INDUSTRIAIS II
Edição: 1ª Edição
UNIDADE I
Plantas de Tubulação
As plantas de tubulação são desenhos feitos em escala, contendo todas as tubulações de uma
determinada área, representadas em projeção horizontal, olhando-se de cima para baixo (TELLES,
1997). As Figuras 1.1, 1.2, 1.3 e 1.4, mostradas a seguir, são exemplos de plantas de tubulação.
Observe que as plantas de tubulações mostradas nas figuras correspondem a Unidade 3, cuja
planta de locação é apresentada na Figura 3.2 da Apostila de Desenho de Instalações Industriais.
As plantas de tubulação devem ser executadas utilizando-se as escalas 1:500, 1:100, 1:50, 1:20
(NBR 8196, 1999), dependendo da complexidade da planta a ser representada, e preferencialmente no
formato A1 (NBR 10068, 1987).
Como as plantas de tubulação costumam ser executadas em escala maior, a cada planta de
locação correspondem a mais de uma folha de planta de tubulação. Quando o número de plantas de
tubulação para uma dada área ou unidade for igual ou superior a 4 (quatro), recomenda-se a
elaboração, no espaço da folha de desenho reservado para texto (NBR 19582, 1988), de um desenho
índice. Este desenho deve apresentar, delimitadas por polígonos, as áreas cobertas pelas diversas
plantas de tubulação que representam a instalação. Em cada polígono devem aparecer as coordenadas
de seus lados, o número da planta de tubulação correspondente e o contorno dos equipamentos
principais, em suas posições. As diversas plantas de tubulação devem limitar-se entre si, formando um
quadro contínuo, cobrindo toda a área definida pelas plantas de arranjo ou de locação, devendo ter os
mesmos limites que estas últimas.
Como limites globais devem ser utilizados os limites de terreno ou de áreas e linhas de centro de
ruas e diques; dentro de áreas de processamento, os limites entre as plantas devem ser as linhas de
centro das colunas das pontes de tubulação, podendo ser estendidos até as bombas, colocadas sobre a
projeção da ponte no plano horizontal. Para instalações marítimas podem ser utilizadas as linhas de
centro de colunas, “pontoons” ou cavernas.
Para as plantas de tubulação em áreas de interligação, devido ao fato destas plantas em geral
ocuparem grandes áreas de terreno e com poucos acidentes, devem ser utilizadas as escalas 1:200 e
1:500, efetuando-se detalhes das regiões em que exista concentração de mudanças de direções e
derivações de tubulações, em escala maior. Os detalhes devem ter indicadas as suas coordenadas
limites.
Sempre que possível, os detalhes de tubulação devem ser apresentados na própria planta;
quando não houver espaço, devem ser emitidos desenhos de detalhes de tubulação.
• todos os suportes de tubulação com seu diagrama de cargas, sua respectiva numeração
ou convenção de identificação, se for um suporte tipo dormente (ver Nota), padronizado
ou especial; sua locação e sua elevação [exceto se existir a planta de locação de
suportes];
• coordenadas e identificação das colunas de referência (exemplo: ponte de tubulação);
• identificação de todos os equipamentos estáticos e dinâmicos pertencentes ao sistema
de tubulações, apresentando seu contorno, coordenadas e elevação de linha de centro
ou linhas de tangência superior e inferior;
• locação e identificação dos bocais dos equipamentos: identificação do bocal, orientação,
diâmetro nominal, classe de pressão, tipo de conexão e elevação;
• identificação, dimensões gerais, elevação e locação de plataformas, passarelas e
escadas;
• identificação, representação conforme simbologia própria e locação de todos os
instrumentos inerentes ao sistema de tubulações;
• no campo próprio, definido pela norma PETROBRAS N-381, os desenhos e/ou
documentos de referência: planta de arranjo geral, notas gerais de tubulação,
fluxograma de engenharia, desenho índice de plantas de tubulação e outros;
• todos os apoios e restrições, exceto se apresentados na planta de locação de suportes.
Nota: Suportes tipo dormente são suportes utilizados nas tubovias de interligação entre áreas industriais
e unidades de processo ou de utilidades em instalações terrestres, normalmente construídos de
concreto.
1.3. Traçado
As plantas de tubulação devem ser elaboradas de acordo com as normas PETROBRAS N-381,
N-59, N-90, e N-1521, exceto quando definido de forma diferente pela PETROBRAS.
Os tubos de diâmetro nominal até 12” devem ser representados por traço único na sua linha de
centro; os tubos de diâmetros maiores devem ser representados (em escala) por 2 traços paralelos, com
sua linha de centro indicada e utilizada com referência para as cotas e identificação.
Devem ser indicadas as posições das hastes das válvulas. Recomenda-se que sejam
desenhados o volante e a haste, em posição aberta, de válvulas de 3”, ou maiores, principalmente
quando horizontais, para determinar a melhor posição para operação e assinalar a obstrução causada
pelas hastes. As válvulas instaladas em tubulações verticais devem ter sua elevação indicada.
Os limites obrigatórios de desenho devem ser traçados em linha larga, interrompida por 2 traços
curtos.
A identificação das tubulações deve ser conforme a norma PETROBRAS N-1522, exceto quando
definido em contrário pela PETROBRAS.
1.4. Simbologia
Os símbolos adotados para execução da planta de tubulação estão de acordo com a Norma
PETROBRAS N-59. Devem ser traçados gerando, sempre que possível, a proporcionalidade de suas
dimensões. Nas Figuras 1.5, 1.6, 1.7, 1.8, 1.9, 1.10, 1.11 e 1.12 é apresentada a simbologia adotada.
De acordo com TELLES, 1997, para a correta execução do desenho das plantas de tubulação
faz-se necessário observar as seguintes etapas:
UNIDADE II
Desenhos Isométricos
Cada desenho isométrico deve conter uma linha ou um grupo de linhas próximas que sejam
interligadas, nunca devendo figurar em um mesmo desenho duas tubulações de áreas diferentes. No
caso de tubulações muito longas pode ser necessário subdividi-la por vários isométricos sucessivos.
Os isométricos podem conter informações adicionais sobre quantitativos básicos, tais como:
peso e outras informações necessárias para os serviços de isolamento térmico, pintura e revestimentos
em geral.
2.3. Traçado
Os desenhos isométricos devem ser elaborados de acordo com as normas PETROBRAS N-59,
N-381 e N-901, utilizando o padrão normalizado pela norma PETROBRAS N-1745, exceto quando
permitido de forma diferente pela PETROBRAS.
As linhas verticais são representadas por traços verticais e as horizontais nas direções
ortogonais devem ser representadas por traços inclinados de 30° sobre a horizontal (para a direita ou
para a esquerda); linhas com direções diferentes das 3 (três) direções ortogonais devem ser
representadas por traços inclinados com ângulos diferentes de 30° e devem ter indicados nos desenhos
os ângulos verdadeiros de suas inclinações com as 3 (tres) direções ortogonais básicas, bem como o
paralelogramo ou prisma, onde a direção inclinada seja uma diagonal (neste caso, usar linhas estreitas
para representar o paralelogramo ou o prisma). Sempre que facilitar a visualização, deve ser hachurado
o plano que contém a linha e sua projeção no plano horizontal.
Todos os tubos devem ser representados por traço único (independentemente do diâmetro) na
posição de sua linha de centro, utilizando-se linha larga.
Devem ser indicados com linhas tracejadas, os trechos dos tubos que continuam em outro
desenho isométrico, devendo ser também indicados os números dos desenhos sométricos ou plantas de
continuação.
2.4. Simbologia
Os símbolos adotados para execução do desenho isométrico estão de acordo com a Norma
PETROBRAS N-59. Devem ser traçados a partir da projeção lateral gerando, sempre que possível, a
proporcionalidade de suas dimensões. Na Figura 15 é apresentado um exemplo de aplicação da
simbologia adotada.
BIBLIOGRAFIA
Norma PETROBRAS N-381, Execução de desenhos e outros documentos técnicos em geral. Rev. G. 2005.
Norma PETROBRAS N-59, Símbolos gráficos para desenhos de tubulação. Rev. D. 2004.
Silva Telles, P.C. Tubulações Industriais – Materiais, Projeto, Montagem. 10a. edição, Livros Técnicos e
Científicos Editora S.A. 2001.