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INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE

Curso de Graduação em Engenharia de Controle e Automação

Relatório de Conversão de Energia Experimental

POLARIDADE DE TRANSFORMADORES E AUTOTRANSFORMADOR

Autoras: Camila Greice Hetkowski, Gilberto José Bufon, Jhonatan Rodrigo de


Almeida e Sabrina Zanella

Professor: Odilio de Souza Duarte

Luzerna, 30 de abril de 2019


RESUMO

O presente trabalho trata de um experimento realizado na disciplina de


Conversão de Energia Experimental, referente à Polaridade de Transformadores e
Autotransformador, aplicações referentes ao conteúdo abordado nas disciplinas de
Conversão de Energia e Conversão de Energia Experimental. Neste relatório será
enunciado o que são autotransformadores e o que se refere o termo “polaridade de
transformadores”, o funcionamento destes tópicos e seus princípios, além de ser
exposta a metodologia utilizada para a elaboração do experimento e os resultados
obtidos através de análise via instrumentos de medição, cálculos e simulação.

Palavras-chave: autotransformador, polaridade de transformadores, conversão


de energia.
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1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Qualquer transformador comum, de dois enrolamentos isolados, pode ser convertido


num autotransformador porém com menor rendimento. Para isso é necessário saber a
polaridade do transformador.
A polaridade é a marcação existente nos terminais (dos enrolamentos) dos
transformadores indicando o sentido da circulação de corrente em um determinado
instante em consequência do sentido do fluxo produzido. A polaridade depende de como
são enroladas as espiras do primário e do secundário que podem ter sentidos
concordantes ou discordantes, influenciando no tipo de autotransformador que se busca
alcançar.
Portanto, se no primário a tensão for maior que no secundário, a polaridade é
subtrativa; se for menor, aditiva - pela própria definição de polaridade. Na Figura 1 está
representada a polaridade subtrativa, onde os enrolamentos estão no mesmo sentido e
não haverá defasagem entre a entrada e a saída.

Figura 1: Polaridade subtrativa.

Na Figura 2 está representada a polaridade aditiva, em que os enrolamentos


estão em sentidos opostos, com defasagem de 180° entre a entrada e a saída.

Figura 2: Polaridade aditiva.


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O autotransformador é o oposto do transformador, pois enquanto no


transformador existe apenas uma entrada e uma saída, no autotransformador existe a
possibilidade de ter algumas tensões diferentes na saída. Uma diferença entre eles é
que os enrolamentos do transformador de dois enrolamentos estão eletricamente
isolados, sendo que os enrolamentos do autotransformador estão conectados
diretamente entre si.
São geralmente utilizados quando é necessário obter níveis de tensão variados
para alimentar circuitos diferentes ou até mesmo partes do mesmo circuito. O
autotransformador é teoricamente parecido com um transformador de um único
enrolamento, ou seja, trata-se de um transformador com seus enrolamentos ligados em
série, podendo ser de forma aditiva ou subtrativa.
Tais ligações do autotransformador são mostradas abaixo:

Figura 3: Autotransformador abaixador e elevador.

Observando os esquemas, nota-se a semelhança com um divisor de corrente,


porém o sentido da corrente é comum aos dois enrolamentos, assim, percebe-se a
diferença, pois em um divisor de corrente I1>I2. Porém pela relação de potência:
V1I1=V2I2, V1>V2, logo I1<I2.
Assim, para o sentido de Ic no autotransformador abaixador:

𝐼2 = 𝐼1 + 𝐼𝐶

Já no autotransformador elevador: V1<V2 e I1>I2, assim:

𝐼1 = 𝐼2 + 𝐼𝐶

Afinal, o autotransformador elevador realiza a elevação da tensão elétrica


disponibilizada na entrada do transformador, já que o enrolamento secundário do
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mesmo possui mais espiras do que o primário, ocasionando uma maior indução
magnética no secundário, e deste modo, uma tensão mais elevada.
A potência aparente S é o resultado do produto entre a tensão e a corrente em
um circuito que possui uma entrada alternada. Em circuitos não resistivos em corrente
alternada esta potência não possui um valor estritamente real, já que não considera a
defasagem existente entre a corrente e a tensão. Uma das equações que define a
potência aparente S é dada por:
𝑆 =𝑉∗𝐼

Onde V é a tensão dada em V e I a corrente dada em A. Deste modo, a unidade


de medida no SI para a potência aparente S é VA. Além disso, a potência aparente é
conhecida como a soma da potência ativa com a potência reativa.
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2. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo compreender o conceito e o funcionamento da


polaridade de transformadores, realizar o teste de polaridade, determinar se a
polaridade é aditiva ou subtrativa, entender o conceito e aplicações de
autotransformadores e suas respectivas configurações de abaixador e elevador, realizar
cálculos, efetuar medições de grandezas elétricas através de multímetro e desenvolver
simulações computacionais afim de comparar os resultados medidos, calculados e
simulados.
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3. METODOLOGIA

Nos dois experimentos descritos neste relatório foi utilizado o mesmo


transformador monofásico com a potência de 1000VA, o qual possua uma tensão no
primário de 220V e uma tensão no secundário de 220V.

3.1. POLARIDADE DE TRANSFORMADORES

Utilizando um multímetro e um variador de tensão – variac, primeiramente, foi


escolhido um enrolamento de alta tensão para servir como bobina de referência. Em
seguida, foi conectado um dos terminais da bobina de referência a um terminal de outro
enrolamento de polaridade desconhecida.
Depois, foi atribuído a outro terminal do enrolamento de referência a polaridade
assinalada pelo ponto – instantaneamente positiva. Então foi ligado o multímetro em sua
maior escala entre o terminal identificado da bobina de referência e o outro terminal da
bobina de polaridade instantânea desconhecida. Em seguida, foi aplicada uma tensão
na bobina de referência, a qual foi lida sobre a bobina de referência Vr e a tensão de
ensaio entre as bobinas Ve conforme ilustrado na Figura 4:

Figura 4: Ligação para teste de polaridade

Quando a tensão de ensaio Ve é maior que a tensão sobre a bobina de referência


Vr a polaridade é aditiva, e o ponto é aplicado sobre a bobina de teste, conforme a Figura
2. Já quando a tensão de ensaio Ve é menor que Vr, a polaridade é subtrativa, de acordo
com a Figura 1.
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Por fim, foi identificado o terminal pontuado da bobina de referência como H1 e


o terminal pontuado da bobina de testa como X1. Este processo foi realizado para todos
os enrolamentos do transformador. As tensões medidas para este caso se encontram
no item 4 deste relatório.

3.2. AUTOTRANSFORMADOR

Primeiramente foi realizada a conexão do transformador com o “variac”, onde foi


descoberta a polaridade do transformador, e se o mesmo estava configurado para
funcionar como elevador, conforme a Figura 3. Posteriormente, foram realizados
cálculos, demonstrando o aumento da potência na configuração de elevador.
Utilizando o multímetro, o grupo realizou medições da tensão na entrada e na
saída. Em seguida, foi adicionada uma carga compatível com a potência do
transformador, e realizaram-se medições na carga de corrente, tensão e potência.
Por último, utilizando os parâmetros do transformador – já descobertos no ensaio
de circuito aberto e de curto-circuito, foi montado no software Psim a configuração do
autotransformador elevador, e simulado o mesmo valor da carga no ensaio real para
realizar comparações de valores de tensão, corrente e potência na carga.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. POLARIDADE DE TRANSFORMADORES

Inicialmente, foi escolhido um enrolamento para servir de referência afim de


conferir se a informação do fabricante sobre os terminais estava correta. Neste
enrolamento de referência foi aplicada uma tensão e, portanto, foi interligado o
voltímetro nos dois terminais desta bobina afim de obter Vr.
Após, adotou-se que um dos terminais da bobina de referência seria o ponto e
então ligou-se o outro terminal da bobina de referência a um terminal qualquer da bobina
que estava sem ligação, conforme Figura 4. Deste modo, foi possível obter os valores
de Vr e Ve.
Foi então escolhido a bobina H como referência, sendo a outra bobina X. O
terminal H1 foi escolhido como ponto de referência de polarização. Ao unir H2 com X1,
com a tensão de entrada Vac = 92,6V obteve-se uma polarização aditiva pois Vr = 92,6V
e Ve = 187,4V. Ao unir H2 com X2 obteve-se a polarização subtrativa pois Vr = 92,6V e
Ve = 2,4V.
Sendo assim, foi concluído que os terminais indicados pelo fabricante estavam
corretos quanto ao ponto de polarização.

4.2. AUTOTRANSFORMADOR

Conhecendo os terminais e sabendo a polaridade e a potência do transformador,


é possível calcular o aumento de potência utilizando a configuração elevador.
Primeiramente foi calculada a corrente no primário, sabendo que a corrente no
secundário será igual pois as bobinas estão ligadas em série. Assim, foi considerada a
tensão nominal do transformador:

𝑆 1𝑘
𝐼= = = 4,54𝐴
𝑉𝑎𝑐 220

A tensão de saída a soma das tensões na bobina do primário e secundário é


dada por:
𝑉𝑠 = 𝑉1 + 𝑉2 = 220 + 220 = 440𝑉

Então, tendo tensão e corrente é possível calcular o aumento da potência:


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𝑆 = 𝑉. 𝐼 = 440.4,54 = 2𝑘𝑉𝐴

Para a parte prática experimental foram utilizadas quatro resistências de


aproximadamente 100Ω associadas em série como carga na saída do transformador.
Para tanto, foi calculado o valor aproximado de corrente esperado nesta parte do
experimento:

𝑉 440
𝐼= = = 1,1𝐴
𝑅 400

Foi então feita a montagem do transformador na configuração elevador e


realizadas as medições. O valor Vac, medido na entrada do autotransformador através
do variac foi ajustado em 218,7V. Deste modo, o valor de saída medido no
transformador foi de 442,7V.
Conectando uma carga equivalente a aproximadamente 400Ω através da
interligação em série de quatro resistências de valor aproximado 100Ω cada uma, foi
possível medir através do multímetro uma corrente aproximada de 1,2A nas
resistências.
Para o mesmo circuito, foi realizada a simulação no software Psim para a
confirmação dos valores calculados e medidos. Na Figura 5 foi montada a configuração
para saber o valor de tensão medido na saída do autotransformador, onde foi utilizada
uma resistência muito alta para obter a tensão de circuito aberto:

Figura 5: Ligação do circuito elevador com saída em aberto


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Na Figura 6, é possível verificar o valor de tensão eficaz Vs medido no simulador


de 439,7V para uma entrada de tensão eficaz Vac de 219,91V:

Figura 6: Medições de tensão de entrada e saída

Na Tabela 01 são apresentados os valores de tensão de entrada e saída


calculados, medidos e simulados. Na Figura 6, é possível verificar o valor de tensão
eficaz Ve medido no simulador de 439,7V para uma entrada de tensão eficaz Vac de
219,91V:

Tabela 01: comparação de valores calculados e medidos

Calculado Medido Simulado


Vac 220V 218,7V 219,9V
Vs 440V 441,2V 439,74V

O circuito com as resistências interligadas como carga na saída do


autotransformador, também foi utilizado para a simulação para a comparação dos
resultados conforme Figura 7:

Figura 7: Circuito elevador com carga


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O valor de corrente obtido através do simulador na carga puramente resistiva de


400Ω, foi ilustrado na Figura 08:

Figura 8: Corrente eficaz na carga

Os valores de corrente na carga calculados, medidos e simulados são


apresentados na Tabela 02:

Tabela 02: comparação de valores calculados e medidos

Calculado Medido Simulado


I(carga) 1,1A 1,2A 1,09A

Desta maneira é notório que tanto para valores de tensão de saída no


autotransformador com circuito aberto quanto para os valores de corrente na carga, há
uma grande proximidade entre os valores calculados, medidos e simulados. Os valores
medidos são os que se distanciam mais dos outros dois, mas neste caso devem ser
consideradas as perdas por aquecimento, principalmente nas resistências que
aqueceram na realização do procedimento prático experimental. Além disso, a
interferência dos equipamentos de medição, bem como as pequenas perdas no próprio
transformador devem ser relevadas, já que se trata de um procedimento experimental.
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5. CONCLUSÃO

Tendo em mente o analisado durante a execução do experimento e o


desenvolvimento do relatório pode-se dizer que qualquer transformador de dois
enrolamentos isolados pode ser convertido num autotransformador, com um rendimento
inferior, desde que se saiba a polaridade do transformador.
A polaridade de um transformador nada mais é do que a marcação existente nos
terminais dos transformadores, os quais são responsáveis por indicar o sentido da
circulação de corrente em um certo instante em consequência do sentido do fluxo
produzido.
O autotransformador é o oposto do transformador, já que ao contrário do
transformador nele existe a possibilidade de ter algumas tensões diferentes na saída.
Uma diferença entre eles é que os enrolamentos do transformador de dois enrolamentos
estão eletricamente isolados, sendo que os enrolamentos do autotransformador estão
conectados diretamente entre si.
Um autotransformador pode funcionada de duas formas: como abaixador de
tensão e como elevador. Neste experimento foi abordado o autotransformador como
elevador, o qual realiza a elevação da tensão elétrica disponibilizada na entrada do
transformador – no primário, já que o enrolamento secundário do mesmo possui mais
espiras do que o primário, ocasionando uma maior indução magnética no secundário, e
deste modo, uma tensão mais elevada.
Neste relatório primeiramente foi realizado o teste de polaridade do
transformador, afim de descobrir se o mesmo estava configurado da forma aditiva ou
subtrativa. Ademais, foi realizada a análise do autotransformador elevador, conforme
descrito anteriormente.
Analisando os resultados deste experimento foi possível observar que os valores
calculados, medidos e simulados ficaram próximos, possibilitando uma comparação
entre tais valores e uma melhor assimilação do conteúdo abordado. Por se tratar de um
procedimento experimental, algumas discrepâncias entre os valores podem ser
relevadas.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] AUTOR DESCONHECIDO. Impedâncias e Polaridade dos Transformadores.


Disponível em: <https://slideplayer.com.br/slide/3727501/>. Acesso em: 10 de abril de
2019.
[2] ROSA, ARTHUR. O Autotransformador. Disponível em:
<https://www.academia.edu/14497344/O_Autotransformador>. Acesso em: 10 de abril
de 2019.
[3] AUTOR DESCONHECIDO. Autotransformador ou Transformador – O que você
não sabe? Qual é a diferença? Disponível em:
<https://www.sabereletrica.com.br/autotransformador/>. Acesso em: 10 de abril de
2019.
[4] MORAES, EVERTON. Potência Elétrica. Disponível em:
<https://www.saladaeletrica.com.br/potencia-eletrica-podcast-002/>. Acesso em: 11 de
abril de 2019.
[5] MORAES, EVERTON. Trafo Monofásico. Disponível em:
<https://www.saladaeletrica.com.br/trafo-monofasico/>. Acesso em: 16 de abril de 2019.

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