Anda di halaman 1dari 49

,

APOSTILAS DE DIDATICA
ESPECIAL DE DESENHO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA


CAMPANHA Dl! APl!RFEIÇOAMENTO E DIFUSÃO DO ENSINO SECUNDARIO-CADBS
....
----·- - ~

APOSTil..AS DE DIDATICA
ESPECIAL DE DESENHO

D 1
CLOVIS SALGADO
MINISTRO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

GILDASIO AMADO 1

D.1R.ET0R no ENsINo SÉCUNDÁRro

1.
JOSJt CARLOS DE MELLO E SOUZA
COORDENADOR DOS COBSos DA e.A . D . E. s.



-'
• •
I" . \••
\
';/' ~ 1

?. .. ~

f}."'J • ~ f
• 1 l I' 1 1
•'• li • '
' e•
____ __ .....,..,.. (... ,,.v.~

COL~ORADORES

' 1. Prof. ALCIDIO MAFRA DE SOUZA

Licenciado em Desenho, pela Faculdade Nacional de Filo-


sofia da Universidade do Brasil.
- Professor de Ensino Técnico da P. D. F., em exercício
1 no Instituto de Educação.

2. Profa. 4CYLA CASTELLO BRANCO DA CRUZ

Licenciada em Desenho, pela Faculdade Nacional de Filo-


sofia da Universidade do Brasil.
•. - Professôra do Instituto de Educação e da Escola Técnica
do S. E. N. A. I.

3. Profa. MARIA ISABEL DE SOUZA COSTA

Possue curso de Didática de Desenho da Faculdade Nado-


• nal de Filosofia da Universidade do Brasil.
- Professôra de Ensino Técnico da P. D. F., em exercício no
Colégio Municipal "Prefeito Mendes de Moraes"

4. Prof. ROBERTO MAGRASSI NICOLINI

Licenciado em Desenho, pela Faculdade Nacional de Filo-


sofia da Universidade do BrasilJ
- Professor de Ensino Técnico da P. D. F., em exercício
no Instituto de Educação.
ÍNDICE

Unidade 1 - O Desenho no curso secundário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7


lt li - O ensino elo Desenho e a Psicologia Diferencial e Evolutiva 17
III - A motivação da aprendizagem do Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . 27
IV - O planejamento do ensino do Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
V - A apresentação da matéria e a direção da aprendizagem do
Desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
VI - A verificação da aprendizagem do Desenho no Curso ·Se-
cundário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
VII - O material didático no ensino do Desenho ............. .. . .. · 81
VIII - As atividades extra-classe relacionadas ao ensino do Desenho 85


r

..
.. ,
'

UNIDADE I

O DESENHO NO CURSO SECUNDARIO

A) Introdução - PROF. ROBERTO MAGRASSI NICOLINI

B) Objetivos do ensino do Desenho na escola secundária -


PROFA. ECYLLA CASTELLO BRANCO DA CRUZ
--- .......,_.,_,
•r

...

Unidade I

O DESENHO NO CURSO SECUNDÁRIO

A) Introdução

Até recentemente, pouca ou nenhuma importância se dava ao


treinamento ou cultivo da observação, na escola secundária. Os mé·
todos educacionais preconizados se destinavam a desenvolver a inte·
ligência, e, quando muito, a audição. A educação da visão nunca
foi levada na devida conta, o que os novos métodos vêm procurando
corrigir, objetivando o aproveitamento e o desenvolvimento pleno
ela observação. ·
Desta maneira, somos favoráveis a que o ensino do Desenho, na
Escola Secundãria, deva traduzir-se em experiências com materiais
variados, que conduzam ao desenvolvimento da habilidade de pla-
nejar e solucionar problemas simples. Tais problemas, que envol-
verão a própria aprendizagem das três modalidades de DesenhG
apresentadas na Escola Secundária, desenvolverão a inteligência.
Paralelamente a êsse h ábito de pensar ir-se-á educando o bom gôsto,
pela apreciação da natureza e da arte.
O elemento permanente na Humanid<,ide "que corresponde ao

elemento da forma, na Arte, é a sensibilidade estética do homem". (1)
A sensibilidade é o estático; o dinâmico, ou seja o variado, é o conhe-
cimento adquirido pelo homem sôbre o abstrato de suas impressões
sensíveis de sua vida intelectual. A isto devemos o elemento vari:\-
D vel na Arte, isto é, a expressão. Ora, se a metodologia moderna
li preconiza a livre expressão · do pensamento, através do Desenho, é
necessário que se desenvolva nos educando o poder da observação

r
• e o cultivo do senso analítico .
Tal é, em síntese, o objetivo da educação moderna; para a sua
efetiv.ação, grande é, sem dúvida, a responsabilidade do Desenho.
Os educadores são levados, cada vez mais, à compreensão das gran-

.. ,• "li
des vantagens a auferir com o ensino do Desenho, o que ·explica o
maior aprêço que se vem dando ao valor cultural e pedagógico dessa
...-
..
........ Ili
~
• disciplina, não só pelo que de proveitoso tem seu estudo, como

T (l} The Meaning of Art, Herbert Read, 1956.

- ... •••


10
APOSTILAS DE DIDATICA

também, pelo poderoso auxiliar que é no d.


ensino. s iversos domínios do
... ESPEClAL DE DESENHO 11

compreensão, no tocante aos esforços e tentativas dos artistas de


O desenho é a linguagem gráf" tôdas as épocas, ideais de beleza plástica, preferências pelas formas,
· .fi cativa
Clara e sigm . do que ica natural · É ' m u1·t as vezes,
• .
mais
1. côres e composições harmoniosas.
preendida por todos, seja q~al i~rr3;;~~- falada, po~s pode ser com- Sobreleva, assim, a necessidade imperiosa de se fazer o ensino
presta o cunho de linguagem universali i~ma próprio; isto lhe em- do desenho, através da associação interna das três modalidades com
mente, lugar de grande preponder' . e az c~m que assuma, atual- .que se apresenta nos cursos de gráu médio - peças de um conjunto
os povos. ancia na vida cultural de todos para cuja harmonia concorrem com elementos ponderáveis.
Como disciplina de expressã • Diante do que foi exposto, cremos não haver dúvida, de que
e da aprendizagem das demais ~ q~e. é, posto a serviço do ensino o planejamento das atividades didáticas permite o perfeito entro-
educação, para a qual concorre co~te~1as, completa a harmonia da samento das parte- que compõem o ensino do desenho - o desenho
que ~e ~odo livre e pessoal, o a ~ emento~ que permitem, ainda geométrico, o desenho do natural e o desenho decorativo, - o que
e:ctenonzação do pensamento dprovelltamento de tôdas as formas de
nzam e t . , os va ores e do .d . favorecerá a fixação da aprendizagem, para efeito de maior aprovei-
. , em, ainda, pelo seu exercício s 1 eais que a ' caracte- tamento do que vai ser ainda ensinado.
lógicas. Daí advém o grande papel ~/rof~ndas repercussões psico-
~a .ªd~lescência, pois, passada a fase e d ucativ~ que pode e deve ter Entretanto, apesar de notória e flagrante essa interdependên-
~fancia, o adolescente percebe po ~ grafismo, característica da cia, o que se constata, infelizmente, é que o desenho é ensinado de
~asi:r:~~a~: ;ns~ruir, de subs;itu: i~te~;~:º· ª necessidade de acôrdo com a preferência do professor e, não, tendo em vista os
objetivos gerais e específicos a que se propõe. Assim, se a forma-
1
em pers~ectiv~,r:~~~;eª~: ~~e~~~~ru~ P~~s~lem~c~at~e:~:e:~~ã~ ção do professor é mais técnica, hc!, sempre, maior ou exclusiva
preocupação pelas construções geométricas, com abandono, às vêzes
Assim, o rnterêsse nho.
capacidade de re r nat_ural para a disciplin d total, do desenho do natural e decorativo. Se, ao contrário, a sua
seja impedido o ~e~~~nt[~º objetiva· através d~ da o~ervação e a formação . é mais artística, invertem-se os papéis. Qualquer uma
estético do aluno v~ vunento da atividade . ese o, sem que dessas atitudes, porém, não encontra outra justificativa que o des-
interpretativa e de penrute-~os a apuração tam~1adora e do senso conhecimento total dos problemas relacionados ao ensino do dese-
maior compreensão ~xpressao, fazendo, aderna· m da capacidade nho, pois que, assim, se consente que os alunos se prestem ao papel
O desenho co ?s ~alores artísticos. is, ~om que se note de simples memorizadores de engenhosas construções gométricas ou,
nstitui me·
como muitos julgam, um fi io pa~a atingir êsses ob. . - ainda, de veículos para o transporte inútil das coisas do meio am-
Acresce que .,1 . m em s1. Jetivos e nao biente para um pedaço de papel, coisas a que o desenho, positiva-
runpeza, precisão e corre
e visa esp ifi
~ ec camente, à form - mente, não pode a não deve se prestar.
Desenho Geométr'i· • çao e ordem, o que é açao de hábitos de Tudo isto, aliado à idéia, embora errônea, mas quase geral, de
d o Desenho do Natco, l·a hab'i l'd i ade espedf" conseg d u1"do através do
- ura o d . . ica e de h que em desenho não há o que estudar porque só aprende quem tem
raçao e traçado por : Offi.inio das dife sen ar através "jeito" e às desculpas de falta de ambiente próprio, faz-nos temer
Pr?jetivo, a co~cretiz~~i~ ;o Desenho Decora:~:~s técnicas de colo- pela formação dos jovens que passam por nossas escolas secundá-
téna, receberão os al e_ abstrações. Atr é , e com o Desenho rias, os quais têm aí, muitas vêzes, a única oportunidade de conhecer
geometna .
plana e d
unos xnf0
rmações e t -
av s do e .
nsmo desta ma- ou interessar-se pelas artes pictóricas e plásticas, de aprimorar o
perspectiva, o traçado espaço; conhecerão erao conhecimentos de
senso estético ou exercitar o juízo de apreciação do belo r.essas mes-
processos mais imp o geométrico das sombos numerosos ramos da
- f • ortantes d ras e o l mas artes.
o enomeno físico e e representa ão c aro-escuro· os
d~corativa, suas lei~· o pr?cesso químico: conv~ncional; as ~ôre ~ste conceito de "falta de jeito" ou de alunos "menos dotados"
~lf · .,., os estifo . . . ~ as teo \a• \
• ~~J i\\\'\\~~\ ~~ 1espcito \li, /ô_'t\\\\i\~S, M1nM .1' s
~A~ H)fü'µr>i çi ()
"tem sua origem - como bem acentua o professor Nereu Sampaio
em seu "Desenho - l .ª série do Curso Secundário" - na própria
· pe~s obras do Stóna, etc., bem como escola primária".
s mestres do passado e de
' - ...
12 ESPECIAL DE DESENHO
APOSTILAS DE DIDATICA

"É aí que os professôres se aproveita d "d E isto porque, repetimos, as diversas modalidades do desenho nos
lidades naturais a fim de at· . b~ e to as as nossas habi- cursos de grau médio, não constituem, também, um f~m em si.
- . mgir os o jetivos a -
exceçao feita à habilidade també • que se propoem, São, tôdas elas, formas de expressão de excepcional valor educa-
tôdas as crianças desde cedo m espon~anea para o desenho, que tivo, que levam o aluno à iniciativa e, quando seriamente postas
nos despertam o sentido de P<?ssuebm, pois raros são os mestres que em prática, ajudam, também, a moldar-lhe a personalidade. O aluno
. 1· ver o servando ou n .
vxsua xzação por meio do desenh • os exercitam na é, assim, levado a conhecer um assunto novo pela aplicação de outros
"O o.
ra, sem os estímulos indispen á • adquiridos no trato da matéria, pois que é muito mais útil, além
nea para o desenho não e .s veis,
ncontra meio propí .
ª
habilidade espontâ- de racional e essencialmente didático, adotar, ao lado da generali-
mento e é sempre substituída 1 r ao ao seu desenvolvi- zação, a. simplificação. ·
mesmo pela mímica." pe ª
mguagem escrita ou oral e até
Poderíamos resumir, então, o plano tle curso como sendo a ta·
A ~sscs professõres cumpre-no$ Jc b reta ge "prever para prover"", o que exige, sem tlúvic.la alguma, da
lento
nllnd
artlstlco do.. cdur:t~lor m . ~ ~ rar que ''não se reriucr t:t·
no, tao ~ u n1 rn_ t·r , t p ane d o p ro íe11so r, a9 lado d os éonhccimcntos r elativos ~ matéria.
· ~· - e e dºin,1m1co
0 -r-\1 '
uiu Lraualho constant t. • • cc • u poder i11tui~ivo
~yggs ~ambém sóliçlos, de psicolol)ia do adolescente, para qm tra-
1
• • •l
~ , . •
Ç?O 9~e s.e ttaduza na c_apacid;id 1• • . • l:~m um:.i. sadia onen t:-i- balho con scicn1 c, :1 fim de q u e não sej am violentadas as tendências
" 1gn1ftcauvo das Jinhas e d f e e e ,1d.1pt aça o t.lo cspírüo ao valor
nesse senti~o e dar-se ao ::b~;;::,a~ Nao é difícil : basta refletir
manifestadas espontâneamente pelas crianças.
êsse con;11~c:rnento intuitivo do desenhe consegui-lo e verão quanto A inibição manifestada por muitos alunos com relação ao dese-
nho tem, por vêzes, suas causas, nas deficiências de um trabalho em
:óp;rqu~içoes. ~ais amplas; quanto lh~s ~br~ ? espírito das crianças
1
dera: ºa ri~ p~~as da arte, mas também d:c1 lta a compreensão não
que não foi dada a devida atenção ao "que"ensinar, ao "por que"
ensinar e, principalmente, ao "como" ensinar.
. e~uficar-se. Possam ela mundo, com que apren·
existe uma ltgaçã . s compreencl .
u .
q e vrveram e traçaramo universal entre tôd er, mais tarde que
. as as coisas '. B) Objetivos do ensino do Desenho na Escola Secundária
pensamento h " , se irradiam a tôd e q.ue as lmhas
C b um~no · (I) as as manifestações do A Escola, hoje, não é considerada máquina de instrução e, sim,
a e-nos salientar també fator de integração do indivíduo ao meio social; deve, pois, desen-
modalidades do dese h m, que o estudo . • volver-lhe as faculdages físicas, intelectuais e morais.
nos, mesmo aos .. n o, dará oportunidade . su?ultaneo das três
mam os que pret~~~os dota~os" nesta ou n~ 1~ua1s a todos os alu- Sendo o Desenho uma modalidade de expressão. deve apresen-
Como solucionar m desvirtuar o ensino dd ~Ia parte, como tei- ' tar, pelo seu exercício, profundas r epercussões psicológicas; desen-
~amas oficiais rf' idds po~ém, . na p~ática, êste esenho. volvendo-se a expressão gráfica do adolescente, estaremos propor-
rigor de detalhes g d'. nunuciosos, que eh problema, com pro- cionando ao educando meios para o florescimento integral de sua
A través de um • as .diversas Uni·dades e sub egam . a especi·f·icar, com personalidade.
seleção da maté . cu1 adoso plane1·am -unidades ? Três são as iunções predpuas do Desenho na Escola Secun-
_ na a ser . ento de
que nao seja rigorosament ens1nada, dispensand curso, por meio da dária:
o desenho geométri e exato, teremo o-se o supérfluo e o - cultural-educativa
um sistema não rf~od, o decorativo e o ds oportunidade de entrosar
em frrtitn o· o, em q 0 natural p .,• - utilitária
a correlação um Ue as unidad d · e1a adoção de - social
me~to de um program as com as outras es. e trabalho estejam
d
pos.tção de todos os a a com o objetivo sera possível o estabeleci· - Função cultural-eduC(itiva : O estudo do desenho favorece
será da parte do aluno ssuntos. ? estudar. ~ t~rnar mais dara a ex-
a disciplina da atenção e, em particular, da acuidade vi-
" a aquisição de conh ~xs accessível, também
(1) ectmento . r sual; constitui um instrumento de expressão objetiva e
Arthur Perrelct. s e informações. é estimulador da imaginação e da inteligência.
...

APOSTILAS DE DIDATICA ESPECIAL DE DESENHO 15

- Função utilitária : o desenh • . Desenho do Natural


. da a d. o, posto a serviço do ensino e
pren IZagem das demais m té .
monia de uma educa ão f . a nas, completa a har- a) Desenvolver a observação direta do mundo real, através da
tôdas as formas de e~t . e1~a com o aproveitamento de interpretação da personalidade.
ser uma linguagem eriolnzação do pensamento. Por b) Desenvplver a observação analíúca.
. . natura às vêz . . .
ficat1va do que a falad d es mais clara e sxgm- c) Estimular a capacidade de expressão gráfica.
apreciãvel, na educaçãoª·d~ºin~i:í~~v: cooperar, em escala d) Dar conhecimento de diferentes técnicas para a expressão do
O desenho deve estar sem . pensamento.
exposições de qualquer pre presente em tôdas as
motivador e ótimo b'as~unto, pois é excelente elemento
t . o Jet1vador· p . Desenho Decorativo
es serviços, na fixação : . resta, ainda, relevan-
· e na verif1caç- d
ao a aprendizagem. a) Desenvolver a imaginação criadora.
- Função social : Os indivídu . b) Estimular o gôsto pela combinação de côres.
artísticos desde á inf• .ºs que recebem conhecimentos c) Dar noções de rítmo ,ordenação e valor das côres.
l .d anaa até os úl•:
an ade, sincronizara- 1 ... mos anos de esco-
.d o, pe a expe ·ê · d) Despertar e desenvolver o gôsto estético .
TI a, sua sensibilidad n naa estética adqui-
a vida oferecem. e com as belezas que a natureza e O Desenho antigamente era considerado accessível, unicamente,
A popularidade . aos "jeitosos" e só eram aceitos, como trabalhos de valor, as produ-
"H0bb " crescente das f .d ções semelhantes às dos artistas natos. A evolução do conceito de
Y dá-nos indi - a ivr ades artfst· Arte mudou a atitude da Escola perante o Desenho.
m · d caçao clara da utir 1cas como um
e10 e repouso dos excessos de . iz~ção do desenho como um Procura-se, através dessa atividade, dar oportunidades à mani-
O Desenho é . d especialização.
d . am a emp d festação das tendências individuais, desenvolver aptidões, encami-
esa1ustamentos mentais rega o como meio tera ê . nhar a formação do gôsto, estimular os componentes perceptivos,
N ·d · p ut1co nos
a VI a atual, essa . imaginativos e inteléctuais e contribuir na formação equilibrada e
número de atividad matéria assume lu
to descritivo ou co::
profissionais que dela d;ar preponderante; o
h armoniosa da personalidade do adolescente, sem se ter como preo-
cupação única, ou pelo menos mais importante, a formação de
Desen l o elemento estético é dpendem como elemen- artistas.
vo vendo e ca a vez ·
centes para que d proporcionando me· maior.
d esenvolvirnento . esenhem sempre, estarem ios e estím 1
u o aos adoles-
Passemos a mtl~gral do educando. os concorrendo para um
d D ana rsar os 0 b. .
e esenho : · Jetivos específ
tcos de cada modalidade
Desenho Geom -'t .
rico
r:

a) Formar o háb.
paríveis com o de ito de produzir
senvoJvim com clare
b) Dar conhe . ento mental do ed za e correção com-
cimento de f ucando
c) D esenvolver h ormas geométr· .
d) Criar háb. a abilidade manu~J icas. -
ltos de . ·
precisão, lim ez
p a, correção e d
orem.
r

UNIDADE II

1 O ENSINO DO DESENHO E A PSICOLOGIA DIFERENCIAL


E EVOLUTIVA

PROFA . MARIA IZABEL DE SOUZA COSTA

A) Introdução.

B) O desenho da criança e do adolescente.

;
C) Métodos de estudo do desenho infantil.
--

Unidade II

O ENSINO DO DESENHO E A PSICOLOGIA


DIFERENCIAL E EVOLUTIVA

A) Introdução

Há um período durante o qual se cria e se desenvolve uma


atividade psíquica que, embora inconsciente, é de grande inten-
~dade 1
A criança tem por descobrir o mundo de coisas e o mundo de
sentimento e descobrir também os meios de penetrá-lo, de se adaptar
a êle, de tomar nêle seu lugar.
Nosso princípio básico não é nos preocuparmos em saber 5e
o que o leva para o desenho é aptidão mas, ao contrário, o que o
desenho pode trazer como enriquecimento no ponto de vista mental
.. da formação do caráter.
O desenho não é mais considerado como um meio de adquirir
a prática de passa-tempo agradável, mas ptjncipalmente como um
meio de educação.
A pedagogia do desenho deve procurar, para a criança, o prazer
desta atividade plástica que consiste em manejar um pincel e usar
as côres.
Isto não pode ser obtido a não ser permitindo que esta ativi-
dade se desenvolva instintivamente e que a criança descubra suas
próprias possibilidades.
O desenho da criança é a expressão dd um estado interior, uma
linguagem. É, antes, uma atividade do espírito que da mão, segundo
as fases do seu desenvolvimento. A criança desenha o que sabe e d
que desperta seu interêsse. O desenho revela o que lhe interessa
no mundo.
Cabe ao educador ajudar êste despertar sensorial, espiritual e
intelectual.
É interessante constatar quantas crianças da mesma idade e
mesmo nível mental puderam realizar sôbre o mesmo tema dese-
nhos de tipos muito diferentes. Cada uma tem suas particulari-
dades de execução.


_... ~~·W;;~~~. . . . . . . . . . . . .iliiiilÍlllilllliilllllliiiiilllilÍlll
,
20
APOSTILAS DE DIDATICA
ESPECIAL DE DESENHO 21
. Para educar a consciência in .
nal1dade do mestre que import;angl de maneira própria é a perso-
Também, por meio do desenho, podemos avaliar a idade de
o .ªddolescente, é a consciência m. que age essencialmente sôbre
ena ora seu d esma do prof . uma criança, o seu sexo e o grupo social a que pertence.
b ' ar or pelo estudo 5 essoi, sua capacidade
Por conseguinte, a Didática do Desenho deve atender a êsses
5
:eal~=· e~;~berdade. ativa de se~ :~ :i~:i~elo belo, ~ ve:dadeiro, princípios procurando ajustar suas técnicas e métodos ao indivíduo
respondent a qualidade afetiva do profe nte. Esta inspiração se a que é aplicada. Com a finalidade de proporcionar um intercâmbio
hábil pod efao aluno, nenhuma simula - ssoér e o nível afetivo cor-
e azer mil çao possí I u · artístico entre jovens de diversas culturas surgiu o Centro de Infor-
moral pode incit a~es na transmissão do b ve · ma técmca mação de Educação Artística da Unesco. Sentiu êsse órgão a neces·
grandeza isto f ar a força moral, e só a gr ~a er, mas só a fôrça sielade ele fomentar os contactos internacionais entre tôda a espécie
Mas, ora de todo laço pessoal an eza pode despertar a
.no moment entre prof de trabalho artístico realizado por crianças de diferentes países .
sonalidad . o em que entram essor e aluno. Assim, reconheceu a Unesco o valor da educação artística, como
e que vive . os em co t
não atinado com força e beleza n acto com uma per· meio de enriquecimento da formação individual da juventude e o
verdadeira lel;re ~~s, 0 ~roduto da in:p~~rn_ nível consciente ainda favorecimento da compreensão internacional.
llleiramente/ contí aternidade espiritual çaol. se estabelece e uma A descoberta da arte infantil se eleve ao grande artista Cizek.
· Já
vive . normal nua depois · ate, ao ní l nos iga , intermitente
· . pri-
mente. ve onde 0 i..,...,- . Em J885, dando oportunidade a que certas crianças pintassem livre-
• ~uao mais velho mente, ficou bastante surpreendido ao ver as obras que produziram .
Isso o levou a descobrir uma diferença entre os desenhos realizados
. B) O desenho da criança e do
A Psicologia n ·f adolescente nas escolas e os que eram feitos livremente. Começou, então, a cole-
víduos como I ere~cial se ocupa das . cionar trabalhos infantis, procurando dar nova orientação para o
diferenças no~~% de . 1 d~de, sexo, grupos dife:e?ças entre os indi-
0
A Psicologia Evo~ i~d1víduos segundo és~c;a1s ou raciais e ~as
ensino do desenho.
Somente em 1891, conseguiu autorização para abrir por seus
h.umano partindo de s~tiva .ºu Genética es~ . as em que viveram. próprios meios a primeir~ escola de arte infantil e o Estado, devido
Y1mento através de difer: origem e acompanh~ado comportamento aos resultados obtidos n os 5 primeiros anos, foi obrigado a lhe ceder
dº Com o desenvolvi ntes etapas. n o o seu desenvol· uma elas salas na Academia de Arte.
tferenças não só me~to da Psico! . . O método de Cizek é puramente intuitivo. Tôda obra infantil
rn~s também numenmtreesmos I~divíduos de osge~ªo' ~1dcadram constatadas as é produto do subconsciente e a arte subconsciente é espontânea. A
Pnnc'1 1· o ind· ,..· ' 1 a e ou grupos sociais arte infantil revelou que a criança, antes do desenvolvimento do
arte P 0 em outros campo5 ivíduo _ · A ss1m co conhecimento, tem um instinto. natural da composição, da côr e do
do ' novas teorias sur · ª
n~o só da ciê . m aplicação dêste
sentimento e que, muitas vêzes, sem querer, produz obras de arte
uma explicação pargiram, .Principalment nc1a como também <la
o
conh ~dstudo do desenho
a os ti p e nesta ' 1 ·
os de manifestaç- u uma, resultan·
de tanto valor expressivo e estético como o melhor dos mestres de
eci os e serviu revelou fatos é ao artística. arte moderna.
como també como fonte d at então c A pr<ítica dêsse desenho espontâneo proporciona a descoberta
surgindo in lm . de diferentes o conhecimento º~pletamente des- dos mistérios e das profundidades do ser e tem como finalidade
lectuaI e c us1ve testes nêle b etapas do desenv nl ~o só de culturas fazer com que a arte influencie na infância, como base da· educação.
personalidade aseados, que m d o v1mento infantil
U ma · · e em . ' A criança é criadora por instinto até os oito ou dez anos. Ela
e cm criança, numa d o quociente inte·
sua conduta . eterminad n ecessita imperiosamente fazer um uso contínuo de suas energias e,
ra. Dêsse modo vai refletilj os a cultura, receb . sobretudo, de sua imaginação e de suas potências de expressão; se
,de indivíduo ' podemos conh usos e costumes d e sua influência, estas são amordaçadas ou desviadas por uma errônea educação, a
como já sabes que a ela pen ecer essa cultura essa mesma cultu· criança se transforma em seu caráter, e, arrasta êsse complexo du-
mos nã0 . ençam dº através d d
existem duas e iferençá-la e esenhos rante tôda a sua vida ou degenera em uma enfermidade de diagnós-
culturas 1·gu . de outra pois
ais. ' tico difícil.
.22 ESPECIAL DE DESENHO 23
APOSTILAS DE DIDATICA

A arte infantil é a mais f cia pudesse proporcionar materiais e indícios preciosos para a histó·
t~~os e ~stj.mu~ar inteligênci~ic:::;~pêutica para frear certos im- ria comparada das diferentes raças. Foi ajudado por Levinstein,
um am~~ltas ~anças recobram uma as. Pela. prática do desenho Kretschman e Kohler.
iente infeliz personalidade trun d Kerschenteiner (êz estudos pois desejava reformar o ensino do
Ae l - · ca a por desenho nas escolas de Municb. Antes de tudo desejava conhecer:
vo uçao do dese h .
apresentam sinai n .º _rnfantil obedeceu .
guida após 1 s caractenst1cos. A dedu - a diversas etapas que a - coroo se desenvolve a faculdade d?- expressão grãfica nos
. Freqüen~e~os estudos e aplicação dt:á ~essas etapas foi conse- meninos não influenciados, desde o esquema primitivo até
com os desenh e~e se tem comparado o ~os métodos. a completa representação do espaço
historiador ai os_ os selvagens e home s es:nh~s dos meninos b - a que espécie de faculdade de expressão podem alcançar
ç~o das civiliz:~~~ eKarl ~ampreeht, p~o~~é~ustóncos. O grande meninos de 6 a 14 anos.
filogenia na ont . dominado pela lei q P do com a classifica-
das crianças par ogen1a, teve a audaz idéº ued enuncia a repetição da Claparede, da Universidade de Genebra, e Guex, diretor da
G R a completar· ia e recorre d Escola Normal Suisse queriam pesquisar:
· ouma chego seus estudos histó . r aos esenhos
eram mais . u, entretanto à ricos. a - como evolve o gôsto e a aptidão para o desenho nos es-
aparentes que reais. 1
conclus-ao que as semelhanças
colares
C) Métodos de estudo d b - que relação há entre a atitude para o desenho e a atitude
18871) Método de cole - . o desenho infantil para o trabalho em geral.
. , que apresento çao . - Realizado
Infantil. Analisou alu o 1.o trabalho im por Conrado Ricci, em Stern fêz coro que crianças interpretassem através do desenho o
.nhos : ausência de gumas. particularidad~~rtante sôbre o desenho conto "O país de Janjá". Quís, com isso, avaliar:
Integralmente. A <_=apac1dade e dese. dque descobriu nos dese-
a - diferenças individuais
para ..
. . a criança, evol -par te d a obraJOvis e representar as coisas
à maior
nut1vos. uçao do sentido d ava do sentido do belo b - progressos reconhecidos segundo a idade
2) M as côres à . e - representação do espaço
étodo do . ' arte dos pn-
um conto d . inquérito · . d - problema do tempo
ar". A . e origem alemã ... - Foi idealizad0
5
berani crianças teriam A história do ] _ por Barnes com e - diferenças de sexo.
escutar papel e .lâpis e, de q~~ fazer ilustrações ~~o de _nari~ para o
ani a leitura da h.P de haverem es . p a a lustóna. Rece· Max Verworn ocupou-se do seguinte problema: em que me-
Para Oser ini. c1ado
· tstória. L eu-se pelacrito
o desenh 2 a seu s nomes e idades, dida, cópias sucessivas da re~res_entação de um tema pouco fami-
s objetivos dêst o. . . . vez e deu-se a ord~m liar se afastam da imagem pnnapal.
e quest1onári
ª - determinar as º eram : 3) Método biográfico: - Consiste na observação da evolução
b- e cenas m · do desenho espontâneo de uma criança dentro de certo período de
m que idade o· . ais reptidas
e - se existiam. di s meninos traçavam m . tempo considerável. O prof. Brown, da Universidade d~ Califórnia,
meninas ferenças entre o a1or n.º de episódios realizou pesquisas coro êsse método para aclarar os seguintes pontos,
d - se e . . s desenho d
P erfil~tstia alguma lei s e meninos e entre outros:
. com respe· a - idade em que a criança começa a desenhar
Ito aos d
ad Laniprecht ta b esenhos de frente e b - maior interêsse por forma ou côr
otando as instruç
. m ém recolheu inv . .
c - idade em que começou a copiar dos outros.
oes de Barnes. .E est1gações sôbre 0
sperava que mesmo tema,
. o estudo da infân·
24
APOSTILAS DE DIDATICA ESPECIAL DE DESENHO 25

. 4) M étodo da obseru - .
informações sôbr . . açao · - Por m eio d ê é 4 - estágio ~o realismo lógico - (entre os 7 e 8 anos) - Nessa
por Perez p e o s1gruficado dos difere t sse m todo, obtém-se fase a criança desenha o que sabe do objeto e não o q ue vê.
5 .assy e Katz. n es traços. Foi utilizado
) M etodos diversos . H á a passagem do desenho de frente para o de perfil.
nhassem uma fi . - Schuyten mando . Atr~vés do casaco, calças, mangas, chapéu e saia vê-se 0
verificar o grau ~ra h~ana, comparou co u q~e crianças dese- p erfil do corpo, da cabeça (transparência). H á interêsse
Kik fê . ~ perfeição. m o tipo clássico para por pormenores decorativos : botões, bolsos, bengalas, bi-
. • z mvest1gaçõe .b
l
te tgencia e a influenc1a • . ques so re o desenho e a sua rela :- godes, sem perspectiva.
.
Goodenough ó exerce a vida d çao com a m- 5 - estágio do realismo visual - (entre 9 e 10 anos) - A crian-
_figura humana or ap .s longos estudos sôb~ escola e a de casa. ça nã? confund: o que sab: do objeto com o que vê. Passa
da figura. ltsse tesf1ru~ou um teste com a eál ?esenhos infantis da dos tipos genéricos a particulares; as figuras, ao invés de
d Tôdas as inves~i;t _hoje. é usado para =~/se d~ tod_os os traços flutu arem x10 ar assentam sôbre duas linhas. N os melho-
e um modo gera] açoes sobre desenho . f' ia~ a mtehgência. res dese?hos a ação ~ introduzida; há um esfôrço para.
1
- estágio da' as etapa . s d a evolução . antts Permttiram
s m .. fixar, caracterizar e dram atizar o assunto.
d garatu1a é ·
es motoras. A - uma expansão d Aos II anos a atenção já está voltada para a perspectiva, apa-
movimentos ge/·resenta forma indefin "d e su_as. necessida- recendo o sombreado, relêvo, etc.
2 e, às vêzes, aos ~Is do adulto. Essa t i a e . imitação dos Ao chegar à adolescência, surge a auto-crítica q ue faz com que
- estágio da r h anos. e apa vai dos 2 aos 3
o aluno tenha uma inibição para o desenho espontâneo. Essa inibi-
d
o esenho· a b ª-m há uma relação v· ção é tanto resultante da orientação defeituosa do ensino do dese-
par de po~tos·Gt e~a é um círculo isual .entre o objeto e nho no curso primário, como d a crise de idade porque êsses novos
as linhas são b'r 2 linhas representa grosseiro, os olhos um adolescentes, "atormentados pelas críticas inoportunas e inábeis dos
3 forrna. Vamo aços ' sen d o que •· se m as p ernas. Às vêzes
mais velhos j á p erderam a confiança nêles mesmos e n aquele seu
- estágio do esqs enco~trar aos 4 a::1pre aparece a primeira mundo imaginário onde tudo era possível e tinha explicação : sen-
e 6 an uematzsmo . os.
os. ou stmoboli tem-se inseguros, acham os d esenhos que fazem ridículos, têm mêdo
A forma d f. smo - surge entre 5 de errar". Ficam sufocadas assim as fontes de onde brotarão as ma-

(? O 6 a igura hu

!J
manaéa ·

essas fon:n
ss1m reproduzida :
nifestações artísticas quaisquer que sejam.
6 - estácrio da regressão - (entre 12 e 15 anos) em que o sen-
U as para a cabeça
tim:nto se desloca da expressão por meio do desenho para
a expressão por meio da linguagem.

;f linhas
pernas
Paralelas
para braços e
Com a inibição do desenho espon tâneo desloca-se a tendência a
d esenhar para o desenho técnico (rapazes) e desenho decorativo, côr,
forma (meninas).

-r" rn
O m
Para a esmo esquema .
dedos irr d "
p artem d:
iam de um ponto ou
uma linha
7 - estágio do renascime~t~ - (15 an_?s) - em que renascem
as disposições para. atividade artística.
N a adolescência o aluno atinge o curso secundário. Segundo o
prof. Lúcio Costa o ensino do desenho nesse período deve visar a
sem r mulher; feito feu? vertical . "desenvolver o h ábito de observação, o espírito de análise e o gôsto
p e de perfil horizontal mente serv
. mente p ara / para o homem e pela precisão. Por outro lado, t~~ por fim _reaviv~r ~ ~ureza d;
1
igurar um an.ima, imaginação, 0 dom de criar, o lmsmo próprio d a mfancia, quah-

APOSTILAS DE DIDÁTICA

dades que foram amortecidas com as críticas, não só do próprio


adolescente como também dos outros. Importa, assim, cultivar as
qualidades que proporcionem criações artísticas a fim de q.ue o~
mais capazes, neste particular, possam encontrar o seu cammho.
O ensino do desenho ao adolescente deve atender às caracterís-
ticaspsi~ológicasdessa etapa assim como o ensino do dese~ho
infan-
UNIDADE III
til deve atender às características da infância.

Revista - El Correo - PubJicaç.ão da Uncsco, vol. 6 n.º 10 . Ensino do desenho


- Lucio Costa. A crise do Adolescente - Alceu Amoroso Lima. El A MOTIVAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO DESENHO
Lenguaje0 Grafico dei Ni1io - George_, Rouma. Re ista Educação -
11
ABE n . 52. Desenho espontdneo - Edgar Sussekind de Mendonça. PROF. ALc lDIO MAFRA DE SOUZA
Filho.
4._postilas de Psicologia da Faculdade Nacional de Filosofia - Lourenço

Revista - Fémmes dipldmées - A crianç;i, o desenho e o mundo maravilhoso


A) Introdução.
dos museus - Claude Estadas de Ripouilh . Arte Creador Infantil -
N. Butz . Desenho Infantil - Silvio Rabelo.
B) Exemplós de motivação.

Unidade III

A MOTIVAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO DESENHO

A) Introdução

"Motivo" é o têrmo geral que serve para designar qualquer


uma das fôrças que impelem o indivíduo a fazer uma escolha, a
concretizar uma idéia ou a seguir um rumo de ação. São essas
fôrças mais de origem emocional que intelectual. A simples obser-
v.ação é capaz de convencer qualquer pessoa da importância da mo-
tivação na conduta humana. Se alguém deseja fazer alguma coisa.
empreenderá todos os esforços no sentido de realizá-la; caso con-
trário, lançará mão de todos os subterfúgios com o propósito de
não levar a têrmo a tarefa proposta.
Sabemos que muitos jovens serão capazes de dispender energias
tremendas cavando um buraco à procura de um tesouro enterrado;
no entanto, se forem solicitados a remover igual quantidade de terra,
sem que tenham sido acicatados p elo mesmo motivo, é m uito pro-
vável que não tenham a mínima vontade de executar a emprêza...
A própria natureza do Desenho poderá servir como motivação
1 sua aprendizagem. É da maior conveniência a multiplicação d as
experiências e dos exemplos em um mesmo domínio, para que uma
idéia r essalte sob aspectos diferentes; somente assim o educando
poderá ser levado ao conhecimento do conjunto das noções apre-
sentadas.
Não será difícil aos professôres enconmu: os motivos e os in-
centivos capazes de levar seus alunos a aceitar b~m as tarefa~ que
lhes serão solicitadas no transcurso de sua aprendizagem. As linhas,
as formas, as côres 'representam tudo quanto a vista alcança. É
mistér, entretanto, que despertemos nos . educand~s a ~o~sciência
dessas coisas. É necessário que os capacitemos a extenonzar seu
pensamento através dos elementos gráficos, os quais possuem valô-
res essenci:lmente vitais que, quando devidamente aproveitados,.
peneu·am no próprio coração da natureza.
30 ESPECIA L DE DESENHO 81
APOSTILAS DE DIDATICA

b) Exemplos de motivação
. desenl~ados. desenho do natural' que-regis-
de
senam an ali sados e -ao sena, em :Esse
segu ida, aplicado à ilustraçao
· observaç ' · · a
A título de colaboração, damos a seguir . tres
• exemplos, .odeacen-
mo- trana sua ·aade impenos

v~n~elatar.
. .
uma idéia. • · à necess1
. . fizemos referencia m suas três modarJ-
simultâneament~
tiva ão empregados em nossas aulas. (Achamos desnecessa.n uladas
tuj acÍui que, sempre que possível, as aulas devem estar Em outro lugar J.ª do e spectos diferentes e
a alguma oportunidade surgida.) lt o caso que. p~ssam?s de ser o desenho ensmaltar uma idéia, so. aªo Desenho constitua
natur~za ~
nos
~x.stent:s d a ressa rópna .
1

cremos, po: tu.do is ~elhor de mouvaçao


Petjl>dicamente, montam« exposições nos paméis Edu- dades, de mo o . to que a à sua aprendizagem.
conedom que conduzem às salas de Desenho•. no lnstlluto d de a fonte pnme1ra e
cação. Para levar os educandos ao conhecimento do desenho f _
letras, fizemos em nossa preparaçao ou mottvaçao para a • •.
- . -
'1nàa ao fato. Exibimos. em seguida, cartazes e mortes de revis~~
aula re e
mostrando letras desenhadas, bem como desenhos de alunos•.
outras séries, que tinham sido aproveitados em letreiros, dísu.c~s,
referimo-n~s
f:ux~s:
etc. A seguir, à grande importância da boa disposih';
e do uso das letras; em trabalhos variados, como mapas, a
mulas, como ponto de contacto para o desenvolvimento da !tçao,
qual preconizava a preparação do painél em que iriam ser co o-
cados os trabalhos da tunna; seriam feitas flâmulas com o número 1
da turma e referentes à exposição; e um pequeno cartaz, anuncian-
do-a. O trabalho, que iria ser desenvolvido por tôda a tu'."'a.
implicaria, nec0$àriamente, no bom aspecto gráfico dos letreu".s.

.~o de~~ ~ro­


2.te estava subordinado, por conseguinte, a um conhecimento prévw
de letras. Foi fáàl levar os alunos à execução do
Jeto; d1ffctl se tornou, depois, a seleção dos trabalhos, em vista
do avultado número de bons desenhos conseguido...

~bservação,
O desenho natural, que visa o desenvolvimento do hábito da
da aferição das proporções conetas e da [>?sição das
hnh., dos Objetos desenhados, pode, muitas vêzes, apresentar-se como
tarefa diffàl para o_ professor e para o aluno, quando êste não
tem0 seu >nterêsse despertado Para o objetivo visado. Entretanto,

ções ~e
se Prol"'<>r empregar desenhos de referênàa recortes de ilustra-

c?leaonar
revista. ou anúnàos e solkitar a seus aÍunos que procurem
exemplos
vistas ou outras pub1·dêsse- tipo de desenho, como aparecem em re--
1
• 0 caçoes, e pocurar empregar o desenho do na
turaJ relaoonado ª utra atividade, como o desenho decorativo por
::pio, a tarefa será, põr certo, suavizada. Suponhamos que' pre-
amos levar
o contraste alunos aoQconhecimento
poroshipót · de uma lei decorativa d-
dnaturl l ' ese. ue meio melhor senão o desenho
rcu a'
o e?araª
um retânguI
anáJise de ( linhas e de
. formas 1 Tomaríamos um ·0
o ou outras figuras contrastantes) os quais
UNlDADE IV

O PLANEJAMENTO DO ENSINO DO DESENHO

PROFA. ECYLLA CASTELLO BRANOO DA CRUZ

A) Plano de curso.

B) Plano de unidade

C) Plano de aula.
Unidade IV

O PLANEJAMENTO DO ENSINO DO 'DESENHO

T eoricamente, o assunto já foi estudado no curso de Didática


Geral. Vamos, portanto, ocupar-nos apenas da parte ligada direta-
mente ao ensino de Desenho de gráu médio.
O Pla~eja~ento é, como já foi dito, o primeiro passo obrigatório e
rnd1spensável à boa técnica docente.
Sendo a tarefa educativa, sem dúvida, uma das mais
complexas das realizadas pela inteligência humana, o edu-
cador não pode e não deve confiar na intuição e na improvi-
sação do momento.
Para orientar e dirigir o ensino é preciso obedecer a
planos maduramente pensados em que o desenrolar das pro-
váveis ocorrências seja previsto, para que o educador possa
orientar o ensino, de maneira eficiente.
Importância do Planejamento
. . b Planejamento, em relação ao ensino, representa um apoio
Indiscutível à técnica didática. É através dêle que o professor pode
c~Iocar a matéria em função dos objetivos visados; dosar a matéria.
nao só com o nível mental dos alunos, como também, com o tempo
disponível do ano escolar; eliminar falhas e repetições inúteis; im-
primir um caráter metódico e construtivo ao ensino; torná-lo mais
didático e compreensível; assegurar ao professor o aperfeiçoa.ment~
de sua técnica.
Mesmo para os professôres experimentados.º Planejamento t.raz
hen~fícios, assegurando-lhes renovação d~s. técnicas a empre.gar, im-
P_edindo-lhes que caiam na rotina, permitindo-lhes a pesquisa ante-
cipada e o emprêgo oportuno de dados motivadores e tarefas de
real valor educativo. .
Em conclusão, esta técnica didática assegura maior clareza e
continuidade ao trabalho. . . .
Para melhor orientação da tarefa educativa, é preciso organizar
tr•es tipos
· de Planos :
- de Curso
- de Unidade
- de Aula
36 ESPECIAL DE DESENHO
APOSTILAS DE DIDATICA

DESCONTOS
O plano de Curso é u
plan~ analítico. É : duran.te o ano escola~· o que ª.brange tõda
a matéria a ser dad m plano sintético É
2 aulas para provas mensais de abril e maio;
assuntos que tenh que diz respeito a , o ~e unidade, é um.
Quanto ao ~~correlação entre si. ~:~ séri~ ou conjunto de
2 aulas para revisão antes das provas;
dada em uma atl 0 de aula é 0 que s ~branger várias aulas. 4 aulas correspondentes a 103 para imprevistos
tratado. a, desenvolvendo p e rela~iona à matéria a ser 8 aulas
ormenonzadamenle o assunto
Aulas disponíveis no l.º período : 43- 8 = 35 aulas
a) Plano de Curso
2. 0 período - de l de agôsto a 15 de novembro - aulas
O professo~ deve de 15 a 30 de novembro - 2.ª Prova Parcial'
aos seguintes quesito;. para organizar um plano de
. . curso, atender de · 1 a 15 de dezembro - Exame Oral

; I) O agôsto - 12 aulas
II) programa oficial d
Calendár" . e Desenho setembro 13 aulas
III) io escolar forn .
1:lelação com le ec1do pela Dir . outubro - 14 aula~
instalações dp ta do material e tona da Escola
Só as salas d e aula de necessári
D . .
o, venf1cando as novembro - 6 aulas
e então êle ve "fi esenho. - 45 aulas
ntrosados e n cará os Total
forma a p d grupados em U ~ontos do pro
t endo a preocu
0 er distr"b
- l uir a maté n1dad
. es e estudarágrama q ue podem ser DESCONTOS
tos facultati paçao de dimi . na, com o nú o Calendário, de
vos e falt nu1r l 001 mero de d · 1 · 3 aulas para provas mensais de agôsto, setembro e outubro
ornando . as imprevis t o para feriad ias e.tivos,
T
Calendário para exempl tas do profe os eventuais, pon- 3 aulas para revisão da matéria
dec á para 1958 . o uma tu ssor. 4 aulas correspondentes a 103 para imprevistos
rma de I a
Horário ~;nte esquema : o do número pr~váséne gi!lasial, e o
er ao se · ' 0 calcul .
uma tu""'~ d
10 aulas
Desenho . vel de aulas obe-
• • ·'-U<l e I ·a série · Aulas disponíveis no 2.º período : 45 - 10 == 35 aulas
segundas' quartas. e ginasial para as aulas de
Tôdas as aulas devem' ser distribuídas de forma a haver um
1o • . sextas, de 12
. penodo - de l . de ,20 às 13,IO entrosamento das três modalidades de Desenho do programa: De-
. h oras senho do Natural, Desenho Decorativo e Desenho Geométrico.
d março a 15 Quanto à relação do material, é preciso verificar se a Escola
e .15 a 30 d . . de junti
e Junho _ 1.a Pro - aulas possui salas apropriadas. A Cópia do Natural, par exemplo, exige
março ova Parcial pranchetas inclinadas. A falta, porém, dêsse material não deve
abril 13 aulas ser pretexto para não ser abordado o ass~nto.
maio lI aulas Há vários processos práticos, de que o professor poderá lançar
junho 13 aulas mão, assim:
6 aulas
Total
-
--43 aulas ·
a) A utilização de blocos, com um papelão resistente na parte
posterior, podendo o aluno colocá-lo no colo e apoi<i-lo na carteira;
(já descont d
riados . a os os fe-
e dias santos)
38 ESPECIAL DE DESENHO 39
APOSTILAS DE DIDATICA

b) A fixação, com durex ' c) Dar conhecimento de diferentes técnicas


~uma ~a~ paredes da sala de aul~u perc:vejos, de fôlhas de papel, d) Auxiliar as demais matérias do currículo
or dmancia, para o aluno ob , pemute o traçado livre e dá me-
com o modêlo exposto. . servar e comparar o desenho feito e) Desenvolver o gôsto estético

c) A confecção de Objetivos específicos: - Os objetivos específicos são considera-


madasp na hora da aula .pequenas pranchetas portá teis , que serao
- ar- dos aquêles que o professor pretende alcançar através do ensino de
ara a Composiç- D cada modalidade de desenho.
utilizadas . ao ecorativa as .
para a ã~:n~d?·as duas a duas pa,ra fa~~~-t eiras comun~ podem ser
Untas. Har a colocaçao dos potes Desenho Geométrico -

Distribuição d U . a) Criar h ábitos de ordem, prec1sao no traçado, coordenaçã~


d. as nidades d 0
1sponíveis
• _ programa pelo numero
, de aulas; motora, habilidades técnicas e abstração;
b) Conhecimento de diferentes técnicas como: lápis, nanquim
Supondo-se que
põe-se de 70 aulas nos do~s períodos letivo .. e guache;
média aritmética dt~ra _distribuir por 3 ~nJt exemplificados, dis- c) Emprêgo correto dos instrumentos de desenho, tais como :
~entar ou diminu. 7 aulas para cada U . dades, teríamos uma esquadros, tira-linhas, compasso etc.
de mais difícil air· o ~úmero de aulas d Unid_ade. Podendo-se au-
maténa.
· ss1milaç~ao ou que tenham
as n1dad_es que julgarmos
Desenho Decorativo -
maior conteúdo de • •• J ! ,J

a) Desenvolver a imaginação criadora;


PLANO DE CURSO b) Dar conhecimento de várias técnicas como: aquarela, pastel
Disciplina . D e guache;
Colégio · esenho Série 1.a c) Aprimorar o gôsto estético através da combinação de côres;
· ·· .... Turma
d) Proporcionar meios para a realização de .proje_tos ~e tr~ba­
Professor ..· ·· · · ·· · · ... . . Il · · · · Curso : Ginasial
. . ... " ·" · · · · · " · .. .. '.· .·.·.· orário : 12,20 às 13,10 li
~ .. .. lhos de outras disciplinas, como Geografia, História, Ciên-
······· ·· Ano 1958
OB]ETJVos DO cias, etc.
. cunso..
Desenho do Natural -
- OBJETIVOS
- OBJETIV GERAIS Desenvolver a observação analítica, pela observação direta
a)
Ob . . os ESPECfFicos do natural;
Jetivos gera . Dar conhecimento de várias técnicas, como : "fusain", pas-
no curso · . is - Com · b)
g1nas1al podem o objetivos ger . tel, "crayon", aquarela, guache, etc. , .
os consid ais do ens.
· a) D . erar : ino de Desenho ~ análise de muluplas formas, ava-
ar maior Desenvolver a atença~ ~e
1
ª. izes de movimento e inten-
e)
b) Prov capacidade de liando relações espaC1ats, diretr
er a educação . ~
expressao
integral d
gra·f.ica
o adolescente sidades cromáticas.
40 ESPECIAL DE DESENHO 41
APOSTILAS DE DIDATICA

Unidades d-O Programa N.O de 1 N.ºde Mat erial 1 Docentes (A)


At"v Docentes (A) Uriidades do Programa 1 · Didático
· Ativ. Discentes (B)
Aulas Material Didático At~v: Discen tes (B) Aulas _ !________
1 - -----
l _Desenho Geométrico: 1
• Noções so· bre a Estudo
orna-
Ç- 0 plana.
• Estudo mo~fológico das
2 menta ·~
de mouvos decora::ivos.
linhas, sua represen- I - Quatro negro, IA _Método: Expo-
tação. giz branco e de sitivo Intcrrogat~­ • Sistemas decorativos.
côres.
rio reflexivo e fi-
• Linhas retas e ci1rvas - • Leis da compoisç-.ío de·
Estudo, nomenclat·ura e x a d 0 r . Discussão
Insorumentos dirigida. cora tiva.
gráfico. de Desenho para
quadro negro: es- • A faixa decorativa. 2
• Combinação de retas. 2 quadros, compas-
Posirões relativas no so, régua, transfe- da Côr. Colori- 8
plan~ - Convergência. ridor. • do
Estudo
dos tra b a lhos exe-
Idéia de ângulos - No- cutadôs.
menclatura. Paralelismo.
Aplicação ao D. Deco 3 - Desenho do Natural: r
tivo.
d bservação 15 Modelos vários . (~­ Excursões ao campo
• Desenho . e :. tos p la- .. tas a Museus.
e VISI
• Idéia de poHgono - 10 dircta de: o JC in- c1·1-..ando
i.
a1 d1Stn-
ala
Triângulo e quadriláte- Cartazes com: Exibição e ma~ejo nos, frutas, lcgu~es, les, buição pc a s
ros. Classificação e mor- 1 Rosa Cromática de do material d1dá- secos de formas sunp de aula, para que
fologia . Criação de mo- CharJes Blaac. tico. haja vários pontos
tivos únicos dentro das de vista) ·
formas dadas.
• Pollgonos de mais de
quatro lados. Nomencla- 10 Roda de Côres
tura e principais carac- Estudo de várias B - Registro orien-
terísticas. Decoração das gamas de tons e tado das notas de
figuras geométricas com de matizes. aulas . Elaboração
aplicação das linhas es- de desenhos colo-
tudadas. ridos. Resolução de
problemas gráficos.
• Circunferência e círculo 15
- Linhas da circunf'C-
réncia e do circulo. Di-
visão da circunºferência
em partes iguais. Deco-
ração das rosáscas,. com
motivos geométricos es-
tudados.
2 - Desenho Decorativo:
• Desenho de letras e
algarismos padronizados 2
Cartazes com os ti-
tipo bastão. Exemplos e pos maiúsculos e Exercícios de tdtu·
exercícios. los e subtítulos, nos li
minúsculos do tipo
bastão. cadernos das de-
m a i s disciplinas,
feitos com letras
t ipo bastão.
42 ESPECIAL DE ,DESENHO 43
APOSTILAS DE DIDATICA

b) Plano de Unidade c) Dar habilidade no manejo dos instrumentos de desenho


d) Despertar e desenvolver o gõsto pelo Desenho.
Número de aulas _ 40
MOTIVAÇÃO
Objetivos do Curso Unidades Tempo Atividade.s Atividades Concurso mensal entre as diferentes turmas a seu cargo -Motivo
docentes discentes
-1------1 Apresentação em exposições diárias, em classe, de desenhos de
a) Dar maior ca- 1-Morfolo- 10 -.....,,..
. -- alunos dos anos anteriores, que serão aos poucos substituído5
pacidade de de- gia geométri- A - Método A-De classe
senvolvimento da
pelos desenhos do ano em curso. Incentivo
ca - Ponto e Expositivo
educação integral linha. P r á t i-
do adolescente. co (qua-
1 dro-negro) DESENVOLVIMENTO
b) Mostrar que 0 ll - Desenho de
Desenho pode ser lO 1 B.- Técnica I - Morfologia Geométrica
l~tras e alga- Exercícios a) Ponto b) Linha c) Superfície d) Sólido ou corpa
aprendido como n_smos padro- docente prátiros
q_ualquer maté- nuados oi p 0
ria._ desde que se bastão. li - Classificaçãó das linhas
ensine. c) Segmento de reta
a) Linha reta b) Semi-reta
c) Dar conhecimen- f) Mista g) Sinuosa
III-E s tu d) Curva e) Quebrada ou paligonal
to de diferentes . d o do 10 Atividade
técnicas. mo_tivo deco- B-Extra·
rativo. dirigida. classe
d) A~liar as de- MATERIAL
mais matérias do Representação 10 Visita•
currkulo. de rosáceas, es- a Museus Caderno, lápis H, compasso (com tira-linhas), bôrracha macia,
trelados, bar- e E xcu r- régua graduada, par de esquadros, pincel de pelo de marta,
ras e painé"
Leis da~
5ÓCS. tinta guache, godê e trapo e pote para água.
Decorativa. .
T_co ri a da
Côr. TAREFA
IV-D e se n h Desenhar os itens I e 11 colorindo a guache.
de obscrvaçã~ Exemplo de mais um Plano de Aula, mostrando a correlação
d e : borboJe-
que deve haver sempre entre as diferentes modalidades de Desenho.
--------L_Jtas~,~fru~: etc. le-
gumes, tas.
e) Plano de Aula---~--L_ _ _ _ l _____ PLANO DE AULA (para a decoração de uma capa de livro)
ESCOLA .... .... ." .... SÉRIE .... . ...... TURMA ....... .. .. .
Desenho AULA N .º . .. . DATA........ MATÉRIA . ..... .. ..
TEMA - M I 1.a Série G'
orfologia G inasial l.íl Aula TEMA - Cópia do natural de um vaso colorido e de forma simples
II Classific - eométrica
açao geral d .
OBJETIVOS as hnhas OBJETIVOS
a) Geral - Desenvolver a observação visual
Específicos - Dar noções de deformação aparente ~o circulo
Desenvolver h
b) D a abilid d
ar hãbitos d a e manual
e precisão• ordem 1· - Desenvolver a técnica do claro-escuro
e impeza
- ·- ·_.....,..;=n
'
- __...

rr.r:..-. -~
· ..., .. ,
íW 1

APOSTILAS DE DIDATICA ESPECIAL DE DESENHO 45


1,
MOTIVAÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Motivo - Necessidade d d
.
1ncent1vo a ecoração de u
_ Apresent _ d
.
ma capa de livro
-
-
Estilização do vaso feito na aula anterior, criando os motivos
Escolha do painel que irá decorar ~ centro da capa de livro
1
em anos anterior~çao e trabalhos realizados, por colegas,
-Rêde básica para aplicação do motivo
DESENVOLVIMENTO -Aplicação do motivo ao diagrama, usando uma das leis da

- Explicações sôbre a coloca -


Composição, já aprendidas em aula anterior
- Colorido em policromia (pressupondo que já foi feito o
1
- Verificação da f
- Determinação da
proporçao
- Marcação da Linha do H .
das ba .
çao do desenho na fôlha do papel
orma que circu
- nscreve o modêlo

orizonte par 0 b
estudo da Teoria da Côr)

MATERIAL
1
ses supenor e inferi .'. . ª servação das curvas Do aluno: Papel "Ingres", papel transparente, branco e fosco,
rente das mesmas or, venficando a deformação apa- lápis HB, borracha macia, pincel de pêlo de marta, godê,
- Traçado treino de el, pote para a água, guache nas côres : vermelho, amarelo,
- 1pses a m- 0 1.
çoes entre os dois eixos ' ª l'Vre,· variando as propor- azul, branco e prêto, pano velho.
- Técnica de claro-escuro Do professor : Cartazes com as Rodas de Côres para as sugestões
das harmonias de contraste.
MATERIAL
Exemplos de paineis coloridos feitos por alunos, dos anos
Do aluno· I . anteriores.
D · pape hso láp· 6B
o professor : modêl ' is e borracha m . Giz de côres, apagador e instrumentos para quadro-negro
o, suporte d ac1a
TAREFA gra uável, giz e apagador
TAREFA
Fazer vários desenhos Fazer diferentes estilizações, simétricas e assimétricas, do modê·
ponto de vista do mesmo va lo, para escolha do motivo.
so, variando a altura do
AULAS No•. II _ III _ IV Preparar o diagrama para o painel
TEMA E ..
- st11ização e Co . AULA N.0 III
mposição D .
OBJETIVOS ecorativa TEMA - Continuação da 'aula anterior ,
Gerais_ D Decalcar os motivos estudados na aula anterior
espertar e de . . .
D senvoiver o ô Iniciar o colorido
- esenvolver a ima . - g ~to pelo Desenho
- Dar habilidades gmaçao criadora
AULA N.0 IV
desenho no manejo dos ·
- D instrumentos de TEMA - Continuação da aula anterior
esenvolver o ô
Específ · ,g sto estético - Completar a pintura
icos - Dar háb.
ltos de precisão
- Desenvolver a té . , ordem e limpeza
cn1ca do guache· .

.,
m_._.._ L..
~E
- - - - -----

UNIDADE V

A APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA E A DIREÇÃO


DA APRENDIZAGEM DO DESENHO
PROFS. ALClDIO MAFRA DE SOUZA E
ROBERTO MAGRASSI NICOLINI

A) Introdução.
" B) Desenho Geométrico.

C) Desenho do Natural

D) Desenho DecMativo
Unidade V

A APRESENTAÇÃO DA MATÉRIA E A DIREÇÃO


DA APRENDIZAGEM DO DESENHO

A) Introdução
Etmologicamente, método nada mais é que "um meio para se
atingir determinado fim." Sob o ponto de vista científico, en~r~tanto,
o método representa um conjunto de processos que o espmto hu-
mano eleve empregar para a investigação e a demonsu·ação d~ ver-
dade. Assim, método em desenho, seria o processo ou o CO?Junto
de processo~ que nos· permitisse avaliar não só o desen~olvimen.to
mental do mdivíduo como também, estimular sua capacidade cria-
dora. O méto?o. é ?ecessári~ para que possamos dis.por ~e. m~ fato1\
poderoso de d1sciplm~, precisão e segurança para a mtehg~nc:a·
. O método de ensmo de desenho deve ser o de globahzaça~ da~
diferent.es modalidades : natural, decorativo e geométrico. Assim e
qu~ a simples cópia do na tural de um vaso, poderá ser estilizada e
aplicada num painel decorativo que teve como diagrama o traçado
de rêde ortogonal ou oblíqua e que terá, como finalidade, a decora-
ção de papéis para embrulhar presentes.
O desenvol\1hnento da observação analítica, alcançado pela
cópia do objeto exposto, a precisão do traçado, a criação cio motivo
estilizado e, ainda, o estímulo do gôsto estético pela combinação de
côres, mostram claramente como se pode alcançar os objetivos que
devem nortear o ensino de desenho no curso ginasial.
É necessário que as diferentes modalidades do programa, em-
bora admitindo exercícios específicos, se coordenem num só traba-
lho, com finalidade imediata, para boa harmonia dos objetivos
visados. . .
lação do Desenho com as demais matérias do currículo,
A corre · d etermma· d a car-
. d d de preparação do aluno para seguir
a ~ecessi ª e • 0 do Desenho, como fonte de prazer e utilidade
reir~, 0 C:mpr~fmulos para suscitar o interêsse.
práuca, sao es é das diferentes modalidades de desenho, dar
5
Procura-se, atravd d de desenvolver as tendências indivi-
.d des ao e ucan o . . - b
oportum ~d# gôsto estético, estimular a imagmaçao .e a oAs~a-
duais, apu oes, ão única, a formação de artistas. te
ção, sem ter como preocupaç

..
-
50 APOSTILAS DE DIDATICA , ESPECIAL DE DESENHO 51

hoje é reconhecida como fator prim d. l d .


para a formação equilibrada e h . or I~ e educação, contribuindo do, e com as observações próprias à a tividade de desenhar, tais como
Assim é que, baseados no armomosa da _personalidade. a liberdade de movimento, a espontaneidade do traço, a maneira
Ministério da Educação e Cu~trogramas mínimos expedidos pelo · correta de segurar o lápis, a visão. de conjunto do trabalho e o uso
blemas de "por que" e de .. ur~: pr~curaremos analisar os pro· adequado da borracha, aliados ao modo oportuno, claro e sucinto
possível, ainda que de modo co~o ensmar explicando, dentro do de como devem ser apresentados os ássuntos novos e as tarefas so·
sucmto as razõe l . licitadas, terá o professor oportunidade de observar a disposição,
cad a assunto, bem como de qu 1 '. s e o aparecimento de
minhar os trabalhos didáticos a sen~ a melhor maneira de enca· o prazer e a alegria, com que os alunos procuram se adaptar à nova
desenho, para um rendimento' s=~fcató ~ uma das modaJ~dades do atividade e a se desobrigar de suas responsabilidades da melhor
O is a no . . forma possível.
s casos particulares as mi . . .
profundidade a ser alcanç;d nuc1as, os exercícios devidos e a Nas primeiras aulas (isto na l.ª série), nas quais a maioria do$
do progr f. a em cada assunto d . alunos não dispõe do material completo, deve o professor conduzir
• . ama, en 1m - devem ficar a - o esenvolv1mento
~o~sc1os de suas responsabilidades s b ca:go dos professôres. Estes, a classe à prática de exercícios de adestramento através do traçado
d a e~ surgidas para exercei a sua ' ~ ~rao aproveitar as oportuni- simples de linhas em barras decorativas - o que fará, sem contudo
o, am.d~, . aí, destaque para o m tm~ss~o com real proveito, caben· especificá-Ias, ficando a nomenclatura para ocasião oportuna. Por
~sflposs1b1hdades didáticas com qª ena humano de que dispõem e meio de motivação adequada, saberá manter elevado o interêsse dos
m uem nessa importante
. tarefa. ue possam con tar, pelo . muito que alunos e terá dado os· passos essenciais não só ao desenho de letras
e algarismos como, também, à morfologia geométrica, de que terá
B) Desenho Geométrico que se ocupar mais tarde, com a combinação daqueles mesmos ele-
mentos desenhados de maneira simples e não formal - linhas ver-
Que se pretende .
médio ? Não s com o ensmo do Desenh ticais, horizontais, inclinadas, curvas, etc.
claro está endo a especialização ob. . o Geométrico no curso Assim, chegarão os alunos ao desenho das letras, cabendo, .en-
como do deque ~ objeto do estudo do J.~1vo da escola secundária, tão, ao professor, orientar a classe na construção do alfabeto e alga·
lidades espe~~at!vo e do n~tural, é o da f esenh.? geométrico, assim rismos padronizados, vantagens do seu traçado e seu emprêgo, não
preferências cocafs, alé°!" da criação de at~rmtudaçao.
1
de hábitos e habi· só nos exercícios diários de aula (títulos, subtítulos das páginas,
• n orme Jâ di
h ábitos e habilidade es ide · · • etc), como também, nos trabalhos das demais matérias, notadamente
s.semos em ocasiã ' :i1s, mteresses e
peza, precisão c s_ específicas, vamos en o anterior. Entre êsse~ os de Geografia e História.
. , orreçao e ord contrar · h 'b" d .
gu1mos através d . em - e que . · a ltos e 11m· Justificamos 0 comêço dos trabalhos letivos pelo. desenho de
nho geométrico. o ens!ªº criterioso, cuid~fo:~hcularmente os conse· letras por uma razão bastante simples : como cons_egmr uma orde-
Que hábitos f _ e ordenado do dese· nação lógica, uma apresentação melhor dos gráficos ou constru-
. d ormarao a1 ções, firmeza no traçado gráfico, exposição dos assuntos. c?i:isentâ-
am a que aparentem os unos cujas
ou distribuídas a ente certas, este1· am d construções geométricas, neos com os objetivos a alcançar, se não damos, logo de imoo, aos
N a formaçãoodacaso pelas páginas . esenhada
do d

s em lhas su1as
. alunos, meios de adestramento manual capazes de conseguí-los? Se
difícil é a tarefa d a personalidade do ed ca erno ? partirmos do pressuposto que o desenho de letras (co~o ~stá no
o professo ucando d ·
que fa çam ou deixem d r, ao qual não bast '. gran e, complexa, programa oficial, a!iás) deve ser reputa~o apenas tópico ~solado
ramente o que e com e fazer isto ou aqu ·1 a duer aos seus alunos ou mera sub-unidade do desenho decorativo, estaremos consideran-
N o se deve f I o, mas .
do-o simplesmente um fim, e não meio de adestramento. .
a primeira série . azer e 0 porq • d sim mostrar cla-
de qu~ se criem nos ~t motivação deve se:eb e tal _Procedimento. Através de exercícios bem dosados, irá o aluno se habituando,
obter. u_nos estímulos P .em orientada a fim e isto de uma maneira normal, a bem apresentar seus trabalhos.
e ropíc1os a '
d b om o combate à "f
e om possa . . 1
a ta de 1"e·t "
° que se deseja Habituar-se-á a colocar no rodapé da fôlha do caderno de desenho
existir no trahalh0 t o , ressaltand
o nome de sua escola, o curso que freqüenta, a turma a que per·
de cada um . º. sempre o que tence, a série, o assunto tratado, a matéria exposta, a data, o núme~
. , incentivando , el ogtan·
.

\

52 APOSTILAS DE DIDATICA,
ESPECIAL DE DESENHO 53
d aula
ro
d a ' etc. ' a melhor ordenar seusd'gráficos,
· I a dispor melhor . ru os de sólidos : os redondos e os facetados (pris-
·~
apel a aproveitar melhor o espaço isponive · .
reduzidas a dois g. Pdos) . . li ura em qual, 't
o PCertamente
mente
' que o professo.r, em OC3'tao oponuna, . gradauva-
. nas demais séries, devera conduzir os alunos ao tr açado d .
e
máticos ou piram~da m . ue se deve distingu,ir a r~ resenta sem·
letras ornamentais, capitulares, de texto, etc., mas, ao aze. ?' Ressalte-se, també , lql1or que a silhueta e que d pte faci litan-
f · • 1 devera
associá-lo a uma finalidade objetiva (cartazes, mapas, avisos, et~.) ~
quer forma soT da• '. ou1 me •
ois reterá a aten~a?- do estua an • '
decomposição
pre o papel pnnc1p~' ~a forma e permumdo-11' \·etive o apareci·
e nunca desordenadamente ou vazios de conteúdo, a fim de que seja
evitado o desinterêsse pela matéria ensinada, dada a inutilidade de
seu emprêgo.
do-lhe a co?1preensad~
em fiauras-t1po, dan
ense1·0, inclusive, .ª.qu~ sed~
. lor do CJhncho,
{riângulo retân·
t> • ulo como gei ac fera
mento do retang 1 semi-círculo para a es
g . ob'etos- de duas
Em seguida, ainda na l.ª série, o aluno deve ser levado a s.e uio para o cone e e o . 11 serão apresentados J . mostradas
dedicar ao estudo morfológico das linhas - suas combinações. e posi- . . - mais ies 11 podem sei
ções relativas -, os ângulos, os polígonos e, finalmente a circunfe- Agora, p nao 1 :l.veis que 1es
dimensões, mas formas Pª P~ cli~tinguir bem 0 per i '
·n mesmo nos
rência e o círculo (linhas, secções e posições relativas), element~s 1 ra que possai
êsses que vêm a se constituir nos subsídios que lhe darão oportum- contra a uz, pa londos pela
·
sólidos trunca elos · , comece pe1os corpos_recbaste, porém, '
lnleressante sera que sde formas. Mas qu.e ~ao ue um objeto
t dade para a livre expansão de sua capacidade criadora, pelo seu
aproveitamento, sempre necessário, nos exe_rcícios futuros. · 51'mples as enttdos q .
esfera que é a mais . h ieta Todos os s . . no conhec1men-
Como para a escrita, que requer o estudo prévio dos caracteres uma simples lei tura da s1l _t e~ 1· ôgo para auxiliar gurando, apal-
alfabéticos e seu grupamento em número cada vez maior, até que,
possa revestff, . tem ~. que enuar eleve sentir. essa formalosse,ou ate. mesmo
senhora de sua combinação, a criança os possa utilizar com facili- b · t O 'alu no
dade, de modo a poder consignar suas idéias no papel, o aluno deve Pto dêsse o 1e o. lhe devem ser a,presentac to em • cartolma, . 1)ara
' .
anelo os modelos que - . u desenvolv1men caractenzam e à
também se familiarizar com o "alfabeto" do desenho. !ste es tudo recorrer à sua c011struçao o elemen t os que as '
preliminar será o primeiro passo no sentido de uma educação geral deta lhes e1os ·
chegar, então, aos ' taç-ao convencio-
que fixe ao mesmo tempo, na mente do educando, a técnica das
sua representaçao. - . ie a simples t.epresen . tradução
' das 1eis ·
Cabe aí, talvez melhor_ qt características, a m desenho do ~a­
apro~eitamento
1 -, linh.,, das figuras e das formas, podendo haver ainda a objetivação
nal com as suas deforJ:?aço~~~o auxíJio_alé pa~~~ntal e indutiva
do .imedf o dês ses _elementos para desenho deco-
0
rativo : - nas faixas e nas composições - e no desenho do natural
elementares da perspecuva, · .1·da por via expe . dificuldades, e,
pela semelhança das formas observadas com as já apresentadas em
aula.
aprendido. ~
importante que se dê sempre uma aplicação ao que fôr tural · A perspectiva · é 'adquu· encon tra, todavia, ser bastan te con-
1
ma;, . a aplicação daquelaslv::• as correções dev:;em seus tnibalh;>s
Por isso tanto quanto poss 1 , encontre semp. sua justificaçao
Se o que se pretende é dar aos alunos conhecimento dos elemen- cisas. É' necess;ino · qu e o a ·'ncipais,
uno que 1·nvestigue
básico~
.
tos geométricos e de fazer com que êles adquiram desde
logo aquela espontaneidade de traços e aquela liberdade de movi- a indicação de seus_ err~su'::i~ correção pesso:o~su·uções geométr~~;:
1
e que proceda, entao, ão aparecer as truções devem
mentos de que já. no'. ocupamos, devemos fazer com que, paralela- · sé1·ie, que. 1v atenção. E's tas
mente à esquemattzaçao, os alunos façam uso dos instrumentos, para É na terceira ' . cons que assuntos novos
as construções g~ométricas. capitulo que merece especia d a' uma sequ.. ênc1a ,em "dos anterw · rmented e
decer antes e acima de tu . º '1' 'mentos adqun1 'v.el ao nível os
Tôdas es.sas ob'.ervações que até aqui foram feitas, ou quase
tôdas, se aplicam ainda, quando, já na segunda série, os alunos
. • ' alicerçados
este1am .
t
em con lec1 . 1 e acess1
eira rac10na - melhor da pren- ª f .
devem ser expos os de man rante ' uma fixaçao ' pelo a un e aci-
travam contacto com as formas mais encontradiças na natureza, atra- alunos. Tal procedimento ga .' r aproveitamento 1 0
vés do estudo dos sólidos geométricos. É quando se procura salien-
dizagem, conduzm · d 0
ª umf maw1 professor. que oe re acw · nem
tar o fato de que tôdas essas fonnas podem ser esquemàticamente
litando em muito a tare a e~ dos os
Assim poderão ser estu a ndiculares e a an
problem~s 1
gulos (seja a cons·
ao traçado, de para1elas e perpe _
54 ESPECIAL DE DESENHO 55
APOSTILAS DE DIDATICA

·d d na construçao - de um .
Pelo qual os alunos e~codntr~:gr~if~~!s: ~~nca acertam construir
~~;.;'pies conhece~
_ transporte ou as operações a êles referentes), por serem
. .to e via e ' d ..
:m
livre.
a
e se utilizarem das linhas que os alunos já
as quais já se habituaram trabalhar, ainda que de maneira
. t s
e
polígon? mscn
um pohgono do qua d
' 1 se conhece o la o ..
Da mesma forma e~er .
terceira série, para
emos agir, amda na. ão de tangentes
para a determmaç
o trabalho é, agora, executado. com o auxJiio dos mstrum.e~ 0 ~ . . - d ·rcunferencrn e
a ret1ficaçao e ci tudados dá ao
cabendo ao professor mostrar a necessidade de maiores precisao · [ • ·a d assuntos es
rigor, passando a exigi-los nas construções. _
Já na quarta s ne, ' . á-los ora com a Matemática,. ora com
à mcun erenct . é . a diversidade e
Dissemos que as construções geométricas mereciam uma atençao • · de relacion ·
prokssor o ense10 . h roporcionatS,
especial porque as construções gráficas engenhosas, devem. se.r des- a História da Arte. ática 0 estudo das 11? ~:!tes ~. relacio·
prezadas. Revelam erudição - o que não deixa de const1tu1r mé- Cabe apoiar na Mate~ e das figuras eqmva roblemas ~e
rito para quem as conhece - mas não apresent.am inter~sse algum das proporcio1~ais, das esc~s~~ria da Arte,_e~fu~e º:r!os, molduras.
para quem ainda ignora suas relações geométricas. O importante ná-las à Arqmtetura, à. H 'to à construçao
é que o professor procure justificar sempre as c?nstruções q~e se • . no que diz respei
concordancia, de desen1l o
executem e escolha sempre um, e apenas um, tipo de soluçao .
aquêle que permita generalização - e que se dedique ao de ~ais . do ginásio que, sob .a da
etc. formaque de manei·.
fácil construção ou, melhor ainda, ao sugerido pelo aluno, a isto É ainda na quarta séne. 'va está incluída, ~m ~es ortogonais de
projetivo, a geometria descn~~ecimentos de proJeço .
levado pela análise do problema apresentado. Quando f ôr o . caso 1 entar - con
ra bastante e em. lanos. rojetivo co ocorre
de problema, para cuja solução podem ser empregados, ind1sun-
tamence, alguns de seus elementos, deve sempre ser escolhido um sólidos retos apoiados ~os ~o aluno, o dese~oe~ercido sobre sua
No processo educativo dado o pape
tipo de construção que sirva para solucioná-lo, quaisquer que sejam
os elementos dados. Isto evitará que o aluno, como geralmente acon- de maneira assaz importante, . . nada mais é que
tece, erre a construção e não chegue a resultado algum,' por ~er formação menta1· 0 desenho f"ºl euvo · s por
Figurar as c_oisa da
confundido os processos de solução, ou por haver querido racto- Tomado isoladamente, pelo contor~o. esso instintivo
cinar com base em um elemento diverso do apresentado, ou, ainda, a representação pelo traço l~mite constitui o prl~cade gráfica.
por ter tentado empregar dois processos simultâneamente. uma lmha. que marca seuão irimária de sua facu ue or isso .se abandone
ncreta,
Assim acontece, ria terceira série, ao passarmos à construção de criança; é a mamfestaç ho ~rojetivo, sem ·'!io Je manetra c~ho do
polígonos regulares, inscritos ou circunstritos. tstes podem ser cons- O estudo d.o o.esen deve ser co~dun mfnimo o trab~atemá·
truídos sem que se lance mão de processos penosos em que a inexa- sua gradação ctentthca. inicio, redunr ao ssos puramentedelos que
tidão muitas vêzes não decorre do desconhecimento da matéria, mas sendo aconselh<ível, no -o dos seus proce nta.ção de mod entrar
da qualidade do material. Mediante ligeira operação aritmética aluno na grande abstraça . partir da rep rese f' 'dos· capazes e
obterlamos o valor do ângulo central, o que muito simplificaria o . . te assim, b de Jnt
pr~bl~m.a. A vantagem ~l~ssa generalização, está em que êsse mesmo
t1cos. É conve.me,n. cométricos eí? científicos.
contenham pnnc1pios g . de princípios
r:c1oc: mo poderá ser ~t1ltzado na quarta série, quando da constru· como elos em uma cadeia
çao desses mesmos poligonos partindo.se do conhecimento do lado.
Naturalmente, não poderemos excluir a possibilidade de, quan· d0 Natural su-
C) Desenho d sôbre uma _

do solicitado ou, então. para uma demonstração ou verificação, re- determina a . te na opera
correr, o professor, a particularizações.
Desenhar é expn do natural, ~
..mir uma (orma rtanto, cons1s d:i maneira
s objetos, ' !Ogi·
Convém lembrar, entretanto, que, em geral, os alunos esquecem perHcie plana; desenhar mente, as c01sas, ~o e,cetuando·s~~ ma·
com fa~thdade as constru:ões engenhosas e Ion<as. Esquecem por-
que, na~ podendo entende.ias, procuram memorizá.Jas e, por certo,
ção de representar, gràfica o na realidade s s; apresentam xistên·
corno os vemos - e não co~·a se as formfa.s constatada e ª
o que nao é entendido não se conserva na memória. "ftsse o motivo talllente casos especiais. _ ' realidade, ica
neira dÚerente do que sao na


56 APOSTILAS DE DIDÁTICA
ESPECIAL DE DESENHO 57

eia de deformações aparentes. Para que se represente tais deforma-


da linha do hori.zonte, o aluno irá se fam1Tiarizando ràpidamente
ções, é necessário, então, obse.rvar como, qu.ando e porque se pro-
cessam essas deformações - isto é, conduzir o aluno, através do com o assunto. tratando-se, em primeiro
exame visual, à compreensão das características de cada forma, em d) - Determinação de claro·escuro, . ificação da pala\'ra
determinado momento e em cada situação particular. lugar de fazer compreen der, Pelo _aluno,d a sign'nio das sombras e dªs
Na apresentação de uma forma qualquer colocada ante nossos valor' de acordo
• com a sua aplicaçao
. 'dnode omi
de sombra e de luz·• ou
côres,' ou seja, as re1açoes
- de mtens1 a
olhos, figuram dois elementos : - o trabalho material, isto é, a
atividade do ôlho e da mão, já conseguido com exercícios const~n­ de côres. . dos valores cromáticos,
· .•
com
tes no desenho geométrico, e o trabalho intelectual, ou seja, o hábito No início é aconselhável o ~st~d.o é mais difícil a obtença~
de observar com exatidão e gravar de memória o que se observou. o uso da côr, p. . que para um pnnc1piante
·a "Para 0 claro-escuro deve havet•.s
Assim, o desenho do natural no curso médio não cogita de do claro-escuro do que do color~~~ãticos, de modo '!ue ;~ !~~'.~.
arte. Trata-se, simplesmente, de ditigir a aprendizagem dos educan- uma transposição de valores d papel e o preto . . d
dos no sentido de que seja contraído o hábito ele estabelecer entre .
fiquem representad as en t1·e 0 branco conhecimento
o . adqUlndod as
o ôlho, o cérebro e a mão uma relação íntima, "tão íntima, que tão N ão é fácil fazer transposição sem o referíYel, ob ter, nos . ese-.
logo um dêsses órgãos seja impressionado, os outro dois estejam variações das côres e, assi·m• torna-se
f' . dospobjetos, procurando a1usta1
3
aptos a secundá-lo''. (Violet-le-Duc - Histoire d'un Dessinateur). nhos as mesmas côres das super 1 ~ies
A execução de desenhos do natural, implica na necessidade de a côr' à tonalidade apresentada ·' . ara 0 estudo d0 claro-escur
. fácil 0a•
adoção de um método de trabalho, capaz de ·facilitá-la, com o obje- É aconselhável, igualmente, due ~ fim de tornar roais Au·a-
tivo não só .de p~upar ao aluno gastos inúteis de tempo, como sejam empregados objetos facetaª º~~ção perfeita de vol~me~m na
também de impedir um possível desinterêsse pelo que está sendo
ensinado. gradação da côr e dar ao aluno _· uma aprench7;ag ' de
vés do exercício constante, Processar-se
. • ·aa de efeitos
. e usteza
qual o aluno adquirid uma expenenci. 1 .
Para evitar que o aluno se veja impossibilitado de levar a têrmo
a.sua_ tarefa, por defron~a~-se com dificuldades insuperáveis, a meto- valores. . . professor ir · hab1.-
d1zaçao assume caractensttcas de grande importância. Dividindo-se Desde cedo devei a 0 hos no meio
o trabalho em etapas, não só ajudaremos 0 aluno a compreender e) - Enqu adramento -: .rar os efeitos dos d.esene terminados
tuando seus alunos a conside dros depois d
mais ràpidamente como deve ser executada a tarefa mas também
tor~aremos mínima a complexidade natural que en~olve tal ope-
. . . os qua ' l
raçao. do espaço, procurando limitar tiras de pape · tomando
os trabalhos, por meio · de réguas ou irá, pouco a pouco, ..
er as dif1-
Essas etapas seriam : sto o a1uno ara venc ..
Com o método propo d ve empregar P. m suave, ira
conhecimento dos recursos que e de aprendizage d nbar ra-
a) - Ver.ificação da formag~ométrica mais simples que circuns- l .
cu dades surgidas. 01 u
p . m process0
1
. t é ese
. bservando, .1s 0 ' bservação e
creve o modelo, com a construçao, sôbre um sistema de eixos per- adquirindo o hábito de desen iar ºda perspecuva de, ºquestão que
pendiculares entre si, de modo a ressaltar as inclinações aparen- ciocinando; tomar{L conhecimento har do natur~l _e
tes
paradas arestasdeouobservação.
o plano contornos possíveis que se não achem de frente verificará que a habilidade de d:_sen penas de apudao. ão maior
depende em muito de estudo e na? ª éri·es a preocupaç planas,
b) - Dete"".inação da proporção da forma geométrica que dr- . ·meu-as s ' · les, -
r.unscreve O modelo, Isto é, a avaliação sôbre OS ' d. 1 Assim é que, nas duas pn tivo de forro.as s1mputensílios com
res, ela grandeza aparente da altura e• largura. eixos perpen icu a- deve ser a do estudo representa - de objetos e . . ação, sem-
. . 1 d revoluçao, a uu11z -
a Principio, em segu!C a .' bº1 ados e, com depois, entao,
. c) - Determinação da relação entre o modêlo e a linha do ho-
P quais os alunos já estepm
os ª
ha • tu arranjados parf a de sólidos
1 •
rizonte. Com a colocação de modelos em posições acima e abaixo re que possível, <le mo delos .por e esloridos com a orm a série.
Passar à representação de objetos/~ r com êles, na 9-·
geométricos, quando começam ª 1 ª
.\

58 APOSTILAS DE DIDÁTICA ESPECIAL DE DESENHO


59

A princípio, o importante é que a representação sej~ feita com D) Desenho Decorativo .


traços rápidos, esquemáticos, espontâneos, e de memóna, de mo·
delos expostos por alguns instantes. desenho decorativo, no gmá·
É através do ensino adequado do f vorável ao desenvol·
Ao professor cabe fazer as corre_ções ~evidas, aludindo-ª es~a . .
sio, que se podera cnar am ie · b" nte bastante ampre que o professor
QU aquela deficiência, e isto com multo cuidado para que nao cne .
vimento da capaci"d ade ena . doi·a dos alunos, se ente ps1co . lóg1cos
. da
no aluno, atitudes inibidoras que venham prejudicar o bom an· atente cuidadosamente, para os asP ectos puram - Numa escoa 1 de
damento dos trabalhos. ,
q uestão quais se1· am, a necessi ac e .d l e a emoça 0 .
s no primeiro claque-
Procura, então, o professor chamar a atenção para as deforn:ia· '. . .
tendências pragmáticas, sena ocwso . . . de termo-no da passo, nao - sen do,
ções mais importantes, mostrando, sem abusar, entretanto, de pnn· les aspectos, pois as necess1"d ades _sur<nnam b-:-T . a caRelativamente à emo·
cípios técnicos de diHcil compreensão, pela observação apenas, como Portanto, preciso a sua provocaçao ª1 u lClaa.1 uma sensibilidade pro·
fun'ciona o mecanismo da perspectiva; "descobrirá", para os alunos, ção, embora evidente seu con d lClo~a . · mento és da educação arusuca, · ·
a linha do horizonte; mostrara como se deve fazer uso do braço, funda e inata, poderíamos desperta-.la ~travessoais.
esticando-o, com o auxilio ue um lápis, de uma escala ou de um mediante a análise criteriosa das cnaçoes P nstituir mera ques·
cartão, para a avaliação que evita as desproporções ou, ainda, como · - 0 deve co . inteira·
. ·
O ensino do desenho decorauv? na · r 0 que sena
se pode recorrer a um "'gomômetro", para a medição dos ângulos tão de proporcionar aos a1unos mouvosd a lhes copiamétodos
' de dªbalho,
aparentes; e, finalmente, ensmará como situar o desenho na iôlha, mente anti-educativo, mas sim · 0 ~ ~ tempo, assegurar ª.fum~e
através dos eixos perpenuicuiare~ e considerando o "todo" da ·incentivar-lhes a investigaçao · - e, ao mesm 0
. d práticas tradiao · nais
b'. qudo
página. ção do seu bom gôsto. Ao c?ntráno fi;s em si, não lhe atri ~m ~e
Estas observações, feitas no devido tempo, dão aos alunos a sa· fazem da composição decorativa um .. do ornamento é q
. o des únodprauc 0 · a· 5.em
tisfação de sentir que vão conseguin<.10, aos poucos, aquilo que julga· senão aplicações aleatórias, omposição dec~rauv
d ·
va.m impossível, obnganao-os também a se utilizarem do raciocínio eve interessar em to dos os estudos e. c nções ongmai . · s• devera da0
' .
molestar ou restnnglf o caJD. po das mve
"do de conseguir · passar mo
• para discermrem quai a melhor maneira de -executá-las.
professor orientar seus a1unos no senu ·onando-lhes, ao roes
Já na terceira série, passa-se a exigir maior precisão quanto à f
orma real à forma interpreta. da' proporc1 necessitarem..
avaliação das medidas para as proporções do desenho, introduzin· tempo, os instrumentos de trabªlho .de que ofessor devera' ter ema
do-se, aos poucos, o conhecimento das relações dimensionais entre
No ensino do desenho decorativo, d o pr
decoraúva, 11ª· três etapas
os sólidos e o apoio, fazendo aparecer as formas prismáticas, que per- mira que, em todo trabalho de or eml nos a :
1:11itirão melhor obs~rvação dos valores, nas sombras própria e pro· percorrer e, portanto, estimu · lará os a u
• Jetada, dando ensejo a que se dedique uma atenção especial ao
estudo do claro-escuro. a) _ conceber
Inclua-se, também, nessa ocasião, a necessidade de levar o aluno b) - interpretar
a melhor sentir as relações espaciais, através do enquadramento. .c) _ executar _ a con·
Na quarta série, então, todos êsses conhecimentos permitirão . .
. .r a pnme1 ·ra etapa das id é"ias,
qu~ os alunos passe:zi .à representação de conjuntos de pequenos Necessàriamente que, para atmgi alunos ao encontro osas, entre
objetos - de preferencia <le materiais diferentes, dando oportuni· .cepção - o professor deverá levar seus amentais. Numer orrer com
dos motivos, ou melhor, das fon.tes ornual além de con:olverá nos
dade ao professor de chamar a atenção para 0 tratamento que se
deve requer~r, a cada u~ dêles, no estudo da sombra própria - e, :e
elas vamos encontrar a geometria, ~omposição, d.es~ ensáveis a
Parcela considerável de elementos . : - e clareza 10 . p fonte ins·
até mesmo, a representaçao tlc móveis ou instrumentos de trabalho al unos as qualidades
. 0
como estabelece o programa. de ordem• precisaconstitui
. . a ouuad · manan·
t~do trabalho decorativo.
· A ~ atureza
Ambas são verda eir05
Ptradora de elementos decorativos .

1 .. IP
ESPECIAL DE DESENHO 61
60 APOSTILAS DE DIDATICA
· • - côres primá-
selhável falar-se apenas ~~g~men te (d . os, alunos a soluções onde
la teoria da cor
ciais de inspiraçao
nação criadora.
- e concorrem para o desenvolvimento da imagi-
. . .
rias e secundárias e tercianas levan s~ .'
.
°
to das coi es com
plemntares venham
a monocromia ou o apareomen m bom trabalho.
É necessário, então, fora de qualquer dúvida, que se 1mCie~ . . em elementos
a se constitmr . suficientes para u fase é a de su-
os estudos de composicão com elementos simples : um ramo de ai- 0 Professor nesta
A missão mais importante d ~ à maneira, de ser d0
busto exibido intem:io'nalmente, no qual as fôlhas estejam. agr~p~1 -
gerir. Sugerir o maten·al que 5e. adapte mais . stigerir elementos q
ue
das consoante determinada ordem; flôres, nas quais a disposiçao · 1nteressante, · co·res
aluno· sugerir o assu nto mais . estético· sugenr
das pétalas obedeça a uma mesma regra; sêres vivos, insetos, mo-
luscos, etc., nos quais os órgãos gerais do corpo se apresentem ou enriqueçam o seu c.l~en 10, o P . .
' l d onto de vista ,
. sugerir a ehnunaçao. . - de
que tornem mais belos os seus u ab~ ~~s, do conjunto da obra.
11
tenham ordem similar ou, ainda, figuras geométricas elem;n~ares
um ou outro detalhe que esteja preJu ica~
0
'ci·as as condições,
- são estudos que, pelo contato com exemplos variados e mult1,.rlos :- mais prop1 d
de efeitos decorativos, levarão os alunos a uma afirmação de gost~, ] á na segunda série, quando, enta?, e seus aspectos de or dem
além de deixar-lhes aberto o caminho para concepções as mais pode-se fazer o estudo científico das co~·es, devem ser aproveita os
harmoniosas. · e qunnica.
física . . 0 s Lra ba 1110s decorauvos,
. nétricos mas, também os d
Com respeito à interpretação, uma vez que o desenho decora- para a repeLição, não só de mouvos ~:~ ães muito mais fecun _as,
1

tivo, conforme já acentuamos, não deverá ser limitado à simples da natureza (flora e fauna), onde as est~ IZa~ .· ' um estudo retroauvo
cópia ou repetição de modelos expostos, deverá dar o professor como já devia ter acontec1c · lo na primeira seu e, ºte maior lºb i erdade ~ e
meios através dos quais fiquem os alunos capacitados a dispor, arran- relacionado· à História da Ar te' que ro permiostos cômo na decoraçao.
jar, modificar, ou transformar os modelos apresentados, num tra- campo de ação não só nos u·abalhos P p .
balho de "recriação", o que dará ao desenho ou composição um d e utensílios. ' . b dal ele conhecn?e · ntoslhenn- rar
novo sentido, qual seja a expressão pessoal elo aluno. Para a con- Nas duas últimas sén es, com ~a e . cada vez mais, _me d? ses
0

cretização de tal etapa, torna-se necessário, portanto, o estudo me- quecido, os alunos poderão ser levac os, ~a aplicação maio~ .esem
tódico e ordenado das leis da composição decorativa. Os alunos a apresentação dos seus trabalhos e UI . os que se con~utm ( a
ª
devem ser levados a sentir a sua necessidade, para um bom trabalho, ~esmos motivos, como por exe?1Pio_ em de aic
esúlos' arquiteto· ·mcos 4·
os sôbre
e elas devem ser apresentadas de maneira clara e objetiva. interessante estudo de caractenzaçao . da mais os estud
Finalmente, quanto à execução, seria conselhável maior coor- séne),
: aproveitando-se para aprofundar am d dese-
denação entre o ensino de desenho e de trabalhos manuais, pois tal as côres. l ue se dê às aulas erotina
fase envolve, por certo, a aplicação. T odo desenho decorativo pro- Poderíamos concluir, aconselhadnc qcaracterizá-la, que ª assun-
0
duzido deveria ser sempre utilizado em um objeLo qualquer, isto é, nl10 um ntmo. · ·
de dinamismo que eve . te onde os diferente à 5medida
fazer uma composição c.lecorativa para ser usada em ou com tal seja substituída por um trabalho consta~ 'dos trabalhos e d eiiho
material, ornamentar tal utensílio, que se destine a tal fim. l os apareçam, normalmente, no transcu1 so terminem. Que 0 aesserem
1
Por certo que a execução implica no uso de determinado mate- que as necessidades ou diTiculd ªdes . e-e de conhecim · entos 'deixem
rial. O profes.so~ deverá .?ri~ntar os exercícios, na primeira série, de geométrico deixe de ser mera transmiss:.~o e o do natur; 1senho -
m?lde a ~onstituir experien~ias coloridas, fazendo com que os alunos
memorizados e que o desenho clecor~ Finalizand.o, 0 ~aroental
1
saibam tirar o melhor pan1tlo do emprêgo da côr. Deverà levá-los
a~s primeiros ensaios d~ composição decorativa, baseados na repeti- de constituir simples trabalho de cópia. aracterfsuca fun difun-
todo êle - "firme-se, definitivamente, na cfrito investigadort: como
de linguagem gráfica, que desenvolve o ~p convenientem~n l~ ideal
çao: usando como mo.tivos os elementos geométricos com que êles
de noções de bom gôsto e seja aprov~i~~ ?duais e comove cu
estao travando conhecimento, e ao aproveitamento das formas e das
fator para a seleção das capacidades ~n ~; 1
côres, aliadas.ª? _equilíbrio das massas, que levam o aluno a demons-
trar sua sens1bihdade. O professor poderá introduzir e deverá, en-
tão, in_centivar o estudo ~la técnica da aquarela ou guache, para a
Para a afirmção de tendências artísticas ·
obtençao de melhores efeitos decorativos. Na primeira série é acon-
1 r•
----= .- ...

UNIDADE VI

A VERIFICAÇÃO . DA APRENDIZAGEM DO
DESENHO NO CURSO SECUNDARIO

PROFA. ECYLA CASTELLO BRANCO DA CRUZ


E PROF. ALCIDIO MAFRA DE SOUZA

A) Provas clássicas.

B) Testes.

C) Provas gráficas.

D) Exemplos de provas.
Unidade VI

A VERIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM DO DESENHO


NO CURSO SECUNDARIO

. ,f!principal objetivo da aferição da aprendizagem é o valor


<l1dat1co-pedag6gico que· encerra.
~prendizagcm é a modificação do comportamento, e esta, em
r~laçao ao Desenho, principalmente no Curso Secundário, é nega-
tiva na grande maioria dos casos.
:4 .
indifcrença pela matéria, por parte dos éduca11dos, pais e
a~mz'!zstradores, é ocasionada pela falsa interpretação de que sua
fmaltdade é a formação de artistas e só os que têm tendência para
ª Arte devem estudar D esenho. A reqlidade é bem outra; apenas,
as funções cu.J tural-educativa, utilitária e social devem pautar o
seu ensino.
Ensinar Desenho é, justamente, proporcionar uma atmosfera
adequada, um ambiente de trabalho com relativo confôrto, onde o
aluno possa utilizar indiferentemente tôdas as técnicas, como o
guache, aquarela, "fusain", pastel, "crayon", etc.; procurar desper-
tar no aluno uma motivação intrínseca, um íntimo desejo de ~esi:­
nhar como fonte de prazer e utilidade prática; desenvolver pnnc1-
palmente a imaginação criadora e n ão impor regras que venham
embotar a personalidade do educando; e, sempre com palavras de
estímulo, orientá-lo para que consiga, especialmente pe~a observação
do n~tural, dar livre expansão à sua própria interpretaçao das formas
analisadas .
. ·Uma vez alcançados êsses objetivos, 0 c~mportame_nto dos alunos
foi modificado e, assim, realizada a verdadeira aprendizage.m. .
. _ a· b ponto de vista quah-
É esta a afençao da apren izagem, so o . .
tativo. Analisemo-la agora do ponto de vista quantitativo: .
. ' . ' d' rvem a vá.nos obJe-
. A s medidas pedagógicas da apren izagem se
tlvos:
_ administrativos
- docentes
de investigação
66 APOSTILAS DE DIDATICA 67
ESPECIAL DE DESENHO

Administrativos _
Os métodos estatísticos permitem analisar fàcilmente os resulta-
Entre as _medidas de caráter admi . . - dos por meio de gráficos, polígonos de freqüência ou histogramas.
para promoçao e OTaduação d . l mstrativo estao as que servem 11antagens - O teste abrange todo o programa dado, é em geral
o- os a unas.
de caráter prático, e suscetível de ser feito com
Docentes - rapidez;
- a verificação da aprendizagem é mais fácil e obje-
Entre. ~s .de caráter docente estã . -
(<:studo .dmgido), as que medem cº as d.e onentaçao pedagógica tiva;
diagnóstico e as de prática. 0
onhecm~ento adquirido, as de - economisa tempo e esfôrço;
- habitua o aluno na precisão das respostas.
Investigação _
Desvantage~ - Em relação ao Desenho tr~z a desvantagem do
A_s que permitem apreci professor não poder acompanhar o emprêgo das
0
orgamzação. ar valor do método e os sistemas de técnicas· usadas.
.d Entre os sistemas adotados Os testes podem apresentar várias modalidades:
s1 erar três .:po
u s. de provas : em nossos Ginási·o·s, pod emos con-
- múltipla escolha
- provas clássicas - lacunas
- testes - acasalamento
- provas gráficas - certo ou errado
a) Provas clássicas Teste de múltipla escolha -
. Após o sorteio do ont Apresenta-se uma pergunta cuja resposta estará incluída entre
p o, o ealuno
peito do assunto· Há vantagens cinco no mínimo (a fim de evitar, estatlsticamente, a in-
de escre ve tudo que sabe a res-
svantagens . fluência do acaso)
Vantagens . nesse tipo de prova.
-- permitem · desenvolvi Exemplos de testes relativos a cada modalidade do pmgrli-
. a1or
proporc10na m · mento de expressão· ma de Desenho da 1.ª série ginasial :
o . eios ao prof . '
raciocínio do d essor de acompanhar
- poss1·b·1 · e ucando· Sublinhe a resposta certa
i lta a ver·r· - '
l icaçao da p
ci
mento da matér· 1a. ro fund1dade
.
do conhe- l - O polígono composto c.I_e 7 lados chama-se:
Desvantagens - ~orreçao
- demorada. a)hexágono
b) triângulo
- mfluê
. · do subjef
nc1a ' . . c) pentágono
- impossibilidade d tvis~o no julgamento·
tos d e toda
• e avaliação d os conhec1men-
: d) heptágono
a maté . e) eneágono
na dada
b) Prova de teste . d. 2 - Quando o motivo decorativo é empregado, segundo duas
.os testes são feitos ueções opostas, num diagrama, forma :
medir. Devem a de acôrdo com a
a~gumas tão fáceresentar questões de vâri naturez.a do que se quer a) barra
difíceis que só o s q~e todos os alunos os níveis de dificuldades· b) motivo isolado
de questões de s mais capazes resolvam epossam resolver, outras tã~ c) painel
compreen sao
- e resolução méd.
a maior parte constituída d) rosácea
• ~ laL e) rêde

.:
68 APOSTILAS ~E DIDÁTICA ESPECIAL DE DESENHO 69

3 _ A base de um vaso circular


. quan d o situa
· d o acima
· ou . abaixo A
da linha do horizonte, apresenta aparentemente a forma de · 1 - Disco circular que se acha no prolon-
gamento da coróide ( ) Retina
a) círculo
b) esfera 2 - Abertura circular e concet~tnc~
• · por
e) circunferência onde penetram os raios lummos s ( ) Cristalino
d) oval 3 - Membrana nervosa form~da pelo pro-
e) elípse longamento do nervo ótico . ) Pupila
4 - Lente biconvexa colocada atrás da íns ) Mancha amarela
Testes de lacunas
5 - Depressão Ov,·11 colocada no fundo da
Complete as sentenças retina ( ) íris

1 - A linha que divide um ângulo ao meio é ....... · · · · · · ·


T este de certo ou errado frmações
2 - As côres podem ser classificadas, quanto à espécie, em
a) . . . . . . . . . . . . . . b) . . . . . . . . . . . . . . c) . .... . . · · · · · · · d de acôrdo com as a i
Sublinhe a palavra certo ou erra o, • . d terminan-
3 - As arestas de um prisma, situadas perpendicularmente ao a circunferenc1a
- Tangente é a linha que corta ' Certoe - Errado
Quadro, têm seu ponto de fuga no . . . . . . . . na .. · · · · · ·
do dois pontos. mposição decora-
Teste de acasalamento 2 O elemento. que nac:
- se 1·epete numa co Certo - Erra d
0
tiva é o motivo padrao. .- d colocar-se a uma
Numere a coluna da direita B de acôrdo com a da direita A
3
distância equivalente a 2 vezes e
º: '
O observador, para meIh v1sao~eiaevea 3 à maior d.ime n -
Certo - Errado
A
B são do modêlo.
-1 - Instrumento para medida de ângulos,
na observação do natural
( ) Esquadros c) Prova. Gráfica _ problemas,
2 - Instrumento para traçar curvas . soluçao aos
( ) Transferidor ·Hicamente, .
3 - Instrumento para medir segmentos re- É a prova que apresenta, gI• le acompanhar a •técnica empre-
combi-
tilíneos dando oportunidade ao P . dos instrumentos e 0 gosto
. rofessor e • . na
( ) Compasso
4 - Instrumento para traçar paralelas e gada pelo aluno, o manusew elhor tipo
perpendiculares - l .
naçao e e cores. do conclu1mo . s que o m
_ de teste e
( Goniômetro [
5 - Instrumento para medir a grandeza Baseado no que oi· explana
· . to• contend o questoes d de Desenho
de ângulos de prova para DesenI10 é o m1s , as 3 mo dai" ' 1da es
' á abranger
( Régua graduada gráficas. Tal prova dev~r . a decoração ~e 1
A ensinadas. Por exemplo· . ·a ro 5 partes, pai a nte da cópia
1 - Azul misturado ao amarelo B Fazer uma rosácea, div1ch a t"vo e esuhza. · d 0 resu1ta
( )
Vermelho m mo i h
2 - Complementar do amarelo uma capa de livro, com u a técnica de guac.. e. I· dão ao professor
3 - Côr excitante ( )
Azul turquesa do natural de um vaso e nl d1"cHtico aprec1ave, lvirnento de sedu.s
4 - Côr terciária ( ) Verde As provas tem•· um va orompanhar
' o desenvo esentem ma101 · ·es i-
( ) Neutra Possibilidades de melhor.
1unos e preocupar-se m ais coac m aquêles que dapr dar estímulo cons-
5 - Branco misturado ao prêto professai· eve
( ) Violeta {aiculdades
.
ê
- A sses 0
de apreensao.
70 ESPECIAL DE DESENHO 71
APOSTILAS DE DIDAT ICA

tante explicações mais detalhadas, e log1os


. sm . ce1os,
. P ara despertar- 2 _ Dá-se 0 no1ne de · · · · · · · · · · ao paralelogramo equilátero e
lhes 'o interêsse pela matéria
. e as1m,
· consegUtr
· mo dTcar-l
t 1 11es 0
comportamento. equiângulo. a mesma direção, guardan·
3 - ........ . ...são I inl~as que seguem
do entre si distância . . . . . . . . . . diagonais iguais e
4 _ o retângulo é u~ Polígono que tem
Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de provas dadas
no Curso Ginasial do Instituto de Educação. ........ . . entre s1. . _. btida pela mistura do azul
5 é uma côr secundaua o
l) l .ª SJ!:RIE - .. · .. · · 1' · · e uma cordà.
e amare o. d"d entre um arco
6 - A secção circu ai . 1 . compreen t a
A) Sublinhe a palavra que corresponda à resposta certa
I - Os ângulos ~om abertura superior a noventa graus são cha-
é ...······· • andeza diferente é o · · · · · · · · · ·
7 - O triâ ngulo cujos lados tem gr elho são côres quentes.
mados de agudos, retilíneos, adjacentes, obtusos, complemen- e 0 verm
tares. ' 8 _ o amarelo, ... · · · · · · · · · . . . . . . e retos.
9 - Mistilíneo é o po igono l' de lados
d· cular ao meio de qu alquer
· · · ·
2 - O paralelogramo equilátero mas não equiângulo é o losango, 1O - • • • . • . . . . . • . é a r eta perpen • ;
o quadrado,.o rombóide, o retângulo, o trapézio isósceles.
3 - O triângulo isósceles tem três' ângulos desiguais, três lados segmento. . . ntas a que julgar
• resp oslas "x"
C) Escolha entre as tres dadas as peigtt ,
iguais, dois lados iguais, três lados desiguais, dois catetos.
4 - A côr verde é complementar do azul, do marrom, do violeta,
. l e-a com um
, e assina
certa •
do amarelo, do vermelho. .• lo que tem:
l - Obtusângulo é o tnang~ btusos ( )
5 - Duas semi-retas quando se encontram formam perclendicula- um ângulo reto e dois o ( )
• res, paralelas, polígonos, ângulos, triângulos.
6 - O segmento de reta que une as extremidades de um arco é
-
- um ângulo reto
e um obtuso
e dois agudos ( )
chamado de raio, corda, diâmetro, secante, flecha. - um ângulo obtuso -o.
.
à sua pos1ça -o os ângulos sa .
7 - A côr secundária quente é o laranja, 0 verde, azul, o ama- 2 - Relativamente · elo vértice ( )
relo, o violeta. 0
.
- a dJacen tes ou opostos P ( )
8 - Várias retas são divergentes quando partem de um pon!o - curv1"líneos e misu· ·1íneos ( )
comum, vêm ter a um ponto comum, são paralelas, sao
oblíquas. 1 _ - retos, agu d os e obtusos .
. 'f do rom bó'1de p or ter ·
9 - O quadrílátero equiângulo mas não equilátero é
0
romboide, 3 - O losango di ere dois obtusos ( )
o quadrado, o losango, o trapézio escaleno, retângulo. 1 g udos e · ( )
0 - dois ângu os a d'culares entre s1
1O - A reta que divide um ângulo em partes iguais é a corda, a · erpen 1 · ( )
- duas diagonais p . blíquas entre s1
tangente, a flecha, a bissetriz, a secante, o diâmetro. · ·guals e 0
- duas diagonais 1
B) Preencha
sentidoas lacunas das frases seguintes, completando-lhes o ôr · - ( )
4 - Considera-se 0 Cinza uma c .
- fria { )
1 - No triângulo retângulo, o lado oposto ao ângulo reto é ch a- _ secundária ( )
mado de . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
_ neutra

...... .

APOSTILAS DE DIDATICA ESPECIAL DE DESENHO

5 - O trapézio é um polígono que tem=. H) Complete :


_ quatro lados desiguais, sendo dois :aralelos ( ) 4 - Verde/ Vermelho - .....
1 _ Violeta - · · · · · · Azul
_ quatro lados desiguais, paralelos dois a dois ( ) 2 - . . . . .. .. _ Cinza - /Azul Verde - Laranja
- quatro lados iguais, paralelos entre si 5 - ...... . . .
( ) Prêto ......
6 - Vermelho
3 - Amarelo - Laranja -
D) Coloque o número na resposta conespondente Amarelo

a) (1) Vermelho

( ) Complementar
(2) Azul ----- O que vai ser
( ) Neutra atribuída
. t e n ,·to ser ,1fins nota.
, • os A ·m somente
. d ssi ,
- .1
(3) Branco À ·p arte segu1n •
estat1suc
( ) Secundária . · a , ,apenas,
(4) Laranja respondido vis res onda ao que se pe e.
( ) Primária se lhe sobrar tempo, p
( ) Quente
b) (5) Perpendiculares a) Que tipo de Desen 110 prefere? le empregar ? (No m<i.xiroo três,
( ) b) Q ua1s · gosta (
. as co• 1·es que mais
(6) Triângulo Lados iguais • · )
m de preferencia
( ) Ângulos retos por ord e 3-
(7) Equilátero
(8) Rombóide ( ) Linhas retas e curvas 2-
1 -
( ) Polígono . apenas . três? côres,
desen l10 decorativo, das a·
abaixo
'. ( ) Quadrilátero c) Se tiver que usar, num .· entre as in ica .
. - escolheua, 11·a· 3-
E) Colôra as pontas da figura estrelada, de acôrdo com a rosácea que combmaçao Iho/azul/lara1 '. 5 -
de Charles Blanc, com as côres primárias e secund<írias, de ma· 1 - amarelo/cinza/verd e4,. - 2vermelho/amarle
- verme lo/ marrom,
neira que se se traçar uma linha que divida a figura em partes violeta/rosa/mai-rom ·• _ azul/ branco /amare
' o.
iguais, as côres quentes se localizem na parte superior da estrêla verde/prêto/ azul; 6 5 6
l 2 3 4
F) Leia com atenção e verifique se há algum absurdo de ordem
decorativa, no que se escreve adiante. Se houver, corrija-o. 2 a StRIE .
II) . te as lacunas . (valor : 3 pts.)
". · · uma das curiosidades mundiais e dos principais pon· Ievidarnen
Preencha e ...
tos de atração turística da Itália é a chamada "Gruta Azul". J .a Questão : . .. . ... · · cenu·o da
Tuuo que se vê na referida caverna, situada na pequena melho é o . . . . . . . . o vértice no
Ilha de Capri, é azul; azul de tôdas as côres, em virtude do - A côr oposta do veré a uêle que possui .... . . . .
reflexo da luz sôbre as águas do mar, no interior da gruta." ......······ . .. . . . q quan d o ° ··
. ... .
to
circunferência. ·co se concorda~ ponto de conta ~m arco
G) V. já fêz muitos desenhos elo natural; já desenhou sólidos de - Um segmento e ~m] a; à reta dada pe ºndente à corda e
está na perpendicuf~cie plana correspo
revolução, prismas, etc. e, ultimamente, vasos. Portanto, teve
oca~iãode verificar onde se localiza sempre a sombra. Faça,
entao, um esfôrço de memória e responda:
- A porção da super
chama-se
. . ..
. . . . . . . . . . .é . a. . m1stu.1
.
il e verde.
·a~ do 1·rerentes
az1 cl ta ma-se ... . .
. .....

- . . . . . . . . . . . . . . . ..tivo
· em post çocs e i
Em que parte, em qualquer figura, se marca a sombra? - A repetição de mo
APOSTILAS DE DIDATICA ESPECIAL . DE DESENHO 75

2.ª Questão : . cota e, igu


. al ao afastamento está no
Um ponto cu7a
1) Sendo dado um triângulo escaleno, cujos lados medem 0,07m, I.º dietro
0,04m e 0,05m circunscrever-lhe uma circunferência. Bissetor
Linha de Terra
2) Dado um segmento OM de 0,08m traçar tangentes passando por
M, sendo O centro de uma circunferência de 0,02m de raio.
seguintes)
3) Inscrever um pentágono regular numa circunferência cujo raio 2.ª Ques tão : Reconhecer numerando devidamente as
(valor : 3 pts.
é a metade do lado de um quadrado de 16 cm de perímetro. épuras:

(1) Reta de frente (1) Ponto no P lano Vertical


4) Definir e exemplificar o princípio da concordância de dois arcos.
(2) Ponto na LT (2) Reta Paralela a LT
5) Com um raio de 0,03m, construir uma figura estrelada de 6 pon- (3) Reta de tôpo (3) Plano de Perfil
, tas, aplicando as côres secundárias e primárias. ·

(valor: . 7 pontos) (valor : 3 pts.)


3.ª Questão: Problem as
III) 3.ª SÉRIE
. grandeza, e os traços da
J .a Questão : Sublinhe a resposta certa : - Determinar as projeções, ª verdad eira
(valor: 2 pts.) reta AB.
~- Um ponto de cota nula e afastamento positivo está ,,;o
Bissetor
Ponto A Ponto B b' = O,Ol5m
I. 0 diedro a' = 0,035m
Plano Vertical Superior a = 0,01
b = 0,035m
Na Linha de Terra . ooom
No plano Horizontal Anterior Distância entre as Projetantes · ' (valor : 2 pts.)

- A linha queé aintercepta o Plano . Jlertical com


zontal Plano Hori- . gran deza da reta CD, tor-
0 dade1ra
- Determinar as proJ. eções e a - uma reta frontal.
ver -
Linha do Horizonte
Linha de Terra
Linha indefinida
. da rotaçao,
nando-a, por meio
Ponto.
D •
Ponto C d' = O,Olm
, .- o =
qu~ é P"P•ndicular ao Plano Horizontal e cuja projeção e - , 035rn d o,025m
- A reta
hom.ontal é um ponto é a e = O,Olm
· tantes .· o' 025m
Qualquer
(valor : 1 pt.)
De Perfil Distância entre as proJe
De Tôpo
Vertical . • simples
repeuçao
Horizontal f ·iso abaixo usando a (valor : 2 pts.)
ompletar o 1
4.ª Questão : e stantes:
il
e cuAres contra .

.-
76
APOSTILAS DE DIDATICA
ESPECIAL DE DESENHO 77
IV) 3.ª SÉRIE
c) A reta de intersecção do plano do quadro com o plano do
f. Instruções geometral tem o nome de ........... .
Assine o nome e coloque 0 , d) A .............. corresponde a distância entre a LT e LH.
Faça o desenho na fôlh nu~ero da turma no cabeçalho. e) Ponto de fuga é a imagem ............ do ponto no infi-
Seja feliz 1 ª
anexa. Leia com atenção o problema.
nito de uma ............. .
Planifique a superfície total f) As retas horizontais de frente têm como perspectiva retas que
suas projeções : de uma pirâmide reta dada por são ......... . ... . à LT.
a) a base é um pentá ' g) O raio visual principal determina sôbre a LH o ponto de
raio igual a O03m gono regular inscrito num círculo de fuga .............. ao quadro.
o
plano vertical osr:i assente no PH, tendo seu centro afastado do
h) A imagem perspectiva é determinada pela intersecção, com o
b) a ' e_ ~m lado paralelo a L T.
altura da piramide é de O08 quadro, . . . . . . . . . . . . . . do observador.
, m.
2 - Sublinhe a(s) palavra(s) que corresponda(m) à resposta certa :
- ·- -
i) A distfmcia principal refere-se à altura do observador, à dis-
TABELA DE CORREÇÃO tância dos pontos de fuga, ao afastamento do observador, à
Projeções: verdadeira grandeza de um segmento.
j) Uma reta vertical, em geral, tem como perspectiva, um ponto,
Projeção horizontal uma reta vertical, uma reta qualquer, uma reta de nível.
Pro1eção vertical · ·· ·· ·· ······ 2
Arestas invisíveis · · · · · · · · · · · 2 ..
pontos 1) As horizontais quaisquer conc?n:em: em perspectiva, ao pon-
. · 1 aos pontos de distancia, aos pontos
Colocação das letra~ ............. . 0,5 to pnnc1pa, · de fuga, à
Verdadeira d
gran eza da aresta
············ l .. linha de terra. .
1 ·reção qualquer é determmac.la por uma
Desenvolvimento ···· m) A fuga de uma d t .
Lados da base . . - uma perpenc.l1cular ao quadro, uma
Paralela a essa d ueça0 , 1
Aresta lateral · · · · · · · · · · · · · · · · 0,5 pontos . . d 4i:: aus com 0 quadro, uma reta qau quer.
Letras ············· ·· ... reta rnclrnada e ;, gr . d. é
0,5 . . " . al é erpend1cular ao qua to, perpen-
Gráfico · ......
· · · · · · ·...
· · · · · · · · · · · · .... . 0,5 " n) O raio visual pnncip :rpendicular à LT, perpendicular
. .. .. . . dicular ao geometra1, p
Total . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . ...... 2 "
.. ... 10 pontos à LH .
V) 4.ª ·SÉRIE razão da igualdade da distância
3 - Demonsu·e, gràficamente, a
1 - Preencha as lacunas enu·e PP-D e pp-:J>V.
sentido: das frases aba· . LH 0 pp e um ponto de
ixo, completando-lhes o d
ho abaixo, a • b
a) As retas horizontais u 4 - D eterminar, no esen . ancleza da aresta do cu o e a
verdadelfa gr
ª .
• A • •

concorrem em q e form. am com o quad Distancia, dor ao quadro.


b) A pers e t" . perspectiva, para o ro ......... . . . distância do observa
raio vi~u~ltva de um ponto é o s pontos de distância. d ltura dos pontos A e
que passa por êsse ~ · · · · · · · · · · · · no quadro do ·d deira grandeza
5 - Determinar a ve1 a
ªª ·
baixo
. perspectiva é vista a , .
esmo ponto. , cuja
B, do segmen t o AB'
ESPECIAL DE DESENHO 79
78
APOSTILAS DE DIDATlCA

Tabela de julgamento :
. ProJ' eçõcs
6 - Determinar a perspectiva do segmento AB, cu JªS f da
são
dadas abaixo, assinalando, outrossim, o ponto de u~~ Q.
direção correspondente, sôbre o traço do quadro Q :S proporção ... ..... .. ...... 2-1-0
base superior 2-1-0
VI) 4.ª SÉRIE 2-1-0
base inferior · ·· ······· ···
Desenhe a perspectiva de um cubo de 0,04m de aresta, n 0 geo· técnica de colorido . · · · · · · · · 2-1-0
l . 'tª com 0
metral. Uma face do cubo faz um ângulo de 30° à tirei apresentação 2-1-0
quadro. di·
A projeção horizontal do ponto de vista está numa perpen tá Total ......... ...... 10 pontos

cular ao quadro, que passa a 0,005m à direita da q.ue éesde ar:st~ 2 a Série:
encostada
0,12m. no quadro; sua altura é de 0,06m e sua distancia
.
D nhar do natural o ~odê.lo expospéto ~ u:asequebra-luz com
cilíndrica. O
ese
a forma de um tronco de pirânude e o
. e
dêlo deve ser colorido. 1
TABELA DE CORREÇÃO mo Técnica - Guache o u aquare a.
Geometral :
Tabela de julgamento :
Projeção da base ............... .
1,5 pontos
· · · . . .. .
Ângulo 'da face .... .... . . ..... .
l !' proporção
...... 2-1-0
Aresta no quadro . ..... . .. ... . . 2-1-0
0,5 ,.
Perspectiva : inclmaçao das arestas · · · · · ·
• #

2-1-0
é do quebra-luz .. .. ..... .
Visibilidade . p . de colon.d o .. . .... . 2-1-0
Colocação do . PV .. :::::::::::::: J,5 pontos
0,5 ..
técnica .. . . . .. . 2-1-0
Ponto de distância . apresentação . . . . . . . .... . . lO pontos
Altura do horizonte . : . . ........ . 0,5 ....
0,5 ,, Total · ······
Perspectiva . ....... . : : : : : : : : : : : ,,
Escala de altura 1
........ ........
(si~gelas
Gráfico 1 . nto . um vaso
.. ..... ................... .....
2
,, 3.a Série : a·1
exposto - coônJU e de
Total tural o mo e o ·do e com fJ res
• •• ••• • • • • • t • ••• • ••• t

10 .. Desenhar do na de cone, colon


com a forma e tronco
Exemplos de provas de Desenho do natural poucas pétalas). h ou aquarela .
La Série : . - Guac e
Técmca
. Jgarnento :
Desenhar do natural o mod "l ' Tabela de JU
do vaso .. ...
.. . 2-1-0
de forma cilíndrica e colorida. e o exposto - uma caixa de chapéu, • #

2-1-0
Técnica - Guache ou Proporçaodas bases
..... .
aquarela. desenho
80
APOSTILAS DE DLDATICA

desenho das flôres 2-1-0


técnica de colorido 2- 1-0
apresentação . . . . . . . . . . . . . . 2-1-0
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . lO pontos
Unidade VII
4.ª Série :

_ Desenha~ do .natural ~ modêlo exposto-conj u n to : uma caixa O MATERIAL DIDATICO N O ENSINO DO DESENHO
de forma prismática, colorida e frutas de côres variadas.
Técnica - Guache ou aquarela.
Tabela de julgamento : PROFA. ECYLA CAST.ELLO BRANCO DA CRUZ

proporção da caixa . . . . . . . . 2-1-0 A) Material permanente.


convergência <las atestas hori-
zontais . . ..... . . . . . . . .. . B) Material de consumo.
2-1- 0
desenho das frutas .. . . . . . .
2-1- 0
técnica de colorido .. . .. .. .
2-1-0
apresentação . . . . ... .. .. .. .
Total 2-1-0
.... .. . . ... . . . 10 pontos

UNIDADE VII

O MATERIAL DIDATICO NO ENSINO DO DESENHO

tarrnSen~o 0 Desenho matéria prática por excelência, antes de tra·


refer~s .0 ~ateria! didático, propriamente dito, é necessário uma
ncia a sala-ambiente.
. É .de ~ande necessidade a escolha de salas bem claras, em que
~ 11ummaçao natural e a artificial pennitam o estudo da valorização
as som~ras, na cópia do natural, auxiliem a precisão do traçado
geométrico e o preparo e a combinação de côres.
h A sala de~e ser bem ampla, permitindo a arrumação das pran·
c.b~~~s em anfiteatro, se possível em diferentes níveis, a fim de pos·
si l itar boa visão, em qualquer ponto de vista.
. Deve haver ainda água corrente, para facilitar a preparação das
tmtas.
. O material didático divide-se em dois grupos : o permanente
e o de consumo.
A) - Material permanente - As pranchetas devem ser móveis,
par~ facilitar sua inclinação, de acôrdo com o tipo de Desenho;
vert.1cal ou ligeiramente inclinada para o desenho do natural e
horizontal p ara o Geométrico e decorativo.
Os modelos devem ser variados, em tamanho, forma e côr, e co·
l~cado~ em suportes gnduáveis, permitindo estudos vários ern rela·
çao à lmha do horizonte. Objetos de fortna~ planas•. frut.as, legumes,
~ôres simples, corpos de revolução, prismáticos e p1ram1dados cons·
tituem, em ordem crescente de dificuldade, os modelos para o desen·
volvimento da observação. .
Para a resolução dos problemas de projeção e perspecuva, de~e
haver planos diedros, sólidos geométricos, um p~r_sp_:ctógr~fo, ~tz
de côres e os instrumentos necessários para as exphcaçoes mais ob1e·
tivas, no quadro-negro, tais como, régUa T, esquadros, compasso,
transferidor.
Nas -salas de aula é imprescindível um quadrodedetodos
celotex, ou
· - ........ anente os tra·
d ~ papelao
balhos
corrugado, para expos1ça~ pew• . .
em realização. Tal providên~1a
consutuirá elementos mou
..

vador e incentivador de alta relevância.


84 APOSTILAS DE DIDÁTICA

B) - Material de consumo - Deve ser individual. O papel,


por exemplo, pode variar de acôrdo com a técnica empregada; para
tintas aquosas, pastel ou "fusain", é aconselhável o papel de face
rugosa e, para nanquim, lápis prêto ou de côr, o papel liso.
O material permanente, de uso exclusivo do aluno, deve ser Unidade VIII
o melhor possível; compasso, régua graduada, par de esquadr,? 5•
Lransferidor, lápis H, B e 3B, pincéis fino, médio e grosso, de pel.~
de marta, godê, tintas aquarela e guache, pastel, "fusain" e "crayon ·
É evidente que o professor pedirá na ocasião oportuna o tipo de ma- RELACIONADAS AO
AS ATIVIDADES EXTRA-CLASSE .
te_:ial que irá utifüar. Há, ainda, a régua T, cujo uso, entretanto,
nao deve ser de caráter obrigatório. ENSINO DO DESENHO
O i.deal seria que as escolas pudessem fornecer tal material, BRANCO DA CRUZ
PROFA. ECYLA CASTELLO
para evuar o emprêgo de utensílios precários cuja utilização con-
corre para o desânimo e inibição de muitos alunos.
Há, além disso, a parte relativa à Documentação. Ela deve ser
rica e .va~iada; pranchas com gravuras de vários estilos e escolas; A) Instituições intra-escolm·es.
uma ~1b.lioteca de classe especializada; pequenas esculturas de a~to­
r~s class1cos e modernos, darão ao ambiente um aspecto de arte, !ns- B) Instituições inter.escolares.
puando os alunos em suas criações e desenvolvendo-lhes o gosto
estético. C) Instituições pós-escolares.

D) Instituições extra-escolares.

..
UNIDADE VIII

• AS ATIIVIDADES EXTRA~ASSERELACIONADAS AO
ENSINO DO DESENHO


li
a escola . e fici·ência
· d o ensino de Desenho no curso uinasial
~ossuir,
Para maior
de insu· t preosa
. _ · incorporadas
· o· série•
à sua organização, uma
expan :- uiçoes
à . viva . s e, d·m â m1cas,
· com o objetivo de proporcionar
auxiliar
sao . o· açao
imaD'"ln - l' .vre e criadora
. dos educandos e, ainda.
ensmo e o trabalho escolar. Essas instituições· podem ser:
0

A) Intra-escolares

a) de educação intelectual
- teatro escolar - As comemorações cívicas e as datas festivas,
~omo a~ sem~nas: da Na, da Criança, do Jlle;tre, etc., Podem
er ennquec1das com o teatrinho escolar. A peça, a ser re·
p_:esentada, deve ser e;crita pelos próprios alunos. A decora·
çao do ambiente, a criação e confecção dos cenários devem
ser de inteira iniciativa dos estudantes. O material, geral··
mente empregado, na confecção dos cenóxios escol"" poderá
ser improvisado no momento. Os temas desenhados previa-
mente com "fusain" serão alusivos à data e feitos em papel
grosso, papelão ou tecido de bai<o cu>tO e pintados com tinta
de caiação ou mesmo forrados com papel colorido.
A eria çffo dtsses cenários ou mesmo os do teatrinho de
lamochei e mar ;opete.<, "~'"º "'"" ""''
Frrab:i J}lP~
oportumdade
JV1a11u uls, 1·cpai·a
p 1r ·

o entrosamento enLre Desen110 e l .. ' .


se•""" upº""";.hule fmP" pora o desenvolvimento Ja una•
ginação criadora e conhccirncnto "' . , ,.,., '''º;" ·
·b1· · · d o ·ó .· alunos poderão cnri·
1o lc c:i csp ccia!J za . a - s pi puos _
a biblioteca de cl•"'' ' º"'
- t
quecer
b · Jivros que serao
rnanência doado•
do aJuuo ua
ou mesmo emprestados, durante a per
Escola.


88 APOSTILAS DE DIDÁTICA 89
ESPECIAL DE DESENHO

A bibliotecária deve promover, periodicamente, concursos ern levar em con t a os múl-


nismo entre o belo e a natureza, s a vida ao ar livre pro·
de ilustração de trechos dos livros mais procurados. Inceu · tiplos benefícios que 0 contato coro
tivar a pesquisa e o manuseio de obras clássicas e modernas, porciona.
dando amplo desenvolvimento à cultura estética e intelectual.
. anizadas e dirigid~s. com
b) de educação social Tôdas essas Instituições devem ser org·ntam a responsab1hdade
·
carinho, pelos próprios.ª l unos, para
losque si a fim de 9ue desem·
mestres, ocial
do trabalho embora orientados ~e a 0 Axito pedagógico e s
- clube de Arte - Os alunos, em horários extracurriculai·es, ,
penhem o papel de alta re 1eva'ncia par ....,
poderão usar o clube como um "hobby", organizando traba· do ensino.
lhos. inteiramente voluntários,· dando expansão ao desejo de
utilizar.o desenho, como meio de expressão gráfica. A orga·
nização de exposições permanentes será uma atividade do
clube, que servirá de estímulo aos colegas desinteressados
pela Arte.
- revista escolar e jornal mural - A organização de revistas colo·
ridas e jornais murais, com secções várias de interf:sse geral,
como: modas, esporte, literatura, humorismo, cinema, etc.,
feitas em côres vivas e brilhantes, darão trabalho e satisfação
a grande número de alunos, que assim ocuparão horas de
lazer com atividades educativas.

B) Inter-escolares

a) de aproximação intelectual
- intercâmbio local, estadual ou internacional de desenhos, com
colegas de outras escolas que também possuam clubes de Arte.
C) Instituições pós-escolares
- associação de ex-alunos : promoção de reumoes periódi~as
com os ex-alunos, para estudar seus problemas e proporc10·
nar-lhes sugestões.
- e?caminhamento. ao trabalho : com a descoberta e desenvol-
vimento das aptidões artísticas, a Escola poderá encaminhar
seus alunos para um trabalho mais produtivo e eficiente.
D) Instituições extra-escolares

- excursões : as excursões ao campo d - ·a d


d d . , arao oportum a es a0
etasucan ° de pintar
aos Museus darãoou desenhar livremente
. • . ' ou ainda as visi·
, com a expen enc1a estética, um sincro-

.~
LIVROS RECOMENDADOS

CONTEúDO
, • Mo,., y Cu"º do D..enho Goométtko o El"""""" ' (Rio, 1951)
Mell
e
Nad º1 eT<0dom.
•g•, Cunlia, G. N . T0<n><• G"fi" dol Dibujo Goomouko (B· A.. 1952)
8 ""'° Nev", ] , M. Desenho Geomé~rico Plano, (S. P ., 1954)
Pwblom>< U•u•i• d< D. Go>métri<O (Ri•· 195•)

L . Passos M Desenho Projetivo (S. P .. 1952)


••d•fr• '1 i
8'"" D=nho (C•"º d"' Li""' - Li•b<>'• 1948)
8Coro•lh; ;,, '?"'? D<5Cnho (!.ª, 2.•, S.ª o 4.• ,;ri") (!Uo, 195!)
Almeida' A n1amm A. Programa de Desenho (S. P., 1954)
Pfofro D·
B<lomlo Comp<odio do D•"nho (Li<bOO, 1955)
Rodr/ anato di G. Descritiva (B. A., 1953)
F. 1. g""· AIV4'0 Goom<ld• D""i"" (!.' o 2.' """'' (Jlio. !955)
Rouba~di e
Pi//'.1, ] . j , '
Elementos de Geometria Descritiva
T<•i<é do G<om•ttio D°"'iptl"• (P""· !926)
Qu•mloino E Trai<é do P«'P""" Li•""'' (P•ri>· 1951)
F. T. r) p ''] ··
Lawson Perspectiva
Penp"tl" P"' Dibujon<"• (B"" 1951)
Gu/1, E: Pmp<'ti" EX>" (IUO, !948)
Norling, EE.
Bonlo! Perspectiva (Barc. 1952)
Lo Ponpo"i" Simplifi"d' (B· A., 1951)
e,..,,; M. EIA«• d•I eolo< <•·A.. !95')
Esp
Gau!liier, ].
I A« of Colo<
Traité and D.,.;gnoecoraúVC
de coroposition (Lond«'• (Paris,
1958) 1952)
N , m 1eira' A · MIO popul"' Ed•"<'º• ~·
P., 19-)
ªª
reo de Sampaio, F. Desenho (1.3 Série) (S· p., 1940)
Sp"d H O D<"nho '°AI""" do Tod" (S. p., 19'8)
s~,{ · Pn><ti" y Ciond• d<I Dlbuj•
md d·e Menckmça, E. Desenho para o curso Secundário

DIDATICA E PEDAGOGIA 95
L'Art e L'educacion (Paris, 1953) .
Noçll<' d• Didátia' G"'' o'"" yond•m""'°' (R'°• t 6)

fUNESCO
A . D . E. S. (MEC)
ourenço Filho, M . D.
. 1 . Apl1'cada
pedagogia Cienúfica ~
I11troduç5o ao Estudo da Escola Nova
(S .P .• 1950)Educac5o (S. p., 1950)
Aguayo, A. M.
Noções de Psico og1a • ·. 954)
Como preparar o Ensino de Desenho (RJO, 1
Almeida ] A funç5o Didática do plano de Aula . r.
Band
B · ' ]· . Sennen
eira, A Lingu•S"" Didátl" no E"'ioo ><od""º (J.<iO, !9'6)
ar,ros, Dora C.
Matlos, L . A .

•. 1

- u
-
• •

.. •

FOI COMPOSTO E IMPRESSO


NAS OFICINAS DA
GRÁFICA OLIMPICA EDITÔRA
RIO DE JANEIRO
BRASIL


.1
.u

Anda mungkin juga menyukai