CURSO DE PEDREIRO
1
Unidade I – Locação da Obra
Figura 1
2
Figura 2: Principais instrumentos e ferramentas utilizadas na locação de uma obra.
Para facilitar e metodizar a marcação dos pontos importantes da construção costuma-se usar
um dos seguintes processos: piquetagem direta, cavaletes, tabeira ou tapume.
A piquetagem direta consiste em medir e marcar com um piquete cada ponto importante,
ou seja, de pilares, paredes, fundações etc., com o auxílio de um teodolito, e estadia (régua
graduada especial para topografia) ou trena, régua, nível de tubo e prumo.
Figura 2 Piquete usado para a marcação de pontos importantes no terreno, vendo-se a tacha em
seu topo que marca com maior precisão o ponto.
3
Figura 3
Unidade II – Fundações
A parte do prédio destinada a receber seu peso, transferindo-o para o solo e resistindo às
reações do mesmo, sem que os esforços produzidos pelo peso do prédio causem roturas no
terreno, recebe o nome de fundação.
É a primeira parte do prédio a ser construída, ficando em contato direto com o solo. Cada
tipo de fundação e seu dimensionamento dependem do tipo do solo que o apoiará e a carga que
receberá.
• Superficial: Direta
Radier
_ Sapata: é uma fundação direta, de concreto armado, com a forma a forma aproximada de uma
placa sobre a qual se apóiam colunas, pilares ou mesmo paredes.
_ Bloco: é uma fundação direta, se assemelhando a uma sapata com grande espessura,
formando assim um maciço que dispensa armadura no concreto.
5
Figura 5
_ Radier: é uma placa sobre a qual se apóiam as vigas e sobre estas as paredes e os pilares.
Se o terreno firme está à grande profundidade, a mais de 6 metros de fundo, deve ser
indicada uma fundação profunda.
6
_ Estacas de concreto pré-moldado: São fabricadas previamente e transportadas
prontas para o local da obra, sendo mais resistentes e duráveis.
_ Estaca Strauss: é um tipo confeccionado no próprio local onde será empregada. O método
consiste em enterrar um tubo de aço no solo com um pequeno bate-estaca. Enterrado o tubo, este
vai sendo retirado ao mesmo tempo em que se vai enchendo o orifício com o concreto
7
_ Estacas Franki: consiste em empregar um tubo de aço, batendo com o bate-estaca, num
tampão de concreto ou areia colocado no fundo do tubo. O tubo vai descendo forçado pelo atrito
do tampão no interior do mesmo até a profundidade determinada.
8
Uma edificação precisa de uma parte que suporte os pesos das pessoas, instalações,
móveis, força do vento, peso da água da chuva, peso da neve.
A estrutura do prédio é o conjunto de peças destinadas a formar um quadro
suficientemente forte e resistente, que possa suportar todas as forças exercidas pelo peso dos
elementos constituintes do prédio, acrescido das cargas acidentais.
9
começa a reagir quimicamente temos inicialmente a pega; quando aumenta o endurecimento do
cimento com o passar do tempo temos a cura.
O cimento deve ser de boa qualidade, novo e bem cuidado na armazenagem; a areia deve
ter tamanho correto e ser limpa; a pedra britada dever ser forte, limpa e com tamanhos
adequados.
O aço quando colocado no interior do concreto, funciona como armadura e tem que estar
de acordo com o esforço que a peça devera suportar.
Para confeccionar peças de concreto simples ou armado, é preciso uma forma
(normalmente de madeira) com as dimensões necessárias.
Os ferros de construção (aços usualmente usados no concreto) são vendidos em varas ou
rolos, sendo as mais comuns as varas de 12 metros, classificados em CA-50 e CA-60 (os mais
comuns) de acordo com sua resistência.
Chamamos de traço a relação entre as quantidades de cimento, areia e brita (pedra).
10
Figura 11: Quadro de dados das dosagens para cada tipo de concreto e aplicação do mesmo.
Figura 12
11
Figura 13
Unidade IV - Alvenaria
Consideramos alvenaria os elementos da construção civil resultantes de blocos sólidos
(tijolos cerâmicos, por exemplo) colocados lado a lado, unidos por argamassa ou não, destinados
a suportar pesos e vedar uma edificação.
A alvenaria mais comum é a de tijolos de barro cozido. É a que constitui as paredes de
uma casa. Geralmente, é formada pelos tijolos arrumados na vertical, ou seja, no prumo, presos
uns aos outros com argamassa (mistura formada por cimento e areia). O cimento da argamassa,
ao endurecer, une os tijolos.
12
Figura 14: Exemplo de planta baixa de arquitetura.
13
IV.1.2- Tijolo Furado:
É mais leve e rende mais. São usados largamente em paredes de prédios pequenos,
telhados e caixa d’água. Possui as seguintes dimensões normais de 20 x 20 x 10 cm e uma
parede de 1 m² utiliza 45 unidades (20x20x10 cm).
14
Além dos tijolos de barros, temos também os blocos de cimento com várias formas e
tamanhos, de modo a constituir uma alvenaria mais regular e forte.
IV- 2- Argamassa
É uma mistura constituída de cimento, areia e água que serve para unir os blocos
definitivamente, para formar as alvenarias, revesti-las ou forrá-las. Hoje em dia já existem no
mercado produtos com a mistura pronta, facilitando a dosagem do material.
Misture apenas a quantidade suficiente para 1 hora de aplicação. Esse cuidado evita que a
15
• Argamassa misturada a mão
Figura 17
Figura 18
16
• Argamassas prontas
17
1º_ Colocar uma primeira fiada de tijolos com argamassa, controlando com o prumo e o nível, de
modo que fique com a parede fique perfeitamente no nível;
2º_ nas extremidades da parede suspendem-se prumadas de guia, controlando com o prumo, de
modo que fiquem bem alinhada, os tijolos são sempre colocados alternados, em mata-juntas;
3º_ Com as prumadas-guias como base, esticando um barbante ou fio de náilon, construindo a
parte superior de cada fiada de tijolos, os quais são agora aplicados tendo o fio como referência,
desde uma prumada até a outra. A parede vai ser construída formando um plano.
As quantidades de massa entre os tijolos não devem ser excessivas e as espessuras não
devem ultrapassar 1,5 cm.
Uma parede bem executada é plana, vertical, sem ondulações e necessita sempre de
pouca argamassa para revestimento.
18
Figura 21: Detalhe da amarração de uma parede.
19
Figura 23: Detalhes da amarração de uma parede de alvenaria na estrutura de concreto armado.
A boa prática recomenda fazer uma cinta de amarração na última fiada das paredes
(respaldo). Mas lembre-se de deixar passagens para canos e conduítes (eletrodutos) na cinta de
amarração.
20
Figura 24
Lembre-se de chumbar tarugos de madeira nas bordas dos vãos. Os batentes de portas e
janelas, que serão instalados depois, vão ser pregados nesses tarugos. Use uma argamassa bem
forte de cimento e areia (1 parte de cimento e 3 partes de areia) para chumbar os tarugos.
Figura 25
Muitas vezes precisamos utilizar elementos diversos para construir uma parede que
permita a passagem de ar, porém barre a passagem de pessoas e impeça a visão. Outras vezes
acontece o contrário, desejamos deixar passar luz, porém impedimos a passagem de pessoas e
do vento.
Existem blocos de cerâmica, concreto pré-moldado, que permitem confeccionar paredes.
21
Figura 26: Elemento vazado de cimento.
22
Figura 28: Tijolo de vidro.
V – Revestimentos
O revestimento mais usado é feito com argamassa. O ideal é fazer três camadas:
chapisco,emboço e reboco. Antes de aplicar a primeira camada, tape os rasgos feitos quando
foram colocados os encanamentos e os conduítes. Espere cada camada secar, antes de aplicar a
seguinte.
23
Figura 29
24
Figura 30
ATENÇÃO:
25
V.II – Revestimento de pisos
26
Figura 31
27
Figura 32
ATENÇÃO:
Figura 33
28
ATENÇÃO:
29
BIBLIOGRAFIA DE APOIO
ALMEIDA REGO, N.V. – Tecnologia das Construções. Ed. Ao Livro Técnico: RJ, 2002.
ASSED, J.P., ASSED, P.C. Construção Civil – Metodologia Construtiva, Ed. Livros Técnicos e
Científicos: RJ, 1988.
CARDÃO, C. Técnica da Construção Civil. Vol. I. Ed. Edições Engenharia e Arquitetura – BH.
1988
CARDÃO, C. Técnica da Construção Civil. Vol. II. Ed. Edições Engenharia e Arquitetura – BH.
1988
30
CREDER, H. Manual do Instalador Eletricista. Ed. Livros Técnicos e Científicos:RJ, 1995.
CRUZ, L.F., RIBEIRO M. F., LAMAS, S. Bombeiro Hidráulico. FAETEC – Fundação de Apoio à
Escola Técnica Fundação CECIERJ. Consórcio CEDERJ. 2007.
MANUAL TÉCNICO TIGRE – Orientações sobre Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Ed. Pini:
SP, 1982.
MANUAL DO FISCAL DE OBRAS. 2ª edição. Ed. Livros Técnicos e Científicos: RJ, 1983.
ROUSSELET, E.S., FALCÃO, C. A Segurança na Obra. Ed. Interciência, Ltda: RJ, 1999.
SENAI – RJ. Apostilas: Carpinteiro de Formas, Armador, Pedreiro, Eletricista Predial, Bombeiro
HIdráulico. 2000 a 2002.
31