1
- Oligossacarídeos: Contém de 3 a 20 monossacarídeos, os mais comuns são os
dissacarídeos. Estes se formam através das chamadas ligações glicosídicas. Ex: lactose
(galactose+glicose), maltose (glicose+glicose), sacarose (glicose+frutose)
- Polissacarídeos: formados por mais de 20 monossacarídeos. São classificados como
homopolissacarídeos (contém centenas de unidades de açúcar, mas somente uma espécie
de monossacarídeo). Ex: glicogênio. E heteropolissacarídeo (que contém uma série de
espécies diferentes de monossacarídeos). Ex: glicosaminoglicanos.
MONOSSACARÍDEOS
2
Tanto as aldoses quanto as cetoses são subdividas em trioses, tetroses, pentoses,
hexoses, etc....
3
Os compostos que possuem a mesma fórmula estrutural são chamados isômeros
4
Poucos monossacarídeos com cinco ou mais carbonos existe na forma de cadeia
aberta, ao contrário são encontrados predominantemente em forma de anel.
5
Principais monossacarídeos
Glicose
Açúcar mais abundante na natureza e a principal forma energética para os
organismos;
Na forma livre, ocorre em frutos maduros, em folhas, raízes e seiva das plantas;
Na forma combinada aparece formando vários dissacarídeos.
Galactose
Também conhecida como “açúcar do cérebro”, pois aparece neste tecido como
constituinte plástico;
Não é encontrado na forma livre, mas como resíduo de vários polissacarídeos;
Abundante no leite, formando a lactose;
Nos vegetais aparece em vários polímeros.
Frutose
É a única cetose que ocorre em grande quantidade na natureza;
Principal açúcar do mel e de vários frutos;
Xilose
Pentose não encontrada na forma livre na natureza, mas distribuída em
polissacarídeos existentes na madeira, palha, casca de cereais.
Principais dissacarídeos
Lactose
Formado pela galactose e glicose unidas por uma ligação ß-1,4;
É redutora;
Alguns indivíduos apresentam problemas em relação à digestão da lactose
Maltose
Formada por duas moléculas de glicose unidas em ligação α-1,4;
É um dissacarídeo redutor;
6
Aparece principalmente como produto da hidrólise do amido, sendo também
produzida por fermentação na fabricação da cerveja.
Celobiose
Duas moléculas de glicose unidas em ß-1,4.
É um dissacarídeo redutor, não encontrado livre na natureza, mas como unidade
estrutural da celulose, da qual é obtida por hidrólise enzimática.
Sacarose
Açúcar da cana e da beterraba;
Apesar de estas serem suas principais fontes, a sacarose é encontrada em todas
as plantas que sofrem o processo de fotossíntese;
É um dissacarídeo não redutor, formado por glicose e frutose;
Quando aquecida em meio muito ácido, a altas temperaturas ou em
concentrações muito elevadas, pode-se inverter formando o açúcar invertido.
Polissacarídeos
São moléculas de alto peso molecular, formados por polímeros de
monossacarídeos unidos pela ligação glicosídica;
Amido
Constitui a mais importante reserva de nutrição de todas as plantas
superiores, ocorrendo principalmente em sementes, tubérculos e raízes;
7
Encontra-se presente nos tecidos vegetais sob a fórmula de grânulos
intracelulares;
É um homopolissacarídeo formado por duas frações: amilose e amilopectina
Amilose: polímero linear de resíduos de glicose unidos por ligações do tipo α-1,4.
Amilopectina:
polímero ramificado
também de moléculas
de glicose com
ligações do tipo α-1,6
8
Hemiceluloses
Correspondem a um grupo de polissacarídeos que se encontra, junto
com a celulose, lignina e pectina, formando as paredes celulares dos
vegetais;
As unidades de monossacarídeos componentes podem incluir xilose,
arabinose, galactose, manose, glicose;
Apresentam peso molecular inferior ao da celulose.
Glicogênio
Polissacarídeo de reserva típico dos animais;
É uma reserva de glicose de utilização rápida, pois é mobilizado
facilmente;
9
METABOLISMO DE CARBOIDRATOS EM MONOGÁSTRICOS
1.α-Amilase salivar.
A digestão do amido inicia durante a mastigação pela ação α-amilase salivar (ptialina)
que hidrolisa as ligações glicosídicas α(1→4), com a liberação de maltose e oligossacarídeos.
Contudo, a α-amilase salivar não contribui significativamente para a hidrólise dos
polissacarídeos, devido ao breve contato entre a enzima e o substrato. Ao atingir o estômago, a
enzima é inativada pelo baixo pH gástrico. Alguns animais como: não apresentam amilase
salivar.
10
2. α-Amilase pancreática.
• Transporte ativo.
A glicose é captada do lúmen para a célula epitelial do intestino por um co− transportador
Na+−monossacarídeo (SGLT). É um processo ativo indireto cujo mecanismo é envolve a (Na+
−K+)−ATPase (bomba de (Na+−K+), que remove o Na+ da célula, em troca de K+, com a
hidrólise concomitante de ATP. O mecanismo tem alta especificidade por D−glicose e
D−galactose.
No intestino, a fosfofrutoquinase fosforila a frutose para prendê-la no interior da célula.
11
Obs: As –quinases são importantes para prender a molécula no interior da célula através
da fosforilação
12
Digestão enzimática e absorção via transportadores da membrana do lúmen
intestinal
OXIDAÇÃO DA GLICOSE – GLICÓLISE
A glicólise foi a primeira via metabólica a ser elucidada. Buchner, em 1897 descobriu a
fermentação alcoólica da glicose pelas leveduras, e depois Lipmann e Kalckar completaram a
elucidação da via em 1941. Em alguns tecidos dos mamíferos, como os eritrócitos, o cérebro, a
medula renal e os espermatozoides a glicose é a única fonte de energia. A glicose fornece
13
energia através da sua oxidação via glicólise. Se a oxidação ocorre na presença de oxigênio a
glicose (6 carbonos ) é oxidada formando 2 piruvatos (3 carbonos) e este é convertido em
Acetil Coa (entra no ciclo de Krebs e segue a rota de produção de ATP). A quantidade de ATP
gerada na oxidação aeróbica é bem maior que a que ocorre na ausência de oxigênio.
Entretanto, se a oxidação ocorrer na ausência de oxigênio teremos a fermentação do piruvato
até lactato formando apenas 2 ATP´s por glicose, porém em curto espaço de tempo teremos a
produção de uma grande quantidade de energia.
Para iniciar esta fase, temos 2 moléculas de gliceraldeído 3-fosfato, que vieram da
reação 5 da fase preparatória.
Balanço energético:
GLICÓLISE ANAERÓBICA = 2 ATP´S; 2 NADH – redução da glicose até piruvato
GLICÓLISE AERÓBICA
2 PIRUVATOS ------------------------ 2 ACETIL COA ----------- 2 NADH
ACETIL COA – CICLO DE KREBS: Em cada volta do ciclo temos: TEMOS 2 ACETIL
3 NADH X 2 = 6 NADH
1 FADH X2 = 2 FADH
2 ATP´S
ENTÃO CADA GLICOSE FORMA 2 PIRUVATOS E ESTES QUANDO OXIDADOS NA
PRESENÇA DE OXIGÊNIO FORMAM:
8 NADH; 2 FADH E 2 ATP
8 NADH X 3 = 24 ATP´S
2 NADH X 3 = 6 – GLICÓLISE ANAERÓBICA - 6 ATP´S
15
2 FADH X 2 = 4 ATP´S
2 ATP´S – GLICOSE ATÉ PIRUVATO
2 ATP´S – CICLO DE KREBS
BALANÇO FINAL – 38 ATP´S
Ciclo de Krebs: etapa importante para a síntese de ATP, onde forma-se NADH e
FADH2, os quais transferem seus elétrons para a cadeia transportadora de elétrons;
(Etapa fundamental para a síntese de ATP)
Objetivos do ciclo
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- FORMAR NADH E FADH2 PARA ALIMENTAR A CADEIA RESPIRATÓRIA
- SEM AS REAÇÕES DO CICLO A SÍNTESE DE ATP É COMPROMETIDA
- ATUA NO CATABOLISMO, UMA VEZ QUE GLICOSE, LIPÍDEOS E AMINO ACIDOS SÃO
OXIDADOS VIA CICLO DE KREBS
- POSSUI TAMBÉM FUNÇÕES ANABÓLICAS. ALGUNS DE SEUS INTERMEDIÁRIOS SÃO
UTILIZADOS NA BIOSSÍNTESE
PRODUTOS DO CICLO:
Fosforilação oxidativa
As moléculas de NADH e FADH 2 provenientes do ciclo de Krebs liberam os elétrons
energizados e os íons H+. Os elétrons assim liberados - e também aqueles provenientes da
glicólise - passam por uma série de enzimas transportadoras (citocromos e quinonas)
presentes nas membranas internas da mitocôndria.
A esse complexo de proteínas com função enzimática dá-se o nome de cadeia
respiratória e, durante a passagem através dela, os elétrons perdem energia que é, então,
armazenada em moléculas de ATP.
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Ao final da cadeia respiratória, os elétrons menos energizados e os íons H + combinam-se
com átomos provenientes do gás oxigênio, formando seis moléculas de água. Fosforilação
oxidativa é a reação em que se formam as moléculas de ATP com a energia liberada pelos
elétrons durante sua passagem pela cadeia respiratória, tendo o gás oxigênio ao final dela.
Embora o gás oxigênio só participe da fosforilação oxidativa, na sua ausência também não
acontece o ciclo de Krebs, razão pela qual dizemos que essas são etapas aeróbicas da
respiração celular. Na ausência desse gás, alguns organismos realizam a fermentação, onde a
quebra da glicose forma duas moléculas de ATP e ácido pirúvico, que é transformado em ácido
lático ou etanol, dependendo do organismo.
SÍNTESE DE ATP
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O cianeto inibe a entrega dos elétrons ao seu aceptor final que é o oxigênio. O cianeto liga-se
ao oxigênio impedindo-o de receber os elétrons do transporte. A síntese do ATP é totalmente
bloqueada.
REGULAÇÃO GLICÓLISE/GLICONEOGÊNESE
O fluxo de glicose para glicólise está regulado pelos níveis de ATP, que atuam como
moduladores sobre a atividade de algumas enzimas alostéricas, especialmente a
fofofructoquinase-1 (PFK-1) e a piruvato quinase. Produzindo menos ATP, de acordo com as
necessidades e também considerando a ação hormonal e o momento metabólico.
A glicose-6-fosfato pode ir para outras vias secundárias de oxidação, sendo a enzima
PFK-1 quem direciona a glicose para a rota glicolítica. A PFK-1 é uma enzima alostérica que é
inibida pelo ATP, o qual se une ao sitio alostérico da enzima, diminuindo sua afinidade pela
fructose-6-fosfato, seu substrato natural. O ADP e o AMP podem reverter a inibição causada
pelo ATP, o que os torna moduladores estimulatórios da PFK-1. O citrato, primeiro metabólito
intermediário do ciclo de Krebs, incrementa o efeito inibitório do ATP sobre a PFK-1, pois sua
presença é indicativa de que as necessidades de energia da célula estão cobertas.
Contudo, o regulador alostérico mais significativo da PFK-1 é a fructose-2,6-difosfato,
metabólito que ativa fortemente a enzima. Este metabólito é produzido pela enzima PFK-2 a
partir de fructose-6-fosfato (mesmo substrato da PFK-1). Assim, quando os níveis de fructose-
6-fosfato aumentam, a via glicolítica aumenta sua velocidade devido a ação da fructose-2,6-
difosfato. Este metabólito também inibe a enzima fructose-1,6-difosfatase, que participa da
gliconeogênese, inibindo este processo biossintético quando está ocorrendo a glicólise. A
20
fructose-2,6-difosfato é desfosforilada pela enzima fructose-difosfatase-2 (FBP-2) que está
regulada pelo hormônio glucagon, via cAMP. Este hormônio estimula a gliconeogênese.
Portanto, quando diminui o nível de fructose-2,6-difosfato, é inibida a glicólise e estimulada a
gliconeogênese.
A piruvato quinase, segunda enzima regulatória da glicólise, é inibida por altos níveis de
ATP em forma alostérica, diminuindo a afinidade da enzima por seu substrato (PEP). Também
é inibida por acetil-CoA e por ácidos graxos de cadeia longa, os quais também constituem
combustíveis do ciclo de Krebs.
GLICÓLISE GLICONEOGÊNESE
HORMÔNIO: INSULINA GLUCAGON E EPINEFRINA
1) HEXOQUINASE 1) GLICOSE 6- FOSFATASE
21
A gliconeogênese é a síntese de glicose a partir de compostos como lactato, alanina e glicerol,
com o consumo de ATP. É realizada nas células hepáticas, e o ATP utilizado é proveniente
principalmente da oxidação de ácidos graxos.
Na glicólise, esta etapa ocorre em apenas uma reação, já na gliconeogênese, ocorre em duas
reações, a primeira que transforma piruvato em oxaloacetato (será é mandando para fora da
mitocôndria através de uma lançadeira), através da piruvato quinase (que contém biotina), e a
segunda que transforma oxaloacetato em fosfoenolpiruvato, através da fosfoenolpiruvato
carboxilase.
22
Note que as três reações irreversíveis são catalisadas por enzimas diferentes daquelas
da glicólise. As duas vias são reguladas de forma a evitar um ciclo fútil, ou seja, no
mesmo hepatócito, quando a glicólise é estimulada através do hormônio INSULINA, a
gliconeogênese estará inibida. O hormônio glucagon por outro lado estimula a
gliconeogênese
Metabolismo do Glicogênio
23
- O excesso de glicose é convertido em formas poliméricas de armazenamento, e no
caso dos animais vertebrados e muitos micro-organismos, em forma de glicogênio.
- Nos vertebrados, o glicogênio, a reserva energética dos animais, é encontrado
principalmente no fígado e no músculo esquelético, podendo apresentar até 10% do peso do
fígado e 1 a 2% do peso do músculo.
- O glicogênio é armazenado em grandes grânulos citosólicos, na forma de partículas
elétron-densas. A ele são agregados complexos do glicogênio junto às enzimas que o
sintetizam e o degradam (e sua maquinaria de regulação) continuamente.
- A partícula básica do glicogênio é a partícula β, com cerca de 55.000 resíduos de
glicose (interligados por ligações α-1,4 e ramificações α-1,6).
- O glicogênio armazenado no músculo esquelético É uma fonte de energia rápida para
o metabolismo aeróbico e anaeróbico. Já o glicogênio hepático serve para a manutenção de
glicemia, com um reservatório de glicose para os outros tecidos quando não há glicose
disponível (entre as refeições ou no jejum); isto É especialmente importante para os neurônios
do cérebro, que não podem usar ácidos graxos (gordura) como combustíveis.
- O glicogênio do fígado esgota-se no intervalo de 12h e 24h.
- A quantidade de glicogênio armazenada nos mamíferos é bem menor que a quantidade
de gordura armazenada.
- O glicogênio também pode ser obtido através da dieta, sendo degradado no intestino, e
para isso é necessário um conjunto específico de enzimas hidrolíticas que convertem
glicogênio em glicose livre.
- Para o metabolismo do glicogênio há dois processos essenciais: a sua degradação e
síntese. A estes processos, dá-se o nome de glicogenólise e glicogênese, respectivamente.
- Em linhas gerais, para que ocorra a degradação de glicogênio a glicose-1-fosfato, pela
glicogenólise, o indivíduo deve estar no estado de jejum breve/curto (cerca de 18h) - quando o
organismo necessita utilizar as reservas devido à ausência de glicose.
- Para que ocorra, portanto, a síntese de glicogênio, pela glicogênese, o indivíduo deve
estar no estado alimentado, pós-absortivo, onde se há o excesso de glicose, como reserva
energética.
- A maioria dos músculos esqueléticos do corpo humano é uma mistura de fibras
vermelhas (possuem muita mitocôndria e mioglobina; fluxo sanguíneo rico; conversão de
glicogênio em gás carbônico e água) e fibras brancas (menos mioglobina e mitocôndrias;
conversão de glicogênio à lactato). Desta forma, o exercício físico mobiliza glicogênio muscular
para formação de ATP.
24
DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO: GLICOGENÓLISE
26
proteína quando ativada provoca uma elevação na [cAMP], mediante conversão do ATP em
cAMP pela adenilato ciclase, o que ativa PKA. Isto inicia uma cascata de fosforilações; PKA
ativa a fosforilase-b-quinase, que ativa a gligogênio-fosforilase. Sendo que nos miócitos, para
que a PKA possa ativar a fosforilase-b-quinase que se encontra inativa nessas células, há
necessidade de ↑[Ca2+]. Na forma de GPa ativa, o ↑[cAMP] nos miócitos permite a posterior
degradação de glicogênio em glicose-1-P, enquanto que nos hepatócitos a forma ativa de
GPa já encaminha para a degradação de glicogênio em glicose. Tais características causam
amplificação do sinal inicial. A degradação de glicogênio decorrente fornece glicose, que no
miócito pode suprir o ATP (via glicólise) para a contração muscular e no hepatócito é liberada
para o sangue para suprir a demanda de glicose sanguínea baixa.
GLICOGÊNESE
Corresponde à síntese de glicogênio, que ocorre em quase todos os tecidos animais, mas é
mais importante no fígado e no músculo esquelético.
5. O UDP formado é convertido de volta a UTP pela enzima nucleosídeo difosfato quinase
(UDP + ATP ↔ UTP + ADP).
6. UTP perde 2Pi → UMP. O UMP por sua vez pega o P i da glicose-1-P e transforma-se em
UDP-glicose (UDPG), através da ação enzimática da UDPG pirofosforilase.
27
7. Quando ocorre a formação de UDPG a partir da junção do UMP com o grupo fosforil da
glicose, este apresenta consigo o grupamento pirofosfato (PP i), que sofre ação de uma enzima
denominada de pirofosfatase inorgânica, transformando o PP i em 2 moléculas de fosfato
inorgânico 2Pi (processo irreversível).
10. A glicogênio sintase não forma as reações glicosídicas α-1,6, quem as forma é a glicosil-
4,6-transferase (a enzima de ramificação).
11. Ramificação: uma vez formada uma cadeia com pelo menos 11 resíduos, uma enzima
ramificadora remove um bloco de cerca de 7 resíduos e transfere para a outra cadeia para
produzir ligação α-1,6. Resíduos adicionais de glicose podem ser ligados à nova ramificação
pela glicogênio-sintase.
12. O efeito biológico da ramificação é tornar a molécula mais solúvel e aumentar o número
de sítios acessíveis à glicogênio-fosforilase e à glicogênio-sintase, as quais agem somente nas
extremidades não redutoras.
15. A glicogenina catalisa duas reações diferentes: o ataque inicial pelo grupo hidroxílico da
194
Tyr sobre o C1 da parte glicosil da UDP-glicose resulta em um resíduo de Tyr glicosilado. O
C1 de outra molécula de UDP-glicose é agora atacado pelo grupo hidroxílico do C4 da glicose
terminal, e essa sequência se repete até formar uma molécula nascente de glicogênio com oito
resíduos de glicose unidos por ligações glicosídicas α-1,4.
29
catalítica (este processo é chamado de redução). A presença de insaturação nas cadeias de
ácido carboxílico dificulta a interação intermolecular, fazendo com que, em geral, estes se
apresentem, à temperatura ambiente, no estado líquido; já os saturados, com uma maior
facilidade de empacotamente intermolecular, são sólidos. A margarina, por exemplo, é obtida
através da hidrogenação de um líquido - o óleo de soja ou de milho, que é rico em ácidos
graxos insaturados. Este alimento também apresenta quantidade de ácidos graxos saturados.
Devido a este fato apresenta consistência cremosa.
_______________________
TRIGLICERÍDEOS
Conhecidos como gorduras neutras, esta grande classe de lipídios não contém grupos
carregados. São ésteres do glicerol - 1,2,3-propanotriol. Estes ésteres possuem longas
cadeias carbônicas atachadas ao glicerol, e a hidrólise ácida promove a formação dos ácidos
graxos correspondentes e o álcool (glicerol).
Nos animais, os TAGs são lipídios que servem, principalmente, para a estocagem de energia;
as células lipidinosas são ricas em TAGs. É uma das mais eficientes formas de estocagem de
energia, principalmente com TAGs saturados; cada ligação C-H é um sítio potencial para a
reação de oxidação, um processo que libera muita energia.
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Os TAGs provindo de animais terrestres contém uma maior quantidade de cadeias
saturadas se comparados aos TAGs de animais aquáticos. Embora menos eficientes no
armazenamento de energia, as TAGs insaturadas oferecem uma vantagem para os animais
aquáticos, principalmente para os que vivem em água fria: elas têm uma menor temperatura de
fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas temperaturas. Se fossem saturadas,
ficariam no estado sólido e teriam maior dificuldade de mobilidade no organismo do animal.
______________________
FOSFOLIPÍDEOS
Os fosfolipídios ocorrem em praticamente todos os seres vivos. Como são anfifílicos, também
são capazes de formar pseudomicrofases em solução aquosa; a organização, entrentanto,
difere das micelas. Os fosfolipídios se ordenam em bicamadas, formando vesículas. Estas
estruturas são importantes para conter substâncias hidrossolúveis em um sistema aquoso -
como no caso das membranas celulares ou vesículas sinápticas. Mais de 40% das membranas
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das células do fígado, por exemplo, é composto por fosfolipídios. Envolvidos nestas bicamadas
encontram-se outros compostos, como proteínas, açúcares e colesterol.
Os principais grupos são classificados como quilomicrons (CM), lipoproteínas de muito baixa
densidade (VLDL), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de alta densidade
(HDL), baseiam-se as densidades relativas.
Colesterol mantém a fluidez das membranas interagindo com seus componentes complexos
lipídios, especificamente os fosfolípidos como fosfatidilcolina e esfingomielina. O colesterol
também é o precursor de ácidos biliares, vitamina D e hormônios esteróides.
As reservas lipídicas são importantes fontes de ATP nos períodos entre as refeições. Assim
como o excesso de gordura, a sua falta também oferece riscos à saúde. Os animais em geral
necessitam de uma quantidade mínima de gordura para a manutenção de sua homeostase.
Lipídeos essenciais (fosfolipídeos) são necessários às membranas celulares, lipídios não-
essenciais proporcionam isolamento térmico e reserva energética. Além disso, os lipídios
também são responsáveis pelo armazenamento e transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D,
E e K), relacionando-se também ao funcionamento do sistema nervoso, ao sistema reprodutor
e ao crescimento. As células armazenadoras de gordura recebem o nome de adipócitos, e
estão localizadas no tecido adiposo, e nos adipócitos intra-musculares. Diferente do glicogênio
que possui uma capacidade limitada de armazenamento, os lipídeos podem ser armazenados
de uma maneira ilimitada, ocorrendo aumento no tamanho e número dos adipócitos. A gordura
armazenada no adipócito encontra-se na forma de triglicerídios (três ácidos graxos ligados a
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uma molécula de glicerol). A quebra dos triglicerídeos e o estímulo a lipólise ocorre por ação
hormonal. vários hormônios como as catecolaminas, o glucagon, o hormônio do crescimento,
corticosteróides, entre outros, são liberados na corrente sangüínea, e quando chegam aos
adipócitos, provocam a lipólise (quebra dos triglicerídios) aumentando as concentrações
sangüíneas de ácidos graxos livres (AGL). Esses são levados aos músculos esqueléticos que
os utilizam para a síntese de ATP. O ácido-graxo, agora dentro da célula muscular, precisa ser
ativado (incoporação de Acil-CoA) e transportado para dentro da matriz mitocondrial, onde será
fracionado em moléculas de dois carbonos (Acetil-CoA) para ser oxidado (Beta-oxidação).
Dentro das mitocôndrias, as moléculas de Acetil-CoA são processadas no ciclo do ácido cítrico
(Ciclo de Krebs) e produzem NADH e FADH2. Esses últimos são transferidos para a cadeia de
transporte de elétrons onde o ATP é finalmente gerado. O FADH2 dá origem a 2 ATP, enquanto
que o NADH, a 3 ATP. Do ponto de vista da geração de energia, a glicose e os ácidos graxos
são os substratos mais importantes. A oxidação completa de 1g de glicose gera
aproximadamente 4 Kcal, enquanto que a mesma quantidade de ácidos graxos (gordura) gera
em torno de 9 kcal.
33
ALBUMINA CARREGANDO ÁCIDOS
GRAXOS DO ADIPÓCITO
PARA UMA CÉLULA MUSCULAR
(MIÓCITO)
COMPLEXO ENZIMÁTICO DA CARNITINA: O primeiro passo ocorre para que o ácido graxo
entre na mitocôndria (figura acima), pois ele é oxidado dentro dela; neste processo o compexo
proteico da carnitina é essencial. Com a ajuda da CARNITINA ACIL TRANSFERASE I E
CARNITINA ACIL TRANSFERASE II o ácido graxo entra na mitocôndria, sendo
prontamente oxidado.
34
OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS: PROCESSO DE 3 PASSOS;
35
LIPÓLISE
ESTÁGIO 1: fracionar a
molécula em Acetil – CoA
HORMÔNIO: GLUCAGON
36
Lipogênese
O termo lipogênese refere-se a biossíntese de ácidos graxos, que ocorre no citoplasma das
células. O estímulo hormonal a biossíntese de lipídeos vem da secreção de INSULINA, no
estado recém-alimentado. Os triglicerídeos após digestão são re-esterificados e armazenados
no tecido adiposo e adipócitos intra-musculares. Quando ingerimos carboidratos em excesso, a
glicose liberada, serve ao metabolismo, manutenção da glicemia e quando excede a
capacidade de armazenamento do glicogênio hepático e muscular seu destino é ser
transformada em Acetil-CoA e depois ocorre síntese de triglicerídeos armazenados no tecido
adiposo. ENTÃO: O EXCESSO DE CARBOIDRATOS NA DIETA LEVA A DEPOISÇÃO DE
TRIGLICERÍDEOS NO TECIDO ADIPOSO.
COMO OCORRE: O grande responsável pela biossíntese de ácidos graxos é o complexo
enzimático chamado Ácido Graxo Sintase, que age no citoplasma das células;
37
** De acordo com o esquema acima, cada Acetil-CoA é adicionado a cadeia de lipídio, um a
um, até formar o ácido graxo de 16 carbonos (ácido
palmítico) ou palmitato. Para que a biossíntese ocorra, deve haver uma grande disponibilidade
de energia na forma de ATP, indicando que este processo ocorre nos estados recém-
alimentados.
Como os Acetil-CoA alcançam o citoplasma para a biossíntese:
As moléculas de Acetil-CoA não conseguem sair da célula sem a ajuda de um transportador,
então no excesso de ATP a lipólise está inibida e com isso os Acetil-CoA que entram no ciclo
de Krebs são removidos na forma de CITRATO para fora da mitocôndria, onde ocorre a
biossíntese, através do complexo da ácido graxo sintase.
LIPÓLISE LIPOGÊNESE
HORMÔNIO: GLUCAGON INSULINA
CARREADOR – ATIVADOR CARREADOR:
CARNITINA CITRATO
MITOCÔNDRIAS CITOPLASMA
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