Quando não se consegue identificar as espécies presentes, deve ser realizada a coleta para a confecção de um herbário e
posteriormente a sua correta identificação por um especialista. Entretanto, em Unidades de Conservação as coletas devem ser
previamente autorizadas.
Para identificação das espécies devem-se coletar no mínimo cinco exemplares1 de ramos com folhas, flores e frutos. No caso
de árvores coletar um ramo inteiro, no caso de herbáceas coletar até a raiz. Após a coleta do material botânico, este deve ser
secado em herbário e enviado para identificação. Na secagem muitas das características fisionômicas podem ser perdidas,
como cor, disposição das folhas no ramo, etc. Por isso cada espécie coletada deve receber um número sequencial e no caderno
de campo deve ser descrita suas características principais.
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Lembre-se que esse é um treinamento de campo, as áreas onde serão realizados os trabalhos de campo do curso de Biogeografia são
Unidades de Conservação Integral, onde não é permitida a retirada de nenhum material.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Oficina de Vegetação
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas FLG 356 – BIOGEOGRAFIA
Profa Dra Sueli Ângelo Furlan
Departamento de Geografia
De acordo com Furlan, (2011)2 após a coleta as amostras devem ser colocadas entre folhas de jornal e após entre folhas de
papelão e amarradas com barbante, caso tenham prancha de madeira é possível fechar as amostras como uma prensa,
concluindo a herborização, dessa forma a amostra será preservada até o momento da identificação. É muito importante que cada
amostra receba uma etiqueta de identificação e no caderno de campo sejam anotadas as descrições de cada espécie. Caso não
seja possível realizar o procedimento de herborização em campo é necessário acondicionar as amostras em sacos plásticos
escuros com algodão umedecido, para que elas não se percam por ressecamento até ser realizado a herborização.
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FURLAN, Sueli Ângelo. Técnicas de Biogeografia. In: VENTURI, L. A. B. (Org.). Geografia: práticas de campo, laboratório e sala de aula. São Paulo:
Editora Sarandi, p. 135-170, 2011.