contínua.
A potência necessária ao acionamento será dada por:
TOTAL
4. TURBOBOMBAS
Bomba Centrífuga
Analisando a equação (16) verifica-se que existe uma relação entre Hman da
bomba e a vazão recalcada. Essa é uma das equações características da bomba, altura
manométrica da bomba versus vazão recalcada.
Dependendo das características da bomba, sua curva (H man, Q) levada a um
diagrama cartesiano poderá assumir um dos aspectos mostrados abaixo.
Atenção especial deve ser dada às bombas radiais na queda da altura manométrica
e às bombas axiais no aumento da altura manométrica.
16
Q' n'
(18)
Q n
2
H' n'
(19)
H n
3
Pot' n'
(20)
Pot n
Q2 Q'2
cte (21)
H H'
Série Homóloga
(23.1)
.
Q n D
. (23.2)
H n D
. (23.3)
Pot n D
(23.4)
. . VOL
Q n D η VOL
19
H n D η
E H
' (23.6)
. . .
M TOTAL
H(S) Ho H (9)
H Q.n
H (B) U 22 cotg 2
gPfl 60.b 2
(16)
H
H(S)
H(B)
H
Ho
A variação na curva do sistema a bomba pode ser obtida das seguintes maneiras:
- Variação da altura bruta Ho e/ou das pressões de aspiração e recalque
- Variação da perda de carga H
Bombas em paralelo
H H1 H2 (25)
P P1 P2 (26)
Q1 Q 2 1 2
2 Q1 1Q 2 (26.1)
Bombas em série
H H1 H2 (28)
P P1 P2 (29)
H H 2 1 2
1
2 H 1 1 H 2 (29.1)
Cada bomba fornecerá, por serem iguais, uma vazão QA igual à metade da vazão
total Qt, desenvolvendo a mesma pressão HA. Isoladamente, qualquer uma das bombas
trabalhará com vazão Q’ e altura manométrica HA', o que nos leva às seguintes
observações:
- Posta a operar isoladamente no sistema, a bomba recalca uma vazão maior do que
quando associada em paralelo (Q’>Q A) e requer uma potência de acionamento maior, o
que implica na necessidade de seleção de um motor capaz do atendimento desse ponto
(caso de bombas radiais).
- Igualmente importante é observar que o NPSH requerido na operação isolada é maior
que o NPSH requerido quando do funcionamento em paralelo (NPSH r’>NPSHr).
2oCaso: Sistema S2. Se a altura manométrica a ser desenvolvida for maior ou igual a
HC, a bomba B1 estará operando a vazão nula (Q1=0), não tendo, assim, sentido a
associação em paralelo.
5.1 Cavitação
P1 P0 (ub )
2
H H 01 0 (30)
2g
Isolando H tem-se:
28
P0 P1 u ub 0
2 2
H b1 H01 (31)
2g
O fenômeno de cavitação ocorre quando pvp1, assim HMAX para que não haja
cavitação deve ser:
P0 Pv u ub 0
2 2
H MAX b1 H01
2g (32)
ou
P0 Pv
H MAX Hdin H01 (33)
Patm
10 0,0012.A (34)
P0 Pv
H MAX Hdin H0 H* (35)
onde
P0 Pv
N.P.S.H.disponívelna instalação H H0 (38)
ou por definição:
29
2
Psucção v sucção Pv
N.P.S.H.disponívelna instalação (38.1)
2g
O cálculo a seguir só tem sentido quando não existir a curva de NPSH req em
função da vazão recalcada e somente é válido para pontos da curva (H man, Q) próximos
do ponto de máximo rendimento.
O valor de H* pode ser dado por:
H* .H (41)
1,2.10-3 3 n S4 (42)
sendo que
30
n Q
nS (43)
H 3/4
Observação: Além de tomar n em rpm, Q em m3/s e H em metros, lembrar que a
velocidade específica define-se para valores de n, Q e H do ponto de máximo
rendimento.
Pode-se, assim, usando as expressões acima calcular o NPSH requerido nas
proximidades do ponto de máximo rendimento.
Substituindo (43) em (42) e (42) em (41) e o resultado em (37) obtém-se:
NPSH 1,2.10 n Q
R
3 4/3 2/3
(43.1)
5.3 Escorva
Entende-se por escorva de uma bomba o ato de encher a carcaça da mesma e a
tubulação de sucção do líquido a ser bombeado, antes do acionamento do motor, sem o
que não conseguem as bombas comuns retirar o ar do seu interior e iniciar a operação de
bombeamento.
Algumas formas de escorva são:
- Manual: É a escorva feita através do cálice, colocando-se o líquido que será bombeado
diretamente na bomba.
- “By-pass”: Consiste de uma tubulação de derivação, às vezes, já fazendo parte da
própria válvula de retenção e que permite o uso da água existente acima desta válvula
para o escorvamento, bastando para tal, apenas abrir o registro do “by-pass”.
32
6. DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÕES
Equação de Bresse
D K. Q
(45)
onde D é o diâmetro da linha de recalque em m, Q é a vazão volumétrica em m3/s e K é
um fator que varia de 0,8 a 1,3. Um valor muito comum para K é 1,0. Para a linha de
sucção, adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior. Quando o diâmetro
calculado pela fórmula de Bresse não coincidir com um diâmetro comercial, é
procedimento usual admitir o diâmetro comercial imediatamente superior para a linha
de sucção e o comercial inferior para a linha de recalque.
Equação de Forscheimmer
A norma fixa a vazão mínima da bomba como sendo igual a 15% do consumo
diário. Macintyre sugere adotar como base os seguintes tempos de funcionamento para a
bomba em cada 24 horas:
Gráfico da Sulzer
onde a velocidade v é dada por valores consagrados pela prática. Veja a tabela a seguir.
p p
A z1 1 z2 2
(48)
36
- tubulações de sucção
z3 z4 V NPSH r
pa p
B
(49)
2. f .LT .ub 2
lwf
g.D (50)
16
f (regime laminar) (51)
Re
1 e / D 1,2613
4,0. log (52)
f 3,7065 Re f
(Equação de Colebrook)
onde f é o fator de Fanning.
4) Comparar o valor calculado da perda de carga (lwf) com o valor de A (ou B se for o
caso). Se for obtido
Se o valor de A (ou B) for muito maior que a perda de carga (lwf), o diâmetro adotado
foi superdimensionado e precisa ser reduzido. Em caso contrário, se a perda de carga for
muito maior que A (ou B), o diâmetro foi subdimensionado e precisa ser aumentado.
37
(a) Cálculo dos diâmetros das tubulações de sucção e recalque (item 7.1);
Cada área na figura acima representa uma região de combinação de carga total e
de capacidade onde um certo modelo de bomba pode operar. O número do modelo é
dado para cada tamanho; o primeiro número é o diâmetro da linha de descarga; o
segundo número é o diâmetro da linha de sucção e o terceiro é o diâmetro máximo do
rotor que pode ser usado na carcaça. Escolhido o modelo adequado do fabricante,
começa-se então a especificação propriamente dita no gráfico do modelo escolhido
fornecido pelo fabricante (gráfico a seguir).
Supondo Q= 40 m3/h e Hman=70ft entra-se com esses valores no gráfico fornecido
pelo fabricante. Por exemplo, a bomba de 1.750 rpm da Goulds Pumps.
O ponto em vermelho na figura acima determina a especificação da bomba. O
diâmetro do rotor será o diâmetro imediatamente acima do ponto vermelho (=9in). A
potência será de 5,5 HP, mas de acordo com o item 2.1, o coeficiente de segurança deve
ser de 20%, assim a potência será de 6,6 HP ou 6,7 CV. Verifica-se, ainda no item 2.1,
que o motor comercial acima desta potência é o de 7 ½ CV. O rendimento total será de
57% (na curva do rotor de 9 in com a vazão de 40 m3/h). O NPSH requerido será de 3,2
ft ou 0,98 m.
Como o ponto vermelho foi deslocado para a curva do rotor de 9 in, então o novo
ponto de operação passou a ser Q= 40 m3/h e Hman=79ft. Dessa forma, será necessário
um aumento de 9ft na altura manométrica do sistema, o que é um desperdício de
energia. Outra saída é a diminuição do diâmetro do rotor por usinagem (veja o item 3.4).
Nesse caso, não haverá a necessidade de se aumentar a altura manométrica. O novo
diâmetro do rotor deverá ser:
Q'
d' d. (22.1)
Q
onde d=9in e Q’=40 m3/h. O valor de Q é obtido pela intersecção da parábola de iso-
eficiência que passa no ponto vermelho (Q2/H=402/70) com a curva Q versus H do rotor
39
H O C H .H a
(53)
Depois obtemos os valores de QO referentes aos valores obtidos de carga HO por:
3/ 2
H
Q O Q a . O (54)
Ha
Em posse dos quatro pares de HO,QO plotamos esses pontos para construir a curva
da bomba (H,Q) para o fluido de interesse. Com esses quatro pontos e com a
viscosidade do fluido de interesse entra-se no gráfico abaixo e retiram-se os quatro
valores de C para a obtenção dos quatro rendimentos relativos aos quatro valores de
QO. A equação de correção é dada por:
O C . a (55)
Os quatro valores de potência relativos aos quatro valores de Q O são obtidos por:
O .H O .Q O
Pot O (56)
O
41
Quando pretende-se especificar uma bomba para operar com um fluido viscoso a
uma descarga QO e carga HO primeiro convertem-se esses valores para se obter os
valores para a água através das seguintes equações:
QO
Qa (57)
CQ
HO
Ha (58)
CH
O .H O .Q O
Pot O (56)
O
42
8. BOMBAS ALTERNATIVAS
Bomba de Diafragma
Esquema do diafragma
43
Esquema do pistão
Bomba de êmbolo
44
As bombas alternativas podem ser de simples efeito – quando apenas uma face do
êmbolo atua sobre o líquido, e de duplo efeito – quando as duas faces atuam. São ainda
classificadas em: Simplex (quando existe apenas uma câmara com pistão ou êmbolo),
Duplex (quando são dois pistões ou êmbolos), Triplex (quando são três pistões ou
êmbolos), Multiplex (quando são quatro ou mais pistões ou êmbolos).
As bombas alternativas de pistão não tem limite de pressão. São construídas para
pressões de 1000 atmosferas ou mais, bastando fazer a bomba suficientemente resistente
e o motor com a potência necessária. Apesar de imprimirem ao fluido as pressões mais
elevadas entre todos os tipos de bombas, possuem uma capacidade relativamente
pequena. A velocidade do pistão é, em geral, de 12 a 40 m/min e o percurso pode variar
de 7,5 a 60 cm. O rendimento volumétrico (volume de fluido deslocado/volume
deslocado do pistão) é constante e na faixa de 90 a 100%, portanto, se o curso do pistão
for constante, a vazão será quase invariável e não dependerá do sistema e do fluido a ser
bombeado. São recomendadas para o bombeamento de óleos, água de alimentação de
caldeira e fluidos em geral que não contenham sólidos abrasivos. Em virtude de suas
características de deslocamento positivo é também prático o seu uso como bombas
dosadoras e medidoras de vazões moderadas. São auto-escorvantes ou auto-aspirantes,
não necessitando ser preenchidas com o fluido a ser bombeado para o início da
operação. Podem funcionar como bombas de ar, fazendo vácuo, se não houver líquido a
aspirar. Recomenda-se que a velocidade da água no tubo de aspiração seja de
aproximadamente 1,5m/s para linhas curtas (<50m) e de 0,75m/s para linhas longas.
Para o tubo de descarga a velocidade de 1,5 a 2m/s nas linhas curtas e de 1m/s nas
linhas longas. Indica-se o uso de válvulas de alívio graduadas para pressões
ligeiramente superiores à máxima pressão de operação da bomba.
As bombas de pistão de ação direta têm sido preferidas para o bombeamento de
concreto no Brasil.
A bomba de diafragma pode ser acionada mecanicamente, pneumaticamente ou
hidraulicamente. Essa bomba elimina todas as gaxetas e selos expostos ao líquido
bombeado. O diafragma pode ser feito de qualquer material flexível (metal, borracha ou
plástico), que seja resistente ao líquido. As bombas de diafragma são usadas para
bombear suspensões abrasivas e líquidos muito viscosos, embora operem com líquidos
de qualquer viscosidade.
Quanto ao acionador
Neste caso, classificam-se em:
- bombas de força – quando o acionador é um motor elétrico ou de combustão interna;
- bombas de ação direta – quando o acionador é uma máquina de vapor que movimenta
diretamente o pistão de líquidos, dispensando a necessidade do sistema biela-manivela.
π.D 2
V d
.L (57)
4
ou
π.D 2
V d
.2R (58)
4
sendo D o diâmetro do pistão, L o curso do pistão e R o raio do conjunto biela-
manivela.
Para uma bomba com dois cilindros de duplo efeito, como apresenta a figura a
seguir,
π.D d 2 2
V
d
.L (58.1)
2
VAZÃO MÉDIA
Q V .n. d V
(59)
Q MÁXIMA
K.Q MÉDIA
(59a)
onde K=3,2 para bombas simplex, 1,6 para bombas duplex, 1,1 para bombas tríplex e
K=1 para bombas multiplex.
47
VAZÃO INSTANTÂNEA
D 2
Q .w.R.sen (60)
4
onde w é a velocidade angular da manivela.
O líquido na linha de sucção ou descarga de uma bomba alternativa tem que ser
acelerado, pois o fluxo varia com o tempo. A queda de pressão instantânea necessária
para acelerar a massa de fluido na descarga é denominada de carga de aceleração.
Considere a figura a seguir que ilustra o sistema de sucção de uma bomba alternativa e o
instante logo após a bomba ter iniciado o seu curso de sucção.
49
L L
V S . cos2nt (61)
2 2
C
dV
Q .S .L.n.sen2nt
C
(62)
dt
A velocidade instantânea na linha de sucção no instante t será:
Q dx .S .L.n.sen2nt
ub SUCÇÃO
C (63)
A dt
SUCÇÃO
A SUCÇÃO
d x 2 .S .L.n .cos2nt
2 2 2
a C (64)
dt A
2
SUCÇÃO
2 .S .L.n 2 2
a C (65)
MÁXIMA
A SUCÇÃO
F m.a MÁXIMA
P P .A
A B SUCÇÃO
(66)
2 .S .L.n 2 2
P .L S
C (67)
MÁXIMA
A SUCÇÃO
P L 2 .S .L.n 2 2
ha MÁXIMA
S C (68)
g A SUCÇÃO
NPSH disponível
P P (69)
N.P.S.H. 0 v
H H
disponívelna instalação
SUCÇÃO
P P (70)
N.P.S.H. 0 v
H ha
disponívelna instalação
Para bombas tríplex há necessidade de computar o efeito dos dois fatores e o
NPSH disponível será:
P P ha (71)
N.P.S.H. 0 v
H H
disponívelna instalação
SUCÇÃO
2,7
sendo que a perda de carga na sucção (Hsucção) deve ser calculada com 90% da vazão
média.
Tendo em vista que o NPSH disponível nesta segunda hipótese depende das
características da bomba, é necessário solicitar ao fabricante que inclua a carga de
aceleração (ha) a fim de verificar se a bomba escolhida possuirá um NPSH requerido
inferior ao NPSH disponível.
Potência Motriz
η
M
TOTAL
η TOTAL
η .η .η VOL H MEC
(71.2)
9. BOMBAS ROTATIVAS
Bomba de Engrenagens
Bomba de Palhetas
53
Bomba de Lóbulos
Bomba Parafuso
Alguns modelos operam com vazões de até 300 m3/h e pressões de até 24atm. São
auto-aspirantes (até 8 m.c.a.) e usadas principalmente para o transporte de massas
cerâmicas, chocolates, graxas, extrato de tomate, polpas de frutas e suspensões de
amido. Operam com materiais muito viscosos (até um milhão de centipoise),
temperaturas de até 300oC e com elementos fibrosos ou partículas sólidas.
54
De um modo geral, a vazão efetivamente bombeada por uma bomba rotativa pode
ser computada da seguinte forma:
Q V .N Q d F
(72)
Q.P
Pot (73)
9.2 Controle da vazão
Avaliando a equação 72 é possível verificar que a vazão só pode ser alterada se
houver meios para modificar o volume deslocado ou a rotação. Sempre haverá,
naturalmente o recurso extra da recirculação. No caso de variação da rotação são
sugeridas as seguintes correções:
N
Q Q Q (74)
2 1 F
Q 2
F
N 1
N N
1,5
N N
2 1 1 1
1 1
Q P P (76)
Pot.abs 1 d1 S1
η
1
Pot.ced V .N P P
1 d 1 d1 S1
(77)
- rendimento, Pe - Potência
2.f.L.u 2
(78)
Perda B
g.D
ub 2
Perda K. (79)
2.g
f 16 / Re
(80)
onde Re=.DH.v/µ, sendo v a velocidade média do escoamento e D H o diâmetro
hidráulico dado por DH=4A/P, onde A é a área molhada e P é o perímetro molhado. Para
um tubo de seção transversal circular DH=D.
Já para o escoamento turbulento existem muitas equações, mas uma das mais
conhecidas é a de Colebrook
1 e / D 1,2613 (81)
4,0. log
f 3,7065 Re f
Outra maneira de se obter o fator de atrito para os regimes laminar, de transição
ou turbulento é através do Gráfico de Moody.
59
1
A.logB.Re .f E F
C D (82)
f
onde A, B, C, D, E e F são constantes que dependem das propriedades reológicas dos
fluidos.
Os fluidos que seguem o modelo da lei da potência (Ostwald de Waele) dado por:
k . n
(83)
onde é a taxa de cisalhamento e é a tensão cisalhante, têm seu fator de atrito dado
por:
.logRe .f 0n,4
1 4 2-n
MR
2 (84)
f n 0,75 1, 2
Re
k 6n 2
n
MR
8 n
onde k é o índice de consistência e n é o índice de comportamento do fluido da equação
(83). Quando a equação (83) possui n=1, então tem-se um fluido newtoniano e k passa a
ser a viscosidade dinâmica µ.
Bombas – Prof. Marcos Moreira 60
BIBLIOGRAFIA