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CURSO DE ATENDIMENTO PARA O BANCO DO BRASIL

PROFESSOR: ANTONIO NÓBREGA

Aula Demonstrativa
Prof. Antonio Nóbrega

Estimados amigos e concurseiros, apresentamos a vocês, nas linhas a


seguir, o nosso Curso de Atendimento, voltado especificamente para o concurso
de nível médio do Banco do Brasil, cargo de Escriturário.
O concurso do Banco do Brasil é uma excelente oportunidade para aqueles
que desejam o ingresso em uma instituição financeira pública tradicional e
sólida, constituída sob a forma de sociedade de economia mista.
De acordo com o edital divulgado recentemente, as provas serão
realizadas pela Fundação Cesgranrio e estão marcadas para o dia 25/03/12, o
que evidencia a necessidade de que você, candidato, inicie seus estudos o mais
breve possível.
O conteúdo de nosso curso está presente na parte específica da matéria.
De acordo com o edital, serão cobradas doze questões acerca da matéria de
Atendimento, seis com valor de um ponto e seis com valor de dois pontos, o
que totaliza dezoito dos sessenta pontos que serão atribuídos à prova de
conhecimentos específicos. Assim, candidato, percebe-se a relevância do
conteúdo que será debatido nesta e nas próximas aulas na composição da nota
final do concurso.
Considerando a importância dos tópicos discutidos, os assuntos serão
apresentados de modo didático e objetivo, sem prescindir da profundidade
necessária para que o candidato possa obter uma boa colocação no concurso.
Nossa meta é permitir ao aluno, independentemente de sua experiência
profissional ou acadêmica anterior, a compreensão da matéria na plenitude
necessária para garantir a aprovação.
Após estas breves palavras introdutórias, gostaria de me apresentar a
todos vocês. Alguns talvez já me conheçam, uma vez que fui professor da
matéria referente à Legislação Básica de Seguros para o concurso da SUSEP,
Direito Empresarial para o concurso de Auditor Fiscal do DF e de Direito do
Consumidor para o Procon-DF.
Meu nome é Antonio Carlos Vasconcellos Nóbrega, 34 anos, tenho
formação jurídica e moro em Brasília desde 2008.
Ingressei no serviço público em 10 de outubro de 2008, quando tomei
posse no cargo de Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da
União (CGU), umas das chamadas Carreiras Típicas de Estado, após aprovação

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no respectivo concurso público. Atualmente ocupo o cargo de Chefe de Gabinete


Substituto da Corregedoria-Geral da União.
Dois anos antes, já havia obtido êxito na aprovação no concurso público
para provimento do cargo de Especialista em Regulação de Serviços Públicos de
Telecomunicações da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).
Na carreira jurídica, durante cinco anos fiz parte dos quadros de um
renomado escritório de advocacia que atua no mercado de seguros, quando tive
a oportunidade de defender grandes empresas do ramo junto à esfera judicial e
administrativa, além de trabalhar na área de Direito do Consumidor.
Atuei, ainda, no combate à fraude contra o seguro, tendo sido responsável
pela coordenação do Departamento Jurídico Criminal do escritório, cuja principal
ocupação era identificar possíveis pleitos indenizatórios irregulares e a
consequente aplicação da lei ao caso analisado.
Diante da necessidade de constante atualização, cursei e concluí duas
pós-graduações, uma em Direito do Consumidor, na Escola de Magistratura do
Rio de Janeiro (EMERJ), e outra em Direito Empresarial, na Fundação Getúlio
Vargas (FGV), ainda na cidade do Rio.
Além disso, participei de diversos cursos na Escola Nacional de Seguros -
FUNENSEG, por onde publiquei um ensaio sobre o Contrato de Seguro e o
Código de Defesa do Consumidor.
Na área acadêmica, tive a oportunidade de coordenar um curso de
combate à fraude contra o seguro no Rio de Janeiro, ocasião em que lecionei
matérias ligadas ao Direito Civil, Direito e Processo Penal e legislação específica
atinente ao universo do seguro.
Amigo candidato, todos sabemos das dificuldades de aprovação em um
concurso público, tal como esse que você está prestes a enfrentar. A grande
concorrência pelas vagas resulta, inicialmente, em certa apreensão e ansiedade
por parte do candidato. Mas você não está sozinho nesta jornada.
Já é hora de pensar que a aprovação é um sonho possível, e que o êxito
em um concurso público será a recompensa final pela perseverança e dedicação
daqueles que não hesitarem em transpor os obstáculos naturais deste caminho.
Este é o nosso objetivo.
Então, vamos aos trabalhos?
O curso que iremos iniciar será dividido em cinco aulas (contando com
esta demonstrativa) com os seguintes temas:

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Disciplinas Data da divulgação das


apostilas

Introdução ao Direito do Consumidor, -


características e natureza do CDC e
conceitos básicos.

Política Nacional de Relações de Consumo, 24/01/12


direitos dos consumidores, qualidade e
segurança dos produtos e serviços, vício e
fato do produto ou serviço, práticas
comerciais.

Regime jurídico dos contratos de consumo, 31/01/12


cláusulas abusivas, contratos de adesão,
sanções administrativas, Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor, Crimes nas
Relações de Consumo.

Marketing em empresas de serviços, 16/02/12


diferenças entre marketing de bens e
marketing de empresas de serviços,
satisfação, valor e retenção de clientes,
propaganda e promoção, telemarketing.

Vendas: técnicas, planejamento, motivação 06/03/12


para vendas, relações com clientes. Etiqueta
empresarial: comportamento, aparência,
cuidados no atendimento pessoal e
telefônico. Lei nº 10.048/00 (dá prioridade
de atendimento às pessoas que especifica),
Lei nº 10.098/2000 (estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida - Lei
da Acessibilidade), Decreto no. 5.296/2004
que regulamenta as leis nºs 10.048/2000 e
10.098/2000, Resoluções CMN nº
2.878/2001 e nº 2892/2001 (Código de

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Defesa do Consumidor Bancário).

Repare, candidato, que nas duas próximas aulas nosso objetivo será
trabalhar a Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) sob uma ótica
diferenciada, com apontamentos dos dispositivos legais que apresentam uma
carga de conteúdo que pode ser incorporado em uma questão de concurso.
É certo, também, que a mera apresentação ou menção a artigos, que
visem a simplesmente fazer com que o candidato memorize o texto legal,
poderá causar alguns problemas no momento da realização da prova,
principalmente quando ocorrer o tão temido “branco” em hora de nervosismo.
Torna-se necessária, então, uma leve abordagem doutrinária sobre alguns
temas, principalmente aqueles que apresentam especificidades não encontradas
usualmente pelos candidatos. Alguns termos e expressões, utilizados na
redação das normas, que serão debatidas nas aulas seguintes, exigem um
conhecimento pontual para sua total compreensão.
Com uma boa base de conhecimento teórico, será possível ao candidato
analisar uma questão e, mesmo que não se recorde com exatidão do texto
legal, deduzir qual é a opção correta (ou pelo menos quais respostas estão
possivelmente erradas).
Para reforçar o conhecimento que será discutido nas aulas seguintes,
serão apresentados exemplos e exercícios, muitos retirados das provas de
concursos anteriores.
Recomendamos, desde já, que a leitura dos artigos das Leis, Decretos e
Resoluções citados seja feita repetidamente pelo candidato e em conjunto com
o estudo de nossas aulas. Tal tarefa inicialmente parecerá enfadonha e
cansativa, mas vou lhe dar uma dica: procure sublinhar os dispositivos mais
relevantes e aqueles que realmente têm chance de serem explorados pela
banca, para que na segunda leitura você possa se limitar a tais artigos,
repetindo-os em voz alta e dando uma aula para si mesmo.
E então candidato, vamos começar nosso caminho em direção à
aprovação?

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AULA DEMONSTRATIVA

ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS

1) Introdução ao Direito do Consumidor


2) Características e natureza do CDC
3) Conceitos de consumidor e fornecedor
4) Conceitos de produto e serviço
5) Exercícios

1) Introdução ao Direito do Consumidor

Candidato, as palavras a seguir têm como escopo apenas introduzir o


tema, para que você possa se familiarizar com os contextos históricos mundial e
nacional que resultaram na promulgação da Lei nº 8.078/90 – Código de Defesa
do Consumidor. Assim, não há necessidade de se preocupar em memorizar ou
se aprofundar neste assunto, tendo em vista que dificilmente será objeto de
uma questão de concurso.
Até o início do século 20, as relações de consumo, ocorriam num
ambiente firme de confiança entre contratantes, que se conheciam como
pessoas. O comerciante e o cidadão-consumidor habitavam em comunidades
menores, nas pequenas cidades, ou nos grandes centros, em bairros em que
eram mantidas as relações de proximidade.
Por uma necessidade histórica, houve a invenção da máquina de produção
em série e o incremento da circulação de bens e serviços. Surgiram as grandes
redes distribuidoras e o comércio também em rede, em que as relações foram
levadas ao extremo da despersonalização. O consumidor já não conhecia mais
(necessariamente) o fornecedor de bens e serviços. E cai em desuso até mesmo
uma expressão clássica no comércio: “comprei na mão de fulano”.
Com a despersonalização do trato comercial, a publicidade passa a ocupar
o lugar que antes pertencia ao “bom nome” do comerciante/fornecedor de
serviços. O consumidor, que já não pode mais se valer da confiança pessoal e
boa fama do comerciante, a quem agora desconhece, fica à mercê de
engrenagens poderosíssimas de publicidade, que dão ao produto e aos serviços
uma aparência destinada à vitrine e que nem sempre corresponde à realidade.
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Cria-se um estado de desinformação do consumidor, exatamente em


consequência do aparecimento das formas de produzir informação, dirigida a
resultados comerciais.
O consumidor perde o controle do ato que deve anteceder a qualquer
negócio: a serenidade, a boa certeza da escolha. Desamparado, é natural que
acabe por tentar a organização do lado que passa a ser mais fraco e mais
desinformado na cadeia de relações de produção, venda e compra.
Surgiu então, em Nova York – a capital mundial de um mundo novo
consumista – uma primeira organização voltada à defesa do consumidor: New
York Consumers League, fundada em 1891. E já na década de 30 do século 20
surgem grupos de defesa do consumidor na Inglaterra, Itália e França.
Finalmente, terminada a Segunda Grande Guerra, o movimento chega ao
Canadá ao mesmo tempo em que se espalha por toda a Europa.
O movimento consumerista, aos poucos, ia deixando de ser visto como
bandeira de inconformados, assumindo coloração que lhe é própria, de defensor
da cidadania. A matéria passou a ter presença na ONU: em 11 de dezembro de
1969 foi aprovada a Resolução nº 2.542, em que era proclamada a declaração
sobre progresso e desenvolvimento social. E, posteriormente, em 1973, quando
a Comissão de Direitos Humanos da Organização reconheceu, formalmente, a
existência de direitos fundamentais e universais do consumidor.
O Brasil não ficou alheio à movimentação mundial em favor de mais ética
nas relações de consumo. Em 1978 foi criado em São Paulo, por meio da Lei nº
1.903/78, o primeiro Procon tal como conhecemos, com o nome de Grupo
Executivo de Proteção Consumidor. Em nível federal foi criado em 1985 o
Conselho Nacional de Defesa do Consumidor, substituído pela atual Secretaria
Nacional de Direito Econômico.
Na verdade, desde quarenta anos antes o Brasil já se preocupava com o
assunto: a célebre e raramente usada (embora frequentemente invocada) Lei
da Usura (Decreto nº 22.626) é de 1933. Normas de proteção à economia
popular surgiram desde então: Decreto-Lei nº 869/38, e Decreto-Lei nº
9.840/46, trataram dos crimes - na relação de consumo - contra a economia
popular. Em 1962 aparece a Lei nº 4.137 – que trata da repressão ao Abuso do
Poder Econômico -, revogada posteriormente pela Lei nº 8.884/94, trazendo,
entre outras novidades, a criação do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE), que ainda hoje funciona, dentro da estrutura do Ministério
da Justiça e que, de modo reflexo, pode atuar nas relações de consumo.
Em 1984 um novo e significativo avanço: a edição da Lei nº 7.244 (que
seria revogada pela Lei nº 9.099/95), que autorizou os Estados a criarem e
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darem funcionamento aos Juizados de Pequenas Causas. Em julho de 1985 foi


promulgada a lei que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por
danos causados ao consumidor, e que deu início à tutela jurisdicional dos
interesses difusos no Brasil. Junto com a Lei foi assinado o Decreto Federal nº
91.469 (alterado pelo Dec. nº 94.508/87), pelo qual foi criado o Conselho
Nacional de Defesa do Consumidor, na estrutura do Ministério da Justiça. Esse
órgão foi extinto no Governo Collor, e substituído pelo Departamento Nacional
de Proteção e Defesa do Consumidor.

O coroamento de toda essa movimentação em favor dos direitos


fundamentais e essenciais do consumidor viria em outubro de 1988, com a
promulgação da Constituição Federal, em cujo texto restou consignado, no
inciso XXXII, do art. 5º, a seguinte redação:

“O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”

Mais adiante, o inciso V do art. 170 elevou a defesa do consumidor a um


dos princípios da Ordem Econômica de nosso País. E foi nesse contexto que, em
11 de setembro de 1990, teve-se a promulgação da Lei nº 8.078, que passou a
ser conhecida como Código de Defesa do Consumidor, indiscutivelmente uma
das maiores conquistas da cidadania brasileira.

2) Características e natureza do CDC

2.1 Natureza principiológica

De acordo com o que foi debatido até agora, torna-se evidente a vocação
constitucional do CDC, já que nasceu em virtude de disposições previstas na
Constituição Federal de 1988. Com efeito, a natureza diferenciada da Lei nº
8.078/90 gera consequências no modo de interpretação dessa norma, na
interação com outras leis e no seu papel dentro do sistema jurídico nacional.
Diante deste quadro, é relevante atentar para a natureza
principiológica do Código de Defesa do Consumidor, o que significa dizer que

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apresenta normas que veiculam valores e estabelecem objetivos a serem


alcançados.
É certo que normas que criam metas e apresentam conceitos abertos
constituem uma excelente matéria-prima para que o intérprete da lei possa
aplicar regras protecionistas – como aquelas positivadas pelo Código de Defesa
do Consumidor – a variadas situações concretas, que se apresentam no dia-a-
dia da sociedade moderna.
Pode-se até afirmar que estes conceitos indeterminados possibilitam que a
lei se adapte às mudanças sociais naturais que ocorrem ao longo dos anos, sem
que haja necessidade de atualização do texto legal.
Os fins e objetivos traçados notadamente pelo art. 4º da Lei 8.078/90
(dispositivo que será debatido na próxima aula) corroboram as afirmativas
acima.
Por exemplo, ao dispor que a Política Nacional das Relações de Consumo
tem por objetivo o respeito à saúde e segurança dos consumidores, possibilita-
se a implementação de uma gama de ações positivas, com o intuito de adequar
os produtos e serviços oferecidos no mercado de consumo a certos padrões que
garantem o atendimento a este princípio.
Ademais, gera para o Estado a obrigação de atuar de modo coercitivo
diante das mais diversas situações que ponham em risco a segurança dos
consumidores, como quando são colocados no mercado produtos que não
obedecem às exigências mínimas de segurança, nos termos dos regramentos
estabelecidos pelos órgãos competentes ou, ainda, quando são oferecidos
serviços que flagrantemente podem colocar em risco o bem-estar e a saúde dos
consumidores.
Perceba candidato, que, desta forma, o Código de Defesa do Consumidor
acaba por gerar metas e objetivos a serem cumpridos pelos órgãos executivos
de nosso País, além de fornecer uma teia de regras e conceitos que passar a
influenciar de modo decisivo o Poder Legislativo e que podem ser aplicados em
casos concretos levados ao Poder Judiciário.

2.2 Microssistema

É necessário atentar, ainda, para o fato de que, ao explicitar os comandos


constitucionais a respeito do Direito do Consumidor e estabelecer princípios e
valores próprios, a Lei 8.078/90 criou um microssistema dentro do
ordenamento jurídico nacional.
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Assim, ao interpretar o CDC, é necessário considerar que o sistema


inaugurado por aquela lei tem vida própria e autonomia em relação a outras
normas.
Com efeito, é predominante atualmente o entendimento de que as regras
previstas no Código de Defesa do Consumidor irão incidir em determinada
situação concreta, ainda que já existam normas que disponham sobre aquele
tema, desde que configurada a existência de uma relação de consumo.
Então candidato, para melhor compreensão, pense no seguinte exemplo:
um contrato de seguro é regido basicamente pelos arts. 757 a 802 do Código
Civil. Todavia, como veremos adiante, a relação entre o segurado e a
seguradora é uma relação de consumo e, desta forma, é certo que as regras
apresentadas no Código de Defesa do Consumidor também irão incidir.
Assim, não há de se falar em supremacia do Código Civil e consequente
afastamento da Lei Consumerista naquele tipo de relação. Pelo contrário, deve-
se buscar estabelecer um diálogo, que resulte em um entendimento harmonioso
e pacífico entre aquelas normas – a doutrina comumente refere-se a tal
fenômeno como “diálogo de fontes”.
Frise-se, contudo, que, diante de uma situação onde esteja configurada
uma hipótese de relação de consumo, caso tal diálogo ainda não seja suficiente
para resolver um conflito entre normas, deve-se considerar a natureza dos
direitos garantidos pelo CDC e sua vocação constitucional, de modo que as
regras trazidas pela Lei 8.078/90 – que tem como principal escopo a proteção
da parte mais fraca em uma relação jurídica – sejam observadas em primeiro
plano.
Evidencia-se que o CDC tem característica multidisciplinar, relacionando-
se com diversos ramos do direito, desde que presente, repise-se, uma relação
de consumo. O microssistema criado pelo Direito do Consumidor, nesta linha de
entendimento, passa a ter a possibilidade de atuar ao lado de outros segmentos
de nosso ordenamento jurídico, garantindo a proteção da parte vulnerável da
relação.

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Código de Defesa do Consumidor


Lei nº 8.078/90

Natureza principiológica
Microssistema jurídico

3) Conceitos de consumidor e fornecedor

3.1 Conceito de consumidor

Nos tópicos anteriores foi esclarecido que as relações de consumo


recebem um tratamento diferenciado por parte de nosso ordenamento jurídico,
tendo em vista, em apertada síntese, a necessidade de proteger a parte mais
fraca daquela relação.
Assim, candidato, chegou o momento de apontar quais são os elementos
que indicam se determinada relação jurídica é ou não de consumo.
Um contrato de compra e venda de um imóvel, celebrado entre dois
amigos merece ser regido pelo CDC? E o contrato bancário celebrado por uma
pessoa com uma instituição financeira? Se uma clínica alugar seu espaço para
que médicos atendam a seus pacientes estará caracterizada relação de
consumo? E quando uma empresa compra ações no mercado de outra?
Diante de indagações desta natureza e da diversidade de relações
jurídicas que presenciamos em nosso cotidiano, é necessário que sejam
investigados todos os requisitos necessários para que se configure uma relação
consumerista.
O primeiro deles é a existência de um consumidor. Ao dispor sobre tal
conceito, a Lei nº 8.078/90, no caput do seu art. 2º, reza o seguinte:

“Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza


produto ou serviço como destinatário final.”

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Da própria redação do texto legal é possível extrair alguns elementos


inerentes à ideia de consumidor. Com efeito, denota-se que tanto uma pessoa
física como uma pessoa jurídica podem assim ser classificadas.
Todavia, é preciso cautela ao enquadrar uma empresa ou qualquer outra
pessoa física ou jurídica como consumidora. Destarte, o texto legal acima
reproduzido também determina que a utilização ou aquisição de um produto ou
serviço ocorra na qualidade de destinatário final. E o que isso significa?
Bem candidato, ao dispor desta forma, a lei exige que aquele produto ou
serviço não seja incorporado, por exemplo, à cadeia de produção de uma
determinada empresa. O bem ou serviço não deve ser repassado a um terceiro,
sua função deve ser exaurida pela própria pessoa física ou jurídica.
Ou seja, uma fábrica que adquire insumos ou matéria-prima essenciais ao
funcionamento de sua linha de produção não poderia, nesta hipótese, ser
considerada como consumidora, tendo em vista que a utilização daqueles
produtos não ocorre na qualidade de destinatária final. Consequentemente, não
se aplicará a Lei nº 8.078/90.
Por outro lado, se uma concessionária de veículos adquire móveis de
escritório para seus funcionários, é possível afirmar que tal contrato de compra
e venda será regido pelo Código de Defesa do Consumidor? E se um médico
adquire equipamentos para utilizar em seu consultório?
Neste passo, para estas situações onde está caracterizado que o produto
ou serviço não faz parte do fluxo produtivo natural do adquirente ou usuário,
mas ainda se integra de alguma forma à sua atividade econômica, a doutrina e
a jurisprudência desenvolveram ao longo dos anos três teorias. Em cada uma
delas, busca-se delinear de modo mais acurado o conceito de destinatário final.
São elas: teoria maximalista, teoria finalista e teoria finalista
temperada.
A teoria maximalista determina uma interpretação extensiva do art. 2º do
CDC. De acordo com esta teoria, destinatário final seria o destinatário real
(fático) do produto ou serviço. Não se consideram as características do
adquirente e se a aquisição tinha como escopo finalidade lucrativa – como, por
exemplo, a compra de computadores por parte de um escritório de
contabilidade -, mas ainda assim se exclui do conceito de consumidor aquele
que adquire matéria-prima para seu ciclo de produção.
Na teoria finalista, a interpretação do conceito de consumidor deve ser
feita em conjunto com os alicerces e princípios que regem a Lei 8.078/90.
Assim, considerando que o CDC tem como escopo proteger a parte mais fraca

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de uma relação jurídica, é necessário que esteja caracterizada a vulnerabilidade


de um dos contratantes. Além disso, o produto ou serviço adquirido não deve
ter qualquer relação com eventual atividade econômica desempenhada.
Nesta linha, não seria classificada como consumidora a instituição
financeira de grande porte que adquire um sistema de software para
gerenciamento das contas de seus clientes, considerando que aquela empresa
não pode ser conceituada como hipossuficiente. Ademais, saliente-se que o bem
adquirido (programa de computador) será utilizado para o desempenho de sua
atividade financeira, o que afasta ainda mais a presença da figura do
consumidor.
Por fim, de acordo com a teoria finalista temperada (que é uma evolução
da teoria finalista), é possível considerar consumidor aquele que adquire
produto ou serviço ainda que para uso profissional ou econômico, desde que
esteja presente a vulnerabilidade de uma das partes.
Desta forma, se um veterinário adquire um carro para transportar
animais, é certo que, não obstante utilizar o bem em sua atividade econômica,
poderá ser considerado consumidor, já que é patente sua vulnerabilidade em
face de uma concessionária ou montadora de veículos.
E qual destas teorias devemos adotar?
Bem candidato, como a matéria ainda não é pacífica e requer um estudo
mais detalhado do Direito do Consumidor – o que não nos isenta de tratar do
assunto, tendo em vista que nunca se sabe até onde a banca vai se aprofundar
-, não acredito que uma prova de concurso se reporte a uma das teorias como
sendo a correta ou a que mais atende às aspirações e princípios do Código de
Defesa do Consumidor.
Todavia, é relevante salientar que, atualmente, a corrente que mais
encontra amparo em nossos tribunais, notadamente no Superior Tribunal de
Justiça, segue a direção da teoria finalista temperada. Vale repisar que, como
vimos acima, tal teoria nada mais é do que um desdobramento da teoria
finalista, com ampliação do conceito de destinatário final àquele que utiliza o
serviço ou produto em sua atividade econômica ou profissional, desde que
presente sua vulnerabilidade.
São diversas as decisões prolatadas pelo STJ que espelham este
entendimento:

“(...) Mesmo nas relações entre pessoas jurídicas, se da análise de hipótese concreta decorrer
inegável vulnerabilidade entre a pessoa-jurídica consumidora e a fornecedora, deve-se aplicar o

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CDC na busca do equilíbrio entre as partes. Ao consagrar o critério finalista para interpretação
do conceito de consumidor, a jurisprudência deste STJ também reconhece a necessidade de, em
situações específicas, abrandar o rigor do critério subjetivo do conceito de consumidor, para
admitir a aplicabilidade do CDC nas relações entre fornecedor e consumidores-empresários em
que fique evidenciada relação de consumo.(...)” (STJ, 3ª Turma, REsp 476.428/SC, 09/05/05)

“(…) consumidor é a pessoa física ou jurídica que adquire produto como destinatário final
econômico, usufruindo do produto ou do serviço em benefício próprio. Excepcionalmente, o
profissional freteiro, adquirente de caminhão zero quilômetro, que assevera contar defeito,
também poderá ser considerado consumidor, quando a vulnerabilidade estiver caracterizada por
alguma hipossuficiência quer fática, técnica ou econômica.(...)” (STJ, 3ª Turma, REsp
1080719/MG, 17/08/09)

Por fim, é relevante frisar que parte da doutrina refere-se tão somente às
teorias maximalista e finalista. Nesta linha, a possibilidade de aplicação das
regras consumeristas em casos onde o produto ou serviço é utilizado, por
exemplo, na atividade econômica de uma empresa ou para o exercício de uma
profissão, e uma das partes é flagrantemente mais fraca que a outra, configura
apenas um abrandamento da teoria finalista.

Teoria Maximalista Teoria Finalista Teoria Finalista


Temperada

Ampla aplicação do CDC. Não se aplicam as regras Permite a aplicação do


Basta que a pessoa física consumeristas se o CDC em situações
ou jurídica utilize o produto ou serviço for pontuais nas quais a
produto ou serviço como utilizado para atividade aquisição do produto ou
destinatário final. civil ou empresária. Deve serviço tinha como
estar caracterizada a escopo possibilitar ou
hipossuficiência de uma incrementar o exercício
das partes. de atividade econômica.
É necessária a
vulnerabilidade de uma
das partes.

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3.2 Consumidor por equiparação

Ainda que apresente um amplo campo de atuação, o conceito de


consumidor apresentado no caput do art. 2º não é suficiente para alcançar
todas as hipóteses que merecem proteção do Código de Defesa do Consumidor.
De fato, como veremos adiante, há uma gama de situações em que, não
obstante inexistir uma relação jurídica, determinada pessoa ou grupo de
pessoas encontra-se sujeita a práticas de mercado, ou mesmo é vítima de
produtos ou serviços oferecidos para a coletividade, e, por essa razão, também
necessita da proteção das regras e dos princípios trazidos pela Lei nº 8.078/90.
O parágrafo único do próprio art. 2º nos apresenta uma relevante regra
geral acerca do tema, ao dispor que:

“Parágrafo Único. equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda


que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.”

Para melhor ilustrar esta situação, vamos imaginar que uma pessoa tenha
comprado em uma padaria diversos salgadinhos e doces para uma festa.
Contudo, tais alimentos não estavam bem conservados por aquele
estabelecimento comercial, o que causou uma intoxicação generalizada em
diversos convidados do evento.
Indaga-se: somente o comprador dos salgadinhos e doces estaria
amparado pelo Código de Defesa do Consumidor? Ou seja, em uma eventual
ação judicial, somente ele poderia ser beneficiado pelas regras previstas na Lei
nº 8.078/90, enquanto os convidados da festa seriam submetidos às normas
previstas no Código Civil?
A resposta é negativa.
Nos termos do dispositivo legal em comento, basta que a coletividade
de pessoas tenha, de alguma forma, participado da relação de consumo
para que sejam aplicadas as normas do CDC.
Perceba candidato, que, de acordo com o próprio texto legal, não há
necessidade de identificar cada uma das pessoas da coletividade que, de algum
modo, interveio na relação de consumo. Com efeito, busca-se a proteção dos
grupos de pessoas, ainda que indefinidas, expostas a produtos e serviços
colocados à disposição do público em geral.
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Adiante, o art. 17 reza que as regras relativas aos acidentes de consumo


– previstas nos arts. 12 a 14 – também se aplicam às eventuais vítimas do
evento. Deste modo, caso um produto ou serviço venha a gerar dano a terceiros
que não tinham qualquer relação com o fornecedor – e, por esta razão, não
poderiam ser considerados consumidores nos termos do art. 2º -, tais vítimas
também serão beneficiadas pelas disposições da Lei nº 8.078/90.
Imagine que um ônibus interestadual que fazia o trajeto entre duas
cidades apresenta um grave defeito, o que acaba por gerar um acidente em
uma movimentada rodovia. Todos os passageiros do veículo – que aqui podem
ser considerados consumidores, nos termos do caput do art. 2º - são atingidos
pelo evento danoso, causado pela falha do serviço da empresa de transporte e
serão tutelados pelas regras do CDC.
Todavia, caso o ônibus tenha colidido com outros veículos, atingindo a
integridade física ou o patrimônio de terceiros, os quais não tinham inicialmente
qualquer relação com a empresa de transporte, estas vítimas receberão as
garantias previstas na Lei nº 8.078/90.
Para concluir esta etapa, merece ênfase o art. 29 do Código de
Defesa do Consumidor, que inaugura o capítulo V daquele diploma legal,
dispondo que “equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis
ou não, expostas às práticas” previstas nas seções subsequente e no capítulo
VI.
Nas cinco seções seguintes do capítulo V são apresentadas diversas regras
atinentes à oferta, publicidade, práticas abusivas, cobrança de dívidas e bancos
de dados e cadastro de consumidores, enquanto no capítulo VI são elencadas
normas acerca da proteção contratual em relações de consumo. Procura-se
proteger o consumidor em potencial e a própria coletividade, os quais se
encontram expostos no dia-a-dia às mais variadas espécies de práticas
comerciais.
Assim, caso uma pessoa tenha sido, de alguma forma, exposta a uma
pratica abusiva de mercado, ainda que não haja celebrado qualquer contrato
com o fornecedor de um produto ou serviço, poderá ser tutelada pelas regras
consumeristas (trataremos das práticas comerciais em breve).

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Consumidor por equiparação

• Art. 2º, PU - regra de caráter genérico e cunho


interpretativo para todas as disposições do CDC.
Amplia o conceito de consumidor.
• Art. 17 – Equipara a consumidores vítimas de
acidente de consumo (art. 12 e 14).
• Art. 29 – equipara a consumidores todos aqueles
expostos às práticas comerciais e aos
instrumentos insculpidos dos arts. 30 ao 54.

3.3 Conceito de fornecedor

O conceito de fornecedor encontra-se no caput do art. 3º do Código de


Defesa do Consumidor nos seguintes termos:

Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,


nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.

Evidencia-se que, como no caso do consumidor, tanto a pessoa física


como a jurídica podem se amoldar ao conceito de fornecedor. Além disso,
é oportuno frisar que os entes despersonalizados – aqueles que não tem
personalidade jurídica, tal como uma sociedade irregular ou a massa falida de
uma sociedade empresarial – também podem ser considerados fornecedores.
Contudo, a lei exige que haja o exercício de alguma das atividades
previstas no texto do dispositivo acima transcrito (produção, montagem,
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou
comercialização).
Então, indaga-se: aquele que vende uma jóia de família ou um veículo
usado de sua propriedade poderia ser considerado como fornecedor? E a
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pequena sapataria que vende um antigo sofá, tendo em vista a mudança de


endereço?
É certo que a resposta para ambas as questões é negativa.
Para que uma pessoa física ou jurídica se adeque àquele conceito, é
imprescindível que a atividade seja exercida de modo profissional, com
alguma habitualidade. Nas duas situações acima apresentadas, é patente que
são relações puramente civis, que não sofrem o incidência das regras do CDC.
Imagine agora que, somente durante o ano letivo, uma aluna de certa
faculdade compre, e depois revenda para seus colegas, cremes hidratantes e
outros produtos de beleza. Neste caso, é possível afirmar que a aludida mulher
é conceituada como fornecedora?
Na hipótese apresentada, ainda que a atividade seja desenvolvida de
forma não contínua (somente durante o ano letivo), é possível classificá-la como
fornecedora, tendo em vista o exercício de uma atividade profissional de
comercialização e em caráter habitual, com alguma periodicidade.
Ressalte-se que a previsão para que pessoas físicas possam ser
fornecedoras acabou por ampliar a regência da lei consumerista para as
relações com profissionais liberais, os quais também podem ser considerados
fornecedores (não obstante terem sua responsabilidade aferida de modo
diferenciado em alguns casos, nos termos do §4º do art. 14 do CDC, dispositivo
que será debatido na próxima aula).
Outro ponto que merece atenção é que a onerosidade do produto ou
serviço não é requisito imprescindível para que se caracterize o fornecedor. Com
efeito, seria incoerente afastar a aplicação do regime do CDC para
responsabilização de dano proveniente de amostra grátis, por exemplo.
É curioso notar que, como não há menção à qualidade de destinatário
final, o fornecedor pode estar em qualquer posição dentro da cadeia de
produção. Destarte, tanto o fabricante originário de uma peça, quanto o
intermediário ou aquele que vende a peça no mercado, pode ser chamado de
fornecedor, desde que esta seja sua atividade profissional.
Diante de todo o exposto, infere-se que a Lei nº 8.078/90 utilizou o termo
fornecedor como gênero, do qual são espécies o fabricante, produtor,
construtor, comerciante dentre outros que se amoldem ao texto legal do art. 3º.

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dee cco on
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4. Conceitos de produto e serviço

Após determinar quem são os sujeitos da relação de consumo (arts. 2º e


3º), o Código de Defesa do Consumidor passou a tratar dos possíveis objetos
daquela relação. Assim, os parágrafos primeiro e segundo do art. 3º definem
produto e serviço da seguinte forma:

“§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.


§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo,
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito
e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”

A definição de produto não apresenta grande dificuldade. Pode ser um


bem corpóreo (como um eletrodoméstico, um carro ou até um apartamento)
ou incorpóreo (como um programa de computador ou um crédito), desde que
tenha valor econômico e busque satisfazer o interesse do consumidor
na qualidade de destinatário final.
Ao conceituar serviço, a redação do §2º do art. 3º é clara e ampla o
suficiente para abarcar a grande maioria das situações que demandam a
incidência das regras protecionistas insculpidas no código de Defesa do
Consumidor.
Perceba, candidato, que o aludido dispositivo legal determina que a
atividade, para ser considerada serviço, deve ser remunerada.
Desta forma, pergunta-se: um serviço de manobrista gratuito oferecido
por um restaurante constitui serviço?
A resposta é afirmativa. Com efeito, ao mencionar “remuneração” o CDC
não se refere ao preço eventualmente cobrado por uma atividade. Na hipótese
apresentada, é intuitivo que o custo de tal serviço se encontra, de alguma
forma, repassado ao consumidor, o que evidencia que é, de fato, gratuito.

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Para que uma atividade escape ao conceito de serviço nos termos do §2º
do art. 3º da Lei nº 8.078/90, é necessário que, direta ou indiretamente, o
prestador não tenha se ressarcido dos custos ou obtido qualquer tipo de lucro.
Para melhor ilustrar esta situação, podemos imaginar um professor que dá aulas
particulares gratuitamente para amigos de seu filho ou uma cozinheira que nos
sábados prepara o jantar para vizinhos sem cobrar para tanto.
Outro ponto relevante refere-se às relações de caráter trabalhista. Nesta
situação particular, entende-se que, se um serviço é prestado em virtude de
contrato de trabalho, também não se pode considerar a aplicação do CDC. De
fato, haverá um vínculo de subordinação e dependência, devendo-se observar
as regras consignadas na CLT.
É curioso notar que o legislador optou por incluir expressamente as
atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, para que
não houvesse questionamento na aplicação das regras consumeristas a estes
casos. Assim, contratos de financiamento, de seguro, empréstimos, títulos de
capitalização, leasing, dentre outros que tem origem no Sistema Financeiro
Nacional, em regra, deverão observar as regras positivadas no CDC. Da própria
redação do §2º do art. 3º e possível inferir tal ideia1.
Evidentemente, a referência a estas atividades é meramente
exemplificativa e não afasta a incidência de outras inúmeras hipóteses que
podem ser consideradas serviços nos termos do §2º do art. 3º da Lei nº
8.078/90.
Para concluir, é importante notar que, em relação às instituições
financeiras, tais como o Banco do Brasil, foi ajuizada uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (2.591-1) para questionar a aplicação do CDC nas
atividades financeiras desempenhadas por tais entidades. Aquela ação foi
julgada improcedente pelo Supremo Tribunal Federal. Neste passo, merece
destaque a Súmula 297 do STJ, que dispõe que “O Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras”.

1
Para complementar, saliente-se que as entidades de previdência privada também devem
observar as regras positivadas na Lei nº 8.078/90 na relação com aqueles que utilizam seus
serviços e produtos. Tal tema, inclusive, encontra-se disposto na súmula 321 do STJ (“o Código
de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada
e seus participantes”)

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Prezado candidato, nosso primeiro encontro teve como objetivo somente


apresentar a você algumas noções fundamentais acerca do microssistema
inaugurado pelo Código de Defesa do Consumidor. Assim, tratamos do contexto
histórico de criação daquele diploma legal, das características daquela norma e
dos conceitos de consumidor, fornecedor, produto e serviço.
Busca-se, desta forma, criar um embasamento didático sólido para que
todo o conteúdo relevante do CDC – o qual será visto com mais profundidade
nas duas próximas aulas – seja assimilado de modo tranquilo.
Adiante, bem como nas aulas seguintes, são apresentados alguns
exercícios por nós elaborados ou retirados de outros concursos públicos, de
modo que seja compreendida a forma como a matéria pode ser tratada no
desafio que se aproxima.
Sugiro ao candidato que não hesite na utilização de nosso fórum de
dúvidas, para que aquele importante instrumento se torne um espaço de debate
e consolidação dos conhecimentos que serão abordados em nossos próximos
encontros.
Por ora, me despeço, esperando encontrar-lhes muito em breve, para que
possamos conversar mais a respeito deste fascinante e desafiador tema.
Forte abraço.

5) Exercícios

1. (Ministério Público - MG/XXXVIII Concurso – 2008) Não é correto


afirmar:
a) Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
b) Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
c) Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo mediante
remuneração, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
d) Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
e) Os serviços públicos, em face do princípio da prevalência do interesse público
sobre o particular, não estão sujeitos ao Código de Defesa do Consumidor,

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sendo a prestação dos mesmos regulada por normas específicas de Direito


Administrativo.

2. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2011) Marque a alternativa correta


em relação à vigência e aplicação da Lei 8.078/09:
a) O Código de Defesa do Consumidor é norma principiológica, que se aplica a
todos os casos onde esteja presente uma relação de consumo, tais como
contratos de financiamento, de seguro e de locação.
b) O Código Civil de 2002 revogou parcialmente o CDC, não sendo possível que
uma relação jurídica esteja submetida a ambas as normas.
c) A hipossuficiência do consumidor e sua vulnerabilidade dentro do mercado
consumo são fundamentos que levaram à promulgação do Código de Defesa do
Consumidor.
d) As regras previstas no Código de Defesa do Consumidor podem ser afastadas
por acordo entre as partes de uma relação de consumo.
e) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica às instituições financeiras.

3. (Juiz Substituto-PR – PUC-PR/2010) A Lei 8.078/1990 define os elementos


que compõe a relação jurídica de consumo, em seus artigos 2º e 3º: elementos
subjetivos, consumidor e fornecedor; elementos objetivos, produtos e serviços,
respectivamente. Segundo estas definições, podemos afirmar que:
I - Fornecedor é toda a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade
de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de
serviços.
II - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária e as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
III - Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final. Equipara-se a consumidor a
coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas
relações de consumo.
IV - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
a) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

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b) Apenas as assertivas II e III estão incorretas.


c) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas a assertiva I está correta.
e) Todas as assertivas estão corretas.

4. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2011) Em relação ao entendimento


predominante acerca do conceito de consumidor, é correto afirmar que:
a) Aquele que se hospeda em uma pousada não pode ser considerado
consumidor em relação àquele estabelecimento.
b) A utilização do produto ou serviço como destinatário final é dispensável no
caso de pessoa física consumidora.
c) O locatário de um apartamento pode ser considerado consumidor em relação
ao locador.
d) O motorista de taxi que adquire um carro para seu trabalho pode ser
considerado consumidor em relação à concessionária de veículos.
e) A coletividade de pessoas, desde que determináveis, pode ser equiparada a
consumidor.

5. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2011) A respeito dos conceitos de


consumidor e fornecedor, marque a afirmativa correta:
a) A prestação de um serviço gratuito por parte de um fornecedor não
necessariamente afasta as regras previstas no Código de Defesa do
Consumidor.
b) Para que seja considerado consumidor e possibilite a aplicação das regras do
CDC, é necessário que a parte tenha efetivamente participado da relação
jurídica.
c) O fornecedor pode ser pessoa física ou jurídica, mas o consumidor deverá
necessariamente ser pessoa física.
d) Pessoas jurídicas de direito público não podem ser consideradas como
fornecedores, tendo em vista que são sempre remuneradas por tributos.
e) A teoria maximalista determina a aplicação mais restritiva do conceito de
consumidor, de modo que é necessária a sua vulnerabilidade e a utilização do
produto ou serviço como destinatário final.

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6. (Proc-PR/XIII Concurso - 2007) Assinale a alternativa correta:


a) Consumidor é a pessoa física ou jurídica destinatária de produto necessário
ao desempenho de sua atividade lucrativa.
b) Consumidor é a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
c) Consumidor é tão somente a pessoa física que adquire ou utiliza produto ou
serviço necessário ao desempenho de sua atividade lucrativa.
d) Consumidor é tão somente a pessoa física que adquire ou utiliza produto ou
serviço como destinatário final.
e) Consumidor é a pessoa física ou jurídica, ou ainda a coletividade
indeterminada de pessoas que adquire um produto ou contrata um serviço
necessário ao desempenho de sua atividade lucrativa ou simplesmente como
seu destinatário final.

7. (Antonio Nóbrega/Ponto dos Concursos - 2011) Qual dos contratos abaixo


não pode ser classificado como serviço:
a) Locação residencial.
b) Seguro de vida.
c) Empréstimo bancário.
d) Financiamento de automóveis.
e) Previdência privada.

8. (SEFAZ-RJ/FGV - 2009) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica às


relações entre:
a) A entidade de previdência privada e seus participantes.
b) A instituição financeira e seus clientes.
c) O comprador e o vendedor proprietário de um único imóvel, que lhe serve de
residência.
d) O comprador de veículo e a concessionária.
e) A instituição de ensino e o estudante.

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Gabarito

Questão 1 – E

Questão 2 - C

Questão 3 - C

Questão 4 - D

Questão 5 - A

Questão 6 - B

Questão 7 - A

Questão 8 - C

Comentários

Questão 1
A questão exige do candidato o conhecimento preciso do texto legal.
Assim, as opções “a”, “b”, “c” e “d” estão de acordo, respectivamente, com o
art. 2º, §1º e §2º do art. 3º e Parágrafo Único do art. 2º.
A alternativa “e” está incorreta. Como debatido, não há óbice para que os
serviços públicos sejam alcançados pelas regras e princípios do CDC. Para tanto,
é necessário que não ocorra o pagamento de um tributo, o que mudaria a figura
de consumidor para contribuinte. É oportuno frisar que, não obstante a
incidência de regras consumeristas, não há impedimento para que tais serviços
também sofram o influxo de normas de Direito Administrativo.

Questão 2
A alternativa correta é a letra “c”. Conforme o teor da parte inicial desta
aula, vimos que, de fato, a vulnerabilidade do consumidor diante das práticas
de mercado motivou o desenvolvimento da cultura de defesa do consumidor,
resultando na promulgação da Lei nº 8.078/90.
A letra “a” está equivocada, tendo em vista que menciona contrato de
locação, o qual escapa às regras do CDC.

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A opção “b” também está incorreta. O CDC criou um microssistema


jurídico, que tem como escopo a proteção do consumidor. Desta forma, é
possível o diálogo com outras fontes do direito, não ocorrendo revogação parcial
desta norma. Ademais, as regras lá insculpidas são de ordem pública, o que
impede que sejam afastadas por vontade das partes (opção “d”).
Por fim, vimos que o CDC aplica-se às instituições financeiras, de acordo
com o parágrafo segundo do art. 3º (opção “e”).

Questão 3
Novamente exige-se do candidato o conhecimento do texto legal. O único
item incorreto é o III, já que se refere a “relações de caráter trabalhista”, o que
não se compatibiliza com o §2º do art. 3º da Lei nº 8.078/90.

Questão 4
O exemplo citado na opção “a” enquadra-se perfeitamente ao conceito
legal de relação de consumo. Deste modo, evidencia-se que aquele que se
utiliza dos serviços de hospedagem de um estabelecimento voltado para tal
atividade será considerado como consumidor, o que indica a inexatidão daquela
assertiva.
A opção “b” também está equivocada. De fato, para que seja classificado
como consumidor, a pessoa, física ou a jurídica, deve utilizar o produto ou
serviço como destinatário final, nos termos do art. 2º do CDC.
No tocante à alternativa “c”, o contrato de locação, como já dissemos, não
se submete às regras consumeristas.
A assertiva “d” está correta, de acordo com o entendimento predominante
na doutrina e jurisprudência. Ou seja, ainda que se utilize o produto em sua
atividade econômica, é patente a hipossuficiência de uma das partes, o que
demanda a aplicação das regras positivadas no CDC.
A opção “e” está em descompasso com o Parágrafo Único do art. 2º, pois
afirma que a coletividade de pessoas deve ser determinável.

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Questão 5
A alternativa “a” está em harmonia com o que foi tratado em nossa aula,
quando afirmamos que, muitas vezes, não obstante ser gratuito, o serviço pode
ter seu custo repassado, de alguma forma, ao consumidor.
A opção “b” está em descompasso com o Parágrafo Único do art. 2º,
enquanto a opção “c” é contrária à redação do caput daquele dispositivo.
A possibilidade de a pessoa jurídica ser fornecedora já foi discutida. De
fato, se houver pagamento pela prestação de um serviço público, é certo que
incidirão as regras do CDC.
Para a aplicação da Teoria maximalista, é necessário somente que a
pessoa física ou jurídica utilize o produto ou serviço como destinatário final. Ou
seja, tal teoria defende uma aplicação mais ampla da Lei nº 8.078/90.

Questão 6
A questão exige somente o conhecimento da redação do art. 2º do CDC,
que está em harmonia com a opção “b”.

Questão 7
Dentre todos os contratos apresentados nas cinco assertivas, o único que
não pode ser classificado como serviço é o contrato de locação residencial
(opção “a”), que se encontra disciplinado por diploma legal próprio (Lei nº
8.245/91).
Frise-se que os serviços mencionados nas letras “b”, “c” e “d” encontram-
se previstos no próprio §2º do art. 3º do CDC.

Questão 8
O fato de o vendedor do imóvel não exercer esta atividade de modo
profissional e com habitualidade descaracteriza o conceito de fornecedor, o que
indica a inexatidão da opção “c”. Todas as outras relações jurídicas
apresentadas na questão estão submetidas às normas e princípios trazidos pelo
CDC.

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Bibliografia

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COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. 10 ed. rev. e atual., São
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SILVA, Jorge Alberto Quadros de Carvalho. Código de Defesa do Consumidor


anotado e legislação complementar. 3 ed.São Paulo: Saraiva, 2003.

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