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DIREITO ADMINISTRATIVO a) Manifestação de vontade do Estado ou de

(ano 2014) quem lhe faça as vezes;


b) Unilateral;
ATO ADMINISTRATIVO c) Materializa a vontade do legislador
infraconstitucional;
É o produto da manifestação de vontade d) Praticado sob a égide do Direito Público;
da Administração, no uso de suas e) Passível de exame de legalidade pelo
prerrogativas. Judiciário;
O ato administrativo não é o único f) Altera posições jurídicas, Modificando,
resultado possível da manifestação de Adquirindo, Resguardando, Transferindo e
vontade da Administração, mas é o mais Extinguindo direitos do Estado ou do
comum. particular – MARTE.
Estes atos vêm perdendo a força, tendo
em vista que o Princípio do Consensualismo, Dessas características, conclui-se que:
manifestado entre Administração e
particular, tem ganhado destaque através - Ato político – não é ato administrativo, pois
dos contratos administrativos. materializa a vontade do legislador
constitucional.
* Espécies de manifestação de vontade da
Administração: * Alguns agentes públicos, os chamados
a) Ato administrativo agentes políticos (Presidente da República),
b) Contrato administrativo podem praticar atos administrativos e atos
políticos.
Conceitos:
- Manifestação unilateral de vontade da - Atos privados da Administração – não
Administração ou de seus delegatários, são atos administrativos, pois são regidos
nesta condição, que pretende produzir pelo Direito Privado.
efeitos jurídicos para atender ao interesse
público. - Contratos, consórcios e convênios – não
são atos administrativos, pois não são
- Para Celso Antônio Bandeira de Mello, ato manifestações unilaterais, são bilaterais.
administrativo é a declaração do Estado ou
de quem lhe faça às vezes, no exercício de - Atos materiais ou atos de execução –
prerrogativas públicas, manifestada não são atos administrativos, pois a
mediante providências jurídicas manifestação de vontade é diferente da
complementares da lei, a título de lhe dar execução da vontade.
cumprimento, e sujeitas a controle de
legitimidade por órgão jurisdicional. Portanto, estabelece-se uma relação de
gênero (Atos da Administração) e espécies:
Desse conceito extraem-se algumas a) Ato político
características: b) Atos privados da Administração
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c) Contratos, consórcios e convênios * Ato administrativo em sentido material,
d) Atos materiais em sentido formal, em sentido material e
e) Ato administrativo propriamente dito formal e Súmula nº 266 do STF.

* O ato administrativo não é exclusivamente Súmula nº 266 – não cabe mandado de


editado pela Administração, podendo ser segurança contra lei em tese.
praticado por concessionárias,
permissionárias, inclusive por pessoas Para ser considerado ato administrativo,
privadas, integrantes ou não da na essência, o ato deve ser concreto.
Administração.
O que importa é se esse ato tem ligação Ato administrativo em sentido material –
com o exercício da função administrativa. tem forma de lei e conteúdo de ato (ex.:
Para efeitos de controle, o ato deve ser desapropriação pelo Legislativo – art. 8º do
caracterizado através do exercício da função DL nº 3.365/41)
administrativa.
Ex.: Art. 8o O Poder Legislativo poderá tomar a
Concessionária que interrompe o iniciativa da desapropriação, cumprindo,
fornecimento do serviço de maneira irregular neste caso, ao Executivo, praticar os atos
(cabe Mandado de Segurança). necessários à sua efetivação.
Empresa Pública ou Sociedade de
Economia Mista, que em princípio praticam Ato administrativo em sentido formal –
atos privados, podem sofrer controle através tem forma de ato e conteúdo de lei (ex.:
de Mandado de Segurança, se estiverem no Edital de um concurso público).
desempenho da função administrativa,
conforme Súmula nº 333 do STJ. Ato administrativo em sentido material e
formal – tem forma de ato e conteúdo de ato
(Súmula nº 333 do STJ – cabe mandado de (ex.: Portaria que demite um servidor).
segurança contra ato praticado em licitação
promovida por sociedade de economia mista Conclui-se que, de acordo com a Súmula
ou empresa pública). nº 266 do STF, não cabe Mandado de
Segurança contra ato administrativo em
* Fato administrativo – é a materialização sentido material.
de uma vontade encontrada em um ato
administrativo. É um acontecimento - Elementos ou requisitos do ato
concreto, não precedido, necessariamente, administrativo
por uma manifestação de vontade.
Todo fato que trouxer alguma A doutrina não é uníssona quanto aos
consequência jurídica para Administração requisitos do ato administrativo, mas aponta,
Pública será chamado fato administrativo. basicamente cinco:
a) Competência
b) Forma
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c) Finalidade Agente Agente capaz
d) Motivo competente
e) Objeto Forma prescrita Forma prescrita
ou não defesa em
- Competência lei
É o conjunto de atribuições, criadas por lei Objeto lícito, Objeto lícito,
e destinadas a um órgão público ou Agente possível, possível,
público, para desempenho das funções determinado ou determinado ou
administrativas do Estado. determinável determinável
É o poder atribuído por lei para o agente Finalidade XXXXXXXX
público exercer as suas funções. Motivo XXXXXXXX
É um círculo de atribuições dentro do qual
o agente público pode, legitimamente, atuar. Se o agente é absolutamente incapaz, o
A lei exerce uma dupla função: habilitar a ato é nulo, se relativamente incapaz,
atuação do agente e limitar essa mesma anulável (para o Direito Civil).
atuação.
No Direito Administrativo, se o ato é
* O art. 3º da Lei nº 8.112/90 define cargo vinculado, será válido se praticado por
público, mas na verdade essa definição está agente incapaz, porém, se o ato for
errada, o que ela traz é o conceito de discricionário, será nulo.
competência.
a) Tipos de competência
Art. 3o Cargo público é o conjunto de a.1) Privativa – pode ser transferida,
atribuições e responsabilidades previstas na delegada, avocada.
estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor. Ex.: Art. 84, I a VI, XII e XXV da CRFB/88

Art. 84. Compete privativamente ao


* Competência ≠ Capacidade (art. 104 do
Presidente da República:
CC – ato jurídico)
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de
Art. 104. A validade do negócio jurídico
Estado, a direção superior da administração
requer:
federal;
I - agente capaz;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e
II - objeto lícito, possível, determinado ou
nos casos previstos nesta Constituição;
determinável;
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
VI - dispor, mediante decreto, sobre:

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a) organização e funcionamento da Art. 11 da Lei nº 5.427/09 - Um órgão
administração federal, quando não implicar administrativo e seu titular poderão, se não
aumento de despesa nem criação ou houver impedimento legal, delegar parte de
extinção de órgãos públicos; sua competência a outros órgãos ou titulares,
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando for conveniente, em razão de
quando vagos; circunstâncias de natureza técnica, social,
XII - conceder indulto e comutar penas, com econômica, jurídica ou territorial.
audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; Art. 12 da Lei n 9.784/99 - Um órgão
XXV - prover e extinguir os cargos públicos administrativo e seu titular poderão, se não
federais, na forma da lei; houver impedimento legal, delegar parte da
sua competência a outros órgãos ou titulares,
a.2) Exclusiva – não pode ser transferida, ainda que estes não lhe sejam
delegada ou avocada. hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de
A competência é irrenunciável (Princípio índole técnica, social, econômica, jurídica ou
da indisponibilidade do interesse público) – territorial.
art. 10, Lei nº 5.427/09-RJ e art. 11, Lei nº
9.784/99. * Atos que não admitem delegação de
competência (art. 13 da Lei nº 9.784/99 e
Art. 10 da Lei nº 5.427/09 - A competência é 11, § 2º da Lei nº 5.427/09)
irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que for atribuída como Art. 13 da Lei nº 9.784/99 - Não podem ser
própria, ressalvadas as hipóteses de objeto de delegação:
delegação e avocação previstas nesta Lei ou I - a edição de atos de caráter normativo;
em Leis específicas. II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do
Art. 11, Lei nº 9.784/99 - A competência é órgão ou autoridade.
irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como Art. 11, § 2º da Lei nº 5.427/09 - Não podem
própria, salvo os casos de delegação e ser objeto de delegação as matérias de
avocação legalmente admitidos. competência exclusiva do órgão ou
autoridade
Os art. 11 da Lei nº 5.427/09 e 12 da Lei nº Lei nº 9.784/99:
9.784/99 dizem que, não havendo vedação 1) Ato administrativo normativo (Decreto,
legal, está autorizada a delegação. Resoluções, Editais, etc)
Tais dispositivos possuem uma antinomia, 2) Ato administrativo que decida recurso
mas prevalece na doutrina que a regra é a administrativo (para evitar a supressão de
delegação da competência. Somente alguns instâncias)
atos seriam indelegáveis. 3) Competência exclusiva

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Lei nº 5.427/09: Competência exclusiva
Há controvérsia se a competência Art. 11 da Lei nº 5.427/09 - Um órgão
admitiria modificação por vontade exclusiva administrativo e seu titular poderão, se não
do agente (delegação e avocatória). houver impedimento legal, delegar parte de
Di Pietro e Odete Medauar dizem que sua competência a outros órgãos ou titulares,
delegação e avocatória são prerrogativas quando for conveniente, em razão de
naturais na Administração Pública. circunstâncias de natureza técnica, social,
Carvalhinho diz que se a competência é econômica, jurídica ou territorial.
dada pela lei, sua modificação só pode se
dar por lei. - Critérios de ordem:
Técnica
* Possibilidade de delegação entre pares Social
A doutrina afirma que a delegação Econômica
decorre da hierarquia, o que inviabilizaria a Territorial
delegação entre órgãos ou agentes sem Jurídica
hierarquia.
Porém, o art. 11 da Lei nº 5.427/09 não * Revogação da delegação (o subordinado
repete essa previsão, não menciona não pode mais praticar o ato) ≠ Avocação (é
expressamente a possibilidade de delegação temporária).
entre pares, o que faz com que, em âmbito
estadual (RJ), não se admita (construção * O ato de delegação deve mencionar essa
doutrinária). condição. Se não estiver expresso, há vício
Cabe ressaltar que, quando ocorre a na formalidade do ato, não há competência
delegação, passa-se a ter mais de um (art. 14, § 3º da Lei nº 9.784/99 e art. 12, § 3º
agente ou órgão competente para prática do da Lei nº 5.427/09)
ato e que essa delegação é um ato
discricionário. Art. 14, § 3º da Lei nº 9.784/99 - As decisões
adotadas por delegação devem mencionar
* Critérios que dão ensejo à delegação (art. explicitamente esta qualidade e considerar-
12 da Lei nº 9.784/99 e art. 11 da Lei nº se-ão editadas pelo delegado.
5.427/09) – TSETJ – são critérios usados
entre órgãos ou dentro de um mesmo órgão. Art. 12, § 3º da Lei nº 5.427/09 - As decisões
Art. 12 da Lei nº 9.784/99 - Um órgão adotadas por delegação devem mencionar
administrativo e seu titular poderão, se não explicitamente esta qualidade e considerar-
houver impedimento legal, delegar parte da se-ão editadas pelo delegante.
sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam * Delegação da delegação – deve vir
hierarquicamente subordinados, quando for expressa na delegação.
conveniente, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou * Avocação (art. 15 da Lei nº 9.784/99 e art.
territorial. 13 da Lei nº 5.427/09)
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Civil, onde se aplica o Princípio da liberdade
Art. 15 da Lei nº 9.784/99 – Será permitida, das formas).
em caráter excepcional e por motivos A forma do ato é diferente da forma do
relevantes devidamente justificados, a processo administrativo (art. 22 da Lei nº
avocação temporária de competência 9.784/99 e art. 19 da Lei nº 5.427/09), pois os
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. atos do processo administrativo não
dependem de forma, salvo se a lei exigir
Art. 13 da Lei nº 5.427/09 – Será permitida, (Princípio do informalismo).
em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a Art. 22 da Lei nº 9.784/99 – Os atos do
avocação temporária de competência processo administrativo não dependem de
atribuída a órgão hierarquicamente inferior, forma determinada senão quando a lei
observados os princípios previstos no art. 2º expressamente a exigir.
desta lei.
Art. 19 da Lei nº 5.427/09 – Os atos do
Só se aplica aos subordinados, não há processo administrativo não dependem de
avocação entre pares. forma determinada senão quando a lei
A avocação é exceção e deve ser, expressamente a exigir.
necessariamente, motivada.
A avocação só se dá por tempo - Finalidade
determinado. O ato administrativo tem como pretensão
alcançar o interesse público.
Duas grandes diferenças decorrem da É um elemento vinculado.
previsão legal sobre delegação e avocatória: Celso Antônio Bandeira de Mello diz que
1ª – A delegação seria a regra e a pode ser discricionário (minoritário). Somente
avocatória, a exceção. a finalidade imediata, pois a finalidade
2ª – Pode haver delegação para mediata será sempre o interesse público.
subordinados e até pares, porém, na A finalidade é a consequência jurídica
avocatória, necessariamente deve haver mediata do ato, a consequência imediata
hierarquia. seria o objeto.

- Forma O interesse público pode ser:


É como se exterioriza o ato. Vigora o 1) Primário (indisponível) – demandas mais
Princípio da vinculação das formas ou importantes da sociedade.
Princípio da Solenidade das formas. Em 2) Secundário (disponível) – está ligado ao
regra, a forma do ato é a escrita, mas, patrimônio
excepcionalmente, podem ocorrer formas
não escritas (sinais, apitos, gestos, etc). * O Princípio da Supremacia do Interesse
É sempre prescrita em lei, é um elemento Público sofreu uma releitura e, nem sempre,
vinculado (Princípio da vinculação das irá prevalecer sobre o interesse privado.
formas, ao contrário do que ocorre no Direito
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Porém, essa relativização se daria em A doutrina distingue ainda, motivo,
relação ao interesse público secundário. motivação e móvel.

* Cláusula de juízo arbitral em um Contrato * Motivo ≠ Motivação ≠ Teoria dos Motivos


Administrativo (02 correntes): Determinantes ≠ Móvel
1ª) Celso Antônio Bandeira de Mello – não é Motivo – razões de fato ou de direito que dão
possível, pois há interesse público envolvido, ensejo à prática do ato.
que seria julgado por uma entidade privada Motivação – é a exteriorização dos motivos.
(minoritária). É um comportamento do agente, é a ação de
2ª) é possível, se estiver em conflito o motivar um ato (Princípio da motivação – art.
interesse público secundário, somente não 2º das Leis nº 9.784/99 e 5.427/09). É a
será admitido se a controvérsia for sobre publicização do motivo, é a redução a termo
interesse público primário. do motivo.
Se no curso da arbitragem surgir algum O motivo é expresso ou não, porém, a
interesse público primário, o juiz arbitral deve discussão é sobre a obrigatoriedade de
suspender a arbitragem e remeter as partes motivação dos atos administrativos.
ao Poder Judiciário.
Art. 2º da Lei nº 9.784/99 - A Administração
Há discussão se a finalidade seria Pública obedecerá, dentre outros, aos
elemento vinculado ou discricionário do ato. princípios da legalidade, finalidade,
A doutrina majoritária diz que é vinculado, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
porém, Celso Antônio bandeira de Mello diz moralidade, ampla defesa, contraditório,
que é discricionário, pois há diversas segurança jurídica, interesse público e
maneiras diferentes de atender ao interesse eficiência.
público dentre inúmeras possibilidades, o
que seria discricionariedade do elemento Art. 2º da Lei nº 5.427/09 - O processo
finalidade. administrativo obedecerá, dentre outros, aos
princípios da transparência, legalidade,
- Motivo ou causa finalidade, motivação, razoabilidade,
É a situação de fato ou de direito que proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
acarreta a edição do ato administrativo. contraditório, segurança jurídica,
Motivo de fato – quando a lei trouxer impessoalidade, eficiência, celeridade,
liberdade para o Administrador escolher o oficialidade, publicidade, participação,
melhor motivo para praticar o ato proteção da confiança legítima e interesse
administrativo. É um elemento discricionário público.
(ex.: desapropriação por utilidade pública).
Motivo de direito – quando o motivo é pré- Celso Antônio bandeira de Mello e Di
fixado na lei, não dando margem de escolha Pietro (1ª corrente) dizem que a motivação é
para o Administrador, é a lei quem escolhe o obrigatória para todo ato administrativo, por
motivo do ato. É um elemento vinculado (ex.: interpretação extensiva do art. 93, X da
aposentadoria compulsória). CRFB/88 (as decisões administrativas dos
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tribunais serão motivadas e em sessão V - decidam recursos administrativos;
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo VI - decorram de reexame de ofício;
voto da maioria absoluta de seus membros), VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada
que, quando fala do Judiciário, diz que todas sobre a questão ou discrepem de pareceres,
as decisões administrativas dos Tribunais laudos, propostas e relatórios oficiais;
devem ser motivadas e, se o Judiciário VIII - importem anulação, revogação,
exercendo a função administrativa deve suspensão ou convalidação de ato
motivas seus atos, com maior razão o administrativo.
Executivo, que exerce a função
administrativa de forma típica, também Móvel – é a intenção do agente, é o
deverá motivar todos os seus atos. elemento psíquico do agente, é aquilo que
Carvalhinho (2ª corrente) diz que a move o agente. Deve ser demonstrada nos
motivação não é uma exigência atos discricionários a intenção do agente,
constitucional, fazendo interpretação literal exigência que não ocorre nos atos
do art. 93, X da CRFB/88, que faria uma vinculados.
exigência somente para o Poder Judiciário. O conhecimento do móvel é importante na
Portanto, a motivação só seria obrigatória análise do ato discricionário, pois, diferente
se houvesse expressa determinação legal. A do ato vinculado, em que seus elementos
lei nº 9.784/99, em seu art. 50, elenca alguns estão na lei, o ato discricionário depende de
atos que devem ser motivados uma ponderação do agente público, o que
necessariamente, o que não seria a regra. não poderia ser feito, por exemplo, por um
Diogo Figueiredo Moreira Neto (3ª agente público incapaz.
corrente) diz que todos os atos
administrativos decisórios devem ser Teoria dos Motivos Determinantes – é o
motivados. O art. 93, X da CRFB/88 fala elo entre as alegações do agente (motivação
expressamente em decisões, em atos do ato) e a realidade dos fatos ou aquilo que
decisórios e, apenas estes atos devem ser prescreve a lei.
motivados. Ato decisório seria o ato que Esse elo vincula o Administrador. Se não
afeta ou restringe interesses ou direitos dos houver liame entre alegações e realidade ou
particulares (art. 50, I da Lei nº 9.784/99). lei, ocorrerá o “quebramento da teoria dos
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivos determinantes”.
motivados, com indicação dos fatos e dos A Teoria dos Motivos Determinantes tem
fundamentos jurídicos, quando: natureza jurídica de causa de pedir em um
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou processo administrativo disciplinar ou processo
interesses; judicial, visando o pedido que é a anulação do
II - imponham ou agravem deveres, encargos ato.
ou sanções;
III - decidam processos administrativos de * Planos do ato administrativo:
concurso ou seleção pública; 1) Perfeição (o ato já ultrapassou todas as
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade etapas de seu ciclo de formação –
de processo licitatório;
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competência, finalidade, forma, motivo e
objeto) * Motivação extemporânea (posterior),
2) Validade (como o ato foi praticado) sana vício na motivação? (02 hipóteses)
3) Eficácia (capacidade de gerar efeitos) Se o ato é vinculado, o vício é sanado,
pois a motivação já se encontra na lei.
Se faltar um ou mais requisitos de Porém, se o ato é discricionário, o vício
formação do ato, este será imperfeito. não é sanado.
O modo como o ato foi praticado é
analisado no plano da validade. Cada * Motivação aliunde – motivação que está
elemento de formação do ato deve estar em em outro ato administrativo ou outro
acordo com a lei. documento diverso do ato praticado (ex.:
Se o ato estiver sujeito a termo (evento Dispensa de licitação que não está no edital,
futuro e certo) ou condição (evento futuro e está no Parecer da Procuradoria, ou seja, o
incerto), será chamado de ato motivo do ato está em outro ato – art. 48, III
administrativo pendente. da Lei nº 5.427/09).
O ato pode ser:
- Perfeito – válido – eficaz. Art. 48, III da Lei nº 5.427/09 –As decisões
- Perfeito – inválido – eficaz. proferidas em processo administrativo
- Perfeito – válido – ineficaz (termo ou deverão ser motivadas, com indicação dos
condição). fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
- Perfeito – inválido – ineficaz (dissonância III. dispensem ou declarem a inexigibilidade
com a lei e sujeito a termo ou condição). de processo licitatório.

* Efeitos do ato administrativo: * Ato administrativo praticado por agente


a) Típicos (decorrem da execução do objeto, absolutamente incompetente.
são os efeitos esperados pela prática do Se o ato for vinculado, é válido, pois não
ato). há análise de móvel.
b) Atípicos (não decorrem da execução do Se o ato for discricionário, não é válido,
ato, não é o efeito esperado pela prática do pois há necessidade da análise do móvel, já
ato). que o agente deveria valorar o ato, o que não
O efeito atípico do ato pode ser: é compatível com a sua condição.
a) Reflexo (resultado não esperado, mas que
ocorre. São efeitos secundários. Ex.: na e) Objeto
desapropriação de um imóvel alugado, a É o conteúdo do ato. É aquilo acerca do qual
resilição do contrato de aluguel não é o efeito o ato versa. É o que o ato pretende realizar no
esperado pela prática do ato). mundo concreto. É a situação concreta que
b) Prodrômico (ocorre nos atos complexos ou será alterada pelo ato administrativo.
compostos, onde o ato para se aperfeiçoar, É a consequência jurídica imediata do ato,
depende da manifestação de outro órgão. sendo o elemento finalidade, uma finalidade
Ex.: nomeação do PGJ, necessita de mediata, o interesse público.
aprovação da ALERJ).
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Deve ser lícito, possível, determinado (ou de pode ser exercido pelo Judiciário, Legislativo
direito) ou determinável (de fato). e pelo Executivo.
Objeto determinável – elemento b) De mérito – verifica a oportunidade e a
discricionário (ex.: autorização para instalação conveniência da prática ou manutenção do
de um circo em uma praça pública). ato e se não for oportuno ou conveniente,
Objeto determinado – elemento vinculado ocorre a revogação. É um controle mais
(ex.: concessão de licença profissional). restrito, só exercido por quem editou o ato, é
Diante da enumeração dos elementos ou um controle interno.
requisitos do ato administrativo, extrai-se:
Em regra, o Judiciário não pode controlar
Sempre vinculados: mérito do ato, mas pode controlar os
Competência elementos vinculados desse ato
Forma administrativo.
Finalidade Luis Roberto Barroso admite que o
Judiciário analise o mérito do ato
Vinculado ou discricionário: administrativo, por conta dos Princípios
Motivo Constitucionais (moralidade, razoabilidade,
Objeto proporcionalidade, eficiência, etc).

O ato será vinculado quando todos os Sobre o controle do ato administrativo


elementos forem vinculados e será surgem três correntes:
discricionário quando possua um ou dois 1ª – Teoria do desvio de poder ou
elementos discricionários, ou seja, a desvio de finalidade (França) – até o
discricionariedade reside ou no motivo ou no surgimento desta teoria, dizia-se que o ato
objeto ou no motivo e no objeto. discricionário era um ato político.
O ato discricionário sempre terá elementos Porém, esta teoria admitiu a análise do ato
vinculados (competência, forma e finalidade). discricionário quanto à sua finalidade.
O motivo e o objeto correspondem ao Esta teoria ainda vigora (ex.: Decreto do
mérito administrativo (conveniência e Governador do Estado colocando em
oportunidade, só existente no ato disponibilidade todos os Policiais que
discricionário). respondam à PAD. O ato de disponibilidade
O mérito administrativo é o núcleo da não é um ato sancionatório, portanto, o ato
discricionariedade. viola o princípio da ampla defesa e do
contraditório).
- Controle dos atos administrativos 2ª – Teoria dos Motivos Determinantes – a
validade de um ato administrativo depende da
Controle: correspondência entre a motivação dada e a
a) De legalidade – verifica se o ato é realidade (ex.: exoneração de servidor em
compatível com a lei, se não for, o ato é ilegal cargo em comissão. A CRFB/88 diz que é livre
e será anulado. É um controle amplo, que a nomeação e a exoneração, mas, se a

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motivação para exoneração for incongruente administrativo presume-se legítimo (de
com a realidade, esse ato será declarado nulo. acordo coma lei) e verdadeiro (conteúdo do
* Se dentre diversas motivações inválidas ato verdadeiro).
houver uma motivação válida e suficiente A principal característica da presunção de
para justificar o ato, este não será legalidade e legitimidade e veracidade é a
invalidado, só ocorrerá o afastamento das inversão do ônus da prova em desfavor do
motivações inválidas (Diógenes Gasparini). administrado.
3ª – Teoria dos Princípios (Pós- Ainda, permite que o ato administrativo
positivismo ou neoconstitucionalismo) – gere efeitos imediatos, mesmo que o ato seja
Os princípios são normas jurídicas primárias, ilegal.
ao contrário do que diz o art. 4º da LICC.
Diogo Figueiredo Moreira Neto faz a
o
Art. 4 . Quando a lei for omissa, o juiz seguinte distinção:
decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito. a) Legalidade – elementos do ato em acordo
com a lei, em um Estado de Direito.
Um ato do Poder Público não pode b) Legitimidade – elementos do ato em
contrariar Princípios Constitucionais, senão acordo com a lei, em um Estado Democrático
será considerado até mesmo de Direito.
inconstitucional. Há uma análise de c) Veracidade – ligada ao conteúdo do ato,
compatibilidade entre o ato administrativo e presunção de veracidade do conteúdo do ato.
todo o ordenamento jurídico, é aonde
aparece o controle de juridicidade 2) Imperatividade – É a capacidade de
(respeito à lei e ao direito – art. 2º, PU, I da submeter a vontade do particular à vontade
Lei nº 9.784/99). do Estado.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá,
dentre outros, aos princípios da legalidade, * Todo ato administrativo possui
finalidade, motivação, razoabilidade, imperatividade?
proporcionalidade, moralidade, ampla 1ª corrente (Maria Sylvia) – sim, é sempre
defesa, contraditório, segurança jurídica, imperativo, se não for, é ato da
interesse público e eficiência. Administração.
Parágrafo único. Nos processos 2ª corrente – não, depende da espécie do
administrativos serão observados, entre ato (NONEP)
outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito. a) Normativos (imperativo) – se assemelha à
lei (ex.: edital, decreto, etc – atinge o
- Características ou atributos do ato particular)
administrativo b) Ordinatórios (imperativos) – atos de
organização e funcionamento interno da
1) Presunção de legalidade e legitimidade e Administração Pública. Só atinge os
veracidade (presunção relativa) – o ato integrantes da Administração Pública.
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c) Negociais (não são imperativos) – há - Formas de extinção dos atos
interesse do Estado e do particular e os dois administrativos
devem praticar o ato, não prevalece a
vontade do Estado. 1) Extinção natural – o ato já produziu seus
d) Enunciativos (não são imperativos) – efeitos ou o prazo estipulado (a termo) já se
CAPA (ex.: Certidões, Atestado, Parecer e implementou.
Apostila)
e) Punitivos (imperativos) – é o que aplica 2) Extinção subjetiva – ocorre o
sanção (ex.: multa de trânsito, demissão, desaparecimento do destinatário do ato.
etc). Decorre do poder de Polícia ou do
Poder Disciplinar. 3) Extinção objetiva – ocorre o
desaparecimento do objeto do ato.
3) Autoexecutoriedade – capacidade de o
ato administrativo gerar efeitos, 4) Caducidade – o ato administrativo nasce
independentemente, de manifestação do legal, porém, posteriormente, surge uma lei
Poder Judiciário ou do Poder Legislativo que revoga a lei na qual o ato se
(ex.: apreensão de mercadorias, interdição fundamentava, o que o torna ilegal. Há uma
de estabelecimentos, prisão em flagrante, ilegalidade superveniente do ato, em face de
etc). uma nova lei.
Porém, há exceções, como por exemplo: É a retirada do ato do mundo jurídico, por
multa (ato administrativo não autoexecutório, se tornar ilegal, com a superveniência de
sendo autoexecutória somente na aplicação uma nova lei.
e nunca na execução).
* Se tratar-se de ato vinculado (ex.: licença),
Alguns autores dividem a gera direito adquirido e a nova lei não pode
autoexecutoriedade em: retroagir para prejudicá-lo (Princípio da
a) Exigibilidade – o ato é fonte de obrigação, Segurança Jurídica).
é exigível, ora gera obrigação de fazer, ora
de não fazer, ora de suportar. * O STF e Hely Lopes Meireles falam em
b) Executável – só é executável se a revogação da licença para construir, antes
Administração puder compelir, por só própria, de iniciada a obra
o particular a cumprir a obrigação.
RE 105634 / PR - PARANÁ
4) Tipicidade – é a perfeita subsunção da RECURSO EXTRAORDINÁRIO
conduta do Administrador ao tipo Relator(a): Min. FRANCISCO REZEK
administrativo previsto. Julgador: Segunda Turma
No Direito Administrativo há presunção Publicação DJ 08-11-1985
relativa de legalidade, no Direito Penal, a Ementa
presunção relativa é de ilegalidade. - Licença para construir. Revogação. Obra
não iniciada. Legislação Estadual posterior.

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I. Competência do Estado Federado para * Assemelha-se a um crime culposo, onde
legislar sobre áreas e locais de interesse não há intenção ilegal, o que ocorre é a
turístico, visando a proteção do patrimônio execução que traz um resultado ilegal.
paisagística (C.F. art. 180). Inocorrência de
ofensa ao art. 15 da Constituição Federal; 6.2) Anulação – o ato nasce ilegal, gera
II. Antes de iniciada a obra, a licença para efeitos e é anulado. Ele gerará efeitos até
construir pode ser revogada por que seja anulado.
conveniência da administração pública, sem É a extinção por uma ilegalidade originária,
que valha o argumento do direito adquirido. na própria edição do ato administrativo e tem
Precedentes do Supremo Tribunal. Recurso como efeito a cassação de todos os efeitos
Extraordinário não conhecido. desse ato.

Carvalhinho fala em desapropriação da * Quem pode anular o ato?


licença, o que gera indenização para o A Administração Pública, de ofício
particular. (Princípio da Auto-tutela) ou por provocação
(Direito de petição – só deflagra controle
5) Contraposição – ocorre quando um administrativo, nunca judicial), ou o
segundo ato administrativo extingue o Judiciário.
primeiro, por conta de uma oposição de
efeitos (ex.: 1º ato nomeação – 2º ato * Que tipo de ato pode ser anulado?
exoneração). Qualquer ato pode ser anulado, vinculado
ou discricionário.
6) Desfazimento volitivo – depende da
vontade da Administração Pública * Quais os efeitos da anulação?
Ex tunc, ressalvados os terceiros de boa-fé
6.1) Cassação – há uma ilegalidade na (Teoria da aparência e da confiança
execução do ato. Geralmente, está presente legítima).
nos atos administrativos de consentimento. O Os atos praticados por agente de fato
ato é legal, a ilegalidade é cometida por aquele putativo são válidos no plano externo,
que desempenha a atividade consentida (ex. porém, no plano interno da Administração, o
art. 10, § 2º da Lei nº 10.826/03 - A autorização ato é anulável, ou seja, pode ser
de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, convalidado.
perderá automaticamente sua eficácia caso o
portador dela seja detido ou abordado em * Anulação respeita direito adquirido?
estado de embriaguez ou sob efeito de Não há direito adquirido (Súmula nº 473
substâncias químicas ou alucinógenas). do STF)
Há extinção do ato por conta de uma Súmula nº 473 do STF – a Administração
ilegalidade imputada ao administrado (ex.: pode anular seus próprios atos, quando
cassação da licença para dirigir veículo eivados de vícios que os tornam ilegais,
automotor) porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou
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oportunidade, respeitados os direitos A convalidação pode ser:
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a) Voluntária – pela vontade da
a apreciação judicial. Administração
b) Involuntária – independe da vontade da
* Ampla defesa e contraditório Administração, se dá com o mero decurso do
tempo (decadência administrativa).
* Agente de fato necessário X Usurpador de
função * A lei nº 9.784/99, art. 54, estabelece o
prazo decadencial de 05 anos, em que,
Agente de fato necessário – assume o passado esse período, o ato seria
exercício da função pública em uma situação convalidado de forma involuntária.
de grave perturbação da ordem, em que não
há tempo para ação dos agentes de direito. Art. 54. O direito da Administração de anular
Seus atos são convalidados, pelo os atos administrativos de que decorram
Princípio da Supremacia do Interesse efeitos favoráveis para os destinatários decai
Público. em cinco anos, contados da data em que
A responsabilidade civil neste caso não foram praticados, salvo comprovada má-fé.
cabe ao Estado.
* Não havendo lei estipulando o prazo
Usurpador de função – o agente assume o decadencial, surgem 03 correntes:
exercício da função, mediante violência,
fraude ou grave ameaça. Seus atos são 1ª (STJ) – só há prazo decadencial, se
inexistentes, mas podem gerar houver lei prevendo, se não houver, não
responsabilidade para o Estado, ao menos haverá prazo para decadência e o prazo de
por omissão (culpa in vigilando). contagem se dá a partir da vigência da lei,
até mesmo para os atos praticados antes da
6.3) Revogação – pressupõe um ato legal, vigência da lei.
mas que não é mais oportuno ou conveniente
para Administração Pública, possuindo 2ª – deve ser feita analogia com o Código Civil
efeitos ex nunc. quando não houver lei específica (art. 205 do
CC).
- Convalidação ou sanatória dos atos
administrativos Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos,
Quando os efeitos da anulação forem mais quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
danosos que a sua manutenção, este terá
seus efeitos mantidos, em atenção aos 3ª (Hely Lopes Meireles, Di Pietro, Luis Roberto
princípios da Segurança Jurídica, boa-fé, Barroso – majoritária) – ausente uma lei
confiança legítima, etc). específica, deve-se buscar a analogia na
A convalidação ou sanatória é uma legislação administrativa.
ponderação entre princípios.

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- Formas de convalidação do ato
administrativo (somente se opera em
vícios sanáveis)

1) Ratificação – a autoridade competente


confere validade ao ato, ratificando-o. Ocorre
quando houver vício na competência ou na
forma.

2) Reforma – um novo ato suprime a parte


inválida do primeiro ato. Ocorre quando
houver vício no objeto (só para objeto
plúrimo). A autoridade administrativa retira o
objeto inválido e mantém os válidos.

3) Conversão – um novo ato, além de


suprimir a parte inválida do primeiro,
substitui essa parte inválida por uma válida.
Ocorre quando houver vício no objeto (só
para objeto plúrimo), sendo retirado o objeto
inválido e acrescendo-se um objeto válido.

* Diz a doutrina que não pode ocorrer


convalidação se houver vício na finalidade
ou no motivo do ato.

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