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Elvito Orlando Chirrindza

José Joaquim José

História do Betão
Licenciatura em Engenharia de Construção Civil
3o Ano - Regime Laboral

Universidade Licungo
Beira
2019
Elvito Orlando Chirrindza
José Joaquim José

História do Betão

Trabalho apresentado ao docente da cadeira


de Betão I no departamento da Escola
Superior Técnica (ESTEC) no curso de
Engenharia de Construção Civil para fins de
avaliação curricular desta cadeira.

Docente: Msc. Engº Lucas Maparage

Universidade Licungo
Beira
2019
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Glossário

Betão Concreto

Betão Armado Concreto Armado

Cal Apagada Cal Extinta

Cal Viva Cal Virgem


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RESUMO

No final do período Neolítico e inicio da Idade do Bronze (entre os anos 8.000 a 4.000
anos antes de Cristo), estudos arqueológicos apontam que as primeiras construções com pedras
foram executadas principalmente nas regiões da costa do Atlântico e do Mediterrâneo na Europa.
São monumentos que tinham a função de templo ou de câmaras mortuárias com três tipos de
formações megalíticas: as galerias cobertas, ou dolmens, espécie de corredor que possibilita o
acesso a uma tumba; os menires, que são pedras gigantes cravadas verticalmente no solo,
encontrados isoladamente ou em fileiras; e os cromlech que são menires dispostos em círculo.
Durante o Império Egípcio (3.000 a 1.000 anos antes de Cristo), embora o barro misturado com
palha para fabricação de tijolos e a argamassas de gipsita e de cal eram largamente utilizados na
construção de mastabas (construção precedente às pirâmides), a primeira grande construção em
pedras ocorreu com a pirâmide escalonada. Considerada a primeira grande obra de Betão natural
(rochas calcarias), foi projetada também pelo primeiro arquiteto da humanidade, Imhopet,
encomendada pelo faraó Djoser. Esta pirâmide escalonada deu origem às demais pirâmides com
sua forma tradicionalmente conhecida. Sua construção, de 62 metros de altura, ocorreu
aproximadamente no ano de 2.660 antes de Cristo, ao norte da África, as margens do rio Nilo em
Saqqra, no Egito. Na Grécia Antiga (800 anos antes de Cristo) as construções comuns dessa
época eram compostas por tijolos de barro ou pedras. As pedras eram assentadas com argila ou
diretamente umas sobre as outras e reforçadas com madeira. Já as grandes obras, como o templo
Parthenon as pedras eram precisamente assentadas sem argamassa, porém com grampos ou
tarugos de ferro para os vedos. Nas colunas, eram pinos de madeira que faziam a junção de sua
composição. O sistema estrutural trilítico composto de colunas, arquitraves e cobertura já se
assemelhava ao sistema moderno de pilares, vigas e laje.
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Índice

Glossário ...................................................................................................................................................... iii


RESUMO ..................................................................................................................................................... iv
ÍNDICE DE FIGURAS................................................................................................................................ vi
1. Introdução ................................................................................................................................................. 1
1.1. Objectivos .................................................................................................................................... 2
1.2. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 3
1.2.1. Procedimentos utilizado na colecta de dados .................................................................................. 3
1.2.2. PESQUISA EXPLORATÓRIA .................................................................................................. 3
1.2.3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................. 3
2. MARCO TEÓRICO CONCEITUAL ....................................................................................................... 4
2.1. História do Betão ............................................................................................................................... 4
2.2 A revolução industrial e alguns factos importantes ................................................................................ 6
2.3 A Idade Moderna do século XX - Após a Revolução ............................................................................. 8
2.5 Vantagens e eventuais desvantagens do betão .................................................................................. 11
CONCLUSÃO ........................................................................................................................................... 12
4. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................... 13
vi

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Pont Du Gar, Via Apia, Coliseu e Pantheon.................................................................................. 4


Figura 2: Projecto Farol Eddystone do Eng. John Smeaton.......................................................................... 5
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1. Introdução

Este presente trabalho intitulado História do Betão, o mesmo enquadra-se na cadeira de Betão I
que é leccionada no curso de Engenharia de construção civil, isto de acordo com o plano
curricular da Universidade Licungo. Porém a escolha do tema nos foi sugerido pelo docente
desta cadeira de modo a maximizar o nosso conhecimento em torno deste campo de pesquisa.
O Betão é um material composto a partir da mistura de cimento, areia, pedra e água,
dosados criteriosamente, com eventuais aditivos que potencializam suas características pré-
definidas, além de adições que tem por objectivo transformar suas características originais. Já o
cimento é um material composto a partir da mistura de clínquer, gesso e adições, assim como o
concreto, também dosados criteriosamente durante a sua fabricação. Por último, o clínquer é um
composto produzido através de processo industrializado, originado da extracção de minério de
calcário, argila e minério de ferro. Seu processo culmina com a queima destes materiais ao ponto
de fusão, como ocorre na natureza com as lavas de vulcão.
Assim como a criação do cimento teve sua origem e inspiração, a partir da Pozolana, que
são argilas contendo cinzas da lava de vulcão, o betão também pode ser considerado em sua
origem natural como rocha sedimentar.
Antes da existência do cimento e do concreto como conhecemos actualmente, estes materiais já
existiam a milhares de anos na natureza. O homem desde seus primórdios sobre o planeta,
sempre necessitou de local para habitar e se proteger. A rocha com suas características de
rigidez, resistência e durabilidade sempre despertou interesse ao ser humano, e é a partir deste
fato que pontuo aqui o primeiro marco na pré-história do betão.
O trabalho foi possível graças ao uso do método indutivo que consisti em recolher ideias
particulares de alguns autores e depois fazer uma síntese geral sobre esta área de pesquisa. Não
esquecendo as técnicas de consulta bibliográfica.
E quanto a organização apenas está patente um e único capítulo e foi possível integrar
todos os conteúdos que achamos pertinentes, isto partindo da história do betão.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral:


 Estudar a História do Betão.

1.1.2. Objectivos específicos:


 Conhecer a história do betão;
 Compreender a evolução histórica do betão;
 Analisar a composição do betão nos primórdios da sua utilização.
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1.2. METODOLOGIA

Para (SILVEIRA, 2009), é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o
estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

1.2.1. Procedimentos utilizado na colecta de dados

 Pesquisa exploratória;
 Pesquisa bibliográfica.

1.2.2. PESQUISA EXPLORATÓRIA

Este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas
envolve: Levantamento bibliográfico;

1.2.3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Pesquisa bibliográfica é aquela que se desenvolve tentando explicar um problema a partir das
teorias publicadas em diversos tipos de fontes: livros, artigos, manuais, enciclopédias, meios
electrónicos, etc. A realização da pesquisa bibliográfica é fundamental para que se conheça e
analise as principais contribuições teóricas sobre um determinado tema ou assunto (KOCHE,
1997, p. 126)
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2. MARCO TEÓRICO CONCEITUAL

2.1. História do Betão

É no Império Romano (300 anos antes de Cristo) que nasce a primeira concepção do
Betão. O betão romano é uma composição de agregados (cacos de pedras calcárias como
mármores), areia, cal, Pozolana e água. A Pozolana, como já dito anteriormente, é um material
silicioso (rocha) de origem vulcânica encontrada em abundancia na época, em Pozzuoli, região
do vulcão Vesúvio.

O Império Romano é marcado por grande evolução construtiva com surgimento de novas
formas abobadadas, intensa utilização de arcos além de plataformas de betão como fundações e
fôrmas de madeira para o betão romano. A exemplo dessa evolução, obras como aqueduto Pont
Du Gard, Via Apia, Coliseu, demonstram esse domínio técnico construtivo. O grande destaque é
a construção do Pantheon, datada entre 118 e 128 depois de Cristo, com uma cúpula de 45
metros de diâmetro, executada em betão romano e revestida com mármores e tijolos.

Figura 1: Pont Du Gar, Via Apia, Coliseu e Pantheon

Fonte: Internet DP
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Entre o Século V e século XV, na Idade Média pouco ocorreu como evolução expressiva
do ponto de vista do betão e da tecnologia construtiva que poderia ser destacado. Fatos
expressivos começam a surgir a partir do Renascimento (Século XVI ao século XVIII). Em
1.576, na Holanda são publicados os fundamentos da estática por Simon Stevinus no livro
“Mathematicorum Hipomnemata de Statica”; em 1.678 na Inglaterra, Robert Hooke estabelece
os “Fundamentos da Elasticidade” através de experimentos com molas; já em 1.757 na Suiça,
Leonhard Euler, estabelece uma fórmula para determinação da carga máxima que poderia ser
aplicada a uma coluna antes dela flambar.
A reconstrução do Forol de Eddystone, realizado de 1756 à 1793 na Inglaterra, também
foi considerada um marco na evolução histórica do betão. O projeto foi elaborado por aquele que
é considerado o primeiro Engenheiro Civil do mundo, John Smeaton, que determinou as
características fundamentais para o cimento hidráulico através de seus experimentos.

Figura 2: Projecto Farol Eddystone do Eng. John Smeaton

Fonte: Internet DP
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A primeira associação da pedra ao ferro aparece em 1770, na construção da Igreja de


Santa Genoveva em Paris, com os primeiros indícios de entendimento e compreensão de esforços
de tração e compressão na estrutura, o que viria a ser no futuro o betão armado. O Pantheon de
Paris, como também é conhecido, foi projetado pelo arquiteto Jacques Germain Soufflot, que
demonstrava grande senso de entendimento do encaminhamento das cargas na estrutura e
resistência dos materiais.

Fatos importantes também ocorreram em 1.775 na França, quando Charles Augustin


Coulomb estabelece os fundamentos da teoria das vigas; em 1.780 na Inglaterra, Brian Higgins
publica “Experimentos e observações realizados com o Intuito de melhorar a arte de compor e
aplicar cimentos calcários e preparar argamassas”.
Em 1.796, também na” ou “Cimento de Parker”, elaborado a partir da pedra de nome Septaria
(com núcleo Inglaterra, James Parker patenteia um cimento hidráulico natural, conhecido como
“Cimento Romano argiloso) que levadas ao forno, trituradas e peneiradas, são transformadas no
referido cimento.

2.2 A revolução industrial e alguns factos importantes

Mais adiante, durante a Revolução Industrial, mais fatos importantes ocorreram ao logo
do século XIX. Em 1818 na França, o Engenheiro Louis Joseph Vicat realizou uma série de
experimentos e publicou estudos e conclusões de seus ensaios realizados sobre cimentos. Ele
investigou factores para resultar em uma argamassa capaz de endurecer sob a água e desenvolveu
um método para determinar o tempo de pega e endurecimento do cimento, baseado na
penetração de uma agulha numa amostra de pasta de cimento fresco - Aparelho de Vicat.
Também projetou em 1822 a primeira ponte de cimento artificial do planeta, sem pozolana em
suas fundações, com extensão de 180 metros, com vãos de 22 metros, e sem armação, apenas
betão – a Ponte de Souillac, hoje Ponte Louis Vicat sobre o Rio Dordogne.
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Um grande marco na história do betão ocorreu em 1.824 na Inglaterra, quando Joseph


Aspdin, patenteia sua criação com o nome de Cimento Portlant, descrevendo a queima do
calcário e argila triturados e misturados a altas temperaturas até que o CO² fosse liberado. O
material obtido era moído obtendo-se um fino pó, porém ainda não se tinha tecnologia para a
fabricação do clínquer com as temperaturas atuais.

Na década de 1.830 na Europa, o termo Concreto foi estabelecido para uma massa sólida
em que o cimento, areia, água e pedra são combinados.
Em 1845 na Inglaterra, Isaac Charles Johnson, da Empresa JB White and Sons, após realizar
muitas pesquisas para melhorar a qualidade do cimento, Johnson aumentou a temperatura de
queima da argila e calcário para 1400 °C produzindo o Clínquer pela primeira vez na história.
Durante a segunda metade do século XIX ocorreu grande evolução tecnológica na
Alemanha com estudos e ensaios sistemáticos de resistência à tração e compressão do cimento,
mais qualidade do cimento e grande avanço em projetos de fornos e uniformidade do clínquer.
Na década de 1850, Joseph Louis Lambot, realizou uma serie de experimentos de
cimento aliado ao ferro. Expõe um barco construído de cimento e ferro na Exposição Mundial de
Paris, em 1855 e solicitou patente de seus projetos. Para muitos historiadores Lambot é
considerado o pai do Betão armado.

Outro grande marco ao longo da história ocorreu quando Joseph Monier executou a
primeira ponte de betão armado do mundo em 1875 na França, com 16,50 metros de
comprimento por 4 metros de largura. Monier também realizou uma série de experimentos com o
concreto unido ao ferro e sem muito conhecimento teórico patenteou o método de construção de
vigas de concreto com armação.

Em 1877 Thaddeus Hyatt, na Inglaterra publicou “Um relato de alguns experimentos com
concreto de cimento Portland combinado com ferro, como material de construção”. Já em 1878
patenteia a armação reticulada e peças pré-moldadas para lajes e vigas. Hyatt foi considerado
principal referência do conhecimento dos fundamentos estruturais do concreto com armação.
Em 1885 Fredeick Ransome patenteia o primeiro forno rotativo para fabricação de cimento,
revolucionando a produção de cimento no mundo. Mais tarde em 1902, seu filho Ernest L.
Ransome adquiriu duas patentes ligadas à melhoria de reforços estruturais em betão armado.
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O primeiro grande empreendedor imobiliário foi o francês François Hennebique, que


após patentear uma série de sistemas construtivos em estruturas de concreto em 1892, criou uma
equipe técnica de consultores para atuação em diferentes partes do mundo. Nos primeiros sete
anos ele executou com sua equipe mais de 3000 projetos, sendo 100 pontes por ano
aproximadamente. Em 1909 sua organização já tinha 62 escritórios espalhados pelo mundo.
Hennebique obteve seu sucesso graças a sua notável técnica de administração e marketing.

2.3 A Idade Moderna do século XX - Após a Revolução

Em 1901, o Professor e Engenheiro Emil Morsch, realizou uma série de publicações de


artigos que estabeleceram as bases científicas do betão armado. Suas teorias tornaram-se
referência na área por mais de meio século. Entre as 11 numerosas honrarias recebidas estão a de
sócio honorário do “Institution of structural Engineers” em 1913 e a de “honorary doctorates”
das Universidades de Stuttgart em 1912 e de Zurique em 1929.
Um grande marco histórico também ocorreu em 1901, quando foi construído em Paris à
Rua Donton, 1, no bairro de Quartier Latin, um edifício de sete pavimentos, com instalação da
empresa e residência de François Hennebique, já citado anteriormente. Esta obra é considerada o
primeiro Edifício de betão armado, construído com pilares, vigas e lajes, demonstrando (na
época) ser seguro o novo sistema construtivo.

Em 1903 foi projetado pelo escritório Elzner & Anderson Arquitetura e Ransome
Estruturas, o edifício Ingalls Building. Construído nos Estados Unidos, ele é considerado o
primeiro aranha-céu de betão armado do mundo, com 16 andares. O edifício é corporativo,
possui 64 metros de altura e sua obra foi executada em oito meses.
O sistema de construção pré-fabricada surge com experimentos e estudos de John E.
Conzelman na década de 1910, nos Estados Unidos. Em 1911 é construído edifício de cinco
andares para Empresa National Lead Company, em Missouri, em sistema pré-fabricado.
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2.4 Resumo da linha de Obras que marcam a evolução do cimento e do betão


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2.5 Vantagens e eventuais desvantagens do betão

 Revolucionou a arte de projetar e construir estruturas a partir de sua criação;


 É o mais importante material estrutural da construção civil do planeta;
 Transformou a história da humanidade em qualidade de vida e desenvolvimento;
 Depois da água é o material mais consumido pelo homem;
 A sua fabricação é responsável pela maior geração de poluentes direta e indiretamente,
degradação da natureza, além de ser o maior gerador de resíduos futuros no planeta.
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CONCLUSÃO

Deste presente trabalho conclui-se que a história do betão remonta os tempos remotos e o
betão e as argamassas são utilizados como materiais de construção há milhares de anos, sendo então
produzidos pela mistura de argila ou argila margosa, areia, cascalho e água. Há registos de que os
materiais eram, quando necessário, transportados a distâncias de centenas de quilómetros, como é o
exemplo de um pavimento de betão simples datado de 5600 AC em Lepenskivin.
Nas antigas civilizações estes materiais eram utilizados essencialmente em pavimentos,
paredes e suas fundações. Os Romanos exploraram as possibilidades deste material com mestria
em diversas obras – casas, templos, pontes e aquedutos, muitos dos quais chegaram aos nossos
dias e são exemplos do elevado nível atingido pelos construtores Romanos.
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4. BIBLIOGRAFIA

CARVALHO, João Dirceu, Um pouco sobre a história do concreto, Centro de Tecnologia


Departamento de Engenharia Civil, DEC, Universidade. Estadual de Maringa, PR, 2008.

HELENE, Paulo; ANDRADE, Tibério. Concreto de Cimento Portland. Materiais de


Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais, Ed. Ibracon, São
Paulo, 2007. Disponível em < http://www.phd.eng.br/wp-content/uploads/2014/07/lc48.pdf>
Acesso em 26/06/2016.

KAEFER, Luis Fernando, A Evolução do Concreto Armado, São Paulo, 1998. Disponível em
<http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/HistoriadoConcreto.pdf> Acesso em
26/06/2016.

NEVILLE, A. M., Propriedades do Concreto, Ed. Bookman, 5. Edição, Porto Alegre, 2016.

PEDROSO, Fabio Luis, Concreto: As origens e a evolução do material construtivo Mais


usado pelo homem, Revista Concreto e Construções, IBRACON, n.53, jan, fev, Mac, 2009.

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