1 INTRODUÇÃO
Resumo Este documento descreve as etapas de implementação
Neste documento estão descritos os mecanismos de
de um controlador capaz de atuar no controle de posição de um
desenvolvimento de um controlador de direcionamento de um
painel solar. Nele estão descritos os mecanismos, ferramentas e
painel solar.
cálculos de projeto elétrico e mecânico que o sistema do
controlador apresenta. Sua finalidade é provocar um deslocamento angular diário do
painel a fim de proporcionar uma incidência dos raios solares
sobre o painel com o maior ângulo de incidência possível.
Palavras Chaves: Painel Solar, Controlador, direção do sol.
LECI, luminosidade. 2 DESENVOLVIMENTO
Abstract: This document describes the stages of an
implementation of controller capable to act in angular position 2.1 Metodologia
of a solar panel. It is described the mechanisms, tools and Primeiramente representamos o sistema de controle e medição
equations calculators of the electric and mechanic project that de forma esquemática conforme o diagrama abaixo:
the control system presents
Luz Solar (ângulo)
Keywords: Solar Panel, controller, sun direction, LECI,
.luminosity.
Amplificador
de Instrumentação
U Condicionadores
Fonte de de Sinal Controlador
Alimentação (Tensão)
(2V)
Condicionador
de sinal
Motor
Rotação LDR2
LDR1 LDR2
LDR1
Rs1 = α ⋅ L1 + β .
Rs 2 = α ⋅ L2 + β
V ⋅ (α ⋅ L1 + β ) Vcc ⋅ (α ⋅ L2 + β )
Vs = cc − ⇒
R + (α ⋅ L1 + β ) R + (α ⋅ L2 + β )
(α ⋅ L1 + β ) (α ⋅ L2 + β )
Vs = Vcc − ⇒
R R
Vcc ⋅ α
Vs = (L1 − L2 )( II )
R
V ⋅ (α ⋅ L + β ) V ⋅ (α ⋅ L + β 2 ) V ⋅α V ⋅α (β + P ) (β + P )
Vs = cc 1 1 1 − cc 2 2 ( III ) Vs = cc 1 L1 − cc 2 L2 + Vcc ⋅ 1 1 − 2 2 (VIII )
R + (α1 ⋅ L1 + β1 ) R + (α 2 ⋅ L2 + β 2 ) R1 R 2 R1 R2
Assim sendo, se R >> Rs1 e R >> Rs 2 , podemos simplificar Novamente, devemos escolher R1 e R2 de forma que
α1 α 2
a equação (III) acima: = = Κ , além de ajustar P1 e P2 de modo que , resultando,
R1 R2
por fim, em:
Vs =
Vcc
[(α1 ⋅ L1 − α 2 ⋅ L2 ) + (β1 − β 2 )]( IV )
R
V s = Κ ⋅ ∆L(IX ) .
Para linearizar esta equação, temos que fazer R1 ≠ R2 e
Devemos observar que um trimpot não deve ser utilizado caso
R1 >> Rs1 e R2 >> Rs 2 :
queiramos um equipamento com vida útil muito longa, pois o
índice de oxidação e depreciação do ajuste pode ser
α ⋅ L + β α ⋅ L + β 2 prejudicado mais rapidamente do que se estivermos usando
Vs = Vcc ⋅ 1 1 1 − 2 2 ⇒
R1 R2 resistores de precisão. Porém, o uso de resistores de precisão
α aumenta o custo do equipamento. Por se tratar de um projeto de
α β β
Vs = Vcc ⋅ 1 ⋅ L1 − 2 ⋅ L2 + 1 − 2 (V ) protótipo, preferimos utilizar o trimpot; caso fosse aprovado a
1
R R 2 R1 R2 fabricação comercial de muitas unidades, uma compra de
vários resistores de precisão ou até mesmo LDRs idênticos
Dessa forma, devemos escolher R1 e R2 de forma que pode ser mais adequada para a garantia de qualidade.
α1 α 2 α R
= = Κ , o que implica que 1 = 1 e:
R1 R2 α 2 R2 2.3.2 Escolha e Calibração dos Sensores
β β Para escolhermos os sensores, inicialmente pegamos alguns
Vs = Κ ⋅ (L1 − L2 ) + Vcc ⋅ 1 − 2 ⇒ LDRs e selecionamos três pares, denominados Par 1, Par 2 e
R1 R2 , Par 3, que mais se assemelhvam, isto é, escolhemos os sensores
β β cujas resistências mais se aproximavam ao serem expostos à
Vs = Κ ⋅ ∆L + Vcc ⋅ 1 − 2 (VI )
R1 R2 luz ambiente da sala, dois a dois.
resultando em uma relação afim ( y = α ⋅ x + β ) entre VS e ΔL. De posse desses pares, expusemos cada um a diversas
intensidades luminosas, proporcionadas por um arranjo
Se R1 >> β1 e R2 >> β 2 , obtemos a seguinte relação linear: montado com um LED alto-brilho. Resgistramos as resistências
de cada um dos sensores, tomando o cuidado de iluminar
igualmente os sensores de cada par. Obtivemos os seguintes
Vs = Κ ⋅ ∆L(VII ) ,
valores:
que é a relação desejada entre a tensão de saída da ponte e a
diferença de luminosidade sobre os sensores.
30
RS1(kΩ) RS2(kΩ)
30.3 32.6
29.7 31.9 25
27.8 30.0
RS2 (k Ω)
25.8 27.9
20
24.6 26.5
22.9 24.8
20.7 22.3 15
18.8 20.4
16.4 17.7
15.0 16.3 10
12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
13.7 14.9
12.5 13.6 y = 1.0689*x + 0.23882
Par 2
65
Par 2
60
RS3(kΩ) RS4(kΩ) 55
y = 1.5911*x - 12.432
44.6 59.1
43.8 57.8 50
42.7 55.5
RS4 (k Ω)
45
41.4 53.5
40.5 51.8 40
39.6 50.4
35
38.4 48.3
37.5 46.8 30
36.6 45.5
35.1 43.2 25
26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46
RS3(k Ω)
34.3 41.9
33.3 40.5
32.1 38.5 y = 1.5911*x - 12.432
30.4 36.1 Par 3
29.2 34.3 40
30
Par 3
25
RS5(kΩ) RS6(kΩ)
RS6(k Ω )
15.1 37.2 20
14.4 32.9
13.4 27.9 15
12.6 24.6
10
13.2 25.6
11.6 20.9
5
10.2 16.7 7 8 9 10 11
RS5(k Ω)
12 13 14 15 16
9.70 15.4
8.20 12.1
7.00 10.0 y = 3.25*x - 15.175
R
VBB = I R ( R1 + R2 ) = VBE1 1 + 2 = 1,08V
R1
A característica principal do transistor Darlington é produzir onde: R1 = 1,5kΩ
um alto ganho de corrente β que é aproximadamente o produto R2 = 1,2kΩ
dos ganhos individuais de cada transistor da montagem. VBE
Portanto temos: β = β1 ⋅ β 2 . IR = = 0, 4mA
R1
O dimensionamento desse amplificador fica em função dos I
parâmetros dos transistores de modo a ajustar o amplificador VBE = VT ln C1 ≅ 0,6
de classe B a operar quase na classe A, portanto funcionando I S1
na classe AB. A fonte de corrente que alimenta o circuito é I C1 = I polarização − I R
através da resistência R14. A queda de tensão no transistor Q17
foi baseada no modelo de multiplicador de Vbe para polarizar I polarização = 3300 / VCC − VBB = 4,22mA
os TIPs em configuração Darlington.
Na saída do amplificador de potência, foram utilizados dois
O circuito abaixo mostra o dimensionamento deste estágio. resistores de potência bastante pequenos com a finalidade de
Não utilizamos dissipadores, devido ao fato de utilizarmos proporcionar estabilidade ao sinal de saída quando se aplicar a
motores de pequeno porte, já que o painel simulado foi feito carga ao motor do painel solar.
em isopor. Assim, conseguimos acionar os motores com uma Portanto devem ser utilizador resistores de saída muito
corrente bastante baixa. menores do que a resistência da carga. Só assim pode-se evitar
o efeito de carga causado pela impedância de saída.
Regulação positiva
Regulação negativa
3ª Engrenagem
Eixo do parafuso
sem-fim da
transmissão
2ª Engrenagem
1ª Engrenagem
4ª Engrenagem
Eixo do Painel Solar
3ª Engrenagem
No caso do acoplamento motor-base, utilizamos o seguinte:
24
8 dentes (motor) -> 24 dentes (cinza); =3
8
28
24 dentes (cinza) -> 28 dentes (amarela); = 1,167
24
28
10 dentes (amarela) -> 28 dentes (branca do eixo) = 2,8
10
isso dá uma redução de 3 x1,167 x 2,8 = 9,8
Utilizou-se um resistor de 1Ω na saída para a referência (terra) De maneira análoga, aplicou-se um degrau de 5V no motor
de um dos conectores de ambos os motores e mediu-se a tensão situado na base da planta, obtendo-se os resultados
entre seus terminais com o auxílio de um osciloscópio digital demonstrados nas ilustrações abaixo:
ao aplicar um degrau de tensão de 5V no outro conector do
motor. 0.1
Resposta ao degrau da corrente do motor da base
entrada/10
modelo
Os resultados obtidos para o motor que se localiza na parte 0
superior da planta estão apresentados nas duas ilustrações
abaixo. Notar que a segunda ilustração demonstra a resposta ao -0.1
0.6
-0.3
0.5 -0.4
0.4 -0.5
entrada/10
modelo -0.6
0.3
tensao (V)
-0.7
0.2 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
tempo (s)
0.1
0.2
-0.1
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7
tempo (s)
0.15
0.25
0.05
0.2
0.15 -0.05
tensao (V)
planta
modelo
-0.1
0 0.5 1 1.5
0.1
tempo (s)
planta
modelo
0 K 2 e −0.053 s
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
tempo (s)
0.6 0.7 0.8 0.9 1
G motor 2 =
0.13s + 1
Laboratório de Controle e Automação Vol.01 no. 01 / Junho de 2006 9
Para este módulo, podemos desenvolver as seguintes relações:
3 CONTROLADOR PID
Vi ( s ) = I i ( s) ⋅ ( Ri + R4 ) = I i ( s) ⋅ R
Construímos um controlador PID, de modo que pudéssemos ter Vo ( s ) = I o ( s) ⋅ Z
mais opções de escolha. Caso não fosse necessário,
I o ( s) = − I i ( s )
colocaríamos a ganho derivativo em zero, o mesmo valendo
para o ganho integrativo. C = C1 // C1 = 2C1
R5 ⋅ 1 sC R5
Aqui está a configuração utilizada para gerar o ganho Z = R5 // 1 sC = =
R5 + 1 sC sCR5 + 1
proporcional:
Assim, obtemos a seguinte função de transferência:
Vo ( s ) − Z R 1 .
= =− 5
Vi ( s ) R R (sCR5 + 1)
Vo ( s ) R
=− 5 .
Vi ( s) R
1
Vi ( s ) = I i ( s ) ⋅ ( R7 + ) = I i (s) ⋅ Z
sC2
Vo ( s ) = I o ( s ) ⋅ Rd
I o ( s) = − I i ( s)
1 1 + sC2 R7
Z = R7 + =
sC2 sC2
Vo ( s ) R sC 2 Rd .
=− d =−
Vi ( s ) Z 1 + sC 2 R7
Vo ( s ) sC R
= − 2 d = − sC 2 R d ,
Vi ( s ) 1
Para altas freqüências (jω C2R7>>1), temos: Para o Ganho Derivativo (Kd), escolhemos os seguints valores:
Vo ( s ) sC R R Componente Valor
=− 2 d =− d .
Vi ( s ) sC 2 R7 R7
Rd 1MΩ
O resistor R7 é importante para limitar o ganho do derivador
R7 100kΩ
em altas freqüências; sem ele, as tensões provocadas por ruído
seriam amplificadas fortemente, levando o Amp. Op à C2 330nF
saturação, inviabilizando o uso deste importante módulo.
R8 511kΩ
Aqui está a configuração completa do controlador, incluindo o
somador com ganho unitário negativo: Isso nos dá a seguinte faixa de ganho: 0 ≤ K d < 0,33 .
Para o somador:
Componente Valor
R9 1MΩ
R10 1MΩ
R11 1MΩ
R12 1MΩ
R13 220kΩ
Componente Valor
Rd 10kΩ
R1 3,3kΩ
R2 3,3kΩ
R3 5,6kΩ
Componente Valor
Ri 1MΩ
R4 = R5 1MΩ
C1 330nF
R6 470kΩ
Capacitores:
8 eletrolíticos de 1μ/50V
2 cerâmicos de 180pF
Circuitos Integrados:
2 amplificadores de instrumentação INA114
2 amplificadores operacionais 741
4 sockets de 8 pinos