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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO

A influência de um filme na compra de


produtos derivados
O caso da franquia Meu Malvado Favorito

Adriana Carneiro Paulo

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS - CCS


DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
Graduação em Administração de Empresas

Rio de Janeiro, Junho 2015.


II

Adriana Carneiro Paulo

A influência de um filme na compra de produtos derivados


O caso da franquia Meu Malvado Favorito

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao


programa de graduação em Administração da PUC-Rio
como requisito parcial para a obtenção do titulo de
graduação em Administração.

Orientadora: Alessandra Baiocchi A. Corrêa

Rio de Janeiro
Junho de 2015
III

Agradecimentos

Aos meus pais,


Por todo amor, carinho, educação e dedicação investidos em mim. Por sempre
buscarem o melhor para mim e por serem verdadeiros mestres com quem
procuro aprender em todos os aspectos da vida.

Aos meus familiares,


Que sempre acreditaram no meu potencial e vibraram a cada conquista minha.

Aos meus amigos,


Sempre presentes na minha vida, me ajudando a superar cada dificuldade que
surgia ao longo dessa caminhada e responsáveis por diversos momentos de
felicidade que vivi até hoje.

À professora (e mestre), Alessandra Baiocchi,


Que me proporcionou muito conhecimento durante toda a graduação. Uma
professora excepcional, cuja sabedoria e seu nível de exigência foram
fundamentais na construção deste trabalho e na minha formação como
administradora.

Aos demais,
Que de alguma maneira participaram da minha trajetória ao longo da
universidade, transmitindo conhecimento e acrescentando experiências que me
fizeram crescer como pessoa.
IV

Resumo
PAULO, Adriana. A influência de um filme na compra de produtos
derivados: O caso da franquia Meu Malvado Favorito. Rio de Janeiro,
2015. Número de páginas: 50. Trabalho de Conclusão de Curso –
Departamento de Administração. Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro.

O presente estudo pretende investigar se a franquia de filmes do Meu


Malvado Favorito influencia os consumidores na compra de produtos derivados.
Para isto foram realizadas pesquisas bibliográficas e pesquisa de campo, com
entrevistas a vendedores e consumidores, além da observação do processo de
compra por parte da pesquisadora.
O resultado deste estudo proporcionou uma melhor compreensão do que
motiva a compra destes produtos agregados e a influência que o filme, ainda
que já tenha saído de cartaz, exerce sobre a compra.

Palavras- chave
Filmes de desenho animado, cinema, produtos derivados, comportamento
do consumidor.

Abstract
PAULO, Adriana. The influence of a movie on the selection of a product to
buy: Case of the Despicable Me franchising. Rio de Janeiro, 2015. Number
of pages: 50. Conclusion course thesis – Departament of Administration.
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

The present study has the intention to identify if the Despicable Me movie
franchising makes any influence on the selection of products to buy for the
consumers. To support that, it were used some bibliographic references, and
qualitative researches were performed with sellers and consumers and
quantitative researches were performed with consumers, in addition to an
observation of the purchasing process.
In this way, it was possible to understand what motivates the selection to
purchase these aggregated products and the influence that the movie, even
already out of the cinemas, does on the purchasing process.

Key-Words
Cartoon, animated movie, cinema, ties-in products, consumer behavior.
V

Sumário

1 O tema e o problema de estudo 1


1.1 Introdução ao tema e ao problema do estudo 1
1.2. Objetivo do estudo 3
1.3. Objetivos intermediários do estudo 3
1.4. Delimitação e foco do estudo 3
1.5 Justificativa e relevância do estudo 4

2 Revisão de literatura 5
2.1. Produto Cultural 5
2.2. Produto Agregado 6
2.3. Envolvimento do Consumidor 8
2.4. O Poder das Marcas 9
2.5. Brand Equity 12
2.5.1. Branding 14
2.6. O “Eu” 14
2.7. Tomada de Decisão 16

3 Métodos e procedimentos de coleta e análise de dados do


estudo 19
3.1. Etapa 1 - Observação 19
3.2. Etapa 2 – Entrevista com vendedores 20
3.3. Etapa 3 – Entrevista com consumidores 21
3.4. Etapa 4 – Pesquisa com consumidores 23
3.5. Formas de tratamento e análise dos dados coletados para o estudo 24

4 Apresentação e analise dos resultados 25


4.1. Descrição e análise dos resultados do método de observação 25
4.2. Descrição e análise dos resultados das entrevistas com os
funcionários das lojas de brinquedos 30
4.3. Descrição e análise dos resultados das entrevistas com
consumidores 32
VI

4.4. Descrição e análise dos resultados da pesquisa com consumidores 34


4.4.1. Perfil dos consumidores: 34
4.4.2. Analise dos Resultados 35

5 Conclusões e recomendações para novos estudos 40


5.1. Sugestões e recomendações para novos estudos 41

6 Referências Bibliográficas 42

7 Anexos 46

Lista de Figuras

Figura 1: Envolvimento do Consumidor ............................................................... 8


Figura 2: Integração da comunicação do marketing com a construção do brand
equity......................................................................................................... 13
Figura 3: Etapas do processo decisório do consumidor .................................... 17
Figura 4: Boneco Minion ................................................................................... 25
Figura 5: Agnes ................................................................................................. 26
Figura 6: Boneca Agnes .................................................................................... 27
Figura 7: Fantasia da Agnes ............................................................................. 28
Figura 8: Boneca de pano da Agnes ................................................................. 28
Figura 9: Boneco de plástico dos Minions ......................................................... 29

Lista de Tabelas

Tabela 1: Percepções da personalidade da marca ............................................ 11


Tabela 2: Vantagens de marketing que uma marca forte proporciona ............... 14
Tabela 3: Níveis do Eu estendido ...................................................................... 16
Tabela 4: Perfil dos vendedores ........................................................................ 21
VII

Tabela 5: Perfil dos entrevistados ..................................................................... 22

Lista de Gráficos

Gráfico 1: Sexo ................................................................................................. 34


Gráfico 2: Idade................................................................................................. 34
Gráfico 3: Estado Civil ....................................................................................... 35
Gráfico 4: Faixa de Renda Familiar Mensal ....................................................... 35
Gráfico 5: Escolaridade ..................................................................................... 35
Gráfico 6: Filmes de animação que vem a cabeça ............................................ 36
Gráfico 7: Personagem mais marcante ............................................................. 37
Gráfico 8: Tipo de produtos adquiridos .............................................................. 38
Gráfico 9: Motivação de compra ........................................................................ 39
1

1 O tema e o problema de estudo

1.1 Introdução ao tema e ao problema do estudo

O mercado de entretenimento abrange categorias diversas como cinema,


jogos, diversão, internet, televisão, música, artes e esportes. Segundo a PWC
(PWC 2013), este mercado possui uma perspectiva de crescimento a nível
global de 5,7% até 2017, movimentando assim, US$2,2 trilhões. No Brasil, a
perspectiva é de que o mercado chegue a movimentar US$71 bilhões até 2017,
pois o país vem ganhando visibilidade internacional por sediar eventos de
grande porte como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
(SEBRAE, 2013)
Considerando o mercado global é possível perceber que os Estados
Unidos da América (EUA) lideram o setor tendo uma vasta produção nas áreas
do cinema e do teatro e mais de 300 variedades de parques temáticos. Os EUA
são responsáveis por 25% da produção mundial do mercado cinematográfico,
93% destes filmes são apontados como sucessos de bilheteria. (VEJA 2008)
O mercado cinematográfico atual vai além das imagens exibidas nas telas
de cinema. Filmes e produtoras passaram a ser reconhecidas como marcas,
atraindo uma legião de fãs que se identificam com os personagens e valores da
marca. Diante disto, o poder da marca pode ser explorado buscando obter lucro
através da venda de produtos relacionados (EXAME, 2015). Estes produtos
temáticos, chamados de produtos agregados, derivados ou tie-in, são
encontrados nas mais diversas categorias e muitas vezes continuam sendo
comercializados depois que o filme já saiu de cartaz (TURNER, 1997).
Os filmes de grande sucesso de bilheteria apresentam maior oferta de
produtos agregados, pois aproveitam o sucesso nas telas de cinema para
oferecerem produtos que proporcionam ao consumidor uma experiência ainda
mais real com o filme, gerando uma maior receita para a produtora que detém a
“marca”. A exploração desse segmento foi fundamental para o mercado
cinematográfico visto que muitas vezes a venda de produtos agregados acaba
gerando uma receita maior do que a exibição do filme em si nas telas de cinema
(TURNER, 1997).
2

Dentre as principais produtoras norte-americanas, encontram-se a


Illumination Entretainment e sua parceira, a Universal Studios. Juntas, elas
possuem um amplo portfólio de desenhos animados de longa-metragem e uma
ampla variedade de produtos e serviços oferecidos ao consumidor, incluindo
parques temáticos e diversos outros produtos e serviços que sempre remetem a
algum personagem do filme, gerando uma relação de proximidade com o
consumidor.
Neste portfólio encontra-se o filme Meu Malvado Favorito (Despicable Me)
que contou com dois volumes. A história principal é sobre um anti herói que
adota três irmãs órfãs e acaba se apegando a elas.
O primeiro filme estreou em 277 países, sendo lançado no Brasil em 6 de
agosto de 2010 (ADORO CINEMA, 2014). Logo no fim de semana do
lançamento, Meu Malvado Favorito contou com um publico de 432.063 pessoas,
arrecadando um total de R$5.220.730,00 (IBOE, 2014). O gasto para produzir o
filme ficou em R$69.000.000 enquanto que a receita arrecada com o mesmo foi
de R$543.113.985.
O segundo filme (Meu Malvado Favorito 2) foi lançado apenas três anos após
o primeiro filme ter sido lançado, estreando nas telas dos cinemas brasileiros em 5
de julho de 2013. A estréia contou com 743.000 espectadores, e nas duas primeiras
semanas de exibição arrecadou US$ 9,7 milhões (ADORO CINEMA, 2013).
Ambos os volumes foram sucesso de bilheteria, tendo uma enorme
repercussão entre pessoas das mais diferentes idades. As produtoras aproveitaram
o sucesso da marca Meu Malvado Favorito e de seus personagens para oferecer
uma ampla gama de produtos derivados. O filme se tornou uma marca tão poderosa
que cinco anos após o lançamento do primeiro filme algumas empresas
consideradas referências em seus segmentos como TicTac, Kinder, Havaianas e
Chocolates Brasil Cacau compraram os direitos de licenciamento da marca para
poder utilizar a imagem dos personagens do filme em seus produtos.
O sucesso dos Minions foi tão grande que estes passaram a ser considerados
como marca, ganhando um filme próprio que estréia no Brasil em 25 de junho de
2015 (ADORO CINEMA, 2015). O envolvimento e a identificação das pessoas com o
personagem influenciam diretamente no processo de compra dos produtos
derivados do filme.
Esta influência foi percebida de maneira tão intensa que a Pantone,
responsável pelo registro de cores de tinta, em parceria com o cantor Pharrell
Williams, registrou uma nova cor em sua paleta: o amarelo Minion (PANTONE,
2015).
3

A TicTac, marca de bala, estampou os Minions (personagens do filme Meu


Malvado Favorito) não só em suas embalagens como no formato das balas. O
TicTac Minions é uma edição limitada lançada somente nos Estados Unidos da
America e conta com três Minions diferentes: Stuart, Kevin e Bob. A bala ainda
possui sabor de banana, tornando a experiência do consumidor ainda mais real ao
fazer referencia à adoração que os personagens possuem pela fruta nos filmes (B9,
2015).
Já a Kinder optou por uma edição especial de ovos de páscoa, que ao
comprar o ovo ganhava-se um brinquedo relacionado a um personagem do filme
(KINDER, 2015) e a Chocolates Brasil Cacau por uma edição de alfajor que vinha
com um Minion estampado na embalagem(CHOCOLATES BRASIL CACAU, 2015).
Diante destes pontos apresentados, cabe-se a seguinte pergunta: Qual a
influência que os filmes têm na compra de produtos derivados?

1.2. Objetivo do estudo

Este estudo tem como objetivo entender a influência que os filmes têm na
compra de produtos derivados e investigar quais são os fatores que influenciam
na decisão de compra de produtos derivados de personagens de filmes.

1.3. Objetivos intermediários do estudo

Para se atingir o objetivo final proposto esse estudo prevê, como objetivos
intermediários a serem alcançados:

 Fazer uma análise do mercado de cinema.


 Estudar o mercado de produtos derivados.

1.4. Delimitação e foco do estudo

Este estudo será focado em entender o comportamento do consumidor de


produtos agregados tendo como base os filmes do Meu Malvado Favorito 1 e 2
(Despicable Me).
Embora relevante, não se pretende com este estudo analisar o mercado de
uma forma geral, mas sim concentrar a análise no mercado nacional brasileiro
sob o foco de consumidores que viram os filmes e moram na cidade do Rio de
Janeiro.
4

As entrevistas e pesquisa do presente estudo foram realizadas no período


de março a maio de 2015.

1.5 Justificativa e relevância do estudo

O presente estudo busca entender as diversas maneiras que um filme


pode estar presente no cotidiano dos consumidores e como estes influenciam no
comportamento do consumidor de produtos agregados do filme. Tal perspectiva
de análise se mostra interessante por tratar de um tema com poucos estudos
acadêmicos, principalmente sob a ótica do marketing, com imersão no
comportamento do consumidor e no valor da marca gerado pelo filme.
As informações que este estudo pretende produzir podem ser
interessantes também para empresas que atuam com entretenimento. O
resultado do trabalho pode apresentar subsídios para a tomada de decisão ao
estudar o comportamento de seu público.
Além disso, o estudo também se faz relevante para futuras pesquisas e
trabalhos acadêmicos, auxiliando em uma possível reflexão sobre o
comportamento do consumidor de filmes de sucesso e seus produtos agregados.
5

2 Revisão de literatura

Este capítulo tem como objetivo apresentar e discutir aspectos conceituais


e estudos relacionados ao tema que servirão de base para análise.
Esta seção está dividida em cinco partes que abordam temas como o
conceito de produto cultural e suas implicações no mercado cinematográfico,
referindo-se principalmente aos produtos agregados. Serão abordados também
os conceitos de envolvimento do consumidor com o produto, a fim de
contextualizar a influência das marcas no cotidiano dos consumidores.

2.1. Produto Cultural

Segundo Colbert (2012), o marketing cultural consiste em fazer contato


com os consumidores em potencial antes mesmo da aceitação do produto no
mercado. Já Diggle (apud Colbert, 2012, p. 11) propõe criar uma relação entre o
artista e o público, para que o máximo de consumidores possa ter contato com a
obra, colocando os mesmos como foco principal de qualquer estratégia de
marketing cultural, buscando também um melhor resultado financeiro.
As empresas estão cada vez mais atentas para que os consumidores
percebam o que realmente está sendo oferecido como produto central e o que é
uma oferta secundária. O produto central proporciona ao consumidor a
satisfação de necessidades específicas, enquanto o produto secundário tem
forte relação com o principal, já que oferecem benefícios adicionais ao produto
principal, mas seu objetivo é melhorar a experiência de compra e diferenciá-lo da
concorrência (LOVELOCK e WRIGHT, 2001). Analisando o modelo descrito por
Lovelock e Wright (2001), do ponto de vista do cinema, os filmes são a oferta
central, e os produtos derivados, as ofertas secundárias.
Para que a comercialização dos produtos seja feita de uma forma
direcionada, as empresas devem classificar seus produtos de acordo com a
quantidade de esforço que o consumidor deve desprender para comprá-lo
(CHURCHILL, 2000). Segundo Kotler (2000), essa classificação ainda deve ser
feita tendo em vista a grande variedade de produtos que são comercializados
hoje em dia.
6

Ambos os autores classificam os produtos em quatro itens, sendo eles:


produtos de conveniência, produtos de compra comparada, produtos de
especialidade e produtos não procurados.
Os produtos de conveniência são aqueles comprados com maior
frequência e apresentam pouca fidelidade do consumidor à marca.
Os produtos de compra comparada são conhecidos também como “compra
pensada”, sendo aqueles que o consumidor antes de comprar faz a comparação
com produtos substitutos.
A compra de produtos de especialidade envolve um produto específico,
onde o consumidor está disposto a pagar um pouco mais para ter o que deseja.
Por fim, os produtos não procurados, que são aqueles que muitos
consumidores não têm conhecimento da existência, onde é preciso desenvolver
uma estratégia de comunicação para que os consumidores saibam de sua
existência (CHURCHILL, 2000).
Apesar das quatro maneiras de distinguir os produtos, segundo Kotler
(2000), Colbert (2012) afirma que na comercialização de produtos culturais são
utilizadas apenas três maneiras: produtos de conveniência, produtos de compra
comparada e produtos de especialidade.
Os produtos culturais geralmente se enquadram na categoria de bens de
especialidade. O consumidor que deseja ver um show ou um filme específico
busca comprar o ingresso com antecedência para não correr o risco de não
conseguir comprar e perder o espetáculo ou filme. Em algumas situações, um
produto cultural pode ser classificado como bem de compra comparada, já que o
consumidor pode, por exemplo, entrar em uma livraria à procura de um
determinado tipo de livro, e acabar escolhendo outro (COLBERT, 2012)

2.2. Produto Agregado

Neste item, busca-se entender e evidenciar como as empresas de


entretenimento fazem com que seus produtos e serviços sejam desejados pelos
consumidores ao agregar valor a eles, com foco em produtos agregados.
Os filmes de longa-metragem deixaram de ser um produto único para se
tornarem parte de uma ampla gama de produtos e artigos culturais oferecidos
aos consumidores. O desejo de assistir aos filmes está cada vez mais
relacionado com outros desejos, como moda, status, novidade. Como exemplo,
pode-se citar o filme “Tubarão”, primeiro filme que foi sucesso de bilheteria do
7

cinema de Hollywood, onde juntamente com o filme, vieram outros produtos,


como trilha sonora, roupas, jogos, brinquedos, livro sobre a elaboração do filme.
Desta forma, os profissionais de marketing passaram a reconhecer os filmes de
longa-metragem como complexo multimídia, já que há uma expansão do filme
em outros produtos e serviços (TURNER, 1997).
O mercado cinematográfico divide seus filmes em duas categorias: High
concept¹ e Low concept². Os filmes classificados como Hight concept são
considerados grandes produções cinematográficas, que apresentam muitos
efeitos especiais, um elenco conhecido, um roteiro que prende a atenção e
encanta o telespectador. Além disso, os Hight concept possuem inúmeras
formas de se lucrar com o filme, já que grande parte da receita total do filme
deriva-se de produtos agregados. Nesta categoria é que se encaixam a maioria
dos blockbusters. Já o conceito de Low concept está relacionado a filmes que
não chamam tanto a atenção do consumidor para a aquisição de produtos.
Nesta categoria encontramos filmes que são considerados verdadeiros clássicos
do cinema, que também podem ter sido sucesso de bilheteria, como é o caso do
filme “Cisne Negro” ou “Fantasma da Ópera”, porém não apresentam uma
procura grande por seus produtos derivados (NEALE e SMITH, 2013).
Os produtos derivados, geralmente, são comercializados posteriormente
ou pouco tempo antes do lançamento de seu filme. Porém, existem casos de
produtos que deram origem aos filmes, como é o caso da boneca Barbie e do
Lego. Ambos já estavam presentes nas prateleiras das lojas quando tiveram
seus filmes lançados. Neste caso, é possível considerar que o filme na verdade
foi um produto agregado do brinquedo, visto que o que originou o filme foi a já
existência do produto central.
De forma geral, a tendência de combinar filmes com uma variedade de
produtos tem oferecido às empresas produtoras estratégias de marketing que
exploraram comercialmente os produtos agregados. Estes permanecem no
mercado mesmo após a passagem dos filmes em todas as mídias, gerando
assim um maior valor agregado nos consumidores finais. Além disso, um produto
agregado pode surgir ao reboque do sucesso de filme, sendo concebido depois
que o filme saiu de cartaz, como, por exemplo, casos de bonecos, acessórios,
roupas, entre outros (TURNER, 1997).
Com a globalização, houve uma maior concentração dos meios de
comunicação, favorecendo o desenvolvimento do mercado cinematográfico, não
apenas ao que diz respeito à bilheteria dos longas-metragens, mas também no
que se refere a produtos extensivos, estejam eles fazendo referência ao filme
8

como roupas, brinquedos, acessórios, ou a própria produtora, com livros ou


canais de televisão. Tal expansão hoje é permitida graças à facilidade que as
empresas têm em disponibilizar seus produtos ao redor do mundo (NEALE e
SMITH, 2013).

2.3. Envolvimento do Consumidor

Segundo Peter e Olson (2010), existem três níveis de envolvimento que


um consumidor pode ter com um produto, serviço ou marca: baixo, onde há
pouca ou até nenhuma importância percebida; moderado, onde se percebe
alguma importância; alto, quando há grande importância percebida.
O envolvimento acontece quando o produto ou serviço percebido pelo
consumidor apresenta relevância, com base em suas necessidades, valores e
interesses. Por se tratar de uma construção social, o envolvimento pode ser
relacionado com diversos fatores, como: necessidades, interesses, valores,
ocasião, compra/uso (SOLOMON, 2011). Esta relação pode ser vista ao
observarmos a figura 1 abaixo:

Figura 1 – Envolvimento do Consumidor:

Fonte: Michael Solomon, "O Comportamento do Consumidor - Comprando, possuindo e


sendo", Porto Alegre, Bookman, 2011, p 164.
9

Quando o consumidor percebe a relação existente entre as necessidades


e valores, sendo motivado a prestar mais atenção nas informações que os
produtos ou serviços oferecem, ele também passa a ser visto como motivação a
alguma ação (SOLOMON, 2011).
O envolvimento entre o consumidor e o produto/serviço motiva, estimula e
direciona os procedimentos e comportamentos cognitivos e afetivos no momento
da tomada de decisão. Quando se tem interesse por alguma coisa, e se está
envolvido, o consumidor desprende de mais tempo para realizar a compra, uma
vez que irá procurar todas as informações necessárias sobre o produto ou
serviço, para satisfazê-lo (PETER e OLSON, 2010).
Considerando o envolvimento, classifica-se a tomada de decisão em três
pontos: tomada de decisão rotineira, onde há baixo envolvimento, destinando-se
o mínimo de tempo possível na compra do produto ou serviço; tomada de
decisão limitada, onde se tem um envolvimento moderado, já que se busca
informações do ambiente interno e externo, destinando pouco tempo para a
compra; tomada de decisão extensiva, com alto envolvimento, considerando
informações externas e investindo tempo no processo de compra (LARENTIS,
2012).

2.4. O Poder das Marcas

Marca pode ser definida como “um nome, termo, sinal, símbolo ou design,
ou uma combinação de tudo isso, destinado a identificar os bens ou serviços de
um fornecedor ou de um grupo de fornecedores para diferenciá-los dos de outros
concorrentes”, afirma Kotler e Keller (2012).
O conceito de marca está relacionado à reputação que a mesma adquiriu
ao fazer algo desejado ou esperado pelo seu público alvo (NOBREGA, 2004).
Segundo Guimarães (2003), considerando um contexto de mercados com
monopólios ou oligopólios, onde não há concorrência, uma marca se resumiria
apenas a um nome e uma forma gráfica, o que não corre nos dias de hoje.
A personalidade da marca é composta por características que os
consumidores atribuem aos produtos, relacionando e categorizando eles
(SOLOMON, 2011). Segundo Aaker (1996), a individualidade de cada produto é
criada de acordo com a maneira que características humanas são relacionadas a
marcas especificas, ajudando assim na formação da personalidade da marca.
10

Segundo Solomon (2011), para que o consumidor construa uma relação de


lealdade com a marca, é fundamental que a mesma possua uma personalidade
bem sucedida e, consequentemente, produtos que se destaquem meio aos
concorrentes. Desta forma, a marca será percebida como diferente das demais,
tendo assim um valor diferenciado aos olhos do consumidor.
Transformar uma marca em conhecida, se tornando referencia no mercado
e sinônimo de produto de qualidade é um dos grandes objetivos da maioria das
empresas, que almejam ter a marca como um patrimônio da empresa (LAS
CASAS, 1997).
A marca ganha valor para os consumidores de acordo com a maneira com
que eles a percebem. Se o valor da marca percebido pelo cliente for grande,
maior é o envolvimento do mesmo com os produtos e o esforço disposto por ele
a fazer para adquirir o produto. O fato de considerar a marca diferente das
demais faz com que o consumidor esteja disposto a pagar mais caro pelo
produto da marca do que a pagar mais barato por um mesmo produto da
concorrência. A forma como a sociedade enxerga uma marca especifica é
retratada pelo sentimento que os consumidores têm perante a mesma
(SOLOMON, 2011).
A marca que conquista a fidelidade do consumidor sabe que ele está
disposto a pagar de 20% a 25% a mais para ter um produto ou serviço associado
à mesma, por acreditar que o valor desejado será atendido. A fidelidade a uma
marca também torna mais difícil a entrada de concorrentes no mercado, pois
independente da capacidade de fabricação destes novos concorrentes, eles
enfrentarão dificuldades no que diz respeito a experiências e imagens positivas
para os consumidores (KOTLER e KELLER, 2012).
O forte vinculo criado entre as marcas e os consumidores fez com que os
produtos e serviços passassem a ser qualificados com as mesmas
características utilizadas para descrever um individuo (AAKER, 1996).

"[...] a personalidade da marca proporciona


profundidade, sentimentos e apreço pelo
relacionamento consumidor/marca. Esse relacionamento
pode ser o alicerce para uma diferenciação real e uma
vantagem competitiva." (AAKER, 1996, p.177-178).
11

A marca é um fator fundamental na elaboração de uma estratégia de


marketing, pois os clientes, dos mais variados segmentos, utilizam os atributos
oferecidos pelas marcas para diferenciar os produtos (COLBERT, 2012).
A experiência com a marca é algo marcante para o consumidor, fazendo
com que fique na memória dele se a experiência foi positiva ou negativa. Isso se
reflete em decisões de compras futuras, pois uma vez que a marca possui uma
imagem negativa com o consumidor ele trará esta imagem da marca para o
momento presente no processo de tomada de decisão e provavelmente, não
optará por esta marca (KELLER e MACHADO, 2008).
Segundo Da Paz (2011), a personalidade da marca ajuda o consumidor a
diferenciá-la das demais, sendo um fator motivacional na compra de um produto,
pois quando desenvolvida, torna a marca em si mais atraente, transformando-a
em um objeto que retrata a personalidade do seu consumidor.
É possível definirmos uma marca através de cinco características, sendo
elas: confiabilidade do nome, qualidade percebida, fidelidade e satisfação dos
clientes, associação com fatores relevantes ao mercado e ativos tangíveis e
intangíveis associados à marca (COLBERT, 2012).
Através da analise da personalidade da marca, consegue-se identificar os
pontos fracos que a marca possui, podendo influenciar na percepção que os
consumidores terão sobre a mesma. Estas percepções podem ser observadas
na tabela 1.

Tabela 1 - Percepções da personalidade da marca.

Ação da Marca
Volúvel,
A marca é reposicionada várias vezes ou muda seu slogan repetidamente.
esquizofrênica
A marca usa o mesmo personagem em seus anúncios. Familiar, confortável
A marca é cara e usa um sistema exclusivo de distribuição. Esnobe, sofisticada
A marca comfrequencia está disponível em liquidações. Barata, sem cultura
A marca oferece muitas extensões de linha. Versátil, adaptável
A marca patrocina programas em um canal público de televisão, ou usa
Útil, cooperativa
materiais reciclados.
A marca apresenta embalagem fácil de usar ou fala no mesmo nível que o
Receptiva, acessível
consumidor em suas propagandas.
A marca oferece liquidação total sazonal. Planejada, prática
A marca oferece garantia de cinco anos ou linha direta gratuita ao consumidor. Confiavel, segura
Fonte: adaptado de Michael Solomon, "O Comportamento do Consumidor - Comprando,
possuindo e sendo", Porto Alegre, Bookman, 2011, Tabela 6.2, p.249.
12

Muitas marcas se associam a produtos e serviços buscando usar o seu


poder para agregar valor aos mesmos e consequentemente, gerar uma receita
adicional à marca. Essa associação pode ser feita através de um licenciamento
de propriedade intelectual, onde o detentor da marca concede direitos a terceiros
para que utilizem-na em seus produtos e serviços. Para os licenciados, esta
relação é vantajosa, pois há um reconhecimento instantâneo do produto e uma
valorização dos consumidores que associam o produto aos valores e conceitos
já existentes ligados à marca. Para o detentor da marca, além do aumento da
receita, há uma maior facilidade e agilidade na exploração de segmentos e
regiões diferentes, tendo tempo hábil para focar no desenvolvimento e
fortalecimento da marca (RABELO, 2007).
Esta relação ocorre muito com os personagens do filme Meu Malvado
Favorito, uma vez que podemos identificá-los em diversos produtos dos mais
variados seguimentos.

2.5.Brand Equity

O valor agregado que se identifica em um produto ou serviço é chamado


de brand equity. Ele influencia na maneira de agir e de pensar dos consumidores
e como os mesmos se sentem em relação à marca, podendo intervir nos preços
e na lucratividade da marca (KOTLER e KELLER, 2012).
Segundo Aaker (1998), o brand equity é formado por um conjunto de
fatores relacionados a todos os aspectos da marca, como símbolo, design e
nome, que adicionam ou diminuem o valor que um produto ou serviço possui
para os consumidores da marca. Já Guimarães (2007) refere-se ao brand equity
como a capacidade da marca de alavancar capital, talentos, distribuição,
consumo e parcerias no mercado a que pertence.
Segundo Kotler e Keller (2012), brand equity pode ser definido através do
conhecimento da marca e da resposta que o consumidor dá em relação ao
marketing dela, diferenciando-a das demais de maneira positiva ou negativa.
A figura 2 a seguir retrata a integração entre a comunicação do marketing
com a construção do brand equity:
13

Figura 2 – Integração da comunicação do marketing com a construção


do brand equity:

Fonte: baseado em Kotler e Keller (2012) "Administração de Marketing", material complementar


Capitulo 17.

Caso o consumidor reaja de maneira positiva à marca ao identificá-la,


diferentemente de quando não a identifica, pode-se dizer que a marca possui
brand equity positivo. Em contra partida, uma reação negativa à marca ou uma
pior reação ao ser exposto à mesma do que na ausência da mesma indicam um
brand equity negativo da marca (KOTLER e KELLER, 2012).
Situações onde não há uma diferença na resposta dada pelo consumidor
ao ser exposto a marca fazem com que não seja possível mensurar o brand
equity da mesma. Um exemplo de produto em que isso ocorre com frequência
são os commodities, pois a competição entre os concorrentes é focada nos
preços ofertados.
Segundo Kotler e Keller (2012), é essencial para as marcas criarem com
seus consumidores associações fortes e exclusivas, fazendo com que eles
percebam na marca aspectos que sejam importantes para eles.
A tabela a seguir retrata os principais benefícios do brand equity (KOTLER
e KELLER, 2012).
14

Tabela 2 - Vantagens de marketing que uma marca forte proporciona

Fonte: adaptado de Kotler e Keller, "Administração de Marketing", São Paulo, Pearson, 2012.

2.5.1.Branding

Branding, segundo Kotler e Keller (2012), significa fornecer produtos e


serviços com o poder de uma marca.
O maior desafio da marca é fazer com que o consumidor conheça e
identifique o produto através do nome ou de aspectos da marca, entenda para
quê o produto serve e se interesse por ele.
O branding busca criar diferenças entre as marcas. Para isso, é essencial
que a marca seja fixada na cabeça do consumidor, pois a lembrança da marca
gera valor e auxilia no processo de tomada de decisão do consumidor (KOTLER
e KELLER, 2012).
O consumidor precisa identificar uma diferença significativa entre as
marcas de uma mesma categoria e estas devem atender as expectativas do
consumidor em relação a fatores como preço, qualidade, exclusividade,
inovação, dentre outros.

2.6.O “Eu”

O comportamento de um individuo está ligado à imagem que o mesmo


quer passar e ser percebido pelos outros. Esses comportamentos refletem a
personalidade e demais características que auxiliam no julgamento da
identidade social feita sobre o outro, inclusive os comportamentos relacionados à
compra de produtos.
Os produtos podem ser interpretados como um reforço da autoimagem de
uma pessoa, podendo ser utilizados, por exemplo, em situações em que haja um
desconforto e o individuo busque uma maior segurança (SOLOMON, 2011).
15

Cada pessoa possui uma autoimagem, que está diretamente associada


com a personalidade do individuo. Isso se evidencia ao percebermos que os
consumidores são mais propensos a comprar produtos e serviços que
correspondam e retratem esta autoimagem. (SCHIFFMAN e KANUK, 2000).
Shiffman e Kanuk (2000) acreditavam no conceito de um eu múltiplo, uma
vez que os consumidores são propensos a agirem de acordo com a situação em
que estão inseridos, tendo assim diferentes reações. Isto não ocorreria na ideia
do eu único, pois como o próprio nome diz, seria um único eu agindo de uma
mesma maneira independente da diversidade da situação em que estivesse
inserido.
Se uma pessoa não possuir uma autoimagem completa, ela tenderá a
completar esta autoimagem através de objetos que, ao serem adquiridos ou
evidenciados, façam referencia à sua personalidade. Segundo Solomon (2011),
este movimento é conhecido como teoria da autocomplementação simbólica. Há
situações em que as pessoas se apegam tanto a um determinado produto que
quando o perdem ou quebram, sofrem tendo a sensação de uma grande perda,
e passam a ter medo de se apegar novamente a outros produtos, a fim de evitar
que este sentimento de perda se repita (SOLOMON, 2011).
Devido ao valor simbólico que os produtos e marcas possuem para os
consumidores, estes buscam adquirir produtos que julgam ser coerentes com a
sua autoimagem e passam a evitar aqueles que não são (SCHIFFMAN e
KANUK, 2000).
Schiffman e Kanuk (2000) também identificaram no consumidor cinco tipos
de autoimagens: 1- real: como os consumidores se veem; 2- ideal: como os
consumidores gostariam de ser vistos; 3- social: como o consumidor sente que é
visto pelos outros; 4- ideal social: como o consumidor gostaria que os outros o
vissem; 5- esperada: como os consumidores esperam ver a si próprios em algum
momento do futuro.
Há empresas que segmentam seus mercados de acordo com a
autoimagem dos consumidores. Estas devem levar em conta a autoimagem
esperada no momento de planejar e promover novos produtos e serviços para o
consumidor, pois esta autoimagem é a que possui maior valor para o
consumidor. O consumidor pode mudar sua autoimagem para que ela retrate um
determinado comportamento, como por exemplo, quando o consumidor busca
obter prestigio social através da compra de um determinado produto
(SCHIFFMAN e KANUK, 2000).
16

Para Schiffman e Kanuk (2000), os consumidores buscam confirmar sua


autoimagem através dos produtos que adquirem, e esta aquisição também está
diretamente ligada às emoções humanas.
Segundo Solomon (2011), os produtos e acessórios usados pelas pessoas
fazem parte do eu do individuo, tornando o objeto que se tem grande
identificação o eu estendido da pessoa. O eu estendido pode ser dividido em
quatro níveis, variando de acordo com objetos e lugares que permitam o
individuo a voltar ao momento vivido, sendo elas:

Tabela 3 - Níveis do Eu estendido

Níveis do Eu estendido
Inclusão de muitos bens pessoais na autodefinição do indivíduo. Reafirma
Nível
a ideia de que as coisas que uma pessoa tem, fazem parte da sua
Individual
identidade. Inclui jóias, carros, roupas, sapatos, etc.

Nível Neste nível o aspecto central da identidade é a casa do eu. Ela passa a ser
Familiar vista como um corpo simbólico para a família. Inclui casa e móveis.

Os consumidores fazem referência a religião ou a cidade onde nasceram.


Nível
Este nível é de extrema importância, para pessoas que vieram de cidades
Comunitário
pequenas e rurais.

Ligações com grupos sociais também podem fazer referência ao eu. Inclui
Nível de Grupo símbolos, monumentos, equipamentos esportivos, etc.
Fonte: adaptado de Michael Solomon, "O Comportamento do Consumidor - Comprando,
possuindo e sendo", Porto Alegre, Bookman, 2011, p 204.

Caso em algum momento o consumidor queira melhorar sua autoimagem,


isto será feito através de produtos que tenham identificação com essa
autoimagem desejada e que expressem o seu novo eu (SCHIFFMAN e KANUK,
2000).

2.7.Tomada de Decisão

Segundo Hawkins, Mothersbaugh e Best (2007), o consumo ocorre após a


identificação de um problema e o surgimento de uma oportunidade. Solomon
(2011) afirma que o consumidor realiza a compra buscando solucionar um
problema.
17

Algumas decisões são mais importantes do que outras, fazendo com que a
quantidade de esforço desempenhada nelas seja proporcional à sua magnitude
(SOLOMON, 2011).
Segundo Hawkins et al. (2007), até que um produto ou serviço seja
consumido o individuo obedece a cinco passos sequenciais antes da tomada de
decisão: o reconhecimento do problema, a busca de informações, a avaliação e
seleção de alternativas, a escolha da loja e compra e os processos de pós-
compra. Na figura abaixo se observa o processo de decisão do consumidor:

Figura 3: Etapas do processo decisório do consumidor

Fonte: Hawkins et al. (2007)

 O reconhecimento do problema
Esta primeira etapa do processo começa quando o individuo
identifica um vazio entre o estado desejado e o estado real dele,
iniciando assim o processo de decisão (SOLOMON, 2011).
Sempre que houver diferença entre a maneira como o individuo se
sente (estado real) e a maneira como ele gostaria de se sentir
(estado desejado), haverá o reconhecimento de um problema
(HAWKINS et al., 2007).

 Busca de informações
Após a identificação do problema, o consumidor busca informações a
fim de encontrar a melhor forma de solucioná-lo. É iniciada uma
pesquisa, que pode ser interna, ao se tratar de lembrar as
18

experiências anteriores, ou externa, onde a fonte de informação são


os amigos ou meios comerciais. O consumidor pode pesquisar de
mais de uma maneira, conforme julgar necessário, até obter
informações suficientes sobre o que deseja (SOLOMON, 2011).

 Avaliação e seleção de alternativas


Após obter informações suficientes, os consumidores selecionam as
marcas que eles vão analisar mais profundamente e os critérios que
utilizarão para avaliá-las. Neste momento, percebe-se que o
consumidor cria preferência por certas marcas (SCHIFFMAN e
KANUK, 2009).
Segundo Solomon (2011), os critérios de avaliação adotados pelos
consumidores são responsáveis pela escolha do produto.

 A escolha da loja e compra


Nesta etapa em que as alternativas já foram avaliadas pelo
consumidor, ele passa a decidir a respeito das lojas e dos produtos,
que tem sido uma difícil escolha mediante ao grande número de
opções existentes hoje no mercado. É neste momento que a melhor
alternativa é escolhida ou que encontra-se um substituto aceitável
(ENGEL, BLACKWELL e MINIARD, 2000).

 Processos de pós-compra
Após a compra do produto, é feita uma avaliação pós compra para
saber qual foi o resultado da compra. Neste momento, os
consumidores tendem a comparar a expectativa que tinham ao
comprar o produto e a experiência que tiveram após a compra. Ao
analisar isto, existem três possíveis resultados: o de um sentimento
neutro, quando o desempenho realizado é igual ao que se esperava;
a satisfação, quando o desempenho real ultrapassa a expectativa; e
a insatisfação, quando o desempenho real é inferior a aquilo que se
esperava (SCHIFFMAN et al., 2009).
19

3 Métodos e procedimentos de coleta e análise de dados


do estudo

Este capítulo será dividido em cinco seções que buscam informar,


respectivamente, sobre as etapas de coleta de dados do estudo que foi
realizado, a forma de tratamento dos dados obtidos e as limitações encontradas.
Nas três primeiras seções, pretende-se abordar as fontes de informação
selecionadas e a maneira utilizada para coletar as informações do estudo em
cada etapa. Apresentará também as respectivas justificativas sobre as formas
escolhidas para tratar e analisar os dados coletados. Na etapa seguinte, serão
abordados os processos e instrumentos de coleta de dados utilizados no estudo
e por fim, na ultima seção, as limitações do método encontradas.

3.1. Etapa 1 - Observação

Para a elaboração da primeira etapa da pesquisa foi utilizada a técnica de


observação. Esse método envolve a análise dos padrões comportamentais de
uma determinada amostra, colhendo informações sobre a situação de interesse.
Neste caso, não há qualquer tipo de interação entre o observador e o observado.
(MALHOTRA, 2005).

“[...] um observador treinado registra o comportamento


exatamente quando ele ocorre. O observador não tenta
controlar nem manipular o fenômeno que esta observando,
mas simplesmente registra o que ocorre.” (MALHOTRA, 2005,
p.147).

A utilização da observação se fez interessante na primeira etapa, pois


permite analisar o comportamento das pessoas envolvidas no processo de
compra, sendo elas adultos, jovens ou crianças. A realização desse método foi
fundamental para identificar os principais elementos percebidos pelos
consumidores.
As informações obtidas na primeira etapa permitiram a compreensão da
influência que os filmes exercem no comportamento do consumidor e, a partir
disso, elaborar as perguntas utilizadas nas etapas seguintes da pesquisa. Para a
seleção, foram analisados o comportamento de 10 pessoas que entraram em
uma loja de brinquedos localizada no Shopping Rio Sul (Rua Lauro Sodré, 446 –
20

Botafogo, RJ), à procura de qualquer produto que fizesse referencia aos filmes
“Meu Malvado Favorito 1 e 2”. A observação foi realizada nos dias 14 e 15 de
março de 2015, com duração de 3 horas por dia. A loja foi escolhida pela
pesquisadora devido à maior facilidade de acesso, sem que houvesse nenhuma
implicação por parte dos vendedores da loja na realização da pesquisa.
A pesquisadora se posicionou próxima ao balcão de pagamento e não teve
contato algum com os consumidores para que não houvesse qualquer tipo de
influencia dos mesmos. Durante a observação utilizou-se o conhecimento
adquirido até o momento para que fosse observado apenas o comportamento do
consumidor. Todas as reações foram registradas em um papel, para que depois
fossem analisadas.
Por se tratar da coleta de dados subjetivos e da percepção da
pesquisadora, pode ter havido um viés de percepção, uma vez que a
pesquisadora pode não ter notado algo relevante para a pesquisa.

3.2. Etapa 2 – Entrevista com vendedores

Para elaborar a segunda etapa da coleta de dados, foi realizada uma


entrevista em profundidade com funcionários de lojas de brinquedos. Sobre a
entrevista em profundidade, Malhotra (2005) afirma que são conversas
levemente estruturadas, direcionadas para o público-alvo da pesquisa, e que
buscam obter a informação desejada.
A escolha de realizar entrevistas com funcionários de lojas de brinquedos
se deu ao fato deles terem contato frequente com os clientes, e desta maneira,
possuirem um maior conhecimento sobre o envolvimento do consumidor no
processo de compra.
As entrevistas foram realizadas no período de 24 a 27 de março de 2015,
com dois vendedores de cada loja em quatro lojas diferentes, uma localizada no
Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290), duas localizadas no
Botafogo Praia Shopping (Praia de Botafogo, 400) e uma localizada no Shopping
Rio Sul (Rua Lauro Sodré, 446 – Botafogo, RJ). Os perfis dos vendedores
entrevistados são:
21

Tabela 4 - Perfil dos vendedores

Perfil dos Vendedores


Vendedor Sexo Local
1 Feminino Shopping Rio Sul
2 Feminino Shopping Rio Sul
3 Feminino Shopping Leblon
4 Masculino Shopping Leblon
5 Feminino Botafogo Praia Shopping – loja 1
6 Feminino Botafogo Praia Shopping – loja 1
7 Feminino Botafogo Praia Shopping – loja 2
8 Feminino Botafogo Praia Shopping – loja 2
Fonte: informações obtidas nas entrevistas.

Para que a pesquisa fosse realizada, foram analisadas informações


relevantes para a continuação do presente estudo. Para executá-las, foi
elaborado um roteiro de perguntas específicas (Anexo1) para os vendedores
responderem no momento da entrevista.
O viés de resposta pode ter ocorrido caso os funcionários tenham ocultado
ou fornecido informações de maneira leviana para que a entrevista acabasse
mais rápido, uma vez que a mesma foi feita durante o expediente dos
vendedores.

3.3.Etapa 3 – Entrevista com consumidores

Nesta etapa de obtenção de dados, foi realizada uma pesquisa


exploratória através de entrevistas em profundidade com consumidores de
produtos derivados do filme Meu Malvado Favorito. As informações obtidas
nesta etapa ajudaram a estruturar o questionário quantitativo e foram
fundamentais para que a pergunta do trabalho fosse respondida.
O público alvo da entrevista eram moradores do Rio de Janeiro que já
tivessem consumido qualquer produto ou serviço relacionado com o filme Meu
Malvado Favorito, seja para dar de presente ou para si mesmo. Os entrevistados
também foram selecionados de acordo com a facilidade de acesso entre eles e a
pesquisadora, sendo consideradas pessoas das mais variadas idades e do sexo
masculino e feminino.
O estudo considerou pessoas que já tivessem assistido a algum dos filmes
e comprado algum produto do Meu Malvado Favorito, a seleção foi de jovens de
22

20 a 25 anos pertencentes à classe A, cuja renda familiar é igual ou superior à


R$9.745,00 (FGV, 2011). Segue na tabela abaixo o perfil dos entrevistados:

Tabela 5 - Perfil dos entrevistados

Perfil dos Entrevistados

Produto(s) que
Entrevistado Idade Sexo Para quem era?
consumiu
Feminino Pelúcia e boneco
A 21 anos Para a entrevistada
plastico
B 21 anos Feminino Camisa e caneca Para a entrevistada
Caneta e lapiseira da
Feminino Pelúcia, caneta e
C 21 anos entrevistada e pelúcia
lapiseira
para dar de presente
D 24 anos Masculino Camisa e almofada Para o entrevistado
E 57 anos Feminino Itens de cozinha Para a entrevistada
F 22 anos Masculino Boneco plástico Para dar de presente
Adesivo de parede e Para dar de presente
G 32 anos Masculino
chinelo
Pijama, comida e Para a entrevistada
H 27 anos Feminino
boneco plástico
Boneco de plástico
Camisa, itens de festa
para dar de presente.
I 26 anos Feminino infantil e boneco
Demais itens para a
plástico
entrevistada.
Fonte: informações retiradas dos resultados obtidos nas entrevistas com os
consumidores.

As entrevistas ocorreram dos dias 10 a 14 de abril de 2015. As perguntas


foram baseadas nas informações obtidas nas etapas anteriores, buscando
serem perguntas especificas (Anexo 2).
Durante esta etapa, pode ter ocorrido um viés, uma vez que os
entrevistados foram pessoas próximas ao pesquisador e podem ter dado
respostas que auxiliassem a pesquisa. Outro viés é se o entrevistado nunca tiver
assistido à nenhum dos filmes do Meu Malvado Favorito, interferindo assim na
análise dos dados.
23

3.4. Etapa 4 – Pesquisa com consumidores

Para obtenção de dados na última etapa, foi realizada uma pesquisa


quantitativa com os consumidores sobre os produtos derivados do filme Meu
Malvado Favorito. O objetivo desta etapa era obter informações suficientes para
responder a pergunta do presente trabalho.
Segundo Kottler (1998), a pesquisa quantitativa é geralmente utilizada
após uma pesquisa qualitativa, pois a etapa qualitativa gera as hipóteses e
conhecimento necessário para construir um questionário quantitativo, que
permite testar uma hipótese junto ao público alvo.
Nesta etapa, foi estruturado um questionário desenvolvido com base nas
informações obtidas através da entrevista com os consumidores. O público alvo
são pessoas residentes do Rio de Janeiro que consumam produtos e serviços
relacionados ao filme Meu Malvado Favorito. O questionário foi estruturado no
programa Qualtrics e distribuído e respondido de maneira virtual, considerando
pessoas de idades variadas, dos sexos femininos e masculino.
A amostra contou com 150 respondentes e o perfil da amostra foi
composto de 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino, tendo a grande
maioria entre 20 e 25 anos e solteiro.
O questionário ficou disponível para ser respondido entre os dias 20 e 29
de abril de 2015. As perguntas eram especificas, tendo uma pergunta aberta e
uma tabela Likert, mas sendo em sua grande maioria fechadas. (Anexo 3)
O viés que pode ter ocorrido nesta etapa é dos respondentes não terem
respondido ao questionário de maneira focada e acabassem dando uma
resposta leviana para que o questionário acabasse logo, ou que não chegassem
a finalizar o questionário por achar longo ou por não ter interesse. Outro fator
relevante é um viés de resposta é devido aos respondentes serem do ciclo de
convivência do pesquisador. Neste caso, o respondente que soubesse do tema
da pesquisa pode ter respondido a mesma buscando ajudar a pesquisa,
respondendo assim de maneira tendenciosa o questionário.
Este trabalho não representa a opinião do público em sua totalidade, visto
que as opiniões e respostas a serem analisadas pertencem a uma amostra
pequena se comparada ao mercado de entretenimento em geral.
24

3.5. Formas de tratamento e análise dos dados coletados para o


estudo

Nas três primeiras etapas as informações foram coletadas através dos


depoimentos feitos e anotados pela pesquisadora. Na quarta etapa, o
questionário elaborado foi distribuído e feito com o auxilio de uma ferramenta
eletrônica de pesquisa, o Qualtrics, que auxiliou no tratamento dos dados
obtidos.
As informações obtidas em todas as etapas foram analisadas de maneira
singular, buscando-se vincular as informações colhidas de cada etapa para
então identificar o envolvimento dos consumidores com o filme Meu Malvado
Favorito e como esse envolvimento influencia na busca por produtos
relacionados ao filme.
25

4 Apresentação e analise dos resultados

4.1.Descrição e análise dos resultados do método de observação

Na etapa da observação, reparou-se que ao entrar em uma loja de


brinquedos os pais já sabem qual produto querem comprar. A maioria do público
observado era composta por mães e seus filhos que iam juntos à compra de
algum brinquedo. O pai raramente acompanhava a mãe e/ou seu filho a
entrarem na loja.
Quando a criança estava presente ao entrar na loja, a mesma já sabia
exatamente qual brinquedo queria e a que personagem se referia, especificando
bem o produto desejado. Já quando os pais entravam na loja sozinhos, sem a
presença dos filhos, os mesmos não sabiam identificar o produto com tanta
precisão como as crianças, sabendo apenas qual produto era e se fosse o caso,
a que filme se referia. Em ambos os casos foi possível perceber o impacto do
envolvimento com um personagem ou com um filme causam no consumidor.
O boneco mais procurado relacionado a um personagem do filme Meu
Malvado Favorito foi dos Minions (Figura 4) e foi interessante perceber que todos
que buscavam o personagem sabiam seu nome, sem necessidade de
referenciá-lo ao filme.

Figura 4 - Boneco Minion

(Fonte: Tricae, www.tricae.com.br)


26

O consumidor que buscava por produtos específicos possuía um grande


envolvimento com o filme, uma vez que sabia exatamente o nome do
personagem que estavam buscando e, provavelmente, na ausência do produto
com aquele personagem na loja dificilmente aceitaria um produto similar.
Confirma-se assim a afirmação de Peter e Oslon (2010) de que o envolvimento
entre o consumidor e a marca interfere de maneira a motivar, estimular e
direcionar o comportamento que o consumidor terá no processo de tomada de
decisão da compra.
Em um determinado momento uma criança entrou com a mãe na loja e
começou a descrever detalhadamente o produto desejado, que no caso, era
uma boneca da Agnes (Figura 5 – personagem do filme Meu Malvado Favorito).
A criança descreveu as características físicas e roupas da personagem e chegou
até a imitar uma ação da personagem no filme. O vendedor respondeu que não
tinha a boneca na loja e ofereceu uma outra, mostrando para a criança a que ele
tinha e buscando realizar a venda. A menina não aceitou e ficou repetindo que
tinha que ser a Agnes (Figura 6) e que não queria outra. Como desfecho, a mãe
agradeceu ao vendedor e disse à menina que a levaria em outra loja para ver se
achavam a boneca desejada.

Figura 5 – Agnes

(Fonte: www.pinterest.com)
27

Figura 6 - Boneca Agnes

(Fonte: Amazon, www.amazon.com)

Essa situação retrata mais uma vez o processo de escolha e de tomada


de decisão do consumidor antes de chegar ao ponto de venda, e como ele
tem relação com o envolvimento do mesmo com a marca. Segundo Solomon
(2011), o envolvimento ocorre no momento em que o produto apresenta
relevância quando comparado com o interesse do consumidor, fazendo assim
com que este dê maior valor às características do produto, não aceitando
substitutos.
Em ambas as situações, não houve qualquer restrição dos pais em
relação ao produto escolhido pelos filhos. A única interferência que houve foi
no momento que o brinquedo desejado não se encontrava na loja, pois neste
caso os pais interferiam buscando uma solução para satisfazer o desejo do
filho(a).
Houve um momento em que uma mãe entrou na loja buscando uma
fantasia da Agnes (Figura 7). Ela disse à vendedora que faria a festa de 6
anos da sua filha e que a menina pediu que o tema da festa fosse o filme Meu
Malvado Favorito, por isso queria dar de presente a fantasia para a filha usar
na festa. A vendedora percebeu uma oportunidade e ofereceu à mãe demais
produtos relacionados ao filme, que poderiam ser utilizados para decorar o
ambiente da festa ou para presentear a aniversariante. A cliente acabou
comprando não só a fantasia como também uma boneca de pano da Agnes
28

(Figura 8), bonecos de plástico dos Minions (Figura 9) e uma mochila com os
personagens do filme.

Figura 7 - Fantasias da Agnes

(Fonte: www.bellacollezione.com)

Figura 8 – Boneca de pano da Agnes

(Fonte: www.mercadodobebe.com)
29

Figura 9 – Boneco de plástico dos Minions

(Fonte: www.lojaroupasfemininasonline.com.br)

Neste caso foi possível perceber a relevância do envolvimento com a


marca no momento da compra, pois mesmo sem a presença da filha a mãe
buscava no processo de compras produtos relacionados ao filme Meu Malvado
Favorito. A busca por esses produtos específicos ocorreu pela experiência que a
filha teve ao ver o filme e o desejo gerado após essa experiência.
Segundo Larentis (2012), o tipo de tomada de decisão está diretamente
ligado ao envolvimento do consumidor. No caso desta observação, percebe-se
que a tomada de decisão é do tipo em que há um alto envolvimento do
consumidor, pois há um tempo demandado na compra do produto e são
consideradas no processo de compra informações externas.
Outro caso observado foi o de um jovem, que aparentava ter uns 17 anos,
e entrou na loja e ficou olhando as prateleiras como se estivesse buscando por
algo. Uma vendedora veio atendê-lo, perguntando se poderia ajuda em algo e
ele disse que buscava por uma pelúcia de Minion, personagem do filme Meu
Malvado Favorito. A vendedora checou e disse ao rapaz que no momento o
produto estava esgotado e ele mesmo perguntou se havia em alguma outra loja.
Ao conferir a vendedora viu que havia em estoque e solicitou a transferência do
produto entre as lojas, pegando os dados do cliente e dizendo ao mesmo que o
produto deveria chegar na loja num prazo de 3 dias.
Ao observar este movimento de compra, ficou claro mais uma vez a
importância do valor que o consumidor dá a um produto ou marca, pois o
consumidor preferiu aguardar por um tempo maior até obter exatamente o
produto desejado do que levar alguma outra pelúcia.
O envolvimento faz com que o consumidor construa uma relação de afeto
que motiva e estimula o comportamento cognitivo do mesmo. Ao ter interesse
por um produto especifico, o consumidor pode vir a levar mais tempo para
realizar a compra (PETER e OSLON, 2010).
30

4.2.Descrição e análise dos resultados das entrevistas com os


funcionários das lojas de brinquedos

As entrevistas foram feitas em quatro lojas de brinquedos diferentes


buscando uma maior variedade de percepções sobre a procura e a venda dos
produtos relacionados ao filme Meu Malvado Favorito.
O primeiro questionamento feito foi se existiam produtos relacionados ao
filme Meu Malvado Favorito e a disponibilidade desses produtos. Os funcionários
disseram que a procura pelos produtos era grande, principalmente depois do
lançamento do filme. Em 2015, os Minions, personagens do filme Meu Malvado
Favorito, ganham um filme próprio e uma das vendedoras afirmou que a
expectativa para o lançamento do filme fez com que as vendas dos produtos
relacionados ao tema aumentassem muito:

“A procura aumentou bastante agora que vai


estrear o filme dos Minions. Esse personagem é um dos
mais procurados aqui na loja desde o lançamento do
primeiro filme do Meu Malvado Favorito. Eles são
divertidos e é o personagem que mais tem produto
relacionado aqui na loja. Eu mesma estou curiosa pra
ver o filme, adoro eles!”
Vendedora 1

Em outra loja um vendedor disse ter vendido o último boneco de um dos


personagens do filme para uma criança que chegou em busca de outro
personagem:

“A mais ou menos quinze minutos atrás tínhamos


o último boneco relacionado ao filme, o boneco do Gru.
Uma criança entrou com a mãe na loja procurando a
boneca da Agnes, mas não tinha mais na loja, mostrei o
único boneco que ainda tínhamos relacionado ao filme.
Mesmo não sendo o que a menina desejava, ela decidiu
levá-lo e ficou feliz pensando como poderia brincar com
o novo boneco. Disse inclusive que ele seria o pai de
suas outras bonecas.”
Vendedor 2
31

Desta forma nota-se como os filmes passaram a abranger uma gama de


produtos que se referenciam ao mesmo, fazendo com que a marca seja
lembrada pelo público por um tempo superior ao de exibição nas telas de
cinema, como afirmam Turner (1997) e Neale e Smith (2013).
Segundo Neale e Smith (2013), existem fatores que influenciam o
consumo de um produto após o filme ser exibido no cinema, como os efeitos
especiais, personagens carismáticos e um roteiro que encante e prenda a
atenção do público. Esses aspectos presentes no filme Meu Malvado Favorito
tornam a experiência cinematográfica positiva para o consumidor, influenciando
assim o processo de decisão de compra de um produto derivado do filme.
O primeiro filme da franquia Meu Malvado Favorito estreou nos cinemas
brasileiros em 6 de agosto de 2010 (ADORO CINEMA, 2014) e segundo
funcionários de duas lojas diferentes os produtos começaram a ser
comercializados na lojas aproximadamente dois meses antes do lançamento do
mesmo. Um deles mencionou que a procura pelos produtos já é grande antes
mesmo do lançamento do filme, mas que se intensifica depois do lançamento do
mesmo.
Solomon (2011) e Da Paz (2011) defendem a ideia de que para uma
marca ser aceita pelos consumidores ela precisa criar um vinculo com o mesmo,
pois o consumidor fica disposto a comprar um determinado produto
independente do preço ou de conhecê-lo quando há uma relação entre a marca
e ele.
Através das entrevistas, os funcionários apontaram as crianças como as
que mais buscam os produtos relacionados ao filme Meu Malvado Favorito,
apesar de também haver busca por parte dos jovens.
Os funcionários dizem que a venda para pais e crianças ocorrem mais
frequentemente do que as venda para um jovem ou adolescente. Um deles
afirma que:

“Quase de hora em hora entra uma mãe aqui com


a filha procurando o boneco do Minion, da Agnes. As
vezes elas vem em busca de mochilas, estojo,
merendeira ou jogos do Meu Malvado Favorito. Os
jovens procuram mais bonecos e pelúcias, e ainda sim,
não como as crianças.”.
Vendedor 3
32

4.3.Descrição e análise dos resultados das entrevistas com


consumidores

Nesta etapa, foram entrevistados nove consumidores, homens e mulheres


que tinham entre 20 e 60 anos. Segundo a classificação do IBGE, todos os
respondentes pertencem à classe A, pois possuem renda familiar superior à
R$9.745,00.
Ao pedir para que citassem os primeiros três filmes de animação que
viessem à cabeça, seis dos nove entrevistados citaram o filme Meu Malvado
Favorito. Isto demonstra uma fixação da marca e um destaque em relação aos
demais filmes de animação.
Este dado demonstra a importância que tem para a marca ser bem
reconhecida pelo consumidor, refletindo desta forma a percepção que a
sociedade tem da mesma ao compará-la ao mercado, como afirma Solomon
(2011).
Todos os entrevistados, exceto um, já haviam assistido algum dos filmes
da franquia Meu Malvado Favorito. O filme não foi confundido com nenhum outro
e até o entrevistado que nunca havia visto nenhum dos filmes sabia do que se
tratava o filme e de seus personagens, usando o termo “bichinhos amarelos”
(Minions) para fazer referencia ao filme.
Entretanto, nota-se que a produtora do filme não foi tão fixada e associada
ao filme para os consumidores, pois os mesmos confundiram muitas vezes a
Universal e a Illumination com outras produtoras do mercado. Desta forma,
observa-se que a referencia de marca no caso do Meu Malvado Favorito é o
filme em si e não suas produtoras.
Segundo Colbert (2012), as marcas se destacam para os consumidores
quando possuem atributos diferentes dos da concorrência. Ele também afirma
que para ter sucesso no mercado a marca deve possuir as seguintes
características: confiabilidade, associação com o mercado, qualidade de
produtos, satisfação do cliente e presença de ativos associados à marca. Pela
entrevista foi possível identificar que o filme Meu Malvado Favorito tem destaque
em todos estes cinco pontos citados por Colbert (2012).
Todos os entrevistados, sem exceção, disseram já ter comprado algum
produto relacionado aos filmes da franquia Meu Malvado Favorito. Uma das
consumidoras disse colecionar os personagens do filme e mencionou ter
33

escolhido comprar um lanche uma vez só porque vinha com um boneco de


plástico de um dos personagens do filme de brinde:

“Eu amo os Minions (personagem do filme Meu


Malvado Favorito).Tudo que vejo que tem deles eu
quero comprar! Uma vez eu estava fazendo intercambio
no Canadá quando lançaram uma promoção de que na
compra de um lanche especifico vinha um boneco
caracterizado dos Minions. Eu acabava sempre optando
por comprar esse lanche quando ia comer fora, porque
ai aproveitava e aumentava a minha coleção.”.
Entrevistada A.

Observa-se com este depoimento que algumas vezes o envolvimento do


consumidor com a marca é tão grande que ele se fideliza à marca de maneira a
consumir outro produto só pela relação que este tem com o filme Meu Malvado
Favorito.
Outro entrevistado disse nunca ter visto qualquer filme do Meu Malvado
Favorito, mas já ter consumido produtos relacionados para presentear o
sobrinho. Ele ressaltou que mesmo sem ter visto o filme, sabe reconhecer os
personagens do mesmo e que seu sobrinho de 9 anos especificou que queria de
presente um boneco do Gru (personagem do filme Meu Malvado Favorito):

“Fui perguntar ao meu sobrinho de 9 anos o que


ele queria de presente de aniversário. Ele disse que
queria o boneco do Gru (personagem do Meu Malvado
Favorito) que falava e se mexia. Nunca vi o filme, então
perguntei a ele quem era o Gru e ele me respondeu que
era o principal, O Malvado. Curiosamente, mesmo sem
ter assistido aos filmes, esta informação foi suficiente
para que eu soubesse a que personagem se referia.”
Entrevistado F.

Com este depoimento foi possível notar a identificação e fidelidade à


marca por parte do sobrinho do entrevistado, pois ele pediu um boneco
especifico, chamando o personagem do filme pelo nome.
34

Segundo Solomon (2011), o envolvimento do consumidor com a marca


está relacionado aos valores, necessidades e interesses que o consumidor tem
na vida pessoal, fazendo com que estes busquem nos serviços e produtos
valores que se identifiquem.

4.4.Descrição e análise dos resultados da pesquisa com


consumidores

O questionário da pesquisa foi estruturado com base nas informações


obtidas nas entrevistas e foi distribuído e realizado através do programa virtual
Qualtrics.

4.4.1.Perfil dos consumidores:

Gráfico 1 – Sexo:

Gráfico 2 – Idade:
35

Gráfico 3 – Estado Civil:

Gráfico 4 – Faixa de Renda Familiar Mensal:

Gráfico 5 – Escolaridade:

4.4.2.Analise dos Resultados

A primeira pergunta era aberta e pedia que o respondente citasse os três


primeiros filmes de animação que viessem à cabeça. O Meu Malvado Favorito foi
lembrado por 31% dos respondentes, só não sendo mais citado do que o
concorrente Toy Story que foi citado por 37% dos respondentes. Podemos
observar abaixo uma amostra com os 15 filmes mais citados pelos
respondentes:
36

Gráfico 6 - Filmes de animação que vem a cabeça

60
50
40
30
20
10
0

Fonte: informações retiradas dos resultados obtidos na pesquisa com os consumidores.

Isto demonstra o envolvimento do consumidor e como o filme possui uma


marca forte em relação aos demais da concorrência.
Posteriormente, foi criada uma pergunta filtro, pois o estudo buscava
analisar os consumidores que já houvessem assistido a algum dos filmes do
Meu Malvado Favorito. As pessoas que não assistiram foram retiradas na
amostra analisada.
Para os que já haviam visto o filme, foi pedido que ordenassem os
personagens de acordo com o quão marcante eles eram considerados. A
maioria (52%) indicou os Minions como personagem mais marcante, seguido
pelo Malvado Gru e em terceiro lugar a menina Agnes.
37

Gráfico 7 - Personagem mais marcante

3) Agnes
21%

1) Minions
52%
2) Gru
27%

Fonte: informações retiradas dos resultados obtidos na pesquisa com os consumidores.

Segundo Solomon (2011), a maneira que a sociedade identifica uma


marca está altamente relacionada com a forma como o consumidor se sente em
relação à mesma. O personagem passa a ser marcante aos olhos dos
espectadores de acordo com a identificação que este encontra com o mesmo.
Peter e Oslon (2010) acreditam que o envolvimento com a marca gera no
consumidor uma relação de afetividade e relevância com a marca e
consequentemente, com produtos e serviços relacionados à mesma.
A pesquisa identificou que 40% dos respondentes já haviam ganhado ou
comprado algum produto relacionado ao universo do filme Meu Malvado
Favorito. Posteriormente, foi observado que os produtos mais adquiridos pelos
consumidores são pelúcias, bonecos plásticos e itens de vestuário.
38

Gráfico 8 - Tipo de produtos adquiridos

Itens de
vestuário
27% Bonecos de
Pelúcia
44%
Bonecos de
Plástico
29%

Fonte: informações retiradas dos resultados obtidos na pesquisa com os


consumidores.

Neale e Smith (2013) acreditam que as grandes produtoras tendem a


conciliar uma ampla gama de produtos referente a seus filmes, sejam eles
lançamentos ou filmes que permanecem fazendo grande sucesso tempos após
serem lançados.
O mercado de entretenimento torna os filmes permanentes na memoria
dos consumidores, utilizando os produtos derivados do filme uma ferramenta
para prolongar o sucesso dos mesmos ainda após o período de lançamento
(TURNER, 1997).
No questionário, foi montada uma pergunta utilizando a escala Likert com o
objetivo de compreender o que motivou a compra destes produtos. Os
respondentes em sua maioria disseram ter consumido os produtos para
presentear alguém, porém, motivos como identificação com o personagem e
oportunidade também apareceram entre as motivações de compra.
39

Gráfico 9 - Motivação da compra

Porque foi uma oportunidade

Porque me identifiquei com o personagem

Porque quis dar de presente

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte: informações retiradas dos resultados obtidos na pesquisa com os consumidores.

Segundo Da Paz (2011), a relação e o vínculo que a marca cria com o


consumidor é fundamental para que haja uma preferencia no momento da
compra a produtos de uma marca especifica e não aos da concorrência. Os
produtos consumidos mostram que há uma grande identificação com o filme Meu
Malvado Favorito, seja por parte do comprador em si ou do presenteado.
O questionário identificou o perfil dos respondentes, classificando-os por
sexo, escolaridade, idade, estado civil e faixa de renda familiar. A maioria dos
respondentes eram mulheres de 20 a 25 anos de idade, pertencentes à classe A
segundo o IBGE, solteiras e que ainda não concluíram o Ensino Superior.
40

5 Conclusões e recomendações para novos estudos

Este capítulo resume as principais contribuições do presente trabalho ao


tema estudado.
O trabalho tinha como objetivo entender a influência que os filmes têm na
compra de produtos derivados e investigar quais são os fatores que influenciam
na decisão de compra de produtos derivados de personagens de filmes.
Considerando a ampla gama de filmes existente, o estudo focou em um filme
especifico de animação: “Meu Malvado Favorito”.
Os principais pontos abordados no trabalho foram: entender qual a
influência que os filmes têm na compra de produtos derivados e investigar quais
os fatores que influenciam na compra de produtos derivados de filmes de
sucesso.
Através da pesquisa de campo, foi possível observar que o filme apresenta
uma personalidade de marca muito forte, exercendo grande influência sobre a
compra de produtos derivados. Os consumidores se identificam com os
personagens e a maioria considera os produtos insubstituíveis. Identificou-se
também que a tomada de decisão é feita muitas vezes antes que os
consumidores chegassem aos pontos de venda, o que ressalta ainda mais a
fidelidade à marca. Isto retrata o grande envolvimento do consumidor,
principalmente conforme a ótica de Solomon (2011) e Peter e Oslon (2010).
Verificou-se que o sucesso da marca é fundamental para que haja uma
fidelidade dos consumidores e para despertar sua atenção nos lançamentos
futuros da marca. Nota-se que o envolvimento do consumidor e uma marca bem
estabelecida são importantes para o sucesso de um filme e de seus produtos
agregados.
As teorias de Turner (1997) e Neale e Smith (2013) em relação à
importância da criação e da comercialização de produtos derivados pelas
empresas cinematográficas para proporcionar um maior valor de marca também
foram observadas na pesquisa de campo. O sucesso do filme Meu Malvado
Favorito foi tão grande que este se tornou forte como marca, tendo uma ampla
gama de produtos e serviços pertencentes a diversas categorias sendo
comercializadas e licenciadas.
41

A disponibilidade desses produtos é tão grande que, mesmo anos após os


filmes Meu Malvado Favorito 1 e 2 terem saído de cartaz, ainda são
comercializados novos produtos referentes ao filme, o que causa a sensação de
que o produto é sempre atual, estimulando sua compra.
O estudo também revelou a relação do eu estendido com a decisão de
compra de produtos derivados, pois grande parte da amostra disse ter adquirido
o produto por se identificar com os personagens referenciados no mesmo.
Desta forma, considerando que os filmes de desenho animado são a
oferta principal dos produtos culturais e que os produtos derivados são a oferta
secundária, a pesquisa realizada indica que os produtos derivados podem ser
tão ou mais importantes financeiramente para a empresa do que sua oferta
principal. Entretanto, a pesquisa também aponta que a oferta principal - o
produto cultural - é fundamental para criar uma marca mais poderosa e
através disso, fazer com que haja uma identificação entre a marca e o
consumidor.

5.1.Sugestões e recomendações para novos estudos

Sugere-se futuramente realizar um estudo similar a este, porém


considerando outros filmes de animação.
Seria interessante se houvesse uma comparação entre a venda de
produtos derivados de filmes que já existem no mercado há mais tempo com o
Meu Malvado Favorito, que ainda está no auge, buscando observar o
envolvimento de consumidores brasileiros com filmes já existentes no mercado.
Esta linha de estudo pode ser desenvolvida a fim de entender a influência
dos filmes de desenho animado no comportamento do consumidor de produtos e
serviços.
42

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46

7 Anexos

Anexo 1 - Roteiro para entrevista com os funcionários das lojas de


brinquedo.

1. Vocês tem brinquedos/produtos do filme Meu Malvado Favorito? (pergunta


filtro)
a. Se 1 sim, a procura por produtos que remetem ao filme é grande?
b. Se 1 não, porque não tem?

2. A venda desses produtos começou antes do lançamento do filme? A procura


era grande?
3. Conforme o lançamento dos filmes aumentou a procura por produtos que
fazem referência ao tema?
4. Com que frequência produtos desta linha são procurados por clientes na loja?
5. Qual a faixa etária que mais procura por esta linha?
47

Anexo 2 – Roteiro para entrevista com os consumidores.

1. Quando você pensa em filmes de desenhos animados, qual o primeiro filme


que vem a sua cabeça?
2. Você assiste ou já assistiu a algum filme do Meu Malvado Favorito?
3. Se você respondeu sim na pergunta 2, qual / quais você já assistiu?
4. O que te chama mais atenção nos filmes do Meu Malvado Favorito?
5. Você já comprou algum produto que fazia referência aos personagens ou ao
universo do filme Meu Malvado Favorito?
6. Para quem você comprou?
7. Que tipos de produtos eram esses?
8. O que te levou/leva a comprar esses produtos?

Perfil do consumidor

9. Sexo:
( ) Masculino
( ) Feminino

10. Quantos anos você tem?

11. Estado civil:


( ) Solteiro(a)
( ) Casado(a)
( ) Separado(a)
( ) Divorciado(a)
( )Viúvo(a)

12. Tem filhos?


( ) Sim
( ) Não

13. Se afirmativo, quantos, qual sexo e idade?

14. Qual sua faixa de renda familiar?


( ) até 10 salários mínimos
( ) de 11 a 20 salários mínimos
( ) acima de 21 salários mínimos
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Anexo 3 – Questionário feito no programa Qualtrics para pesquisa com os


consumidores.
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