SUMÁRIO
Introdução e Objetivo
Critérios de Identificação
Geradores e Motores-Bombas
Transformadores
Linhas de Transmissão
Barras
Interligações de Barras
Disjuntores
Religadores
Reguladores de Tensão
Seccionadoras
Bancos de Capacitores
Bobinas Petersen
INTRODUÇÃO
A eliminação das causas dos erros de operação envolvendo os operadores e despachantes durante o processo
de execução de manobras tem sido uma das grandes metas dos administradores das áreas de Operação das
empresas do setor elétrico, visto que qualquer equívoco nesta fase pode acarretar acidentes de
conseqüências desastrosas, tanto no aspecto pessoal quanto no que se refere a integridade do próprio sistema
elétrico.
Dentre os erros de operação, alguns podem ter origem no mal entendimento ou alteração inconsciente dos
códigos de identificação dos inúmeros equipamentos envolvidos em manobras, problema esse intimamente
ligado ao critério de identificação de equipamentos utilizado pela empresa. Em razão disso, as Áreas de
Operação devem ficar permanentemente atentas para que, ao primeiro indício de inadequacidade do seu
critério de identificação de equipamentos, o mesmo seja imediatamente reanalisado.
Adota um sistema alfanumérico, com diferenciação gráfica e fonética entre os códigos de identificação, que
elimina a semelhança de identificação e indica a função e/ou o nível de tensão dos equipamentos.
Indica, nas blindadas convencionais, nas portas dos cubículos dos disjuntores "GERAL" e "JUNÇÃO" e da
seccionadora "JUNÇÃO DE BARRA" e dos transformadores de potencial e de serviço local, as ligações
elétricas destes equipamentos, permitindo assim, por ocasião das intervenções do pessoal de "campo", uma
melhor visualização da configuração elétrica existente.
CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO
A toda posição de equipamento manobráveis será vinculado um código de identificação, de acordo com os
seguintes critérios:
Geradores e Motores-Bombas
A identificação será feita por numeração crescente e consecutiva, da esquerda para a direita, tomando-se como
referência os diagramas oficiais, a serem identificados pelo órgão competente, os quais deverão observar a
configuração elétrica dos equipamentos no "campo", por usina geradora ou de bombeamento.
Considerações
Os geradores e motores-bombas das usinas Fontes Velha, Fontes nova, Ilha dos Pombos, Nilo Peçanha, Pereira
, Passos, Santa Cecília e Vigário constituir-se-ão em exação ao critério estabelecido, devendo permanecer as
identificações anteriores.
Transformadores
A identificação será feita por séries numéricas, a partir do primeiro número de cada série, por subestação,
servindo cada série para a identificação da função de cada transformador.
c - Sempre que possível, o número de identificação deverá ser igual ao número de identificação da seção de
barra de alta tensão a que está associado.
Transformadores de Aterramento
b - Sempre que possível, o segundo algarismo do número de identificação do transformador de serviço local
deverá ser igual ao número de identificação do transformador ou banco de transformadores de força ao qual
esteja normalmente associado.
c - Nas SESD´s alimentadas que possuírem CTAC, sempre que possível, a identificação dos TP´s será feita
da seguinte forma :
TP81 para a Linha Normal
TP82 para Linha Reserva.o
Considerações
Os bancos de transformadores de força associados aos geradores e motores-bombas das usinas Fontes
Velha, Fontes Nova, Ilha dos Pombos, Nilo Pecanha,Pereira Passos, Santa Cecília e Vigário constituir-se-ão
em exceção ao critério estabelecido, devendo permanecer as identificações que vigoravam por ocasião da
implantação da "REV." deste trabalho.
Linhas de Transmissão
Linhas Aéreas
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de dois dígitos quaisquer, da série de 10 a
99.
Linhas Subterrâneas
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de três dígitos quaisquer, da série de 100 a
199.
Linhas de Interligação
A identificação será feita por um sistema alfanumérico e de acordo com a Norma de Operação No. 003 -
"Critérios para Identificação de Equipamentos de Interligação"
(anexo IV),elaborada pelo Grupo Coordenador para Operação Interligada (GCOI).
Barras
A identificação será feita da seguinte forma:
Barra de Neutro
Demais Barras
Definições
Barra Preferencial - Aquela na qual normalmente operam os equipamentos em carga de uma subestação.
Barra Reserva- Aquela que opera normalmente energizada por somente um equipamento, podendo ser
utilizada, também, em determinadas situações ou arranjos, como barra preferencial.
Barra de Transferência - Aquela que opera normalmente energizada por somente um equipamento,
podendo, no entanto, operar em carga quando da utilização de seccionadora de "BY-PASS" de
determinado equipamento.
Barra de Serviço Local - Aquela que supre o serviço local de uma subestação.
Seção de Barra - Cada um dos trechos de uma barra seccionada por um disjuntor ou seccionadora.
Considerações
a - Em subestações onde existem, em condições normais de operação, mais de uma barra exercendo a mesma
função, a identificação das mesmas será acrescida de um terceiro dígito, numérico e consecutivo, de 1 a N,
sendo N o número total de barras, de forma a diferenciá-las.
As seções de uma mesma barra deverão ser identificadas por uma numeração consecutiva de 1 a N, sendo N
o número total de seções, iniciando-se pela seção de um dos extremos da barra, exceto para barramentos em
anel, cujo início será aleatório.
Nos casos de arranjos de barra dupla, a barra reserva será aquela que, no diagrama oficial considerado,
apresentar a simbologia de disjuntor em linha tracejada, não levando-se em conta no entanto, o tracejado
indicador de ampliações futuras.
As seções de uma mesma barra deverão ser identificadas por uma numeração consecutivas de 1 a N, sendo N
o número total de seções, da esquerda para a direita, tomando-se como referencia os diagramas oficiais, a
serem identificados pelo órgão competente, os quais deverão obedecer a configuração elétrica dos
equipamentos no "campo".
Em subestações dotadas de barra dupla com Seccionadoras seletoras de barra e onde houver superposição de
barras, a barra inferior deverá ser sempre identificada como barra preferencial.
Interligações de Barras
A identificação será feita por numeração crescente e consecutiva, a partir de 1, por subestação, iniciando-se
por uma interligação qualquer.
Definição
Serão consideradas como interligações de barras as ligações feitas entre barras distintas de uma mesma
subestação.
Considerações
a - O "bus-duct" ou cabo que não esteja interligando barras distintas será considerado seção de barra.
b - O "bus-duct" que interliga duas barras distintas através de disjuntor não será identificado.
Disjuntores
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de quatro dígitos, formado da seguinte forma:
a - O primeiro dígito destina-se a identificação da tensão de operação do disjuntor, de acordo com o anexo I.
b - Os três últimos algarismos serão aleatórios, cuidando-se para que as posições dos disjuntores de uma
mesma subestação ou de uma mesma linha ou até mesmo de linhas que se interliguem através de
dispositivos de manobras tenham identificações bem distintas entre si.
Considerações
A identificação do disjuntor no "campo" deverá ser acompanhada da identificação do equipamento por ele
comandado, a exceção dos disjuntores geral do transformador ou banco de transformadores e os que
interligam barras ou de seções de barra, que deverão ser acompanhados, respectivamente, das identificações
"GERAL TR", "GERAL BTR", "TIE" e "JUNÇÃO".
Religadores
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de quatro dígitos, formado da seguinte forma:
a - O primeiro dígito destina-se a identificação da tensão de operação do religador, de acordo com o anexo I.
b - Os três últimos dígitos serão aleatórios, cuidando-se para que as posições dos religadores de uma mesma
subestação tenham identificações bem distintas entre si.
Reguladores de Tensão
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de três dígitos, formado da seguinte forma:
a - O primeiro dígito destina-se a identificação da tensão de operação do regulador de tensão, de acordo com
o anexo I.
b - Os dois últimos dígitos serão aleatórios, cuidando-se para que as posições dos reguladores de tensão de
uma mesma subestação tenham identificações bem distintas entre si.
c - Sempre que possível, o último algarismo do número de identificação do regulador de tensão deverá ser
igual ao número de identificação do transformador ou banco de transformadores de força ao qual esteja
associado.
Seccionadoras
A identificação será feita da seguinte forma:
a - Seccionadora de Neutro
Em seccionadora de neutro ligada diretamente `a "terra", o segundo dígito será sempre a letra Y e os três
restantes serão numéricos e, sempre que possível , iguais aos algarismos da identificação do equipamento ao
qual esteja associado.
Em seccionadora de neutro ligada `a barra neutra, o segundo dígito será sempre o algarismo 1 e os três
restantes deverão ser crescentes e consecutivos de 001 a N sendo N o n.º total de seccionadora e, sempre que
possível o último algarismo deverá ser igual ao último algarismo da identificação do equipamento ao qual
esteja associada.
b - Demais Seccionadoras
9/17/2019 OTPT Página 8
CRITÉRIOS DE IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MANOBRÁVEIS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
E DE SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS
O segundo dígito será alfabético e destina-se a identificação da função típica predominante da seccionadora,
de acordo com o anexo III.
Os dígitos restantes deverão ser numéricos e aleatórios, cuidando-se para que em uma mesma subestação
resultem numerações bem distintas entre si, mormente para os casos
de Seccionadoras de mesma função.
Definições
Seccionadora Seletora de Barra - é aquela que pode conectar um equipamento, através de um mesmo
disjuntor, a barra preferencial ou a barra reserva.
Seccionadora de Junção de Barra - é aquela que interliga dois trechos de uma mesma barra ou barras
distintas.
Considerações
a - Em subestações onde existem, em condições normais de operação, mais de uma barra exercendo a mesma
função, o terceiro dígito da identificação da seccionadora seletora de barra deverá ser, obrigatoria ente, igual
ao terceiro dígito da identificação da barra a que está diretamente associada.
d - A seccionadora localizada entre o gerador ou motor- bomba e seu respectivo banco de transformadores
de força deverá possuir o segundo dígito identificador correspondente a gerador ou a motor-bomba, de
acordo com o anexo III.
A identificação será feita por um sistema alfanumérico, composto de cinco dígitos, formado da seguinte
forma:
c - Os dígitos restantes deverão ser numéricos e aleatórios, cuidando-se para que em uma mesma
subestação resultem numerações bem distintas entre si.
Bancos de Capacitores
A identificação será feita por um sistema numérico, composto de três algarismos, formado da seguinte
forma:
a - O primeiro algarismo destina-se a identificação da tensão de operação do banco de capacitores, de
acordo com o anexo I.
b - Os dois últimos dígitos são crescentes e consecutivos, iniciando-se de 01, para uma mesma tensão de
operação e por subestação.
Considerações
Cada banco de capacitores será identificado individualmente, não devendo, portanto, ser aplicada uma
única identificação para grupos de bancos de capacitores.
Bobina Petersen
A identificação será feita por um sistema numérico, a partir de 911, por subestação, devendo os dois
últimos dígitos serem iguais ao número de identificação transformador de aterramento ao qual esteja
associada.
Considerações
Nas blindadas convencionais deverão constar as seguintes indicações nas portas dos cubículos dos
equipamentos:
Nos cubículos dos disjuntores "Geral" e "Junção", dos transformadores de serviço local e de potencial e da
seccionadora "Junção de Barra".
Alem das identificações dos equipamentos, a indicação, através de simbologias, das ligações elétricas dos
equipamentos existentes no seu interior, conforme os exemplos a seguir:
O presente critério de identificação estabeleceu que os três últimos dígitos da identificação dos
equipamentos de manobra de uma subestação devem ser aleatórios e bem distintos entre si, de forma a se
obter a diferenciação gráfica e fonética entre os códigos de identificação destes equipamentos e,
consequentemente, face a inexistência de similaridade entre os mesmos, uma maior segurança por ocasião da
realização de manobras no sistema elétrico.
Tendo em vista que seria humanamente quase que impossível atender de forma manual, sem enganos, as
"criticas de similaridade" quando da definição dos três últimos dígitos da identificação dos equipamentos de
manobra em Subestações de grande porte, face a existência de elevada quantidade de tais equipamentos, foi
desenvolvido um sistema computacional que dentre os diversos aspectos de gerência que contempla quanto
ao assunto, também permite atender de forma ampla, segura e eficiente todas as exigências que
garantam a aleatoriedade e a distinção entre os dígitos em questão.
Assim, este sistema, após submeter 3.000 (três mil) números de 3 (três) algarismos as "criticas de
similaridade", gera uma matriz aleatória com cerca de 80 (oitenta) números (anexo V),para cada Estação, por
nível de tensão, que será utilizada na identificação dos equipamentos de manobra.
Neste sentido, foram definidos 7 (sete) tipos diferentes de "criticas de similaridade", que, se observados
durante o processo de identificação dos equipamentos de manobra Estação, atenderiam, plenamente, os
objetivos desejados.
Os 7 (sete) tipos de "criticas de similaridade" definidos são:
TENSÃO DE ALGARISMO
OPERAÇÃO ( kV ) IDENTIFICADOR
138 1
34,5 ou 25 2
13,8 3
6 4
500 5
230 6
Revisões do Critérioo
REVISÃO DATA OBSERVAÇÕES
01 01/01/97 Inclusão do item c na identificação de Transformadores de Potencial.