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SUMÁRIO

Fundamentos das ocupações de pedreiro........................................................03


Ambiente de trabalho na indústria da construção.............................................04
NR 18.................................................................................................................04
Ferramentas e acessórios para construção civil................................................09
Noções básicas de escala métrica....................................................................20
Medições e cálculos...........................................................................................21
Leitura interpretação de planta, croquis e lay out..............................................22
Noções elementares de resistência de materiais..............................................27
Fundação e materiais utilizados........................................................................31
Argamassa.........................................................................................................34
Acabamentos.....................................................................................................33
Colocação, corte e tipo dos tijolos.....................................................................39
Tipos de telhados...............................................................................................43
Argamassa de Emboçamento............................................................................52
Instalações hidráulicas.......................................................................................52
Instalações elétricas..........................................................................................61
Técnica de pintura.............................................................................................66
Madeiras............................................................................................................67

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Fundamentos das ocupações de pedreiro

O pedreiro deve executar sua profissão obedecendo aos


procedimentos definidos como suas funções, sendo:

Verificar as características da obra.

Examinar a planta e especificações para orientar-se na


escolha do material apropriado e na melhor forma de
execução do trabalho

Examinar os materiais apropriados para execução e suas


respectivas resistências.

Preparar concreto e argamassa segundo as características da


obra.

Assentar diferentes materiais.

Revestir diferentes superfícies.

Realizar reforma e manutenção de prédios, calçadas e outras


estruturas.

Instalar moldura de portas, janelas, quadro de luz, coberturas


e outros.

Armar e desmontar andaimes de madeira ou metálicos para


execução de obras desejadas.

Montar tubulações para instalações elétricas e


hidrossanitárias.

Participar de treinamentos na área de atuação, quando


solicitado.

Manter organizados, limpos e conservados os materiais,


máquinas, equipamentos e local de trabalho, que estão sob
sua responsabilidade.

Atuar, na qualidade de instrutor de treinamentos e outros


eventos de igual natureza, mediante participação prévia em
processo de qualificação e autorização superior.

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Ambiente de trabalho na indústria da construção

A NR 18 talvez seja a norma regulamentadora mais importante para


o setor da construção civil. Ela estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e organização.
Que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na indústria da construção.

Como consta na NR 18, é vedado o ingresso ou a permanência de


trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados
pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a fase da
obra.
Principais Objetivos da NR 18:
 Garantir a saúde e a integridade dos trabalhadores

 Definir atribuições e responsabilidades às pessoas


que administram;

 Fazer previsão dos riscos que derivam do


processo de execução de obras;

 Determinar medidas de proteção e prevenção que


evitem ações e situações de risco;

 Aplicar técnicas de execução que reduzem ao


máximo os riscos de doenças e acidentes.

Principais tópicos da NR 18
1 – Elevadores

As medidas a serem observadas no que tange ao uso de


elevadores nas obras estão delineadas no item 18.14 na NR 18,
que trata da “Movimentação e transporte de materiais e pessoas”.

Em primeiro lugar a norma denota a importância da qualificação dos


profissionais envolvidos no dimensionamento, montagem,
desmontagem, manutenção e operação dos equipamentos de
movimentação e transporte.

Só profissionais devidamente habilitados ou qualificados podem ser


designados para cada uma destas tarefas.
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A operação destes equipamentos deve constar inclusive como
função anotada na Carteira de Trabalho do respectivo operário.

2 – Torres de elevadores

O subitem da NR 18 – 18.14.21 trata exclusivamente de “Torres de


elevadores”.

Ressalta que as torres de elevadores devem ser dimensionadas


conforme as cargas a que estarão sujeitas.

Devem ser montadas e desmontadas por trabalhadores


qualificados, o mais próximo possível da edificação.
E estar distantes de redes elétricas ou isoladas conforme normas
da concessionária.

Também a base onde se instalará a torre e o guindaste deve ser


única, de concreto, nivelada e rígida.
Quanto aos elementos estruturais – laterais e contraventos – devem
estar em perfeito estado.

Para elevadores de caçamba, a torre deve ter dispositivos que


mantenham o equilíbrio na caçamba.

3 – Transporte de materiais

O subitem da NR 18 – 18.14.22 trata de “Elevadores de transporte


de materiais”.

O subitem ressalta que não devem ser transportadas pessoas nos


elevadores de materiais.
Informação que deve estar em placa no interior do elevador, junto
com a informação da carga máxima suportada pelo elevador.

O guincheiro – profissional responsável pela operação do elevador


– deve ter seu posto de trabalho bem protegido contra queda de
materiais e dimensionado conforme as normas de ergonomia.

Quanto aos sistemas de segurança, os elevadores de materiais


devem ter:

1. Frenagem automática

2. Segurança eletromecânica no limite superior (2 metros abaixo


da viga superior da torre).

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Além do freio motor, deve dispor de trava de segurança que o
mantenha parado em altura, e também um interruptor de corrente
que impeça sua movimentação com portas ou painéis abertos.

Além disso, para evitar queda livre da cabina, deve haver


dispositivo de tração na subida e descida.
Painéis fixos devem ser dispostos nas laterais, com altura de um
metro, nas demais faces deverá haver painéis ou portas removíveis.
E a cobertura deve ser fixa, basculável ou removível.

Quanto à comunicação para acionamento do elevador, cada


pavimento deve ser provido de botão que acione sinal luminoso ou
sonoro junto ao guincheiro, de forma que haja comunicação única.

Qualquer problema no elevador, de manutenção ou funcionamento,


deve ser anotado pelo operador em livro próprio e comunicado por
escrito ao responsável da obra.

4 – Transporte de Passageiros

O subitem da NR 18 – 18.14.23 trata de “Elevadores de


passageiros”.

Estabelece que nos edifícios em construção com mais de doze


pavimentos ou altura equivalente é obrigatória a instalação de pelo
menos um elevador de passageiros que alcance toda a extensão
vertical da obra.

Da mesma forma, em edifícios com mais de oito pavimentos ou


altura equivalente e caso o canteiro possua número de
trabalhadores maior ou igual a 30, deve ser instalado o elevador a
partir da execução da 7ª laje.

O elevador de passageiros somente pode ser utilizado para o


transporte de cargas e materiais se este transporte não for
simultâneo.

Nesse caso o comando do elevador deve ser externo, e no interior


do elevador deve haver sinalização que indique de forma clara e
visível a proibição do uso simultâneo para transporte de cargas e
passageiros.

Sendo o elevador de passageiros o único da obra, e sendo usado


para transporte de materiais – não simultaneamente, o mesmo deve
ser instalado a partir do pavimento térreo, obrigatoriamente.

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Como dispositivos de segurança, o elevador deve ter:

interruptor nos fins de curso superior e inferior com freio


automático eletromecânico,

sistema de frenagem automática – que evite queda livre da


cabina em qualquer situação,

sistema de segurança que impeça o choque da cabina com a


viga superior da torre,

interruptor de corrente que impeça funcionamento com portas


abertas,

freio manual na cabina interligado ao interruptor de corrente,


que desligue o motor quando acionado.

A cabina deve ser metálica, com porta, deve ter iluminação e


ventilação natural ou artificial e indicação do número máximo de
passageiros e carga máxima suportável.

O elevador deve ter um livro de inspeção, no qual o operador


diariamente anotará as condições de funcionamento e manutenção
do mesmo.

Este livro deve ser visto e assinado semanalmente pelo responsável


pela obra.

5 – Andaimes

O item 18.15 da NR 18 estabelece as condições a serem


observadas para a instalação e uso de andaimes nas obras.

Ressalta primeiramente que os mesmos devem ser dimensionados


por profissional legalmente habilitado.
O dimensionamento e construção dos andaimes devem considerar
devidamente as cargas a suportar.

Os materiais utilizados na confecção dos andaimes devem ser de


boa qualidade, sem quaisquer defeitos que possam comprometer a
sua resistência.

O piso de trabalho deve ter forração completa, antiderrapante, ser


nivelado e fixado com segurança e resistência.
Nenhum dispositivo de segurança dos andaimes pode ser retirado
nem anulado.
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Dentre estes dispositivos constam o guarda - corpo e rodapé,
inclusive nas cabeceiras, em todo o perímetro exceto na face de
trabalho.

O acesso aos andaimes também deve ser devidamente seguro.

Ressalta-se que nenhum tipo de escada ou meio para se atingir


lugares mais altos deve ser instalado sobre os andaimes.

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Ferramentas e acessórios para construção civil
14 Alicate bico meia cana

Utilizado principalmente em instalações elétricas.


• Bico alongado facilita o manuseio em locais de difícil acesso onde outros
alicates não alcançam.

Alicate corte diagonal

Ideal para corte de fios, cabos e outros materiais.


• O nome diagonal indica que sua parte cortante é inclinada em relação ao
cabo.

Alicate universal

Ideal para trabalhos com incidência de muito esforço.


• O nome universal se deve à versatilidade de suas utilizações.
• Serve para cortar, apertar, prender e torcer.

Barra de ponta

20• Utilizada para quebrar concreto e como alavanca.

Broca aço rápido (polegadas)


2

2
• Indicada para a perfuração de metais.
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Broca chata para madeira

• Utilizada para a perfuração de todos os tipos de madeiras, aglomerados,


chapas MDF e caibros.
• Afiação especial, produz corte mais limpo, rápido e com menor esforço.

Broca para concreto

Utilizada para perfurar concreto.

Broca para concreto extralonga

• Utilizada para perfurações de longas profundidades.


• Pode ser utilizada em furadeiras com e sem percussão.

Caixa plástica argamassa

• Utilizada para fazer e carregar a argamassa pela obra.

Carrinho de mão

• Utilizado para transporte de materiais pela obra.


• Capacidade para 60 litros.

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Cavadeira articulada light

• Utilizada para abrir alicerces e buracos para colocação de postes.


• Produzida em aço SAE 1045.

Cavadeira articulada média

• Ferramenta essencial para abertura de buracos em solo de terra, saibro ou


areia.

Cavadeira articulada pequena

• Utilizada para abertura de buracos em solo de terra, saibro ou areia.

Cavadeira reta

• Utilizada para cortar o solo verticalmente.

Chave ajustável

• Utilizada para apertar, girar e ajustar parafusos em locais de difícil acesso,


com seus mordentes reguláveis.

Chave de amarrar ferro

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• Utilizada para dobrar vergalhões de ferro.

Chave phillips

.
• Utilizadas para apertos e ajustes de materiais e equipamentos com parafusos
em formato de estrela.

Chaves de fenda

• Utilizadas para apertos e ajustes de materiais e equipamentos com parafusos


com fenda.

Chave grifo

• Utilizada principalmente em instalações e manutenções hidráulicas.

Colher de pedreiro canto redondo

• Utilizada em diversas etapas da obra: preparação da massa, aplicação e


acabamentos.
• Uma das principais ferramentas na construção civil.

Colher de pedreiro canto reto

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• Utilizada em diversas etapas da obra: preparação da massa, aplicação e
acabamentos.
Corta vergalhão

Para cortar vergalhões de ferro, pinos ou barras de aço.

Lâmina corta vergalhão

• Peça de reposição para o Corta Vergalhão Bellota.

Disco de corte de metal

• Acessório profissional utilizado em esmerilhadeira para cortar metais.


• Cortes retos e limpos.

Disco de desbaste de metal

• Acessório profissional utilizado em esmerilhadeira para desbastar metais.

Disco diamantado liso

• Acessório profissional ideal para corte de pisos cerâmicos, ardósias, azulejos


e porcelanatos.

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Disco diamantado segmentado

• Acessório profissional ideal para corte de pisos cerâmicos, concreto,


alvenarias, tijolos e telhas.
Disco diamantado turbo

• Acessório profissional ideal para corte de pisos cerâmicos, mármores,


granitos, pedras
decorativas e alvenarias.

Enxada

• Utilizada, para cavar e preparar concreto.

Enxada estreita

• Utilizada em diversas etapas da construção civil: para cavar


e preparar concreto.

Enxada estreita para argamassa

• Utilizada para preparar a mistura da argamassa.

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Esquadro

• Utilizado como guia para medir, marcar e conferir o material, facilitando o corte em
ângulos.

Espátula lâmina flexível com cabo plástico

• Utilizada para aplicar massa ou gesso em pequenas áreas, tampar furos e


fissuras e remover tinta.

Espátula lâmina rígida com cabo madeira

• Utilizada para aplicar massa ou gesso em pequenas áreas, tampar furos,


fissuras e remover tinta.

Lápis marceneiro

• Uso profissional, ideal para marcação em madeiras.

Lima para serrote

• Utilizada para afiação de serrotes de diferentes tamanhos.

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Maceta

• Utilizada para assentamentos de pedras e calçamentos.

Marreta

• Utilizada para colocação de estacas e cunhas e principalmente para


quebrar pedras e concreto utilizando as talhadeiras e ponteiros Bellota.

Marreta grande com cabo

Utilizada para colocação de estacas e cunhas e principalmente para quebrar


pedras e concreto.

Martelo bola

• Utilizado na indústria mecânica, ferramentarias, serralherias e caldeirarias,


entre outras, para endireitar peças e chapas planas ou côncavas.

Martelo carpinteiro

• Ferramenta essencial para os profissionais da construção civil, utilizada em


todas as etapas da obra para pregar e arrancar pregos.

Martelo de nylon

• Utilizado para assentamento de pisos e azulejos.


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Nível de alumínio

• Utilizado para verificação do nivelamento de superfícies.

Nível torpedo

• Utilizado para a verificação do nivelamento horizontal e vertical em qualquer


superfície, inclusive em estruturas metálicas.
Pá de bico

• Utilizada para carregar materiais como areia, pedra e concreto.

Pá quadrada

• Utilizada para cavar e carregar materiais como areia, pedra e concreto.

Pé de cabra

Utilizado para arrancar pregos grandes, como alavanca para abrir ou


desmontar caixas de madeira e também em oficinas mecânicas.

Picareta alvião

• Utilizada para cavar terrenos duros com a pá e para quebrar e


arrancar pedras com a ponta.

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Picareta chibanca

• Utilizada para abertura de valas e buracos em solos duros.

Picareta ponta e ponta

Ferramenta de golpe, utilizada para quebrar pedras e concreto.

Ponteiro hexagonal

• Ideal para perfuração de concreto, pedras e outras superfícies duras.

Rebitador profissional 4 pontas

• Ferramenta utilizada para fixar rebites em metal, lonas e couro.

Serrote conquistador

• Serrote universal para todo tipo de corte.

Serrote costa

• Utilizado para cortes de precisão e acabamentos.

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Serrote ponta

• Utilizado na furação e corte de madeiras, placas de gesso e locais de difícil


acesso.

Talhadeira hexagonal

• Ideal para quebrar concreto, pisos, paredes e rebocos.

Tira linha

• O mais novo aliado dos pedreiros, gesseiros e outros profissionais da


construção civil.

Torquês armador

Ideal para cortar, apertar e dobrar arames e ferros.

Torquês carpinteiro

• Formato especial para facilitar a extração e corte de pregos e também para


trabalhos em cerâmica, azulejos e lajotas.

Torquês para azulejo / mosaico

• Ideal para recorte no assentamento de pisos e azulejos.


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Trena

• Utilizada para medição de pequenas e médias distâncias

Trena longa

• Ferramenta para a medição de longas distâncias.

Noções básicas de escala métrica


Escala Métrica

Escala é um método de ordenação de grandezas físicas ou químicas, tanto


qualitativas como quantitativas, que possibilita comparação de seus valores.

Ou seja, uma escala é uma razão de proporcionalidade, expressa por uma


relação entre a medida gráfica e a medida real. Portanto, mostra a proporção
que existe entre o mundo real e sua representação no gráfico.

Exemplos:

Relação existente entre as medidas em um mapa de um local e as distâncias


lineares reais. Exemplo: Belém, Pará, Brasil

Escala de tempo geológico: representa a linha do tempo desde o presente até


a época da formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e
idades, ilustrando os grandes eventos geológicos da história do planeta.

As escalas métricas dividem-se em dois subtipos:

Escala intervalar: Possibilita quantificar as distâncias entre as medições em


termos da sua intensidade específica, ou seja, posicionando-as com relação a
um valor conhecido arbitrariamente e denominado como ponto zero.

Tal aferição é feita por comparação a partir da diferença entre o valor do ponto
zero e um segundo valor conhecido. Portanto, não há um ponto nulo natural e
uma unidade natural.

Exemplo: escalas de temperatura em que não se pode assumir um ponto 0


(ponto de nulidade) ou dizer que uma dada temperatura (X) é o dobro da
temperatura (Y).

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Escala de razão ou rácio - Quantifica as diferenças entre as medições e
possui um ponto de nulidade (um ponto zero que é fixo e absoluto, e de fato
representa um ponto de nulidade, ausência e/ou mínimo).

Assim, pode-se efetuar cálculos entre duas medições, independentemente da


unidade de medida. É possível efetuar diferenças e quocientes e, também, a
conversão (de quilômetros em milhas, por exemplo).

Exemplos: distância, idade, peso, altura, salário, preço, volume de vendas.

Medições e cálculos
Medição
Quem está começando a execução de um serviço numa obras pode estranhar
certos critérios de medição para remuneração.

Há diversas modalidades de contrato de mão de obra para a construção civil,


como preço fechado, administração e pagamento por homem-hora.

Mesmo que o contrato principal da obra tenha sido feito, digamos, por
administração ou por preço fechado (“turn-key”) costuma-se sub-empreitar
tarefas para empresas menores ou mesmo para profissionais autônomos.

Isto porque o pessoal da construção civil parece trabalhar melhor quando há


um prêmio à vista, por exemplo: um encanador pode levar um dia para fazer
uma instalação hidráulica, quando pegou aquele serviço por empreitada,
enquanto que aquele mesmo encanador e o mesmo serviço poderiam levar
dois ou mais dias para chegar à conclusão, e o administrador da obra nada
poderia dizer pois o profissional estava trabalhando.

Medição de obra

Objetivo
Medição física dos serviços executados na obra para viabilizar os desembolsos
mensais de financiamento à construção do empreendimento.

Roteiro dos serviços

Serão desenvolvidas as seguintes atividades:

- requisição e análise da documentação necessária para o desenvolvimento do


trabalho;

- vistoria mensal no empreendimento com levantamento fotográfico;

- medição física dos serviços executados na obra;

- elaboração e apresentação do relatório mensal, atendendo as exigências do


agente financeiro para este tipo de trabalho técnico;

- elaboração de ART – CREA (Anotação de Responsabilidade Técnica)


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Leitura interpretação de planta, croquis e lay out

Planta baixa

• planta do pavimento (planta baixa): é o corte horizontal feito acima do


piso, a distância variável, a fim de mostrar no desenho, todos os componentes
do pavimento, como paredes, vãos de portas e janelas, equipamentos fixos e
móveis (opcionais), de modo a dar uma perfeita compreensão das divisões,
circulação, iluminação e ventilação do ambiente.

Planta baixa
• É a representação da projeção de um corte horizontal a uma distância que vai
de 1,20 a 1,50.
• Representação da divisão dos ambientes .
• São representados, os elementos na horizontal (largura x comprimento).
• Únicas indicações verticais
• Escala : Normalmente 1:100 ou 1:50

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Ambientes
• Dormitórios
– Área mínima : 12 m2 ou 9 m2
– largura mínima : 2 m
– Área mínima das janelas: 1/6 da área total do quarto.
– Pé direito mínimo 2,60 m
– Largura mínima da porta: 0,70 m

• Sala
– Área mínima : 12 m2
– largura mínima : 2 m
– Área mínima das janelas: 1/6 da área total da sala.
– Pé direito mínimo 2,60 m
– Largura mínima da porta: 0,80 m

• Cozinha
– Área mínima : 4 m2
– largura mínima : 1,5 m
– Área mínima das janelas: 1/8 da área total da
cozinha.
– Pé direito mínimo 2,50 m
– Largura mínima da porta: 0,70 m

• Banheiro
– Área mínima : 1,5 m2
– largura mínima : 0,8 m
– Área mínima das janelas: 1/8 da área total do banheiro.
– Pé direito mínimo 2,30 m
– Largura mínima da porta: 0,60 m

Planta baixa – o que deve aparecer?


• Disposição cotada dos ambientes.
• Cotas dos pisos
• Localização e cotas das janelas, portas e vãos.
• Indicação dos tipos de pisos
• Espessura das paredes.
• Localização dos aparelhos sanitários nas áreas molhadas (banheiro, cozinha
e área de serviço)
• Móveis – opcional
• Armários embutidos
• Projeção da cobertura

Representações gráficas - paredes


• Paredes internas – 15 cm
• Paredes externas e limites – 20 cm
• Paredes altas – que vão do teto ao piso – traço grosso e contínuo
• Paredes a meia altura – traço médio e contínuo com indicação da altura

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Representações gráficas – paredes

Representações gráficas - portas


• As portas devem abrir para dentro do ambiente.
• Portas de entrada da residência usualmente são de 80 cm e as demais de 70
cm.
• Portas nunca são colocadas diretamente em uma quina, pois o “batente” da
porta requer algum espaço para seu assentamento.

Representações gráficas – portas

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Representações gráficas - janelas
• Representação semelhante às portas.
• Normalmente possuem peitoril – altura entre a parte mais baixa da janela e o
piso interno acabado.
• Em planta deve-se indicar a altura x comprimento da janela/ altura do peitoril

Representações gráficas – janelas

Representações gráficas – janelas

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Nível do piso
• Nível de referência - cota 0

• Casa construída em diferentes níveis:


– banheiro difere da sala (mais baixo)
– Varanda mais alta que piso externo

•Sinal de + ou – em função da ocalização do NR

•Deve-se colocar a indicação em todos os ambientes

Representações gráficas – quarto e sala

26
Noções elementares de resistência de materiais
Alvenaria estrutural

Materiais

Blocos:

Propriedades desejáveis :

Resistência à compressão:
Função da relação água/cimento da massa do bloco;
Função da área de concreto (total menos os vazados);

Blocos de concreto :

Classificação dos blocos de concreto : NBR 6136/2006

• Classe A – Com função estrutural p/ uso em elementos de alvenaria acima ou


abaixo do nível do solo;

• Classe B – Com função estrutural p/ uso em elementos de alvenaria acima do


nível do solo;

• Classe C – Com função estrutural p/ uso em elementos de alvenaria acima do


nível do solo;

• Classe D –Semfunção estrutural p/ uso em elementos de alvenaria acima do


nível do solo.

carga de ruptura
fb = ---------------------- fbk = fbm -1,65 . Sd
Área bruta

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Relação área líquida/área bruta = s/S (em média ~ 0,50)

Argamassa de assentamento:

Quanto a origem:

Industrializada:
Pré-misturada em sacos ou fornecida a granel

Propriedades asseguradas pelo fabricante

Cuidados na obra só com a quantidade de água

Preparada na obra: Areia, cal e cimento misturados na obra;

Muito mais susceptível a problemas:de dosagem;de contaminações por


impurezas;

Necessita de controle tecnológico maior (ensaios).

Cimento: Resistência, Aderência e retenção de água.


Carência prejudica resistência e aderência;
Excesso gera retração e pequenas fissuras.

Cal: Coesão, Plasticidade, Aderência, Retenção de água,minimiza a retração


causada pela cimento;

Areia: Aumenta o rendimento e minimiza retração.


Areias grossas tendem a favorecer maior resistência.
Areias finas favorecem a resistência, sendo normalmente mais
adequadas.

Aditivos: Aumentam trabalhabilidade e a resistência;

Propriedades desejáveis no estado fresco:

Trabalhabilidade:
1. Facilidade de manuseio;
2. Espalhabilidade;
3. Aderência aos blocos;
4. Manutenção da consistência (tempo em aberto);
5. Facilidade p/ alcançar a espessura da junta;
6. Manutenção da espessura da junta após camadas subseqüentes de
blocos.

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•Consistência – mais rígida ou mais mole;

• Retenção de água – se a água contida na argamassa percolar muito


rapidamente para os blocos faltará água p/ hidratar o cimento, resultando em
ligação fraca;

•Tempo de endurecimento – função do tipo do cimento usado, da temperatura


e eventuais aditivos.

Resistências usuais da argamassa de assentamento em A. E.:

Deve ter de 40 a 70% da resistência média do material do bloco.

A argamassa de assentamento deve ter resistência inferior a do material do


bloco para que a camada de argamassa de assentamento absorva as
deformações da alvenaria estrutural.

Graute:

Aplicado no preenchimento dos blocos vazados para integrar as armaduras de


aço ao sistema e aumentar a resistência da parede sem aumentar a resistência
do bloco.

Graute é uma mistura de materiais, semelhante ao concreto convencional,


utilizando agregado mais fino (100% passando na # 12,5 mm).

Materiais constituintes:

Cimento, brita (pedrisco), areia e água

Resistência varia com a relação água/cimento

29
Diferentes formas de aplicação da argamassa de assentamento afetam a
resistência do prisma.

Bloco com preenchimento Bloco com argamassa


total dos septos com longitudinal
argamassa

Resistência da parede:

Depende:

Resistência dos blocos;

Espessura da parede; Dimensões dos blocos;

Paredes duplas ou triplas (qtd. de blocos de espessura);

Preenchimento dos blocos com graute;

Armaduras (aço) dentro dos blocos;

Pé direito (flambagem);Aumenta altura diminui a resistência.

Equipamentos

Régua de nível Esquadro

Escantilhão Bisnaga para aplicação da argamassa


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Encontro de paredes e em extremidade livre de parede;
Referência de nível, de prumo e para alojamento de linhas;
Referência de nível da primeira marca – ponto + alto laje

Fundação e materiais utilizados


Estudo das Fundações

Definição de fundação

A estrutura de uma obra é constituída pelo esqueleto (figura 1)


formado pelos elementos estruturais, tais como: lajes (cinza), vigas
(vermelho), pilares (verde) e fundações (azul), etc. Fundação é o
elemento estrutural que tem por finalidade transmitir as cargas de
uma edificação para uma camada resistente do solo.

Existem vários tipos de fundações e a escolha do tipo mais


adequado é função das cargas da edificação e da profundidade da
camada resistente do solo. Com base na combinação destas duas
análises optar-se-á pelo tipo que tiver o menor custo e o menor
prazo de execução.

Classificação das fundações

De acordo com a profundidade do solo resistente, onde está


implantada a sua base, as fundações podem se classificadas em:

• fundações superficiais (diretas): quando a camada resistente à


carga da edificação ou seja, onde a base da fundação está
implantada, não excede a duas vezes a sua menor dimensão ou se
encontre a menos de 3 m de profundidade;

• fundações profundas (indiretas) são aquelas cujas bases estão


implantadas a mais de duas vezes a sua menor dimensão, e a mais
de 3 m de profundidade.

31
A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em
relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela
base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do
corpo do elemento de fundação com o solo (figura 2b).

A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura da cava de


fundação, constituindo-se, por exemplo, em um elemento cravado
por meio de um bate-estaca.

Fundações superficiais ou rasas ou diretas

Em projetos de construções rurais são usadas principalmente


fundações diretas, tendo em vista, que as cargas são relativamente
pequenas, não exigindo da camada do solo de apoio uma grande
resistência.
• blocos de fundações;
• baldrames;
• radier.

Fundação direta em blocos

O que caracteriza a fundação em blocos é o fato da distribuição de


carga para o terreno ser aproximadamente pontual, ou seja, onde
houver pilar existirá um bloco de fundação distribuindo a carga do
pilar para o solo (figura 3a).

Fundação direta em baldrame

A fundação em baldrame apresenta uma distribuição de carga para


o terreno tipicamente linear, por exemplo, uma parede que se apóia
no baldrame, sendo este o elemento que transmite a carga para o
solo ao longo de todo o seu comprimento (figura 3b).

Um baldrame pode ser construído de pedra, tijolos maciços,


concreto simples ou de concreto armado. Quando o baldrame é
construído de concreto armado ele recebe o nome de sapata
corrida.

Fundação direta em radier

A fundação em radier é constituída por um único elemento de


fundação que distribui toda a carga da edificação para o terreno,
constituindo-se em uma distribuição de carga tipicamente superficial
(figura 3c).

32
O radier é uma laje de concreto armado, que distribui a carga total
da edificação uniformemente pela área de contato. É usado de
forma econômica quando as cargas são pequenas e a resistência
do terreno é baixa, sendo uma boa opção para que não seja usada
a solução de fundação profunda.

Os blocos são fundações em concreto simples ou ciclópico e


caracterizados por uma altura relativamente grande em relação às
dimensões da base, necessária para que trabalhem essencialmente
à compressão.

Nas construções comuns os blocos são usados para cargas de até


50000 kgf e, além disso, não é aconselhável o emprego de blocos
2
em terrenos com resistência inferior a 1 kgf/cm (0,1 MPa).

Argamassa
Colocação, corte e tipo dos tijolos

Juntas

A alvenaria estrutural é conceituada como "um processo, construtivo que se


caracteriza pelo emprego de paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras, como
principal estrutura, suporte dos edifícios.

As juntas de movimentação
As juntas de movimentação têm por função limitar as dimensões do painel de
alvenaria a fim de que não ocorriam elevadas concentrações de tensões em
função das deformações intrínsecas do mesmo.

Estas deformações podem ter sua origem em movimentações higroscópicas


(capacidade dos materiais de absorver e liberar água), modificando o volume
quando varia o conteúdo de umidade; em variações de temperatura; ou em
processos químicos, como reações de expansão de materiais presentes nas
juntas e ou blocos.

As deformações que sofre a parede é um problema complexo que não pode


ser resolvido pela simples adição ou subtração dos valores individuais de
movimento térmico, movimento por variações de umidade, fluência,
deformação imposta, etc.

Não se recomenda a utilização de mástiques betuminosos devido à sua baixa


durabilidade, pois o material betuminoso perde sua capacidade de absorver
deforma96es num curto espaço de tempo.

Em caso de não se dispor do elemento de borracha especificado, poderia-se


utilizar em seu lugar manta asfáltica em camada dupla.

33
Acabamentos
Argamassa

CONCEITOS BÁSICOS

O edifício pode ser considerado um conjunto de elementos básicos:


os que formam a estrutura, os que compõem a vedação exterior, os
que subdividem o espaço interno e os que fazem parte dos
sistemas prediais. Cada um desses elementos cumpre funções
específicas e contribui para o comportamento final do conjunto.

O revestimento de argamassa pode ser uma das partes integrantes


das vedações do edifício, que deve apresentar um conjunto de
propriedades que permitam o cumprimento das suas funções,
auxiliando a obtenção do adequado comportamento das vedações
e, conseqüentemente, do edifício considerado como um todo.

Funções do Revestimento de Argamassa

O revestimento de argamassa apresenta importantes funções que


são genericamente:

· proteger os elementos de vedação dos edifícios da ação direta dos


agentes
agressivos;

· auxiliar as vedações no cumprimento das suas funções como, por


exemplo, o
isolamento termo-acústico e a estanqueidade à água e aos gases;

· regularizar a superfície dos elementos de vedação, servindo de


base regular e
adequada ao recebimento de outros revestimentos ou constituir-se
no acabamento final;

· contribuir para a estética da fachada.

34
Trabalhabilidade

É uma propriedade de avaliação qualitativa. Uma argamassa é


considerada
trabalhável quando:

· deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida.


· mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao
ser lançada.

· distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base.

· não endurece rapidamente quando aplicada.

Retenção de água

Representa a capacidade da argamassa reter a água de


amassamento contra a sucção da base ou contra a evaporação. A
retenção permite que as reações de endurecimento da argamassa
se tornem mais gradativas, promovendo a adequada hidratação do
cimento e conseqüente ganho de resistência.

A rápida perda de água, compromete a aderência, a capacidade de


absorver deformações, a resistência mecânica e, com isso, a
durabilidade e a estanqueidade do revestimento e da vedação ficam
comprometidas.

Da mesma forma que a trabalhabilidade, os fatores influentes na


retenção de água são as características e proporcionamento dos
materiais constituintes da argamassa. A presença da cal e de
aditivos pode melhorar essa propriedade.

A aderência inicial depende: das outras propriedades da argamassa


no estado fresco; das características da base de aplicação, como a
porosidade, rugosidade, condições de limpeza; da superfície de
contato efetivo entre a argamassa e a base.

Retração na secagem

Ocorre em função da evaporação da água de amassamento da


argamassa e,
também, pelas reações de hidratação e carbonatação dos
aglomerantes.

35
A retração pode acabar causando a formação de fissuras no
revestimento.

As fissuras podem ser prejudiciais ou não prejudiciais


(microfissuras). As fissuras prejudiciais permitem a percolação da
água pelo revestimento já no estado endurecido, comprometendo a
sua estanqueidade à água.

As argamassas com um alto teor de cimento, denominadas “fortes”,


são mais sujeitas às tensões que causarão o aparecimento de
fissuras prejudiciais durante a secagem, além das trincas e
possíveis descolamentos da argamassa já no estado endurecido.

Com relação à espessura, as camadas de argamassa que são


aplicadas em espessuras maiores, superiores a 25 mm, estão mais
sujeitas a sofrerem retração na secagem e apresentarem fissuras.

No caso do intervalo de aplicação entre duas camadas do


revestimento de argamassa, é recomendado que sejam aguardados
7 dias, no mínimo, pois nesse período a retração da argamassa já é
grande, da ordem de 60% a 80% do valor total.

O tempo de sarrafeamento e desempeno significa o período de


tempo necessário para a argamassa perder parte da água de
amassamento e chegar a uma umidade adequada para iniciar
essas operações de acabamento superficial da camada de
argamassa.

Aderência

É a propriedade do revestimento manter-se fixo ao substrato,


através da resistência às tensões normais e tangenciais que
surgem na interface base-revestimento. É resultante da resistência
de aderência à tração, da resistência de aderência o ocisalhamento
e da extensão de aderência da argamassa.

A aderência depende:

das propriedades da argamassa no estado fresco; dos


procedimentos de execução do revestimento;

da natureza e características da base e da sua limpeza


superficial.

36
Capacidade de absorver deformações

É a propriedade do revestimento quando estiver sob tensão, mas


sofrendo deformação sem ruptura ou através de fissuras não
prejudiciais.

As fissuras são decorrentes do alívio de tensões originadas pelas


deformações da base. As deformações podem ser de grande ou de
pequena amplitude.

O revestimento só tem a responsabilidade de absorver as


deformações de pequena amplitude que ocorrem em função da
ação da umidade ou da temperatura e não as de grande amplitude,
provenientes de outros fatores, como recalques estruturais, por
exemplo.

A capacidade de absorver deformações depende:

· do módulo de deformação da argamassa - quanto menor for o


módulo de deformação (menor teor de cimento), maior a
capacidade de absorver deformações;

· da espessura das camadas - espessuras maiores contribuem para


melhorar essa propriedade; entretanto, deve-se tomar cuidado para
não se ter espessuras excessivas que poderão comprometer a
aderência;

· das juntas de trabalho do revestimento - as juntas delimitam panos


com dimensões menores, compatíveis com as deformações,
contribuindo para a obtenção de um revestimento sem fissuras
prejudiciais;

· da técnica de execução - a compressão após a aplicação da


argamassa e, também, a compressão durante o acabamento
superficial, iniciado no momento correto, vão contribuir para o não
aparecimento de fissuras. O aparecimento de fissuras prejudiciais
compromete a aderência, a estanqueidade, o acabamento
superficial e a durabilidade do revestimento.

37
Permeabilidade

A permeabilidade está relacionada à passagem de água pela


camada de revestimento, constituída de argamassa, que é um
material poroso e permite a percolação da água tanto no estado
líquido como de vapor. É uma propriedade bastante relacionada ao
conjunto base-revestimento.

O revestimento deve ser estanque à água, impedindo a sua


percolação. Mas, é recomendável que o revestimento seja
permeável ao vapor para favorecer a secagem de umidade de
infiltração (como a água da chuva, por exemplo) ou decorrente da
ação direta do vapor de água, principalmente nos banheiros.

Durabilidade

É uma propriedade do período de uso do revestimento, resultante


das propriedades do revestimento no estado endurecido e que
reflete o desempenho do revestimento frente as ações do meio
externo ao longo do tempo Alguns fatores prejudicam a durabilidade
do revestimento, tais como: a fissuração do revestimento; a
espessura excessiva; a cultura e proliferação de microorganismos;
a qualidade das argamassas; a falta de manutenção.

Bases de Aplicação

As bases de aplicação dos revestimentos de argamassa, em um


edifício convencional, são a estrutura de concreto armado e a
alvenaria de vedação.

A alvenaria de vedação é constituída por componentes que são os


tijolos ou blocos. Dentre os componentes mais utilizados, estão
diversos tipos de blocos, tais como o cerâmico, o de concreto, o de
concreto celular e o sílico-calcário.

Cada um deles apresenta características próprias que influenciam


no comportamento da alvenaria como um todo.

As diferentes características das bases de aplicação interferem, de


forma significativa, nas propriedades do revestimento de
argamassa, devendo ser consideradas desde o momento da
definição da argamassa.

38
Colocação, corte e tipo dos tijolos
Bloco de betão estrutural

Aplicação em alvenaria estrutural armada e parcialmente armada.


Permite que as instalações elétricas e hidráulicas fiquem embutidas
já na fase de levantamento da alvenaria.

Bloco de betão de vedação

Para fechamento de vãos em prédios estruturados. Devem ser


observados os vãos entre vigas e pilares, de modo a propor vãos
modulados em função das dimensões dos blocos.

Bloco cerâmico de vedação

Deve-se procurar a modulação dos vãos, apesar de ser mais fácil o


corte neste tipo de bloco. Dimensões mais encontradas (cm):
9x19x19 e 9x19x29.

Tijolo cerâmico maciço

Empregado geralmente para alvenaria de vedação ou como


estrutural para casas térreas. Devido às suas dimensões, a
produtividade da mão-de-obra na execução dos serviços é mais
baixa. Os tijolos maciços também são usados em alvenaria
aparente. Dimensões (cm): 5x10x20 aproximadamente.

Bloco silico-calcáreo

Empregado como bloco estrutural ou de vedação. Mistura de cal e


areia silicosa, curadas em autoclaves, com vapor e alta pressão e
temperatura. Também conhecidos como blocos de betão celular
autoclavados.

Perpianho

Bloco paralelepipédico que é, hoje em dia, apenas utilizado por


razões econômicas em construção de casas individuais. Este é feito
de cimento endurecido ao ar sem qualquer cozedura em forno, e é
usado para construção de paredes de fundações, paredes de
suporte, interiores e exteriores, muros não de suporte e divisórias
de distribuição

39
Assentamento de tijolos

Tarefas preliminares

Antes de se iniciar a execução das paredes de alvenaria,


cujas tarefas e etapas são descritas nas alíneas seguinte, é
necessário realizar diversas verificações preliminares:

Verificar o estado da estrutura (geometria, desempeno e


alinhamentos);

Verificar a necessidade de uma reparação pontual da


estrutura, e se decorreram 3 dias após a eventual reparação;

Verificar a limpeza e nivelamento dos pavimentos;

Verificar se as peças de betão armado foram chapiscadas e


se decorreram pelo menos 3 dias após essa operação;

Verificar se existem ferros de espera na estrutura para ligação


das alvenarias (se estiverem previstos em projeto);

Verificar se estão implementadas as medidas de segurança


coletiva necessárias à execução das alvenarias;

Verificar se foram executadas todas as tarefas antecedentes


previstas no plano de obra.

Depois de se ter efetuado todas as verificações descritas


anteriormente, entramos na fase de execução da alvenaria,
propriamente dita, sendo a execução de alvenarias tem três
etapas principais:

Classificação do tipo de paredes (quanto à sua forma de


constituição)

As paredes podem ser classificadas pela sua forma de constituição


e são classificadas como podendo ser:

Paredes simples:

São constituídas por um único pano de alvenaria, podendo ser com


junta horizontal continua ou descontinua na espessura da parede, e
com ou sem junta longitudinal (existência de junta vertical
preenchida no comprimento do bloco e localizada a meia
espessura.
40
Paredes duplas:

Atualmente muito utilizadas na construção, são constituídas por


dois panos de
alvenaria separados por caixa-de-ar e podendo ter ligadores
metálicos de fixação de distância entre panos.

Paredes de face à vista:

São constituídas por um ou dois tipos de unidades de alvenaria, em


que o acabamento final de uma ou de ambas as faces é assegurado pelo
próprio bloco

Paredes compostas ou dois panos:

São constituídas, no sentido da sua espessura, por mais do que um


material unidos entre si por argamassa podendo essa ligação ser
reforçada por meio de ligador metálico.

Parede-cortina:
É um tipo de parede constituído por dois panos, sendo um em
alvenaria e outro em betão armado ou similar. Neste tipo de parede,
é usual a fixação do pano de alvenaria ao pano de betão através de
fixadores adequados.

Classificação do tipo de paredes (quanto aos materiais que as


constituem)

Alvenaria de tijolo cerâmico

Confeccionadas com blocos cerâmicos maciços ou furados, são as


mais utilizadas nas construções de um modo geral. O consumo de
tijolo por m² de alvenaria, bem como, o consumo de argamassa
para assentamento, depende do tipo de tijolo, das suas dimensões
e da forma de assentamento.

Alvenaria de bloco cerâmico maciço


São indicados para fundações em baldrames, revestimento de
poços, silos enterrados, cisternas para armazenamento d’ água,
fossas sépticas, muros de arrimo e paredes, externas ou internas,
em que se haja necessidade de melhores características de
resistência. Em edificações residências, a alvenaria de blocos
maciços aparentes, permite a obtenção de composições
arquitetônica de ambientes rústicos, de agradável visual.

41
Alvenaria de bloco cerâmico furados
São constituídas por paredes executadas com blocos cerâmicos
furados que proporcionam paredes mais econômicas, por
apresentarem custo inferior ao do maciço, bem como, sendo
maiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os
blocos furados têm também um bom comportamento quanto ao
isolamento térmico e acústico, devido ao ar que permanece
aprisionado no interior dos seus furos.

Alvenaria de blocos aglomerados com cimento

A alvenaria de blocos de concreto quando ao aspecto econômico,


dependendo da região, pode-se comparar aos tijolos cerâmicos
furados. Estes blocos são mais resistentes e maiores que os
cerâmicos, possibilitando com isso rapidez na execução,
dispensando até, se desejarmos, o emboço como revestimento.

Molhagem prévia

Os tijolos, antes de serem assentes, devem ser molhados. Quando


não é efetuada uma molhagem previa aos tijolos, estes absorvem
parte da água da amassadura da argamassa.
Esta por sua vez, sem a água necessária, em vez de adquirir a
dureza necessária, torna-se desagregável.

A melhor aderência entre os tijolos e a argamassa obtêm-se com


teores médios, sendo recomendado o uso de retentores de água
nas argamassas de assentamento.

A porosidade excessiva, como se referiu, também é prejudicial,


porque pode retirar água em excesso da argamassa, que seria
necessária para as reações de hidratação.

Corte de tijolo

O corte de tijolo pode ser feito manualmente com pequenos golpes


de martelo ou por meios mecânicos (serra circular com
arrefecimento a água), mais rentáveis e com menor desperdício de
material, permitindo o total desempeno da face de corte. Quer na
ligação às estruturas de betão armado, quer nos vãos, o topo
cortado deve ficar voltado para o interior da parede, isto é, deve
constituir a última junta vertical interior e não a ligação ou
extremidade.

Na execução de vãos devem usar-se moldes ou pré-aros


indeformáveis que permitam a execução da parede nas dimensões
exatas, evitando posteriores demolições ou enchimentos.
42
Tipos de telhados
A cobertura é um subsistema do edifício e pode ser dividida em dois
grupos principais:

- lajes de concreto impermeabilizado


- coberturas em telhado.

As coberturas em telhados possuem as seguintes características


quando comparadas às lajes de concreto impermeabilizadas:

- menor peso;
- melhor estanqueidade;
- maior durabilidade;
- menor participação estrutural;
- menos suscetibilidade às movimentações do edifício;
- necessidade de forro.

Coberturas em telhados

Caracteriza-se aqui o telhado como sendo um revestimento


descontínuo constituído de materiais capazes de prover
estanqueidade à água de chuva, repousados ou fixados sobre uma
estruturação leve.

Partes constituintes em Telhados

As partes constituintes das coberturas em telhados e suas funções


principais são assim:

a) telhamento: constituído por telhas de diversos materiais


(cerâmica, fibrocimento, concreto, metálica e outros) e dimensões,
tendo a função de vedação;

b) trama: constituída geralmente por terças, caibros e ripas, tendo


como função a sustentação das telhas;

c) estrutura de apoio: constituída geralmente por tesouras, oitões,


pontaletes ou vigas, tendo a função de receber e distribuir
adequadamente as cargas verticais ao restante do edifício;

d) sistemas de captação de águas pluviais: constituídos geralmente


por rufos, calhas,condutores verticais e acessórios, tendo como
função a drenagem das águas pluviais.

43
Cada uma dessas partes serão apresentadas com mais detalhes a
seguir.
Características Coberturas em Lajes de concreto
fundamentais telhados impermeabilizadas
Os materiais de Os vãos são vencidos pelo
revestimento utilizados são próprio concreto armado ou
leves (telhas) e os vãos são protendido, resultando
Peso vencidos geralmente por geralmente em coberturas
treliças, resultando em mais pesadas.
estruturas leves.
É garantida pelo detalhe de A continuidade é garantida
justaposição das telhas pela continuidade da
(encaixe, comprimento de superfície vedante; o concreto,
tal sobreposição, etc.) e pela pela sua fissuração (devido à
inclinação; a inclinação é retração, movimentação
fundamental, de forma a térmica e carregamento),
garantir uma velocidade de não garante por si só esta
escoamento das águas que continuidade, sendo exigidas
Estanqueidade evite a penetração pelas as impermeabilizações.
juntas,
através do efeito do vento,
ou através das próprias
peças constituintes, quando
o material não é
suficientemente
impermeável.
Participação As coberturas em telhados As coberturas de concreto,
apenas se apoiam sobre o integram a estrutura do
estrutural e suporte, não tendo edifício.As movimentações
comportamento participação estrutural estruturais (variações
frente a significativa no conjunto da dimensionais, recalques
movimentações do edificação. E, ainda, a diferenciais) introduzem
movimentação devida a tensões na cobertura, o que
edifício mudanças de temperatura pode comprometer sua
ou a outros motivos (até um estanqueidade devido à
certo limite) não fissuração ou ao trincamento.
compromete sua
estanqueidade, por estarem
as telhas soltas e
sobrepostas.
Geralmente utiliza-se um Em geral, dispensam a
forro, que desempenha utilização de forros. Por
dupla função: uma é de exemplo, nas coberturas em
Necessidade de nivelar o teto e fornecer lajes horizontais, o
forro suporte às instalações, outra nivelamento do teto e
é a de propiciar correção suporte para as instalações já
térmica, uma vez que os é obtido pela própria laje.
telhados têm em
geral pequena espessura.
Podese dizer que o espaço
de ar confinado entre a
cobertura e o forro, e o
próprio forro,participam da
correção térmica.

44
Ainda uma telha cerâmica, mesmo de 2a categoria, precisa resistir
bem ao peso de um homem médio, estando apoiada nas
extremidades. Esse é um processo para verificar a qualidade no
momento do recebimento, sendo que a espessura média para
essas telhas é de 1 a 3 cm.

As telhas de escamas são feitas para emprego em mansardas e


telhados de ponto elevado, situação em que as telhas francesas
escorregariam sob o efeito do vento. Essas telhas são simples
placas planas com dois furos, pelos quais se passa arame para
prendê-las às ripas. Para a caracterização do conceito de ponto, ver
figura 1.

Figura 1 – Caracterização do ponto elevado (notas de aula).

As telhas do tipo capa e canal, também chamadas romanas ou


coloniais, podem ser simples ou com encaixes e de cumeeira. As
coloniais simples, sem encaixe, pesam 1,80 kg por unidade. As
coloniais de encaixe são de diversos desenhos e tamanhos. O
sistema de fixação destas telhas também variam muito. As telhas
de cumeeira são usadas nas cumeeiras e nos espigões, são do tipo
capa, mas com encaixe e desenho de arremate. As dimensões
usuais das telhas cerâmicas estão representadas na figura 2.

45
Figura 2: Dimensões e declividades de telhas cerâmicas (transparência de
aula).

Telhas onduladas de fibrocimento

Pelo baixo custo dos telhados executados com as telhas onduladas


de fibrocimento, estas são bastante utilizadas em edifícios
habitacionais de padrão popular, inclusive unifamiliares, embora
não proporcionem adequado conforto, sobretudo térmico.

Juntamente com as telhas de aço, são bastante empregadas em


edifícios comerciais e industriais.

Devem atender às disposições da norma “NBR 7581 – Telha


ondulada de fibrocimento –

Especificações.

Trata-se de produto fabricado com mistura homogênea de cimento


Portland e fibras de amianto. A tabela _ apresenta as dimensões
padronizadas das telhas onduladas de fibrocimento.

46
Espessura (mm) Comprimento (m) Largura (m)
5, 6 e 8 mm 0,91 / 1,22 / 1,53 / 1,10 (útil 0,885 m ou
1,83 / 1,05 m
2,13 / 2,44 / 3,05 / conforme
3,66 recobrimento)
Tabela 1: dimensões padronizadas das telhas onduladas de
fibrocimento

O recobrimento lateral é de ¼ de onda. O recobrimento mínimo


longitudinal é de 14 cm. As telhas com comprimento superior a 1,83
m (de 6 mm) e de 2,13 m (de 8 mm) exigem terça intermediária de
apoio.

Apoiadas em estrutura de madeira, metálicas ou de concreto, as


telhas deverão ser fixadas com acessórios apropriados, fornecidos
pelo fabricante.

Tal fixação é feita com ganchos, parafusos e grampos de ferro


zincado, com utilização de conjunto de arruelas elásticas de
vedação, massa de vedação e cordões de vedação. As telhas
precisam apresentar a superfície das faces regular e uniforme, bem
como obedecer às especificações de dimensões, resistência à
flexão, impermeabilidade e absorção de água.

A observação de trincas, quebras, superfícies das faces irregulares,


arestas interrompidas por quebras, caroços, remendos e
deformações, será feita visualmente, inspecionando as amostras
retiradas de cada lote. Cada caminhão entregue na obra com um
máximo de 500 telhas será considerado como um lote para efeito
de inspeção.

Quanto aos beirais, os comprimentos das chapas, máximo e


mínimo, em balanço são:

- beirais sem calha: máximo 40 cm e mínimo 25 cm;

- beirais com calha: máximo 25 cm e mínimo 10 cm.

A montagem das telhas deverá ser iniciada a partir do beiral para a


cumeeira.

Para uma montagem e utilização do sistema de cobertura em telhas


onduladas de fibrocimento eficientes, precisam ser seguidas as
seguintes recomendações:

47
- não se pode pisar diretamente sobre as telhas; usar tábuas
apoiadas em três terças, em coberturas muito inclinadas, amarrar
as tábuas;

- utilizar ferramentas manuais (serrote, arco de pua, etc.). Se houver


a necessidade de utilização de serras elétricas, recomenda-se as
de baixa rotação para evitar a dispersão do pó de amianto;

- procurar sempre realizar o trabalho ao ar livre;

- umedecer as peças de fibrocimento antes de cortá-las ou perfurá-


las.
Finalmente, cabe dizer que existem outras telhas em fibrocimento
com seções diversas e capazes de vencer grandes vãos, que são
sobretudo empregadas em edifícios comerciais e industriais, em
abrigos para veículos.

Telhas de concreto

As telhas de concreto e suas peças complementares são


compostas de aglomerantes, agregados e óxidos que são
responsáveis pela sua coloração. Têm uso ainda limitado no Brasil,
sendo empregadas sobretudo em edifícios de médio e alto padrão.
A tabela _ apresenta as dimensões nominais da telha de concreto,
comumente conhecida como tipo Tégula, que é o seu principal
fabricante.

Comprimento útil Largura útil Peso Nominal Consumo Inclinação


por Unidade
320 mm 300 mm 4,70 kg 10,50 30%
un/m2
Tabela 2: Dimensões nominais da telha de concreto do tipo Tégula

Para as montagens dessas telhas, inicia-se da direita para a


esquerda e de baixo para cima.

A sobreposição de uma cumeeira sobre outra é de 7 cm. É muito


importante que no emboçamento das peças complementares a
argamassa utilizada fique protegida pela cumeeira, ou seja,
significando que a massa não deve ficar exposta às intempéries.

Pode se ainda adicionar um pigmento à argamassa de


assentamento da mesma coloração das telhas.

48
Deve-se, no caso de armazenamento das peças, providenciar com
antecedência um local plano para a descarga das telhas e prepará-
lo com uma camada de 5 cm de areia, evitando assim que as telhas
estocadas sujem em contato com a terra ou barro.

Figura 3: Armazenamento de telha tipo Tégula.

Telhas onduladas de poliéster.

São chapas onduladas de poliéster reforçado com filamentos de


vidro, apresentada em diversos perfis adaptáveis a telhas de outros
materiais, como as de fibrocimento e metálicas (aço zincado). Suas
dimensões são apresentadas na tabela 3.

Espessura (mm) Comprimento (m) Largura (m)


(1+/-0,2) mm de 1,22 a 12,0 m de 0,506 a 1,10 m
Tabela 3: Dimensões das chapas onduladas de poliéster

O peso varia de 1,4 kg/m2 a 1,8 kg/m2. São incolores, translúcidas,


flexíveis, resistentes a gases industriais, óleo e agentes químicos.
Sua utilização básica é em coberturas, com o objetivo de aumentar
a luminosidade (iluminação zenital) do ambiente.

São fixadas sobre estruturas metálicas ou de madeira. São


elementos de fixação: pregos, parafusos e ganchos com rosca,
sempre colocados na crista da onda das chapas.

A colocação geralmente se inicia do beiral para a cumeeira, no


sentido oposto ao dos ventos dominantes na região, regra essa que
é válida para os demais tipos de telha.

Telhas de aço
As telhas de aço têm uso predominante em edifícios comerciais e
industriais e o material básico para a fabricação de seus perfis é a
chapa de aço apropriada para moldagem a frio, zincada ou pintada
com material sintético. Ao serem configuradas, podem apresentar
seções diversas, como ilustra a figura 6.
49
Figura6: Telhas de aço a)- secção trapezoidal / b)-secção ondulada
(PERKROM)

Principais métodos de telhamento em telhas de cerâmica

Colocação de Telhas

A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo
beiral e prosseguindo se em direção à cumeeira.

A seqüência de colocação das telhas de encaixe em cada fiada


varia de acordo com o seu desenho. Assim sendo, em cada fiada as
telhas podem ser colocadas da direita para a esquerda ou vice-
versa.

As telhas da fiada seguinte são colocadas de forma a encaixarem-


se perfeitamente naquelas da fiada inferior.

A aplicação das telhas de capa e canal (tipo colonial, paulista e


SODQ) deve ser iniciada pela colocação dos canais, posicionando-
se com sua parte mais larga voltada para cima.

As capas são posicionadas sobre os canais com a parte mais larga


voltada para baixo.

As capas e os canais devem apoiar-se nas fiadas inferiores,


observando-se recobrimento longitudinal mínimo.

Beiral
O primeiro apoio da primeira fiada de telhas deve ser constituído
por duas ripas sobrepostas ou por testeiras (tabeiras), de forma a
compensar a espessura da telha e garantir o plano do telhado.

Em beirais desprotegidos, deve-se fixar as telhas à estrutura de


madeira: as telhas de encaixe devem ser amarradas às ripas; as
telhas de capa e canal devem ter as capas emboçadas e os canais
fixados às ripas.
50
As telhas não necessitarão ser fixadas à estrutura de madeira, caso
haja platibanda ou caso seja empregado forro do beiral.

No caso de beirais laterais, a proteção pode ser feita mediante o


emboçamento de peças cerâmicas apropriadas (cumeeiras ou
capas de telhas do tipo capa e canal).

Cumeeira

A cumeeira deve ser executada com peças cerâmicas específicas,


que devem ser cuidadosamente encaixadas e emboçadas com
argamassa, obedecendo-se um sentido de colocação contrário ao
dos ventos dominantes, deve-se observar ainda um recobrimento
longitudinal mínimo entre as peças subseqüentes.

Espigão

O Espigão (encontro inclinado de duas águas) pode ser executado


com peças de cumeeiras ou capas das telhas de capa e canal,
como as do tipo colonial.

No espigão, as peças são colocadas do beiral em direção à


cumeeira, observando-se o recobrimento longitudinal mínimo. As
peças devem ser emboçadas com argamassa.

Rincão ou Água Furtada

O rincão é geralmente constituído por uma calha metálica (chapa de


aço galvanizado) fixada na estrutura de madeira do telhado.

As telhas, ao atingirem o rincão, devem ser cortadas na direção do


rincão de tal forma que recubram a calha metálica. A largura livre da
calha deve ser de aproximadamente 100 mm, sendo que suas
bordas devem ser viradas para cima para não permitir o vazamento
da água que ali se acumula.

Arremates

Os encontros do telhado com paredes paralelas ou transversais ao


comprimento das telhas devem ser executados empregando-se
rufos metálicos ou componentes cerâmicos, de forma a garantir a
estanqueidade do telhado.

51
Argamassa de Emboçamento

A argamassa a ser empregada no emboçamento das telhas e das


peças complementares (cumeeiras, espigão, arremates), deve ser
de traço, em volume, 1:2:9 (cimento:cal:areia).

Conclusões

Concluindo esse texto, na tabela 7 é apresentado quadro


comparativo entre três tipos de telhados executados com as telhas
mais utilizadas no mercado, onde se procura discutir aspectos
técnicos, de execução, de projeto e de pós-ocupação.

Instalações hidráulicas

Sistema de coleta de esgoto sanitário

O sistema de coleta de esgotos pode ser público, caso haja esse


serviço na rua. Se não houver, é obrigatório o uso das instalações
necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas
residuárias (águas servidas, o “esgoto”).

Os despejos lançados sem tratamento propiciam, além do mau


cheiro e da poluição visual, a proliferação de inúmeras doenças
como tifo, disenteria, etc.

Existem dois processos para se coletar esgotos: pela rede pública


ou, na sua ausência, por fossas. Vamos dividir em três as hipóteses
de funcionamento do sistema:

a) o bairro é dotado de rede pública de distribuição de água e de


coleta de esgotos;

b) o bairro é dotado de rede de água e não tem rede de esgoto;

c) o bairro não tem rede de água e não tem rede de esgoto.

O bairro é dotado de rede pública de distribuição de água e de


coleta de esgotos

O esgoto doméstico é composto de resíduos de origem humana


diluídos em água potável, que funciona como um meio de
transporte.

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Nas cidades com rede pública de coleta, esse esgoto é
transportado em uma rede até as estações de tratamento de esgoto
ou a pontos de descarte in natura em cursos de água.

Neste caso, como há os dois serviços públicos, o sistema é bem


simples. A água é obtida na rede de abastecimento da cidade e o
esgoto é lançado na rede pública de saneamento.

Todos os serviços relacionados à coleta do esgoto, incluindo

seu tratamento e o seu descarte são feitos pela empresa de


saneamento, cabendo ao usuário o pagamento da tarifa desse
serviço, que corresponde a um percentual em relação ao consumo
de água. Os esgotos, antes de serem lançados nos rios, lagos, etc.,
geralmente passam por uma estação de tratamento

O bairro é dotado de rede de água e não tem rede de Esgoto

Neste caso, a água de abastecimento vem da rede pública e o


esgoto deve ser lançado em fossas ou tanques sépticos (fossa
séptica e sumidouro).

A fossa séptica é um tanque escavado no terreno onde será


lançado o esgoto. Ela possui um dispositivo em que o material que
chega é forçado a ir para o fundo por decantação.

A fossa séptica é utilizada para separar e transformar (por


decomposição) a matéria sólida contida nas águas de esgoto e
descarregar no terreno, através do sumidouro, onde se completa o
tratamento.

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A fossa é simples de ser executada e realiza funções múltiplas:
retenção dos sólidos e dos materiais mais leves, como óleos e
gorduras, e a redução do número de bactérias e de vírus presentes
nas águas de esgoto.

Desta forma o sistema se torna eficaz, pois os sólidos ficam na


fossa séptica e o líquido passa por um tratamento parcial, não
contaminando o lençol freático.

A fossa funciona da seguinte forma: as águas servidas sofrem a


ação das bactérias anaeróbias (microorganismos que só atuam
onde não circula o ar). Sob a ação dessas bactérias, parte da
matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em substâncias
solúveis que, dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas
e lançadas no terreno.

O efluente das fossas será absorvido pelo terreno, para completar a


ação das bactérias no tanque.

Existem terrenos com maior facilidade para absorverem esse


esgoto, que são os terrenos mais arenosos e porosos.

A fossa séptica é um tanque impermeável onde os esgotos não


tratados permanecem por algumas horas, antes de serem lançados
no solo ou numa rede de coleta.

É usual construir dois poços para o lançamento do esgoto: um


denominado fossa séptica e o outro sumidouro (conforme
desenho).

O primeiro funciona como um decantador (separador de


sedimentos) e o segundo como absorvente, facilitando muito a
infiltração de água, dando uma maior vida útil ao sistema.

O primeiro absorve poucos sólidos, diminuindo a colmatação


(impermeabilização das paredes) do segundo poço.

O sumidouro deve ter pequena profundidade para não atingir o


lençol freático.

O teor de “sólidos” no esgoto é baixo. Em um litro de esgoto (1000


gramas) o teor máximo de sólidos é de 1 (1 grama). Uma fossa
quando “enche”, enche-se de líquidos que não conseguiram drenar
para o solo face à colmatação (impermeabilização) das paredes do
terreno que formam a fossa.

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Esse esgoto pode vir a poluir o lençol freático. Como, neste caso, a
água de abastecimento do edifício vem da rede pública, não causa
preocupação, pois esse lençol não é usado para captação de água.

Passados alguns meses (ou anos), as paredes do poço colmatam-


se, ou seja, impermeabilizam- se, e isso pode resultar na
extravasão do esgoto. Nesse caso, a solução é construir outro poço
absorvente.

É necessário dispor o local de captação da água (poços) e o de


lançamento do esgoto (fossas) de forma que não prejudique a
qualidade do lençol freático, pois em um mesmo terreno será
captada a água de consumo e lançado o esgoto.

Como neste sistema não há captação de água da rede pública e o


esgoto pode vir a contaminar o lençol freático, é muito importante a
localização do poço e da fossa. Neste caso, a fossa deve estar
abaixo do manancial de água (poço), não poluindo a água a ser
consumida, ou estar localizada, no mínimo, a 20 metros do poço de
captação de água.

• Os reservatórios devem ser tampados tão logo seja concluída a


etapa de limpeza descrita anteriormente. As tampas móveis de
reservatórios devem ser lavadas antes de serem repostas. A partir
desse momento, o registro da fonte de abastecimento pode ser
reaberto, o reservatório pode ser enchido e a água disponível nos
pontos de utilização já pode ser usada normalmente.

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Como proceder em pequenos reparos:

Desentupir a pia

Com o auxílio de luvas de borracha, de um desentupidor e de uma


chave inglesa, siga os seguintes passos:

• Encha a pia de água.

• Coloque o desentupidor a vácuo sobre o ralo, pressionando-o para


baixo e para cima.
Observe se ele está totalmente submerso, quando a água começar
a descer, continue a
movimentar o desentupidor, deixando a torneira aberta.

• Se a água não descer, tente com a mão ou com auxílio de uma


chave inglesa, desatarraxar o copo do sifão. Nesse copo ficam
depositados os resíduos, geralmente responsáveis pelo
entupimento. Mas não se esqueça de colocar um balde embaixo do
sifão, pois a água pode cair no chão.

• Com um arame, tente desobstruir o ralo da pia, de baixo para


cima. Algumas vezes, os resíduos localizam-se nesse trecho do
encanamento, daí a necessidade de usar o arame.

• Coloque o copo que você retirou do sifão. Não convém colocar


produtos à base de soda cáustica dentro da tubulação
de esgoto.

• Depois do serviço pronto, abra a torneira e deixe correr água em


abundância para limpar bem.

Consertar a torneira que está vazando

• Feche o registro geral do cômodo.

• Com a mão, retire a tampa/botão (quando houver).

• Utilizando uma chave de fenda, desrosqueie o parafuso que


prende a cruzeta.

• Com o auxílio de um alicate de bico, desrosqueie a porca que


prende a canopla, para poder ter acesso ao mecanismo de
vedação.

• Com o auxílio de um alicate de bico, desrosqueie o mecanismo de


vedação do corpo e o substitua por um novo.
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Desentupir o chuveiro

• Desligar a rede elétrica (no quadro de distribuição geral).

• desrosqueie a capa protetora do crivo.

• Retire a proteção metálica (quando houver).

• Retire o plástico ou borracha preta.

• Com o auxílio de uma escova de dente, limpe o crivo,


desobstruindo os orifícios que podem ter acumulado detritos.

• Abra o registro (torneira) para encher o chuveiro antes de ligar a


rede elétrica novamente.

Regular a caixa de descarga acoplada da bacia sanitária

• Regulagem

• Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa acoplada.

• Com ajuda de um alicate, rosqueie a bóia deixando-a mais firme,


para que quando a caixa estiver cheia, não permita que a água
transborde pelo ladrão.

• Substituição

• Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa acoplada.

• Desrosqueie a bóia.

• Leve-a a um depósito de materiais de construção, para que sirva


de modelo para a compra de uma nova.

• Com a nova bóia em mãos, encaixe-a e rosqueie-a, exatamente


no local de onde a antiga foi retirada.

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Vazamento na tubulação hidráulica

• A primeira providência a ser tomada é o fechamento dos registros


correspondentes ao local do vazamento.

• Caso perdure o vazamento, feche o registro principal de entrada


de água (registro geral).

• Quando necessário, acione uma empresa especializada. Ela irá


detectar o vazamento na tubulação após a quebra da parede, trocar
a tubulação danificada e realizar o devido fechamento e
acabamento da área.

Entupimento em tubulações de esgoto

• Quando necessário, acione uma empresa especializada. Ela


localizará o local do entupimento após a escavação, desobstruir a
tubulação e realizar o devido fechamento e acabamento
da área.

e) Como detectar vazamentos Podem ser visíveis ou ocultos. Os


vazamentos visíveis ocorrem nas torneiras (jardim, tanque, pia de
cozinha, bóia da caixa d’água), ou nas tubulações embutidas na
parede.

No ramal que abastece a água desde o cavalete da rua até a


torneira de bóia na caixa d’água:

• Mantenha aberto o registro do cavalete.

• Feche bem todas as torneiras da casa e não utilize os sanitários.

• Feche completamente as torneiras de bóia das caixas, não


permitindo a entrada de água.

• Marque a posição do ponteiro maior do seu hidrômetro e, após


uma hora, verifique se ele se movimentou.

• Caso ele tenha se movimentado, é sinal de que existe vazamento


no ramal diretamente alimentado pela rede abastecedora de água.
No ramal proveniente da caixa d’água:

• Feche todas as torneiras e não utilize os sanitários.

• Feche completamente a torneira de bóia, amarrando-a dentro da


caixa d’água, impedindo a entrada de água.
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• Marque na caixa o nível da água, e após uma hora, no mínimo,
verifique se ele baixou.

• Em caso afirmativo, há vazamentos na canalização, ou nos


sanitários alimentados pela caixa d’água.

• Tratando-se de prédios com caixa subterrânea, deve-se desligar a


bomba de recalque, fazendo o mesmo processo, acrescentando a
marcação do nível da água dentro da caixa subterrânea,
observando o nível para detectar possíveis vazamentos.

Na louça sanitária:

• Na bacia sanitária com válvula de descarga: jogue cinzas de


cigarro, ou um corante na bacia sanitária e fique observando. A
cinza ou o corante devem ficar depositados no fundo do vaso; caso
isto não aconteça, deve existir algum vazamento na válvula de
descarga.

• Na bacia sanitária com caixa acoplada: coloque algum corante


forte na caixa acoplada.Espere de 15 a 20 minutos; se a água do
poço da bacia sanitária aparecer colorida, então pode haver algum
problema no mecanismo da caixa acoplada.

Como executar juntas e conexões em tubos hidrossanitários

a) Preparo dos tubos:

Para cortar os tubos nas medidas desejadas, é necessário usar


serra de ferro ou serrote de dentes pequenos. Os tubos devem ser
cortados perpendicularmente (fazendo um ângulo de 90º) ao seu
eixo longitudinal.

Tubos cortados fora de esquadro (ângulo de 90º) causam


problemas como: vazamento devido à má condição de soldagem ou
insuficiência da área de vedação para anel de borracha;
deslocamento do anel de borracha por ocasião do acoplamento;
dificuldade de corte da rosca, no caso da junta roscada.

Para cortar os tubos de grande diâmetro, utilizar uma guia


confeccionada em madeira ou papel-cartolina enrolada no tubo,
para obter melhor esquadro.

Após o corte dos tubos, as pontas terão de ser limpas das rebarbas
(formadas durante o corte) e a parede chanfrada (retirada das
quinas) com uma lima. Essa operação é extremamente importante
para obter melhor resultado em todos os sistemas de junta.
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Ao cortar os tubos, suas paredes, que estão em contato com a
serra, se dilatam pelo calor gerado pelo atrito, causando as
seguintes inconveniências: dificuldade no encaixe da ponta e da
bolsa; arrastamento da solda para o fundo da bolsa,
comprometendo o desempenho do tubo; deslocamento do anel de
borracha que está alojado no sulco.

b) Como executar uma junta soldada:

A solda (adesivo) para PVC é, basicamente, um solvente com


pequena quantidade de resina de PVC. A solda, quando aplicada
na superfície dos tubos, dissolve uma pequena camada de PVC e,
ao se encaixarem as duas partes, ocorre a fusão das duas paredes,
formando um único conjunto. As pontas dos tubos a serem
soldados têm de estar em esquadro e chanfradas.

Os procedimentos para a soldagem são:

• Tire o brilho das paredes da bolsa e da ponta a serem soldadas,


para facilitar a ação da solda. Utilize lixa de água n. 320 (lixa fina).

• Limpe a ponta e a bolsa dos tubos, utilizando solução limpadora


adequada que elimine as impurezas e as substâncias gordurosas
que prejudicam a ação da solda.

• Para aplicar a solda, empregue pincel chato ou outro aplicador


adequado. Aplique uma camada bem fina e uniforme de solda na
bolsa, cobrindo sua terça parte inicial e outra camada idêntica na
ponta do tubo.

• Encaixe perfeitamente a ponta na bolsa até atingir o fundo desta,


sem torcer, aguardando o tempo conveniente para o
processamento da soldagem.

• Remova o excesso da solda, utilizando papel absorvente e


deixe secar.

Após a soldagem não utilize a tubulação imediatamente. É


necessário aguardar a evaporação do solvente e o processo
completo de soldagem. Esse tempo pode variar de algumas horas,
chegando a mais de 24 horas.

Para instalar registros ou conexões galvanizadas na linha de PVC,


tome os seguintes cuidados:

60
• Coloque o adaptador ou luva com rosca metálica nas peças
metálicas, utilizando a fita veda-rosca para garantir a estanqueidade
da rosca.

• Em seguida, solde a ponta dos tubos na bolsa das conexões de


PVC.

• Nunca faça a operação inversa, pois o esforço de torção pode


danificar a soldagem, ainda em processo de secagem.

Instalações elétricas

As instalações elétricas inadequadas aparecem como uma das


principais causas de incêndio no País independe da região. Por isso
nunca será demais afirmar que a estrutura dos sistemas elétricos
merece ser cuidadosamente observada e compreendida, a fim de
minimizar riscos e economizar energia.

Quadro de luz: é a peça chave inicial das instalações elétricas.


Deve ser metálico ou de material não-combustível, tanto na sua
parte interna ou externa. Se o quadro de luz for antigo ou de
madeira, por exemplo, é aconselhável trocá-lo o quanto antes.

O quadro de luz não pode ser colocado em áreas "molhadas", como


banheiro ou próximo de tanques e pias.

Ele também precisa ter livre acesso, não devendo estar escondido
no interior de armários. Recomenda-se ainda a distância de lugares
onde haja instalações a gás.

Uma faísca qualquer pode resultar num desastre fatal. Os quadros


de energia devem ser protegidos por uma barreira que evite o
acesso aos barramentos
ou fios da instalação elétrica, evitando assim o choque elétrico.

Disjuntores: apesar de haver a permissão de uso de alguns tipos


de fusíveis, é recomendável que se use disjuntores como
dispositivo de segurança contra sobre-cargas.

Ele funciona como um guarda costas da instalação elétrica e


desliga toda vez que sua capacidade é ultrapassada. Neste caso, é
necessário verificar o problema.

Depois de sanado, basta religá-lo, diferente de um fusível, que


necessita ser substituído.

61
Na residência, loja ou escritório, os circuitos são divididos e devem
ser protegidos por disjuntores de acordo com a capacidade de cada
circuito. Vale lembrar que o disjuntor ou fusível serve para proteger
os fios contra sobrecargas, não os equipamentos. Portanto não
devemos substituir os disjuntores sem antes avaliar os fios dos
circuitos.

Fiação: a escolha da bitola (tamanho) do fio ideal para cada circuito


deve levar em conta as cargas associadas a cada circuito.

As bitolas mínimas recomendadas são de 1,5mm_ para iluminação


e 2,5mm_ para tomadas de força. Circuitos especiais, como do
chuveiro ou da torneira elétrica devem ter a potencia do
equipamento como parâmetro para a determinação da bitola do fio.

O chuveiro elétrico também requer tratamento especial, tanto na


fiação quanto nos disjuntores no quadro de força. É necessário um
disjuntor bipolar (ou dois unipolares).

Do quadro de força sairão dois fios (bitola 6 mm), direto para o


chuveiro, além do fio terra (também de 6 mm) Interruptores e
tomadas: a distribuição dos fios até esses pontos requer estudo
minucioso das necessidades da casa para evitar que no futuro
fiquem sobrecarregados e incentivem o uso de "extensões" e
"benjamins". Uma dica é sempre disponibilizar mais tomadas que o
mínimo obrigatório.

Segurança Elétrica
Aplicações do cobre / Solar
Não se deve usar tomadas em equipamentos de grande potência,
como é o caso de chuveiros e torneiras elétricas.

Estes equipamentos devem ser interligados por conectores


especiais. Cordões paralelos ou torcidos: embora proibidos pela
norma, são muito comuns no Brasil e empregados nos rodapés com
braçadeiras plásticas.

Este segundo acessório, que leva dois preguinhos, é capaz de fazer


um grande estrago caso um desses pregos atinja o fio.

Vida Útil: um sistema bem feito dura em média 20 anos, mas 10


anos já é um bom período para se fazer uma revisão: verificar a
fiação, os soquetes, os interruptores... Um soquete com problemas
rouba energia da lâmpada e um interruptor com algum fio solto ou
com mal contato pode causar um curto circuito.

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Dicas sobre Instalações Elétricas

• Nunca aumente o valor do disjuntor ou do fusível sem trocar a


fiação. Deve haver uma correspondência entre eles

• A menor bitola permitida por norma para circuitos de lâmpadas é


de 1,5mm e para tomadas é de 2,5mm

• Devem ser previstos circuitos separados para iluminação e


tomadas

• Nunca inutilize o fio terra dos aparelhos. Ao contrário, instale um


bom sistema de aterramento na sua residência

• Nunca utilize o fio neutro (cor azul) como fio terra

• Mantenha o quadro de luz sempre limpo, ventilado e desimpedido,


longe de botijões de gás

• Evite a utilização dos chamados “benjamins” ou “Ts”, pois o uso


indevido dos mesmos pode causar sobrecargas nas instalações.
Para resolver o problema, instale mais tomadas, respeitando o
limite dos fios

• Recorra sempre aos serviços de um profissional qualificado e


habilitado Assim como o diâmetro de um cano é determinado em
função da quantidade de água que passa em seu interior, a bitola
de um condutor elétrico depende da quantidade de elétrons que por
ele circula (corrente elétrica). Toda vez a corrente circula pelo
condutor, ele se aquece devido ao atrito dos elétrons em seu
interior.

obre
Fio Terra
Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem
fugir do
interior dos condutores.

Como o corpo humano é capaz de conduzir eletricidade, se uma


pessoa encostasse a esses equipamentos, ela estará sujeita a levar
um choque, que nada mais é do que a sensação desagradável
provocada pela passagem dos elétrons pelo corpo.

63
A função do fio terra é recolher elétrons "fugitivos", mas muitas
vezes as pessoas esquecem de sua importância para a segurança.
É como em um automóvel: é possível fazê-lo funcionar e nos
transportar até o local desejado, sem o uso do cinto de segurança.

Dispositivos DR

Desde dezembro de 1997 é obrigatório no Brasil o uso do chamado


dispositivo DR (diferencial residual) nos circuitos elétricos que
atendem aos seguintes locais: banheiros, cozinhas,
copascozinhas,lavanderias, áreas de serviço e áreas externas.

O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga correntes


elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de
ampère), que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que
podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Dessa forma, um
completo e eficaz
sistema de aterramento deve conter o fio terra e o dispositivo DR.
A figura mostra a ligação desses dispositivos em uma instalação
elétrica.
Aplicações do cobre /
Segurança pessoal: a conexão dos equipamentos elétricos ao
sistema de aterramento deve permitir que, caso ocorra uma falha na
isolação dos equipamentos, a corrente de falta passe através do
condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma
pessoa que eventualmente esteja tocando o equipamento.

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Desligamento automático: o sistema de aterramento deve
oferecer um percurso de baixa impedância de retorno para a terra
da corrente de falta, permitindo, assim, que haja a operação
automática, rápida e segura do sistema de proteção.

Controle de tensões: o aterramento permite um controle das


tensões desenvolvidas no solo (passo, toque e transferida) quando
um curto-circuito fase-terra retorna pela terra para a fonte próxima
ou quando da ocorrência de uma descarga atmosférica no local.

Transitórios: o sistema de aterramento estabiliza a tensão durante


transitórios no sistema elétrico provocados por faltas para a terra,
chaveamentos, etc, de tal forma que não apareçam sobre tensões
perigosas durante esses períodos que possam provocar a ruptura
da isolação dos equipamentos elétricos.
Aplicações do
Cargas estáticas: o aterramento deve escoar cargas estáticas
acumuladas em estruturas, suportes e carcaças dos equipamentos
em geral.

Equipamentos eletrônicos: especificamente para os sistemas


eletrônicos, o aterramento deve fornecer um plano de referência
quieto, sem perturbações, de tal modo que eles possam operar
satisfatoriamente tanto em altas quanto em baixas freqüências.

65
Técnica de pintura
Preparação da superfície – Superfícies Novas

• Cura do Reboco - Após o assentamento, um reboco ou emboço


será considerado curado, isto é, em condições de receber tinta
após um período mínimo de 30 (trinta) dias, sendo que o tempo
ideal situa-se entre 45 (quarenta e cinco) e 90 (noventa) dias.

• Eliminação da Umidade - Verificar se o reboco não contém


umidade interna, proveniente de tubulações furadas, infiltração pelo
solo, superfícies adjacentes não protegida, construção encostada a
aterros, etc.

• Lixamento e Limpeza – Toda superfície deverá ser lixada e estar


livre de pó ou qualquer outra contaminação.

• Selagem da Superfície – O reboco e o concreto são superfícies


bastante porosas, e por isso absorvem muita tinta e de forma
irregular, aumentando o consumo e provocando manchas pela
diferença de absorção. Desta forma o uso de seladores visa à
regularização e à uniformização da absorção da tinta, à
melhoria da cobertura e principalmente à economia no acabamento.

Repintura

• Eliminar causas de umidade interna – Sanar possíveis pontos de


infiltração, vazamentos, etc.

• Eliminar partes soltas – Deverão ser raspadas e removidas todas


as partes que se apresentarem soltas.

• Eliminar manchas de mofo – Limpar a superfície com água


sanitária em solução de 10% com água ou hipoclorito de sódio
(cloro) diluído a 30% com água. Deixar agir por 30 (trinta) minutos e
enxaguar.

• Eliminar trincas e rachaduras - Utilizar para essa finalidade


produtos específicos.

• Eliminar caiação - Lixar para tirar o excesso (partes soltas), limpar


a superfície e aplicar uma demão do FUNDO PREPARADOR DE
PAREDES ACRÍLICO, diluído em 1:1 com aguarrás.

66
Emassamento ou Aplicação de Textura

• O emassamento pode ser feito na totalidade da superfície, por


razões estéticas ou em pontos isolados para correção de pequenos
defeitos, irregularidades, etc.

• A massa corrida à base de PVA é utilizada apenas para


superfícies interiores. Para exteriores, deve ser utilizada sempre a
MASSA ACRÍLICA.

• A aplicação da massa deve ser feita em camadas finas, para um


perfeito acabamento e secagem. Antes da aplicação da tinta de
acabamento, é necessário o lixamento. A limpeza após lixamento
deverá ser feita com pano levemente umedecido.

Texturas

• Em paredes irregulares, defeituosas ou naquelas em que se


pretenda uma decoração mais criativa, o produto indicado é a
TEXTURA ACRÍLICA.

• Algumas observações precisam ser tecidas a respeito desse


produto:

1. Apesar de seu poder auto-selante, em superfícies novas é


recomendável a aplicação prévia de uma demão de SELADOR
ACRÍLICO.

2. A aplicação da textura, quando utilizado o rolo de espuma rígido


(rolo de textura), deve ser feita em uma demão, cruzando-se as
passagens do rolo, isto é, uma vertical, uma horizontal e assim
sucessivamente.

3. A última passagem do rolo deverá ser no sentido vertical, de cima


para baixo, de forma que as “pontas” da textura fiquem voltadas
para baixo, impedindo o acúmulo de poeira e permitindo melhor
limpeza, além de melhorar o escoamento de água em superfícies
externas.

4. Após a secagem, recomenda-se a aplicação de duas demãos da


tinta de acabamento para melhor proteção e obtenção das cores
desejadas.

5. Para decorações mais criativas, a aplicação pode ser feita com


desempenadeira, espátula, etc., fazendo- se o desenho desejado.
Para baixo relevo, aplicar a textura diluída com 5 a 10% de água e,
para alto relevo, aplicar sem diluição.
67
MADEIRAS

Preparação da Superfície

Como todos os substratos, também a madeira necessita de


cuidados especiais na sua preparação, tais como:

• Eliminação da resina interna: muitos tipos de madeira são


fortemente resinosos em seu interior e esse fato freqüentemente
provoca o aparecimento de manchas durante e após a pintura ou
envernizamento.

Por tal razão, deve-se eliminar essa resina interna, com a aplicação
de solvente na superfície. O solvente será absorvido pelas fibras e,
posteriormente, durante a evaporação, arrastará a resina para fora.

• Lixamento - toda a superfície deve ser lixada e limpa antes de


receber qualquer pintura.

• Pintura anterior em bom estado - deve ser lixada para eliminação


do brilho, limpa com escova e pano levemente umedecido em água,
para eliminação do pó resultante do lixamento servindo então de
base para a próxima pintura.

• Pintura anterior em mau estado - é necessária a remoção total,


procedendo-se como para pintura nova.

Orientações para evitar falhas de pintura e problemas


patológicos

Advertências

Evite pintar em dias chuvosos ou com ocorrência de ventos fortes


que podem transportar para a pintura poeira ou partículas
suspensas no ar. Não recomendamos pintar em ambientes com
temperaturas inferiores a 10ºC e umidade relativa do ar superior a
90%.

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Precauções

• Manter a embalagem fechada

• Não reutilizar a embalagem

• Armazenar em local coberto, fresco, ventilado e longe de fontes de


calor

• Manter fora do alcance de crianças e animais

• Manter o ambiente ventilado durante a preparação, aplicação e


secagem

•Devido a sensibilidade individual das pessoas recomenda- se


preventivamente, quando da aplicação, a utilização de óculos de
segurança, máscara e luvas de látex ou PVC

• Em caso de contato com a pele e olhos, lavar com água potável


corrente por 15 minutos

• Em caso de inalação afastar do local

• Se ingerido não provocar vômito; consulte um médico levando a


embalagem do produto

• Para produtos a base de solventes esclarecemos que são


inflamáveis portanto requerem cuidados adicionais e quando
recomendamos a utilização de máscaras sugerimos a semi-
máscara protetora contra vapores orgânicos.

Atenção às impermeabilizações

• As infiltrações de água são as causas mais freqüentes da


deterioração das pinturas, causando na maioria das vezes
descascamentos, desplacamentos,
bolhas e outros inconvenientes (vide capítulo a seguir).

• Antes de iniciar qualquer pintura, elimine completamente todos os


focos de umidade.

Áreas próximas do rodapé: normalmente a 30 ou 40 cm de


distancia do solo, devido a uma infiltração de água pelos alicerces
(baldrames) . Isto ocorre por falta de impermeabilização, por sua má
execução ou seu desgaste natural.
69
Muros: por falta de proteção no topo, onde ocorre grande
penetração de água das chuvas. Também, pintura de apenas um
lado do muro, deixando o outro exposto à penetração de água.
Observa-se também em muros de arrimo, devido à falta ou à falha
de impermeabilização na face em contato direto com a terra.

Tetos em geral: quando a moradia não possui telhado, deixando a


laje exposta ao tempo sem impermeabilização (ou
impermeabilização desgastada) . Pode-se notar também o
problema devido ao entupimento de calhas, causando
transbordamento de água das chuvas e encharcamento da laje.

Telhados e tubulações: Infiltrações e vazamentos de água, em


pontos isolados.

Jardineiras: quando a impermeabilização interna inexiste, não foi


devidamente executada com produtos adequados ou encontra-se
desgastada.

Áreas de Banheiros e Cozinhas: Rejuntes de azulejos, pisos e


rodapés, conseqüência do desgaste da argamassa do rejunte,
devido ao contato direto com água e ou umidade.

Esquadrias de janelas e portas: onde não existe calafetação ou


houve seu desgaste. Caso necessário, recomendamos contatar
uma empresa especializada em impermeabilizações para que seja
feito um diagnóstico preciso, bem como a adequada correção.

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