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QUESTÕES – PROCESSO PENAL V

1- De acordo com o CPP, a competência NÃO será determinada por conexão:


a) quando ocorrer duas ou mais infrações, estas houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por
várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar.
b) quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração.
c) quando ocorrer duas ou mais infrações, estas houverem sido umas praticadas para facilitar ou
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.
d) quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.
e) quando ocorrer duas ou mais infrações, estas houverem sido praticadas por várias pessoas,
umas contra as outra.

Gabarito: B
Art. 76, CPP. A competência será determinada pela conexão:
I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por
várias pessoas, umas contra as outras;
II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para
conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.
Art. 77, CPP. A competência será determinada pela continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e
54 do Código Penal.

2 - Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – Se um indivíduo é preso trazendo mercadoria proibida do exterior e, durante a busca, é
encontrado um revólver que lhe pertencia, haverá há conexão entre estes crimes, devendo
ambos serem julgados pena Justiça Federal.

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II – Se determinada pessoa comete peculato contra a Administração Pública estadual,
apropriando-se indevidamente de certas quantias e omite o recebimento de tais rendimentos
na declaração do imposto de renda, cometendo, assim, crime de sonegação fiscal, entre esses
dois delitos há uma conexão instrumental, probatória ou processual, razão pela qual deverão
ser julgados conjuntamente.
III – Se um determinado indivíduo é preso trazendo consigo maconha e dinheiro falso, os crimes
deverão ser julgados separadamente. Assim, o tráfico de drogas será julgado pela Justiça
Estadual e o delito de moeda falsa pela Justiça Federal.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: D
I – INCORRETA - Imagine que “X” foi preso trazendo mercadoria proibida do exterior
(contrabando) e, durante a busca, foi encontrado um revólver que lhe pertencia. Não há conexão
entre estes crimes. Logo, deverão ser julgados separadamente. Assim, o contrabando será julgado
pela Justiça Federal e o porte de arma de fogo pela Justiça Estadual. STJ. 3ª Seção. CC 120630-PR,
Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora convocada do TJ-PE), julgado em
24/10/2012 (Info 507).
II – CORRETA - Determinada pessoa comete peculato (art. 312 do CP) contra a Administração
Pública estadual, apropriando-se indevidamente de certas quantias, delito de competência da
Justiça Estadual. Esse indivíduo omite o recebimento de tais rendimentos na declaração do
imposto de renda, cometendo, assim, crime de sonegação fiscal (art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90), de
competência da Justiça Federal. Entre esses dois delitos há uma conexão instrumental, probatória
ou processual (art. 76, III, do CPP), razão pela qual deverão ser julgados conjuntamente. Compete
à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e
estadual (Súmula 122 do STJ). É de se ressaltar que a competência da Justiça Federal permanece
mesmo estando a ação penal pelo crime contra a ordem tributária suspensa, em razão da adesão
ao REFIS (parcelamento da dívida tributária), porquanto aplica-se, por analogia, o disposto no art.
81, caput, do CPP. STJ. 3ª Seção. CC 121022-AC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
10/10/2012 (Info 506).
III – CORRETA - Imagine que “A” foi preso trazendo consigo maconha e dinheiro falso. Não há
conexão entre estes crimes. Logo, deverão ser julgados separadamente. Assim, o tráfico de drogas
será julgado pela Justiça Estadual e o delito de moeda falsa pela Justiça Federal. STJ. 3ª Seção. CC
116527-BA, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 11/4/2012 (Info 495).
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<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

3- Assinale a alternativa INCORRETA a respeito da competência.


a) Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação e uso de
documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
b) Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado pelos crimes de
falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da Caderneta de
Inscrição e Registro ou de Carteira de Habilitação de Amador, ainda que expedidas pela Marinha
do Brasil.
c) Compete à Justiça Federal processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou
vitima.
d) Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o julgamento dos crimes
contra a economia popular.
e) Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a
prestação de contas perante órgão federal.

Gabarito: C
a) Súmula 104-STJ: Compete à Justiça Estadual o processo e julgamento dos crimes de falsificação
e uso de documento falso relativo a estabelecimento particular de ensino.
b) Súmula vinculante 36-STF: Compete à Justiça Federal comum processar e julgar civil denunciado
pelos crimes de falsificação e de uso de documento falso quando se tratar de falsificação da
Caderneta de Inscrição e Registro (CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que
expedidas pela Marinha do Brasil.
c) Súmula 140-STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o
indígena figure como autor ou vitima.
d) Súmula 498-STF: Compete a justiça dos estados, em ambas as instâncias, o processo e o
julgamento dos crimes contra a economia popular.
e) Súmula 208-STJ: Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de
verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.

4- Ainda a respeito da competência, assinale a alternativa CORRETA.


a) Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e
incorporada ao patrimônio municipal.
b) Compete ao juiz federal do local da do envio da droga remetida do exterior pela via postal
processar e julgar o crime de tráfico internacional.
c) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão
da entidade ou órgão expedidor do documento, não importando entidade ou órgão ao qual foi
apresentado o documento público.
d) Compete à Federal, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal,
quando praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades
e) Em qualquer hipótese compete à justiça dos estados o processo e o julgamento dos crimes
relativos a entorpecentes.

Gabarito: A
a) Súmula 209-STJ: Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba
transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
b) Súmula 528-STJ: Compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do exterior
pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
c) Súmula 546-STJ: A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é
firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não
importando a qualificação do órgão expedidor.
d) Súmula 38-STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o
processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou
interesse da União ou de suas entidades.
e) Súmula 522-STF: Salvo ocorrência de tráfico com o exterior, quando, então, a competência
será da Justiça Federal, compete a justiça dos estados o processo e o julgamento dos crimes
relativos a entorpecentes.

5- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.
II – Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração
por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos
denunciados.
III – A competência especial por prerrogativa de função se estende ao crime cometido após a
cessação definitiva do exercício funcional.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: B
I – CORRETA - Súmula vinculante 45-STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri
prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição
estadual.
II – CORRETA - Súmula 704-STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados
III – INCORRETA - Súmula 451-STF: A competência especial por prerrogativa de função não se
estende ao crime cometido após a cessação definitiva do exercício funcional.

6- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – O incidente de insanidade mental é prova pericial constituída em favor da defesa. Logo, não é
possível determiná-lo compulsoriamente na hipótese em que a defesa se oponha à sua
realização.
II – Se o recurso é exclusivo da defesa e esta apelou para provar a inexistência de fato típico ou
antijurídico, ou então para reduzir a pena, não pode o Tribunal, de ofício, instaurar incidente de
insanidade mental do condenado, considerando que isso configuraria reformatio in pejus.
III – Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou
a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente,
irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal, podendo o exame ser
ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz
competente.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I – CORRETA - O incidente de insanidade mental é prova pericial constituída em favor da defesa.
Logo, não é possível determiná-lo compulsoriamente na hipótese em que a defesa se oponha à
sua realização. STF. 2ª Turma. HC 133.078/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 6/9/2016 (Info
838).
II – CORRETA - Se o recurso é exclusivo da defesa e esta apelou para provar a inexistência de fato
típico ou antijurídico, ou então para reduzir a pena, não pode o Tribunal, de ofício, instaurar
incidente de insanidade mental do condenado, considerando que isso configuraria reformatio in
pejus, até mesmo porque o condenado já havia cumprido parte da pena. STF. 2ª Turma. HC
111769/SP, rel. orig. Min. Gilmar Mendes, red.p/ o acórdão Min. Cezar Peluso, julgado em
26/6/2012.
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>
III – CORRETA - Art. 149, CPP. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o
juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do
ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-
legal.
§ 1º. O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da
autoridade policial ao juiz competente.

7- A respeito dos incidentes processuais, assinale a alterativa INCORRETA.


a) Qualquer que seja a decisão no incidente de falsidade, não fará coisa julgada em prejuízo de
ulterior processo penal ou civil.
b) Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos termos do
do Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador.
c) Quando determinar o exame no incidente de insanidade, o juiz nomeará curador ao acusado,
ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam
ser prejudicadas pelo adiamento.
d) A arguição de falsidade, feita por procurador, não exige poderes especiais, podendo inclusive
ser verificada de ofício pelo juiz.
e) Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até
que o acusado se restabeleça.

Gabarito: D
a) Art. 148, CPP. Qualquer que seja a decisão, não fará coisa julgada em prejuízo de ulterior
processo penal ou civil.
b) Art. 151, CPP. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável
nos termos do art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá, com a presença do curador.
c)Art. 149, § 2º, CPP O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando
suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser
prejudicadas pelo adiamento.
d) Art. 146, CPP. A arguição de falsidade, feita por procurador, exige poderes especiais.
Art. 147, CPP. O juiz poderá, de ofício, proceder à verificação da falsidade.
e) Art. 152, CPP. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará
suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2o do art. 149.

8- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – O incidente de falsidade documental pode ser instaurado, unicamente, na fase do processo
judicial, não sendo prevista sua instauração na fase do inquérito policial.
II – Da decisão improcedência do incidente de falsidade documental cabe recurso em sentido
estrito, mas a decisão procedência do incidente é irrecorrível.
III – Não há previsão legal de recurso em relação ao deferimento ou indeferimento do
requerimento de instauração do incidente de insanidade mental do acusado, mas entende-se
cabível a impetração de habeas corpus ou de mandado de segurança e também de correição
parcial.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: C
I – CORRETA - O incidente de falsidade documental pode ser instaurado, unicamente, na fase do
processo judicial, não sendo prevista sua instauração na fase do inquérito policial. Isso ocorre
porque tanto a falsificação como o uso de documento falso constituem crimes de ação penal
pública incondicionada. Assim, acostado ao inquérito documento supostamente falso, bastará ao
delegado ordenar as providências necessárias para apurar se o documento, de fato, foi falsificado,
e, confirmada esta ocorrência, instaurar outro inquérito, agora visando apurar o responsável pela
falsificação e seu uso. Questão importante respeita a saber se pode o incidente ser instaurado na
fase recursal. Entendemos que a fase recursal é imprópria para que seja suscitado o incidente, pois
isto redundaria na possibilidade de que o tribunal, ao julgar o recurso, utilizasse elemento de
convicção que não esteve à disposição do juízo de 1.º grau por ocasião da prolação da sentença,
acarretando flagrante supressão de instância.
II – INCORRETA - Qualquer que seja a decisão do incidente de falsidade documental, é possível
atacá-la mediante recurso em sentido estrito (art. 581, XVIII, do CPP), quer procedente, quer
improcedente.
Equívoco comum, bastante explorado em concursos públicos, tem sido considerar a procedência
do incidente como algo irrecorrível. Não o é. Basta observar que o art. 581, XVIII, do CPP, prevê
a utilização do recurso em sentido estrito quanto à decisão que “decidir o incidente de falsidade”.
Pretendesse o legislador limitá-lo às situações de improcedência, teria agido conforme o fez no
art. 581, III, do CPP, contemplando a adequação do recurso em sentido estrito apenas quanto à
“procedência das exceções”.
Em verdade, o engano decorre da regra inscrita no art. 145, IV, do CPP, ao dispor que, “se
reconhecida a falsidade por decisão irrecorrível, (o juiz) mandará desentranhar o documento e
remetê-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Público” (grifamos). Ora, esse
dispositivo não está preconizando a irrecorribilidade da decisão que, julgando procedente o
incidente, determina desentranhamento do documento considerado falso dos autos, mas,
simplesmente, condicionando tal desentranhamento ao prévio trânsito em julgado da decisão do
juiz.
III - CORRETA - Não há previsão de recurso em relação ao deferimento ou indeferimento do
requerimento de instauração do incidente.
Todavia, compreende-se que o indeferimento injustificado ou em desprezo a circunstâncias
capazes de, objetivamente, permitirem ao homem médio o questionamento quanto à condição
mental do sujeito ativo da infração, assim como o deferimenton realizado em afronta à lei
processual penal (v.g., diante de requerimento veiculado por quem não possui legitimidade),
ensejam a impetração de habeas corpus ou de mandado de segurança (conforme trate ou não o
crime imputado, respectivamente, de infração punida com pena privativa da liberdade), sem
prejuízo da possibilidade de ser usada, em vez destas alternativas, a própria correição parcial, na
hipótese de flagrante ilegalidade da decisão.
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense;
São Paulo: MÉTODO, 2017, p. 298/299 e 302. Destacamos.

9- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.


I – As questões prejudiciais afetam apenas o aspecto da tipicidade da conduta , não interferindo
na ilicitude ou na culpabilidade.
II – As questões prejudiciais dizem respeito, essencialmente, ao mérito da causa, influindo,
diretamente, na natureza da sentença a ser proferida pelo juiz, já as questões preliminares, de
natureza estritamente processual, refletem tão somente na regularidade formal do processo.
III – As questões prejudiciais quando interferem na existência do fato típico em sua modalidade
fundamental, são rotuladas como questões prejudiciais totais. Ao contrário, são consideradas
questões prejudiciais parciais se forem relativas apenas à existência de circunstâncias que se
agregam ao tipo penal básico.
a) Todas estão corretas.
b) Apenas I e II estão corretas.
c) Apenas I e III estão corretas.
d) Apenas II e III estão corretas.
e) Todas estão incorretas

Gabarito: A
I – CORRETA - As questões prejudiciais afetam apenas o aspecto da tipicidade da conduta
(caracterização do tipo fundamental ou incidência do tipo derivado1), não interferindo na ilicitude
ou na culpabilidade. Os próprios arts. 92 e 93 do CPP condicionam o reconhecimento da existência
da infração penal à prévia solução dessas vertentes. Ora, por infração penal compreende-se o fato
típico, no que difere do conceito de crime, que abrange, além da tipicidade, também a ilicitude
(teoria bipartida) e, para muitos, a culpabilidade (teoria tripartida).
II – CORRETA - As questões prejudiciais dizem respeito, essencialmente, ao mérito da causa,
influindo, diretamente, na natureza da sentença a ser proferida pelo juiz. Assim, o resultado
conferido às questões prejudiciais, na medida em que refletirá na tipicidade da conduta, levará o
juiz a proferir uma sentença necessariamente absolutória (se atípico o fato) ou o possibilitará
exarar decisão condenatória (caso seja típica a conduta praticada e estejam presentes os demais
elementos configuradores da ilicitude e da culpabilidade). Exemplo: a controvérsia sobre a
propriedade da coisa móvel que se encontra em poder do réu é questão prejudicial em relação ao
crime de apropriação de coisa achada a ele imputado. Pertencendo-lhe o bem, o fato será atípico e
a absolvição, uma consequência necessária. Caso contrário, o fato será típico, possibilitando ao
juiz a condenação do réu.
Por outro lado, as questões preliminares, de natureza estritamente processual, refletem tão
somente na regularidade formal do processo. Em síntese, o acolhimento ou não de uma preliminar
não afeta a natureza absolutória ou condenatória da sentença, mas releva na consideração acerca
da validade dos atos praticados. Exemplo: a alegação de nulidade por ilegitimidade ativa do autor
da ação penal, se acolhida, acarretará a invalidação de todos os atos do processo por força do
disposto no art. 564, II, do CPP.
Apesar dessa diferenciação, existe um aspecto comum entre as questões prejudiciais e as questões
preliminares: refere-se à circunstância de que ambas devem ser conhecidas antes do julgamento
do mérito.
III – CORRETA - Diferentes podem ser os graus de influência das questões prejudiciais.
Quando interferem na existência do fato típico em sua modalidade fundamental, são rotuladas
como questões prejudiciais totais. Ao contrário, são consideradas questões prejudiciais parciais se
forem relativas apenas à existência de circunstâncias que se agregam ao tipo penal básico (v.g.,
incidência sobre qualificadoras).
Avena, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo penal. – 9.ª ed. rev. e atual. – Rio de Janeiro: Forense;
São Paulo: MÉTODO, 2017, p. 233/234.

10- Assinale a alternativa INCORRETA.


a) No caso de questão prejudicial heterogénea devolutiva absoluta, se for o crime de ação pública,
o Ministério Público, quando necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido
iniciada, com a citação dos interessados.
b) Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre questão que
não seja a respeito do estado civil das pessoas, da competência do juízo cível, e se neste houver
sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal deverá, suspender o curso do processo, após a
inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente.
c)Tratando-se de questão prejudicial heterogênea facultativa,a juiz marcará o prazo da suspensão,
que poderá ser razoavelmente prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o
prazo, sem que o juiz cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo,
retomando sua competência para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusação ou da
defesa.
d) Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia, que o juiz
repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará suspenso até
que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado.

Gabarito: B
a) Art. 92, CPP. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia,
que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará
suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem
prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas de natureza urgente.
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando necessário,
promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a citação dos interessados.
b) Art. 93, CPP. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre
questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver
sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil
solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo,
após a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente.
c) Art. 93, CPP. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão sobre
questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, e se neste houver
sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde que essa questão seja de difícil
solução e não verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender o curso do processo, após
a inquirição das testemunhas e realização das outras provas de natureza urgente.
§ 1º. O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente prorrogado, se a
demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o juiz cível tenha proferido decisão,
o juiz criminal fará prosseguir o processo, retomando sua competência para resolver, de fato e de
direito, toda a matéria da acusação ou da defesa.
d) Art. 92, CPP. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de controvérsia,
que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da ação penal ficará
suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia dirimida por sentença passada em julgado, sem
prejuízo, entretanto, da inquirição das testemunhas e de outras provas de natureza urgente.

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