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Declaração de óbito

Declaração de óbito é uma atribuição legal exclusiva de médico. Quem declara óbito é médico, exceto casos em que
não há médico presente (na cidade ou região). Nesta situação, o delegado/juiz/ministério público/promotor chama
duas pessoas de nível superior, de preferência da área da saúde; em caso de não ter pessoas de nível superior, opta-se
por indivíduos maiores de 21 anos, para fazer a testemunha deste óbito apenas certificando-se de que ocorreu o óbito,
sem que seja preciso examinar o cadáver. É a única exceção que existe para que outras pessoas que não médicos
certifiquem óbito de uma pessoa.
Declaração de óbito tem algumas funções que são centrais para a existência deste documento, primeiramente a
realidade de morte. Isso é importante, no ponto de vista de saúde, porque existe em nosso país um serviço que se
chama Serviço de Informação de Mortalidade (SIM). Este serviço basicamente coleta dados de morte que vão dar
subsídio para vida, pois eles vão tabular estes dados e farão relatórios periódicos informando causa de morte, idade,
...isso cria uma base de dados para o Ministério da Saúde (MS) criar políticas que visam tentar sanar estes problemas.
Por exemplo: no BR morrem 58mil pessoas/ano assassinadas, é uma epidemia, acima de 10 mortes/100mil
habitantes/ano é considerado epidemia; sabendo desses dados, MS ou da Segurança pode tentar intervir com
campanhas ou políticas que visam melhorar a segurança. É um importante dado para saúde, identificação das causas de
morte.
Segundo aspecto: este documento gera informações do ponto de vista civil, ou seja, do ponto de vista cartorial,
legal para dizer que este indivíduo está morto. Este documento permite a família requerer junto a determinados
órgãos, os direitos por este individuo, seja previdência social, seja herança, ou qualquer outro direito.
Terceira ocasião diz respeito à cerca do sepultamento/enterro deste cadáver. Pois também preciso deste
documento para poder realizar o processo fúnebre oficial.
Declaração de óbito é emitida pelo MS, distribuído pela secretaria da saúde, que redistribui aos serviços de saúde:
IML, hospital, clínicas particulares..é um instrumento gratuito fornecido às pessoas que tem obrigação de preencher.
Possui um número único, não existem duas declarações com mesmo número. Não por acaso estou mostrando este a
vcs, que houve um erro de preenchimento, por isso foi anulado e deve ser informado para que seja retirado do sistema.
Este documento possui 3 laudas:
- uma branca: vai para a secretaria da saúde (SS), com intuito de gerar informações de saúde.
- uma amarela: fica retida no cartório, serve para fazer a certidão de óbito*.
- uma rosa: fica na instituição que está declarando óbito (IML, hospital, clinica...).
*as duas primeiras laudas (branca e amarela) são entregues a um familiar de primeiro grau, devidamente identificado,
que vai se dirigir a um cartório de registro de óbitos dizendo que quer registrar um óbito. O escrivão vai retirar a via
branca e encaminhar para a SS, mas a amarela vai ficar no cartório. O escrivão vai pegar como documento de prova
dele e vai redigir um segundo documento, a certidão de óbito. Esta certidão é dada ao familiar que pode usar para
requerer os direitos civis e legais daquele cadáver, desde a inumação, até direito a pensão e herança.

Declaração de óbito é um instrumento de assistência médica bastante relevante porque é capaz de informar causas
de morte de uma população; é um ato médico, exceto em casos de não haver médico no local. Quando vcs declaram
óbito, isso NÃO pode ser feito por procuração, ou seja, a enfermeira diz que o pcte do leito 20 morreu, então vcs
pedem adeclaração e declaram o óbito do pcte, isso NÃO PODE. Vcs tem que ir certificar-se de que o pcte realmente
encontra-se morto. Entretanto, não há nada na legislação que diga que vcs devem acompanhar o óbito. Por exemplo:
se o pcte do leito 25 estiver morrendo vcs tem que ir lá acompanhar os últimos momentos de vida, isso NÃO é
necessário. Apenas devem ir se precisar de assistência médica para tentativa de reverter o quadro. Mesmo que o pcte
tenha morrido há horas ou dias, vcs podem declarar o óbito deste, desde que o examine.
O médico é responsável por aquilo queatesta, por isso alguns elementos são necessários para que tu assines o
óbito. Por exemplo: que tenhas conhecimento do histórico do pcte se ele não é teu pcte; se o pcte morreu de causa
natural no hospital e tu és o plantonista, tu quem deves declarar óbito, após examinar este corpo (atentar para marcas
corporais, ou outra suspeita que exclua morte natural).
A morte pode ser dividida em:
- causas naturais: doença
- causa externa ou violenta: ou seja, um fator externo ao corpo, violento, causou a morte do indivíduo.

Dentre as causas jurídicas para leigo, classificam em causas naturais e não-naturais. Esta última se subdivide em:
acidental (por exemplo: acidente de carro), homicídio (alguém causou a morte dele), autocídio ou suicídio (a pessoa
quem tira sua própria vida). Saber que existem essas diferentes causas de morte, implica em diferentes formas de
declarar o óbito. Por exemplo: óbito de causas violentas é declarado por médicos legistas, exceção quando não houver
legista presente; do contrário é o médico legista quem declara óbito de pctes assassinatos, vitimas de acidentes ou
suicídio. Nos demais casos, ou seja, mortes naturais são declaradas por médicos em geral.
Mortes naturais também se subdividem em causas conhecidas e desconhecidas. Qual a diferença? Se a morte for de
causa conhecida, o médico tem menos complicação na hora de fazer a declaração do óbito; contrariamente à causas
desconhecidas, em que o médico não sabe o histórico do pcte e isso pode gerar dúvidas na hora do preenchimento da
declaração.
De quem é a atribuição da declaração de morte? Vamos imaginar um indivíduo com uma doença grave que tinha
assistência médica, seja particular, seja na UBS, e o pcte falece por esta causa, bem claro; ou então a SAMU chega a
socorrer, coloca eletrodos detecta uma arritmia que faz o pcte vir a falecer. Quem declara o óbito neste caso? O médico
que vinha prestando assistência, pois ele conhecia o pcte; ele deve pegar os dados com a SAMU, revisar prontuários da
UBS ou da clínica onde realizava consultas e então realizar a declaração. Se este médico não for encontrado, por motivo
de viagem, férias ou outra coisa, quem deve declarar é o médico do serviço de saúde mais próximo.
Se no caso anterior o médico que presta consulta ao pcte estiver ausente, o do PSF não puder atender, o do PS se
recusar por causa da demanda naquele momento e qualquer outro estiver indisponível, quem deve realizar esta
declaração? Pois é, não sabemos; neste caso vai ser contatado o secretario da saúde do município para que ele eleja
algum médico do SUS para fazer esta declaração, ele quem tem poder para decidir quem realizará este procedimento.
Pcte que é encontrado morto em casa, o médico é chamado para declarar o óbito; durante o exame é feito
perinecroscopia, retira-se toda a roupa do pcte em busca de marcas, olha via aérea do pcte em busca de algo que possa
estar obstruindo, procura-se algum medicamento por perto ou procura sentir algum odor que o corpo possa estar
exalando, o que indicaria uso de alguma substância... o medico realizará um exame mínimo que possa indicar morte
externa ou suicídio. Caso não seja encontrado nada que torne suspeita esta morte, tramita-se normalmente como
morte natural. No caso de pcte previamente hígido, jovem, com comprimidos próximos, ou lesão de pele suspeita, ou
seringa nas proximidades, eu tenho elementos suspeitos; nesse caso liga-se para a policia e solicita uma diligência, se o
policial ou delegado concordar, solicita-se presença de um médico perito para examinar o corpo.
CASOS SUSPEITOS A POLICIA/DELEGADO DEVE SER COMUNICADO, ESTE SE ACHAR PERTINENTE DEVE SOLICITAR AO
MÉDICO PERITO A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA E O MEDICO PERITO É QUEM FICARÁ RESPONSÁVEL PELA DECLARAÇÃO DE
ÓBITO, ASSIM COMO EM CASOS DE MORTE VIOLENTA (assassinato, suicídio, acidentes,...). Morte violenta sempre é o
legista quem faz a declaração, mesmo que a família não queira. Até o término da perícia o cadáver é do Estado, após
concluída, volta para a família.
Para mortes naturais, a família pode solicitar necropsia junto a um laboratórios de patologia. É comum vir corpos
para necropsia no IML sem a correta indicação, em torno de 25%. Isso acontece porque a perícia do corpo é rápida, em
torno de 4h ou 5h a família está com a declaração de óbito em mãos. Porém, legalmente, o IML é responsável apenas
por mortes violentas. Lembrando: Não é permitido ao médico fornecer atestado, nem mesmo declaração de óbito a
familiares.
Em caso de mortes por acidente, se for comprovado que o pcte morreu devido lesão causada pelo acidente,
independente de quanto tempo transcorrido, o médico responsável pela declaração de óbito é o médico legista. Ex.:
pcte sofre acidente, fica tetraplégico por 20 anos, está acamado, apresentando resistência respiratória diminuída, com
dificuldade para tossir e quando viu aspirou alimento que causou uma pneumonia e morreu. Qual foi a causa? Não-
natural, ele aspirou porque estava tetraplégico devido ao acidente. Então o nexo de causalidade não depende do
tempo, se está estabelecido, resolveu. Prestem atenção, isso é diferente de um indivíduo fraturar a perna, se recuperar,
sair para viajar, passado alguns anos ele adquire pneumonia e vem a falecer. Neste ultimo caso não houve nexo de
causalidade, por isso é morte natural e o médico que o acompanha ou do SUS é quem deve realizar a declaração de
óbito.
Sempre que chega um corpo ao IML ele deve ser examinado, não necessariamente necropsiado. Ex.: veio ate mim
um cadáver, da cidade de Camaquã, que havia sido atropelado por uma carreta; o que restou deste corpo? Um monte
de tecidos. Mal se reconhecia a face, mas o grande volume de matérias era tecido, por isso não foi necessário fazer uma
necropsia clássica.
Quando chega algum corpo que sabidamente não é vitima de morte violenta, pode-se negar a fazer necropsia?
Sempre que um corpo vem ao IML ele passa pelo delegado, e se este suspeita que possa ter acontecido algo, eu não
posso me negar a realizar a necropsia. Mas eu posso sim conversar com o delegado e mostrar que ele está equivocado
e sugerir que outro colega que não perito acabe declarando o óbito. Ex.: há alguns anos eu estava saindo do plantão e
chegou um senhor velhinho, de 90 e tantos anos, cardiopata, em óbito; então, respondi ao policial que não entendia
qual havia sido a suspeita para que trouxessem o cadáver ao IML; daí o policial respondeu que ‘mandaram para cá’ e
disse, ainda, que era para fazer uma verificação de óbito, eu prontamente relembrei ele que aqui se fazia estudo de
morte quando é suspeita ou violenta; depois policial falou que quando chegou ao local, no meio da multidão alguém
havia gritado que ele tinha sido envenenado; eu prontamente liguei para a delegada de plantão expliquei o ocorrido e
ela viu que se tratava de historias mal contadas, também porque os policiais não colheram testemunho de quem havia
levantado essa suspeita... Enfim, na verdade isso nada mais foi que uma tentativa de facilitar o fluxo, já que por aqui é
mais rápido de conseguir declaração de óbito. No final ficou realmente visto que se tratava de morte natural e o pcte
foi encaminhado a outro colega médico.
Em casos de cadáveres com morte mal definida, ou seja, mesmo que com morte natural, não se encontram
elementos para isso, o cadáver deveria ser encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Esse serviço tem
uma função muito parecida com o IML, mas para causas naturais. Seria realizado por médicos patologistas que
preencheriam a declaração. Entretanto não conheço nenhum serviço desses em funcionamento.

Mortes violentas ou suspeitas  sempre IML!!! No RS chamamos de DML, apenas uma curiosidade.

Do que consta este documento?


- Cabeçalho (auto explicável): município onde ocorreu a morte, sigla do estado, tipo de óbito (fetal ou não-fetal), data
do óbito (data de quando encontraram o cadáver ou data que vcs viram, não importa, pode até estar em estagio de
decomposição), naturalidade, RG, nome completo por extenso, nome do pai e da mãe (se forem conhecidos), data de
nascimento, sexo (as vezes ignorado – cadáver carbonizado), raça, estado civil (se possuir este dado), escolaridade (as
vezes difícil de saber, pode colocar ignorado), endereço.
Cadáveres trazidos sem qualquer identificação pode colocar como cadáver não identificado.Geralmente tem-se 15
dias para inumar um cadáver não identificado, depois desse período começa a ser muita burocracia.
Obs: não sei se houve algum erro no áudio ou se ele pulou da parte I para a parte V, eu não estava presente nesta
aula.
- Morte de criança com menos de 1ano (parte V): quer saber dados relativos à mãe – como foi a gravidez, quantas
semanas de gestação, gemelar, prenatal...
- Fatores que determinaram a morte do indivíduo: desde as causas básicas até a causa final de morte, sendo
enumeradas de baixo para cima. Ex.: senhor de 70 anos com: IAM, HAS, Coronariopatia Aterosclerótica, Arritmia
Cardíaca, DM. Ao enumerar as causas pela ordem de acontecimento ficaria: 4-HAS, 3-Coronariopatia Aterosclerótica, 2-
IAM, 1-Arritmia Cardíaca; a DM é colocado no campo de causas importantes que contribuem para morte, mas que não
estão na linha de acontecimentos, ajuda para tudo, mas é uma doença que acontece em paralelo, assim como um
câncer,insuf. renal... sempre preenchendo com CID-10.
O que Não deve ser feito: não se deve colocar parada cardiorrespiratória, pois é um dado que todo pcte vai ter,
tanto o coração como os pulmões irão parar de funcionar, por isso é um dado solto. Tem que ser uma causa
importante, mas individualizável.
Ao contrário, se for uma morte violenta: choque hipovolêmico, ruptura do baço, hemoperitônio de 3l, acidente de
trânsito. Na ordem de acontecimentos ficaria: 4-acidente de trânsito, 3-ruptura de baço, 2-hemoperitônio, 1-choque
hipovolêmico. Essa é a classificação que médico legista colocaria. Se forem médico de alguma instituição que não o IML,
como fariam? NÃO MEXAM!! Trata-se de uma morte por acidente e quem deve declarar óbito é o médico legista! Este
é o principal e mais grave erro que muitos colegas médicos realizam e que acabam tendo que responder por tal atitude
para juiz, delegado, CRM...
- Dados do médico: aqui vai nome completo, CRM, dados da instituição, data da assinatura, e assinatura.
- Dedicado a mortes violentas (parte VIII): é para médico legista preencher – tipo de morte não natural: suicídio,
acidente, homicídio; se teve relação com acidente de trabalho, qual a fonte de informação (boletim de ocorrência,
hospital, ...) e um breve sumário do que aconteceu, citar o local em que ocorreu a morte (lougradouro, via, avenida).
Ex.: pcte se envolveu em acidente de trânsito, foi socorrido pela SAMU, mas não resistiu a gravidade das lesões
enquanto estava recebendo atendimento hospitalar.
- (parte IX) dedicado à exceção, no caso de não existir médico as duas testemunhas confirmam a morte do indivíduo,
fica aos cuidados do delegado.
Se tenho um cadáver e não sei a causa da morte, devo examinar e fazer perinecroscopia, além, é claro, de olhar
prontuário, se for possível. Isso é aconselhado para evitar problemas futuros, porque se afirmam que foi envenenado e
tu não fizeste o exame adequado tu fica sem subsídios, mas se o fizeres tens como alegar que até onde teus recursos
eram disponíveis, tu não tinhas evidência de tal ocorrido. Importante: sempre registrar em prontuário!!
Se vcs pegarem um caso em pronto socorro, individuo acidentado, vcs fizeram o que podia e inevitavelmente ele
acabou vindo a óbito. Aconselho vcs de ligarem para a polícia, eles quem ficarão responsáveis pelo caso. Só não
esqueçam, no DML não é só mexer no corpo e descobrir o que houve, é aconselhado enviar prontuário do pcte
referindo tds os dados pertinentes. Aqui em Pelotas, todos os serviços de hospital, têm um formulário de
preenchimento de dados mais importantes para encaminhar o corpo ao DML.
Em caso de feto ou morte fetal, existem alguns critérios que devem ser levados em conta para poder preencher
declaração de óbito dele. Pelo menos três:
- Maior de 20 semanas de idade gestacional
- Comprimento do feto maior ou igual a 25cm
- Maior ou igual a 501g
Se não fechar nenhum desses critérios, esse feto não recebe a declaração e é desprezado como se fosse uma peça
de anatomopatológico. Ele fica 6meses no laboratório de anatomopatologia e após pode ser incinerado, enterrado, etc.
Entretanto se alguns dos critérios mencionados forem preenchidos, tem que se declarar óbito do feto. Caso a família
queira requerer essa peça junto ao laboratório, ela pode, desde que respeitados os critérios sanitários.
Obs: não se pode enterrar corpos em locais que não cemitérios, pois há risco de contaminar o solo.
Obs2: cobrança de honorários – vcs NÃO podem cobrar declaração de óbito. Casos em que haja deslocamento do
médico até determinado local, esse deslocamento e o ato médico podem ser cobrados.

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