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14/08/2018

Universidade Federal do Amapá - Unifap


Curso de Engenharia Elétrica
Introdução à Metodologia da Pesquisa Científica e Tecnológica

 1. Leitura Analítica
 2. Esquema do Texto
 3. Fichamento
 4. Resumo
 5. Resenha

Generalidades
 São muitas as dificuldades que os
estudantes enfrentam na compreensão de
textos teóricos, uma vez que estão
acostumados à leitura de textos não-
teóricos e, diante das dificuldades
encontradas, logo desanimam.

 Procuraremos indicar alguns caminhos que


possibilitem a superação dessas dificuldades
do estudante-leitor ao se deparar com
leituras de textos teóricos.

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Para Severino*, a leitura analítica é um método


de estudo que consiste em cinco etapas:
Análise textual
Análise temática
Análise interpretativa
Problematização

Síntese pessoal
* SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Cortez, 2002. p. 47-61.

Preparação do texto para a leitura.


Requer o levantamento esquemático da
estrutura redacional do texto.
Objetiva mostrar como o texto foi organizado
pelo autor, permitindo uma visualização global
de sua abordagem.
Deve-se buscar esclarecimentos para o melhor
entendimento do vocabulário, conceitos
empregados no texto e informações sobre o
autor.

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Compreensão da mensagem do autor. Requer a


procura de respostas para as seguintes questões:
 De que trata o texto?
 Qual o objetivo do autor?
 Como o tema está problematizado?
 Qual a dificuldade a ser resolvida?
 Que posições o autor assume?
 Que idéias defende?
 O que quer demonstrar?
 Qual foi o seu raciocínio, a sua argumentação?
 Qual a solução ou a conclusão apresentada pelo
autor?

Interpretação da mensagem do autor.


Requer análise dos posicionamentos do autor
situando-o em um contexto mais amplo da
cultura em geral.
Deve-se fazer avaliação crítica das idéias do
autor observando a coerência e validade de sua
argumentação, a originalidade de sua
abordagem, a profundidade no tratamento do
tema, o alcance de suas conclusões...
... E, ainda, fazer uma apreciação pessoal das
idéias defendidas.

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É a discussão do texto.

Objetiva levantar e debater questões explícitas


ou implícitas no texto e debater outras questões
afins.

Deve-se retomar todo o texto para fazer o


levantamento dos problemas considerados
relevantes para a reflexão pessoal e,
principalmente, para a discussão em grupo.

É a reelaboração pessoal da mensagem do


autor.

A mensagem é desenvolvida mediante uma


retomada pessoal do texto, baseada em
raciocínio próprio.

Deve levar à elaboração de um novo texto, com


redação própria apresentando discussão e
reflexão pessoais.

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Preparação do texto - Visão de conjunto -


Busca de esclarecimento (Vocabulário/
1. ANÁLISE TEXTUAL Doutrina/Fatos/Autores) – Esquematiza-
ção do texto

Extraído de SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.


Compreensão da mensagem do autor
2. ANÁLISE TEMÁTICA (Tema/Problema/Tese/Raciocínio/Idéias
secundárias)

22. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cortez, 2002. p. 61.


Interpretação da mensagem do autor
3. ANÁLISE (Situação filosófica e influências/
INTERPRETATIVA Pressupostos/Associação de idéias/
Crítica)

Levantamento e discussões de
4. PROBLEMATIZAÇÃO problemas relacionados com a
mensagem do autor

Reelaboração da mensagem com base


5. SÍNTESE na reflexão pessoal

 Consiste na leitura para que o leitor adquira


uma visão de conjunto e de subtemas
desenvolvidos pelo autor.

 Há a necessidade de sublinhar as palavras-


chaves dos parágrafos que respondam a
seguinte pergunta:
De que fala o parágrafo?

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Atenção!!!

 Esquema não é o mesmo que resumo!

 Você deve se expressar, preferencialmente,


através de frases curtas e não em períodos que
juntos comporão um pequeno texto.

Modelos gráficos para um esquema de texto:

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 O fichamento é uma excelente


maneira de manter um registro
de tudo que você lê.

 Apresenta o resumo das idéias do autor com


vocabulário próprio e estruturação lógica
(introdução, desenvolvimento e conclusão) e,
além disso, a interpretação do texto, o que
pressupõe o questionamento das posições
assumidas pelo autor e a relação destas com
outras abordagens.

Mas, afinal, o que é fichamento?

Para explicar o que é fichamento é melhor


explicar antes o que não é:

Fichamento não é resumo, embora possa


conter resumos.

Fichamento não é paráfrase, embora possa


conter paráfrases do autor.

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A seguir, algumas dicas úteis de como fazer um


fichamento:

a) Fichamento de uma obra ou texto

Deve conter os seguintes itens:

Referência.

O que você entendeu a respeito do conteúdo


do texto.

Frases literais (opcional).

b) Fichamento de um tema

Deve conter os seguintes itens:


 O tema.
 Referência de uma obra.
 O que você entendeu sobre o que o autor
disse a respeito do tema.
 Frases literais do autor.
 Referência de outra obra.
 O que você entendeu a respeito do que o
outro autor disse a respeito do tema.
 ... e assim por diante.

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 Tipos de fichamento.

Fichamento bibliográfico
É a descrição, com comentários dos tópicos
abordados em uma obra inteira ou parte dela.

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história


do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense,
1993.
A obra insere-se no campo da história e da
antropologia social. A autora utiliza-se de fontes
secundárias colhidas por meio de livros, revistas e
depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica.
Aborda os aspectos históricos da condição feminina
no Brasil a partir do ano de 1500. A autora descreve
em linhas gerais todo o processo de lutas e
conquistas da mulher.

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Fichamento de conteúdo
É uma síntese das principais idéias contidas na obra. O aluno
elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi dito.

Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30 – 132).


Segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do
feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993.
O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na
própria vivência nos movimentos feministas, como relato de
uma prática.
A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas
entre Brasil Colônia (1500 – 1822), até os anos de 1975 em
que foi considerado o Ano Internacional da Mulher.
A autora trabalha ainda assuntos como mulheres da periferia
de São Paulo, a luta por creches, violência, participação em
greves, saúde e sexualidade.

Fichamento de citações
Transcrição textual: reprodução fiel das frases que se pretende
usar na redação do trabalho.
Educação da mulher: a perpetuação da injustiça (p. 30 – 132).
Segundo capítulo.
TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do
feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993.
“uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta,
defendeu a abolição da escravatura, ao lado de propostas como
educação e a emancipação da mulher e a instauração da
República” (p.30)

“a mulher buscou com todas forças sua conquista no mundo


totalmente masculino” (p.43)

“na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres


serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132)

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 Resumir é apresentar de forma


breve, concisa e seletiva um
certo conteúdo.

 Isto significa reduzir a termos breves e precisos


a parte essencial de um tema.

Em geral, um bom resumo deve ser:


 Breve e conciso: no resumo de um texto, por
exemplo, devemos deixar de lado os exemplos
dados pelo autor, detalhes e dados secundários.

 Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com


suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua
leitura de um texto.

 Logicamente estruturado: um resumo não é um


apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as
idéias centrais daquilo que se está resumindo. As
idéias devem ser apresentadas em ordem lógica,
ou seja, tendo uma relação entre elas. O texto
do resumo deve ser compreensível.

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 O resumo tem várias utilizações. Isto significa


também que existem vários tipos de resumo.

 Você irá encontrar resumos como parte de uma


monografia, antes de um artigo, em catálogos
de editoras, em revistas especializadas, em
boletins bibliográficos etc.

 Em linhas gerais, pode-se considerar que há


três tipos usuais de resumo: o resumo
indicativo, o resumo informativo e o resumo
crítico (ou resenha).

Resumo Indicativo ou Descritivo

Este tipo de resumo apenas indica os pontos


principais de um texto, sem detalhar aspectos como
exemplos, dados qualitativos ou quantitativos etc.

De modo geral não dispensa a consulta ao original.

Um bom exemplo deste tipo de resumo são as


sinopses de filmes publicadas nos jornais. Ali você
tem apenas uma idéia do enredo de que trata o
filme.

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Resumo Informativo ou Analítico

Este tipo de resumo informa ao leitor:


contextualização, finalidades, metodologias,
resultados, e conclusões do documento, de tal forma
que dispensa a consulta ao original.

Se o texto é o relatório de uma pesquisa, por


exemplo, um resumo informativo não diz apenas do
que trata a pesquisa (como seria o resumo
indicativo), mas informa as finalidades da pesquisa,
a metodologia utilizada e os resultados atingidos.

Um bom exemplo disto são os resumos de


trabalhos científicos publicados nos anais de
congressos, como os da SBPC, por exemplo.

A principal utilidade dos resumos informativos no


campo científico é auxiliar o pesquisador em suas
pesquisas bibliográficas.

Imagine-se procurando textos sobre seu tema de


pesquisa. Quais você deve realmente ler? Para
saber isso, procure um resumo informativo de
cada texto.

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Em um trabalho acadêmico/científico...
O resumo pode ser considerado a “vitrine” do seu
trabalho, a parte que irá despertar nas pessoas o
interesse pelo seu texto, principalmente em artigos, e
onde são destacados os pontos relevantes da
pesquisa.

O texto do resumo deve ser livre de citações, de


símbolos ou contrações que não sejam de uso
corrente, e de fórmulas e equações que não sejam
absolutamente necessárias.

Em relação ao seu formato, o resumo é escrito em


parágrafo único, usando o verbo na terceira pessoa.

Um resumo bem elaborado deve obedecer aos


seguintes itens:
• apresentar, de maneira sucinta, o assunto da obra;
• não apresentar juízos críticos ou comentários
pessoais;
• respeitar a ordem das idéias e fatos apresentados;
• evitar a transcrição de frases do original;
• apontar as conclusões do autor;
• empregar linguagem clara e objetiva;
• dispensar a consulta ao original para a
compreensão do assunto.

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 Também conhecida como


resumo crítico.

 Resenhar textos ou aulas assistidas pode ser de


grande auxílio para compreensão e memorização ao
estudar.

 A resenha é um tipo de resumo; contudo, mais


abrangente. Além de reduzir o texto, permite
opiniões e comentários, inclui julgamentos de valor,
tais como comparações com outras obras da mesma
área do conhecimento, a relevância da obra em
relação às outras do mesmo gênero etc.

 É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma


avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os
aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto,
de um texto de informação e de opinião, também
denominado de recensão crítica.

 A resenha não deve ser vista ou elaborada


mediante um resumo a que se acrescenta, ao final,
uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve
estar presente desde a primeira linha, resultando
num texto em que o resumo e a voz crítica do
resenhista se interpenetram.

 O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso,


agressivo etc.

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 Uma resenha deve conter:


a) Uma parte descritiva com informações sobre o
texto (Referências Bibliográficas, de acordo
com as normas da ABNT):
 Nome do autor.
 Título completo e exato da obra.
 Nome da editora e, se for o caso, da coleção
de que faz parte a obra.
 Lugar e data da publicação.
 Número de volumes e páginas.

b) Uma parte com o resumo do conteúdo da obra:

 Rápida indicação do conteúdo total da obra e


do ponto de vista adotado pelo autor.
Ex: Qual é o texto? Quem é o autor? Com que
propósito foi escrito? Que tipo de texto é esse?

 Resumo dos pontos essenciais do texto


relacionados aos aspectos que interessam, ou
seja, uma exposição sucinta das idéias que
você considera serem as mais relevantes do
texto.

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 A resenha, além de conter todos os elementos


já citados, inclui também julgamentos e
comentários do resenhador sobre as idéias do
autor, sempre bem fundamentados.
 Crítica
O autor atingiu seus objetivos?
Quais sim, como ou por quê?
Quais não, como ou por quê?
Análise tanto da forma quanto do significado.
 Conselhos para o leitor

Quem deve ler?


Quem não deve ler?
Por quê?

Um gramático contra a gramática


Gilberto Scarton
Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e
seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz
um conjunto de idéias que subverte a ordem estabelecida no ensino da
língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de
aula.
Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate,
intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo
tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções
falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do
ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é
se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática
linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas
de português".
O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de
espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa
experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação:
gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o
relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos
gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o
essencial, do irrelevante.

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Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma


simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em
geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que
aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino
gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser
humano; um processos espontâneo, automático, natural, inevitável, como
crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela
linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório,
nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver
seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão
original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas
concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito
de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta
a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e
os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se
depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a
gramática na sala de aula.

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