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Aula 09

Contabilidade Geral p/ TCM-BA (Auditor de Controle Externo) - Pós Edital

Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa


CONTABILIDADE GERAL PARA TCM BA - AULA 09
PROF. GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA/JULIO CARDOZO

AULA 09: 4.3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO. 4.5


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE.

SUMÁRIO

1 MAIS UMA AULA! .......................................................................................................... 1


2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................ 2
3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 ....................... 4
4 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC 00 – ESTRUTURA CONCEITUAL
BÁSICA DA CONTABILIDADE ................................................................................................ 5
5 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76 .. 9
5.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS .................................................................................. 10
5.2 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS ...................................................... 10
5.3 ABATIMENTO SOBRE VENDAS ................................................................................ 12
5.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS ....................................................... 12
5.5 TRIBUTOS SOBRE VENDAS .................................................................................... 13
5.6 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES ......................................................... 13
5.7 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA E LUCRO BRUTO .... 19
5.8 DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................................... 22
5.9 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS ................................................................ 23
5.10 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO ............................................... 23
5.11 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA ............................................................... 24
5.12 TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO ............................................................ 27
5.13 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS ......................................................................... 29
5.14 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E TRANSFERÊNCIA DO
RESULTADO PARA RESERVAS .............................................................................................. 35
6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26 .................................................. 37
6.1 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76 ........................................ 38
7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS ............................................................................................. 39
7.1 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA ...................................................................... 39
7.2 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS ............................................ 39
7.3 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS .................................................... 40
7.4 OUTRAS INSTRUÇÕES ........................................................................................... 41
8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE. ............................................................ 44
9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO ............. 53
10 PLANO DE CONTAS DE RESULTADO............................................................................ 56
11 QUESTÕES COMENTADAS ......................................................................................... 60
12 QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA ....................................................................... 125
13 GABARITO ............................................................................................................. 147

1 MAIS UMA AULA!

Olá, meus amigos. Como estão?! Mais uma aula de Contabilidade!

A aula de hoje versará sobre a demonstração do resultado do exercício,


assunto que é extremamente importante para provas de concursos!

Estamos à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas que surjam através


do fórum de dúvidas.

Um abraço e excelentes estudos a todos nós.

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa

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2 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o confronto entre receitas e despesas da entidade. Todas
as mutações do patrimônio líquido que não sejam resultantes das
transações com os sócios devem estar reconhecidas em duas
demonstrações: demonstração do resultado do exercício e demonstração
de resultados abrangentes.

Se as receitas forem maiores que as despesas, temos


a ocorrência de lucro. Ao contrário, sobrepondo-se
as despesas às receitas, temos prejuízo.

Receitas > Despesas


Lucro
Receitas
Despesas

Despesas > Receitas


Prejuízo
Despesas
Receitas

Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual


as receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de
pagamento ou recebimento. A Lei 6.404/76 é clara ao ordenar a utilização
do regime de competência na contabilidade:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Regime de
DRE
competência

A demonstração do resultado do exercício – DRE - objetiva evidenciar a


situação econômica da entidade.

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Outro aspecto deveras importante sobre a DRE é que ela integra o chamado
capital próprio. Ou seja, o lucro ou prejuízo auferido ao término do
exercício deverá compor o patrimônio líquido. Por isso, as contas que
integram a demonstração do resultado são zeradas ao fim do
exercício. O resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja
prejuízo.

Mais ou menos assim. Imagine que a empresa tenha as seguintes receitas


e despesas.

Demonstração do resultado do exercício


Lançamentos a Lançamentos a
débito crédito
Despesa A 50 Receita A 100
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50
Total das
Total das despesas 300 receitas 350
Lucro Líquido 50

O lançamento para transferir esse valor para o patrimônio líquido é o


seguinte:

Débito: Lucro líquido 50


Crédito: Lucros acumulados 50

DRE Lucros acumulados (PL)


Lucro
Despesa A 50 Receita A 100 líquido 50
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50
Total das despesas 300 Total das receitas 350
Lucro do período 50 Lucro do período 50

Feito isso, a DRE ficará com o saldo zerado (dizemos encerrada) e teremos
transferido o valor para a conta lucros acumulados (contra transitória que
fica no PL, até a distribuição destes valores).

Mas, professores, e se fosse o contrário? Se tivéssemos prejuízo no


exercício. Bem, nesta hipótese, temos a seguinte situação (Imaginando que
tenhamos um prejuízo de R$ 100,00).

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Prejuízos
DRE acumulados (PL)
Prejuízo do
exercício  100 100 100

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 26 (revisão 1) – Apresentação das


demonstrações contábeis:

81. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa


reconhecidos no período em duas demonstrações: demonstração do
resultado do período e demonstração do resultado abrangente do período;
esta última começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados
abrangentes.

3 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO SEGUNDO A


LEI 6.404/76

De acordo com a Lei 6.404:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que

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não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de


2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da


sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

4 DEFINIÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS DE ACORDO COM O CPC


00 – ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE

O Pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) salienta que


a demonstração do resultado do exercício relata o desempenho
(performance) da entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e
despesas. Mas o que vem a ser receita? O que vem a ser despesa?

O próprio Pronunciamento esclarece a dúvida ao estatuir:

4.25. Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

Conceito de receita – CPC 00:

Aumento nos benefícios


Entrada de recursos
econômicos
Receita

Forma Aumento de ativos

Resulta em aumento do PL Diminuição de passivos

Não está relacionado com


subscrição de capital

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Vejamos.

(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

Por exemplo, a empresa KLS mantém uma sala para aluguel. O inquilino
paga R$ 1.000,00 por mês. Pensemos sob a definição de receita.
Desmembremos a definição...

- Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o


período contábil.

Pergunto, com a utilização da sala pelo inquilino, e consequente assunção


da dívida por parte dele, estamos aumentando o benefício econômico para
a entidade?! Sim, pois haverá recebimento em dinheiro ou surgimento de
um direito (a receber o aluguel).

- Sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou


diminuição de passivos.

Esse aluguel gera entrada de recurso? Sim. Como? Pela entrada de dinheiro
no caixa ou reconhecimento de direito a receber (aluguéis a receber).

Imagine-se, agora, que este inquilino é um fornecedor nosso. A empresa


KLS não possui dinheiro para saldar sua dívida, no montante de R$
12.000,00. O fornecedor, por seu turno, pretende ampliar as suas
atividades, querendo, para tanto, alugar um novo espaço, pelo período de
um ano. Uma alternativa para a KLS seria oferecer o espaço, abatendo a
dívida proporcionalmente (R$ 1.000,00/mês).

Desta forma, a dívida estaria registrada no passivo da empresa do seguinte


modo:

Passivo circulante
Fornecedores  12.000,00

Com o transcurso do prazo, e utilização da sala da KLS pelo novo inquilino


(fornecedor), lançaremos:

D – Fornecedores (passivo circulante) 1.000,00


C – Aluguéis ativos (receita) 1.000,00

E assim o faremos mês a mês, até que toda a conta esteja zerada.

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- Que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não


estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos
instrumentos patrimoniais;

Essa receita de aluguel aumenta o PL, pois, como já dissemos, as contas de


resultado integram o chamado capital próprio. Ademais, não se relacionam
com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais
(basicamente, os sócios).

Analisemos agora a definição de despesas. Imagine-se que a minha


empresa procedeu à circulação de mercadorias, ocorrendo, nesta hipótese,
fato gerador do ICMS, e consequente surgimento da obrigação tributária.

(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou
assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

Decréscimo nos
Despesas

Saída de recursos
benefícios econômicos

Forma Redução de Ativos

Não relacionados com


Aumento de passivos
proprietários

- Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o


período contábil

Com o surgimento da obrigação tributária haverá decréscimo nos benefícios


econômicos? Sim, pelo pagamento do imposto ou pela assunção da
obrigação de pagar o tributo.

- Sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou


assunção de passivos.

Com o lançamento do ICMS para pagamento posterior:

D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C – ICMS a recolher (passivo) XX,XX

Ou, se o recolhimento se der no momento do fato gerador

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D – ICMS sobre venda (despesa) XX,XX


C – Caixa/Bancos (ativo) XX,XX

Assim, haverá saída de recurso (dinheiro) ou assunção de passivo.

- Que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não


estejam relacionados com distribuições aos detentores dos
instrumentos patrimoniais.

O reconhecimento da dívida acarretará redução no PL, pois não é um


benefício que se incorpora ao patrimônio.

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5 ESTRUTURA DA DEMONTRAÇÃO DO RESULTADO DO


EXERCÍCIO SEGUNDO A LEI 6.404/76

A demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro ou prejuízo


obtido no exercício, tem a estrutura seguinte:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta
(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com
mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
+ Outras receitas operacionais
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre
Lucro Líquido
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL
Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

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Estudemos, agora, cada um dos itens da DRE amiúde.

5.1 RECEITA BRUTA DE VENDAS

A contabilização das vendas é feita pelo valor bruto, incluindo


impostos. As reduções das vendas são feitas em contas específicas,
deduzindo a conta receita bruta.

Para registrar a receita é necessário saber quando ela é registrada e,


também, por quanto deve ser registrada.

A resposta para esta questão, quanto ao quantum a ser registrado, está no


item 9 do CPC 30 – Receitas, que prega: a receita deve ser mensurada
pelo valor justo da retribuição recebida ou a receber.

Já o momento em que o registro se dá é o da transferência dos riscos e


recompensas da propriedade dos bens ao comprador, o que coincide com a
entrega da mercadoria ao cliente.

5.2 DEVOLUÇÃO DE VENDAS/VENDAS CANCELADAS

Representa todas as devoluções de


vendas ocorridas dentro do
exercício social. As devoluções de
vendas de exercícios anteriores são
consideradas como despesas
operacionais.

Suponhamos a venda de mercadorias pela empresa KLS a Joãozinho, pela


quantia de R$ 1.000,00, à vista, a custo de R$ 700,00. O ICMS do Estado
possui uma alíquota de 15%. A venda se deu em 10.01.X1.

Lançamentos quando da entrega da mercadoria:

Lançamento (I)

D – Caixa (ativo) 1.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Caixa (A) Receita Vendas


1.000,00 1.000,00

Lançamento (II)

D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00


C – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00

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CMV Estoque
700,00 700,00

Lançamento (III)

D – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00


C – ICMS a recolher (passivo) 150,00

ICMS s/ vendas ICMS a recolher


150,00 150,00

Todavia, Joãozinho não ficou satisfeito com a compra e resolveu devolver a


mercadoria comprada. A empresa, então, procede aos seguintes
lançamentos:

Lançamento (IV)

D – Devolução de vendas (resultado) 1.000,00


C – Caixa (ativo) 1.000,00

Caixa (A) Devolução de vendas


1.000,00 1.000,00 1.000,00

Lançamento (V)

D – Estoque de mercadoria para revenda (ativo) 700,00


C – Custo da mercadoria vendida (resultado) 700,00

CMV Estoque
700,00 700,00 700,00 700,00

Lançamento (VI)

D – ICMS a recolher (passivo)/ICMS a recuperar (ativo) 150,00


C – ICMS sobre vendas (resultado) 150,00

ICMS s/ vendas ICMS a recolher


150,00 150,00 150,00 150,00

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5.3 ABATIMENTO SOBRE VENDAS

Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à


entrega dos produtos, pelo fato de os produtos apresentarem defeitos de
qualidade, quantidade, defeitos do transporte, etc.

O abatimento é concedido após a emissão da


nota fiscal. Assim, não afeta a base de cálculo
dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

5.4 DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDAS

Suponha-se que João haja comprado da KLS R$ 1.000,00 em mercadoria.


Do corpo da duplicata consta o seguinte: desconto de 10% caso o título
seja quitado até 30 dias antes do vencimento.

Vejam que este é um desconto


concedido sob condição, qual seja, a
quitação da cártula antes que haja o
efetivo vencimento. Pagando com
antecedência mínima de 30 dias, o
título será pago por R$ 900,00. Caso
contrário, se não o fizer, o valor de
quitação será de R$ 1.000,00.

Esse desconto é chamado de desconto condicional ou desconto


financeiro. Esse tipo de desconto é tido como despesa operacional. Vejam.
Não é uma redução da receita bruta o desconto condicional.

Agora, imaginem que João pretende comprar a mesma mercadoria.


Todavia, chega para nossa empresa (a KLS) e diz: - Prezado, pretendo
comprar seu produto, que, já sabemos, custa R$ 1.000,00. Todavia, apenas
o levo caso haja um acordo para que o preço seja R$ 900,00.

Nossa empresa, flexível que é, fecha o negócio, por R$ 900,00. Assim, o


preço era de R$ 1.000,00. Porém, sofreu um desconto de R$ 100,00. Esse
desconto não dependeu de condição alguma e foi dado no momento em que
o negócio estava sendo efetuado. É o tipo de desconto chamado desconto
incondicional concedido ou desconto comercial. Esse desconto é
considerado como redução da receita bruta de vendas.

Vejamos agora como ficam os lançamentos contábeis em cada um dos


exemplos postos acima.

Desconto condicional

Na compra por João:

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D – Clientes (ativo) 1.000,00


C – Receita de vendas (resultado) 1.000,00

Desconsideramos, apenas para ficar mais sintético, a operação de baixa do


estoque e os tributos.

Quando da liquidação antecipada, por R$ 900,00, lançaremos:

D – Caixa (ativo) 900,00


D – Descontos condicionais concedidos (desp. operacional) 100,00
C – Clientes (ativo) 1.000,00

Desconto incondicional

Como no desconto incondicional o cliente obteve o desconto no ato da


compra, lançaremos:

D – Clientes (ativo) 900,00


D – Desconto incondicional concedido (red. receita de vendas) 100,00
C – Receita de vendas (receita) 1.000,00

5.5 TRIBUTOS SOBRE VENDAS

Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e


COFINS.

Vale ressaltar que o IPI não é dedução da receita bruta, mas é


considerado antes da receita bruta, sendo um imposto por fora (se
houver dúvida, volta à estrutura da DRE apresentada ao início da aula).

IPI Tributo por fora


+
Receita bruta Preço de venda
ICMS Tributo por dentro
-
PIS/COFINS Tributo por dentro

5.6 AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE CLIENTES

Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto
para se realizar em data futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da


operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um
capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações
sejam demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica
difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente

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apurado com operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente


(AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

E por que o ajuste a valor presente pode aparecer como dedução da receita
bruta de vendas?! Pelos motivos já expostos acima. A venda, quando
efetivada pela empresa, deve ser, o máximo possível, líquida de juros.
Desta forma, um usuário das demonstrações contábeis será capaz de
comparar balanços de empresas que trabalham com preços à vista e que
trabalham com preços a prazo. Tecnicamente falando, o correto é registrar
o valor dos juros e encargos financeiros como receitas financeiras.

Suponhamos a venda de uma mercadoria para o mesmo Joãozinho pelo


valor de R$ 11.200,00, em 01.01.X1, para recebimento em 31.12.X1. O
valor dos juros, calculados a juros simples, é de R$ 1.200,00.

No momento da venda, lançamos:

D – Clientes (ativo) 11.200,00


C – Receita de vendas (resultado) 11.200,00

Pelo reconhecimento do ajuste a valor presente

D – Ajuste a valor presente sobre clientes (resultado) 1.200,00


C – Ajuste a valor presente a apropriar sobre clientes (red. ativo) 1.200,00

Mês a mês, lançaremos para reconhecer a receita de juros:

D – Ajuste a valor presente a aproprias sobre clientes (red. ativo) 100,00


C – Receita financeira (resultado) 100,00

Em vez contabilizar o valor da receita cheio e deduzir posteriormente o AVP,


pode ser lançar logo o montante líquido. Vejam essa questão do TRE SP
2017.

Vejamos como isso foi cobrado em prova.

(FCC/TRE-SP/Analista Judiciário/Contabilidade/2017) A empresa


Tudo em Cima S. A., em 01/12/2016, realizou uma venda no valor de R$
240.000,00. A condição de recebimento da venda acordada foi R$
120.000,00 à vista e o restante (R$ 120.000,00) para ser recebido em
31/05/2018.

Esta transação foi realizada nestas condições a pedido do cliente, uma vez
que o prazo, normalmente, concedido pela empresa é de 60 dias.

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Sabe-se que se o cliente efetuasse a compra à vista, ele teria pagado o


montante total de R$ 220.000,00. Em 31/12/2016, o valor equivalente à
vista que seria recebido do cliente era R$ 101.000,00.

Com base nestas informações, no mês de dezembro de 2016, a empresa


reconheceu, em reais, Receita de Venda de

a) 220.000,00.
b) 240.000,00.
c) 221.000,00.
d) 220.000,00 e receita financeira de 1.000,00.
e) 240.000,00 e despesa financeira de 1.000,00.

Comentários:

O valor da venda à vista é de R$ 220.000. Como foi realizada a prazo, foi


cobrado o valor de R$ 240.000, sendo que a diferença (R$ 20.000) é receita
financeira (componente financeiro da venda, ou seja, os juros).

A contabilização inicial fica assim:

D – Caixa (ativo) 120.000


D – Contas a Receber (Ativo) 120.000
C – Ajuste a valor presente – Clientes (Retif. do Ativo) 20.000
C – Receita de Vendas (Resultado) 220.000

O Ajuste a Valor Presente (conta retificadora do Ativo) deve ser transferido


para Receita Financeira ao longo do tempo, por competência. A questão
informa que o valor a ser transferido no final de dezembro é de R$ 1.000.
A contabilização fica assim:

D - Ajuste a valor presente (Retificadora do Ativo) 1.000


C – Receita Financeira (Resultado) 1.000

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Em dezembro, a empresa reconheceu (contabilizou) $220.000 de receita de


vendas e $1.000 de receita financeira.

Gabarito  D

A outra forma de apresentar o AVP é a seguinte:

(FGV/Auditor Fiscal da Receita Estadual) A Cia. Esmeralda apresenta


os seguintes saldos referentes ao ano de 2008:

Considerando que a Cia. Esmeralda não é contribuinte do IPI, mas é


contribuinte dos impostos estaduais e municipais, e considerando que a Cia.
Esmeralda adota o CPC 12, aprovado pelo CFC, assinale a alternativa que
indique o valor da Receita Líquida apurada em 2008.

(A) $ 70.000.
(B) $ 56.000.
(C) $ 68.000.
(D) $ 64.000.
(E) $ 60.000.

Comentários

Na nossa questão, a venda foi efetivada num valor bruto de R$ 90.000,00


(inclui juros e principal). Os juros equivalem a R$ 8.000,00 nesta operação.
Vamos ver como fica o lançamento de ajuste:

D – Duplicatas a receber 90.000 (ativo circulante)


C – Receita de vendas 82.000 (resultado)
C – AVP sobre clientes 8.000 (Retificadora da conta duplicatas)

Alternativamente, pode ser feito o seguinte, o resultado é o mesmo:

D - Duplicatas a Receber 90.000 AC

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D - Redução de Vendas (AVP) 8.000 Dedução de Receita


Bruta
C - Receita Bruta de Vendas 90.000 Receita
C - AVP de Dup. a Receber 8.000 Dedutora do AC

Sendo assim, na nossa questão:

Receita bruta de vendas 90.000,00


(-) Devolução (2.000,00)
(-) ICMS sobre vendas (20.000,00)
(-) Ajuste a valor presente sobre clientes (8.000,00)
Receita líquida de vendas 60.000,00

Gabarito  Letra E.

Muito bem. Vejamos novamente esta parte da DRE:

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta


(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida

Portanto, as deduções da receita bruta são:

- Devoluções e cancelamento de vendas


- Abatimentos sobre vendas
- Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
- Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS,
COFINS)
- Ajuste a valor presente sobre clientes

As bancas tentam confundir, incluindo valores a título de “comissões de


venda”, “frete sobre vendas”, “tributos”, “descontos financeiros
concedidos”, e outras. Fique atento:

- Comissões de Vendas = despesa de vendas


- Fretes sobre Vendas = despesa de vendas

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- Tributos = despesa com tributos (IR e CSLL). O que diminui a Receita


Bruta são os “Tributos Sobre Vendas”.
- Descontos Financeiros Concedidos = despesa financeira.

Vejamos uma questão:

(FCC/TRT 3/Contabilidade/2015) Considere os dados extraídos do


Sistema de Informação Contábil da Comercial Agix S.A, referentes ao mês
de abril de 2015:

Receita Bruta de Vendas: R$ 120.000,00


Comissões sobre Vendas: R$ 3.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas: R$ 47.000,00
Descontos Financeiros Concedidos: R$ 1.500,00
Tributos sobre Vendas: R$ 14.000,00
Abatimentos sobre Vendas: R$ 1.000,00

Com base nestas informações, o lucro bruto de abril de 2015 foi, em reais,

A) 59.000,00
B) 56.500,00
C) 72.000,00
D) 55.000,00
E) 58.000,00

Comentários:

A partir da Receita Bruta, vamos identificar as deduções de vendas, para


calcular a Receita Líquida e depois o Lucro Bruto.

A “pegadinha” desse tipo de questão é incluir contas como “Comissões


sobre vendas”, “Descontos Financeiros concedidos” e “Frete sobre vendas”.
Estas contas são despesas, e não deduções de vendas. Assim, não afetam
o Lucro Bruto. Vão diminuir o Lucro Líquido.

Receita Bruta de Vendas: R$ 120.000,00


Tributos sobre Vendas: -R$ 14.000,00
Abatimentos sobre Vendas: -R$ 1.000,00
Receita Líquida R$ 105.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas: -R$ 47.000,00
Lucro Bruto R$ 58.000,00

Gabarito  E

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Feitas todas as deduções, chegamos ao que chamamos de receita líquida


de vendas.

5.7 RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS, CUSTO DA MERCADORIA


VENDIDA E LUCRO BRUTO

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e


serviços vendidos e o lucro bruto;

Feitas as deduções devidas da receita


1 bruta, chegamos à chamada receita
líquida de vendas. Ato contínuo é a subtração do custo da mercadoria
vendida.

E como apurar o custo da mercadoria vendida (CMV)? É simples. Teremos


de nos utilizar de uma fórmula que muito nos acompanhará nos estudos
das ciências contábeis, a saber:

CMV = Estoque inicial de mercadoria + Compras líquidas – Estoque


final de mercadorias.

Assim, imaginemos a seguinte situação.

Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


Estoque final de mercadorias: 5.000,00
Compras brutas de mercadorias: 20.000,00
ICMS sobre compras: 3.000,00
Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
Descontos condicionais sobre compras: 500,00
Frete sobre compras: 1.000,00
Seguro sobre compras: 500,00
Abatimento sobre compras: 1.000,00

Calcule o CMV.

Inicialmente, devemos ver o que prega o Pronunciamento Contábil n. 16 do


CPC:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e


de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

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Custos de aquisição

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os


impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao
fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e
serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes
devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova
Redação dada pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra
2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis).
Os tributos recuperáveis são: 5
a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade
não cumulativa)
b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na
modalidade não cumulativa)
3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente
atribuíveis à aquisição.

Custo do estoque inclui:


Preço de compra
Impostos de importação e outros tributos (exceto recuperáveis)
Custo de transportes
Seguro
Manuseio
Custos diretamente atribuíveis
Não inclui
Tributos recuperáveis (MP: IPI, ICMS, PIS, COFINS não cumulativos.
Revenda: ICMS, PIS, COFINS não cumulativos)
Descontos comerciais
Abatimentos

(CESPE/MPU/Finanças e Controle/2015) Julgue o item que se segue,


relativo à contabilização dos itens do ativo e do passivo.

O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de


transformação bem como outros custos incorridos para trazer os estoques
à sua condição e à sua localização atuais.

Comentários:

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Cópia do Pronunciamento Técnico CPC 16 (R1) – Estoque:

Custos do estoque

10. O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e


de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os
estoques à sua condição e localização atuais.

Gabarito  Correto.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo


de aquisição. O desconto financeiro não deve ser abatido do custo de
aquisição. Esse último tipo de desconto é contabilizado como Receita
Financeira, para o comprador, e não afeta o custo do estoque.
9
O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma
loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe
a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor
pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida.
Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Assim, a Nota Fiscal é
emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas
97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

Então, voltemos à nossa questão. O primeiro passo é calcular o valor das


compras líquidas:

Compras brutas de mercadorias: 20.000,00


- ICMS sobre compras: 3.000,00 (uma vez que é
um direito frente à SEFAZ)
- Descontos incondicionais sobre compras: 1.000,00
- Abatimento sobre compras: 1.000,00
+ Frete sobre compras: 1.000,00
+ Seguro sobre compras: 500,00
Compras líquidas de mercadorias: 16.500,00

Agora, é só utilizar a fórmula que foi fornecida.

CMV = Estoque inicial + Compras líquidas – Estoque final

+ Estoque inicial de mercadorias: 10.000,00


+ Compras líquidas: 16.500,00
- Estoque final de mercadorias: 5.000,00
CMV = 21.500,00

Logo, este é o valor que deverá constar da DRE como custo da mercadoria
vendida. Após esta dedução, chegaremos ao chamado lucro bruto ou
resultado com mercadorias.

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5.8 DESPESAS OPERACIONAIS

As despesas operacionais são aquelas pagar ou incorridas com o fito de se


vender produtos e administrar a empresa.

A Lei 6.404 reza que:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das


receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;

Assim, basicamente, estas são as despesas que a LSA considera como


operacionais: 2

- Despesas de vendas: São gastos de promoção, colocação e distribuição


dos produtos da empresa. Por exemplo: gastos com marketing, gastos com
distribuição, gasto com frete sobre vendas, gastos com pessoal da área de
vendas, gasto com comissões.

- Despesas gerais e administrativas: São gastos pagos ou incorridos


para a direção e/ou gestão da empresa. Correspondem a atividades gerais
que beneficiam todo o negócio. Por exemplo: honorários da administração,
salário administrativos, despesas com publicidade, despesas com material
de limpeza, despesa com assinaturas de revistas.

- Despesas financeiras e receitas financeiras: As despesas financeiras


compreendem: juros passivos, descontos condicionais concedidos,
comissões passivas. Já as receitas financeiras compreendem, por exemplo,
descontos obtidos, juros ativos, receitas de títulos vinculados ao mercado
aberto.

No balanço, a lei ordena que se publiquem as despesas financeiras líquidas


das receitas financeiras. Todavia, tanto o valor das despesas como os das
receitas devem ser publicados. Assim, a demonstração do resultado pode
aparecer dos seguintes modos:

MODO 1
Despesas financeiras (deduzido de R$ 1.000,00 de receita fin.) 500,00.

MODO 2
Resultado financeiro líquido (500,00)
Despesas financeiras (1.500,00)
Receitas financeiras 1.000,00

- Outras receitas e despesas operacionais: O exemplo clássico de


outras receitas operacionais e outras despesas operacionais são os

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resultados de investimentos avaliados pelo método da equivalência


patrimonial e pelo método de custo.

Atenção! Aqui ficam classificados os ganhos e perdas com MEP.

5.9 OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS

A parte da DRE que outrora era denominada receitas não operacionais


e despesas não operacionais passa agora a figurar como outras
receitas e outras despesas.

A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras
receitas e outras despesas. A contabilidade, contudo, traz emprestado para
si o conceito estatuído pela legislação do IR.
5
Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de
capital. Por exemplo, a alienação de investimentos e ativos imobilizados
com lucro ou prejuízo.

Atenção! Ganho de capital ou perda de capital se refere exclusivamente às


negociações do ativo imobilizado, intangível e investimento.

Ou seja, se a empresa tem um veículo com valor contábil de 10.000 e vende


por 15.000, tem um ganho de capital de 5.000 (o "lucro" na transação).

Ganho ou perda de capital não está relacionado com as despesas ou receitas


financeiras.

Essa expressão é usada apenas para transações do imobilizado,


investimento e intangível.

Vejamos, agora, a apuração da CSLL e do Imposto de Renda.

5.10 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

A CSLL é a contribuição social sobre o lucro líquido. O tributo foi instituído


pela Lei nº 7.689/1988.

Estão sujeitas ao pagamento da CSLL as pessoas jurídicas e as pessoas


físicas a elas equiparadas, domiciliadas no País. A alíquota da CSLL é de 9%
(nove por cento) para as pessoas jurídicas em geral, e de 15% (quinze por
cento), no caso das pessoas jurídicas consideradas instituições financeiras,
de seguros privados e de capitalização. A apuração da CSLL deve
acompanhar a forma de tributação do lucro adotada para o IRPJ.

No imposto de renda, temos Lucro ou Prejuízo. Na CSLL, temos base de


cálculo (quando for positiva) ou base de calculo negativa.

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A pessoa jurídica pode compensar a base de cálculo negativa, observado o


limite máximo de redução de 30% da base de cálculo do período.

Exemplo: uma empresa apura base de cálculo para a CSLL de 100.000. A


empresa tem base de cálculo negativa de 150.000. Nesse caso, a empresa
pode compensar 30% do lucro (100.000 x 30% = 30.000), e irá pagar CSLL
sobre $70.000.

Supondo alíquota de 9%, temos:


Base de cálculo $70.000 x 9% = $6.300 de CSLL.

5.11 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

Chegamos ao lucro antes do imposto de renda. Vejamos alguns aspectos


da tributação do imposto sobre a renda.

O imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza é tributo


instituído pela União, no exercício da competência regular que lhe confere
a Constituição Federal (CF, art. 153, III).

As pessoas jurídicas estão sujeitas a um dos seguintes regimes jurídicos


para apuração do imposto de renda: a) lucro presumido; b) lucro
arbitrado; c) lucro real.

O lucro presumido pode ser utilizado pelos contribuintes cuja receita bruta
total tenha sido igual ou inferior a R$ 78 milhões, no ano calendário
anterior, ou R$ 6,5 milhões por mês se ano calendário tiver menos de 12
meses.

No lucro presumido o imposto é calculado trimestralmente.

Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção
(resultado da receita bruta total x alíquota da presunção). Uma vez
encontrada, procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva
alíquota.

A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de


15% (quinze por cento).

O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas tributadas


com base no lucro presumido será calculado mediante a aplicação do
percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro presumido que
exceder ao valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) em cada trimestre.

Ou seja: 15% de alíquota normal. O que exceder $20.000 por mês (ou
$60.000, no caso de apuração trimestral) terá tributação adicional de 10%.

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O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal,


por meio de seus auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes,
vícios, omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo.

O lucro real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por
adições, exclusões e compensações.

Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)


+ Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de cálculo do imposto de renda.

As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as


multas. Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o
valor do lucro e, consequentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-
se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que
cometem ilícitos, uma vez que teriam sua tributação diminuída.

As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em


vista que no resultado contábil foram considerados resultados que não
devem ser tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas
na empresa que os distribui.

Professores, não entendi como funcionam as adições e exclusões.

1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE,


portanto, precisam ser adicionadas para serem tributadas pelo IR ou que
foram diminuídas da DRE mas devem ser acrescentadas, já que devemos
tributar pelo IR. A perda com equivalência patrimonial, por exemplo, se
enquadra nesta última hipótese.

Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, por que está
violando um pacto ambiental e está poluindo severamente o meio ambiente,
não poderá deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria premiá-la
por seu próprio desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode
fazê-lo. Deve fazer uma adição! As exclusões são justamente o contrário.

Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que
vão diminuir a base de cálculo para pagamento do imposto de renda. São
valores que a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, resultados
positivos, receitas e ganhos que estejam na DRE, mas não sejam
computados no lucro real, e o próprio prejuízo fiscal que for apurado em
exercícios anteriores (limitado a 30% do lucro líquido ajustado – ver
explicações abaixo).

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Sobre a base de cálculo, índice o imposto de 15%, com adicional de Imposto


de Renda de 10%, quando a base de cálculo ultrapassar $20.000 por mês
(considerando-se o período de apuração do imposto), conforme abaixo:

A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de


R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período
de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez
por cento).

Vejamos na prática como é...

Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante


de R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro
trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias
e resultado negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000.
Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.

Vamos lá! No primeiro trimestre.

Lucro antes do IR = 400.000.


+ Adições (Perda com MEP) 40.000
- Exclusões 0
Lucro ajustado 440.000.

Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se


trata de despesa, já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro
líquido do trimestre. O lucro do trimestre já considera todas as despesas do
período.

O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante


de 30% deste lucro ajustado (e não do prejuízo acumulado), de R$
440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos R$ 100.000, logo, poderemos
utilizar todo o valor.

Lucro ajustado 440.000


(-) Compensações 100.000
Base de cálculo do IR  Lucro real 340.000

Agora, calcula-se o IR.

A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o


montante que exceder o número de meses x R$ 20.000.

Teremos:

Imposto = 15% x 340.000 = 51.000


Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000

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Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$


79.000,00.

De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já


reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser
reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham
a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda
incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização


do passivo fiscal diferido, no exercício em que ocorrer.

Ressalte-se que o diferimento do Imposto de Renda é feito somente


para fins fiscais no LALUR, não alterando o lucro líquido na
contabilidade, pois em função do regime de competência, na contabilidade
não há postergação do reconhecimento do resultado.

Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo


regime de competência e a despesa de Imposto de Renda também deve ser
reconhecida no mesmo período, mediante crédito na conta de Provisão para
Imposto de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo
Não Circulante e débito na conta de despesa de Imposto de Renda no
Resultado.

Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da


conta de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a
conta de Provisão para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não
alterando o resultado desse período.

Esses registros de Imposto de Renda Diferido também podem ocorrer em


conta de ativo, denominada Ativo Fiscal Diferido.

A despesa tributária (receita tributária) compreende a despesa tributária


corrente (receita tributária corrente) e a despesa tributária diferida (receita
tributária diferida).

Despesa tributária = Despesas tributária corrente + despesa tributária


diferida.
Receita tributária = Receita tributária corrente + receita tributária diferida.

5.12 TRATAMENTO DO PREJUÍZO ACUMULADO

O Prejuízo Acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no


LALUR (Livro de apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte

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particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do


Lucro Real apurado no exercício. Vejam que a referência para os 30%
é o lucro apurado no período e não o prejuízo acumulado existente.

Vamos supor que uma empresa tenha prejuízos acumulados no valor de


$10.000 (e que tal prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de
IR).

Caso a empresa obtenha lucro de $12.000 no exercício, para a contabilidade


ficará assim:

Lucro do exercício $12.000 – prejuízo acumulado $10.000 = $2.000 de


lucros acumulados.

A empresa irá constituir reservas e pagar dividendos sobre o valor de


$2.000.

Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim:

Lucro do Exercício $ 12.000


Prejuízo fiscal (30% x 12.000) ($ 3.600)
Base para IR $ 8.400
IR (15% x 8400) $ 1.260

(FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016) Uma empresa apresentava em


31/12/X0 o seguinte balanço patrimonial:

No ano X1, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e


incorreu em despesas à vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi
feito um estudo e constatou-se que a empresa apresentava perspectivas de
lucros futuros.

No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e


incorreu em despesas, também à vista, no valor de R$ 70.000,00.

Assinale a opção que indica a provisão para o imposto sobre a renda e


contribuição social da empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de
34%.

(A) Zero.
(B) R$ 2.040,00.
(C) R$ 3.400,00.
(D) R$ 4.760,00.
(E) R$ 6.800,00

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Comentários:

Exercício de X1.

Receita 50.000,00
(-) Despesa (80.000,00)
Prejuízo do exercício (30.000,00)

O prejuízo acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no


LALUR (Livro de apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte
particularidade, em relação ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do
Lucro Real apurado no exercício.

Nesse caso, a empresa tinha Prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e


que tal prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de IR).

Como em X2 ela teve lucro no exercício, para a contabilidade ficará assim:

Lucro do exercício: 90.000 – 70.000 = 20.000,00 – prejuízo acumulado


$30.000 = $10.000 de prejuízos acumulados.

Como há prejuízo, não há constituição de reserva e pagamento de


dividendos. Mas a questão quer saber o IR.

Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim:

Lucro do Exercício $ 20.000


Prejuízo fiscal (30% x 20.000) ($ 6.000)
Base para IR $ 14.000
IR (34% x 14000) 4.760,00

Gabarito  D.

5.13 PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS

De acordo com a Lei das SAs:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes


beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

Prescreve, ainda, o mesmo instrumento normativo que:

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Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e


partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa
ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a
participação anteriormente calculada.

Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o


seguinte:

Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto
sobre a Renda.

O resultado do exercício a que aluda o caput do artigo 189 equivale ao


chamado lucro antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido.

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações


(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados

Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que


cada participação diminui a base de cálculo da participação
seguinte. É muito importante que isso fique claro!

Vamos a um exemplo:

A empresa KLS apurou lucro antes do IR e das participações no valor de


R$160.000,00.

Considere ainda as seguintes informações:

- Imposto de Renda e CSLL R$ 20.000,00.


- PL – Prejuízos Acumulados R$ 40.000,00
- Participações
Debenturistas 10%
Empregados 10%

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Administradores 10%
Partes beneficiárias 10%
Fundo de assistência 10%
- Reserva legal 5%
- Reserva de contingência R$ 20.000,00
- Restante dos lucros Dividendos

Calcule o valor de cada participação, o total do Lucro líquido, o valor da


Reserva Legal e dos dividendos.

Resolução:

A situação atual é a seguinte:

Lucro antes IR e das participações 160.000


(-) Provisão para IR e CSLL (Já calculada) (20.000)
Lucro antes das participações 140.000

Como a empresa possui prejuízos acumulados de R$40.000,00, este valor


deve ser diminuído da base de cálculo das participações. Mas é um cálculo
extra contábil. O prejuízo acumulado não aparece na DRE.

O cálculo das participações fica assim:

CÁLCULO DAS PARTICIPAÇÕES


Lucro antes das participações R$ 140.000,00
(-) Prejuízos acumulados -R$ 40.000,00
Base de cálculo dos debenturistas R$ 100.000,00
(-) Participação dos debenturistas (10%) -R$ 10.000,00
Base de cálculo dos empregados (10%) R$ 90.000,00
(-) Participação dos empregados (10%) -R$ 9.000,00
Base de cálculo dos administradores R$ 81.000,00
(-) Participação dos administradores (10%) -R$ 8.100,00
Base de cálculos das partes beneficiárias R$ 72.900,00
(-) Participação das PBs -R$ 7.290,00
Base de cálculo dos fundos de pensão R$ 65.610,00
(-) Participação dos fundos de pensão -R$ 6.561,00

A forma de cálculo é a que detalhamos


acima. O valor de cada participação
diminui a base de cálculo para a
participação seguinte. Todas são de
10%. Mas o valor de cada participação é
diferente, devido à diminuição da base de
cálculo.

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Atenção! Repare que, para o cálculo do valor das participações,


retiramos os prejuízos acumulados de R$ 40.000,00. Mas, na
elaboração da DRE, o prejuízo não entra. Por isso é importante fazer
o cálculo das participações separadamente na sua prova.

A DRE fica assim:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Lucro antes do IR R$ 160.000,00
(-) IR -R$ 20.000,00
Lucro após o IR R$ 140.000,00
(-) Participação dos debenturistas (10%) -R$ 10.000,00
(-) Participação dos empregados (10%) -R$ 9.000,00
(-) Participação dos administradores (10%) -R$ 8.100,00
(-) Participação das PBs -R$ 7.290,00
(-) Participação dos fundos de pensão -R$ 6.561,00
Lucro líquido do exercício R$ 99.049,00

O Lucro Líquido do exercício é transferido para o PL, na conta Lucros


Acumulados. Como já há prejuízos acumulados de R$40.000,00, este
valor é abatido, sobrando lucros acumulados de R$ 99.049 – R$ 40.000 =
R$ 59.049,00.

Contabilização:

Pela transferência do resultado do exercício:

D – Resultado do Exercício 99.049,00


C – Lucros Acumulados (PL) 99.049,00

Resultado do Exe. Lucros ou Prej. Acum.


99049 99049 40000 99049
0 0 59049 Saldo
Zera a DRE

Prejuízo acumulado anterior

Para absorção dos prejuízos acumulados

D – Lucros acumulados (PL) 40.000,00


C – Prejuízos acumulados (PL) 40.000,00

Calculo da Reserva legal:

59.049,00 x 5% = R$ 2.952,45

Contabilização das reservas:

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D – Lucros acumulados 22.952,45


C – Reserva Legal 2.952,45
C – Reserva para contingências 20.000,00

O valor restante, que será distribuído como dividendos, é de:

59.049,00 – 2.952,45 – 20.000,00 = 36.096,55

Valor dos dividendos: R$ 36.096,55

O que é importante guardar do exemplo acima:

1) Lembrar que cada participação diminui a base de cálculo da


participação posterior.

2) A ordem das participações. Para lembrar, use o seguinte


mnemônico:

“Havia uma mulher, chamada DEA, que era muito ativa. Fazia mil coisas ao
mesmo tempo. Um dia, Déa pegou uma gripe forte, que a deixou de cama.
Seu sobrinho de 5 anos, ao ver a tia doente, falou:

DEA PIFOU

D ebêntures
E mpregados
A dministradores

P artes beneficiária
i
F undos de pensão

DEA PIFOU.

Essa é uma forma simples de lembrar a ordem das participações. Se você


conhece outra, ou se quiser criar outra, fique à vontade. O importante é
lembrar na hora da prova.

3) Os prejuízos acumulados são excluídos da base de cálculo do IR


e das participações, através de cálculo extra contábil. Não entram
na DRE.

4) O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso,


ocorre o cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos.
Vale dizer, as Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não
afetam o resultado do exercício (irão afetar os lucros acumulados,
no PL).

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Vejamos agora uma questão...

(ESAF/AFRF/2002) A empresa Metais & Metalurgia S/A, no exercício de


2001, auferiu lucro líquido, antes do imposto de renda, da contribuição
social e das participações contratuais e estatutárias, no valor de R$
220.000,00.

Na Contabilidade da empresa foram colhidas as informações de que:

1 – o patrimônio líquido, antes da apropriação e distribuição do lucro, era


composto de:

Capital Social R$ 280.000,00


Prejuízos Acumulados R$ 76.000,00 ==15925==

2 – o passivo circulante, após a apropriação e distribuição do lucro, era


composto de:

Fornecedores R$ 450.000,00
Dividendos a Pagar R$ 20.000,00
Provisão p/ Imposto de Renda R$ 64.000,00
Participações no Lucro a Pagar R$ ?

As participações no lucro foram processadas nos seguintes percentuais:

Participação de Partes Beneficiárias 05%


Participação de Debenturistas 08%
Participação de Administradores 10%
Participação de Empregados 10%

Calculando-se o valor das participações citadas, nos termos da legislação


societária, sem considerar as possíveis implicações de ordem fiscal, nem os
centavos do cálculo, pode-se dizer que os valores apurados serão:

a) Participação de Partes Beneficiárias R$ 3.240,00


b) Participação de Debenturistas R$ 5.760,00
c) Participação de Administradores R$ 7.360,00
d) Participação de Empregados R$ 8.000,00
e) Lucro Líquido final na DRE R$ 132.636,00

Comentários

Vamos aprender através da prática!

PASSO 1: Achar o lucro antes da apuração do IR: R$ 220.000,00.


PASSO 2: Retirar o IR: R$ 64.000,00.
PASSO 3: Achamos o lucro antes das participações: R$ 156.000,00.
PASSO 4: Ver se há prejuízo acumulado. Sim! R$ 76.000,00.

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PASSO 5: Achar a base de cálculo para a primeira participação: R$ 156.000


– 76.000,00 = R$ 80.000,00.
PASSO 6: Achar o valor das participações. O valor de uma participação
deve ser deduzido para o cálculo da subsequente.

Participação de Debenturistas 8% = 80.000,00 x 8% = 6.400,00


Participação de Empregados 10% = 73.600,00 x 10% = 7.360,00
Participação de Administradores 10% = 66.240 x 10% = 6.624,00
Participação de Partes Beneficiárias 5% = 59.616 x 5% = 2.980,00

PASSO 7: Montar a demonstração do resultado do exercício.

Lucro antes do IR 220.000,00


(-) IR (64.000,00)
Lucro após o IR e antes das participações 156.000,00
(-) Participações estatutárias
Debenturistas (6.400,00)
Empregados (7.360,00)
Administradores (6.624,00)
Partes beneficiárias (2.980,00)
Lucro líquido do exercício 132.636,00

Gabarito  E.

5.14 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO, LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO E


TRANSFERÊNCIA DO RESULTADO PARA RESERVAS

Depois de deduzidas as participações, chegamos ao lucro líquido do


exercício. Daí, temos de transferir o resultado para o patrimônio líquido,
pois as receitas e despesas da entidade integram o chamado capital próprio.

Do lucro líquido do exercício, podemos extrair o valor do lucro por ação do


capital social. Se, por exemplo, o capital social for composto por R$
1.000.000,00, com 100.000 ações, teremos um lucro de R$ 10,00/ação.

LUCRO LÍQUIDO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO DO


EXERCÍCIO/TOTAL DE AÇÕES

A transferência do lucro ou prejuízo do exercício se dá para conta lucro ou


prejuízos acumulados do PL. Todavia, vale ressaltar que a entidade, com as
modificações contábeis recentes, não mais poderá reter lucros
injustificadamente. Repita-se: a conta lucros acumulados não pode mais
constar no Balanço Patrimonial, quando do fechamento da demonstração.

Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir.


Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros acumulados pode
ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo

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que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais diversas


finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados, essa sim pode


subsistir ao término do exercício, diminui o PL, tendo, assim, saldo devedor.

Se a empresa teve receitas de R$ 1.500.000,00, despesas de R$


500.000,00 e, consequentemente, um lucro líquido do exercício de R$
1.000.000,00. Isto significa dizer que os saldos credores (receitas)
suplantaram os saldos devedores (despesas).

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Despesas Receitas
500.000,00 1.500.000,00

1.000.000,00
(LLEX)

Para encerrar o resultado, temos de transferir essas contas para o PL. A


transferência se dará assim.

D – Lucro líquido do exercício 1.000.000,00


C – Lucros acumulados 1.000.000,00

Contudo, este valor deverá ser todo distribuído, seja para o aumento do
capital social, seja para o pagamento de dividendos, seja para constituição
de reservas de lucros.

Caso, todavia, a situação seja reversa, e as despesas excedam as receitas,


temos prejuízo.

DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO
Despesas Receitas
1.500.000,00 500.000,00

1.000.000,00

Nesta hipótese, a transferência se dará do seguinte modo:

D – Prejuízos acumulados (PL) 1.000.000,00


C – Prejuízo líquido do exercício 1.000.000,00

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6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO CONFORME O CPC 26

O Pronunciamento Técnico do CPC nº 26 (R1) – Apresentação das


Demonstrações Contábeis – determina que a entidade deve apresentar
todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em duas
demonstrações:

1) demonstração do resultado do período (DRE); e


2) demonstração do resultado abrangente do período; esta última
começa com o resultado líquido e inclui os outros resultados abrangentes.

Segundo o CPC 26:

82. Além dos itens requeridos em outros Pronunciamentos do CPC, a


demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes
rubricas, obedecidas também as determinações legais:

(a) receitas;
(aa) ganhos e perdas decorrentes de baixa de ativos financeiros mensurados pelo
custo amortizado;
(b) custos de financiamento;
(c) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método
da equivalência patrimonial;
(d) tributos sobre o lucro;
(e) (eliminada);
(ea) um único valor para o total de operações descontinuadas (ver Pronunciamento
Técnico CPC 31);
(f) em atendimento à legislação societária brasileira vigente na data da emissão
deste Pronunciamento, a demonstração do resultado deve incluir ainda as
seguintes rubricas:
(i) custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos;
(ii) lucro bruto;
(iii) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas
operacionais;
(iv) resultado antes das receitas e despesas financeiras;
(v) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(vi) resultado líquido do período. (Item alterado pela Revisão CPC 06)

A Lei 6.404/76 (Lei das S.A.s) estabelece a seguinte estrutura para a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos


e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços
vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas,
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

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IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;


(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o
imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem
como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital
social.

6.1 COMPARANDO O CPC 26 E A ESTRUTURA DA LEI 6.404/76

O CPC 26 não trouxe uma ordem rígida para a classificação dos itens.
Todavia, a disposição dos itens está relacionada na estrutura abaixo. Vamos
comparar as duas estruturas:

CPC 26 – Apresentação das


LEI 6404/76.
Demonstrações Contábeis.
Receita Bruta
(-) Deduções das Vendas
Receita Líquida Receitas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro bruto
(-) Despesas (-) Despesas
--- Vendas --- Vendas
--- Gerais e administrativas --- Gerais e administrativas
--- Outras despesas e receitas
--- Outras despesas operacionais
operacionais
--- Financeiras, deduzidas as receitas --- Resultado equivalência Patrimonial
Resultado antes Receitas e Despesas
Lucro ou prejuízo operacional
financeiras
Outras receitas e outras despesas Despesas e Receitas financeiras
Resultado antes IR Resultado antes tributos sobre o lucro
(-) Provisão IR (-) Despesas tributos sobre o lucro
(-) Participações: (=) Resultado das operações continuadas

--- Debêntures +/- Resultado líquido das operações


descontinuadas
--- Empregados
Resultado líquido do período
--- Administradores
--- Partes Beneficiárias
--- Fundos de pensão
Lucro ou prejuízo líquido do exercício
Lucro ou prejuízo por ação

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7 PRINCIPAIS DIFERENÇAS

As principais diferenças são:

7.1 RECEITA BRUTA X RECEITA LÍQUIDA

A Lei das S.A.s (Lei 6404/76) inicia a DRE a partir da Receita Bruta,
demonstrando as deduções de vendas para chegar na receita líquida.

A estrutura que aparece no pronunciamento CPC 26 já inicia da Receita


Líquida. As empresas estão publicando suas DREs iniciando da receita
líquida, conforme o modelo do CPC 26.

Esse procedimento (iniciar a DRE pela receita líquida) é reforçado pelo


Pronunciamento Técnico CPC 30 – Receitas, conforme texto abaixo:

Texto do pronunciamento técnico CPC 30 – Receitas:

“8. Para fins de divulgação na demonstração do resultado, a receita inclui


somente os ingressos brutos de benefícios econômicos recebidos e a
receber pela entidade quando originários de suas próprias atividades. As
quantias cobradas por conta de terceiros – tais como tributos sobre vendas,
tributos sobre bens e serviços e tributos sobre valor adicionado não são
benefícios econômicos que fluam para a entidade e não resultam em
aumento do patrimônio líquido. Portanto, são excluídos da receita.”

7.2 SEPARAÇÃO DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS

O modelo do Pronunciamento CPC 26 apresenta um subtotal, chamado de


“Resultado antes Receitas e Despesas Financeiras”. Seguem-se as despesas
e receitas financeiras e após o Resultado antes dos tributos sobre o Lucro.

A apresentação apartada do resultado financeiro ocorre para separar o


resultado operacional do resultado obtido com a sobra (ou a falta) de caixa.

Em outras palavras, a empresa aufere um determinado resultado a partir


das suas operações. Além disso, se houver caixa sobrando, será aplicado e
irá gerar receitas; se faltar caixa, a empresa deverá pegar dinheiro
emprestado, pagando despesas financeiras para isso.

Mas o resultado financeiro está mais ligado à necessidade de dinheiro para


financiar as operações ou à sobra de dinheiro, do que às atividade
operacionais da empresa.

Dessa forma, a separação do resultado financeiro evidencia com mais


propriedade o resultado oriundo das operações da empresa.

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7.3 RESULTADO DAS OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

Esse item é muito importante. Pode ser exemplificado assim: Vamos supor
que uma empresa venda uma de suas fábricas, num determinado ano.

Essa venda pode ter um grande impacto sobre o resultado da empresa. Mas
ela não terá uma fábrica todo ano para vender. É algo esporádico. Além
disso, a operação descontinuada (a fábrica vendida) deverá ter reflexos nos
demonstrativos contábeis dos próximos anos.

É importante ressaltar que as operações descontinuadas não são as vendas


normais de ativo imobilizado. Por exemplo, se uma empresa vende um
caminhão, mas tem a intenção de comprar outro para substituí-lo, o
resultado dessa venda será incluído em “outras receitas e outras despesas
operacionais”. Não é operação descontinuada.

Conforme o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo não circulante mantido


para venda e operações descontinuadas:

32. Uma operação descontinuada é um componente da entidade que foi


baixado ou está classificado como mantido para venda e

(a) representa uma importante linha separada de negócios ou área


geográfica de operações;
(b) é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma
importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou
(c) é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda.

33. A entidade deve evidenciar:


(a) um montante único na demonstração do resultado compreendendo:
(i) o resultado total após o imposto de renda das operações descontinuadas;
e (ii) os ganhos ou as perdas após o imposto de renda reconhecidos na
mensuração pelo valor justo menos as despesas de venda ou na baixa de
ativos ou de grupo de ativos(s) mantidos para venda que constituam a
operação descontinuada.

As operações descontinuadas são as vendas relativas a divisões, produtos


ou atividades que a empresa abandonou, que não existirão mais no futuro.

É por isso que a estrutura da DRE do pronunciamento CPC 26 inclui essas


informações, de forma separada das operações normais, contínuas, da
empresa.
(FCC/MPE PB/Auditor de Contas Públicas/2015)
De acordo com a Resolução CFC no 1.255, os resultados
apurados de operações descontinuadas devem ser
apresentados em

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A) conjunto com as atividades normais, somados as receitas e despesas


operacionais.
B) demonstração de resultados apurada e apresentada separadamente da
demonstração de resultados das atividades continuadas.
C) um montante único na demonstração do resultado.
D) uma conta própria do patrimônio líquido.
E) nota explicativa, não compondo a apuração dos resultados da empresa.

Gabarito  C

7.4 OUTRAS INSTRUÇÕES

O pronunciamento CPC 26 não estabelece um modelo rígido. Pelo contrário,


outras rubricas e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados na
demonstração do resultado do período quando tal apresentação for
relevante para a compreensão do desempenho da entidade.

Mas a entidade não deve apresentar rubricas ou itens de receitas ou


despesas como itens extraordinários, quer na demonstração do resultado
abrangente, quer na demonstração do resultado do período, quer nas notas
explicativas.

Texto do pronunciamento CPC 26:

Informação a ser apresentada na demonstração do resultado do período


ou nas notas explicativas

97. Quando os itens de receitas e despesas são materiais, sua natureza


e montantes devem ser divulgados separadamente.

98. As circunstâncias que dão origem à divulgação separada de itens de


receitas e despesas incluem:

(a) reduções nos estoques ao seu valor realizável líquido ou no ativo


imobilizado ao seu valor recuperável, bem como as reversões de tais
reduções;
(b) reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer
provisões para gastos de reestruturação;
(c) baixas de itens do ativo imobilizado;
(d) baixas de investimento;
(e) unidades operacionais descontinuadas;
(f) solução de litígios; e
(g) outras reversões de provisões.

Comentários:

Segundo o pronunciamento CPC 00 – Pronunciamento conceitual básico –


uma informação é material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida

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(misstating) puder influenciar decisões que os usuários tomam com base


na informação contábil-financeira acerca de entidade específica que reporta
a informação.

Os itens de receitas e despesas que sejam materiais devem ser divulgados


separadamente.

As seguintes circunstâncias dão origem à divulgação separadas de itens de


despesas e receitas:

1) Perdas no estoque e em teste de recuperabilidade;


2) Reestruturação de atividades
3) Baixa de itens do Imobilizado e de Investimentos
4) Descontinuidade de unidades operacionais
5) Solução de litígios (refere-se à decisões ou acordos em litígios judiciários)
6) Reversões de provisões.

Todos os itens de receitas e despesas reconhecidos no período devem ser


incluídos no resultado líquido do período a menos que um ou mais
Pronunciamentos Técnicos, Interpretações e Orientações do CPC requeiram
ou permitam procedimento distinto.

O Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de


Estimativa e Retificação de Erro trata de duas dessas circunstâncias, a
saber: a correção de erros e o efeito de alterações nas políticas contábeis.
Nestes casos, o efeito da alteração nas políticas contábeis e a correção de
erro devem ser ajustados no balanço inicial.

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma


classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua
função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar
informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na


demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,
depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as
várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias
alocações de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de
dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na
fabricação (que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório
(que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da
depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o


que se segue:

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Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do


“custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas
de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou
serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou
das atividades administrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços


vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do


que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às
funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável
julgamento.

Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é


a seguinte:

Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

Como se percebe, as empresas usam o método da função da despesa


(também chamado de “método do custo do produto ou serviço vendido”),
no Brasil, pois esse é o método que consta na Lei 6404/76.

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8 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE.

Segundo o CPC 26:

Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante


um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários.

Mutação no PL que não


Resultado abrangente decorre de transação com
sócios enquanto proprietários

Todas as receitas e despesas do exercício devem ser reconhecidas


em duas demonstrações: a demonstração do resultado do exercício
e a demonstração de resultados abrangentes.

A demonstração do resultado do exercício reconhecer as receitas e despesas


ali, nos moldes como já temos estudado nesta aula. A DRA não. A DRA
representa as mutações no Patrimônio Líquido que sejam decorrentes de
operações que não são aquelas relacionadas à contribuição dos sócios.

Sabemos que o patrimônio líquido pode se alterar. As alterações, portanto,


segundo o CPC 26, serão evidenciadas na demonstração das mutações do
patrimônio líquido por dois valores totais:

- Mutações ocorridas de operações com os sócios (integralização de capital,


por exemplo).
- Resultado abrangente total.

E do que é composto o resultado abrangente?

Composição do resultado abrangente total.

- Resultado líquido do período.


- Outros resultados abrangentes.
- Reclassificação de outros resultados abrangentes para o resultado do
período.

Entenda-se! As receitas e despesas de uma entidade devem figurar


na demonstração do resultado do exercício.

Por seu turno, as outras variações do patrimônio líquido, que, futuramente,


poderão transitar pelo resultado ou irem para lucros ou prejuízos
acumulados são apresentadas como outros resultados abrangentes, na
chamada demonstração de resultados abrangentes, desde que não sejam
valores provenientes dos sócios.

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Como exemplo de resultados abrangentes temos:

- Ajustes de conversão do período e acumulados.


- Ajuste de avaliação patrimonial.

Atenção! É vedada a inclusão da Demonstração dos Resultados


Abrangentes apenas na DMPL. Portanto, atualmente a Demonstração
dos Resultado Abrangentes deve ser apresentada como uma
demonstração separada.

Vejam como o CESPE abordou este assunto:

(CESPE/Analista/TRT 7ª/2017) A demonstração dos resultados


abrangentes deve ser apresentada como coluna da demonstração de
mutações do patrimônio líquido.

Gabarito  Errado (esse assunto ficará mais claro logo abaixo).

Vamos explicar melhor esse ponto.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) x Demonstração do


Resultado do Exercício (DRE).

As normas internacionais permitem que a DRA seja incluída na DRE, se


permitido legalmente.

Conforme o CPC 26:

10A. A entidade pode, se permitido legalmente, apresentar uma única


demonstração do resultado do período e outros resultados abrangentes,
com a demonstração do resultado e outros resultados abrangentes
apresentados em duas seções. As seções devem ser apresentadas juntas,
com o resultado do período apresentado em primeiro lugar seguido pela
seção de outros resultados abrangentes. A entidade pode apresentar a
demonstração do resultado como uma demonstração separada. Nesse caso,
a demonstração separada do resultado do período precederá
imediatamente a demonstração que apresenta o resultado abrangente, que
se inicia com o resultado do período.

10B. Quando da aprovação deste Pronunciamento Técnico, deve atentar-se


para o fato importante de que a legislação societária brasileira requer
que seja apresentada a demonstração do resultado do período como
uma seção separada.

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Portanto, a legislação brasileira requer que a DRE seja apresentada


separadamente. Assim, no Brasil, a empresa não pode apresentar uma
única demonstração incluindo a DRE seguida da DRA. Dessa forma, a DRA
deve ser apresentada separadamente, iniciando pelo Lucro Líquido
do Exercício.

Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) x Demonstração das


Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

A DMPL demonstra o saldo inicial, as entradas e saídas e o saldo final para


todas as contas do Patrimônio Líquido, incluindo as contas do Resultado
Abrangente. Portanto, o Resultado Abrangente está incluído na
DMPL. Fica faltando, apenas, o Lucro Líquido do Exercício.

Portanto, o que você deve levar para a prova é o seguinte:

- Resultado abrangente: está incluído na DMPL.


- Demonstração do resultado abrangente: deve ser apresentado
separadamente.

Veja o que dizia a primeira versão do Pronunciamento CPC 26 –


Apresentação das Demonstrações Contábeis (a primeira versão foi
revogada e substituída pelo primeira revisão do pronunciamento - CPC 26
(R1)):

A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro


demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido.

A primeira revisão do pronunciamento CPC 26 eliminou essa possibilidade.

Consta no Apêndice A da primeira revisão do CPC 26, aprovada em


02/12/2011, a seguinte observação:

Obs: Lembrar que agora é vedada a apresentação da Demonstração do


Resultado Abrangente apenas na Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido.

Ou seja: os resultados abrangentes (contas do PL) aparecem normalmente


na DMPL e também na DRA, sendo que a segunda demonstração se inicia
com o resultado do período, que vem da DRE.

Vamos explicar novamente para você nunca mais errar.

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(CESPE/Auditor de Contas Públicas/TCE PE/2017) O conjunto


completo de demonstrações contábeis a ser apresentado pelas sociedades
constituídas por ações inclui a demonstrações do patrimônio líquido, a qual
deverá conter o resultado abrangente do período, exceto quando houver
demonstração do resultado abrangente apresentada em separado.

Comentários:

Pessoal, item errado, vejam o que nos diz o CPC 26:

Conjunto completo de demonstrações contábeis 10.

O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

Além disso, temos que:

A entidade deve apresentar a demonstração das mutações do patrimônio


líquido conforme requerido no item 10. A demonstração das mutações do
patrimônio líquido inclui as seguintes informações:

(a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente


montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o
montante correspondente à participação de não controladores.

Agora vamos analisar a questão:

A primeira parte da questão está correta, vejam: “O conjunto completo de


demonstrações contábeis a ser apresentado pelas sociedades constituídas
por ações inclui a demonstrações do patrimônio líquido, a qual deverá
conter o resultado abrangente do período”.

Porém, o final da assertiva apresenta um erro, pois mesmo que a DRA seja
apresentada separadamente, como determina o CPC 26, a DMPL continua
a apresentar o resultado abrangente do período.

A primeira versão do pronunciamento técnico CPC 26 permitia que a


Demonstração do Resultado Abrangente (DRA) fosse evidenciado como
uma demonstração separada ou que fosse incluído na DMPL. Na revisão
(R1), foi eliminada a possibilidade de incluir a DRA na DMPL.

A DRA deve ser uma demonstração separada.

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Mas o resultado abrangente do período também entra na DMPL, pois as


contas do resultado abrangente ficam no PL.

Atenção! Não podemos confundir a DEMONSTRAÇÃO do Resultado


Abrangente com o Resultado Abrangente.

Gabarito  Errado.

(CESPE/MPU/Controle Interno/2010) Com as mudanças na legislação


societária, a estrutura de algumas demonstrações contábeis modificou-se;
foram incluídos, por exemplo, demonstrativos financeiros que não estavam
previstos como obrigatórios anteriormente. Acerca desse assunto, julgue o
item subsequente.

Atualmente, a demonstração do resultado abrangente (DRA) apresenta o


resultado do exercício acrescido de ganhos ou perdas, que eram
reconhecidos direta e temporariamente na demonstração das mutações do
patrimônio líquido (DMPL); dessa forma, a DRA é evidenciada tanto
separadamente como dentro da DMPL.

Comentário:

Questão de 2010, quando ainda vigorava a primeira versão do


pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, que
estabelecia que a demonstração do resultado abrangente pode ser
apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do
patrimônio líquido. Questão correta!

Atualmente, a primeira revisão (R1) menciona, no apêndice A, que agora é


vedada a apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente apenas
na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Mas a assertiva
continua correta: a DRA é evidenciada tanto separadamente como dentro
da DMPL.

Gabarito  Certo

Mais uma...

(CESPE/Contador/MTE/2014) A demonstração do resultado abrangente


integra, obrigatoriamente, a demonstração das mutações do patrimônio
líquido (DMPL).

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Comentário:

Questão dúbia. O saldo inicial e a movimentação das contas do Resultado


Abrangente integram a DMPL.

Parece que a banca se baseou na redação antiga do CPC 26, que menciona
que a “demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em
quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio
líquido.”

A versão atual do pronunciamento cpc 26 estabelece que “agora é vedada


a apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente apenas na
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.”

O item está incorreto!

Vejamos outra questão sobre o assunto:

(CESPE/FUB/Contabilidade/2015) Julgue o seguinte item, acerca da


elaboração das principais demonstrações contábeis previstas pelo CPC.

A demonstração do resultado abrangente pode ser incorporada à


demonstração de mutações do patrimônio líquido; nesse caso, a
demonstração do resultado abrangente deve ser iniciada pelo resultado
líquido do período, conforme apurado na demonstração do resultado do
exercício.

Comentário:

Vamos examinar as assertivas:

“A demonstração do resultado abrangente pode ser incorporada à


demonstração de mutações do patrimônio líquido”
Assertiva correta. Apesar de ser obrigatória a apresentação da DRA como
demonstração à parte, ela continua aparecendo na DMPL.

“....nesse caso, a demonstração do resultado abrangente deve ser iniciada


pelo resultado líquido do período, conforme apurado na demonstração do
resultado do exercício.”

Errado. A DRA começa pelo lucro líquido quando é apresentada como


demonstração à parte.

Gabarito  Errado

Vamos continuar...

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Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa


(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na
demonstração do resultado como requerido ou permitido pelos
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações emitidos pelo CPC. Os
componentes dos outros resultados abrangentes incluem:

(a) variações na reserva de reavaliação, quando permitidas legalmente


(ver Pronunciamentos Técnicos CPC 27 – Ativo Imobilizado e CPC 04 – Ativo
Intangível);
(b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício
definido reconhecidos conforme item 93A do Pronunciamento Técnico CPC
33 – Benefícios a Empregados;
(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações
contábeis de operações no exterior (ver Pronunciamento Técnico CPC
02 – Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de
Demonstrações Contábeis);
(d) ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros
disponíveis para venda (ver Pronunciamento Técnico CPC 38 –
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);
(e) parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de
hedge em operação de hedge de fluxo de caixa (ver Pronunciamento
Técnico CPC 38).

Outros resultados abrangentes


Variações na reserva de reavaliação
Ganhos e perdas atuariais
Ganhos e perdas de conversão das demonstrações (exterior)
Ganhos e perdas ativos financeiros disponíveis para venda
Ganhos e perdas com hedge

Esses lançamentos são um pouco mais complexos. Portanto, se entender,


por ora, o que compõe outros resultados abrangentes, já será suficiente
para a sua preparação.

Vamos treinar um pouco?

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(CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)

A partir das informações apresentadas na tabela precedente, é correto


afirmar que, na demonstração do resultado abrangente, o valor do lucro
abrangente é igual a

A R$ 65.000.
B R$ 15.000.
C R$ 965.000.
D R$ 465.000.
E R$ 340.000.

Comentários:

Os resultados abrangentes compreendem todas as receitas da entidade que


não sejam derivadas de transações com os sócios. Então, a demonstração
de resultados abrangentes começa do lucro líquido do exercício e consta
também com outros resultados abrangentes, que são aquelas “receitas” que
não transitam pela DRE (ajustes de avaliação patrimonial, ganhos e perdas
com conversão de demonstrações contábeis de empresas do exterior,
ganhos e perdas com hedge, etc).

Assim, o nosso resultado abrangente será composto por:

Lucro líquido do exercício 350.000,00


(-) Perdas líquidas conversão DCs (50.000,00)
Ganho na mensuração de ativos financeiros 40.000,00
Resultado abrangente total 340.000,00

O capital social não entra no resultado abrangente e o ganho na alienação


de ativos imobilizados já está dentro do lucro líquido do exercício. Não há
necessidade de computar novamente.

Gabarito  E.

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(FGV/Auditor/CGE/MA/2014) De acordo com o CPC 26, Apresentação


das Demonstrações Contábeis, a Demonstração do Resultado Abrangente é
parte do conjunto completo de demonstrações contábeis.

Assinale a alternativa que apresenta exemplos de resultados abrangentes.

a) Efeito cambial sobre investimentos no exterior e reconhecimento do valor


de mercado dos instrumentos financeiros disponíveis para venda.
b) Reconhecimento do valor de mercado dos instrumentos financeiros
mantidos para negociação e disponíveis para venda.
c) Efeito cambial sobre investimentos no exterior e ganhos com
equivalência patrimonial sobre o resultado.
d) Ganhos provenientes da alteração no valor justo de um ativo classificado
como propriedade para investimento e reconhecimento do valor mercado
dos instrumentos financeiros mantidos para negociação.
e) Efeito cambial sobre dívidas em moeda estrangeira e ganhos
provenientes da alteração no valor justo de um ativo classificado como
propriedade para investimento.
Apresentamos, a seguir, para fins didáticos, a demonstração de resultados
abrangentes da BRF S.A.

Comentários:

Conforme vimos na tabela acima, o gabarito é a letra a.

Gabarito  A.

Apresentamos, a seguir, um modelo de demonstração de resultados


abrangentes.

Fonte: http://ri.brf-global.com/download_arquivos.asp?id_arquivo=939BECE8-F436-4990-801E-
0E3E80601F1A

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9 MAPAS MENTAIS DESTA AULA (*ELABORADOS PELO PROFESSOR JULIO CARDOZO

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10 PLANO DE CONTAS DE RESULTADO

A seguir um modelo de plano de contas de resultado, que certamente será


muito útil para a resolução das questões propostas.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


FATURAMENTO BRUTO DE VENDAS DE PRODUTOS
(-) DEDUÇÕES DO FATURAMENTO BRUTO-IPI
(=) RECEITA BRUTA DE VENDAS DE MERCADORIAS,PRODUTOS E SERVIÇOS
(a) VENDAS DE PRODUTOS
(b) VENDAS DE SERVIÇOS
DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
(a) VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES
(b) ABATIMENTOS
(c) DESCONTOS INCONDICIONAIS SOBRE VENDA
IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS
(a) ICMS
(b) ISS
(c) PIS OU PASEP (sobre a receita bruta)
(d) COFINS (sobre a receita bruta)
AJUSTE A VALOR PRESENTE DE CLIENTES-(conta devedora)
(=) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DOS SERVIÇOS PRESTADOS
(a) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
(b) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
(a) MATERIA-PRIMA DIRETA
(b) OUTROS MATERIAlS DIRETOS
(c) MAO DE OBRA DIRETA
OUTROS CUSTOS DIRETOS
CUSTOS INDIRETOS
DESPESAS OPERACIONAIS
(a) DE VENDAS
1. DESPESAS COM PESSOAL
2. COMISSÕES DE VENDAS
3. OCUPACÃO
4. UTILIDADES E SERVIÇOS
5. PROPAGANDA E PUBLICIDADE
6. DESPESAS GERAIS
7. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
8. PERDAS ESTIMADAS COM CREDITOS DE LIQUIDACÃO DUVIDOSA
Constituição de novo saldo
Reversão do saldo anterior (conta credora)
(b) ADMINISTRATNAS
1. DESPESAS COM PESSOAL
Salários e ordenados
Gratificações

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


Férias
Décimo-terceiro salário
INSS
FGTS
Indenizações
2. OCUPAÇÃO
Aluguéis e condomínios
Depreciações e amortizações
Manutenção e reparos
3. UTILIDADES E SERVIÇÕS
Energia elétrica
Água e esgoto
Seguros
Transporte de pessoal
4. HONORÁRIOS
Diretoria
Conselho de Administração
Conselho fiscal
5. DESPESAS GERAIS
Legais e judiciais
Auditoria
Consultoria
Treinamento de pessoal
6. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES
ITR
IPTU
IPVA
Taxas municipais e estaduais
Contribuição social
PIS
Pasep
Cofins
7. DESPESAS COM PROVISÕES
Constituição de provisão para perdas diversas
Constituição de provisões fiscais, previdenciárias, trabalhistas e cíveis
Constituição de provisão para beneficios a empregados
Constituição de provisão para redução ao a valor recuperável
Constituição de perdas estimadas nos estoques
Reversão de provisão para perdas diversas
Reversão de provisões fiscais, previdenciárias, trabalhistas e cíveis
Reversão de provisão para beneficios a empregados
Reversão de provisão para redução a valor recuperável
Reversão de perdas estimadas nos estoques
RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


1. RECEITA E DESPESAS FINANCEIRAS
1.1) DESPESAS FINANCEIRAS
Juros pagos ou incorridos
Descontos concedidos
Comissões e despesas bancarias
Custos de transação
1.2) RECEITAS FINANCEIRAS
Descontos obtidos
Juros recebidos ou auferidos
Receitas sabre outros investimentos temporários
Premio de resgate de títulos e debêntures
1.3) RESULTADO FINANCEIRO COMERCIAL
Receita financeira comercial
(Reversão de ajuste a valor presente de clientes, Líquido de suas perdas monetárias)
Despesa financeira comercial
(Reversão de ajuste a valor presente de clientes, Líquido de suas perdas monetárias)
2. VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE OBRIGAÇÕES E CRÉDITOS
2.1) VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE OBRIGAÇÕES
Variação cambial
Variação monetária passiva
2.2) VARIAÇÕES MONETÁRIAS DE CRÉDITOS
Variação cambial
Variação monetária ativa
3. PIS/PASEP SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS
4. COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS
d) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS
LUCROS E PREJUÍZOS DE PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS SOCIEDADES
Participação nos resultados de coligadas e controladas pelo método de equivalência
patrimonial
Dividendos e rendimentos de outros investimentos
Amortização de ágio ou deságio de investimentos
2. VENDAS DIVERSAS
Vendas de sucatas (liquidas de ICMS)
3. GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NOS INVESTIMENTOS
Ganhos e perdas na alienação de investimentos
Ganhos com compra vantajosa - Ágio
Perdas prováveis na realização de investimentos
Outros resultados em investimentos avaliados pela equivalência patrimonial
OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
1) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO IMOBILIZADO
Ganhos e perdas na alienação ou baixa de imobilizado
Valor Líquido de bens baixados
2) GANHOS E PERDAS DE CAPITAL NO INTANGÍVEL
Baixa de ativos intangíveis
Ganhos/perdas no diferido

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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - PLANO DE CONTAS


RESULTADO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS
Receitas e despesas das operacões
Tributos sobre operacões descontinuadas
Ganhos ou perdas reconhecidos nos ativos da operação descontinuada
Imposto de renda e contribuição social relacionados.
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
1. DEBÊNTURES
2. EMPREGADOS
3. ADMINISTRADORES
4. PARTES Beneficiárias
5. INSTITUIÇÃO OU FUNDO DE ASSISTÊNCIA OU PREVIDÊNCIA A EMPREGADOS
LUCRO (PREJUÍZO) Líquido DO EXERCÍCIO

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11 QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) Após o
levantamento do balanço patrimonial da empresa Beta S.A., apresentado
na tabela precedente, ocorreram as seguintes operações:

- prestação de serviços com recebimento à vista, no valor de R$ 16.500;


- pagamento de R$ 5.800 referentes a salários;
- apropriação de despesas financeiras referente às contas a pagar, no valor
de R$ 400; - pagamento de R$ 200 relativos a despesas com tributos;
- venda de 50% dos investimentos, com recebimento de R$ 5.000 previsto
para 30 dias; - pagamento a fornecedores, no valor de R$ 10.000, acrescido
de 10% de multa por atraso.

Após a contabilização dos fatos anteriormente descritos,

a) o saldo apurado na demonstração do resultado do exercício (DRE)


apresentará um lucro inferior a R$ 10.000.
b) o patrimônio líquido apresentará saldo superior a R$ 39.000, desde que
a empresa opte por reinvestir todo o resultado apurado.

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c) o valor total do ativo não circulante não sofrerá alteração, pois todas as
operações realizadas são de curto prazo.
d) o saldo final da conta banco apresentará saldo devedor de R$ 23.300.
e) a conta fornecedores deverá apresentar saldo credor final de R$ 7.900.

Comentários:

Para resolver essa questão, vamos “pegar” só as informações necessárias


para cada assertiva. Vamos lá:

a) Correto. O lucro apurado é de R$ 9.600,00.

Saldo da DRE (na ordem em que aparecem):

Prestação de serviços R$ 16.500,00


Salários (R$ 5.800,00)
Despesas financeiras (R$ 400,00)
Despesa com tributos (R$ 200,00)
Lucro na venda de investimento R$ 500,00
Multa por atraso no pagamento a fornecedores (R$ 1.000,00)
= Saldo na Demonstração do Resultado R$ 9.600,00

b) Errado. O saldo inicial do Patrimônio Líquido é de $25.000. Com o lucro


apurado na DRE de $9.600, apresentará saldo de $34.600.
c) Errado. A venda de 50% dos Investimentos diminui o saldo do Ativo Não
Circulante. d) Errado. A conta Bancos tem saldo devedor final de R$
23.500,00.

Conta Bancos
Saldo inicial R$ 24.000,00
Recebimento de serviços R$ 16.500,00
Pagamento de salários -R$ 5.800,00
Pagamento de tributos -R$ 200,00
Pagamento a fornecedores com juros -R$ 11.000,00
= Saldo final R$ 23.500,00

e) Errado. O saldo de Fornecedores é de R$ 8.900,00.

Conta Fornecedores
Saldo inicial R$ 18.900,00
Pagamento de fornecedores (R$ 10.000,00)
= Saldo final R$ 8.900,00

Gabarito A

2. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca da
apuração de resultados, julgue o item subsequente.

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A receita líquida com a venda de produtos corresponde à diferença entre a


receita bruta da venda dos produtos e o custo da sua produção.

Comentários:

Item errado, pois é o lucro bruto na Demonstração do Resultado que


corresponde à diferença entre a receita bruta da venda dos produtos e o
custo da sua produção. Feitas as deduções devidas da receita bruta,
chegamos à chamada receita líquida de vendas, vejam:

Receita Bruta
(-) Deduções da Receita
- Devoluções de Vendas
- Cancelamento de Vendas
- Descontos incondicionais concedidos
- Abatimentos concedidos
- Impostos sobre vendas (ICMS, PIS e COFINS)
- Ajuste a Valor Presente de Clientes
(=) Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(=) Lucro Bruto OU Resultado com Mercadorias.

GabaritoErrado.

3. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca da
apuração de resultados, julgue o item subsequente.

No Brasil, o lucro líquido contabilmente apurado difere do lucro utilizado


para a apuração do imposto de renda, denominado lucro real.

Comentários:

Item correto, pois o lucro líquido apurado na Demonstração do Resultado é


apurado de acordo com os princípios de Contabilidade. Por sua vez, o lucro
real, por seu turno, é o lucro líquido do período ajustado por adições,
exclusões e compensações, conforme previsão da legislação do Imposto de
Renda.

Funciona da seguinte forma:

Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)


+ Adições
(-) Exclusões
(-) Compensações
Base de cálculo do imposto de renda.

As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as


multas. Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o

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valor do lucro e, consequentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-


se esta situação, estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que
cometem ilícitos, uma vez que teriam sua tributação diminuída.

As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em


vista que no resultado contábil foram considerados resultados que não
devem ser tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas
na empresa que os distribui.

Professores, não entendi como funcionam as adições e exclusões.

1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE,


portanto, precisam ser adicionadas para serem tributadas pelo IR ou que
foram diminuídas da DRE mas devem ser acrescentadas, já que devemos
tributar pelo IR. A perda com equivalência patrimonial, por exemplo, se
enquadra nesta última hipótese.

Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, por que está
violando um pacto ambiental e está poluindo severamente o meio ambiente,
não poderá deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria premiá-la
por seu próprio desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode
fazê-lo. Deve fazer uma adição! As exclusões são justamente o contrário.

Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que
vão diminuir a base de cálculo para pagamento do imposto de renda. São
valores que a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, resultados
positivos, receitas e ganhos que estejam na DRE, mas não sejam
computados no lucro real, e o próprio prejuízo fiscal que for apurado em
exercícios anteriores (limitado a 30% do lucro líquido ajustado – ver
explicações abaixo).

Sobre a base de cálculo, índice o imposto de 15%, com adicional de Imposto


de Renda de 10%, quando a base de cálculo ultrapassar $20.000 por mês
(considerando-se o período de apuração do imposto), conforme abaixo:

A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de


R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número dos meses do respectivo período
de apuração sujeita-se à incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez
por cento).

Vejamos na prática como é...

Uma empresa possui registrada em seu LALUR prejuízos fiscais no montante


de R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em 2010, no primeiro
trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para férias
e resultado negativo de Método de Equivalência Patrimonial de R$ 40.000.
Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.

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Vamos lá! No primeiro trimestre.

Lucro antes do IR = 400.000.


+ Adições (Perda com MEP) 40.000
- Exclusões 0
Lucro ajustado 440.000.

Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se


trata de despesa, já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro
líquido do trimestre. O lucro do trimestre já considera todas as despesas do
período.

O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante


de 30% deste lucro ajustado (e não do prejuízo acumulado), de R$
440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos R$ 100.000, logo, poderemos
utilizar todo o valor.

Lucro ajustado 440.000


(-) Compensações 100.000
Base de cálculo do IR  Lucro real 340.000

Agora, calcula-se o IR.

A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10% sobre o


montante que exceder o número de meses x R$ 20.000.

Teremos:

Imposto = 15% x 340.000 = 51.000


Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000

Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 = R$


79.000,00.

GabaritoCerto

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4. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) A tabela seguinte


mostra os saldos contábeis, em reais, de determinada empresa, em
31/7/20X6.

Tendo como referência essas informações, julgue o próximo item.

O valor da receita líquida de vendas obtido a partir das contas apresentadas


é superior a R$ 900.000,00

Comentários:

A receita líquida é a diferença entre a receita bruta de vendas e as deduções


da receita:

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Demonstração do Resultado
Receita Bruta de Vendas R$ 1.260.000,00
Abatimento sobre vendas -R$ 30.000,00
PIS sobre o faturamento -R$ 20.790,00
Cofins sobre o faturamento -R$ 95.760,00
ICMS sobre as vendas -R$ 214.200,00
= Receita Líquida de Vendas R$ 899.250,00

Portanto, esse valor é INFERIOR a R$ 900.000,00 e não superior, com


apresentado pela assertiva.

Observação: Debêntures perpétuas representam um tipo especial de


debênture, que não possui data de vencimento pré-estabelecida.

GabaritoErrado.

Tendo como referência essas informações, julgue o próximo item.

5. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Debitando-se
todas as contas de receita, em contrapartida à conta de apuração do
resultado do exercício (ARE), e creditando-se todas as contas de despesas,
também em contrapartida à conta de ARE, constata-se que a conta de ARE
apresenta um saldo credor superior a R$ 240.000,00, que equivale ao lucro
apurado no exercício.

Comentários:

O lucro ou prejuízo auferido ao término do exercício deverá compor


o patrimônio líquido. Por isso, as contas que integram a
demonstração do resultado são zeradas ao fim do exercício. O
resultado será integrado ao patrimônio líquido, seja lucro, seja prejuízo.

Mais ou menos assim. Imagine que a empresa tenha as seguintes receitas


e despesas.

Demonstração do resultado do exercício


Lançamentos a Lançamentos a
débito crédito
Despesa A 50 Receita A 100
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50
Total das
Total das despesas 300 receitas 350
Lucro Líquido 50

O lançamento para transferir esse valor para o patrimônio líquido é o


seguinte:

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Débito: Lucro líquido 50


Crédito: Lucros acumulados 50

DRE Lucros acumulados (PL)


Lucro
Despesa A 50 Receita A 100 líquido 50
Despesa B 150 Receita B 200
Despesa C 100 Receita C 50
Total das Total das
despesas 300 receitas 350
Lucro do Lucro do
período 50 período 50

Feito isso, a DRE ficará com o saldo zerado (dizemos encerrada) e teremos
transferido o valor para a conta lucros acumulados (contra transitória que
fica no PL, até a distribuição destes valores).

Vamos elaborar a DRE completa com os dados apresentados:

Demonstração do Resultado
Receita Bruta de Vendas R$ 1.260.000,00
Abatimento sobre vendas -R$ 30.000,00
PIS sobre o faturamento -R$ 20.790,00
Cofins sobre o faturamento -R$ 95.760,00
ICMS sobre as vendas -R$ 214.200,00
= Receita Líquida de Vendas R$ 899.250,00
Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 510.000,00
Lucro Bruto R$ 389.250,00
Comissões de vendas -R$ 54.000,00
Despesas com salários -R$ 96.000,00
Receita de Juros R$ 7.800,00
Despesas de Juros -R$ 5.100,00
Lucro Líquido R$ 241.950,00

Agora, vamos analisar o que a assertiva apresentou:

Debitando-se todas as contas de receita, em contrapartida à conta de


apuração do resultado do exercício (ARE), e creditando-se todas as contas
de despesas, também em contrapartida à conta de ARE, constata-se que

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a conta de ARE apresenta um saldo credor superior a R$


240.000,00, que equivale ao lucro apurado no exercício.

Item correto, pois como apuramos, o Lucro Líquido é de R$ 241.950,00,


portanto, o saldo apurado foi credor e superior a R$ 240.000,00.

GabaritoCorreto.

6. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Tendo como


referência essas informações, julgue o próximo item.

A empresa deverá desembolsar mais de R$ 150.000,00 para pagar os


impostos apurados em 31/7/20X6.

Comentários:

Os principais tributos incidentes sobre a venda são ICMS, ISS, PIS e


COFINS. Esses tributos possuem, como regra, a característica da não-
cumulatividade, isto é, compensa-se o montante devido com o montante
cobrado em operações anteriores.

Evita-se o efeito cascata e a empresa paga a tributação que incidir somente


sobre o valor agregado por ela. Portanto, o montante de impostos a pagar
é a diferença entre a tributação incidente sobre a venda e o montante a
recuperar.

Assim sendo, temos que:

ICMS sobre vendas R$ 214.000


(-) ICMS a recuperar (R$ 60.000)
= ICMS a recolher R$ 154.200

Não consideramos a não-cumulatividade do PIS e da COFINS porque a


questão fez menção expressa ao montante devido de Impostos, e o PIS e
COFINS são contribuições.

GabaritoCorreto.

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7. (CESPE/TCE-PR/ Analista de Controle - Atuarial /2016)

Texto 3A3AAA

No último balancete de encerramento de determinado exercício, uma


empresa apresentou rol de contas patrimoniais e de resultados, com os
respectivos saldos em milhares de reais, conforme mostrado na tabela
precedente.

Com base nas contas apresentadas no texto 3A3AAA, é correto afirmar que
o lucro líquido do exercício foi igual a

a) R$ 2.250.000.
b) R$ 1.535.000.
c) R$ 7.000.000.
d) R$ 3.000.000.
e) R$ 2.325.000.

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Comentários:

Esse tipo de questão geralmente assusta, em virtude do número elevado


de contas, mas como a questão solicitou diretamente o Lucro Líquido,
vamos separar somente as contas de resultado na ordem que apareceram
e calcularemos o “rédito” do exercício.

Demonstração do Resultado
Receita Líquida de Vendas R$ 15.000,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas -R$ 8.000,00
(-) IR/CSLL -R$ 790,00
(-) Despesas Gerais -R$ 4.000,00
(-) Despesas Financeiras -R$ 750,00
(+) Resultado Positivo MEP R$ 75,00
= Lucro Líquido R$ 1.535,00

GabaritoB

Considerando que a tabela precedente apresenta as únicas contas


relevantes para fins de levantamento do balancete e para a apuração do
resultado do exercício de determinada entidade, julgue o item a seguir.

8. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) A entidade em questão


possui situação patrimonial líquida superavitária, resultante de seguidos
lucros auferidos.

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Comentários:

Para encontrarmos a situação patrimonial líquida, vamos utilizar a equação


fundamental da Contabilidade:

Ativo = Passivo + PL

Ativo
Caixa R$ 1.000
Títulos a receber R$ 500
Aluguéis a receber R$ 500
Veículos R$ 4.000
Móveis e utensílios R$ 2.000
Máquinas e equipamentos R$ 1.000
Total do Ativo R$ 9000

Passivo
Promissórias a pagar R$ 2.000
Duplicatas a pagar R$ 7.000
Impostos a pagar R$ 5.000
Total do Passivo R$ 14.000

Portanto, a situação líquida da empresa é 9000 – 14000 = - 5.000.


Portanto, a situação líquida da empresa é deficitária e não superavitária,
como afirma a assertiva.

GabaritoErrado

Considerando que a tabela precedente apresenta as únicas contas


relevantes para fins de levantamento do balancete e para a apuração do
resultado do exercício de determinada entidade, julgue o item a seguir.

9. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) No rol de contas


apresentado, há apenas duas contas de resultado.

Comentários:

Item correto, pois temos as contas “Receitas” e “Custos e Despesas” com


contas de resultado.

GabaritoCorreto.

10. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) No que se refere às


principais demonstrações contábeis previstas em lei, julgue o item que se
segue.

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Para a apuração do resultado do exercício e o levantamento da


demonstração do resultado, devem-se considerar as receitas —
independentemente de seu efetivo recebimento — e a totalidade das
despesas e custos — independentemente de já terem gerado receitas.

Comentários:

A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que


apresenta o confronto entre receitas e despesas da entidade.

Se as receitas forem maiores que as despesas, temos a ocorrência


de lucro. Ao contrário, sobrepondo-se as despesas às receitas,
temos prejuízo. Tudo isso conforme o pressuposto contábil de
competência, pelo qual as receitas e despesas devem ser reconhecidas
independentemente de pagamento ou recebimento. A Lei 6.404/76 é clara
ao ordenar a utilização do regime de competência na contabilidade:

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros


permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta
Lei e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as
mutações patrimoniais segundo o regime de competência.

Regime de
DRE
competência
Agora, vamos analisar a nossa assertiva, dividindo-a em duas partes, para
termos um entendimento melhor:

“Para a apuração do resultado do exercício e o levantamento da


demonstração do resultado, devem-se considerar as receitas —
independentemente de seu efetivo recebimento —“.

Esse trecho está correto, pois atendo ao pressuposto da Competência.

“E a totalidade das despesas e custos — independentemente de já terem


gerado receitas.”

Essa parte da assertiva torna a questão errada. Uma das consequências do


Princípio de Competência é a simultaneidade entre despesas e receitas e
isso está previsto no CPC 00, veja:

4.50 As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado


com base na associação direta entre elas e os correspondentes itens de
receita. Esse processo, usualmente chamado de confrontação entre
despesas e receitas (regime de competência), envolve o

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reconhecimento simultâneo ou combinado das receitas e despesas


que resultem diretamente ou conjuntamente das mesmas transações ou
outros eventos. Por exemplo, os vários componentes de despesas que
integram o custo das mercadorias vendidas devem ser reconhecidos no
mesmo momento em que a receita derivada da venda das mercadorias
é reconhecida.

Portanto, não reconhecemos na DRE despesas e custos que não geraram


receitas.

GabaritoErrado.

11. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) Com base na legislação


societária e nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, julgue o item subsequente, a respeito das demonstrações
contábeis.

O modelo de demonstração do resultado do exercício previsto na Lei n.º


6.404/1976 inicia-se pela receita bruta, apurando-se a receita líquida a
partir das deduções de impostos sobre vendas, devoluções e outras
deduções sobre a receita bruta.

Comentários:

De acordo com a Lei 6.404:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

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§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da


sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

A demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro ou prejuízo


obtido no exercício, tem a estrutura seguinte:

Estrutura da demonstração do resultado do exercício

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta


(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com
mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)
Outras despesas operacionais
+ Outras receitas operacionais
Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido
(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)
+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)
Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre
Lucro Líquido
(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL
Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

GabaritoCorreto.

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12. (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle


Externo/Contabilidade/2016) A partir dessas informações, julgue o
item a seguir.

O patrimônio líquido após a apuração do resultado do exercício é superior


a R$ 10.400.

Comentários:

Esse balancete não está fechado e a diferença é justamente o “rédito”, isto


é, o resultado do exercício:

Contas Devedoras Credoras Classificação


Caixa R$ 1.000,00 AC
Clientes R$ 3.000,00 AC
Prêmio De Seguros A Vencer Cp R$ 100,00 AC
Perda Estimada Estoques R$ 200,00 AC
Pcld R$ 90,00 AC

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Estoques Para Revenda R$ 4.000,00 AC


Empréstimos A Pessoas Ligadas R$ 500,00 ANC
Imóveis Para Investimento R$ 5.000,00 ANC
Imobilizações De Uso R$ 10.000,00 ANC
Depreciação Acumulada R$ 1.000,00 ANC
Duplicatas Descontadas R$ 1.000,00 PC
Juros Passivos A Transcorrer R$ 100,00 PC
Fornecedores R$ 3.000,00 PC
Salários E Encargos A Pagar R$ 2.000,00 PC
Empréstimos A Vencer Cp R$ 1.000,00 PC
Financiamentos A Vencer Lp R$ 5.000,00 PNC
Refinanciamento De Tributos R$ 300,00 PNC
Capital Social R$ 10.000,00 PL
Ações em tesouraria R$ 190,00
Aap R$ 100,00 PL
Reservas De Capital R$ 300,00 PL
Reservas De Lucros R$ 300,00 PL
Total R$ 23.990,00 R$ 24.190,00
Diferença R$ 200,00 Devedora

Assim sendo, o resultado do exercício foi prejuízo de R$ 200,00. O saldo do


PL, obtido através do balancete, é igual a:

Patrimônio Líquido
Capital Social R$ 10.000,00
Ações em tesouraria -R$ 190,00
Aap -R$ 100,00
Reservas De Capital R$ 300,00
Reservas De Lucros R$ 300,00
Lucros Acumulados -R$ 200,00
Total R$ 10.110,00

Gabarito  Correto.

13. (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle


Externo/Contabilidade/2016) No que se refere aos livros de
escrituração e às previsões legais relativas às demonstrações contábeis,
julgue o item a seguir.

Para fins de elaboração da demonstração do resultado do exercício, a


receita de venda é contabilizada por ocasião da transferência dos riscos e
benefícios das mercadorias, dos produtos e dos serviços fornecidos pela
entidade.

Comentários:

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Item correto pessoal, conforme elucida-nos o CPC 30 – Receitas, item 14,


“a”:

A receita proveniente da venda de bens deve ser reconhecida quando forem


satisfeitas todas as seguintes condições:

(a) A entidade tenha transferido para o comprador os riscos e benefícios


mais significativos inerentes à propriedade dos bens;

A transferência de riscos e benefícios é fundamental para o reconhecimento


de uma receita, e segundo a norma supracitada, se a entidade retiver riscos
significativos da propriedade, a transação não é uma venda e a receita não
pode ser reconhecida.

Gabarito  Correto.

14. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Área Contabilidade e


Finanças/2016) Julgue o item a seguir, no que se refere a demonstrações
contábeis.

O percentual do lucro líquido de cada exercício destinado ao pagamento de


dividendos obrigatórios é parte integrante da demonstração do resultado
do exercício.

Comentários:

O resultado do exercício é transferido para o PL. Depois disso,


ocorre o cálculo e a contabilização das reservas e dos dividendos.
Vale dizer, as Reservas e os dividendos não aparecem na DRE e não
afetam o resultado do exercício (irão afetar os lucros acumulados,
no PL).

É função da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) ou


das Notas Explicativas apresentarem , o montante de dividendos
reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o
respectivo montante dos dividendos por ação.

GabaritoErrado.

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15. (CESPE/TCE-PR/Auditor/2016) A tabela mostrada acima, em


que os valores estão em reais, exemplifica uma demonstração do resultado

a) elaborada adotando-se o método da natureza da despesa, válida para


fins societários.
b) abrangente, conforme o CPCt.
c) proposta no formato de contribuição.
d) gerencial, sem valor societário.
e) proposta no formato funcional, com aplicação societária.

Comentários:

Segundo o CPC 26, a entidade deve apresentar uma análise das despesas
utilizando uma classificação baseada na sua natureza, se permitida
legalmente, ou na sua função dentro da entidade, devendo eleger o critério
que proporcionar informação confiável e mais relevante, obedecidas as
determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na


demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,
depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as
várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias
alocações de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de
dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na
fabricação (que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório
(que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da
depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o


que se segue:

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Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

GabaritoA

16. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário – Contabilidade)

Tendo como referência as informações da tabela e assuntos a ela correlatos,


assinale a opção correta a respeito da demonstração do resultado do
exercício.

a) O lucro antes do imposto de renda e da CSLL somou R$ 52.000.


b) As outras receitas e despesas somam R$ 7.000.
c) A demonstração apurada segundo a Lei das Sociedades por Ações inicia-
se com as vendas líquidas.
d) O lucro bruto somou R$ 80.000.

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e) O lucro líquido do exercício totalizou R$ 13.000.

Comentários:

Vamos elaborar a Demonstração do Resultado com os dados fornecidos:

Demonstração do Resultado do Exercício

Vendas líquidas R$ 400.000,00

(-) Custo da mercadoria vendida -R$ 200.000,00

Lucro bruto R$ 200.000,00

(-) Despesas operacionais -R$ 178.000,00

Despesas Diversas -R$ 6.000,00

Administrativas e Comerciais -R$ 140.000,00

Depreciação -R$ 15.000,00

Despesas com PECLD -R$ 10.000,00

Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras) -R$ 7.000,00

Resultado operacional R$ 22.000,00

= + Outras receitas - Lucro na venda de Imobilizado R$ 30.000,00

Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido R$ 52.000,00

(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL -R$ 13.000,00

Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações R$ 39.000,00

Agora, vamos analisar cada alternativa:

a) O lucro antes do imposto de renda e da CSLL somou R$ 52.000. Correto,


conforme demonstramos.

b) As outras receitas e despesas somam R$ 7.000. Errado, o valor de


Outras Receitas é de R$ 30.000, representado pelo Lucro na venda do
Imobilizado.

c) A demonstração apurada segundo a Lei das Sociedades por Ações inicia-


se com as vendas líquidas. Errado, a demonstração do resultado de acordo
com a LSA inicia-se pela Receita Bruta de vendas.

d) O lucro bruto somou R$ 80.000. Errado, o valor do Lucro Bruto foi de


R$ 200.000,00.

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e) O lucro líquido do exercício totalizou R$ 13.000. Errado, o valor do lucro


líquido foi de R$ 39.000,00.

GabaritoA

17. (CESPE/Telebras/Contador/2015) A respeito da elaboração do


balanço patrimonial, da demonstração do resultado do exercício, da
demonstração do resultado abrangente e de operações a elas relacionadas,
julgue o item subsequente.

Para obtenção do lucro antes do imposto de renda, receitas e despesas não


operacionais são deduzidas dos resultados operacionais.

Comentários:

A parte da DRE que outrora era denominada receitas não operacionais


e despesas não operacionais passa agora a figurar como outras
receitas e outras despesas.

A Lei 6.404 não trouxe um rol do que vem a se classificar como outras
receitas e outras despesas. A contabilidade, contudo, traz emprestado para
si o conceito estatuído pela legislação do IR.

Segundo o Imposto de Renda, são não operacionais os ganhos e perdas de


capital. Por exemplo, a alienação de investimentos e ativos imobilizados
com lucro ou prejuízo.

Atenção! Ganho de capital ou perda de capital se refere exclusivamente às


negociações do ativo imobilizado, intangível e investimento.

Ou seja, se a empresa tem um veículo com valor contábil de 10.000 e vende


por 15.000, tem um ganho de capital de 5.000 (o "lucro" na transação).

Ganho ou perda de capital não está relacionado com as despesas ou receitas


financeiras.

Essa expressão é usada apenas para transações do imobilizado,


investimento e intangível.

GabaritoErrado.

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* LAIR = lucro antes do imposto de renda e da CSLL

Com base na tabela acima, que apresenta os saldos, em reais, das contas
contábeis da Cia. ABC S/A, ainda não encerrados contabilmente, referentes
ao exercício findo em 31/12/2013, julgue o item a seguir.

18. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O resultado do exercício


inviabiliza a constituição da reserva legal no período.

Comentário:

Vamos esboçar a Demonstração do Resultado do Exercício:

Demonstração do Resultado do Exercício


Receita de Vendas 4.000
Impostos incidentes sobre vendas - 1.000
Receita líquida de Vendas 3.000
Custo das mercadorias vendidas - 2.500

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Lucro Bruto 500


Despesas Tributárias - 300
Despesas Administrativas - 300
Comissões de vendedores - 200
Despesa de equivalência Patrimonial - 200
Lucro antes do IR e da CSLL - 500
IR e CLSS -
Resultado Líquido do Exercício - 500

A despesa de equivalência patrimonial não é dedutível. Mas, mesmo sem


considerar essa despesa, a empresa tem prejuízo, portanto não devemos
constituir o IR e a Contribuição Social do Lucro Líquido.

Como não apurou lucro, a empresa também não irá constituir a Reserva
Legal, que é de 5% do Lucro.

Gabarito  Certo

19. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Após o encerramento


contábil, o patrimônio líquido será reduzido em relação ao patrimônio
líquido anterior ao encerramento contábil.

Comentário:

Demonstração do Resultado do Exercício


Receita de Vendas 4.000
Impostos incidentes sobre vendas - 1.000
Receita líquida de Vendas 3.000
Custo das mercadorias vendidas - 2.500
Lucro Bruto 500
Despesas Tributárias - 300
Despesas Administrativas - 300
Comissões de vendedores - 200
Despesa de equivalência Patrimonial - 200
Lucro antes do IR e da CSLL - 500
IR e CLSS -
Resultado Líquido do Exercício - 500

O prejuízo apurado no Exercício, de $500,00, será transferido para o


Patrimônio Líquido, na conta Prejuízos Acumulados.

Portanto, o saldo do Patrimônio Líquido irá diminuir.

Gabarito  Certo

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20. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) A compensação do prejuízo


acumulado deverá ser demonstrada na apuração do resultado do exercício,
após a dedução do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

Comentário:

O Resultado do Exercício é transferido para a conta Lucro/prejuízos


acumulados.

A lei 6404/76 determina, no artigo 189, que eventuais prejuízos apurados


pela empresa devem ser obrigatoriamente absorvido pelos lucros
acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.

Atualmente, as empresas não podem mais manter a conta Lucros


Acumulados no Balanço, portanto os prejuízos devem ser absorvido pelas
reservas de lucro e pela reserva legal.

E essa compensação ocorre no Patrimônio Líquido, após a apuração do


Resultado do Exercício.

Gabarito  Errado

21. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) A existência de impostos e


contribuições a recolher é indicativa de lucro no exercício de 2013.

Comentário:

Afirmação incorreta. Os impostos e contribuições a recolher podem ser


impostos e contribuições sobre vendas (IPI, ICMS, PIS e COFINS), e não
sobre o lucro.

Vejamos a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício


Receita de Vendas 4.000
Impostos incidentes sobre vendas - 1.000
Receita líquida de Vendas 3.000
Custo das mercadorias vendidas - 2.500
Lucro Bruto 500
Despesas Tributárias - 300
Despesas Administrativas - 300
Comissões de vendedores - 200
Despesa de equivalência Patrimonial - 200
Lucro antes do IR e da CSLL - 500
IR e CLSS -
Resultado Líquido do Exercício - 500

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A empresa apurou prejuízo no período, portanto não tem imposto e


contribuição sobre o lucro.

Gabarito  Errado

22. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Com relação ao


reconhecimento, à mensuração e à apresentação das contas patrimoniais e
de resultado, julgue o item que se segue.

Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto


operacional, as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas
são subtraídos diretamente da receita bruta de vendas.

Comentário:

Assertiva incorreta. Conforme a Lei 6404/76:

De acordo com a Lei 6.404:


SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os
abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;

Assim, as deduções das vendas são subtraídas da receita bruta, apurando-


se a receita líquida; e o custo das mercadorias vendidas é subtraído da
receita líquida.

Receita Bruta
(-) Deduções de vendas (descontos incondicionais, impostos, devoluções,
abatimentos)
= Receita Líquida
(-) Custo das Mercadorias Vendidas
(-) Lucro Bruto

Gabarito  ERRADO

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)
Receita de vendas 1.879,4
Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125

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Receita de equivalência patrimonial 35


Receitas financeiras 93
Despesas financeiras 124,5
Ganhos de capital 5

A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

23. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O lucro bruto da empresa é


superior a R$ 750 milhões.

Comentário:

Vamos esboçar a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício R$ (milhões)


Receita de vendas 1.879,40
Tributos sobre vendas - 300,00
Receita Líquida 1.579,40
Custo dos produtos vendidos - 820,00
Lucro Bruto 759,40
Despesas com vendas - 180,00
Despesas administrativas - 125,00
Receita de equivalência patrimonial 35,00
Receitas financeiras 93,00
Despesas financeiras - 124,50
Ganhos de capital 5,00
Lucro Antes do IR e CSLL 462,90

O Lucro Bruto é de $759,40.

Gabarito  Certo

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)
Receita de vendas 1.879,4
Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125
Receita de equivalência patrimonial 35
Receitas financeiras 93

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Despesas financeiras 124,5


Ganhos de capital 5

A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

24. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O conjunto de despesas


administrativas e de vendas é também denominado despesas operacionais.

Comentário:

A questão remete à estrutura da Demonstração de Resultado do


Pronunciamento CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações
Contábeis:

(a) receitas;
(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos;
(c) lucro bruto;
(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas
e receitas operacionais;
(e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do
método de equivalência patrimonial;
(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras
(g) despesas e receitas financeiras;
(h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;
(i) despesa com tributos sobre o lucro;
(j) resultado líquido das operações continuadas;
(k) valor líquido dos seguintes itens:
(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;
(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo
menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à
disposição para venda que constituem a unidade operacional
descontinuada.
(l) resultado líquido do período.

Por essa estrutura, as Despesas e Receitas Financeiras não entram junto


com as Despesas Operacionais, pois são demonstradas separadamente.

Pela lei 6404/76, as Despesas e Receitas Financeiras são parte das despesas
operacionais.

Gabarito  Certo

25. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014)

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)

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Receita de vendas 1.879,4


Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125
Receita de equivalência patrimonial 35
Receitas financeiras 93
Despesas financeiras 124,5
Ganhos de capital 5

A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

Considere que a tributação sobre o lucro represente 40% do lucro contábil


da empresa. Nesse caso, o valor do tributo será superior a R$ 190 milhões.

Comentário:

Conforme a DRE:

Demonstração do Resultado do Exercício R$(milhões)


Receita de vendas 1.879,40
Tributos sobre vendas - 300,00
Receita Líquida 1.579,40
Custo dos produtos vendidos - 820,00
Lucro Bruto 759,40
Despesas com vendas - 180,00
Despesas administrativas - 125,00
Receita de equivalência patrimonial 35,00
Receitas financeiras 93,00
Despesas financeiras - 124,50
Ganhos de capital 5,00
Lucro Antes do IR e CSLL 462,90
IR e CSLL (40%) - 185,16
Lucro Líquido 277,74

Assertiva errada. Os tributos sobre o lucro são menores que 190 milhões.

Gabarito  Errado.

contas ano 1 (em R$) ano 2 (em R$)


Duplicatas descontadas 20 20

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Dividendos a pagar 30 27
Imposto de renda e
30 25
Contribuição social apurada
Capital social integralizado
380 400
em moeda
Lucro líquido do exercício 100 80
Despesa com ajuste de
5 3
instrumentos financeiros
Juros ativos 3 1
Gastos na emissão de ações 2 0
Depreciação acumulada 6 8
Ajustes de instrumentos
2 3
financeiros

A tabela na coluna anterior apresenta um rol de contas e saldos que podem


compor diferentes demonstrações contábeis e não constituem a forma
completa de uma demonstração contábil. Com base nessas informações,
julgue o item subsequente, considerando que o ano 1 seja anterior ao ano
2.

26. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) No rol de contas apresentado, há


apenas uma conta que diminui e uma conta que aumenta o resultado líquido
do exercício.

Comentário:

Vamos classificar:

Duplicatas descontadas Passivo


Dividendos a pagar Passivo
Imposto de renda e Contribuição Social
apurada Resultado Diminui
Capital social integralizado em moeda PL
Lucro líquido do exercício
Despesa com ajuste de instrumentos
financeiros Resultado Diminui
Juros ativos Resultado Aumenta
Gastos na emissão de ações PL
Depreciação acumulada Ativo
Ajustes de instrumentos financeiros Ativo/Passivo

Questão errada. Há duas contas que diminuem o resultado líquido.

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Quanto ao Lucro Líquido do Exercício, não é uma conta. É o resultado que


a empresa vai apurar, depois de comparar as receitas com as despesas.

Ajuste de instrumentos financeiros: é a contrapartida das “Despesas com


ajuste de instrumentos financeiros”. Pode ser conta de ativo (aplicação em
instrumentos financeiros) ou passivo.

Quanto ao “Imposto de renda e Contribuição Social apurada”: é conta de


resultado. A conta do Passivo seria “Imposto de renda e contribuição Social
a recolher”.

Gabarito  Errado

27. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) Na determinação do resultado


do exercício, deverão ser computadas as receitas e os rendimentos
adquiridos no período, mas não os custos, as despesas, os encargos e as
perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos.

Comentários

O item está incorreto. De acordo com o regime de competência, as receitas


e despesas correlatas devem ser reconhecidas simultaneamente na
demonstração do resultado do exercício.

Gabarito  Errado.

28. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) A mensuração da receita é


feita pelo valor nominal das contraprestações recebidas ou a receber.

Comentários

A resposta para esta questão, quanto ao quantum a ser registrado, está no


item 9 do CPC 30 – Receitas, que prega: a receita deve ser mensurada pelo
valor justo da retribuição recebida ou a receber.

A intenção da contabilidade hodierna é segregar os resultados obtidos com


mercadorias/prestações de serviços dos resultados financeiros.

Gabarito  Errado.

29. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) As despesas podem ser


classificadas na demonstração do resultado do exercício de acordo com sua
natureza ou função.

Comentários

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A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma


classificação baseada na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua
função dentro da entidade, devendo eleger o critério que proporcionar
informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações legais.

No método da natureza da despesa, as despesas são agregadas na


demonstração do resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo,
depreciações, compras de materiais, despesas com transporte, benefícios
aos empregados e despesas de publicidade), não sendo realocados entre as
várias funções dentro da entidade.

Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias
alocações de gastos a classificações funcionais. Por exemplo, ao invés de
dividir a depreciação do período entre depreciação das máquinas usadas na
fabricação (que é atribuída ao custo do produto) e depreciação do escritório
(que gera despesa administrativa), é demonstrado apenas o valor total da
depreciação.

Um exemplo de classificação que usa o método da natureza do gasto é o


que se segue:

Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações X
Outras despesas X
Total da despesa (X)
Resultado antes dos tributos X

A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do


“custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas
de acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou
serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou
das atividades administrativas.

No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e serviços


vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.

Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do


que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às
funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável
julgamento.

Um exemplo de classificação que utiliza o método da função da despesa é


a seguinte:

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Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

Como se percebe, as empresas usam o método da função da despesa


(também chamado de “método do custo do produto ou serviço vendido”),
no Brasil, pois esse é o método que consta na Lei 6404/76.

Gabarito  Correto.

A tabela a seguir apresenta as contas de resultado de uma empresa


comercial e os respectivos saldos, em reais, sem, contudo, indicar a
natureza (débito ou crédito).

Custo de mercadorias e serviços 38.000


Depreciação e amortização 2.500
Despesa financeira 2.700
Despesas com vendas 18.000
Despesas gerais e administrativas 3.100
Devoluções de venda 2.000
Imposto de renda 12.000
Impostos sobre vendas 11.000
Outras despesas operacionais 4.000
Receita bruta 85.000
Receita financeira 1.000

Com base nessas informações, julgue os próximos itens relativos à


elaboração da demonstração do resultado do exercício (dre).

30. (CESPE/TJ-AC/ Contador/2012) A apuração do resultado mostra


um prejuízo líquido de R$ 1.200,00.
31. l(CESPE/TJ-AC/ Contador/2012) ucro bruto é superior a R$
43.000,00.

Comentários:

A partir das informações acima, podemos montar a Demonstração do


Resultado:

Demonstração do Resultado

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receita bruta 85.000


devoluções de venda - 2.000
impostos sobre vendas - 11.000
receita líquida 72.000
custo de mercadorias e serviços - 38.000
lucro bruto 34.000
depreciação e amortização - 2.500
despesas com vendas - 18.000
despesas gerais e administrativas - 3.100
despesa financeira - 2.700
receita financeira 1.000
lucro operacional 8.700
outras despesas operacionais - 4.000
Lucro antes do IR 4.700
imposto de renda - 12.000
Prejuízo do Exercício - 7.300

O Prejuízo líquido é de R$ 7.300,00. E o Lucro Bruto é de R$ 34.000,00.

Gabarito  Errado
Gabarito  Errado

32. (CESPE/TJ-RO/ Contador/2012) De acordo com a legislação


societária, com os pronunciamentos do CPC e com as práticas contábeis,
assinale a opção em que todas as contas mostradas sejam exclusivamente
de resultado.

A) Depreciação acumulada de veículos / despesas de comissões


B) ICMS a recolher / despesas gerais
C) IPI a compensar / despesas com energia elétrica
D) Despesas com pessoal / salários a pagar
E) Custo das mercadorias vendidas / reversão de perdas estimadas nos
estoques

Comentários:

Vamos analisar as alternativas:

A) Depreciação acumulada de veículos  Retificadora do Ativo


Despesas de comissões  Resultado

B) ICMS a recolher  Passivo


Despesas gerais  Resultado

C) IPI a compensar  Ativo


Despesas com energia elétrica  Resultado

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D) Despesas com pessoal  Resultado


Salários a pagar  Passivo

E) Custo das mercadorias vendidas  Resultado


Reversão de perdas estimadas nos estoques  Resultado

Gabarito  E

Bancos 40.000
Créditos a receber 25.000
Despesas de aluguéis 8.000
Empréstimos a pagar 38.500
Receitas de serviços 34.000
Despesas de água, luz e telefone 15.000
Estoque de material de consumo 20.000
Móveis e utensílios 12.000
Veículos 24.000
Capital 73.500
Despesas com material de consumo 2.000

Considerando que os dados acima, em reais, correspondem ao


encerramento do primeiro exercício financeiro de determinada entidade,
julgue os itens consecutivos, acerca da composição do balanço patrimonial
e da demonstração do resultado do exercício dessa entidade.

33. (CESPE/DPF/Agente/2012) A demonstração do resultado do


exercício apresentou prejuízo de R$ 11.000,00.

Comentários:

Com as contas apresentadas, chegamos ao seguinte resultado:

Receitas de serviços 34.000


Despesas de água, luz e telefone - 15.000
Despesas de aluguéis - 8.000
Despesas com material de consumo - 2.000
Lucro 9.000

Gabarito  Errado

34. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) O modelo de demonstração do


resultado do exercício apresentado abaixo utiliza a função das despesas
como método para subclassificá-las.

Receita de vendas 10.000


Custo dos produtos vendidos (6.000)

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Lucro bruto 4.000


Despesas de vendas (600)
Despesas administrativas (300)
Outras despesas (300)
Resultado antes dos tributos 2.800

Comentários

Busquemos a resposta para esta assertiva no Pronunciamento de n. 26 do


CPC, com a revisão de n. 1, que prescreve:

101. As despesas devem ser subclassificadas a fim de destacar


componentes do
desempenho que possam diferir em termos de frequência, potencial de
ganho ou
de perda e previsibilidade. Essa análise dever ser proporcionada em uma
das duas formas descritas a seguir, obedecidas as disposições legais.

102. A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As


despesas são agregadas na demonstração do resultado de acordo com a
sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais, despesas
com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não
sendo realocados entre as várias funções dentro da entidade. Esse método
pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos
a classificações funcionais. Um exemplo de classificação que usa o método
da natureza do gasto é o que se segue:

Receitas X
Outras Receitas X
Variação do estoque de produtos acabados e em elaboração X
Consumo de matérias-primas e materiais X
Despesa com benefícios a empregados X
Depreciações e amortizações
X
Outras despesas X
Total da despesa
(X)
Resultado antes dos tributos X

103. A segunda forma de análise é o método da função da despesa ou do


“custo dos produtos e serviços vendidos”, classificando-se as despesas de
acordo com a sua função como parte do custo dos produtos ou serviços
vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das atividades
administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos
e serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras
despesas. Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos
usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de
despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver

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considerável julgamento. Um exemplo de classificação que utiliza o método


da função da despesa é a seguinte:

Receitas X
Custo dos produtos e serviços vendidos (X)
Lucro bruto X
Outras receitas X
Despesas de vendas (X)
Despesas administrativas (X)
Outras despesas (X)
Resultado antes dos tributos X

Portanto, o modelo de demonstração do resultado do exercício apresentado


abaixo utiliza a função das despesas como método para subclassificá-las.

Gabarito  Correto.

35. (CESPE/Analista Judiciário/STM/2011) Para determinação do


resultado do exercício, as receitas e os rendimentos recebidos no período
devem ser confrontados com seus custos, despesas e encargos
efetivamente desembolsados.

Comentários

O item está incorreto.

Sabe-se que o regime de competência, que é o utilizado na contabilidade,


confronta as receitas e despesas incorridas, sejam elas recebidas/pagas
ou a receber/a pagar.

Gabarito  Errado.

36. (CESPE/Analista Judiciário/STM/2011) Na demonstração do


resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da dedução dos custos dos
produtos, mercadorias ou serviços da receita de vendas ou prestação de
serviços, descontadas as devoluções, abatimentos e impostos sobre
vendas.

Comentários

Conforme a Lei 6404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;

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A estrutura, conforme a lei, é a seguinte:

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta


(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias

Gabarito  Correto.

37. (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Se determinada


empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o imposto
de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das
participações estatutárias.

Comentários

Se a questão for genérica, considere a regra geral: as participações são


deduzidas após o cálculo do IR e da CSLL, conforme a estrutura abaixo:

Resultado antes do Imposto de Renda


(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda
Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações
(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados
Lucro ou prejuízo líquido do exercício

Gabarito  Errado.

38. (CESPE/TJ-ES/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Em


relação ao encerramento do exercício social e às normas legais aplicáveis à
contabilidade, julgue os próximos itens.

A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o


lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações
de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias.

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Comentários:

Vamos examinar as assertivas:

“A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o


lucro eventualmente apurado será distribuído”

Correto. O Lucro será apurado na Demonstração do Exercício. Depois, é


transferido para o PL, na conta Lucros Acumulados, e é utilizado para
compensar eventuais prejuízos acumulados, para constituir as Reservas de
Lucros e para pagamento de dividendos. Assim, a DRE não abrange a forma
como o lucro será distribuído.

“mas inclui as participações de debêntures, empregados, administradores


e partes beneficiárias.”

Correto. As participações ficam na DRE. Além das citadas acima, há também


a participação de Fundo de assistência/previdência a empregados.

Gabarito  Correto.

39. (CESPE/TJ-ES/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Se


determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão
para o imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento
das participações estatutárias.

Comentários:

O Imposto de Renda é calculado antes do pagamento das participações


(lembramos que as participações de Debenturistas e Empregados são
dedutíveis).

Conforme a Lei 6404/76:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:


I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os
abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a
provisão para o imposto;

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VI – as participações de debêntures, empregados, administradores


e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados, que não se caracterizem como
despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:


a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da
sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Gabarito  Errado.

40. (CESPE/STM/Analista Judiciário/Contabilidade/2011) Acerca


das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na Lei n./ 6.404/1976,
julgue os itens a seguir.

Para determinação do resultado do exercício, as receitas e os rendimentos


recebidos no período devem ser confrontados com seus custos, despesas e
encargos efetivamente desembolsados.

Comentários:

A assertiva afirma que deve ser usado o Regime de Caixa na determinação


do resultado do exercício. Mas deve ser usado o Regime de Competência.

Confira o § 1º do Art. 187 da Lei 6404/76 (Lei das SAs):

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:


a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da
sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Gabarito  Errado.

41. (CESPE/STM/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Na


demonstração do resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da
dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços da receita de
vendas ou prestação de serviços, descontadas as devoluções, abatimentos
e impostos sobre vendas.

Comentários:

Segundo a Lei 6404/76:

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Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;

Gabarito  Correto.

42. (TJ ES 2010 Contador – CESPE) A demonstração do resultado de


exercício evidencia que, para a apuração do lucro bruto, deve-se fazer a
subtração das despesas gerais e administrativas.

Comentários:

A Demonstração do Resultado do Exercício tem a seguinte estrutura:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas;
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

Assim, as despesas gerais e administrativas não entram no cálculo do Lucro


Bruto.

Gabarito  Errada

43. (CESPE/TRE/ES/2010/Contabilidade) Em relação ao


encerramento do exercício social e às normas legais aplicáveis à
contabilidade, julgue os próximos itens.

A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o


lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações
de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias.

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Comentários:

A distribuição do lucro é evidenciada na Demonstração dos Lucros ou


Prejuízos Acumulados ou na Demonstração das Mutações do Patrimônio
Líquido.

Quanto à DRE, a Lei das S.A.s estabelece a seguinte estrutura (parte):

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão


para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa;
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

Gabarito  Correta

44. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ/ES/2010) Considere que


o sistema contábil da empresa comercial Zeta S.A. tenha se extraviado logo
no primeiro exercício de constituição da empresa, fundada em 1.º de março
de x10, e que as seguintes informações tenham sido recuperadas para a
reconstituição do balancete de verificação e elaboração das demonstrações
contábeis a serem levantadas em 31/12/x10.

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Sabendo que não foram consideradas possíveis participações ou


destinações para o lucro, julgue o item a seguir.

O resultado antes da dedução do imposto de renda e da contribuição social


sobre o lucro é igual a R$ 7.000.

Comentários

Montemos a DRE:

Receita de vendas 23.000


(-) Custo das vendas (13.000)
Lucro bruto 10.000
(-) Despesas de vendas (1.000)
(-) Despesas gerais (2.000)
Lucro operacional 7.000

Gabarito  Correto.

45. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ/ES/2010) A


demonstração do resultado de exercício evidencia que, para a apuração do
lucro bruto, deve-se fazer a subtração das despesas gerais e
administrativas.

Comentários

O item está incorreto. Grave-se a estrutura da DRE de acordo com a Lei


6.404:

Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta


(-) Deduções da receita bruta
Devoluções e cancelamento de vendas
Abatimentos sobre vendas
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com
mercadorias
(-) Despesas operacionais
Com vendas
Administrativas
Gerais
Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)
Outras despesas operacionais

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+ Outras receitas operacionais


Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido

Portanto, as despesas gerais e administrativas são extraídas após a


apuração do lucro bruto.

Gabarito  Errado.

46. (CESPE/Contador/FUB/2010) O resultado da entidade em


determinado período é apresentado na demonstração do resultado do
exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica.

Comentários

A demonstração do resultado do exercício é considerada dinâmica, pois


traz evidente todas as contas de receita e despesa que engendram a
alteração no patrimônio líquido em determinado período.

Além disso, é também a demonstração do resultado do exercício


considerada dedutiva, pois mostra em detalhes as receitas, despesas,
ganhos e perdas que a entidade obtém, de forma ordenada, chegando ao
lucro ou prejuízo líquido do exercício.

Gabarito  Correto.

47. (CESPE/Contador/SESA/ES) A demonstração do resultado do


exercício é considerada o relatório contábil que representa melhor o
princípio da competência.

Comentários

O item está correto. A demonstração do resultado do exercício reconhece


as receitas e despesas do período segundo o regime de competência, isto
é, de acordo com o período em que foram incorridas. Pouco importa o
efetivo recebimento ou pagamento.

Gabarito  Correto.

48. (CESPE/Contador/SESA/ES) Receitas são definidas como


aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, que
resultem em aumento do patrimônio líquido, sob a forma de entrada de
recursos provenientes de aumento de ativos ou de diminuição de passivos
ou, ainda, de aporte dos proprietários da empresa.

Comentários

Vejamos.

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(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período


contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou
diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido,
e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores
dos instrumentos patrimoniais;

Por exemplo, a empresa KLS mantém uma sala para aluguel. O inquilino
paga R$ 1.000,00 por mês. Pensemos sob a definição de receita.
Desmembremos a definição...

- RECEITAS SÃO AUMENTOS NOS BENEFÍCIOS ECONÔMICOS


DURANTE O PERÍODO CONTÁBIL.

Pergunto, com a utilização da sala pelo inquilino, e consequente assunção


da dívida por parte dele, estamos aumentando o benefício econômico para
a entidade?! Sim, pois haverá recebimento em dinheiro ou surgimento de
um direito (a receber o aluguel).

- SOB A FORMA DA ENTRADA DE RECURSOS OU DO AUMENTO DE


ATIVOS OU DIMINUIÇÃO DE PASSIVOS.

Esse aluguel gera entrada de recurso? Sim. Como? Pela entrada de dinheiro
no caixa ou reconhecimento de direito a receber (aluguéis a receber).

Imagine-se, agora, que este inquilino é um fornecedor nosso. A empresa


KLS não possui dinheiro para saldar sua dívida, no montante de R$
12.000,00. O fornecedor, por seu turno, pretende ampliar as suas
atividades, querendo, para tanto, alugar um novo espaço, pelo período de
um ano. Uma alternativa para a KLS seria oferecer o espaço, abatendo a
dívida proporcionalmente (R$ 1.000,00/mês).

Desta forma, a dívida estaria registrada no passivo da empresa do seguinte


modo:

PASSIVO CIRCULANTE
Fornecedores  12.000,00

Com o transcurso do prazo, e utilização da sala da KLS pelo novo inquilino


(fornecedor), lançaremos:

D – Fornecedores (passivo circulante) 1.000,00


C – Aluguéis ativos (receita) 1.000,00

E assim o faremos mês a mês, até que toda a conta esteja zerada.

- QUE RESULTAM EM AUMENTOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO, E QUE


NÃO ESTEJAM RELACIONADOS COM A CONTRIBUIÇÃO DOS
DETENTORES DOS INSTRUMENTOS PATRIMONIAIS;

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Essa receita de aluguel aumenta o PL, pois, como já dissemos, as contas de


resultado integram o chamado capital próprio. Ademais, não se relacionam
com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais
(basicamente, os sócios).

Analisemos agora a definição de despesas. Imagine-se que a minha


empresa procedeu à circulação de mercadorias, ocorrendo, nesta hipótese,
fato gerador do ICMS, e consequente surgimento da obrigação tributária.
Veja, ainda, que o CPC ressalva a contribuição dos sócios, pois, neste caso,
se configuraria, por exemplo, aumento do capital social e não um ganho
com receita.

D – Caixa 100
C – Capital social 100

A questão, portanto, está incorreta.

Gabarito  Errado.

49. (CESPE/Contador/SESA/ES) As participações estatutárias de


empregados, administradores e partes beneficiárias devem ser
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que
remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.

Comentários

De acordo com a Lei das SA´s:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes


beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de
2009)

Prescreve, ainda, o mesmo instrumento normativo que:

Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e


partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem,
com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação
anteriormente calculada.

Todavia, este dispositivo deve ser interpretado harmonicamente com o


seguinte:

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Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer


participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a
Renda.

As participações devem ser retiradas na seguinte ordem:

Resultado após o Imposto de Renda e antes das participações


(-) Participações estatutárias sobre o lucro
Debenturistas
Empregados
Administradores
Partes beneficiárias
Fundo de assistência/previdência a empregados

Devemos seguir a ordem de participações definida acima, sendo que cada


participação diminui a base de cálculo da participação seguinte.

Gabarito  Correto.

50. (CESPE/SECGE - PE/ Analista De Controle Interno/2010) A


demonstração do resultado do exercício informa os ajustes finais da receita
bruta para o cálculo do resultado operacional da entidade. Acerca desse
assunto, assinale a opção correta.

A) A receita bruta de venda de bens ou serviços inclui os impostos não


cumulativos cobrados do comprador e deduzidos em momento posterior.
B) Os descontos concedidos a clientes em função do pagamento antecipado
devem constituir dedução direta da receita bruta.
C) O conceito de lucro bruto exclui algumas receitas da entidade a que se
referem as demonstrações financeiras.
D) As receitas derivadas de operações com títulos vencíveis após o
encerramento do exercício devem ser integralmente diferidas para o
exercício posterior.
E) A perda de capital com investimento avaliado pela equivalência
patrimonial deve integrar o conjunto das despesas operacionais.

Comentários:

Vamos analisar as alternativas:

A) Errado. O ICMS e o PIS/Cofins não cumulativos são incluídos na Receita


Bruta, mas o IPI não.

B) Errado. Trata-se de Desconto Financeiro ou Desconto Condicional,


que é concedido para incentivar o pagamento antecipado. Tal desconto é
classificado como “Despesa Financeira”. Já os Descontos Incondicionais
ou Descontos Comerciais são deduzidos da Receita Bruta.

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C) Correto. São as receitas classificadas em “Outras Receitas” (antigamente


chamadas de “Receitas não Operacionais”), referentes à alienação de
alienação de investimentos e ativos imobilizados.

D) Errado. A receita deve ser apropriada por competência, independente do


prazo do vencimento do título.

E) Errado. A questão tenta induzir ao erro. A perda com equivalência


patrimonial faz parte das despesas operacionais. Já a perda de capital de
investimentos (avaliados ou não pela equivalência patrimonial) faz parte
das Outras Despesas (antigamente chamado de “Despesas Não
Operacionais”).

Gabarito  C

51. (CESPE/INMETRO/ Administração/2010) De acordo com as


normas previstas na Lei n.º 6.404/1976, na DRE,

A) Apura-se o resultado do exercício antes do imposto de renda, mas não


realiza-se provisão para o imposto.
B) Apura-se o lucro ou prejuízo líquido do exercício, não sendo necessário
informar seu montante por ação do capital social.
C) Utiliza-se o regime de caixa.
D) Consideram-se, na apuração do resultado do exercício, custos, despesas,
encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes às receitas e aos
ganhos do período.
E) Deve-se classificar o resultado do exercício em, no mínimo, três
categorias, a saber: fluxo das operações, fluxo dos investimentos e fluxo
financeiro.

Comentários:

Vamos analisar as alternativas:

A) ERRADA. Conforme a Lei 6404/76:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

(...)

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras


despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;

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B) ERRADA. Conforme a Lei 6404/76, a DRE deve discriminar o lucro ou


prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

C) ERRADA. Deve ser utilizado o regime de Competência.

D) CORRETA. Cópia do § 1º do Art. 187 da Lei 6404/76:

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da


sua realização em moeda; e
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,
correspondentes a essas receitas e rendimentos.

E) ERRADA. Essa classificação é usada na Demonstração dos Fluxos de


Caixa.

Gabarito  D

52. (CESPE/INMETRO/ Administração/2010) Com referência à


estrutura da DRE, conforme prevista na Lei n.º 6.404/1976, assinale a
opção correta.

A) É prescindível a discriminação dos custos dos serviços vendidos e é


obrigatória a discriminação dos custos das mercadorias vendidas.
B) As despesas gerais e administrativas não devem ser deduzidas da
receitas.
C) Não há informação sobre o conteúdo básico da DRE, mas apenas a
determinação de que deve ser elaborada anualmente.
D) Lucro bruto, lucro operacional e provisão para impostos devem ser
discriminados.
E) A DRE classifica-se em fluxo operacional, fluxo financeiro e fluxo de
investimentos.

Comentários:

Vamos analisar as alternativas:

A) ERRADA. A discriminação do Custo dos Serviços Vendidos (se houver) é


imprescindível.

B) ERRADA. Conforme a Lei da SAs:


Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;

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III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das


receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais; (...)

C) ERRADA. A Lei das SAs. estabelece a estrutura da Demonstração dos


Resultados no Art. 187.

D) CORRETA. Consta no Art. 187 da Lei 6404/76:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão
para o imposto;

E) ERRADA. Essa classificação é usada na Demonstração dos Fluxos de


Caixa.

Gabarito  D

Receita, despesas e resultados (Em R$)


Depreciação e amortização -13.100
Despesas operacionais (exceto depreciação e amortização) -227.900
Resultado bruto 239.100
Resultado operacional antes de impostos e receitas
(despesas) financeiras -51.900
Resultado operacional antes do imposto de renda -75.100
Receita bruta de vendas 1.598.200
Receita líquida de vendas 1.407.900

Considerando as informações acima, extraídas da demonstração do


resultado ao final do exercício social de determinada empresa comercial,
julgue os itens subsequentes.

53. (CESPE/MPU/ Analista Controle Interno/2010) As deduções da


receita (vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes sobre
vendas) são inferiores a R$ 200.000,00.

54. (CESPE/MPU/ Analista Controle Interno/2010) (Adaptada) O


Custo dos Produtos Vendidos é maior que R$1.160.000.

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Comentários:

A partir das informações acima, podemos montar o seguinte quadro:

Receita bruta de vendas 1.598.200


Deduções
Receita líquida de vendas 1.407.900
Custo dos Produtos vendidos
Resultado bruto 239.100

Agora ficou fácil.

Valor das Deduções: 1.598.200 – 1.407.900 = 190.300

CPV: 1.407.900 – 239.100 = 1.168.800

53. Gabarito - Certo


54. Gabarito - Certo

55. (CESPE/Oficial de Inteligência/ABIN/2010) Em relação às


demonstrações contábeis, julgue o item com base na Lei n. 6.404/1976 e
suas alterações.

A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros


itens, as participações de debêntures, empregados, administradores e
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de
instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que
não se caracterizem como despesa.

Comentários

Com fulcro na Lei 6.404/76:

SEÇÃO V - Demonstração do Resultado do Exercício

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os


abatimentos e os impostos;
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e
serviços vendidos e o lucro bruto;
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das
receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas
operacionais;
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras
despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão


para o imposto;
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores
e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos
financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou
previdência de empregados, que não se caracterizem como
despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do
capital social.

Item, portanto, correto.

Gabarito  Correto.

As demonstrações contábeis acumulam os saldos das contas e evidenciam


as modificações patrimoniais. Acerca das demonstrações contábeis, suas
características e especificidades, e considerando as informações
apresentadas na tabela acima, referentes a uma empresa hipotética, julgue
os itens seguintes.

56. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Na situação


apresentada na tabela, após a incorporação do resultado apurado e
respectiva elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados,
o saldo final da conta resultados acumulados será igual a R$ 30.970,
devedor. Desse modo, ao se elaborar o balanço patrimonial, a conta que
evidencia os resultados acumulados deve ser denominada prejuízos
acumulados.

57. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Na situação da


tabela, ao se elaborar a DRE, o resultado líquido apurado será igual a R$
42.630, devedor.

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58. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Se a empresa


concedesse abatimento sobre vendas no valor de R$ 8.000, o lucro bruto
apurado seria reduzido para R$ 55.400.

Comentários

Vamos montar a DRE.

Receita líquida de vendas R$ 123.400,00


(-) Custo da mercadoria vendida -R$ 60.000,00
Lucro operacional bruto R$ 63.400,00
(-) Despesas operacionais
Despesa de amortização -R$ 1.200,00
Despesa de manutenção -R$ 5.560,00
Despesa de depreciação -R$ 14.500,00
Despesas gerais -R$ 14.580,00
Despesas administrativas -R$ 32.100,00
Despesas financeiras -R$ 3.320,00
Receitas financeiras R$ 12.100,00
Lucro operacional líquido R$ 4.240,00

Este resultado, apurado na DRE, deve ser transferido para o Balanço


Patrimonial, pois fará parte do PL (servindo para aumentar o capital social,
constituir reservas de lucros, pagar dividendos).

O lançamento é o seguinte:

D – Lucro operacional líquido/Resultado do exercício 4.240


C – Lucro acumulados 4.240

Com as mudanças promovidas na legislação contábil pela Lei 11.638 e


11.941 é vedada a retenção injustificada de lucros. Portanto, todo este valor
deverá ser distribuído.

Como a questão 56 não fala da existência de lucros/prejuízos acumulados


anteriores, podemos dizer que a conta estava zerada, ficando, então, com
o saldo de R$ 4.240, até a distribuição destes valores.

A questão 57 também está incorreta. Temos um saldo de R$ 4.240,00,


credor, isto é, de lucro.

A questão 58 está correta. Voltemos à nossa estrutura básica da DRE.

ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)


(-) IPI sobre faturamento bruto
Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta

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(-) Deduções da receita bruta


Devoluções e cancelamento de vendas
ABATIMENTOS SOBRE VENDAS
Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais
Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)
Ajuste a valor presente sobre clientes
Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida
(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est.
final)
Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias

Na questão, já partimos da receita líquida, pois estes foram os dados que a


questão forneceu. Assim, se tivéssemos um abatimento sobre vendas, ele
deveria ser retirado para acharmos a receita líquida de vendas, o que
diminuiria também o lucro bruto neste montante. Portanto, o item está
correto.

59. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2009/CESPE/NACIONAL)


Suponha que o saldo da conta de resultado do exercício, antes do cálculo
do imposto de renda devido, seja positivo em R$ 1,5 milhão e o valor desse
imposto, de R$ 2 milhões. Nesse caso, o fato estará adequadamente
representado pelo seguinte lançamento em reais.

Comentários

A DRE fica assim:

Resultado antes do IR 1.500.000,00


(-) Imposto de renda (2.000.000,00)
Prejuízo do exercício (500.000,00)

O lançamento para provisionar o Imposto de Renda é o seguinte:

D – Despesa com IR 2.000.000,00 (Conta de resultado – Despesa)


C – Provisão para IR 2.000.000,00 (Conta de passivo circulante)

Portanto, o gabarito está incorreto.

Apenas para constar, o prejuízo deve ser transferido para o resultado do


exercício, pois faz parte do capital próprio.

Neste caso, como houve prejuízo, consta da DRE como saldo devedor
(despesas maior do que receitas). A transferência será feita do seguinte
modo:

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D – Prejuízos acumulados 500.000,00 (PL)


C – Prejuízo do exercício 500.000,00 (Resultado)

Gabarito  Errada.

60. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) Ao


se conceder abatimento sobre vendas, a quantidade de mercadorias para
revenda, em estoque, não sofrerá alterações.

Comentários

Esta conta registra os descontos que são concedidos posteriormente à


entrega dos produtos, pelo fato de os produtos apresentarem defeitos de
qualidade, quantidade, defeitos do transporte, etc.

O abatimento é concedido após a emissão da nota fiscal. Assim, não afeta


a base de cálculo dos impostos (IPI, ICMS, PIS e COFINS).

Assim, ao conceder abatimento sobre a venda não há alteração da


quantidade em estoque, nem do custo das mercadorias vendidas, já
que a mercadoria não retorna para o estabelecimento do vendedor.

A única coisa que é ajustada é o montante a receber. Com efeito, se tivemos


uma venda de R$ 1.000,00 registrada, e demos abatimento de R$ 100,00
no recebimento, lançamos:

D – Abatimento sobre vendas (ded. da receita bruta) 100,00


C – Clientes/Caixa (ativo) 100,00

Gabarito  Correto.

61. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/CESPE) Na venda


de mercadorias, a despesa com fretes deve integrar o custo da mercadoria
vendida.

Comentários

Os fretes sobre as vendas são despesas operacionais do vendedor. Não


devem, pois, integrar o custo da mercadoria vendida.

Gabarito  Errado.

62. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Ao se registrar a


contribuição social do período, com pagamento futuro, há um acréscimo no
ativo e um decréscimo no resultado do exercício, considerando-se o regime
de competência.

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Comentário:

A contabilização da situação relatada é a seguinte:

D – Provisão para CSLL (Resultado)


C – CSLL a recolher (Passivo)

A assertiva pode ser dividida em duas partes:

1) “há um acréscimo no ativo”: Errada, há um acréscimo no Passivo


2) “(há) um decréscimo no resultado do exercício”: correta.

Devido à referência ao aumento do ativo, a questão está incorreta.

Gabarito  ERRADA

63. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2009) Considere as contas a


seguir:

Conta Em R$

Serviços prestados 480.000


Descontos promocionais 20.000
Propaganda e publicidade 18.000
Descontos financeiros a clientes 13.000
ISS 23.000
Contribuições incidentes sobre as receitas 28.000
Custo dos serviços prestados 170.000

Com base nas informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma


empresa prestadora de serviços, julgue o item seguinte.

As informações mostram que o lucro bruto da empresa foi de


R$226.000,00.

Comentários

Vamos calcular o lucro bruto:

Serviços prestados 480.000


Descontos promocionais (20.000)
ISS (23.000)
Contribuições incidentes sobre as receitas (28.000)
Receita Líquida 409.000
Custo dos serviços prestados (170.000)
Lucro Bruto 239.000

Propaganda e publicidade - despesas de vendas

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Descontos financeiros - despesa financeira

“Descontos promocionais” é outro nome para os “Descontos Comerciais” ou


“Descontos Incondicionais”.

Gabarito  Errado.

64. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional –


Contabilidade/2017) Com referência à elaboração de demonstrações
contábeis, julgue o item seguinte à luz da legislação societária, dos
princípios fundamentais da contabilidade e dos pronunciamentos contábeis
do CPC.

Resultado abrangente é o conjunto de mudanças verificadas no patrimônio


durante um determinado período, exceto as resultantes de investimentos
dos sócios e distribuições aos sócios.

Comentários:

Segundo o CPC 26:

Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante


um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários.

Mutação no PL que não


Resultado abrangente decorre de transação com
sócios enquanto proprietários

GabaritoCerto.

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65. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)

A partir das informações apresentadas na tabela precedente, é correto


afirmar que, na demonstração do resultado abrangente, o valor do lucro
abrangente é igual a

a) R$ 65.000.
b) R$ 15.000.
c) R$ 965.000.
d) R$ 465.000.
e) R$ 340.000.

Comentários:

Os resultados abrangentes compreendem todas as receitas da entidade que


não sejam derivadas de transações com os sócios. Então, a demonstração
de resultados abrangentes começa do lucro líquido do exercício e consta
também com outros resultados abrangentes, que são aquelas “receitas” que
não transitam pela DRE (ajustes de avaliação patrimonial, ganhos e perdas
com conversão de demonstrações contábeis de empresas do exterior,
ganhos e perdas com hedge, etc).

Assim, o nosso resultado abrangente será composto por:

Lucro líquido do exercício 350.000,00


(-) Perdas líquidas conversão DCs (50.000,00)
Ganho na mensuração de ativos financeiros 40.000,00
Resultado abrangente total 340.000,00

O capital social não entra no resultado abrangente e o ganho na alienação


de ativos imobilizados já está dentro do lucro líquido do exercício. Não há
necessidade de computar novamente.

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GabaritoE.

66. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretariado Executivo/2016) Acerca


de demonstrações contábeis, julgue o item a seguir.

Na demonstração do resultado abrangente, o lucro líquido do período será


apresentado como outros resultados abrangentes.

Comentários:

Todas as receitas e despesas do exercício devem ser reconhecidas


em duas demonstrações: a demonstração do resultado do exercício
e a demonstração de resultados abrangentes.

A demonstração do resultado do exercício reconhecer as receitas e despesas


ali, nos moldes como já temos estudado nesta aula. A DRA não. A DRA
representa as mutações no Patrimônio Líquido que sejam decorrentes de
operações que não são aquelas relacionadas à contribuição dos sócios.

Sabemos que o patrimônio líquido pode se alterar. As alterações, portanto,


segundo o CPC 26, serão evidenciadas na demonstração das mutações do
patrimônio líquido por dois valores totais:

- Mutações ocorridas de operações com os sócios (integralização de capital,


por exemplo).
- Resultado abrangente total.

E do que é composto o resultado abrangente?

Composição do resultado abrangente total.

- Resultado líquido do período.


- Outros resultados abrangentes.
- Reclassificação de outros resultados abrangentes para o resultado do
período.

Entenda-se! As receitas e despesas de uma entidade devem figurar


na demonstração do resultado do exercício, portanto, o Lucro Líquido
não é classificado com Outros Resultados Abrangentes, na composição do
resultado abrangente total.

GabaritoErrado.

67. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca das


demonstrações contábeis utilizadas no Brasil, julgue o item que se segue.

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Além dos resultados operacionais presentes na demonstração do resultado


do exercício, a demonstração do resultado abrangente inclui os resultados
não realizados que tenham transitado no patrimônio líquido da entidade.

Comentários:

Item correto, as receitas e despesas de uma entidade devem figurar na


demonstração do resultado do exercício.

Por seu turno, as outras variações do patrimônio líquido, que, futuramente,


poderão transitar pelo resultado ou irem para lucros ou prejuízos
acumulados são apresentadas como outros resultados abrangentes, na
chamada demonstração de resultados abrangentes, desde que não sejam
valores provenientes dos sócios.

Como exemplo de resultados abrangentes temos:

- Ajustes de conversão do período e acumulados.


- Ajuste de avaliação patrimonial

GabaritoCorreto.

68. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal/Ciências Contábeis/2016) Na


teoria contábil, o lucro abrangente é definido como a variação total do valor
do capital e é mais amplo do que o conceito de lucro líquido. Nessa
abordagem teórica, o lucro abrangente de uma organização de iguala ao:

a) lucro Operacional Líquido + resultado não operacionais + aumento de


capital pertencentes aos sócios.
b) lucro+efeito das mudanças de critérios contábeis+dividendos+capital
novo.
c) lucro+efeitos acumulados da mudança de critérios contábeis de
exercícios anteriores. d) lucro líquido+ajustes acumulados de exercícios
anteriores+outras variações do capital não pertencentes aos proprietários
da organização.
e) lucro operacional corrente+itens extraordinários.

Comentários:

Segundo o CPC 26: Resultado abrangente é a mutação que ocorre no


patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros
eventos que NÃO DERIVADOS DE TRANSAÇÕES COM OS SÓCIOS NA SUA
QUALIDADE DE PROPRIETÁRIOS. Segundo vimos no nosso curso, temos a
composição do resultado abrangente total:

- Resultado líquido do período.

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- Outros resultados abrangentes. (ajustes de conversão do período e


acumulados e os tributos sobre ajustes de conversão do período e ajuste
de avaliação patrimonial.)
- Reclassificação de outros resultados abrangentes para o resultado do
período.

A alternativa que atende à classificação é a opção “D”.

GabaritoD

69. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade e Finanças/2016)


Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações
financeiras.

Ao apurar os lucros no exercício, exceto aqueles computados no resultado


abrangente, a entidade que reporta a informação contábil deve atribuí-los
aos proprietários e às participações de não controladores.

Comentários:

Item um pouco mais complexo, vejamos o que diz o CPC 26, item 81B:

A entidade deve apresentar os seguintes itens, além da demonstração do


resultado e de outros resultados abrangentes, como alocação da
demonstração do resultado e de outros resultados abrangentes do
período:

(a) resultado do período atribuível a: (i) participação de não


controladores, e (ii) sócios da controladora;
(b) resultado abrangente atribuível a: (i) participação de não
controladores, e (ii) sócios da controladora.

Portanto, a participação dos proprietários e às participações de não


controladores devem ser apresentadas na evidenciação do resultado do
período e no resultado abrangente. A assertiva erra ao excluir os lucros
computados no resultado abrangente.

GabaritoErrado.

70. (Cespe/TRE-MT/Analista Judiciário – Contabilidade/2015)

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De acordo com os dados mostrados na tabela, o montante de variações em


outros resultados abrangentes, em reais, é de

a) 4.000.
b) 3.900.
c) 2.400.
d) 900.
e) 4.900.

Comentários:

Pessoal, essa questão tem uma imprecisão técnica, pois, para


encontrarmos o gabarito da banca, temos que considerar os ganhos com
equivalência patrimonial como Outros Resultados Abrangentes, mas
vejamos o que diz o CPC 26:

82A. Outros resultados abrangentes devem apresentar rubricas para


valores de:

(...)

(b) participação em outros resultados abrangentes de coligadas e


empreendimentos controlados em conjunto contabilizados pelo método
da equivalência patrimonial, separadas pela participação nas contas
que, de acordo com outros pronunciamentos: (...)

Portanto, a questão deveria ter mencionado que o ganho pelo MEP era
decorrente participação em outros resultados abrangentes de
coligadas e empreendimentos controlados em conjunto.

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Como regra, o ganho pelo MEP é evidenciado na Demonstração do


Resultado do Exercício e não como Outros Resultados Abrangentes.

Superando essa falha, podemos resolver a questão:

Variações em outros resultados abrangentes = Ajustes de Avaliação


Patrimonial + ganhos pelo MEP = R$ 900 + R$ 1500 = R$ 2400,00.

Se considerássemos a classificação correta, a variação seria somente de


900 e o gabarito seria “D”.

Gabarito OficialC

71. (CESPE/Telebras/Contador/2015) A respeito da elaboração do


balanço patrimonial, da demonstração do resultado do exercício, da
demonstração do resultado abrangente e de operações a elas relacionadas,
julgue o item subsequente.

O resultado abrangente expressa mutação no patrimônio líquido.

Comentários:

Itens incompletos para o Cespe, geralmente, são considerados como


corretos e essa questão confirma esse entendimento.

O CPC 26 define o que é resultado abrangente:

Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante


um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados
de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários.

Portanto, o resultado abrangente é uma mutação ocorrida no Patrimônio


Líquido. Cuidado para não começar a “viajar” e pensar demais e perder uma
questão fácil. Existem muitos tipos de mutações no patrimônio líquido e é
correto afirmar que o Resultado Abrangente é uma delas.

GabaritoC

72. (CESPE/Telebras/Analista Superior Finanças/2015) Com referência às


demonstrações contábeis, julgue o item a seguir.

A demonstração do resultado abrangente (DRA) visa acrescentar à


demonstração do resultado do exercício (DRE) principalmente o impacto do
ajuste a valor justo dos ativos, pois a inclusão desse ajuste na DRE geraria
efeitos tributários.

Comentários:

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Item muito interessante! Segundo o FIPECAFI, Os Outros Resultados


Abrangentes incluem as mutações do patrimônio líquido que não
representam receitas e despesas realizadas. Inclui alterações que poderão
afetar o resultado em períodos futuros ou às vezes permanecerão sem esse
trânsito.

Os ajustes a valor justos de ativos têm papel importante nessa


demonstração, como por exemplo, a avaliação de um instrumento
financeiro destinado para a venda futura.

Esse ajuste é feito diretamente no patrimônio líquido e será apresentado


com Outros Resultados Abrangentes, mas que um dia será apropriado ao
resultado do período, quando da baixa ou da venda desse item.

GabaritoCorreto

73. (CESPE/STJ/Analista Judiciário – Contadoria) Com relação às


demonstrações contábeis de companhias abertas, julgue o item a seguir.

A demonstração do resultado abrangente do exercício, que é obrigatória por


determinação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, não deve
contemplar ajustes de avaliação patrimonial em sua composição, pois esse
valor já está contemplado no patrimônio líquido das companhias.

Comentários:

Segundo o CPC 26, a Demonstração do Resultado do Exercício faz para do


conjunto completo de demonstrações contábeis, porém o item erra ao
afirmar que a DRA não deve contemplar as Ajustes de Avaliação
Patrimonial.

Segundo a lei das SAs:

Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,


enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao
regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de
valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua
avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência
conferida pelo § 3o do art. 177.

Ajuste de avaliação patrimonial


Enquanto não computado no resultado do exercício
Contrapartida de aumento ou redução do ativo ou
passivo
Em decorrência da avaliação a valor justo

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Portanto, o AAP deve ser evidenciado na DRA com Outros Resultados


Abrangentes.

Gabarito Errado.

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12 QUESTÕES APRESENTADAS EM AULA

1. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017) Após o
levantamento do balanço patrimonial da empresa Beta S.A., apresentado
na tabela precedente, ocorreram as seguintes operações:

- prestação de serviços com recebimento à vista, no valor de R$ 16.500;


- pagamento de R$ 5.800 referentes a salários;
- apropriação de despesas financeiras referente às contas a pagar, no valor
de R$ 400; - pagamento de R$ 200 relativos a despesas com tributos;
- venda de 50% dos investimentos, com recebimento de R$ 5.000 previsto
para 30 dias; - pagamento a fornecedores, no valor de R$ 10.000, acrescido
de 10% de multa por atraso.

Após a contabilização dos fatos anteriormente descritos,

a) o saldo apurado na demonstração do resultado do exercício (DRE)


apresentará um lucro inferior a R$ 10.000.
b) o patrimônio líquido apresentará saldo superior a R$ 39.000, desde que
a empresa opte por reinvestir todo o resultado apurado.
c) o valor total do ativo não circulante não sofrerá alteração, pois todas as
operações realizadas são de curto prazo.
d) o saldo final da conta banco apresentará saldo devedor de R$ 23.300.
e) a conta fornecedores deverá apresentar saldo credor final de R$ 7.900.

2. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca da
apuração de resultados, julgue o item subsequente.

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A receita líquida com a venda de produtos corresponde à diferença entre a


receita bruta da venda dos produtos e o custo da sua produção.

3. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca da
apuração de resultados, julgue o item subsequente.

No Brasil, o lucro líquido contabilmente apurado difere do lucro utilizado


para a apuração do imposto de renda, denominado lucro real.

4. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) A tabela seguinte


mostra os saldos contábeis, em reais, de determinada empresa, em
31/7/20X6.

Tendo como referência essas informações, julgue o próximo item.

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O valor da receita líquida de vendas obtido a partir das contas apresentadas


é superior a R$ 900.000,00

Tendo como referência essas informações, julgue o próximo item.

5. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Debitando-se
todas as contas de receita, em contrapartida à conta de apuração do
resultado do exercício (ARE), e creditando-se todas as contas de despesas,
também em contrapartida à conta de ARE, constata-se que a conta de ARE
apresenta um saldo credor superior a R$ 240.000,00, que equivale ao lucro
apurado no exercício.

6. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Tendo como


referência essas informações, julgue o próximo item.

A empresa deverá desembolsar mais de R$ 150.000,00 para pagar os


impostos apurados em 31/7/20X6.

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7. (CESPE/TCE-PR/ Analista de Controle - Atuarial /2016)

No último balancete de encerramento de determinado exercício, uma


empresa apresentou rol de contas patrimoniais e de resultados, com os
respectivos saldos em milhares de reais, conforme mostrado na tabela
precedente.

Com base nas contas apresentadas no texto 3A3AAA, é correto afirmar que
o lucro líquido do exercício foi igual a

a) R$ 2.250.000.
b) R$ 1.535.000.
c) R$ 7.000.000.
d) R$ 3.000.000.
e) R$ 2.325.000.

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Considerando que a tabela precedente apresenta as únicas contas


relevantes para fins de levantamento do balancete e para a apuração do
resultado do exercício de determinada entidade, julgue o item a seguir.

8. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) A entidade em questão


possui situação patrimonial líquida superavitária, resultante de seguidos
lucros auferidos.

Considerando que a tabela precedente apresenta as únicas contas


relevantes para fins de levantamento do balancete e para a apuração do
resultado do exercício de determinada entidade, julgue o item a seguir.

9. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) No rol de contas


apresentado, há apenas duas contas de resultado.

10. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) No que se refere às


principais demonstrações contábeis previstas em lei, julgue o item que se
segue.

Para a apuração do resultado do exercício e o levantamento da


demonstração do resultado, devem-se considerar as receitas —
independentemente de seu efetivo recebimento — e a totalidade das
despesas e custos — independentemente de já terem gerado receitas.

11. (CESPE/TCE-PA/Contabilidade/2016) Com base na legislação


societária e nos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, julgue o item subsequente, a respeito das demonstrações
contábeis.

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O modelo de demonstração do resultado do exercício previsto na Lei n.º


6.404/1976 inicia-se pela receita bruta, apurando-se a receita líquida a
partir das deduções de impostos sobre vendas, devoluções e outras
deduções sobre a receita bruta.

12. (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle


Externo/Contabilidade/2016) A partir dessas informações, julgue o
item a seguir.

O patrimônio líquido após a apuração do resultado do exercício é superior


a R$ 10.400.

13. (CESPE/TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle


Externo/Contabilidade/2016) No que se refere aos livros de
escrituração e às previsões legais relativas às demonstrações contábeis,
julgue o item a seguir.

Para fins de elaboração da demonstração do resultado do exercício, a


receita de venda é contabilizada por ocasião da transferência dos riscos e

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benefícios das mercadorias, dos produtos e dos serviços fornecidos pela


entidade.

14. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Área Contabilidade e


Finanças/2016) Julgue o item a seguir, no que se refere a demonstrações
contábeis.

O percentual do lucro líquido de cada exercício destinado ao pagamento de


dividendos obrigatórios é parte integrante da demonstração do resultado
do exercício.

15. (CESPE/TCE-PR/Auditor/2016) A tabela mostrada acima, em


que os valores estão em reais, exemplifica uma demonstração do resultado

a) elaborada adotando-se o método da natureza da despesa, válida para


fins societários.
b) abrangente, conforme o CPCt.
c) proposta no formato de contribuição.
d) gerencial, sem valor societário.
e) proposta no formato funcional, com aplicação societária.

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16. (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário – Contabilidade)

Tendo como referência as informações da tabela e assuntos a ela correlatos,


assinale a opção correta a respeito da demonstração do resultado do
exercício.

a) O lucro antes do imposto de renda e da CSLL somou R$ 52.000.


b) As outras receitas e despesas somam R$ 7.000.
c) A demonstração apurada segundo a Lei das Sociedades por Ações inicia-
se com as vendas líquidas.
d) O lucro bruto somou R$ 80.000.
e) O lucro líquido do exercício totalizou R$ 13.000.

17. (CESPE/Telebras/Contador/2015) A respeito da elaboração do


balanço patrimonial, da demonstração do resultado do exercício, da
demonstração do resultado abrangente e de operações a elas relacionadas,
julgue o item subsequente.

Para obtenção do lucro antes do imposto de renda, receitas e despesas não


operacionais são deduzidas dos resultados operacionais.

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* LAIR = lucro antes do imposto de renda e da CSLL

Com base na tabela acima, que apresenta os saldos, em reais, das contas
contábeis da Cia. ABC S/A, ainda não encerrados contabilmente, referentes
ao exercício findo em 31/12/2013, julgue o item a seguir.

18. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O resultado do exercício


inviabiliza a constituição da reserva legal no período.

19. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Após o encerramento


contábil, o patrimônio líquido será reduzido em relação ao patrimônio
líquido anterior ao encerramento contábil.

20. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) A compensação do prejuízo


acumulado deverá ser demonstrada na apuração do resultado do exercício,
após a dedução do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro.

21. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) A existência de impostos e


contribuições a recolher é indicativa de lucro no exercício de 2013.

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22. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) Com relação ao


reconhecimento, à mensuração e à apresentação das contas patrimoniais e
de resultado, julgue o item que se segue.

Na DRE de uma empresa comercial, para a apuração do lucro bruto


operacional, as deduções das vendas e o custo das mercadorias vendidas
são subtraídos diretamente da receita bruta de vendas.

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)
Receita de vendas 1.879,4
Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125
Receita de equivalência patrimonial 35
Receitas financeiras 93
Despesas financeiras 124,5
Ganhos de capital 5

A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

23. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O lucro bruto da empresa é


superior a R$ 750 milhões.

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)
Receita de vendas 1.879,4
Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125
Receita de equivalência patrimonial 35
Receitas financeiras 93
Despesas financeiras 124,5
Ganhos de capital 5

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A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

24. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014) O conjunto de despesas


administrativas e de vendas é também denominado despesas operacionais.

25. (CESPE/SUFRAMA/Contador/2014)

contas da demonstração do resultado do valores (em milhões


exercício (DRE) de reais)
Receita de vendas 1.879,4
Tributos sobre vendas 300
Custo dos produtos vendidos 820
Despesas com vendas 180
Despesas administrativas 125
Receita de equivalência patrimonial 35
Receitas financeiras 93
Despesas financeiras 124,5
Ganhos de capital 5

A partir da tabela acima, julgue os itens que se seguem, com base na


legislação societária e nos critérios de elaboração da DRE.

Considere que a tributação sobre o lucro represente 40% do lucro contábil


da empresa. Nesse caso, o valor do tributo será superior a R$ 190 milhões.

contas ano 1 (em R$) ano 2 (em R$)


Duplicatas descontadas 20 20
Dividendos a pagar 30 27
Imposto de renda e
30 25
Contribuição social apurada
Capital social integralizado
380 400
em moeda
Lucro líquido do exercício 100 80
Despesa com ajuste de
5 3
instrumentos financeiros
Juros ativos 3 1
Gastos na emissão de ações 2 0
Depreciação acumulada 6 8
Ajustes de instrumentos
2 3
financeiros

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A tabela na coluna anterior apresenta um rol de contas e saldos que podem


compor diferentes demonstrações contábeis e não constituem a forma
completa de uma demonstração contábil. Com base nessas informações,
julgue o item subsequente, considerando que o ano 1 seja anterior ao ano
2.

26. (CESPE/TC-DF/ACE/2014) No rol de contas apresentado, há


apenas uma conta que diminui e uma conta que aumenta o resultado líquido
do exercício.

27. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) Na determinação do resultado


do exercício, deverão ser computadas as receitas e os rendimentos
adquiridos no período, mas não os custos, as despesas, os encargos e as
perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e
rendimentos.

28. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) A mensuração da receita é


feita pelo valor nominal das contraprestações recebidas ou a receber.

29. (CESPE/Contador/Telebrás/2013) As despesas podem ser


classificadas na demonstração do resultado do exercício de acordo com sua
natureza ou função.

A tabela a seguir apresenta as contas de resultado de uma empresa


comercial e os respectivos saldos, em reais, sem, contudo, indicar a
natureza (débito ou crédito).

Custo de mercadorias e serviços 38.000


Depreciação e amortização 2.500
Despesa financeira 2.700
Despesas com vendas 18.000
Despesas gerais e administrativas 3.100
Devoluções de venda 2.000
Imposto de renda 12.000
Impostos sobre vendas 11.000
Outras despesas operacionais 4.000
Receita bruta 85.000
Receita financeira 1.000

Com base nessas informações, julgue os próximos itens relativos à


elaboração da demonstração do resultado do exercício (dre).

30. (CESPE/TJ-AC/ Contador/2012) A apuração do resultado mostra


um prejuízo líquido de R$ 1.200,00.

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31. l(CESPE/TJ-AC/ Contador/2012) ucro bruto é superior a R$


43.000,00.

32. (CESPE/TJ-RO/ Contador/2012) De acordo com a legislação


societária, com os pronunciamentos do CPC e com as práticas contábeis,
assinale a opção em que todas as contas mostradas sejam exclusivamente
de resultado.

A) Depreciação acumulada de veículos / despesas de comissões


B) ICMS a recolher / despesas gerais
C) IPI a compensar / despesas com energia elétrica
D) Despesas com pessoal / salários a pagar
E) Custo das mercadorias vendidas / reversão de perdas estimadas nos
estoques

Bancos 40.000
Créditos a receber 25.000
Despesas de aluguéis 8.000
Empréstimos a pagar 38.500
Receitas de serviços 34.000
Despesas de água, luz e telefone 15.000
Estoque de material de consumo 20.000
Móveis e utensílios 12.000
Veículos 24.000
Capital 73.500
Despesas com material de consumo 2.000

Considerando que os dados acima, em reais, correspondem ao


encerramento do primeiro exercício financeiro de determinada entidade,
julgue os itens consecutivos, acerca da composição do balanço patrimonial
e da demonstração do resultado do exercício dessa entidade.

33. (CESPE/DPF/Agente/2012) A demonstração do resultado do


exercício apresentou prejuízo de R$ 11.000,00.

34. (CESPE/Contador/TJ/RR/2012) O modelo de demonstração do


resultado do exercício apresentado abaixo utiliza a função das despesas
como método para subclassificá-las.

Receita de vendas 10.000


Custo dos produtos vendidos (6.000)
Lucro bruto 4.000
Despesas de vendas (600)
Despesas administrativas (300)
Outras despesas (300)
Resultado antes dos tributos 2.800

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35. (CESPE/Analista Judiciário/STM/2011) Para determinação do


resultado do exercício, as receitas e os rendimentos recebidos no período
devem ser confrontados com seus custos, despesas e encargos
efetivamente desembolsados.

36. (CESPE/Analista Judiciário/STM/2011) Na demonstração do


resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da dedução dos custos dos
produtos, mercadorias ou serviços da receita de vendas ou prestação de
serviços, descontadas as devoluções, abatimentos e impostos sobre
vendas.

37. (CESPE/Analista Judiciário/TRE/ES/2011) Se determinada


empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o imposto
de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das
participações estatutárias.

38. (CESPE/TJ-ES/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Em


relação ao encerramento do exercício social e às normas legais aplicáveis à
contabilidade, julgue os próximos itens.

A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o


lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações
de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias.

39. (CESPE/TJ-ES/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Se


determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão
para o imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento
das participações estatutárias.

40. (CESPE/STM/Analista Judiciário/Contabilidade/2011) Acerca


das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na Lei n./ 6.404/1976,
julgue os itens a seguir.

Para determinação do resultado do exercício, as receitas e os rendimentos


recebidos no período devem ser confrontados com seus custos, despesas e
encargos efetivamente desembolsados.

41. (CESPE/STM/ Analista Judiciário – Contabilidade/2011) Na


demonstração do resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da
dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços da receita de
vendas ou prestação de serviços, descontadas as devoluções, abatimentos
e impostos sobre vendas.

42. (TJ ES 2010 Contador – CESPE) A demonstração do resultado de


exercício evidencia que, para a apuração do lucro bruto, deve-se fazer a
subtração das despesas gerais e administrativas.

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43. (CESPE/TRE/ES/2010/Contabilidade) Em relação ao


encerramento do exercício social e às normas legais aplicáveis à
contabilidade, julgue os próximos itens.

A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o


lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações
de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias.

44. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ/ES/2010) Considere que


o sistema contábil da empresa comercial Zeta S.A. tenha se extraviado logo
no primeiro exercício de constituição da empresa, fundada em 1.º de março
de x10, e que as seguintes informações tenham sido recuperadas para a
reconstituição do balancete de verificação e elaboração das demonstrações
contábeis a serem levantadas em 31/12/x10.

Sabendo que não foram consideradas possíveis participações ou


destinações para o lucro, julgue o item a seguir.

O resultado antes da dedução do imposto de renda e da contribuição social


sobre o lucro é igual a R$ 7.000.

45. (CESPE/Técnico em Contabilidade/TJ/ES/2010) A


demonstração do resultado de exercício evidencia que, para a apuração do
lucro bruto, deve-se fazer a subtração das despesas gerais e
administrativas.

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46. (CESPE/Contador/FUB/2010) O resultado da entidade em


determinado período é apresentado na demonstração do resultado do
exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica.

47. (CESPE/Contador/SESA/ES) A demonstração do resultado do


exercício é considerada o relatório contábil que representa melhor o
princípio da competência.

48. (CESPE/Contador/SESA/ES) Receitas são definidas como


aumentos nos benefícios econômicos, durante o período contábil, que
resultem em aumento do patrimônio líquido, sob a forma de entrada de
recursos provenientes de aumento de ativos ou de diminuição de passivos
ou, ainda, de aporte dos proprietários da empresa.

49. (CESPE/Contador/SESA/ES) As participações estatutárias de


empregados, administradores e partes beneficiárias devem ser
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que
remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.

50. (CESPE/SECGE - PE/ Analista De Controle Interno/2010) A


demonstração do resultado do exercício informa os ajustes finais da receita
bruta para o cálculo do resultado operacional da entidade. Acerca desse
assunto, assinale a opção correta.

A) A receita bruta de venda de bens ou serviços inclui os impostos não


cumulativos cobrados do comprador e deduzidos em momento posterior.
B) Os descontos concedidos a clientes em função do pagamento antecipado
devem constituir dedução direta da receita bruta.
C) O conceito de lucro bruto exclui algumas receitas da entidade a que se
referem as demonstrações financeiras.
D) As receitas derivadas de operações com títulos vencíveis após o
encerramento do exercício devem ser integralmente diferidas para o
exercício posterior.
E) A perda de capital com investimento avaliado pela equivalência
patrimonial deve integrar o conjunto das despesas operacionais.

51. (CESPE/INMETRO/ Administração/2010) De acordo com as


normas previstas na Lei n.º 6.404/1976, na DRE,

A) Apura-se o resultado do exercício antes do imposto de renda, mas não


realiza-se provisão para o imposto.
B) Apura-se o lucro ou prejuízo líquido do exercício, não sendo necessário
informar seu montante por ação do capital social.
C) Utiliza-se o regime de caixa.
D) Consideram-se, na apuração do resultado do exercício, custos, despesas,
encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes às receitas e aos
ganhos do período.

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E) Deve-se classificar o resultado do exercício em, no mínimo, três


categorias, a saber: fluxo das operações, fluxo dos investimentos e fluxo
financeiro.

52. (CESPE/INMETRO/ Administração/2010) Com referência à


estrutura da DRE, conforme prevista na Lei n.º 6.404/1976, assinale a
opção correta.

A) É prescindível a discriminação dos custos dos serviços vendidos e é


obrigatória a discriminação dos custos das mercadorias vendidas.
B) As despesas gerais e administrativas não devem ser deduzidas da
receitas.
C) Não há informação sobre o conteúdo básico da DRE, mas apenas a
determinação de que deve ser elaborada anualmente.
D) Lucro bruto, lucro operacional e provisão para impostos devem ser
discriminados.
E) A DRE classifica-se em fluxo operacional, fluxo financeiro e fluxo de
investimentos.

Receita, despesas e resultados (Em R$)


Depreciação e amortização -13.100
Despesas operacionais (exceto depreciação e amortização) -227.900
Resultado bruto 239.100
Resultado operacional antes de impostos e receitas
(despesas) financeiras -51.900
Resultado operacional antes do imposto de renda -75.100
Receita bruta de vendas 1.598.200
Receita líquida de vendas 1.407.900

Considerando as informações acima, extraídas da demonstração do


resultado ao final do exercício social de determinada empresa comercial,
julgue os itens subsequentes.

53. (CESPE/MPU/ Analista Controle Interno/2010) As deduções da


receita (vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes sobre
vendas) são inferiores a R$ 200.000,00.

54. (CESPE/MPU/ Analista Controle Interno/2010) (Adaptada) O


Custo dos Produtos Vendidos é maior que R$1.160.000.

55. (CESPE/Oficial de Inteligência/ABIN/2010) Em relação às


demonstrações contábeis, julgue o item com base na Lei n. 6.404/1976 e
suas alterações.

A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros


itens, as participações de debêntures, empregados, administradores e
partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de

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instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que


não se caracterizem como despesa.

As demonstrações contábeis acumulam os saldos das contas e evidenciam


as modificações patrimoniais. Acerca das demonstrações contábeis, suas
características e especificidades, e considerando as informações
apresentadas na tabela acima, referentes a uma empresa hipotética, julgue
os itens seguintes.

56. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Na situação


apresentada na tabela, após a incorporação do resultado apurado e
respectiva elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados,
o saldo final da conta resultados acumulados será igual a R$ 30.970,
devedor. Desse modo, ao se elaborar o balanço patrimonial, a conta que
evidencia os resultados acumulados deve ser denominada prejuízos
acumulados.

57. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Na situação da


tabela, ao se elaborar a DRE, o resultado líquido apurado será igual a R$
42.630, devedor.

58. (CESPE/TRE/BA/Analista Judiciário/2009) Se a empresa


concedesse abatimento sobre vendas no valor de R$ 8.000, o lucro bruto
apurado seria reduzido para R$ 55.400.

59. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2009/CESPE/NACIONAL)


Suponha que o saldo da conta de resultado do exercício, antes do cálculo
do imposto de renda devido, seja positivo em R$ 1,5 milhão e o valor desse
imposto, de R$ 2 milhões. Nesse caso, o fato estará adequadamente
representado pelo seguinte lançamento em reais.

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60. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) Ao


se conceder abatimento sobre vendas, a quantidade de mercadorias para
revenda, em estoque, não sofrerá alterações.

61. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/CESPE) Na venda


de mercadorias, a despesa com fretes deve integrar o custo da mercadoria
vendida.

62. (CESPE/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004) Ao se registrar a


contribuição social do período, com pagamento futuro, há um acréscimo no
ativo e um decréscimo no resultado do exercício, considerando-se o regime
de competência.

63. (CESPE/Agente de Polícia Federal/2009) Considere as contas a


seguir:

Conta Em R$

Serviços prestados 480.000


Descontos promocionais 20.000
Propaganda e publicidade 18.000
Descontos financeiros a clientes 13.000
ISS 23.000
Contribuições incidentes sobre as receitas 28.000
Custo dos serviços prestados 170.000

Com base nas informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma


empresa prestadora de serviços, julgue o item seguinte.

As informações mostram que o lucro bruto da empresa foi de


R$226.000,00.

64. (CESPE/SEDF/Analista de Gestão Educacional –


Contabilidade/2017) Com referência à elaboração de demonstrações
contábeis, julgue o item seguinte à luz da legislação societária, dos
princípios fundamentais da contabilidade e dos pronunciamentos contábeis
do CPC.

Resultado abrangente é o conjunto de mudanças verificadas no patrimônio


durante um determinado período, exceto as resultantes de investimentos
dos sócios e distribuições aos sócios.

65. (CESPE/Analista/Contabilidade/TRE/PE/2017)

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A partir das informações apresentadas na tabela precedente, é correto


afirmar que, na demonstração do resultado abrangente, o valor do lucro
abrangente é igual a

a) R$ 65.000.
b) R$ 15.000.
c) R$ 965.000.
d) R$ 465.000.
e) R$ 340.000.

66. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Secretariado Executivo/2016)


Acerca de demonstrações contábeis, julgue o item a seguir.

Na demonstração do resultado abrangente, o lucro líquido do período será


apresentado como outros resultados abrangentes.

67. (CESPE/FUNPRESP-JUD/Contabilidade/2016) Acerca das


demonstrações contábeis utilizadas no Brasil, julgue o item que se segue.

Além dos resultados operacionais presentes na demonstração do resultado


do exercício, a demonstração do resultado abrangente inclui os resultados
não realizados que tenham transitado no patrimônio líquido da entidade.

68. (CESPE/PC-PE/Perito Criminal/Ciências Contábeis/2016) Na


teoria contábil, o lucro abrangente é definido como a variação total do valor
do capital e é mais amplo do que o conceito de lucro líquido. Nessa
abordagem teórica, o lucro abrangente de uma organização de iguala ao:

a) lucro Operacional Líquido + resultado não operacionais + aumento de


capital pertencentes aos sócios.
b) lucro+efeito das mudanças de critérios contábeis+dividendos+capital
novo.
c) lucro+efeitos acumulados da mudança de critérios contábeis de
exercícios anteriores. d) lucro líquido+ajustes acumulados de exercícios

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anteriores+outras variações do capital não pertencentes aos proprietários


da organização.
e) lucro operacional corrente+itens extraordinários.

69. (CESPE/FUNPRESP-EXE/Contabilidade e Finanças/2016)


Julgue o item a seguir, relativos à consolidação das demonstrações
financeiras.

Ao apurar os lucros no exercício, exceto aqueles computados no resultado


abrangente, a entidade que reporta a informação contábil deve atribuí-los
aos proprietários e às participações de não controladores.

70. (Cespe/TRE-MT/Analista Judiciário – Contabilidade/2015)

De acordo com os dados mostrados na tabela, o montante de variações em


outros resultados abrangentes, em reais, é de

a) 4.000.
b) 3.900.
c) 2.400.
d) 900.
e) 4.900.

71. (CESPE/Telebras/Contador/2015) A respeito da elaboração do


balanço patrimonial, da demonstração do resultado do exercício, da
demonstração do resultado abrangente e de operações a elas relacionadas,
julgue o item subsequente.

O resultado abrangente expressa mutação no patrimônio líquido.

72. (CESPE/Telebras/Analista Superior Finanças/2015) Com


referência às demonstrações contábeis, julgue o item a seguir.

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A demonstração do resultado abrangente (DRA) visa acrescentar à


demonstração do resultado do exercício (DRE) principalmente o impacto do
ajuste a valor justo dos ativos, pois a inclusão desse ajuste na DRE geraria
efeitos tributários.

73. (CESPE/STJ/Analista Judiciário – Contadoria) Com relação às


demonstrações contábeis de companhias abertas, julgue o item a seguir.

A demonstração do resultado abrangente do exercício, que é obrigatória por


determinação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, não deve
contemplar ajustes de avaliação patrimonial em sua composição, pois esse
valor já está contemplado no patrimônio líquido das companhias.

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13 GABARITO

Questão Gabarito Questão Gabarito


1 A 37 E
2 E 38 C
3 C 39 E
4 E 40 E
5 C 41 C
6 C 42 E
7 B 43 C
8 E 44 C
9 C 45 E
10 E 46 C
11 C 47 C
12 C 48 E
13 C 49 C
14 E 50 C
15 A 51 D
16 A 52 D
17 E 53 C
18 C 54 C
19 C 55 C
20 E 56 E
21 E 57 E
22 E 58 C
23 C 59 E
24 C 60 C
25 E 61 E
26 E 62 E
27 E 63 E
28 E 64 C
29 C 65 E
30 E 66 E
31 E 67 C
32 E 68 D
33 E 69 E
34 C 70 C
35 E 71 C
36 C 72 C
73 E

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