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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
FORMAÇÃO DE PREGOEIROS

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

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CURSO DE
FORMAÇÃO DE PREGOEIROS

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

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INTRODUÇÃO AO MÓDULO III

Olá. Chegamos ao terceiro e último módulo do nosso curso de Formação de


Pregoeiro. No primeiro módulo do curso, foram trabalhados conhecimentos acerca
do que é o processo licitatório, quando e como ocorre, tipos e modalidades, com
outros conceitos.

No segundo, foram construídos conhecimentos sobre a constituição,


características, diferenças, vedação, objetivos e outros conceitos e normas atinentes
especificamente à modalidade de Pregão.

Neste terceiro e último módulo, visitaremos conceitos e normas que


estruturam a execução de um Pregão, importantes para elaborar e refinar suas
habilidades técnicas em gestão e execução de Pregão. Trataremos das fases do
Pregão, desde os procedimentos para abertura, até a homologação e adjudicação,
incluindo-se, dentro, capacitação técnica dos envolvidos no processo, elaboração e
formalização de documentos, habilitação de licitantes, entre outros conceitos e
diretrizes que compõem um Pregão.

Ao chegar ao final deste módulo, você estará concluindo também o curso de


Formação de Pregoeiro. Responda a todos os exercícios. Execute a avaliação final
com sucesso. Se tiver dúvidas, consulte seu tutor no Portal Educação. Conduza com
liberdade e autonomia seu próprio processo de aprendizagem, sem estar sozinho,
uma vez que estamos ao seu lado para que, ao final dessa etapa, você possa
demonstrar todas as habilidades técnicas e de conhecimento frente aos novos
desafios que virão na sua jornada, a partir daqui. Aproveite. Construa suas
competências e seja referência no mercado. Bons estudos!

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MÓDULO III

3 PREGÃO II

3.1 FASE INTERNA (PREPARATÓRIA)

A licitação se inicia com a instauração de processo administrativo gerido por


agente público com autoridade e competência para tal, com a finalidade de designar
comissão de licitação para atuar em um processo licitatório específico ou, então,
para atuar em período preestabelecido a serviço de um órgão, departamento ou
instituição pública.

Nomeada a comissão de licitação, a partir daí, inicia-se a fase interna do


processo de licitação, também conhecida como fase inicial. Essa fase envolve
questões de planejamento, antes da publicação do ato convocatório, também
chamado por Edital de Convocação.

Nessa fase é importante a observância de todos os procedimentos adotados


para a chamada pública, no caso, o Edital de Convocação. Por exemplo: verificar se
há irregularidade jurídica ou de texto no Edital, ou se foram observadas e descritas
todas as características técnicas do serviço ou do bem a ser licitado. Todos os
detalhes que devam constar no Edital precisam ser revistos nessa fase, uma vez

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que caracteristicamente, nela, ainda é possível alterar erros ou equívocos, sem que
seja necessário anular qualquer ato da Administração.

Vamos exemplificar: se a Administração publica Edital Convocatório para


aquisição de ares-condicionados. E no Edital deveria, junto com as demais
características dos aparelhos, constar que teriam que ser brancos, mas, diferente do
exigido, o Edital é publicado sem essa característica. Então, assim, o ato
convocatório precisa ser anulado para que se torne sem efeito e um novo Edital
deve ser publicado ou, então, deverá haver ato aditivo, ou de acréscimo ou correção
sobre o Edital já publicado. Se na fase interna isso tivesse sido corrigido, não
haveria necessidade de alterar, retificar ou anular o Edital.

Importante salientar que, se após a publicação do Edital for constatado erro


insanável, o ato é passível de anulação.

A fase interna é imprescindível para que seja trabalhado, analisado,


escolhido e descrito com certeza e segurança o objeto da licitação, incluindo-se a
escolha e definição de preço, qualidade, desempenho, características, restrições,
prazos, formas de entrega e instalação, entre uma série de outros fatores a serem
apreciados e registrados no edital.

Isso serve, inclusive, em casos de inexigibilidade e dispensa de licitação, já


que a fase interna é fundamental também nesses casos, pois nela ocorrerá a
construção e apresentação das justificativas da Administração. Ou seja, para
dispensar o ato licitatório na aquisição do objeto, a Administração precisa justificar.
O mesmo serve para os casos de inexigibilidade. Precisa ser explicada e é nessa
fase que isso ocorre.

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3.1.1 Procedimentos para abertura de processo licitatório

A licitação se inicia com a instauração de processo administrativo que


autoriza a contratação do objeto, contendo de forma sucinta e simples o objeto a ser
licitado e a indicação dos recursos para garantir as despesas incidentes.

3.1.2 Atos preparatórios – fase interna

A fase interna é composta por atos preparatórios alinhados em uma


sequência obrigatória, assim definida:

a) o órgão, setor ou departamento que deseja adquirir um bem ou serviço


solicita, indicando sua demanda ou necessidade;

b) a autoridade competente aprova o pedido, registrando sua decisão de


forma motivada, considerando os princípios da conveniência, da
oportunidade e da relevância, em relação ao interesse público;

c) o processo deve ser autuado, protocolado e numerado;

d) é confeccionado projeto básico ou termo de referência que especifique


com precisão o objeto a ser licitado, de forma clara, sucinta e objetiva;

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e) em casos em que a Administração vise contratar serviços e obras por
meio das modalidades de Concorrência, Tomada de Preços e Convite, é
obrigatória a elaboração de projeto básico contemplando detalhadamente o
objeto;

f) no caso da Administração contratar ou adquirir bens e serviços comuns,


é necessária a confecção de termo de referência, que exponha detalhada,
sucinta e claramente o objeto;

g) a Administração deverá efetivar pesquisa de mercado, junto a, pelo


menos, três fornecedores do ramo que corresponda ao objeto a ser licitado,
a fim de elaborar estimativa de valor para a desejada contratação ou
aquisição;

h) a Administração deverá indicar claramente os recursos do orçamento


público que garantam a quitação das despesas decorrentes do objeto a ser
contratado ou adquirido;

i) deverá ser analisada e confirmada a devida adequação financeira e


orçamentária, a fim de que a contratação ou aquisição do objeto esteja em
plena conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal, quando o caso
exigir;

j) deverá ser elaborado um projeto executivo, o que pode ocorrer durante a


realização da obra ou do serviço contratado;

k) por fim, a Administração deverá escolher e definir, a cada caso, a


modalidade e o tipo de processo licitatório a serem empregados.

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3.1.3 Juntada documental

Segundo o Tribunal de Contas da União (BRASIL, 2010), há documentos


que devem ser juntados ao processo licitatório. Ou seja, é ato obrigatório a juntada
no processo dos seguintes documentos:

 ato convocatório (Edital ou Convite) com seus anexos, quando existirem;

 comprovante de publicação do Edital e ou protocolo da entrega dos


convites, ou, ainda, outros comprovantes de publicações que possam existir;

 ata de designação da comissão licitatória, do pregoeiro e da equipe de


apoio, ou, então, do responsável pelo convite;

 propostas originais e documentos concernentes e em anexo, se houver;

 todas as atas, deliberações e relatórios da Comissão;

 pareceres técnicos e ou jurídicos atinentes à licitação, inclusive em caso


de dispensa e ou inexigibilidade;

 atos de adjudicação e de homologação;

 todos os recursos apresentados pelos licitantes, incluindo-se todas as


manifestações e decisões incidentes, que forem devidamente registradas;

 despachos de anulação e ou revogação fundamentados, quando for o


caso;

 termo de contrato ou instrumento que o valha, quando o caso exigir;

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 outros documentos que sejam ou estejam vinculados ao processo
licitatório.

Você sabia...

“Todos os documentos devem ser juntados


ao processo respeitando a ordem cronológica.
E todas as folhas do processo devem ser
numeradas.” (BRASIL, 2010)

3.1.4 Lei de Responsabilidade Fiscal

A Lei de Responsabilidade Fiscal determina que se adéqua à Lei as


despesas que: tenham dotação orçamentária definida especificamente e ou
atingidas por crédito genérico; somadas por espécie, realizadas ou a realizar,
estejam contempladas previamente nos programas e não ultrapassem, em valor, os
limites predeterminados para o exercício planejado; sejam compatíveis com o plano
plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias; não infrinjam qualquer
dispositivo legal previsto na própria Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não se enquadram nessa norma as despesas consideradas irrelevantes. O


que são despesas irrelevantes? São aquelas despesas reconhecidas como de
pequena expressão econômica, contempladas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.
E essas despesas irrelevantes estão descritas, em percentual, inicialmente, na Lei
8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos).

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Gontijo e Araújo (2006) definem despesas irrelevantes como sendo:

[...] a Lei nº 11.178, de 20 de setembro de 2005 (LDO), que dispõe sobre as


diretrizes para a elaboração da lei orçamentária de 2006, define no art. 121,
inciso II, as despesas irrelevantes como sendo aquelas despesas cujo valor
não ultrapassem, para bens e serviços, os limites dos incisos I e II do art. 24
da Lei nº 8.666, de 1993, ou seja, respectivamente, R$ 15.000,00 para
obras e serviços de engenharia e R$ 8.000,00 para compras e outros
serviços (BRASIL, 2006). Estes são os limites previstos para as hipóteses
de licitação dispensável em razão do valor. (GONTIJO; ARAÚJO, 2006,
grifo nosso).

Assim, cabe concluir que a autoridade competente e a comissão de licitação


precisam adotar todas as ações que conduzam à rigorosa observância da legislação
vigente para que os atos no processo licitatório não sejam considerados nulos. Além
disso, despesas que extrapolem os limites da lei são consideradas lesivas ao Poder
Público. E quando isso for constatado, por esses atos, os gestores públicos
respondem, tanto nas esferas criminal, como civil e administrativa, se o caso assim o
exigir, pois uma ação não invalida a outra.

Exemplificando: percebe-se que o agente público supostamente tenha


infringido a lei. Nesse caso, a Administração pode instaurar um processo
administrativo que irá desencadear numa punição, como, por exemplo, uma
advertência, ou suspensão, ou até exoneração do cargo a bem do serviço público.
Isso não invalida a possibilidade de instauração de um processo criminal que o
mesmo servidor deva responder perante a justiça pública, podendo, inclusive, ter
contra si sentença judicial condenatória, concomitantemente com a punição
administrativa.

Por tudo isso, é muito importante que, ao instruir processo licitatório, os


agentes públicos envolvidos, seja administrador, pregoeiro ou membro de equipe de
apoio, observem com rigor técnico o que determina a lei, ou seja, os parâmetros
legais a serem atendidos.

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3.1.5 Audiência pública

O que é audiência pública? É um instrumento que a Administração utiliza


visando à participação de toda a sociedade no processo licitatório. Ela é aberta a
todas as pessoas, mesmo àquelas que não estejam interessadas no objeto da
licitação. E ela deve dispor para todas as pessoas – independentemente se tenham
interesse no assunto ou não – livre acesso a todos os documentos e informações
correspondentes ao objeto a ser licitado,.

Por outro lado, para a Administração, é um momento importante para coletar


informações junto à sociedade sobre o objeto, como, por exemplo, o preço médio do
objeto, as condições de oferta no mercado, etc. A Administração pode, também,
instaurar audiência pública para discutir com a sociedade questões atinentes ao
objeto, antes de instaurar o processo licitatório. Então, por exemplo: a Administração
deseja adquirir uma aeronave. Pode chamar à audiência pública toda a sociedade
para decidir se instaura processo licitatório para compra do veículo ou simplesmente
para desistir da aquisição em face da manifestação pública.

O Tribunal de Contas da União (BRASIL, 2010) informa que a audiência


pública é obrigatória quando o valor do objeto a ser licitado ou um conjunto de
licitações sucessivas e simultâneas ultrapasse o valor de R$ 150.000.000,00 (cento
e cinquenta milhões de reais).

Sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de


licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite
previsto no art. 23, Inciso I, alínea c, da Lei 8.666/1993, ou seja, R$
150.000.000,00, o procedimento licitatório será precedido obrigatoriamente
de audiência pública (BRASIL, 2010. p. 146, grifo nosso).

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A autoridade responsável pela licitação deve noticiar a convocação para
audiência pública com antecedência mínima de dez dias úteis. E a publicação do
Edital não pode acontecer antes do prazo mínimo de 15 dias úteis depois de
ocorrida a audiência (BRASIL, 2010).

Então, na prática, exemplificando: a Autoridade responsável pela licitação


convoca a audiência pública, com antecedência de dez dias úteis antes da sua
realização. Executa a audiência pública no dia que havia sido definido, onde são
coletadas informações por parte de todos e são tomadas as decisões sobre o objeto
a ser licitado. Quinze dias úteis depois da audiência, a Autoridade já pode publicar o
Edital da licitação, para convocar os interessados em fornecer o objeto desejado.

É muito importante salientar o fato de que:

[...] nas audiências públicas, os órgãos públicos não se submetem à


vontade da sociedade, mas estão abertos para ouvir a todos e também
colaborarem na busca de uma solução que traga menos traumas. (CÉSAR,
2011)

A figura da audiência pública é incontestavelmente necessária e


imprescindível para garantia da democracia e participação popular na gestão
pública. Podemos comprovar isso nas seguintes palavras:

A audiência pública é uma das principais formas de participação popular e


de controle da Administração Pública, favorecendo a busca de decisões
políticas legítimas e transparentes, por meio da troca de informações entre
administrados e Poder Público. Pode ser conceituada como a reunião ou
assembléia convocada pelo Poder Público, por meio de ampla divulgação,
em que toda a população é convidada a receber informações sobre
projetos, planos e políticas urbanas e a discutir tais questões, com a
possibilidade de expressar livremente sua opinião. (ZANDONADE; ROSSI,
2007)

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Assim, é possível reconhecer a relevância e o significado das audiências
públicas como instituto democrático tanto no campo das licitações quanto em todas
as demais áreas que abrangem a gestão pública participativa.

3.1.6 Obras e serviços

O Tribunal de Contas da União (BRASIL, 2010) determina que licitações


para execução de prestação de serviços e obras somente poderão ocorrer se:

- Houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível


para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
- Existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de
todos os custos unitários;
- Houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento
das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no
exercício financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma de
desembolso;
- A obra ou o serviço estiver incluído nas metas estabelecidas no PPA, se
for o caso. (BRASIL, 2010, p. 149).

No mesmo texto informativo, o Tribunal de Contas da União (TCU)


determina que não poderão ser incluídos no objeto a ser licitado:

- Obtenção de recursos financeiros para execução de obras e serviços,


qualquer que seja a origem, exceto nos casos de empreendimentos
executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da
legislação específica;
- Compra de materiais e contratação de serviços sem previsão de
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do
projeto básico ou executivo. (BRASIL, 2010, p. 149)

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O mesmo diploma informativo (BRASIL, 2010) dispõe que execução de
obras e serviços deve sempre ser programada na sua totalidade. Os custos devem
ser contemplados e descritos considerando os custos atuais e os finais, sem deixar
de fora a predefinição de todos os prazos.

A execução de obras e serviços pode ser de duas formas: direta, quando a


Administração faz uso de meios próprios; e indireta, quando a Administração
contrata terceiros para execução. Na forma indireta, a contratação pode ser feita nos
regimes de:

 empreitada por preço global – é aquela que a Administração contrata


com preço total definido. Exemplos: a construção de um prédio ou a
restauração de uma ponte. O pagamento, nesse formato, ocorre por etapas.
Concluída a etapa, há liberação do pagamento referente àquela etapa e
assim sucessivamente, até o final da obra ou do serviço;

 empreitada por preço unitário – diferentemente da empreitada por


preço global, no formato por preço unitário, o pagamento deve corresponder
e ocorrer por unidade produzida. Por exemplo, a obra ou o serviço pode ser
medido por metro ou por peças colocadas e assim deve ser pago;

 tarefa – este formato é adequado para contratação mão de obra para


execução de serviços pequenos, com preço predefinido, independentemente
de estarem inclusos materiais ou não. O pagamento se dá ao final do
trabalho contratado. Exemplo: a pintura de um prédio ou o reparo em um
sistema hidráulico;

 empreitada integral – nesse formato, o contratado assume todas as


responsabilidades decorrentes da empreitada, em todas as fases,
considerando todos os requisitos essências, básicos e técnicos na gestão e
execução da empreitada, até a entrega do objeto concluso à Administração
(BRASIL, 2010).

Importante saber que o licitante vencedor não é obrigado a adotar custos


unitários que foram ofertados pelos licitantes vencidos. Assim, caso o vencedor não

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tenha discriminado na proposta os custos unitários da forma como o vencido havia
feito, a Administração não pode exigir que ele mude seu formato de proposta para
ficar igual ou similar à proposta dos vencidos.

3.1.6.1 Projeto básico

Todas as licitações executadas nas modalidades de Tomada de Preço,


Concorrência ou Convite para obras e serviços de engenharia devem ser precedidas
de projeto básico. Ou seja, esse projeto é obrigatório nessas modalidades, para
obras e serviços de engenharia. Deve ser confeccionado pelo órgão ou entidade
interessada em adquirir o objeto. Servirá como base para elaboração do ato
convocatório e deve ser aprovado pela autoridade que autorizou o processo
licitatório.

A Lei 8.666/93 disciplina a execução do projeto básico, no qual deve conter


análise técnica que determine a viabilidade técnica da obra ou do serviço, assim
como nele também deve estar definido o adequado tratamento ambiental por
ocasião da obra ou do serviço. Isto serve também para os casos de Inexigibilidade e
Dispensa de Licitação.

O projeto deve descrever os custos incidentes, os prazos e os métodos de


execução da obra ou serviço.

Para que seja amplamente esclarecido o conceito, traz-se o Art. 6º, Inciso
IX, letras “a” a “f”, da Lei 8.666/93, o qual define o que é projeto básico e os
elementos necessários que nele devem estar contidos:

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IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou
complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas
indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento,
e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e
do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global
da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de
forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante
as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que
assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o
caráter competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a
obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,
compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as
normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; [...]
(BRASIL, 1993, grifos nossos).

O TCU define que, para serviços de manutenção preventiva e corretiva, o


projeto básico deve conter: detalhamento do objeto; periodicidade e horário de
visitas de manutenção; prazos para atendimento de chamadas; equipe mínima e
registro profissional de equipe técnica de atendimento; existência de plantonista, se
o caso exigir; relação de materiais de reposição; estoque mínimo necessário no local
de prestação dos serviços; exigência de oficina, se for o caso; e descrição de local
de conserto e reparo de equipamentos e aparelhos (BRASIL, 2010).

O TCU também informa que, apesar do projeto básico estar, em lei, definido
como imprescindível somente para obras e serviços de engenharia, o entendimento
geral dos tribunais no País é o de que o projeto básico é também necessário para
execução de qualquer tipo de serviço.

O projeto básico propicia à Administração conhecer completamente o objeto


a ser licitado. E, ainda, o projeto básico afasta da autoridade licitante qualquer
dúvida sobre o objeto licitado. A ausência do projeto ou irregularidades, como

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deficiências de informação ou vícios técnicos, não raras vezes, pode conduzir a
atrasos, cancelamentos, anulações, tanto de obras e serviços, como das próprias
licitações, trazendo prejuízos à Administração como um todo.

3.1.6.2 Projeto executivo

O projeto executivo também é obrigatório, além do projeto básico, para


obras e serviços de engenharia. Nele devem estar contidos detalhadamente todos
os elementos necessários para execução dos serviços ou da obra.

Diferentemente do projeto básico, que, em geral, é confeccionado pela


Administração, podendo também ser feito por contratado somente para isso, o
projeto executivo tem que ser produzido pelo contratado para execução da obra ou
serviço. O projeto executivo não precisa ser apresentado previamente, podendo ser
elaborado durante a execução dos serviços ou da obra, de acordo com o andamento
e conclusão das etapas. Porém, o ato convocatório deve prever e exigir o projeto
executivo, podendo, inclusive, discriminar local e tempo para análise do projeto
juntamente com a análise das propostas apresentadas.

Simplificando...

“A Administração utiliza o projeto básico para


discriminar o objeto a ser licitado.
E o contratado utiliza o projeto executivo para
detalhar o andamento e execução da obra ou serviço”
(BRASIL, 2010).

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3.1.7 Terceirização

Os processos de terceirização por parte da Administração Pública estão


disciplinados no Decreto nº 2.271/97 e na Instrução Normativa nº 02/08. O Art. 1º do
Decreto nº 2.271/97 reza:

Art . 1º No âmbito da Administração Pública Federal direta, autárquica e


fundacional poderão ser objeto de execução indireta as atividades materiais
acessórias, instrumentais ou complementares aos assuntos que constituem
área de competência legal do órgão ou entidade. § 1º As atividades de
conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática,
copeiragem, recepção, reprografia, telecomunicações e manutenção de
prédios, equipamentos e instalações serão, de preferência, objeto de
execução indireta. (BRASIL, 1997)

A terceirização deve ser caracterizada como prestação de serviços, e na


descrição do objeto a ser contratado deverão ser discriminadas: a justificativa da
necessidade dos serviços, a relação entre a quantidade a ser contratada e a
necessidade dos serviços ou obras, e, ainda, o demonstrativo de resultados a serem
alcançados em economicidade e aproveitamento de recursos humanos e materiais.

Na formulação dos contratos não podem ser incluídos dispositivos de:


previsão de reembolso de salários por parte da Administração, na condição de
contratante; objeto caracterizado exclusivamente como mão de obra; subordinação
direta dos empregados da contratada para com a Administração; ou, ainda,
indexação de preços por índices gerais, setoriais ou com variação de custos, em
contratos com duração inferior a um ano (BRASIL, 2010).

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3.1.8 Compras

Todo e qualquer processo de compra deverá ser caracterizada com a


discriminação detalhada do objeto a ser adquirido e com a discriminação dos
recursos necessários e disponíveis para pagamento. Sempre que possível, a
compra deverá atender ao princípio da padronização, ser processada pelo sistema
de registro de preços, igualar-se ao sistema de compras e quitação do setor privado,
atender ao princípio da economicidade, pela lógica do parcelamento, para
pagamento, e ter seus preços balizados pela prática geral dos demais órgãos e
instituições públicas (BRASIL, 2010).

Para que o processo de compras atenda a esses princípios, a autoridade


pública deve ater-se às pesquisas de mercado, junto à iniciativa privada e às demais
instituições e órgãos públicos, a fim de reconhecer pormenorizadamente as
características do objeto a ser licitado, como disponibilidade, qualidade, preço,
desempenho, prazos de entrega, entre outros.

Há outros fatores condicionantes que devem ser atendidos no processo de


compra, como a especificação do objeto sem definição de marca. Ou seja, não cabe
à Administração exigir determinada marca em objeto a ser licitado. Isso contraria a
lei, pois fere o princípio da igualdade entre os participantes do certame licitatório.
Compete a ela, a Administração, definir o objeto e apreciar as propostas de todas as
marcas disponíveis e interessadas em participar da disputa, à exceção única de que
haja, excepcionalmente, comprovada necessidade inequívoca e específica de uso
de uma marca, em detrimento de todas as demais, para o bem da Administração
Pública.

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As condições de armazenamento do objeto devem ser consideradas, a fim
de se evitar a deterioração do objeto, por exemplo, e o consequente prejuízo por
perdas evitáveis por parte da Administração. A definição das quantidades a serem
adquiridas é fundamental, a fim de se poder adquirir em parcelas, assim como
também pagar da mesma forma, visando economia e melhores práticas econômicas
de consumo e uso dos serviços contratados. A Administração deve também dar
atenção especial aos critérios de sustentabilidade ambiental (BRASIL, 2010).

3.1.8.1 Padronização

Padronização é o conjunto de observações e especificações técnicas e de


desempenho compatíveis a determinado grupo de objetos. Em outros termos, é um
conjunto de padrões, características e/ou modelos predefinidos. E a lei de licitações
exige que a Administração, sempre que possível, atenda ao princípio da
padronização.

A Administração deve pautar suas exigências de padronização,


considerando bens e serviços já contratados por outros órgãos ou instituições
públicas ou a serem contratados. E o sistema de padronização se assenta sobre
laudos, perícias e pareceres técnicos de padronização, os quais descrevem
detalhadamente as características dos bens e serviços.

A padronização é, em geral, aplicada à aquisição de bens, podendo ser


estendida também a contratação de serviços. Deve ser objetiva e técnica. Não
determinando, com isso, que a contratação deva ser direta, por inexigibilidade.
Nesse caso, se e quando houver, a Administração deve deliberar motivadamente.
Ou seja, precisa justificar a inexigibilidade.

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3.1.8.2 Marca

É imprescindível que a Administração, no ato convocatório, discrimine


detalhadamente as características e os padrões de qualidade, prazos, desempenho
e outros sobre o objeto a ser licitado, a fim de que os licitantes possam apresentar
propostas claras no tocante ao objeto. Se não houver essa discriminação, os
licitantes se atêm ao critério de menor preço, desconsiderando a qualidade do objeto
a ser entregue.

O TCU informa que, na prática, por experiência, os órgãos e instituições


públicas enfrentam problemas desta natureza, quando adquirem objetos, como, por
exemplo: canetas que não escrevem ou que vazam, ou, ainda, que contenham tinta
que resseca rápido; tubos de cola com excesso de água no seu interior; lápis com
grafites defeituosos; elásticos que ressecam; copos plásticos muito finos; clipes que
enferrujam; equipamentos que não funcionam; cadeiras e mesas com forros e
coberturas que se soltam ou racham, ou de madeiras que incham; gavetas que não
funcionam; parafusos que espanam; entre tantos outros objetos (BRASIL, 2010).

É justamente por isso, que o ato convocatório deve conter, além das
especificações de qualidade do objeto, também a forma e critérios de análise da
qualidade do objeto, ou dos prazos e especificações de entrega. Há possibilidade de
que no ato convocatório seja definida apresentação de modelos ou protótipos para
testagem e análise. Caso o licitante não apresente o modelo ou protótipo, ou
apresente em desconformidade com as especificações do edital, deve ser
desclassificado do certame.

Pode ser indicada marca como parâmetro de qualidade, porém, o TCU


afirma categoricamente: “O que a lei de Licitações veda e os Tribunais de Contas

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condenam, especialmente o TCU, é a preferência por determinada marca ou
indicação sem devida justificativa técnica nos autos” (BRASIL, 2010, p. 219).

Por fim, é importante salientar que, caso a Administração não discrimine


detalhadamente os aspectos técnicos do objeto no ato convocatório, os efeitos
recairão sobre a compra que, se ocorrer, consequentemente será mal sucedida,
exigindo novas compras e, em razão disto, prejuízos ao erário público.

3.1.8.3 Parcelamento

A Lei 8.666/93 (Lei das Licitações) exige o parcelamento quando o objeto a


ser contratado for divisível. E isso não pode determinar prejuízo ao conjunto total do
objeto contratado.

Cada parcela a ser contratada ensejará licitação específica e independente.


Por exemplo: se a Administração desejar limpar um terreno e nele instalar postes de
comunicação, poderá licitar para a limpeza da área como uma etapa e licitar para a
colocação dos postes como outra etapa. E licitar para a instalação elétrica e
eletrônica dos equipamentos de comunicação nos postes já colocados no terreno,
numa terceira e última etapa. Poderia hipoteticamente haver outras, como
cercamento da área. Ou seja, o objeto global se define pela instalação de postes de
comunicação efetivada em parcelas independentes.

Para tanto, a Administração deve definir o objeto e analisar sobre a


viabilidade do parcelamento considerando todos os princípios que já foram
estudados até aqui.

Há alguns cuidados importantes, como a análise criteriosa da escolha no


parcelamento, sem que haja aumento das despesas orçamentárias, em relação à

AN02FREV001/REV 4.0

83
contratação global do objeto, pela inobservância da economia de escala. Outro
detalhe a ser observado é o fato de que a escolha da modalidade não pode ser
alterada. Se escolhida determinada modalidade para o objeto global, deve ser
mantida para licitação das parcelas. E o administrador pode optar por licitar por meio
de processos distintos e separados, assim como todos juntos em oportunidade
única.

Não custa lembrar...

“A lógica da economia de escala sugere


que quanto mais unidades são compradas de
um mesmo objeto, menor será o preço a ser
pago po cada unidade adquirida.”

É preciso lembrar que parcelamento tem a ver com a separação em etapas


na execução do objeto, diferentemente do conceito de fracionamento, o qual tem a
ver com a divisão de despesas para dispensa ou mudança de modalidade de
licitação. São conceitos distintos, ligados a dimensões diferentes. Isso é muito
importante e precisa ser lembrado sempre.

Há casos em que a Administração pode definir cotas de até 25% do total do


objeto, conforme previsto na Lei 123/06. Isso pode ocorrer quando a legislação
assim permitir para o órgão licitante, devendo estar definido no ato convocatório,
precisando estar demonstrado que tal decisão seja vantajosa para a Administração,
que não produza prejuízo ao objeto, que exista, no mínimo, três fornecedores
enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte, sediados na
região e capacitados para atendimento ao objeto, que a parcela a ser licitada não

AN02FREV001/REV 4.0

84
exceda aos 25% no total do exercício e que o objeto não se enquadre em casos de
dispensa e inexigibilidade (BRASIL, 2010, p. 228).

3.1.8.4 Sistema de Registro de Preço

O Sistema de Registro de Preços (SRP) como é conhecido é o conjunto


formal de registros de preços praticados pela Administração para aquisição de bens
e serviços. Trata-se de um cadastro de fornecedores, bens e serviços contratados
por licitações, disponíveis para eventuais ou futuras contratações ou aquisições
(BRASIL, 2014, p. 12).

O registro de preços pressupõe que os interessados em fornecer bens e


serviços ao Poder Público aceitam manter no sistema as informações empresariais e
de seus produtos e serviços disponíveis, por determinado período – em geral, o
tempo definido pela Administração para manutenção do cadastro –, havendo sempre
processos de atualização e recadastramento.

Isso, entretanto, não obriga a Administração a contratar serviços ou bens


cadastrados, mas poderá fazê-lo pelos preços e condições constantes nos
cadastros, tantas vezes quantas entender necessárias, dentro do prazo de validade
do cadastro.

Quando houver fatos que interrompam a prestação dos serviços ou impeçam


a entrega dos bens por motivos vinculados ao contratado, a Administração pode,
entre outras medidas administrativas, promover o cancelamento do cadastro do
respectivo fornecedor.

Uma característica importante em licitações junto ao Sistema de Registro de


Preços é o fato de que elas podem ser realizadas independentemente de qualquer

AN02FREV001/REV 4.0

85
dotação do orçamento público, em razão de que a Administração, mesmo licitando,
não se obriga a contratar o objeto licitado.

Administração não está impedida de licitar e contratar objeto que não esteja
cadastrado no Sistema de Registro de Preços.

Na prática, os órgãos públicos e os governos possuem sites de Registro de


Preços, para cadastro on-line de fornecedores, como, por exemplo, em âmbito
federal, existe o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF), em
que as pessoas, físicas e jurídicas, podem se cadastrar para fornecerem bens e
serviços à União e aos órgãos públicos vinculados ao sistema.

O Sistema e Registro de Preços deve ser adotado preferencialmente:


quando houver necessidade de contratações frequentes de um mesmo objeto;
quando, pelas características do objeto a ser contratado, a Administração não
consiga definir previamente as quantidades necessárias às suas demandas; quando
for mais conveniente para entrega dos serviços ou bens de forma parcelada; ou,
ainda, quando o objeto vise atender a programas de governo e ou mais de um órgão
de forma dispersa.

Para que se compreenda como as informações de registro de preços


ocorrem e trafegam, é importante saber que, após as licitações, o registro de preços
deve ser registrado em Ata de Registro de Preços, com as informações dos
valores apresentados nas propostas dos licitantes, ata que deverá ficar disponível
para todos os órgãos da Administração, independentemente de terem licitado ou
não, para consulta. O prazo máximo de validade da ata de registro de preço é de um
ano. Excepcionalmente, quando a proposta vencedora da licitação demonstrar-se
vantajosa para a Administração, ela poderá prorrogar a validade dos valores
constantes na ata por mais 12 meses, desde que justificadamente.

AN02FREV001/REV 4.0

86
3.1.9 Elaboração do ato convocatório

Ato convocatório, denominado Edital ou Convite, trata-se de lei interna das


licitações públicas (BRASIL, 2010, p. 253). O sucesso das licitações depende
diretamente da adequada formulação e publicação do ato convocatório.

Nele devem constar todos os aspectos atinentes ao objeto a ser licitado,


incluindo qualidade, desempenho, prazos, tipos, formas, tamanhos, objetivos,
quantidades e demais informações, de forma clara, precisa e concisa, a fim de que
os licitantes possam ofertar seus bens e serviços dentro dos limites exigidos pela
Administração.

Nele devem constar também formas e prazos de recursos. Deve ser datado,
numerado, rubricado e assinado pela autoridade pública que o expedir. Deve ser
dele extraídas cópias para ampla divulgação pública e juntada nos autos do
processo licitatório.

Há o princípio de vinculação ao instrumento convocatório, que vincula as


partes do processo, Administração e licitantes. E, consequentemente, as exigências
constantes no ato convocatório, desde que não sejam ilegais, devem ser atendidas
plenamente por todos os participantes do processo.

O ato convocatório possui um preâmbulo e nele devem constar:

- O número de ordem da licitação em série anual;


- Nome do órgão ou entidade contratante e do setor interessado;
- Modalidade de licitação (concorrência, tomada de preços, convite ou
Pregão;
- Regime de execução: empreitada por preço global, empreitada por preço
unitário, tarefa ou empreitada integral;
- Tipo da licitação: menor preço, melhor técnica ou técnica e preço;

AN02FREV001/REV 4.0

87
- Menção de que o ato é regido pela Lei nº 8.666/1993, quando a licitação
referir-se às modalidades concorrência, tomada de preços ou convite, ou
pela Lei nº 10.520/2002, quando se tratar de pregão.
- Local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta para o
início da abertura dos envelopes. (BRASIL, 2010, p. 254)

O ato convocatório deverá possuir as seguintes condições essenciais:

- Objeto da licitação, com descrição sucinta e clara;


- Prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos
instrumentos equivalentes, para execução do contrato e entrega do objeto
da licitação;
- Local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
- Se há projeto executivo disponível na data da publicação do ato
convocatório e o local onde possa ser examinado e adquirido;
- Condições de habilitação e forma de apresentação das propostas;
- Critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
- Locais, horários e códigos de acesso aos meios de comunicação à
distância, em que serão fornecidos elementos, informações e
esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das
obrigações necessárias ao cumprimento do objeto;
Condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e
estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
- Critério de aceitabilidade dos preços unitários e global, conforme o caso,
permitida a fixação de preços máximos e vedada a de preços mínimos.
Veda-se estabelecimento de critérios estatísticos ou faixas de variação em
relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º
do art. 48 da Lei nº 8.666/93.
- Critérios de reajuste, ou condições de repactuação de preços, quando for
o caso;
- Limites para pagamento de instalação e mobilização, quanto à execução
de obras ou prestação de serviços;
- Condições de pagamento prevendo:
- Prazo de pagamento não superior a trinta dias contados da data
final do período de adimplemento de cada item, etapa ou parcela;
- Cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade
com a disponibilidade de recursos financeiros, quando for o caso;
- Critério de compensação financeira dos valores a serem pagos
desde a data final do período de adimplemento de cada item, etapa ou
parcela, até a data do efetivo pagamento;
- Compensações financeiras e penalidades por eventuais atrasos,
descontos ou antecipações de pagamentos;
- Exigência de seguros, quando for o caso.
- Instruções e normas para os recursos previstos nas Leis nºs 8.666/39, no
caso de concorrência, tomada de preços ou convite; 10.520/02, quanto a
pregão;
- Condições de recebimento do objeto da licitação;
- Sanções para o caso de inadimplemento;
- Outras indicações específivas ou peculiares à licitação (BRASIL, 2010, p.
255, grifo nosso).

AN02FREV001/REV 4.0

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O ato convocatório deve informar claramente sobre os prazos mínimos para
o licitante vencedor fornecer o bem ou prestar o serviço objeto da licitação, sobre a
validade das propostas, a contar da data prevista para recebimento dos envelopes,
sobre a garantia, a contar do recebimento e funcionamento do objeto e, também
sobre a vistoria do local de execução do objeto, entre outras particularidades
similares, atinentes ao objeto (BRASIL, 2010, p. 256).

Além das condições essenciais, o ato convocatório deve conter os seguintes


anexos:

- Projeto básico e ou executivo, com todas as partes, desenhos,


especificações e outros complementos;
- Orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários;
- Minuta de contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante
vencedor;
- Especificações complementares e normas pertinentes à licitação.
(BRASIL, 2010, p. 257)

Veja exemplos de Atos convocatórios...

No site do Tribunal de Contas da União


(TCU) você tem acesso a editais publicados.

Acesse http://www.tcu.gov.br

AN02FREV001/REV 4.0

89
3.2 FASE EXTERNA (EXECUTÓRIA)

A licitação na sua fase externa tem continuidade a partir da publicação do


ato convocatório, passando pela contratação dos serviços ou bens ofertados pelo
licitante vencedor, estendendo-se até a execução dos serviços, das obras ou do
fornecimento do bem.

Para as modalidades de tomada de preço, convite e concorrência, há uma


série de atos sequenciais e interdependentes. Ou seja, o próximo passo depende do
anterior. São eles:

- Publicação do resumo do ato convocatório;


- Fase impugnatória, com republicação do edital e reabertura do prazo,
quando for o caso;
-Recebimento dos envelopes com a documentação e as propostas;
- Abertura dos envelopes com a documentação;
- Verificação da habilitação ou inabilitação dos licitantes;
- Fase recursal, com efeito suspensivo até a decisão do recurso, se houver;
- Abertura dos envelopes com as propostas;
- Julgamento das propostas;
- Declaração do licitante vencedor;
- Fase recursal, com efeito suspensivo até a decisão do recurso, se houver;
- Homologação / aprovação dos atos praticados no procedimento;
- Adjudicação do objeto à licitante vencedora;
- Empenho da despesa;
- Assinatura do contrato ou retirada do instrumento equivalente (BRASIL,
2010, p. 279)

Como já foi apresentado anteriormente, no Pregão, há a inversão das fases,


em relação às demais modalidades licitatórias. No Pregão, a abertura dos envelopes
que contêm a documentação e as propostas ocorre antes da apresentação dos
documentos de habilitação.

AN02FREV001/REV 4.0

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3.2.1 Publicação do ato convocatório

O ato convocatório, após ser publicado na íntegra em jornal de grande


circulação e na imprensa oficial, dependendo da modalidade do certame, precisa ser
publicado em formato resumido, dependendo de alguns fatores. Para a modalidade
de Pregão, o Edital resumido deve ser publicado, para bens e serviços de valores
estimados em até R$ 160.000,00:

“- No Diário Oficia do respectivo ente federado;

- Em meio eletrônico, na internet, facultativamente” (BRASIL, 2010, p. 281).

Para bens e serviços de valores estimados de R$ 160.000,00 até R$


650.000,00, deve ser publicado:

“- No Diário Oficia do respectivo ente federado;

- Em meio eletrônico, na internet, facultativamente;

- Em jornal de grande circulação local” (BRASIL, 2010, p. 281).

Para bens e serviços de valores estimados superiores a R$ 650.000,00,


deve ser publicado:

“- No Diário Oficia do respectivo ente federado;

- Em meio eletrônico, na internet, facultativamente;

- Em jornal de grande circulação regional ou nacional” (BRASIL, 2010, p.


282).

AN02FREV001/REV 4.0

91
Na modalidade de Pregão Eletrônico, há outras configurações para
publicação do ato declaratório resumido, conforme descrito a seguir.

Para bens e serviços de valores estimados em até R$ 650.000,00, deve ser


publicado:

“- No diário Oficial da União;

- Em meio eletrônico, na internet;” (BRASIL, 2010, p. 282).

Para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 650.000,00 e até


R$ 1.300.000,00, deve ser publicado:

“- No diário Oficial da União;

- Em meio eletrônico, na internet;

- Em jornal de grande circulação local” (BRASIL, 2010, p. 282).

Para bens e serviços de valores estimados acima de R$ 1.300.000,00, deve


ser publicado:

“- No diário Oficial da União;

- Em meio eletrônico, na internet;

- Em jornal de grande circulação regional ou nacional” (BRASIL, 2010, p.


282).

Na divulgação de Pregão realizado para o Sistema de Registro de Preços,


independentemente do valor estimado, a publicação deve ser feita:

“- No diário Oficial da União;

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- Em meio eletrônico, na internet;

- Em jornal de grande circulação regional ou nacional” (BRASIL, 2010, p.


282).

Todos os avisos devem informar o local onde os candidatos e interessados


possam acessar o ato convocatório na íntegra.

3.2.2 Prazos

Os prazos para divulgação dos processos licitatórios dependem da


modalidade empregada pela Administração para cada certame. Para Pregão,
Presencial ou Eletrônico, o prazo é de oito dias úteis, em qualquer caso, contados
do dia da última publicação do aviso com o resumo do Edital ou da expedição do
Convite.

Prazos sempre são contados ininterruptamente, se não estiver explicitado no


ato convocatório, ou contrato, que será em dias úteis. Se definidos em dias, correrá
continuamente. Se anuais ou mensais, será contado de data a data. Se no mês não
tiver a data prevista, valerá o último dia do mês.

Para efeitos em licitações, dias úteis são considerados aqueles em que haja
expediente no órgão que está licitando o objeto. Exclui-se o dia do ato e o da
publicação e inclui-se, no prazo, o último dia, sendo que nenhum prazo, em
licitações, transcorrerá sem que os documentos pertinentes ao certame estejam
disponíveis aos interessados para consultas, averiguações, solicitações,
requerimentos ou recursos.

AN02FREV001/REV 4.0

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3.2.3 Participação em licitação

Para participar de licitação, os interessados devem comprovar estarem


habilitados para execução das obras ou serviços ou fornecimento dos bens comuns
referidos como objeto, assim como deverão demonstra que suas atuações mercantis
ou de serviços estão enquadradas no ramo do objeto licitado.

Não podem participar de processo licitatório aqueles que:

- Estejam suspensos para licitar ou contratar com entidade da


Administração que lhe aplicou penalidade;
- Os declarados inidôneos para licitar ou contratar com a Administração,
enquanto persistirem os motivos de punição
- O autor do projeto básico ou executivo quer pessoa física ou jurídica;
- A empresa, isolada ou agrupada a consórcio, responsável pela elaboração
do projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto seja dirigente,
gerente, acionista ou detentor de mais de 5% do capital com direito a voto,
ou controlador, responsável técnico ou subcontratado;
- Servidor ou dirigente do órgão ou entidade contratante ou responsáveis
pela licitação (BRASIL, 2010, p. 302).

Você sabia...

Participação indireta significa a existência de


vínculo comercial, econômico, técnico, financeiro
ou trabalhista entre o autor do projeto com o
licitante ou com o responsável pelo fornecimento
ou atendimento do objeto, incluindo-se, aí, o
fornecimento a este de bens necessários.

AN02FREV001/REV 4.0

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Somente é permitida a participação da execução do objeto em licitação, ao
autor do projeto, desde que esteja na qualidade de consultor ou técnico, na condição
de fiscal, supervisor ou gerente, exclusivamente a serviço da Administração.

A Lei Complementar nº 123/06 determina que as entidades públicas podem


promover licitações destinadas específica e especialmente à microempresas e
empresas de pequeno porte, nas contratações em que o valor estimado do objeto
não seja superior a R$ 80.000,00. No entanto, esse tipo de restrição depende de
fatores condicionantes, que são:

- Existir regulamentação específica na esfera legislativa para o ente no qual


se insere o órgão ou entidade contratante;
- For expressamente prevista no ato convocatório;
- For vantajosa para a Administração e não representar prejuízo para o
conjunto do objeto a ser contratado;
- Houver, no mínimo, três fornecedores competitivos enquadrados como
microempresas ou empresas de pequeno porte sediados no local ou na
região e com capacidade para cumprir as exigências previstas no edital;
- Não exceder o valor licitado a 25% do total realizado em cada exercício;
- Não se enquadrar nos casos de dispensa e inexigibilidade de licitação
previstos nos arts. 24 e 25 da Lei 8.666/93 (BRASIL, 2010, p. 303).

Convém lembrar que mesmo que a Administração privilegie microempresas


e empresas de pequeno porte para participação em certames licitatórios, a
habilitação e o enquadramento no ramo dos serviços ou dos bens comuns a serem
licitados deve ser comprovada para o devido fornecimento.

AN02FREV001/REV 4.0

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3.2.3.1 Consórcios

Quando a Administração permite a participação de empresas em forma de


consórcio para fornecer o objeto a ser licitado, há algumas regras que devem ser
respeitadas por parte dos interessados, que são:

- Comprovação de compromisso público ou particular de constituição de


consórcio, subscrito pelos consorciados;
- Indicação da empresa responsável pelo consórcio que deverá atender às
condições de empresa líder, obrigatoriamente fixadas no ato convocatório;
- Apresentação de documentos exigidos nos arts. 28 a 31 da Lei nº
8.666/93, por parte de cada consorciado. Admite-se, para efeito de
qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado e,
para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores
de cada consorciado, na proporção da respectiva participação;
- Nesse caso, a Administração pode estabelecer acréscimo de até 30% dos
valores exigidos para licitante não consorciado. É inexigível esse acréscimo
para consórcios compostos, na totalidade, por micro e pequenas empresas.
- Impedimento de participação de empresa consorciada, na mesma
licitação, em mais de um consórcio ou isoladamente;
- Responsabilidade solidária dos integrantes pelos atos praticados em
consórcio, tanto na fase de licitação quanto na de execução do contrato, a
constituição e registro do consórcio, nos termos do compromisso subscrito
pelos consorciados (BRASIL, 2010, p. 308).

É obrigatória a constituição e registro do consórcio por parte do vencedor,


antes da celebração do contrato.

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3.2.3.2 Cooperativas

A constituição e funcionamento das cooperativas, no Brasil, é regulada pela


Lei 5.764/71. Basicamente, cooperativas são entidades empresariais, em forma
associativa, sem fins lucrativos, não sujeitas à falência, com a finalidade de prestar
serviços aos seus associados, com natureza e forma jurídicas próprias. Operam por
princípios, como adesão livre e voluntária, singularidade de voto, neutralidade
política, indiscriminação social, racial ou religiosa, prestação de assistência aos seus
associados e área de admissão de sócios limitada em relação a sua própria
estrutura.

As cooperativas podem adotar por objeto qualquer tipo de atividade


profissional. Para que a Administração possa contratar cooperativas, por meio de
certames licitatórios, é necessário que a cooperativa esteja vinculada à organização
representativa empresarial de classe, primeiramente. O que é mais importante, aqui,
é a exigência legal que a entidade pública contratante deva se subordinar ao
Termo de Conciliação Judicial, firmado entre o Ministério Público do Trabalho
e a União. De acordo com esse termo, a cooperativa licitante deve apresentar
relação nominal de todos os seus associados, na juntada de documentos, para
habilitação no processo de licitação.

Em âmbito federal, a União está vedada a contratar cooperativas para as


seguintes atividades: serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância,
portaria, recepção, copeiragem, reprografia, telefonia, manutenção predial, de
equipamentos, veículos e instalações; serviços de secretariado executivo, auxiliar de
escritório, auxiliar administrativo, office-boy, contínuo, serviços de digitação, de
assessoria de imprensa e relações públicas, de motorista (se os veículos forem

AN02FREV001/REV 4.0

97
fornecidos pela Administração), serviços de ascensorista, de enfermagem e de
agentes comunitários de saúde (BRASIL, 2010, p. 308).

3.2.4 Habilitação dos licitantes

Os licitantes devem demonstrar estarem habilitados tecnicamente e também


sob o aspecto econômico-financeiro para atendimento do objeto a ser licitado. Pelo
outro lado, a Administração tem o dever de exigir a comprovação da habilitação,
tanto no campo técnico, como na dimensão econômico-financeira do licitante.

A comprovação da habilitação se dá na abertura dos envelopes, por meio de


documentos, na data prevista no edital convocatório. E por parte da Administração,
as exigências de habilitação devem estar adequadas ao objeto a ser licitado. Há
diversas dimensões de habilitação, como veremos a seguir.

3.2.4.1 Habilitação jurídica

A solicitação para habilitação jurídica ao licitante deve compreender os


seguintes documentos: cédula de identidade, registro comercial, se for empresa
individual; ato constitutivo, contrato social ou estatuto em vigor e devidamente
registrado, estatuto social das sociedades por ações, regidas pela Lei 6.404/76,
acompanhado de documento comprobatório da eleição de seus administradores,
devidamente registrado na Junta Comercial, publicado na imprensa oficial e em

AN02FREV001/REV 4.0

98
jornais de grande circulação da localidade onde esteja a sede da empresa; inscrição
de ato constitutivo, no caso de sociedade civil, e decreto de autorização quando se
tratar de empresa ou sociedade estrangeira, mais autorização de funcionamento de
autoridade competente, se o caso exigir (BRASIL, 2010, p. 346).

3.2.4.2 Regularidade fiscal

Para comprovação de regularidade fiscal, será exigido aos licitantes por


parte da Administração: prova de inscrição no cadastro de pessoa física (CPF/MF)
para pessoa física, prova de inscrição no cadastro nacional de pessoa jurídica
(CNPJ) para pessoa jurídica, prova de inscrição como contribuinte estadual ou
municipal, de acordo com o objeto do contrato e ramo de atividade do licitante, prova
de regularidade com a relação às Fazendas Federal, Estadual e Municipal, de
acordo com o domicílio ou sede do licitante, prova de regularidade perante a
Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por tempo de serviço (BRASIL, 2010, p.
349).

As provas de regularidade se dão pela apresentação de Certidões Negativas


de Débitos emitidas pelos órgãos correspondentes aos recolhimentos fiscais e
tributários obrigatórios e, também, pela emissão de Certidão Negativa de Débito de
tributos federais e de dívidas ativas da União (BRASIL, 2010, p. 350).

A Lei 123/06 determina que para pequenas e microempresas, os


documentos comprobatórios de regularidade fiscal deverão ser apresentados
somente por ocasião da assinatura dos contratos com a Administração.

A verificação da regularidade fiscal se dá, inclusive, nos casos de dispensa e


inexigibilidade de licitação.

AN02FREV001/REV 4.0

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3.2.4.3 Qualificação técnica

O licitante interessado em fornecer bens ou serviços à Administração precisa


estar qualificado tecnicamente. E precisa comprovar essa qualificação, pela
apresentação dos seguintes documentos: registro de inscrição na entidade
profissional competente, com comprovante de regularidade junto à instituição. A
Administração não pode exigir recibos de quitação com a instituição, e sim, de
regularidade. Comprovação de aptidão para execução da atividade do objeto a ser
licitado, por meio de apresentação de atestados, adquiridos junto a pessoas jurídicas
para as quais já tenha prestado serviços de complexidade técnica idêntica ou
superior; ou certidões de acervo técnico. Indicação de instalações, equipamentos em
condições e pessoas tecnicamente preparadas, todos disponíveis para execução do
objeto; prova de atendimento a requisitos especiais, se for o caso; e prova de
recebimento dos documentos atinentes e relativos à licitação e à execução do
objeto.

O acervo técnico do profissional diz respeito a suas experiências


profissionais, compatíveis com o objeto a ser licitado, devidamente anotada a
respectiva responsabilidade técnica junto à entidade profissional vinculada.

O acervo técnico da pessoa jurídica tem a ver com o acervo dos


profissionais consultores técnicos e/ou que compõem o quadro técnico da empresa,
devidamente contratados.

Já a certidão de acervo técnico pode ser total ou parcial, de acordo com a


solicitação do profissional junto a sua entidade profissional representativa.

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10
0
3.2.4.3.1 Capacidade técnico-operacional

A capacidade técnico-operacional diz respeito à comprovação de que a


empresa licitante já tenha executado atividades ou fornecido bens compatíveis ou
superiores em complexidade em relação ao objeto da licitação a que se candidata.

A capacidade técnico-operacional pode ser comprovada: com a


apresentação de atestado de aptidão para execução dos serviços ou fornecimento
dos bens idênticos ao objeto; com a indicação das instalações, equipamentos e
pessoal técnico adequados e disponíveis para execução do objeto; e com a
comprovada qualificação dos membros da equipe técnica que será responsável pela
realização do objeto.

3.2.4.3.2 Capacidade técnico-profissional

A capacidade técnico-profissional tem relação com a comprovação por parte


do licitante de que possui profissional devidamente reconhecido por entidade
competente, e possuidor de atestado de responsabilidade técnica para execução do
objeto a ser licitado.

Profissionais contratados pelo licitante para execução do objeto poderão ser


substituídos por outros que demonstrem igual ou superior capacidade técnica dos
substituídos, mediante prévia autorização da Administração.

AN02FREV001/REV 4.0

10
1
Vamos entender...

Capacidade técnico-operacional tem a ver com


capacidade operativa da empresa;

Capacidade técnico-profissional tem a


ver com a capacidade executiva dos profissionais
contratados.

3.2.4.3.3 Atestado de capacidade técnica

O atestado de capacidade técnica é um documento fornecido por pessoa


jurídica para a qual o licitante prestou serviço ou forneceu bens equivalentes ao
objeto da licitação, de maneira satisfatória, no cumprimento de prazos e no alcance
de resultados. O atestado deve informar exatamente quais foram os serviços
prestados ou os bens fornecidos pelo licitante, para que ele possa juntar ao
processo licitatório essa comprovação.

O licitante pode juntar ao processo tantos quantos atestados desejar. Porém,


eles precisam atestar sobre serviços similares em características e complexidade em
relação ao objeto da licitação.

Atestados de capacidade técnica não podem ser exigidos com prazo de


validade. A Administração não pode impor que sejam emitidos com validade dias,
meses ou anos, por exemplo. Da mesma forma, a Administração não pode exigir

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2
que o atestado informe sobre o objeto em determinado período indicado, a não ser
quando a tecnologia passou a ser disponível a partir de determinada época. Assim
como o atestado não pode ser exigido pela Administração com restrição de espaço
ou local onde tenha sido executado o serviço.

Atestado de capacidade técnica tem que estar vinculado ao objeto do


certame licitatório, tem que ter sido fornecido por pessoa jurídica, deve estar
registrado na entidade representativa profissional, se o caso exigir, e nele deve ser
incentivado o somatório de quantitativos para incrementar as disputas no certame.

3.2.3.2.4 Vistoria ou visita técnica

O licitante deve ter acesso a todas as informações do processo licitatório.


Assim, ele poderá solicitar, e/ou a Administração exigir por ato convocatório, visita
técnica do licitante nas dependências do órgão ou instituição pública, para que nele
tome ciência de todas as circunstâncias, equipamentos, instalações, veículos,
ferramentas, peculiaridades, condições e necessidades amplas para a execução do
objeto a ser licitado.

Da visita técnica, poderá ser confeccionada ata ou declaração de visita


técnica pelo próprio licitante, que deverá ser visada pelo órgão contratante.

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3
3.2.4.4 Qualificação econômico-financeira

A situação econômico-financeira do licitante precisa ser analisada pela


Administração para que ocorra a execução do serviço ou entrega do bem. Essa
análise recai sobre documentos que o licitante deve apresentar, que são:

- Balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social,


na forma da Lei, que comprovem a boa situação financeira da empresa,
vedada a sua substituição por balancetes ou balanços provisórios, podendo
ser atualizados por índices oficiais quando encerrado há mais de três meses
da data da apresentação das propostas;
- Certidão negativa de falência ou concordata, ou de recuperação judicial,
expedida pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica;
- Certidão negativa de execução patrimonial, expedida no domicílio da
pessoa física, quando for o caso;
- Garantia, nas modalidades e critérios previstos no caput e § 1º do art. 56
da Lei nº 8.666/1993, limitada a 1% do valor estimado do objeto da
contratação (BRASIL, 2010, p. 430).

Cabe ressaltar que o caput e o § 1º do Art. 56 da Lei 8.666/93 têm redação


alterada pela Lei 8.883/94, que trata de garantias que o licitante precisa fornecer à
Administração somente se estiverem previstas no ato convocatório.

A Administração avaliará a situação financeira e econômica da empresa, de


forma objetiva, por meio da aplicação de regras e índices contábeis, legalmente
instituídos no cenário nacional. E as exigências ao licitante de índices e valores se
darão de forma justificada e motivada, sendo que eles deverão ser aqueles que
usualmente são empregados.

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4
A Instrução Normativa/MARE nº 05/95 institui e regula a execução do
SICAF, determina a base do processo de verificação da situação econômico-
financeira das empresas licitantes.

Caso os índices encontrados na análise não sejam favoráveis ao licitante, a


Administração pode exigir, para execução do objeto, comprovação de capital mínimo
e/ou patrimônio líquido por parte da empresa. Isso serve também em casos de
licitação para compra de bens para entrega futura, execução de obras ou serviços.
E, em todos os casos, o ato convocatório deve prever essas exigências.

As exigências não são cumulativas. Ou seja, ou atende-se a uma ou a outra,


porém o regramento geral define que o capital social mínimo ou o patrimônio líquido
seja de até 10% do valor estimado para execução do objeto; ou, então, que seja
firmada garantia de participação da licitação (garantia de proposta) de até 1% do
valor estimado para execução do objeto a ser licitado.

Pode, ainda, a Administração, em casos excepcionais, exigir do licitante a


apresentação de relatório sobre compromissos financeiros futuros já assumidos,
para análise da saúde operacional, financeira e econômica da empresa.

3.2.4.4.1 Balanço patrimonial e demonstração de resultados

Como já foi citado, o Balanço Patrimonial e as demonstrações contábeis


devem ser apresentadas à Administração, de acordo com a lei, exigência prevista na
Lei 8.666/93.

A forma de constituição societária da empresa produz efeitos de alterações


na forma de elaboração e apresentação desses demonstrativos. Por exemplo, para
sociedades anônimas, regidas pela Lei 6.404/76, o Balanço Patrimonial e as

AN02FREV001/REV 4.0

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5
demonstrações contábeis devem ser cumulativas, referentes ao último exercício,
tudo devidamente registrado e arquivado na Junta Comercial, além de
necessariamente publicado na imprensa oficial da União, dos Estados ou do Distrito
Federal, conforme a localização geográfica da empresa, e, ainda, também publicado
em jornal de grande circulação na localidade onde possuir a sede.

Para as demais empresas, a apresentação dos registros do livro diário


confere a habilitação, desde que, autenticado na Junta Comercial correspondente à
sede da empresa.

Tanto o Balanço Patrimonial como as demonstrações contábeis devem


corresponder ao último exercício, comprovar a boa saúde financeira e econômica da
empresa, estar atualizados pelos índices oficiais constantes no ato convocatório, se
encerrados há mais de três meses anteriormente à data da apresentação da
proposta, se for o caso.

É muito importante conhecer o fato de que a Lei de Licitações veda a


substituição do Balanço Patrimonial e das demonstrações contábeis aqui descritas
por balancetes ou balanços provisórios. Caso o licitante tenha constituído empresa
ou iniciado suas atividades dentro do mesmo exercício em que ocorre a licitação,
poderá apresentar Balanço de Abertura.

3.2.4.4.2 Garantia de participação

Pode ser exigida garantia, por parte da Administração, ao licitante, para que
ele participe da licitação. Essa exigência deve estar prevista no ato convocatório e
não pode exceder, como já mencionado anteriormente, a 1% da despesa estimada
para a execução do objeto do certame.

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6
É relevante a informação de que em Pregão não é permitida a exigência de
garantia de participação aos licitantes. Para as demais modalidades, o licitante pode
optar por dispor a garantia com caução em dinheiro, títulos da dívida pública,
seguro-garantia ou, então, fiança-bancária.

Quando o objeto da licitação diz respeito a equipamentos, como


computadores, por exemplo, a garantia somente se estende ao tempo de uso do
equipamento, no entanto, se o prazo de garantia for superior ao ofertado pelo
fabricante, em geral, o custo do equipamento se eleva. Se a garantia for oferecida
pelo fabricante do equipamento, não há ônus adicional para a licitação. E, como
fator adicional, é conveniente ressaltar que a garantia somente será devolvida ou
liberada após a conclusão do objeto da licitação.

Lembre-se:
a garantia de participação deve constar
no ato convocatório.

3.2.4.4.3 Artigo 7º - Inciso XXXIII da Constituição Federal

O caput do Art. 7º da Constituição Federal do Brasil, e seu Inciso XXXIII,


com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20/98, dispõem o que segue:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
[...]

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7
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos (BRASIL, 1988).

O Inciso V do Art. 27 da Lei 8.666/93, incluído pela Lei 9.854/99, impõe o


cumprimento do Inciso XXXIII do Art. 7º da Constituição Federal, já exposto.
Consequentemente, ou seja, em razão disso, as empresas licitantes deverão
apresentar declaração de não utilização de mão de obra infantil, caso seja solicitada
pela Administração.

Você pode encontrar...

no site do Tribunal de Contas da União


você encontra o modelo de declaração de não-
utilização de mão de obra infantil.
Acesse: http://www.tcu.gov.br

3.2.5 Análise de documentos

Os documentos apresentados pelo licitante serão analisados e confrontados


com as exigências constantes no Edital. Caso não atendam plenamente as
exigências, a empresa licitante será desclassificada do certame, à exceção das
microempresas e empresas de pequeno porte, as quais foram privilegiadas pela Lei
123/06, com a abertura da possibilidade de corrigirem falhas ocorridas na
apresentação dos documentos, em qualquer modalidade licitatória.

AN02FREV001/REV 4.0

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É relevante considerar que essas correções facultadas às microempresas e
empresas de pequeno porte são válidas somente para documentos que digam
respeito à regularidade fiscal do licitante. O licitante terá como prazo para efetivar as
correções dois dias úteis, com possível prorrogação, se a Administração permitir, a
contar do momento em que for declarado como vencedor do certame. Caso não
consiga promover as correções e/ou regularizar sua situação, perderá o direito à
contratação. A partir daí, a Administração poderá convocar os licitantes
remanescentes do certame para executar o objeto da licitação ou, então, promover a
revogação do processo licitatório.

3.2.5.1 Desqualificação de documentos

Caso o licitante apresente o envelope com documentos em falta, ou em


desacordo, ou, ainda, com irregularidades, tudo isso em relação àqueles
documentos que foram exigidos no Edital, será considerado inabilitado, em razão de
que a Administração poderá desqualificá-los ou não aceitá-los.

Quando a licitação for da modalidade Pregão Presencial, o licitante pode


regularizar os documentos durante a sessão de abertura dos envelopes. Em Pregão
Presencial ou Eletrônico, uma vez considerado inabilitado, o licitante fica impedido
de avançar no processo licitatório.

Caso todos os participantes do certame sejam considerados inabilitados, a


Administração poderá abrir prazo de oito dias para que sejam reapresentados os
documentos irregulares ou faltantes. E, nesse caso, somente deverão ser
apresentados ou reapresentados aqueles documentos que foram considerados
desqualificados.

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3.2.6 Apresentação de propostas

Para facilitar a análise de documentos e padronizar a apresentação das


propostas por parte dos licitantes, a Administração pode exigir – por ato
convocatório – padrões, formas e detalhes, comuns a todos, como, por exemplo,
que as propostas sejam elaboradas em papel timbrado com a logomarca da
empresa, ou que as propostas sejam digitadas, ou em quantas vias entender
necessárias para a análise e juntada no processo.

A Administração pode, ainda, exigir critérios, dados e informações, tudo


constando no ato convocatório, para a elaboração da proposta por parte do licitante,
como as que seguem:

- Clareza, sem emendas, rasuras, acréscimos ou entrelinhas;


- Folhas numeradas e rubricadas;
- Razão Social da empresa licitante, número do CNPJ (MF), endereço com
CEP e, se houver, número de telefone (s), de fax, endereço eletrônico
(email);
- Menção à modalidade e ao número da licitação;
- Descrição detalhada e correta das características do bem, da obra ou dos
serviços, conforme especificações constantes no ato convocatório;
- Indicação, quando for o caso, da marca e do modelo do bem, a fim de
caracterizar o produto oferecido;
- Preços em Real (R$), por item, global, lote ou grupo;
- Valores expressos em algarismos e, no que couber, por extenso;
- Prazos de validade das propostas, entrega ou fornecimento do bem,
execução da obra, prestação dos serviços, montagem, instalação, quando
for o caso;
- Menção expressa ao prazo de garantia oferecido;
- Data e assinatura de quem tenha poderes para esse fim;
- Outras informações julgadas necessárias e convenientes ao objeto da
licitação (BRASIL, 2010, p. 472).

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0
Nas licitações em que o objeto seja a aquisição de equipamentos, a
Administração pode exigir do licitante a juntada de documentos informativos do
fabricante.

Nas licitações da modalidade Pregão Eletrônico todos os documentos


deverão ser enviados por meio eletrônico, sendo possível aos participantes ou
substituir a proposta até o momento da abertura da sessão do Pregão. No entanto, é
vedado, nessa modalidade, o envio de qualquer documento que identifique, sob
qualquer forma, a empresa licitante antes do conhecimento das propostas. Caso
isso ocorra, o licitante poderá ser cerceado do direito de participar do processo
licitatório.

Após o horário e data definidos no ato convocatório para abertura da sessão


do Pregão Eletrônico, o recebimento de propostas é automaticamente encerrado
pelo próprio sistema.

A lei define que em licitações das modalidades de Concorrência, Tomada de


Preços ou Convite o prazo de validade de propostas é de 60 dias, enquanto que na
modalidade de Pregão, o prazo também é de 60 dias, porém pode ser outro, se a
Administração assim definir e fizer constar no ato convocatório.

3.2.6.1 Peculiaridades em serviços e bens de informática

O Decreto 7.174/10 regulamenta a contratação de bens e serviços de


informática e automação pela Administração Pública Federal, direta ou indireta,
pelas fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público e pelas demais
organizações sob o controle direto ou indireto da União (BRASIL, 2010).

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1
No seu Art. 5o, assegura preferência na contratação, considerando o
disposto na Lei 8.248/91 para fornecedores de bens e serviços, com a seguinte
ordem:

I - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de


acordo com o Processo Produtivo Básico (PPB), na forma definida pelo
Poder Executivo Federal;
II - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País;
e III - bens e serviços produzidos de acordo com o PPB, na forma definida
pelo Poder Executivo Federal. (BRASIL, 2010)

A mesma norma exige para contratação desse tipo de serviço ou bem a


elaboração de planejamento de contratação, incluindo projeto básico ou termo de
referência com as especificações do objeto. Veda, porém, especificações que:

I - direcionem ou favoreçam a contratação de um fornecedor específico;


II - não representem a real demanda de desempenho do órgão ou entidade;
e III - não explicitem métodos objetivos de mensuração do desempenho dos
bens e serviços de informática e automação. (BRASIL, 2010)

E faz exigências atinentes ao ato convocatório, como a seguir se lê:

o
Art. 3 Além dos requisitos dispostos na legislação vigente, nas aquisições
de bens de informática e automação, o instrumento convocatório deverá
conter, obrigatoriamente:
I - as normas e especificações técnicas a serem consideradas na licitação;
II - as exigências, na fase de habilitação, de certificações emitidas por
instituições públicas ou privadas credenciadas pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - Inmetro, que atestem,
conforme regulamentação específica, a adequação dos seguintes
requisitos:
a) segurança para o usuário e instalações;
b) compatibilidade eletromagnética; e
c) consumo de energia;
III - exigência contratual de comprovação da origem dos bens importados
oferecidos pelos licitantes e da quitação dos tributos de importação a eles
referentes, que deve ser apresentada no momento da entrega do objeto,
sob pena de rescisão contratual e multa; e

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2
IV - as ferramentas de aferição de desempenho que serão utilizadas pela
administração para medir o desempenho dos bens ofertados, quando for o
caso. (BRASIL, 2010)

O Decreto 7.174/10 privilegia as microempresas e as pequenas empresas


em relação às demais no processo de contratação sob vários aspectos. E, também,
disciplina de forma detalhada o processo licitatório na contratação desses serviços e
bens.

Define, ainda, que o julgamento das propostas de serviços e bens de


informática seja baseado em pontuação técnica sobre os critérios: prazo de
entrega, suporte de serviços, qualidade, padronização, compatibilidade,
desempenho e garantia técnica – os quais terão peso de acordo com o objeto a
ser contratado. E a soma total das multiplicações das notas dadas a esses fatores
será determinante para escolha do vencedor do certame. Esses critérios devem
estar descritos no ato convocatório.

A mesma norma avança no enquadramento da matéria. Por certo,


importante, aqui, é o reconhecimento do fato de que julgamento, em processos para
aquisição de serviços ou bens de informática, dá-se por meio e forma específicos.

3.2.6.2 Peculiaridades em serviços de engenharia

Em licitações para aquisição de bens e serviços de engenharia, a


Administração deve analisar individualmente os preços unitários, principalmente em
serviços a ser contratados por regime de empreitada global.

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3
Se a Administração perceber que há preços na proposta superiores aos
praticados usualmente no mercado, deverá negociar com o licitante para ajuste ou
enquadramento de preços unitários.

Se essas negociações não forem bem sucedidas, a Administração precisará


avaliar a relação de custo/benefício para promover outro processo licitatório.
Perdurando inconsistências, a Administração deverá elaborar aditamentos, revisão
de contratos e ou prorrogação de obras, o que desemboca, em geral, em prejuízos à
Administração que contrata.

A Lei 8.666/93 fixa critérios matemáticos para o processo de análise das


propostas nesse tipo de objeto. Por exemplo, proposta apresentada com valor
inferior a 70% do menor valor encontrado no mercado é considerada inexequível.
Nesse mesmo sentido, a Administração pode exigir garantia adicional ao licitante
que apresentar proposta inferior a 80% do menor valor de mercado, se entender
como exequível o objeto.

Você precisa ver...


o site do Tribunal de Contas da União. Lá, você
encontra o modelo de demonstrativo de cálculo de
exequibilidade/inexequibilidade de propostas em
licitações de obras e serviços de engenharia

Acesse: http://www.tcu.gov.br

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11
4
3.2.6.3 Desclassificação de propostas

Como já foi explicado anteriormente, o ato de julgamento das propostas


deve atender ao texto legal previsto na Lei nº 8.666/93 e aos princípios contidos no
ato convocatório. As propostas que apresentarem preços excessivos ou abusivos,
demonstrarem, por qualquer modo, ser inexequível a execução do objeto, que não
atenderem plenamente as exigências constantes no ato convocatório ou, ainda, que
não atenderem ao rito processual da licitação, deverão ser desclassificadas do
certame.

3.2.7 Homologação e adjudicação

A homologação é o ato administrativo, intransferível, ou seja, que compete


com exclusividade à autoridade competente para isso, de ratificação do processo
licitatório, conferindo aos atos praticados aprovação plena, a fim de que sejam
produzidos todos os efeitos jurídicos decorrentes e necessários.

Pela homologação, cabe à autoridade competente a análise e verificação de


legalidade de todos os atos praticados no certame e a devida conveniência da
contratação do objeto por parte da Administração Pública.

Se houver recurso na licitação, por parte de licitantes, contra ato do


pregoeiro, a homologação, assim com a adjudicação, caberá à autoridade

AN02FREV001/REV 4.0

11
5
competente, após o deferimento ou indeferimento do recurso e a adequada
divulgação do resultado.

Já a adjudicação é o ato administrativo da autoridade competente ou do


responsável pela licitação ou, ainda, por servidor designado para esse fim, no qual é
atribuído ao licitante vencedor do certame o direito a executar o objeto.

É muito importante salientar que os atos de homologação e adjudicação não


conferem ao licitante vencedor o direito imediato de executar o objeto. Esses atos,
sim, geram a expectativa do direito em questão.

Para execução ou fornecimento do objeto, é preciso a assinatura do contrato


por parte do adjudicatário em prazo estipulado no ato convocatório.

3.3 NOÇÕES GERAIS DE CONTRATO

Contrato administrativo, segundo a Lei 8.666/93 é o instrumento que vincula


a Administração Pública e particulares por acordo de vontades, com obrigações
recíprocas. É regulado pela Lei 8.666/93, pelas respectivas cláusulas e demais
preceitos de Direito Público. Na falta desses, pelos princípios da teoria geral dos
contratos e pelas disposições do Direito Privado.

Há diferença entre contratos celebrados entre particulares e onde há a


participação da Administração Pública. Naqueles, vale a disposição de vontades.
Neste, vale o interesse público. Em razão disso, a Administração assume condição
superior perante a outra parte, quebrando-se a lógica da igualdade, fato que não
permite que a Administração desconheça ou desconsidere direito do particular, parte
do contrato, uma vez que é obrigação da Administração a vigilância e o zelo pela
justiça em seus atos.

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Os principais tipos de contratos celebrados em licitações pela Administração
são os de obras, serviços e de compras. Os contratos devem ser elaborados pela
Administração que contrata, segundo a Lei de licitações, e formalizados por escritos,
segundo a Lei 8.666/93.

Licitações nas modalidades de Concorrência, Tomada de Preços e Pregão,


assim como em dispensa ou inexigibilidade de licitação e, também, em contratações
que resultem em obrigações futuras, a contratação por parte da Administração deve
ser formalizada por meio de termo de contrato. Nos demais casos, o termo de
contrato é facultativo, podendo ser substituído por carta-contrato, nota de empenho
de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

Os contratos precisam ser numerados e arquivados em ordem cronológica,


de acordo com as datas de suas respectivas assinaturas. Seus respectivos extratos
devem ser registrados em meio eletrônico ou em livro próprio, sendo que suas
cópias devem ser juntadas aos processos que deram origem às contratações.

Há casos em que a lei permite alterações nos contratos, as quais devem ser
feitas através do instrumento chamado Termo de Aditamento. Com esse termo,
pode ser feito acréscimos ou supressões atinentes ao objeto, prorrogações ou
outras alterações que a legislação vigente permita.

CONCLUSÃO DO CURSO

Chegamos ao final deste curso de formação de pregoeiro.

Sugerimos que, caso não tenha feito ainda, acesse os links indicados, para
construir seu aprendizado com maior riqueza de informações. Pesquise pontos que

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7
lhe proporcionaram dúvidas e ainda não estão bem claros para você. Consulte a
tutoria do curso. Envie informações, dúvidas e críticas pelo nosso Portal.

Este curso proporcionou uma longa viagem de aprendizado em um tema que


desperta cada vez mais interesse por parte de profissionais das mais variadas áreas
do conhecimento e profissional, uma vez que a Administração Pública amplia cada
vez mais a oferta de oportunidades para empresas e pessoas que queiram
disponibilizar seus serviços e produtos no mercado e no atendimento do setor
público especialmente.

Ao finalizar os exercícios e ser aprovado na avaliação final do curso, você


estará apto a iniciar uma nova trajetória profissional na condição de pregoeiro ou
membro de equipe de apoio de pregoeiro. Quem sabe até na condição de
autoridade competente demandante de processo licitatório. Em qualquer um desses
espaços, com certeza, você estará capacitado para desenvolver seu trabalho com
competência e excelência, em favor do interesse de toda a sociedade.

A equipe do Portal Educação agradece a sua presença e participação,


desejando desde já sucesso e felicidades na nova profissão.

Um abraço. Estamos e estaremos sempre ao seu inteiro dispor.

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8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARAÚJO, Paula Mara Costa de. Processo licitatório tipo menor preço e
eficiência em compras públicas: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em
Administração) – Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em contabilidade,
economia e finança, Vitória, 2012. Disponível em:
<http://www.fucape.br/_public/producao_cientifica/8/Disserta%C3%A7%C3%A3o%2
0Paula%20Mara%20Costa%20de%20Araujo.pdf>. Acesso em: 26 maio 2014.

BRANDÃO, Fernanda Holanda de Vasconcelos. O pregão como nova modalidade


de licitação. Revista Âmbito Jurídico, Rio Grande: 2014. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura
&artigo_id=654>. Acesso em: 5 maio 2014.

BRASIL. Decreto 2.295, de 4 de agosto de 1997. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
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______. Decreto 3.555, de 8 de agosto de 2000. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3555.htm>. Acesso em: 18 maio
2014.

______. Decreto 3.722, de 9 de janeiro de 2001. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3722.htm>. Acesso em: 22
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______. Decreto 3.784, de 06 de abril de 2001. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3784.htm#anexo>. Acesso
em: 22 maio 2014.

______. Decreto 5.450, de 31 de maio de 2005. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20042006/2005/decreto/d 5450.htm>.
Acesso em: 14 maio 2014.

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9
______. Decreto nº 5.504, de 05 de agosto de 2005. Portal do Planalto Nacional.
Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_ato20042006/2005/Decreto/D 5504.htm>.
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______. Decreto nº 7.756, de 14 de junho de 2012. Portal do Planalto Nacional.


Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para assuntos Jurídicos. Disponível
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______. Instrução Normativa nº 02 de 11 de outubro de 2010. Ministério do


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Administração Federal e Reforma do Estado. Disponível em:
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______. Instrução Normativa nº 27, de 10 de novembro de 2010. Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão – Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação. Disponível em: <http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/legislacaoD
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_______. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Portal do Planalto Nacional.


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AN02FREV001/REV 4.0

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0
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FIM DO CURSO!

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