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UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof.

Luiz Antonio Bovo

5. CAPITULO 5 - MOLAS
5.1. Considerações Gerais
5.1.1. Definição
Molas são elementos de máquinas utilizados para:
- Absorver energia. Ex.: molas de suspensão de veículos.
- Reservatório de energia. Ex.: molas espirais de relógios.
- Exercer forças. Ex.: molas helicoidais das superfícies de atrito das embreagens.
- Amortecer vibrações. Ex.: molas maciças de poliuretano de comportas.

5.1.2. Classificação
a) Quanto à forma
- Molas de arame: são as molas helicoidais construídas com arames de seção
circular, quadrada e retangular.
- Molas planas: os tipos mais comuns são:
o molas de suspensão ou balestra
o molas espirais
o molas em lâminas
o molas cônicas
o molas de disco, prato ou Belleville
- Molas maciças: são molas normalmente de seção cilíndrica, confeccionadas em
poliuretano.

b) Quanto à função
- tração: helicoidais
- compressão: helicoidais, cônicas, Belleville e maciças
- flexão: em lâminas e suspensão
- torção: helicoidais, espirais e maciças.

5.2. Tensões em Molas Helicoidais de Tração e Compressão


5.2.1. Características
Molas Helicoidais de Tração e Compressão são aquelas que oferecem uma
resistência a um esforço de tração e compressão respectivamente.
Ex.: molas das superfícies de atrito das embreagens, molas de interruptores, etc.

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5.2.2. Carregamento Genérico


A figura (5.1) mostra-nos uma mola helicoidal de compressão com arame circular,
carregada por uma força axial.

x.y

Figura (5.1)
onde:
F => Força axial [kgf ]
D => Diâmetro médio da mola [cm]
d = > Diâmetro do arame [cm]
λ => Ângulo de inclinação da espira [°]
p => Passo [cm]

L => Comprimento da mola livre [cm]


H => Comprimento da mola comprimida [cm]
y => Deflexão [cm]
x⋅ y => Percentagem da Deflexão para que as espiras não se toquem [cm]

A figura (5.2) mostra-nos a mola acima em uma espira qualquer, sendo que o efeito
causado pela parte retirada será substituído pelas forças internas atuantes.

Figura (5.2)
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5.2.3. Tensão Transversal de Cisalhamento devido ao Esforço Cortante


Da equação (1.22)
Q F
τm = => Q = F => τ m =
A A
onde:
π ⋅d2
A=
4
substituindo, tem-se:
4⋅F
τm =
π ⋅d2

3
Na realidade tem-se ainda uma tensão de cisalhamento máxima τ máx = ⋅τ m ,
2
porém para o presente capítulo, esta tensão será desprezada porque a parcela, devido ao
esforço cortante, é pequena na composição das tensões e principalmente porque toda a
teoria do cálculo de Molas desenvolvido por “Wahl” é realizado tomando-se a tensão
média.
- Distribuição da Tensão Transversal de Cisalhamento devido ao Esforço Cortante

τm

Figura (5.3)

5.2.4. Tensão Transversal de Torção


Da equação (1.28)
Mt ⋅ r
τt =
It
onde:
D π ⋅d4 d
Mt = F ⋅ It = r=
2 32 2

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substituindo, tem-se:
8⋅ F ⋅ D
τt =
π ⋅d3

- Distribuição da Tensão de Torção

τt

Figura (5.4)
5.2.5. Tensão Transversal Resultante
Da equação (1.35)
τ Re = τ m + τ t
então:

τ=
4⋅F
π ⋅d 2
+
8⋅ F ⋅ D
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.1)

- Distribuição da Tensão Transversal Resultante

Figura (5.5)

A equação (5.1) pode ser escrita em função de um fator que substitua a parte
devido à Tensão de Cisalhamento devido ao Esforço Cortante.

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Fazendo-se:
D
C= [sem unidade] (5.2)
d
onde:
C => índice de curvatura da mola
D => diâmetro mola
d => diâmetro do arame

É importante salientar ainda que o valor de C deve situar-se entre 5 e 12, e nunca ser
inferior a 3.
Deve-se ainda utilizar valores idênticos de C para aplicações similares de molas.

Aplicação C

Molas de uso industrial 8 à 10


Molas de válvulas e
5
embreagens
Tabela (5.0)

Multiplicando-se a equação (5.1) por C tem-se:


4⋅ F ⋅C 8⋅ F ⋅ D⋅C
τ ⋅C = +
π ⋅d2 π ⋅d3

substituindo a equação (5.2) somente na Tensão Transversal de Cisalhamento devido ao


Esforço Cortante, tem-se:
4⋅ F ⋅ D 8⋅ F ⋅ D ⋅C
τ ⋅C = +
π ⋅d3 π ⋅d3

8⋅ F ⋅ D
τ ⋅C = ⋅ (0,5 + C )
π ⋅d3

Isolando-se a Tensão Transversal Resultante, tem-se:


8⋅ F ⋅ D 0,5
τ= ⋅ (1 + )
π ⋅d 3
C

Definindo-se:
0,5
ks = 1 + [sem unidade] (5.3)
C
Substituindo, tem-se:

τ = ks ⋅
8⋅ F ⋅ D
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.4)

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onde:
ks => Fator Multiplicador devido ao Esforço Cortante

5.2.6. Tensões Finais


Se fizermos uma análise detalhada das tensões atuantes, notaremos que existe
nas molas outras tensões:
- Tensão de Normal de Compressão: aparece devido à componente de “F”
segundo o plano médio da espira, esta tensão cresce na proporção em que o
ângulo de inclinação da espira aumenta.
- Tensão Normal de Flexão devido à Força “ F ”. Wahl estudou profundamente as
molas e apresentou a equação (5.4) majorada por um outro fator que foi
chamado de fator de correção de Wahl “kw”; este fator leva em consideração o
efeito da tensão devido ao esforço cortante, bem como, o efeito devido à
curvatura do arame, pois a teoria da torção simples para as vigas retilíneas não
se aplica com exatidão para uma viga curva, como é a espira da mola.

τ w = kw ⋅
8⋅ F ⋅ D
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.5)

onde:
4 ⋅ C − 1 0,615
kw = + [sem unidade] (5.6)
4⋅C − 4 C
Fator de Correção de Wahl
kw = ks ⋅ km

então
kw
km = [sem unidade] (5.7)
ks

onde:
k w => fator de curvatura de Wahl ou fator de correção de Wahl

k s => fator multiplicador devido ao esforço cortante

k m => fator de redução devido à fadiga

Em nosso curso utilizaremos sempre a equação (5.4) tanto para solicitações


estáticas como para dinâmicas, entretanto, quando uma mola estiver sujeita à
solicitações dinâmicas (fadiga), faz-se uma redução na tensão limite de resistência
à fadiga utilizando-se o fator de redução devido à fadiga “km”.

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- Distribuição Final da Tensão Transversal (considerando o efeito da curvatura)

τw

Figura (5.6)

5.2.7. Ângulo de Inclinação da Espira


O ângulo de inclinação da espira é calculado pela expressão abaixo:

p
λ = arctg [°] (5.8)
π ⋅D

Para tornar mínimo o efeito da inclinação da espira, o máximo ângulo de inclinação


da espira ou o ângulo de inclinação da espira admissível deve ser:

λ ≤ 12° (5.8.a)

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5.3. Tensões em Molas Helicoidais de Torção


5.3.1. Características
Molas Helicoidais de Torção são aquelas que oferecem uma resistência a um
momento que tende desenrolá-las. Ex.: molas de portas de fornos, motor de partida de
veículos, etc.

5.3.2. Carregamento Genérico


A figura (5.7) mostra-nos uma mola helicoidal de torção com arame circular
solicitada por uma força tangencial.

Figura (5.7)
onde:
F => Força Tangencial [kgf ]

R => Distância entre o Ponto de Aplicação da Força e o Centro da Mola [cm]

5.3.3. Tensão Normal de Flexão


Da equação (1.18)
Mf
σf =±
Wf
onde:
Mf = F ⋅ R

π ⋅d3
Wf =
32
substituindo, tem-se:

σf =
32 ⋅ F ⋅ R
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.9)

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5.3.4. Tensões Normais Finais


Wahl apresentou a equação (5.9) majorada pelos fatores “kx” para a Tensão
Normal Final na borda interna e “ky” para a Tensão Normal Final na borda externa, então:

σ f = kx ⋅
32 ⋅ F ⋅ R
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.10)

σ f = ky ⋅
32 ⋅ F ⋅ R
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.11)

onde:
4 ⋅ C2 − C −1
kx = [sem unidade] (5.12)
4 ⋅ C ⋅ (C − 1)

4 ⋅ C2 + C −1
kY = [sem unidade] (5.13)
4 ⋅ C ⋅ (C + 1)

Neste caso, os fatores “kx” e “ky” são fatores de concentração de tensões e no


dimensionamento deve-se utilizar as equações (5.10) e (5.11) e não usar “kx” e “ky” como
fatores de redução devido à fadiga.

5.4. Deflexão em Molas Helicoidais de Tração e Compressão


5.4.1. Carregamento Genérico
Apresentamos uma mola helicoidal de compressão submetida a uma força F , que
introduz um Momento Torçor Mt e que gera um ângulo de Torção ϕ .

Figura (5.8)
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5.4.2. Cálculo da Deflexão


Da Figura (5.8), tem-se:
ϕ ⋅ r = γ ⋅ La
então:
γ ⋅ La
ϕ= [rad ] (1.29)
r
onde:
ϕ => ângulo de torção máximo no arame da mola
La => comprimento útil do arame da mola La = π ⋅ D ⋅ Na
Na => número de espiras ativas

Da Equação (1.8) tem-se:


τt
τ t = G ⋅γ ou γ=
G

8⋅ F ⋅ D
Mas conforme equação do item (5.2.4) τ t = que substituindo na equação
π ⋅d3
anterior, fica:
8⋅ F ⋅ D
γ=
π ⋅d3 ⋅G

que, substituindo na equação (1.29), juntamente com o valor de La = π ⋅ D ⋅ Na e r = d 2 ,


obtém-se a deflexão angular de uma extremidade do arame em relção à outra:
16 ⋅ F ⋅ D 2 ⋅ Na
ϕ=
d 4 ⋅G

A forca F tem um braço de alavanca D 2 , portanto a deflexão axial da mola, será:


D
y =ϕ ⋅
2

Que após receber o valor de ϕ será:

8 ⋅ F ⋅ D 3 ⋅ Na
y= [cm] (5.14)
d4 ⋅G

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onde:
y => deflexão da mola

F => força axial [kgf ]


d => diâmetro do arame [cm]

G => módulo de elasticidade transversal kgf cm 2 [ ]

5.4.3. Cálculo da Constante de Mola ou Constante de Rigidez


Do item (4.6.1), equação (c)
F
k=
y
substituindo a equação (5.14) na equação acima, tem-se:
d 4 ⋅G
k= [kgf cm] (5.15)
8 ⋅ D 3 ⋅ Na

onde:
k => Constante da mola ou Constante de Rigidez

5.5. Deflexão de Molas Helicoidais de Torção


5.5.1. Cálculo da Deflexão
Seguindo o critério semelhante ao adotado para o item (5.4), tem-se a deflexão
angular:
64 ⋅ F ⋅ R ⋅ D ⋅ Na
θ= [radianos] (5.16)
d4 ⋅E
onde:
θ => deflexão angular da mola
F => força tangencial [kgf ]
R => distância entre o centro da mola e o ponto de aplicação da força [cm]
D => diâmetro médio da mola [cm]
N => número de espiras ativas [sem unidade]
d => diâmetro do arame [cm]

[
E => módulo de elasticidade do aço kgf cm 2 ]

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5.5.2. Cálculo da Constante da Mola ou Constante de Rigidez


d4 ⋅E
k= [kgf cm] (5.17)
10,2 ⋅ D ⋅ Na
onde:
k => Constante da mola ou Constante de Rigidez

5.6. Extremidade das Molas Helicoidais


As molas devem ser projetadas de tal modo que as suas extremidades possam
transferir a carga externa para o seu corpo. O projeto da extremidade depende
exclusivamente da função da mola.

5.6.1. Molas de Tração

Figura (5.9)

Devido à curvatura dos ganchos aparece um forte fator de concentração de


tensões, que deve ser levado em consideração no projeto; ele á calculado pela
expressão:
rm
kr = (5.18)
ri

5.6.2. Molas de Compressão

Extremidade Extremidade em Extremidade Extremidade


em ponta ponta esmerilhada em esquadro em esquadro
esmerilhado
Figura (5.10)

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O tipo de extremidade está intimamente ligado ao número de espiras e


comprimento da mola. A tabela a seguir, mostra a influência das extremidades no
comprimento e no número de espiras.

Espiras Comprimento [cm]


Tipo de
Comentários
extremidade Inativas Totais Livre Comprimida
Ni Nt L H
Desempenho:
ruim (evitar)
Em ponta 0 Na p ⋅ Na + d d ⋅ ( Na + 1)
deve-se usar
sempre C > 9

Em ponta p ⋅ Na Desempenho:
0 Na d ⋅ Na
esmerilhada satisfatório

Desempenho:
p ⋅ Na + 3 ⋅ d d ⋅ ( Na + 3) bom deve-se
Em esquadro 2 Na + 2
usar sempre
C >9

Em esquadro p ⋅ Na + 2 ⋅ d d ⋅ ( Na + 2) Desempenho:
2 Na + 2
esmerilhado excelente

Tabela (5.1)

Observação:
a) O comprimento livre real da mola deve ser acrescido de no mínimo X = 15% da
deflexão máxima para garantir que as espiras não se toquem completamente, então o
comprimento mínimo real da mola livre é:
Lmin = H + (1 + X ) ⋅ y [cm] (5.19)

b) O passo de uma mola helicoidal de compressão é calculado pela expressão abaixo:


y y
p=d + +X⋅ [cm] (5.20)
Na Na
onde:
p => passo da mola

y => deflexão da mola [cm]


Na => número de espiras ativas da mola [sem unidade]
X => percentagem na deflexão para que as espiras não se toquem (ver
observação a)

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5.6.3. Molas de Torção

Extremidade Extremidade Extremidade Extremidade


em dobra externa em dobra interna fora de centro com Torção Reta

Figura (5.11)

5.7. Materiais e Tensões Admissíveis para Molas


5.7.1. Considerações Gerais
Os materiais utilizados na fabricação de molas possuem alto teor de carbono (mais
de 0,5%C) e devem ser tratados termicamente exceto se C<4 ou d>6mm.
Normalmente as molas cujo diâmetro de arame vai até 12,7mm são enroladas à
frio e as com diâmetro de arame maior que 12,7mm são enroladas à quente.
Quando o arame tratado termicamente é enrolado à frio, deve-se fazer um alívio de
tensões após o enrolamento, através de um aquecimento em forno.

5.7.2. Materiais e Tensões Limite de Ruptura


A Tensão Limite de Ruptura à tração dos aços utilizados na fabricação de molas
varia consideravelmente com o diâmetro do arame, portanto para um mesmo material
teríamos diversos valores da Tensão Limite de Ruptura.
Para podermos ter todos os valores, teríamos que publicar diversas folhas com os
dados.
Para evitar isto, plotou-se um gráfico de eixos log-log da Tensão Limite de Ruptura
por diâmetro do arame e escreveu-se a equação da reta que passa pelos diversos pontos
em termos dos logaritmos da Tensão Limite de Ruptura e dos diâmetros dos arames;
aplicando as propriedades logarítmicas à equação da reta e simplificando-a, tem-se:

σr =
z
dm
[kgf cm 2 ] (5.21)

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onde:
z => constante linear da reta, ligada diretamente à ruptura
m => coeficiente angular da reta
d => diâmetro do arame [mm]

A tabela a seguir, mostra-nos os materiais mais empregados na fabricação de


molas, suas normas, faixa de diâmetro, temperatura e característica de utilização, bem
como as incógnitas que aparecem na equação (5.21).
Faixa de Constante
Material Faixa de Temperatura Expoente Z Características de
Custo
Norma Diâmetros
°C
m
[
kgf cm 2 ] utilização

Corda de
0,130 0 - Indicado para sua
piano
à à 0,146 22130 Alto faixa de diâmetro.
SAE 1095
3,175 120 - Ideal para fadiga
ASTM A228
Aço
temperado em 3,175 0 - Não usar em
óleo à à 0,186 19170 Médio solicitações com
SAE 1065 12,7 180 choque.
ASTM 229
Aço trabalhado - Uso geral
0,794 0
à frio - Não oferece
à à 0,192 17845 Baixo
SAE 1066 garantia de vida,
12,7 120
ASTM 227 deflexão e precisão
- Ideal para altas
Aço cromo
0,794 0 tensões
vanádio
à à 0,167 20395 Alto - Ideal para fadiga,
SAE 6150
12,7 220 durabilidade e
ASTM 231
choque
- Ideal para altas
Aço cromo 0,794 0
tensões
silício à à 0,112 20395 Alto
- Ideal para choque
SAE 9254 12,7 250
e vida longa
Tabela (5.2)

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5.7.3. Tensões Admissíveis


As Tensões Admissíveis nas molas são calculadas pelas mesmas equações
estudadas no Capítulo 1, ou seja:
σr
σ =
S
[kgf cm 2 ] (1.1)

σE
σ =
S
[kgf cm 2 ] (1.2)

σ
τ = [kgf cm 2 ] (1.3)
3

Como desconhecemos as Tensões Limites de Escoamento, recomendamos a


utilização da equação (1.1). Caso o Coeficiente de Segurança seja fornecido em função
da Tensão Limite de Escoamento a equação abaixo fornece uma aproximação bem
próxima da realidade para a maioria dos aços descritos na tabela (5.2).

σ E = 0,75 ⋅ σ R [kgf cm 2 ] (5.22)

e, como estamos utilizando aproximações, neste caso recomendamos a utilização de


coeficientes de segurança relativamente altos, principalmente para molas de tração.

5.7.4. Padronização do Diâmetro do Arame


Os diâmetros padronizados de arame estão relacionados nas tabelas a seguir.
0,07 0,08 0,09 0,10 0,11 0,12 0,14
0,16 0,18 0,20 0,22 0,25 0,28 0,32
0,36 0,45 0,50 0,56 0,63 0,70 0,80
0,90 1,00 1,25 1,40 1,60 1,80 2,00
2,25 2,50 2,80 3,20 3,60 4,00 4,50
5,00 5,60 6,30 7,00 8,00 9,00 12,50
14,00 16,00
Tabela (5.3) – Diâmetros de arames de molas padronizadas em milímetros

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Número Diâmetro (pol.) Número Diâmetro (pol.)


000 0,3626 15 0,0720
00 0,3310 16 0,0625
0 0,3065 17 0,0540
1 0,2830 18 0,0475
2 0,2625 19 0,0410
3 0,2437 20 0,0348
4 0,2253 21 0,0317
5 0,2070 22 0,0286
6 0,1920 23 0,0256
7 0,1770 24 0,0230
8 0,1620 25 0,0234
9 0,1483 26 0,0181
10 0,1350 27 0,0173
11 0,1205 28 0,0162
12 0,1055 29 0,0150
13 0,0915 30 0,0140
14 0,0800
Tabela (5.4) – Diâmetros de arames de molas padronizadas em polegadas

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5.8. Flambagem de Molas Helicoidais de Compressão


As molas helicoidais de compressão não estão sujeitas à flambagem lateral sempre
que seu comprimento livre for menor ou igual a quatro vezes o seu diâmetro médio, então:

L≤ 4⋅D [sem unidade] (5.23)

No entanto as molas helicoidais de compressão estão sujeitas à flambagem lateral


sempre que seu comprimento livre for maior que quatro vezes o seu diâmetro médio,
então:

L > 4⋅D [sem unidade] (5.24)

Se a relação acima for satisfeita, há necessidade de se calcular o comprimento


crítico de flambagem da mola, que é determinado partindo-se da Equação de Euler e que
devidamente ajustada para as molas fica:
- Molas, cujas extremidades ficam paralelas durante a compressão:

D2
Lcrit = 2 ⋅ y + 5,56 ⋅ [cm] (5.25)
y

- Molas, cujas extremidades podem inclinar-se durante a compressão:

D2
Lcrit = y + 2,78 ⋅ [cm] (5.26)
y

Novamente se:
L ≤ Lcrit [sem unidade] (5.27)

A mola não flambará, mas muitas vezes necessitamos de uma mola com
comprimento superior ao comprimento crítico de flambagem “ Lcrit ” e nesses casos, a
solução seria guiar as molas.
Este guiamento poderá ser feito internamente através de uma barra redonda ou
externamente através de um tubo.

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5.9. Variação do Diâmetro Externo das Molas Helicoidais


Quando uma mola helicoidal é comprimida, ocorre um aumento em seu diâmetro
externo, isto pode causar problemas principalmente quando se trata de molas guiadas
externamente por tubos, pois o arame da mola pode tocar a parede interna do tubo.
O diâmetro externo máximo da mola totalmente comprimida é calculado pela
equação:

(C + 1) ⋅
1
0,81 ⋅ Fmax ⋅ y max ⋅ G 2
DE = [cm] (5.28)
τt Na ⋅ d ⋅ C

onde:
DE => diâmetro externo máximo da mola comprimida

=> força axial de compressão para mola fechada [kgf ]


Fmax

FMAX = (1 + X ) ⋅ F [kgf ] (5.28A)

C => índice de curvatura da mola [equação (5.2)]


8 ⋅ Fmax ⋅ D
τt = [
ver item (5.2.4) => Tensão Transversal de Torção kgf cm 2 ]
π ⋅d 3

y max = L − H => Deflexão máxima da mola [cm]

G => módulo de elasticidade transversal kgf cm 2 [ ]


Na => número de espiras ativas
d => diâmetro do arame [cm]

5.10. Ondulação e Vibração nas Molas Helicoidais


5.10.1. Ondulação
Ondulação é o fenômeno que ocorre nas molas quando uma carga é aplicada
rapidamente sobre a mola. Quando ocorre a ondulação há o surgimento de uma tensão
adicional devido ao fato da propagação da “onda” através da mola, aumentando a
deflexão entre espiras vizinhas.

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A tensão, devido à ondulação independente das dimensões da mola, é calculada pela


equação:

2⋅ ρ ⋅G
τO = v ⋅
g
[kgf cm 2 ] (5.29)

onde:
τ O => tensão transversal adicional devida à ondulação
v => velocidade de carregamento [cm s ]

ρ => densidade do material da mola [kgf cm 3 ]


G => módulo de elasticidade transversal kgf cm 2 [ ]
g => aceleração da gravidade cm s [ 2
]
Para as molas de aço, tem-se:
ρ = 0,00785 kfg cm 3
G = 800.000 kgf cm 2

e para a Aceleração da Gravidade, tem-se:


g = 980 cm s 2
Substituindo na equação (5.29), tem-se:

τ O = 3,58 ⋅ v [kgf cm 2 ] (5.30)

5.10.2. Vibração
Muitas vezes utilizamos molas em aplicações com movimento repetitivo muito
rápido entre espiras, como por exemplo as molas das válvulas de admissão de motores.
Nesses casos,o engenheiro de projetos deve verificar se as dimensões da mola
não criarão uma freqüência natural de vibração próxima da freqüência de aplicação da
força; se isso ocorrer, a mola entrará em ressonância e, como ela é praticamente livre de
amortecimento, as tensões internas seriam altíssimas.

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A freqüência natural de vibração é dada pela equação:

1
f = [Hz ] (5.31)
4⋅t
onde:
f => freqüência natural de vibração
t => tempo de propagação da onda no comprimento ativo da mola

La
t= [s] (5.32)
vO

onde:
La = π ⋅ D ⋅ Na => comprimento ativo do arame na mola [cm]
1
d G⋅g 2
vO = ⋅ => velocidade de propagação da onda [cm s ]
D 2⋅ ρ

substituindo os valores para molas de Aço ρ = 0,00785 kfg cm 3 , G = 800.000 kgf cm 2 e da

aceleração da gravidade g = 980 cm s 2 na equação acima, e substituindo os valores de


La e v 0 na expressão (5.32), tem-se:

D 2 ⋅ Na
t= [s] (5.33)
71130 ⋅ d

Para evitar a vibração da mola, a freqüência induzida pela força de operação da


mola “fi” deve ser no mínimo 15 vezes menor que a freqüência natural da mola “f”
calculada pela equação (5.31).
Então:
f
fi = [Hz ] (5.34)
15

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5.11. Carregamento Excêntrico


As molas devem ser, sempre que possível, carregadas através de seu eixo. Sempre
que isto não acontece, há redução na carga útil, devido à excentricidade do
carregamento. A carga excêntrica é calculada pela equação:

F⋅D
FE = [kgf ] (5.35)
2⋅e + D
onde:
FE => carga axial excêntrica

F => carga axial real [kgf ]


e => valor da excentricidade [cm]
D => diâmetro médio da mola [cm]

Figura (5.12)

5.12. Fadiga em Molas Helicoidais


5.12.1. Considerações Gerais
A maioria das molas estão sujeitas a cargas dinâmicas, algumas dessas molas
devem ser dimensionadas para uma vida finita, outras porém, para uma vida infinita.

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Exemplo:
- molas de interruptores elétricos, que estão sujeitas a alguns milhares de ciclos,
devem por isso ser dimensionadas para uma vida finita.
- Molas de válvulas de automóveis, que estão sujeitas a milhões de ciclos, devem
por isso ser dimensionadas para uma vida infinita.
As molas submetidas à ação de fadiga, podem ser analisadas pelos métodos descritos no
Capítulo 2, exceto o fator prático de concentração de tensões “kh” que para as molas será
substituído pelo Fator de Redução de Fadiga “ km ”, que já foi estudado no item (5.2) e é
calculado como sendo:

kw
km = [sem unidade] (5.7)
ks

onde:
4 ⋅ C − 1 0,615
kw = + => fator de curvatura de Wahl, ver equação (5.6)
4⋅C − 4 C
0,5
ks = 1+ => fator multiplicador devido ao esforço cortante, ver equação (5.3)
C

Estudos recentes comprovaram que a sensibilidade ao entalhe “q" para as molas é


maior que se esperava que fosse e, como os materiais utilizados na fabricação de molas
possuem altas durezas conforme pode se observar através da Figura (2.5 B), deve-se
adotar sempre o valor da sensibilidade ao entalhe igual à unidade.

q =1 [sem unidade]

então neste caso, o fator km = kh .

Então o fator modificador de concentração de tensões para molas “ke” usa-se a


mesma equação utilizada no Capítulo 2, ou seja:

1
ke = [sem unidade] (2.15)
kh
ficará sendo:

1
ke = [sem unidade] (5.36)
km

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5.12.2. Tensões Flutuantes


As molas nunca são utilizadas simultaneamente como molas de tração e
compressão, ou seja, as tensões nunca serão do tipo Tensão Alternada, os tipos de
tensão flutuantes mais comuns nas molas são as do tipo Tensão Variada, cujo diagrama
Tensão x Tempo é mostrado na Figura (2.7 A, pág. 73), onde a tensão mínima ocorre
quando a mola é montada com um pré-carregamento.
Situação pior ocorre quando não há pré-carregamento, ou seja, a tensão mínima é
zero e neste caso, a tensão passa a ser do tipo Tensão Intermitente, cujo diagrama
Tensão x Tempo é mostrado na Figura (2.7 B, pág. 73).
Então:
F max − F min
Fa = [kgf ] (5.37)
2

F max + F min
Fm = [kgf ] (5.38)
2

e as componentes da tensão são:

- Amplitude da tensão de torção

τ a = ks ⋅
8 ⋅ Fa ⋅ D
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.39)

- Tensão Média de Torção

τ m = ks ⋅
8 ⋅ Fm ⋅ D
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (5.40)

- Tensão Máxima de Torção


τ max = τ m + τ a [kgf cm 2 ] (5.41)

Como foi explicado no item (2.8.3), do Capítulo 2, não é necessário traçar-se o


Diagrama de Fadiga para Torção, basta que se verifiquem as duas condições a seguir:

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1ª Condição: Falha por Fadiga

τa =
τ FAD
LIM
[kgf cm 2 ] (2.29)
S

τa =
τ FAD [kgf cm 2 ] (2.30)
S
2ª Condição: Falha Estática

τ MAX = τ m + τ a ≤
τE
=τ [kgf cm 2 ] (2.31)
S

τ MAX = τ m + τ a ≤
τR
=τ [kgf cm 2 ] (2.32)
S

5.12.3. Tensão Limite de Fadiga para Molas


Como já vimos, as tensões atuantes nas molas são Tensões Transversais de
Cisalhamento devido ao esforço cortante e ao momento torçor, portanto, tem-se que
determinar uma Tensão Limite de Fadiga por Torção.
F.P. Zimmerli foi quem melhor estudou este assunto e determinou para surpresa
geral, que:
- as dimensões
- o material
- a resistência à tração
não possuem efeito sobre a Tensão Limite de resistência à fadiga por torção para uma
vida infinita das molas de até 10mm de diâmetro do arame. Zimmerli sugere os seguintes
valores para a Tensão Limite de resistência à fadiga por torção, para molas de aço com
materiais corda-de-piano, aço temperado em óleo, aço cromo-vanádio e aço cromo-silício.
- τ ' LIM
2
FAD = 3.160 kgf cm => Para molas não endurecidas superficialmente

- τ ' LIM
2
FAD = 4.740 kgf cm => Para molas endurecidas superficialmente por jato de areia

Os valores acima já estão corrigidos para os seguintes fatores:


- fator de superfície “ ka ”
- fator de tamanho “ kb ”

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E devem ser corrigidos ainda para os fatores:


- fator de confiabilidade “ kc ” (ver item (2.6.3))
- fator de temperatura “ kd ” (ver item (2.6.4))
- fator modificador de concentração de tensões “ ke ” (ver item (2.6.5))
- fator de efeitos diversos “ kf ” (ver item (2.6.6))

Então, a Tensão Limite de fadiga da mola será:

τ FAD
LIM
= kc ⋅ kd ⋅ ke ⋅ kf ⋅ τ ' LIM
FAD
[kgf cm 2 ] (5.42)

Quando a mola for dimensionada para uma vida finita é necessário se conhecer as
Tensões Limite de Escoamento e de Ruptura por Torção.
Do item (2.8.3), do Capítulo 2, tem-se:

τE =
σE [kgf cm 2 ] (2.20)
3

τR =
σR [kgf cm 2 ] (2.21)
3

Quanto às demais equações utilizadas no dimensionamento de uma mola para


uma vida finita, as mesmas são idênticas às estudadas no item (2.5) adaptadas apenas
para tensões transversais de cisalhamento.

Equação da linha τ − n (Tensão cisalhante – ciclos)

log τ FAD = −m ⋅ log n + b [kgf cm 2 ] (5.43)

Equação para o cálculo dos coeficientes da equação (5.41)


1 0,9 ⋅ τ
m= ⋅ log LIM R [sem unidade] (5.44)
3 τ FAD

(0,9 ⋅ τ R )2
b = log [sem unidade] (5.45)
τ FAD
LIM

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Equação para o cálculo do limite de resistência à fadiga por torção para uma vida finita

τ FAD =
10 b [kgf cm 2 ] (5.46)
nm

E, finalmente a equação para o cálculo do número de ciclos


b
10 m
n= 1
[ciclos] (5.47)
τ FAD m

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5.13. Roteiros para dimensionamento de Molas

5.13.1. Roteiro para dimensionamento de Molas sem Fadiga – Capítulo 5


a) Cálculo do Índice de Curvatura, ou Diâmetro Médio da Mola ou Diâmetro do Arame
D D
C= ou D =C⋅d ou d=
d C

escolher “ d ” padronizado nas tabelas (5.3) / (5.4)


=> 3 ≤ C ≤ 12 - recomendável
=> C = 8 à 10 - para molas industriais
=> C = 5 - para molas de válvulas e embreagens
b) Cálculo do Coeficiente Multiplicador do Esforço Cortante
0,5
ks = 1+
C
c) Cálculo da Tensão Resultante
8⋅ F ⋅ D
τ = ks ⋅
π ⋅d3
d) Escolha do material (ver tabela (5.2))
e) Cálculo do Coeficiente Linear e Angular da Reta
“Z” e “m” (ver tabela (5.2))
f) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura
z
σ R = m (“d” em mm)
d
g) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento
σ E = 0,75 ⋅ σ R (somente se “S" for em relação à σ E )
h) Cálculo da Tensão Limite Normal
σR σE
σ = ou σ =
S S
i) Cálculo da Tensão Admissível Transversal
σ
τ =
3

j) Verificação => Se {ττ ≤ τ OK


> τ reprojetar e/ou alterar material
k) Cálculo da Deflexão por Espira Ativa
y 8 ⋅ F ⋅ D3
=
Na d4 ⋅G
l) Cálculo do Passo
y y
p=d + +X⋅
Na Na
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m) Cálculo do Comprimento da Mola Livre ou o Número de Espiras Ativas


Ver fórmulas em função das extremidades – tabela (5.1)
n) Cálculo do Número de Espiras Totais
Nt = Na + Ni (para valores de Ni - ver tabela (5.1))
o) Cálculo da Deflexão
8 ⋅ F ⋅ D 3 ⋅ Na
y=
d4 ⋅G
p) Cálculo do Comprimento de Mola Comprimida
Ver fórmulas em função das extremidades – tabela (5.1)
q) Cálculo do ângulo de Inclinação da Espira
p
λ = arctg
π ⋅D

r) Verificação => Se { λλ ≤> λλ =reprojetar


12° OK

s) Cálculo do Comprimento Mínimo da Mola Livre


Lmin = H + (1 + X ) ⋅ y

t) 1ª Verificação da Flambagem => Se { L ≤ 4 ⋅ D OK (não flamba) => vai para (w)


L > 4 ⋅ D (pode flambar)
u) Cálculo do Comprimento Crítico de Flambagem
D2
Extremidades ficam paralelas => Lcrit = 2 ⋅ y + 5,56 ⋅
y

D2
Extremidades podem inclinar-se => Lcrit = y + 2,78 ⋅
y

v) 2ª Verificação da Flambagem => Se { L ≤ Lcrit OK (não flamba)


L > Lcrit (flamba : reprojetar ou guiar a mola)
w) Cálculo da Constante de Rigidez da Mola
d 4 ⋅G
k=
8 ⋅ D 3 ⋅ Na
x) Cálculo da Força Máxima da Mola
y max ⋅ d 4 ⋅ G
Fmax = (1 + X ) ⋅ F ou Fmax =
8 ⋅ D 3 ⋅ Na
y) Cálculo do Diâmetro Externo Variado
Para mola guiada externamente
1
(C + 1) 0,81 ⋅ Fmax ⋅ y max ⋅ G 2
y max = L − H = (1 + X ) ⋅ y e DE = ⋅
τT Na ⋅ d ⋅ C

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z) Cálculo da Tensão Resultante Máxima


8 ⋅ Fmax ⋅ D
τ max = k S ⋅
π ⋅d3

Verificação => Se { τ max ≤ τ OK


τ max > τ reprojetar

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5.13.2. Roteiro para dimensionamento de Molas com Fadiga – Capítulo 5

a) Cálculo do Índice de Curvatura, ou Diâmetro Médio da Mola ou Diâmetro do Arame


D D
C= ou D =C⋅d ou d=
d C
escolher “d” padronizado nas tabelas (5.3) / (5.4)
=> 3 ≤ C ≤ 12 - recomendável
=> C = 8 à 10 - para molas industriais
=> C = 5 - para molas de válvulas e embreagens
b) Cálculo do Coeficiente Multiplicador do Esforço Cortante
0,5
ks = 1+
C
c) Cálculo da Amplitude da Força
F − Fmin
Fa = max
2
d) Cálculo da Força Média
F + Fmin
Fm = max
2
e) Cálculo da Amplitude da Tensão
8 ⋅ Fa ⋅ D
τ a = ks ⋅
π ⋅d3
f) Cálculo da Tensão Média
8 ⋅ Fm ⋅ D
τ m = ks ⋅
π ⋅d3
g) Cálculo da Tensão Máxima
τ max = τ m + τ a
h) Cálculo da Tensão Limite de Fadiga

{
τ ' FAD =
LIM
3160 kgf cm 2 Molas não endurecidas superficialmente
4740 kgf cm 2 Molas endurecidas superficialmente
i.1) Cálculo dos Fatores de Confiabilidade e Efeitos Diversos
kc = kf = 1
i.2) Cálculo do Fator de Temperatura
344,4
kd = 1 para T ≤ 70°C ou kd = para T > 71°C
273,3 + T
i.3) Cálculo do Fator de Correção de Wahl
4 ⋅ C − 1 0,615
kw = +
4⋅C − 4 C
i.4) Cálculo do Fator de Redução devido à Fadiga
kw
km =
ks

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i.5) Cálculo do Fator Modificador de Concentração de Tensões


1
ke =
km
i.6) Cálculo da Tensão Limite de Fadiga para Vida Infinita
τ FAD
LIM
= kc ⋅ kd ⋅ ke ⋅ kf ⋅ τ ' LIM
FAD

j.1) Escolha do material (ver tabela (5.2))


j.2) Cálculo do Coeficiente Linear e Angular da Reta
“Z” e “m” (ver tabela (5.2))
j.3) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura
z
σ R = m (“d” em mm)
d
k.1) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento
σ E = 0,75 ⋅ σ R (somente se “S" for em relação à σ E )
k.2) Cálculo da Tensão Admissível Normal
σR σE
σ = ou σ =
S S
k.3) Cálculo da Tensão Admissível Transversal
σ
τ =
3

k.4) Verificação => Se {ττ max

max
≤ τ OK
> τ reprojetar e/ou alterar material
k.5.a) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura à Torção
σR
τR =
3
k.5.b) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento à Torção
σe
τe =
3
k.6) Cálculo do Coeficiente Angular da Equação τ − n
1 0,9 ⋅ τ
m= ⋅ log LIM R
3 τ FAD
k.7) Cálculo do Coeficiente Linear da Equação τ − n
(0,9 ⋅ τ R )2
b = log
τ FAD
LIM

k.8) Cálculo da Tensão à Fadiga para Vida Finita


10 b
τ FAD = m
n

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l) Cálculo dos Coeficientes de Segurança


=> Estático S = τ E τ max ou S = τ R τ max

=> Vida Infinita S = τ FAD


LIM
τA
=> Vida Finita S = τ FAD τ A
m) Cálculo da Deflexão por Espira Ativa
y 8 ⋅ F ⋅ D3
=
Na d4 ⋅G
n) Cálculo do Passo
y y
p=d + +X⋅
Na Na
o) Cálculo do Comprimento da Mola Livre ou o Número de Espiras Ativas
Ver fórmulas em função das extremidades – tabela (5.1)
p) Cálculo do Número de Espiras Totais
Nt = Na + Ni (para valores de Ni - ver tabela (5.1))
q) Cálculo da Deflexão
8 ⋅ F ⋅ D 3 ⋅ Na
y=
d4 ⋅G
r) Cálculo do Comprimento de Mola Comprimida
Ver fórmulas em função das extremidades – tabela (5.1)
s.1) Cálculo do ângulo de Inclinação da Espira
p
λ = arctg
π ⋅D

s.2) Verificação => Se { λλ ≤> λλ =reprojetar


12° OK

t.1) Cálculo do Comprimento Mínimo da Mola Livre


Lmin = H + (1 + X ) ⋅ y

t.2) 1ª Verificação da Flambagem => Se { L ≤ 4 ⋅ D OK (não flamba) => vai para (v.1)
L > 4 ⋅ D (pode flambar)
u.1) Cálculo do Comprimento Crítico de Flambagem
D2
Extremidades ficam paralelas => Lcrit = 2 ⋅ y + 5,56 ⋅
y

D2
Extremidades podem inclinar-se => Lcrit = y + 2,78 ⋅
y

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u.2) 2ª Verificação da Flambagem => Se { L ≤ Lcrit OK (não flamba)


L > Lcrit (flamba : reprojetar ou guiar a mola)
v.1) Cálculo da Constante de Rigidez da Mola
d4 ⋅G F F F F − Fmin
k= = = max = min = max
8 ⋅ D ⋅ Na y y max y min
3
∆y
v.2) Cálculo da Força Máxima da Mola
y ⋅d4 ⋅G
Fmax = (1 + X ) ⋅ F = max 3
8 ⋅ D ⋅ Na
w) Cálculo do Diâmetro Externo Variado
Para mola guiada externamente
1
(C + 1) 0,81 ⋅ Fmax ⋅ y max ⋅ G 2
y max = L − H = (1 + X ) ⋅ y e DE = ⋅
τT Na ⋅ d ⋅ C
x) Cálculo da Tensão Resultante Máxima
8 ⋅ Fmax ⋅ D
τ max = k S ⋅
π ⋅d3

Verificação => Se { τ max ≤ τ OK


τ max > τ reprojetar
y) Cálculo do Tempo para Propagação da Onda
D 2 ⋅ Na
t=
71130 ⋅ d
z.1) Cálculo da Freqüência Natural
1
f =
4⋅t
z.2) Cálculo da Máxima Freqüência Induzida pela Força
f
fi =
15

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5.14. EXERCÍCIOS

5.14.1 Projetar uma mola helicoidal de compressão em aço para utilização em uma
máquina industrial, para suportar uma carga F=38kgf, sendo que o seu diâmetro médio
por razões construtivas deverá ser D=5cm e seu comprimento livre deverá ser
aproximadamente L=23,0cm, com extremidade em esquadro esmerilhada, compressão
com extremidades paralelas, material: SAE1065, e com folga para que as espiras não se
toquem X=15%. Adotar coeficiente de segurança S=2,5 em relação à tensão de
escoamento.

Resolução:
a) Cálculo do diâmetro do arame (d )
D
Da equação (5.2): d =
C
Da tabela (5.0, pág. 194): Mola industrial => 8 ≤ C ≤ 10 , então:
5
para C = 8 => d = => d = 0,625cm
8
5
para C = 10 => d = => d = 0,50cm
10

b) Cálculo do coeficiente multiplicador do esforço cortante (ks )


0,5
Da equação (5.3): ks = 1+
C
0,5
para d = 0,625cm => ks = 1 + => ks = 1,0625
8
0,5
para d = 0,50cm => ks = 1 + => ks = 1,050
10
c) Cálculo da Tensão Resultante (τ )
8⋅ F ⋅ D
Da equação (5.4): τ = ks ⋅
π ⋅d3
8 ⋅ 38 ⋅ 5
para d = 0,625cm => τ = 1,0625 ⋅ => τ = 2106 kgf cm
2

π ⋅ 0,625 3

8 ⋅ 38 ⋅ 5
para d = 0,50cm => τ = 1,050 ⋅ => τ = 4064 kgf cm
2

π ⋅ 0,5 3

d) Escolha do material (ver tabela (5.2), pág. 204)


Deve-se escolher o material em função de:
- Faixa de “d”
- Faixa de “temperatura”
- Características
- Custo
∴ SAE1065

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e) Cálculo do coeficiente linear (Z ) e angular da reta (m )


Da tabela (5.2, pág. 204): Z = 19170
m = 0,186

f) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura (σ R )


z
Da equação (5.21): σ R = m (“d” em mm)
d
19170
para d = 0,625cm => σ R = 0 ,186
=> σ R = 13633 kgf cm 2
6,25
19170
para d = 0,50cm => σ R = 0 ,186
=> σ R = 14211 kgf cm 2
5,0

g) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento (σ E )


Da equação (5.22): σ E = 0,75 ⋅ σ R (somente se “S" for em relação à σ E )
para d = 0,625cm => σ E = 0,75 ⋅ 13633 => σ E = 10225 kgf cm 2
para d = 0,50cm => σ E = 0,75 ⋅ 14211 => σ E = 10658 kgf cm 2

h) Cálculo da Tensão Admissível Normal (σ )


σE
Da equação (1.2): σ =
S
10225
para d = 0,625cm => σ = => σ = 4090 kgf cm 2
2,5
10658
para d = 0,50cm => σ = => σ = 4263 kgf cm 2
2,5

i) Cálculo da Tensão Admissível Transversal (τ )


σ
Da equação (1.3): τ =
3
4090
para d = 0,625cm => τ = = 2361 kgf cm 2
3
4263
para d = 0,50cm => τ = = 2461 kgf cm 2
3

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j) Verificação
para d = 0,625cm => τ = 2106 kgf cm 2 ≤ τ = 2361 kgf cm 2 => OK
para d = 0,50cm => τ = 4064 kgf cm 2 > τ = 2461 kgf cm 2 => Não é possível

escolha do “d” padronizado => conforme tabela (5.3, pág. 205) => d = 0,63cm
recalculando para d = 0,63cm , tem-se:
D 5
j.a) C = => C = => C = 7,94
d 0,63

0,5 0,5
j.b) ks = 1 + => ks = 1 + => ks = 1,063
C 7,94
8⋅ F ⋅ D 8 ⋅ 38 ⋅ 5
j.c) τ = ks ⋅ => τ = 1,063 ⋅ => τ = 2057 kgf cm
2

π ⋅d 3
π ⋅ 0,63 3

j.d) Material SAE1065

j.e) Da tabela (5.2, pág. 204) => Z = 19170 e m = 0,186

z 19170
j.f) σ R = m
=> σ R = 0 ,186
=> σ R = 13613 kgf cm 2
d 6,3

j.g) σ E = 0,75 ⋅ σ R => σ E = 0,75 ⋅ 13613 => σ E = 10210 kgf cm 2

σE 10210
j.h) σ = => σ = => σ = 4084 kgf cm 2
S 2,5

σ 4084
j.i) τ = => τ = = 2358 kgf cm 2
3 3
j.j) Verificação => τ = 2057 kgf cm 2 ≤ τ = 2358 kgf cm 2 => OK !!!

k) Cálculo da Deflexão por espira ativa ( y Na )


Da equação (5.14):
y 8 ⋅ F ⋅ D3 y 8 ⋅ 38 ⋅ 5 3 y
= => = => = 0,3015 cm espira ativa
Na d ⋅G
4
Na 0,63 ⋅ 800000
4
Na

l) Cálculo do Passo ( p )
Da equação (5.20):
y y
p=d + +X⋅ => p = 0,63 + 0,3015 + 0,15 ⋅ 0,3015 => p = 0,97676cm
Na Na

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m) Cálculo do número de espiras ativas ( Na )


- extremidade em esquadro esmerilhada
- tabela (5.1, pág. 202) => L = p ⋅ Na + 2 ⋅ d
L −2⋅d 23 − 2 ⋅ 0,63
Na = => Na = => Na = 22,25 espiras
p 0,97676
Adotado => Na = 22 espiras

n) Cálculo do número de espiras totais ( Nt )


- extremidade em esquadro esmerilhada
- tabela (5.1, pág. 202) => Nt = Na + 2
Nt = Na + 2 => Nt = 22 + 2 => Nt = 24 espiras

o) Cálculo da Deflexão ( y )

8 ⋅ F ⋅ D 3 ⋅ Na 8 ⋅ 38 ⋅ 5 3 ⋅ 22
Da equação (5.14): y= => y = => y = 6,63cm
d4 ⋅G 0,63 4 ⋅ 800000

p) Cálculo do comprimento da mola comprimida (H )


- extremidade em esquadro esmerilhada
- tabela (5.1, pág. 202) => H = d ⋅ ( Na + 2)
H = d ⋅ ( Na + 2) => H = 0,63 ⋅ (22 + 2) => H = 15,12cm

q) Cálculo do ângulo de inclinação da espira (λ )


p 0,97676
Da equação (5.8): λ = arctg => λ = arctg => λ = 3,56°
π ⋅D π ⋅5

r) Verificação (λ ≤ λ )

Da equação (5.8A): λ = 3,56º ≤ λ = 12° => OK !!!

s) Cálculo do comprimento mínimo da mola livre (Lmin )


Da equação (5.19):
Lmin = H + (1 + X ) ⋅ y => Lmin = 15,12 + (1 + 0,15) ⋅ 6,63 => Lmin = 22,75cm
ou
Da Tabela (5.1), pág. 202:
L = p ⋅ Na + 2 ⋅ d => L = 0,97676 ⋅ 22 + 2 ⋅ 0,63 => L = 22,75cm

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t) 1ª Verificação da flambagem
Da equação (5.23) ou (5.24):

Se { L ≤ 4 ⋅ D OK (não flamba)
L > 4 ⋅ D (pode flambar)
L = 22,75cm > 4.D => L = 22,75cm > 4.5 => L = 22,75cm > 20cm => pode flambar

u) Cálculo do comprimento crítico de flambagem (Lcrit )

Como as extremidades ficam paralelas


Da equação (5.25):
D2 52
Lcrit = 2 ⋅ y + 5,56 ⋅ => Lcrit = 2 ⋅ 6,63 + 5,56 ⋅ => Lcrit = 34,2cm
y 6,63

v) 2ª Verificação da flambagem
Da equação (5.27):

Se { L ≤ Lcrit OK (não flamba)


L > Lcrit (flamba : reprojetar ou guiar a mola)
L = 22,75cm ≤ Lcrit = 34,2cm => OK !!!

w) Cálculo da constante de rigidez da mola (k )


d 4 ⋅G 0,63 4 ⋅ 800000
Da equação (5.17): k= => k = => k = 5,73 kgf cm
8 ⋅ D 3 ⋅ Na 8 ⋅ 53 ⋅ 22

x) Cálculo da Força máxima na mola (Fmax )


Da equação (5.28A): Fmax = (1 + X ) ⋅ F => Fmax = (1 + 0,15) ⋅ 38 => Fmax = 43,7 kgf

z) Cálculo da Tensão Resultante Máxima (τ max )


Da equação (5.4):
8 ⋅ Fmax ⋅ D 8 ⋅ 43,7 ⋅ 5
τ max = k S ⋅ => τ max = 1,063 ⋅ => τ max = 2365 kgf cm 2
π ⋅d 3
π ⋅ 0,63 3

Verificação

Se {ττ max

max
≤ τ OK
> τ reprojetar

τ max = 2365 kgf cm 2 ≤ τ = 2358 kgf cm 2 => OK !!! (pois a diferença é muito pequena).

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5.14.2 Projetar uma mola helicoidal de compressão com os seguintes dados:


- Material: Corda de piano SAE1095
- Diâmetro do arame: d=3,06mm
- Diâmetro médio da mola: D=30mm
- Comprimento livre: L=85mm
- Número de espiras ativas: Na=15 espiras
- Tipo de extremidades: esquadro esmerilhada
- Mola não endurecida superficialmente
- Força mínima: 4kgf
- Força máxima: 10kgf
- Temperatura: 80°C
Pede-se:
- Qual o coeficiente de segurança estático?
- Qual o coeficiente de segurança para vida infinita?
- Qual o coeficiente de segurança para vida finita? (n=40.000 ciclos)
- Qual a freqüência natural da mola?
- Qual a freqüência induzida pela força?

a) Cálculo do Índice de Curvatura (C )


D 3
Da equação (5.2): C= = => C = 9,8
d 0,306

b) Cálculo do Coeficiente Multiplicador do Esforço Cortante (ks )


0,5 0,5
Da equação (5.3): ks = 1 + = 1+ => ks = 1,051
C 9,8

c) Cálculo da Amplitude da Força (Fa )


Fmax − Fmin 10 − 4
Da equação (5.37): Fa = = => Fa = 3kgf
2 2

d) Cálculo da Força Média (Fm )


Fmax + Fmin 10 + 4
Da equação (5.38): Fm = = => Fm = 7 kgf
2 2

e) Cálculo da Amplitude da Tensão (τ a )


8 ⋅ Fa ⋅ D 8⋅3⋅3
Da equação (5.39): τ a = ks ⋅ = 1,051 ⋅ => τ a = 841 kgf cm 2
π ⋅d 3
π ⋅ 0,306 3

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f) Cálculo da Tensão Média (τ m )


8 ⋅ Fm ⋅ D 8⋅7⋅3
Da equação (5.40): τ m = ks ⋅ = 1,051 ⋅ => τ m = 1961 kgf cm 2
π ⋅d 3
π ⋅ 0,306 3

g) Cálculo da Tensão Máxima (τ max )


Da equação (5.41): τ max = τ m + τ a = 1961 + 841 => τ max = 2802 kgf cm 2

h) Cálculo da Tensão Limite de Fadiga (Zimmerli) τ ' LIMFAD ( )


Do item (5.12.3): τ ' FAD = 3160 kgf cm
LIM 2

i.1) Cálculo dos Fatores de Confiabilidade (kc ) e Efeitos Diversos (kf )


kc = kf = 1

i.2) Cálculo do Fator de Temperatura (kd )


344,4 344,4
Da equação (2.13): kd = = => kd = 0,975
273,3 + T 273,3 + 80

i.3) Cálculo do Fator de Correção de Wahl (kw)


4 ⋅ C − 1 0,615 4 ⋅ 9,8 − 1 0,615
Da equação (5.6): kw = + = + => kw = 1,148
4⋅C − 4 C 4 ⋅ 9,8 − 4 9,8

i.4) Cálculo do Fator de Redução devido à Fadiga (km )


kw 1,148
Da equação (5.7): km = = => km = 1,092
ks 1,051

i.5) Cálculo do Fator Modificador de Concentração de Tensões (ke )


1 1
Da equação (5.36): ke = = => ke = 0,916
km 1,092

i.6) Cálculo da Tensão Limite de Fadiga para Vida Infinita τ FAD


LIM
( )
Da equação (5.42):
τ FAD
LIM
= kc ⋅ kd ⋅ ke ⋅ kf ⋅ τ ' LIM
FAD = 1 ⋅ 0,975 ⋅ 0,916 ⋅ 1 ⋅ 3160 => τ FAD = 2822 kgf cm
LIM 2

j.1) Escolha do material (ver tabela (5.2, pág. 204))


Deve-se escolher o material em função de:
- Faixa de “d”
- Faixa de “temperatura”
- Características
- Custo
∴ SAE1095

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j.2) Cálculo do Coeficiente Linear (Z ) e Angular da Reta (m )


Pela tabela (5.2, pág. 204): Z = 22130 kgf cm 2 e m = 0,146

j.3) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura (σ R )


z 22130
Da equação (5.21): σR = m = => σ R = 18796 kgf cm 2
d 3,06 0,146

k.1) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento (σ E )


Da equação (5.22): σ E = 0,75 ⋅ σ R = 0,75 ⋅18796 => σ E = 14097 kgf cm 2

k.5a) Cálculo da Tensão Limite de Ruptura à Torção (τ R )


σR 18796
Da equação (1.3): τR = = => τ R = 10852 kgf cm 2
3 3

k.5b) Cálculo da Tensão Limite de Escoamento à Torção (τ E )


σE 14097
Da equação (1.3): τE = = => τ E = 8139 kgf cm 2
3 3

k.6) Cálculo do Coeficiente Angular da Equação τ − n (m )


1 0,9 ⋅ τ 1 0,9 ⋅ 10852
Da equação (5.44): m = ⋅ log LIM R = ⋅ log => m = 0,180
3 τ FAD 3 2822

k.7) Cálculo do Coeficiente Linear da Equação τ − n (b )

Da equação (5.45): b = log


(0,9 ⋅ τ R )2 = log
(0,9 ⋅10852)2 => b = 4,529
τ FAD
LIM
2822

k.8) Cálculo da Tensão à Fadiga para Vida Finita (τ FAD )

10 b 10 4,529
Da equação (5.46): τ FAD = m
= 0 ,180
=> τ FAD = 5033 kgf cm 2
n 40000

l.1) Cálculo do Coeficiente de Segurança Estático (S est )

τE 8139
Da equação (2.31): S est = = => Sest = 2,9
τ max 2802

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l.2) Cálculo do Coeficiente de Segurança para Vida Infinita (S vida infinita )

τ FAD
LIM
2822
Da equação (2.29): S vida infinita = = => S vida infinita = 3,4
τa 841

l.3) Cálculo do Coeficiente de Segurança para Vida Finita (S vida finita )

τ FAD 5033
Da equação (2.30): S vida finita = = => S vida finita = 6,0
τa 841

y) Cálculo do Tempo para Propagação da Onda (t )


D 2 ⋅ Na 32 ⋅15
Da equação (5.33): t= = => t = 0,0062 seg
71130 ⋅ d 71130 ⋅ 0,306

z.1) Cálculo da Freqüência Natural ( f )


1 1
Da equação (5.31): f = = => f = 40 Hz
4 ⋅ t 4 ⋅ 0,0062

z.2) Cálculo da Máxima Freqüência Induzida pela Força ( fi )


f 40
Da equação (5.34): fi = = => fi = 2,6 Hz
15 15

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