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Salinização do Solo: Causas e

Processos de Controle

Maria da Conceição Gonçalves


Tiago Brito Ramos
José Casimiro Martins

Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I. P.


L-INIA, Unidade de Ambiente e Recursos Naturais, Oeiras
Ex. Estação Agronómica Nacional
Av. Republica, 2784-505 Oeiras, PORTUGAL
Email: maria.goncalves@inrb.pt
INTRODU ÇÃO
INTRODUÇÃO
O Solo é um sistema vivo que presta serviços
essenciais para a sobrevivência da sociedade e dos
ecossistemas

As 8 principais ameaças ao Solo (processos de


degradação) indicadas na Estratégia Temática para
a Protecção do Solo são:

- Erosão
- Declínio da matéria orgânica
- Contaminação Zonas áridas,
- Impermeabilização semi-áridas e
Desertificação
- Compactação sub-húmidas
- Declínio da biodiversidade secas
- Salinização (P/ET0 entre 0.05
- Deslizamento de terras e 0.65
Salinização/sodização do solo
Salinização é um processo que conduz ao aumento
da concentração da solução do solo em sais
solúveis ( Na+, Ca2+, Mg2+, K+) para níveis prejudiciais
às plantas.

Sodização é o processo pelo qual o ião Na+, ganha


preponderância no complexo de troca do solo,
podendo causar a perda de uma ou mais funções
do solo.

A sodização é a maior ameaça da salinização.


Muitas vezes é erradamente considerada como um sinónimo
de salinização
O Sódio tem um efeito negativo nas
propriedades do solo e no crescimento
das plantas.

(por exemplo: a dispersão das argilas destrói


a estrutura do solo diminuindo a infiltração, a
condutividade hidráulica e a retenção da água
no solo, conduzindo a um aumento da erosão)

A dinâmica do Sódio está associada à


dinâmica dos outros catiões,
nomeadamente do Cálcio e do Magnésio.
Principais causas da Salinização do Solo
A acumulação de sais no solo está ligada à existência de
uma fonte de sais, a uma evapotranspiração alimentada
por água rica em sais e à insuficiência de precipitação
e/ou de drenagem que permitam a lixiviação dos sais.

Algumas das causas são naturais mas outras resultam


da intervenção humana
Causas naturais mais comuns de Salinização
(Salinização Primária):

• Presença de toalhas de água de origem marinha e/ou


acção directa das marés em regiões costeiras;
• Presença de toalhas freáticas ricas em sais
provenientes da meteorização das rochas
Causas mais comuns de salinização induzidas
pelo homem (Salinização Secundária):
• Uso de solos impróprios ou mal adaptados para a prática do
regadio (com cinética lenta e sem sistema de drenagem);
• Rega com água rica em sais;
• Má condução da rega (dotações de rega desadequadas,
distribuição desigual da água);
• Subida da toalha freática (redução da evapotranspiração por
modificação da vegetação, excesso de rega ou infiltração de
água a partir de reservatórios/canais de rega);
• Uso intensivo de fertilizantes ou correctivos, particularmente
em condições de limitada lixiviação;
• Contaminação do solo com águas residuais ou produtos
salinos de origem industrial.
Indicadores dos riscos de Salinização/
Sodização Relacionada com a
totalidade dos sais
Condutividade
existentes no solo ou
eléctrica, EC
na solução do solo


Mede a capacidade da
( Na )
SAR  solução do solo e da
2 2
( Ca  Mg ) água de percolação
2 trocarem sódio com o
solo
 Mede a capacidade
Na
ESP  100 do solo para trocar
(CEC) sódio
Os processos de salinização e sodização
dão origem principalmente a dois tipos
de solos:

SOLOS SALINOS: solos com condutividade


eléctrica da pasta saturada >4 dS m-1 (~40 mmolc L-1)

SOLOS SÓDICOS: solos com Na de troca >15% (ou


Na+Mg >50%)
A taxa de salinização depende:
• do conteúdo total de sais da água de rega,
• da taxa de evaporação/evapotranspiração,
• do total de precipitação durante o ano,
• da dinâmica da água no solo.
• A taxa de sodização depende:
• do SAR da água de rega (Na+, Ca2+, Mg2+)
• do ESP do solo,
• da relação SAR/ESP (propriedades do solo)
Processos de controlo da salinização/sodização

Têm de ser baseados no conhecimento:


• da dinâmica da água no solo
• das relações entre as concentrações de sais
solúveis e adsorvidos no solo
Utilizar como ferramenta a modelação
Avaliar a gestão da rega
Prever os efeitos da qualidade da água de
rega no solo e nas águas subterrâneas
Modelação efectuada com
o modelo HYDRUS

• Equação de Richards para os fluxos de


água no solo,
• Equação de Convecção-Dispersão para o
transporte de solutos,
• Equações para a dinâmica do ESP – SAR.

http://www.pc-progress.com/en/Default.aspx
Caso Estudado:

Estudo da influência da qualidade da água de


rega na salinização e na sodicização do solo
Avaliação da capacidade do HYDRUS-1D na simulação:
- Teor e fluxos de água no solo
- Concentrações dos catiões individuais (Na+, Ca2+, Mg2+)
- Salinidade (Condutividade eléctrica – CE)
- Razão de adsorção de sódio (SAR)
- Percentagem de sódio de troca (ESP)

Calibração / Validação em:


Caso I - lísimetros
Caso II - ensaios de rega
Caso I – Lisimetros de solo

• 3 lisimetros construídos num Fluvissolo (1.2 m2 x 1 m)


• Drenagem livre
• Vegetação espontânea
• de Maio 2001 a Setembro 2004
• 4 ciclos de rega e 3 ciclos e lavagem pela chuva
• Profundidades de monitorização – 10, 30, 50 and 70 cm
• Rega manual
• Qualidade da água de rega:
- EC de 0.3 a 3.2 dS m-1
- Na+ de 1 a 17 meq L-1
- Ca2+ de 1 a 5.1 meq L-1
- Mg2+ de 1 a 10.2 meq L-1
Caso II – Produção de Milho com água salina

• 2 campos experimentais num Fluvissolo e num Antrossolo


• Drenagem livre
• Cultura de milho grão
• De Junho 2004 a Fevereiro 2007
• 3 ciclos de rega e 3 ciclos de lavagem pela chuva
• Profundidades de monitorização - 20, 40 and 60 cm
• Rega gota a gota
• Qualidade da água de rega:
- CE de 0.3 a 10 dS m-1
- Na+ de 1 a 100 meq L-1
Final view of the experimental
Monitorização dos ciclos de rega e de
lavagem field
• Teor de água no solo com TDR
• Condutividade eléctrica da solução do solo
• Catiões solúveis da solução do solo

Amostragem antes e depois de cada ciclo


de rega
• Condutividade eléctrica da pasta de saturação
• Catiões solúveis na pasta de saturação
• Catiões de troca
( Na  )
• Capacidade de troca catiónica SAR 
(Ca 2  Mg 2 )
• Razão de adsorção de sódio (SAR) 2

• Percentagem de sódio de troca (ESP) 


Na
ESP  x100
(CEC)
Dados de entrada
necessários à modelação
Dados de entrada
• Limites das camadas de solo
• Período de tempo da simulação
• Condições de fronteira
Fronteira superior: Fluxos de água
Fronteira inferior: Drenagem livre
• Condições iniciais do solo
• Propriedades hidráulicas do solo
• Parâmetros de transporte de solutos
• Coeficientes de troca de Gapon
• Concentração iónica das águas de rega
• Distribuição radical
Surface
Superf ície do solo
(condição fronteira superior)
• Precipitação (diária) / Água de rega
• ET0 diária (Penman-Monteith)

• ETc = ET0  Kc

• Transpiração das plantas (T) = ETc  Cobertura


do solo em função do LAI

• Evaporação do solo (E) = ETc- T


Condições iniciais do solo

• Teor de água do solo, TDR


• Densidade aparente
• Catiões solúveis do extracto de saturação
Na+, Ca2+, Mg2+, K+
• Catiões de troca
Na+, Ca2+, Mg2+, K+
• Capacidade de troca catiónica (CTC)
Propriedades hidráulicas do solo

• Medidas no laboratório
- Mesas de sucção
- Panelas de pressão
- Método da evaporação
- Método da crosta
- Método do ar quente

• Parametrização das curvas com o modelo de


Mualem-van Genuchten (RETC)
Parâmetros de transporte de solutos

- Curvas de breakthrough usando


cloretos com traçador
- CXTFIT 2.1 (STANMOD)
PROPSOLO - Base de Dados de Propriedades do Solo
Ramos et al. ( 2010)
PROPSOLO - Base de Dados de
Propriedades do Solo

• Solos correspondentes a 10 Grupos de


Referência FAO
• Representadas 56 famílias de solos,
Classificação Portuguesa
• 261 perfis de solo
• 713 horizontes/camadas de solo
• 585 curvas de retenção
• 263 curvas de condutividade hidráulica
• 28 BTC
Funções de Pedotransferência

Propriedades hidráulicas
r = 0.33 - 0.0016 S + 0.0071OM - 0.20 b
s = 1.00 - 0.00052 FS + 0.040 GPD - 0.35 b
ln  = -6.84 + 0.63ln CS - 0.45 ln S - 0.65 ln GPD - 0.74 ln b + 1.38 ln pH
n = 1.14 + 0.0025 FS + 0.74 GPD + 0.00037 GSD - 0.020 pH
l = 1.62 - 0.11 S - 0.29 C + 0.043 GSD + 0.39 OM - 0.43 pH
log10 Ks = 4.82 - 0.95log10 FS - 1.61 log10 S + 1.18 log10 OM + 0.27 log10 Z
Gonçalves, et al. (1999)
Parâmetros de transporte de solutos
logD = 2.524 - 0.389OM + 1.005logKsat,m – 2.005r + 0.895log
R = -0.134 + 0.051FS + 3.38GPD + 0.0018GSD - 0.269OM - 1.075b +0.133pH - 0.004Ksat,m - 1.89 + 0.0039Ks)
= -5.65 + 0.0021GSD - 0.1104OM + 1.41b - 0.047pH + 0.061 - 3.13r - 4.05s + 4.42 +2.097n - 0.048
log= - 11.37 - 0.0199S - 0.2126C + 0.0324GSD + 0.7136pH - 0.778logKsat,m - 2.239log + 4.27n + 1.988logKs

Gonçalves, et al. (2001)


Coeficientes de troca de Gapon

• Determinados a partir das condições iniciais


do solo (Catiões solúveis e de troca)

Ca 2 Na 
K Ca / Na =
Na  (Ca 2 )1 / 2

Mz
cT =  ci
i 1
Distribuição radical

• Monitorização com minirizotrão


com câmara de vídeo digital
Exemplos de
Resultados
Obtidos
Simulação do teor de água nos monólitos
0.5 10 cm

Water content (cm cm )


-3
3 0.4

0.3

0.2

0.1

0.0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
0.5 70 cm
Water content (cm cm )
-3

0.4
3

0.3

0.2
I R I R I R I

0.1
Measured
Simulated
0.0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
Time (d)
Condutividade eléctrica

Lísimetros
Measured A
Simulated A
Measured B
Simulated B
Measured C
Simulated C

Produção de milho

GI A - HYDRUS
GI A - Measured
GIV C - HYDRUS
GIV C - Measured
Concentação de sódio Na+

Lísimetros
Measured A
Simulated A
Measured B
Simulated B
Measured C
Simulated C

Produção de milho
GI A - HYDRUS
GI A - Measured
GIV C - HYDRUS
GIV C - Measured
Simulação da concentração de Ca2+

Monólitos
Measured A
Simulated A
Measured B
Simulated B
Measured C
Simulated C

Ensaio de rega
GI A - HYDRUS
GI A - Measured
GIV C - HYDRUS
GIV C - Measured
Simulação da concentração de Mg2+

Monólitos
Measured A
Simulated A
Measured B
Simulated B
Measured C
Simulated C

Ensaio de rega
GI A - HYDRUS
GI A - Measured
GIV C - HYDRUS
GIV C - Measured
Razão de Adsorção de Sódio (SAR)

Monólitos
Measured A
Simulated A
Measured B
Simulated B
Measured C
Simulated C
Percentagem de Sódio de Troca (ESP)
Setembro 2001 % Maio 2002 %
0 4 8 12 16 20 0 4 8 12 16 20
0 0

20 20

Prof. (cm)

Prof. (cm)
40 40
60 60
80 80
100 100

Março 2004 % Setembro 2004 %


Medidos A 0 4 8 12 16 20 0 4 8 12 16 20
Simulados A 0 0

Medidos B 20 20

Prof. (cm)
Prof. (cm)

Simulados B 40 40

Medidos C 60 60

Simulados C 80 80

100 100
Conclusões

• Os riscos de salinização/sodização dependem


das condições climáticas, da qualidade da água
de rega e das propriedades do solo.
• O seu controlo necessita de estudos integrados
incluindo o das reacções de troca catiónica
(Sódio, Cálcio e Magnésio).
• A modelação mostrou ser capaz de simular a
dinâmica dos solutos, sendo uma ferramenta
essencial para a gestão da água no solo e para
o controlo da salinização/sodização do solo.
Conclusões

• O modelo HYDRUS-1D simulou, com sucesso, o


movimento da água no solo e o efeito da
aplicação de diferentes qualidades de água de
rega na geoquímica dos solos estudados.
• Embora sejam necessários muitos parâmetros,
o modelo é mais sensível às condições
climáticas, às propriedades hidráulicas do solo,
aos parâmetros de transporte de solutos e
coeficientes de troca de Gapon.
Conclusões

• Este modelo é uma ferramenta de grande valia


na avaliação das práticas agrícolas e na
previsão do efeito da qualidade das águas de
rega no solo e nos aquíferos .
• Modelos, como o HYDRUS-1D, devem ser
usados para estabelecer práticas de regadio
sustentáveis com vista à minimização dos
riscos ambientais.
Muito obrigada pela vossa atenção

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