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FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

PATRICIA MARIA NEVES EMÍDIO - RM - 21835224077

CODEPENDÊNCIA: COMORBIDADE OU
PROBLEMATIZAÇÃO INFUNDADA?

SÃO PAULO

2019
FACULDADE PAULISTA DE SÃO CAETANO DO SUL

PATRICIA MARIA NEVES EMÍDIO - RM - 21835224077

CODEPENDÊNCIA: COMORBIDADE OU
PROBLEMATIZAÇÃO INFUNDADA?

Trabalho mensal da disciplina Drogas:


Caracterização. Contexto familiar e
codependência, prof. João Pentagana,
como exigência para o curso de Saúde
Mental e Psiquiatria pela Faculdade Paulista
de São Caetano do Sul.

SÃO PAULO

2019
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................... 4

2. ESTUDO REALIZADO POR MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009...... 6

2.1 Caracterização do estudo ....................................................... 6

2.2 Contexto/ local do estudo......................................................... 6

2.3 Participantes do estudo............................................................ 6

2.4 Procedimentos e instrumentos para a produção dos dados .... 7

2.5 Resultados e discussão ........................................................... 7

2.6 Considerações finais dos autores ............................................ 8

3. CONCLUSÃO ........................................................................................ 9

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 10


1. INTRODUÇÃO

O consumo desenfreado de drogas psicoativas, motivado pelas funções


e vivências sociais pode, muitas vezes ser encarado como uma expressão da
pessoa em si mesma. É uma prática que envolve o sujeito central, os outros
sujeitos que o cercam e o ambiente onde este está alocado.

A globalização faz com que o consumo de drogas ultrapasse as fronteiras


nacionais e, acima de tudo, esteja fora de controle de grandes ações
governamentais, tornando-se um grande problema de saúde pública.

No Brasil, o uso de drogas tem se tornado mais presente e complexo, o


que dificulta a abordagem dos sujeitos envolvidos, sejam eles usuários, sejam
os familiares dos usuários. As políticas públicas voltadas para esse problema
não conseguem vencer o avanço das drogas, sem dispositivos legais que
contemplem essa realidade, a família brasileira acaba sendo atingida por mais
esse fenômeno.

Segundo Moraes, Braga, Souza e Oriá (2009, p. 35):

A dinâmica da família revela significativa rede de


apoio nas diversas situações da vida real, além da
“grande e árdua” tarefa de educar os filhos. Na
elaboração de uma “rede de apoio ou o sistema
terapêutico”, são solicitados e valorizados os recursos da
própria família (nuclear e ampliada)

Quando temos essa solicitação, nem sempre a família consegue atender


a demanda de ajudar sem se prejudicar nessa caminhada e, na assistência ao
dependente químico, a pouca atenção de profissionais da saúde faz com que a
qualidade de vida dos envolvidos torna-se ruim, aqui temos uma base do que é
a codependência. Em definições gerais, podemos entender que a
codependência é quando a família sofre junto com o dependente químico não
sabendo o que fazer para ajudá-lo ou não tendo forças para lidar com essa
situação. (MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

Ainda para Moraes, Braga, Souza e Oriá (2009, p. 35):


(...) um codependente pode ser definido da seguinte
forma: [...] refere-se àquela pessoa que convive de forma
direta com algum sujeito que apresenta alguma
dependência química, e em especial, ao álcool. E por
extensão às pessoas que por qualquer outro motivo
viveram uma prolongada relação parentalizada na família
de origem, assumindo precocemente responsabilidades
inadequadas para a idade e o contexto cultural. [...] é uma
doença crônica e progressiva.

Entende-se por codependência uma doença crônica que o dependente


consegue, por meio do seu comportamento adicto, desenvolver na sua
parentela, ou nas pessoas que convivem com ele. De fato, essa doença não
acomete apenas os dependentes de álcool, mas, podemos observá-la na
família e parentela de qualquer dependente, indeferindo da droga que utiliza.

Ao considerarmos indispensável a atuação da família na recuperação ou


redução de danos de um dependente químico, percebemos que o
codependente é o parceiro indissociável do dependente químico que, ao
expressar desejo de ajudar, deve ser chamado a participar do tratamento, pois
constitui um recurso importante pelo poder que exerce sobre o conjunto de
relações nas quais o toxicômano é o elemento central. (MORAES, BRAGA,
SOUZA E ORIÁ, 2009)

Ao entendermos a importância da família no processo de recuperação e


reinserção social do dependente químico constroem-se redes sociais de apoio
a ele, e essas precisam ter laços de parceria fundamentais, pois, são essas
redes que garantirão um desenvolvimento de relações mais sadias e/ou
significativas, essa integração famíliaequipe multidisciplinar  Adicto pode
facilitar sua recuperação, proporcionando modos de enfrentamento que
resultarão em melhor qualidade de vida para todos os envolvidos e vitimas das
drogas de maneira geral. (MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

Para ilustrarmos o que é a codependência, optamos por reproduzir um


estudo de caso de MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ (2009) que tem como
importante pergunta de pesquisa a que segue: “Como a codependência é
expressa em membros familiares de dependentes químicos?” (MORAES,
BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009, p. 35) a resposta foi alcançada nas conclusões
do estudo e vamos comentar em nossa própria conclusão.

2. ESTUDO REALIZADO POR MORAES, BRAGA, SOUZA E

ORIÁ, 2009

2.1 Caracterização do estudo

O desenvolvimento do estudo se deu com familiares de dependentes


químicos em tratamento, os autores utilizaram o grupo como dispositivo para a
expressão de sentimentos e subjetividades quanto à vivência deles com a
dependência química de seus parentes.

A partir de um estudo qualitativo os autores frisaram a importância do


processo grupal, que está centrada nos cuidados de saúde e tem como noção
de que: se qualquer grupo apresentar apoio, tarefa ou psicoterapia, é um apoio
para os envolvidos nesse sistema.

2.2 Contexto/ local do estudo

O estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção Psicossocial


especializado no tratamento de usuários de álcool e outras drogas (CAPS-ad)
da Secretaria Executiva Regional III (SER III) da Prefeitura Municipal de
Fortaleza, em convênio com a Universidade Federal do Ceará (UFC)-CE.
(MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

O serviço possui uma equipe de profissionais composta de enfermeiro,


médico psiquiatra, médico clínico, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente
social, técnico de enfermagem, técnico administrativo e auxiliar de serviços
gerais. Possui espaço para atendimentos individual e grupal. (MORAES,
BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

2.3 Participantes do estudo

Os participantes foram componentes familiares que se encontravam na


condição de acompanhantes dos dependentes químicos que estavam sendo
assistidos no CAPS-ad escolhido para a realização da pesquisa. (MORAES,
BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

2.4 Procedimentos e instrumentos para a produção dos

dados

Realizamos um estudo grupal por meio de oficinas de vivências, como


forma de avaliar o processo grupal ocorrido com os familiares, no qual a
utilização de recursos artísticos foi a orientação metodológica seguida.
(MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

Para a produção de dados, os autores envolvidos seguiram três fases:


planejamento, intervenção e avaliação. A fase de planejamento correspondeu à
etapa dos objetivos; a de intervenção, às etapas de estruturação e processo; e,
por último, a de avaliação, correlata aos resultados do grupo. (MORAES,
BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009)

2.5 Resultados e discussão

A partir da abordagem teórica de codependência os autores revelaram


aspectos intrínsecos da vivência dos familiares, comprovando a
codependência.

Com maior ou menor intensidade, todos os


familiares que compuseram o grupo se encontravam
emocionalmente dependentes de seus filhos, filhas,
esposos ou irmãos dependentes químicos; desconheciam
parte de sua realidade; não conseguiam estabelecer
limites, para si e para o parente dependente químico;
perderam parte, ou totalmente, de sua identidade e
autonomia, passando a viver a vida do outro, a quem
queriam controlar e conduzir os pensamentos e o
comportamento. (MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ,
2009, p. 37)
Alguns sentimentos, pensamentos e comportamentos foram mais
aparentes nesse estudo, como por exemplo: o medo, a culpa, o
cuidado/controle, desconfiança e a mudança no estilo de vida.

2.6 Considerações finais dos autores

Neste estudo, identificou-se que os familiares sofrem


com a condição de dependência química de seus entes
queridos e manifestam esse sofrimento por meio de
diversos sentimentos e mudanças no estilo de vida.
(MORAES, BRAGA, SOUZA E ORIÁ, 2009, p. 41)

Ao conhecermos essas conclusões dos autores podemos, analisar e tirar


as nossas próprias conclusões sobre a codependência, mas, acima de tudo,
podemos entender que ao conhecermos os indicares de codependência
existentes na vida de um familiar do adicto que é assistido, podemos interferir
nas redes de relações, no processo de adoecimento de todos os envolvidos e,
por fim, auxiliar com os tratamentos, não apenas do dependente químico, mas,
também da família.
3. CONCLUSÃO

A codependência é um problema de saúde pública, tanto quando a


expansão das drogas. Não a toa que tornou-se um tema de pesquisa de campo
para entendermos o que realmente é importante diante dos problemas que o
um adicto causa para si e para aqueles que o rodeiam.

Entender que a codependência pode funcionar como uma comorbidade


do vício em drogas, sejam elas quais forem, é de extrema importância para um
profissional que quer atuar em saúde pública ou com saúde mental e
psiquiatria, afinal, um doente pode e vai afetar a família inteira.

A família é de extrema importância para auxiliar um viciado em sua recuperação,


mas não podemos esquecer que nada do que fizermos pelo adicto terá efeito concreto
se não nos apegarmos a família também, esse é o meio em que ele vive e é esse meio
que poderá auxiliar ainda mais ao trabalho da equipe multidisciplinar que precisa lidar
com esse problema de saúde pública, muitas vezes, sem recurso.

Por fim, podemos concluir que a codependência existe, precisamos ter um olhar
sensível, empático e real para os sentimentos, pensamentos e comportamentos da
família, afinal é nesse primeiro ambiente de socialização que a ressocialização poderá
acontecer após um período duro de combate as drogas.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES, Leila Memória Paiva; BRAGA, Violante Augusta Batista;


SOUZA, Ângela Maria Alves e; ORIÁ, Mônica Oliveira Batista. Expressão da
codependência em familiares de dependentes químicos. remE - Rev. Min.
Enferm.;13(1): 34-42, jan./mar., 2009. Disponível em http://www.reme.org.br/c
ontent/imagebank/pdf/v13n1a06.pdf Acesso em 30 de Abril de 2019

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