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A estrutura das revoluções artísticas – Resenha.

Francisco Maykon Honorio Lopes.

No inicio do capitulo o autor traz a seguinte indagação “É possível construir com


referência ao devir das artes um discurso análogo ao proposto por Thomas Kuhn na sua
obra de 1962, de cujo título este ensaio parte e recebe inspiração?”. Ao primeiro momento
segundo o autor parece ser mais fácil falar das artes, pois não há nas artes um valor base
tão claro e indiscutível, diferente da ciência que é questionada e medida, para se aferir e
construir um conhecimento claro. A arte não precisa de explicação, o conceito de o que é
arte não pode ser subjugado por qualquer um, cada indivíduo possui conceito sobre a arte,
diferente da ciência, que sempre está sendo refutado para se aproximar ao máximo de
uma verdade.
No mundo das artes o desenvolvimento das revoluções parece ser muito mais
livre, sem limites para criatividade, sem preocupações com validade, verdade e
verificabilidade. Diferente da ciência que precisa preocupar com vários fatores como
acima citado, porém perde-se muito neste processo, talvez se a ciência se aproximasse
das artes nestes aspectos teríamos uma riqueza maior de verdades sendo descobertas.
Segundo Vattimo, surge um problema quando se pensa em uma aproximação da
ciência com o a artes, os termos nas artes, não são bem definidos e fica difícil uma
aproximação com a ciência, pois possuem paradigmas diferentes, um desses paradigmas
é que a arte não pode ser determinada exclusivamente pelos procedimentos de avaliação
da ciência normal, pois esses procedimentos dependem em parte de um paradigma
particular e este é justamente posto em discussão. Segundo o autor toda a argumentação
que queira fundar de maneira demonstrativa entre paradigmas é necessariamente circular,
porém qualquer que seja a sua força, o status de argumentação circular é apenas o da
persuasão. Eis o grande o problema, a ciência não pode valer-se apenas de valores de
persuasão, ela precisa de outros valores e mesmo uma revolução artística que tem grandes
efeitos impactantes ainda possui um discurso circular e assim torna-se mais objeto de
persuasão do que de demonstração.
Vattimo afirma que Thomas Kuhn contrapõem duas historicidades a da arte e a
da ciência, uma aparentemente normal feitas por cientistas e todo o seu conhecimento e
outro por artistas.
No seguir do texto o autor trará entrelaçamentos e fatos de filósofos que ajudarão
a construir e desmiuçar a estrutura das revoluções artísticas.
De um modo geral, Vattimo vê todas esses fatos e modificações de maneira
positiva, que permite vislumbrar esse estado de um novo modo. “Se, desse modo, a
própria noção de revolução artística, tomada nesse jogo de ‘desfundamento’, perder
significado, talvez se abra um caminho para um diálogo do pensamento com a poesia,
com vistas ao que, na filosofia contemporânea, se reapresenta continuamente como o
possível, conquanto problemático, ultrapassamento da metafísica” (VATTIMO,1996, p.
106)
Assim talvez possamos pensar a ciência de maneira mais artísticas, porém, sem
perder todos os seus paradigmas que faz ela ser ciência. E quando pensamos de fazer
pesquisa científica na área das artes, esta demanda se torna muito mais importante, pois
a dita “ciência dura” muitas vezes não consegue explicar a arte, ou explica de maneira
superficial.
Entendo este texto de Vattimo, como um possível para criação de uma
dissertação em música, como a possibilidade de um diferencial, porém sem perder sua
cientificidade, mas que algo que se aproxime muito mais das artes do que outras ciências,
afinal se a pesquisa é em música, por que tenho que me aproximar muito mais matemática
ou da física para explicar e demonstrar um fenômeno musical.
Por fim, o texto ajudou-me pensar um pouco sobre esse possível, que é iniciar
uma pesquisa em música ou educação musical, mas não esquecendo o meu ser artista e
sem desobedecer aos paradigmas científicos para uma boa produção acadêmica.

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