CONTEÚDO (cont.)
• Base do motor
• Suporta o eixo de manivelas com os rolamentos
• Reservatório de óleo
• Suporta os cilindros, cabeçote
• Deve ter alta resistência para evitar desalinhamento do eixo de
manivelas e seus rolamentos
• Normalmente são feitos de liga de alumínio fundidas ou forjadas ou aço
forjado
• Recebe as fixações do berço que fixa o motor à aeronave
• Também suporta a maioria dos acessórios do motor e até a caixa de
redução da hélice
CABEÇOTE
Aloja a câmara de combustão, velas de ignição, válvulas de admissão e
escape
Possui as sedes e buchas das válvulas, buchas das velas, feitas em
bronze ou aço
Tem de dissipar o calor da combustão, possuindo aletas se refrigerado a
ar e dutos quando refrigerado a líquido
A maioria é feita de liga de alumínio forjada ou fundida
CILINDRO
• As paredes do cilindro tem de ter elevada resistência e dureza para
resistir ao desgaste, sendo normalmente de aço endurecido por
nitretamento
• As paredes do cilindro podem ser inseridas no bloco, no caso de camisas,
ou usinadas no próprio bloco.
• A rugosidade da parede é controlada para permitir a presença de um
filme de óleo para reduzir o atrito e evitar o desgaste
• Tem de dissipar o calor da combustão, possuindo aletas se refrigerado a
ar e dutos quando refrigerado
UNATEC – Manutenção a líquido
de Aeronaves (prof. Guilherme Lima) 7
16.1 – Componentes dos motores alternativos (cont.)
EIXO DE MANIVELAS
Virabrequim, ou girabrequim
Transforma o movimento
alternativo do pistão e da
biela em movimento
rotativo, para acionamento
da hélice
Geralmente forjados em
ligas muito
resistentes, tais como aço
cromo-níquel-molibidênio
tem três partes principais:
Moente Munhão Contra-peso
munhão, pino da manivela
(moente) e braço da
manivela
Braço da manivela
PISTÃO
• Suporta altas temperaturas, sendo feito de
liga de alumínio forjado e depois usinado
• Possui até 3 anéis de compressão na parte
superior e abaixo tem os anéis de controle
de óleo (os anéis de segmento são
normalmente feitos de ferro fundido ou aço
cromo)
• Os anéis de segmento devem se desgastar
antes das paredes dos cilindros
• Possui aletas internas para transferir o calor
da combustão para o óleo
• Aloja o pino do pistão que une este à biela
BIELA
Transmite o movimento do pistão ao
virabrequim
A maioria é feita de liga de alumínio
forjada, possuindo uma seção em ”I”
VÁLVULAS
Admissão: permite a passagem da mistura ar-
combustível´para o interior do cilindro, durante a
admissão.
Escape: permite a saída dos gases do interior do
cilindro após a combustão
A maioria é feita de liga de aço cromo-níquel,
cobalto-cromo e algumas pode ser ocas
preenchidas com sódio
Comando de válulas no
cabeçote (superior)
Comando de válulas
UNATEC – Manutenção de Aeronaves (prof. Guilherme Lima)lateral (boxer) 10
16.1 – Componentes dos motores alternativos (cont.)
Mecanismo de acionamento das válulas
Comando de válulas lateral (em linha) Comando de válvulas no cabeçote
Revisão Virabrequim
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16.3- ETAPAS DA REVISÃO
ATENÇÃO:
Extremo cuidado deve ser tomado ao se usar qualquer solução que
contenha componentes com soda cáustica. Tais produtos, além de
serem potencialmente corrosivos ao alumínio e ao magnésio, podem
impregnar-se no metal e causar espuma no óleo quando o motor
voltar a funcionar.
ATENÇÃO:
Antes de jatear as peças, proteger os orifícios de
lubrificação e superfícies de contato usinadas, exceto as
sedes das válvulas.
O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) proibiu
desde 2004 o jateamento com areia, por ser gerador
de uma elevada concentração de sílica cristalina
(quartzo), responsável por uma alta incidência de
quadros graves de silicose e câncer.
Jateamento
Visual
Lupa
Câmara digital
Microscópio
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INSPEÇÃO VISUAL (cont.)
Boroscópio digital
Boroscópio ótico
Boroscópio digital
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16.7- INSPEÇÃO (cont.)
INSPEÇÃO DIMENSIONAL
Micrômetro mecânico
Escala metálica
Paquímetro
mecânico
Micrômetro digital
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INSPEÇÃO DIMENSIONAL (cont.)
Relógio
comparador
mecânico
Relógio
comparador
digital
Laser Tracker
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16.7- INSPEÇÃO (cont.)
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS - END
ATENÇÃO:
Conforme a IS 145.163-001 Rev.A (Instrução Suplementar) do RBAC
145, somente poderão aprovar ou rejeitar peças por END, profissionais
com certificação nível II ou III na norma NAS-410 (National Aerospace
Standard), ou NBR equivalente.
Realização do ensaio
Estudar os documentos aplicáveis (Normas técnicas, manual do
fabricante, boletins de serviço, procedimento de ensaio, etc.)
Antes de se iniciar o ensaio, a superfície deve ser limpa e seca.
Não devem existir água, óleo ou outro contaminante.
Contaminantes ou excesso de rugosidade, ferrugem, etc,
tornam o ensaio não confiável.
Aplicar o líquido chamado penetrante, geralmente de cor
vermelha, de tal maneira que forme um filme sobre a superfície
e que por ação de capilaridade penetre na descontinuidade.
Aguardar de 5 a 10 minutos para que a penetração se
complete.
Remover o excesso de líquido da superfície.
Aplicar o revelador sobre a superfície. O revelador é
usualmente um pó fino (talco) branco. Pode ser aplicado seco
ou em suspensão, em algum líquido.
Realização do ensaio
Produtos para LP
Realização do ensaio
A
A - Magnetização induzida
(campo magnético externo)
B A
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ENSAIO POR PARTÍCULAS MAGNÉTICAS (cont.)
ATENÇÃO:
Recomenda-se utilizar para peças aeronáuticas
partículas fluorescentes pela via úmida.
O magnetismo residual interfere com
instrumentos sensíveis de medição ou
navegação, colocando em risco a operação dos
equipamentos uma vez que, as leituras obtidas
não correspondem à realidade.
Há registros de acidentes aéreos por
interferências de campos magnéticos de trens
de pouso nos instrumentos de navegação da
aeronave.
Desmagnetização:
Passar a peça pelo interior de bobinas percorridas
por corrente alternada por determinado período e
reduzir gradualmente a corrente a zero
Magnetização Induzida
Realização do ensaio
Realização do ensaio
Vantagens: Desvantagens:
Sensível à presença de Somente peças eletricamente
pequenas trincas e outras condutoras
descontinuidades. A superfície da peça deve permitir o
Detecta descontinuidades acesso da sonda
superficiais e sub-superficiais O treinamento de operadores é mais
Maior parte dos equipamentos complexo
são portáteis Necessita de vários padrões para os
A preparação da peça para ensaios
ensaio é simples Permite somente inspeção de
A sonda não precisa ter contato profundidades próximas à superfície
direto com a peça em exame O acabamento superficial pode
Permite inspeção de peças com interferir nos resultados
geometria complexa Necessita de gabaritos para exame de
superfícies complexas
Vantagens:
• O método ultrassônico possui alta sensibilidade na detectabilidade de pequenas
descontinuidades internas, como trincas devido a tratamento térmico, fissuras e
outros de difícil detecção por ensaio de radiações penetrantes (radiografia ou
gamagrafia).
• Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários, agilizando
a inspeção.
• No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo de
revelação do filme, que via de regra demanda tempo do informe de resultados.
• Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio ultrassônico não
requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para sua
aplicação.
• A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades
encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que outros
exames não definem tais fatores.
• Por exemplo, um defeito mostrado num filme radiográfico define o tamanho
mas não sua profundidade e em muitos casos este é um fator importante para
proceder um reparo.
Desvantagens:
Requer grande conhecimento teórico e
experiência por parte do inspetor.
O registro permanente do teste não é
facilmente obtido.
Faixas de espessuras muito finas, constituem
uma dificuldade para aplicação do método.
Requer o preparo da superfície para sua
aplicação. Em alguns casos de inspeção de
solda, existe a necessidade da remoção total
do reforço da solda, que demanda tempo de
fábrica.
Raios X
(+)
Catodo (-)
Raios Gama
IRRADIADOR
Radioscopia
É usada para se detectar a radiação que emerge da peça, numa tela
fluorescente.
As telas fluorescentes se baseiam no princípio que determinados sais
(ex. tungstato de cálcio), possuem a propriedade de emitir luz em
intensidade mais ou menos proporcional à intensidade de radiação
que incide sobre eles .
A radiação é emitida de um tubo de raios X, colocado no interior de
um gabinete blindado, atravessando a peça e indo atingir uma tela
fluorescente. Este, por sua vez, transforma as intensidades de
radiação que emergem da peça em luz de diferentes intensidades,
formando na tela a imagem da peça. Essa imagem é captada por
uma câmara de TV.
Deste modo, o inspetor visualiza a imagem no monitor de TV,
distante o suficiente para garantir sua segurança radiológica,
podendo ainda, gravar as imagens as imagens.
Diferentes modos de
excitação externa em
Shearografia:
(a) Vibracional (inclui
ultrassom)
(b) Pressão (+/-)
(c) Mecânica
(d) Térmica
Inspeção de Pneus
Esta técnica desenvolveu-se a partir de 1985.
O ensaio consiste em instalar o pneu numa câmara de vácuo, onde é estabelecida
uma baixa pressão (da ordem dos 50 a 200 milibar). A esta baixa pressão, as zonas
do pneu com defeitos (bolhas ou separações) originam deformações.
Um processo de medição holográfico, que produz imagens a três dimensões, permite
registar e visualizar essas deformações associadas a zonas defeituosas do pneu.
Vantagens: Aplicações:
Inspeção global, não pontual; Aeronáutica, manutenção de peças
Sem contato do sensor; em serviço e inspeção de defeitos
Grande sensibilidade; de produção;
Rapidez; Aerogeradores, normalmente
construídos com materiais
Permite ensaios em campo;
compostos, inspeção e reparação
Acesso a apenas um lado da dos mesmos;
peça;
Desenvolvimento e pesquisa de
Insensível à geometria da peça; materiais, usados para
Adequado para grandes determinação da estrutura interna
superfícies; dos materiais compostos;
Pode ser automatizado; Inspeção de bolhas, deformações e
Permite realizar histórico da delaminações em pneus novos, em
peça; serviço, ou usados a serem
recapados.
Permite avaliação da extensão e
severidade de danos e defeitos.
Tomografia Industrial
• Assim como na radioscopia convencional, a
tomografia industrial também não utiliza o filme
radiográfico para registro dos resultados.
• A peça é exposta a um feixe estreito de Raios X
giratório que atravessa a peça em vários planos ,
projetando sua imagem processada por computador,
num monitor.
• Este processo é feito por um complexo sistema que
permite visualizar a imagem de uma peça em 3D e
permite separar por planos ou camadas a peça.
TABELA COMPARATIVA
Custo
Insumos
Médio Médio Zero Baixo Médio Zero Zero Zero
Custo
Operacional
Médio Baixo Baixo Médio Alto Médio Médio Alto
Materiais
Metálicos e Só Metais
Material que Qualquer Qualquer Qualquer Qualquer
Inspecionado
não ferromagné- ferrosos e
conduze material material material material
metálicos ticos não ferrosos
m som
Superfície e
Local
Defeitos
Superfície sub- Superfície Internos Internos Superfície Internos Internos
superfície
Preparador Preparador
Preparador Limpeza Limpeza Limpeza Náo requer Limpeza Limpeza
qualificado qualificado
Qualifica
Operador Treinado Treinado Qualificado Qualificado Qualificado Qualificado Qualificado
-do
Material
Pintado
Não Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim