2
▪ Grupos de consciencialização, levam ao surgimento das
Segunda Vaga
do Movimento ▪ Violência contra as mulheres reconhecida como violação dos
Feminista Direitos Humanos (Azambuja & Nogueira, 2010; Magalhães, Canotilho & Brasil,
(Kelly, 2011; Neves &
Nogueira, 2004) 2007).
3
Intervenção Feminista com vítimas de violência
▪ Partilha e vontade das vítimas (McLean, Guardia, Nelson & Watts, 2016; Paulino & Rodrigues, 2016);
▪ Desconstrução das desigualdades e do género (Bondi & Burman, 2001; Sharma, 2001);
▪ Empoderamento das mulheres como sendo agentes ativas dos vários contextos que vivenciam
(Conlin, 2017);
situação de violência, superar da condição de vitimização, que pode ser atribuída por ela ou pela
sociedade, mudar os padrões relacionais, o apoio emocional, reduzir a ansiedade, orientar e
esclarecer as necessidades das vítimas e as dúvidas que podem surgir (Hanada, D’Oliveira & Schraiber,
2010);
▪ Situação profissional:
▪ 1 dos/as participantes, desempregado/a;
▪ 9 são psicólogos/as que trabalham em gabinetes de atendimento a vítimas;
▪ 2 que trabalham em consultório. 5
1. Pedidos de colaboração
2. Marcação das primeiras entrevistas.
Sugestão de outros/as profissionais
de psicologia.
6
▪ Entrevista semiestruturada
Recolha dos ▪ Partilha de experiências e vivências de forma mais flexível;
dados ▪ Adaptação das questões aos/às participantes e contexto.
▪ Análise Temática
Análise dos ▪ Descrição rica de todo o conjunto de dados;
dados ▪ Análise dedutiva.
8
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
PERCEÇÕES DE GÉNERO NAS RELAÇÕES
DE VIOLÊNCIA Perceções de
género nas relações
de violência
Diferenças de
Género
Como os
homens e as Privilégios dos Desigualdades Quem tem o
mulheres são homens de género poder?
vistos 9
▪ Como os homens e as mulheres são vistos
DISCUSSÃO DOS
“(…) haverá sempre violências que, eu como homem e com os
privilégios que não deixo de ter, mesmo que questione, tenho. E as
violências, que não darei por ela, que cometo muitas vezes, e outras
RESULTADOS: que dou por ela que cometo e que fico furioso, e depois percebo que
isso faz parte dos estereótipos e, portanto, tenho de passar em frente”
(PM4)
PERCEÇÕES DE ▪ Desigualdades de género
GÉNERO NAS “Esta desigualdade não estará na mulher, não estará no facto de
nascer mulher, mas sim no facto de estarmos inseridas nesta cultura e
de nos ser ensinado que a mulher é para tratar da casa e dos filhos e
RELAÇÕES DE que o homem é para vir cá para fora trabalhar” (PF5)
▪ Quem tem o poder?
VIOLÊNCIA “Claro que continuo a saber e a achar que este tipo de violência é
perpetuado maioritariamente contra as mulheres, pelas questões das
tais normas patriarcais, pela questão da desigualdade de poder, a
questão de tal desnível do poder e do controlo, que há claramente um
que assume o poder, e poderá ser aqui o homem, que em termos
estatísticos assumirá maioritariamente esse papel” (PF2)
10
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS:
PERCEÇÕES E EXPERIÊNCIAS NA INTERVENÇÃO COM VÍTIMAS DE
VIOLÊNCIA
Perceções e
experiências na
intervenção com
vítimas de
violência
Direito das
Crenças das vítimas
vítimas
Relação com
as vítimas
Empatia Partilha
11
▪ Estereótipos das vítimas
ANÁLISE E DISCUSSÃO
a nível de orçamento e gestão familiar, quer a nível de educação dos
filhos, a decisão final será sempre do marido, são elas que agilizam e
tomam os procedimentos na prática, mas as decisões vêm deles” (PF5)
DOS RESULTADOS: ▪ Sentimentos de vergonha e Normalização da violência
“(…) isto como um espaço positivo, como o espaço delas, que podem
dizer as maiores barbaridades (…) boa intervenção (…) significa
efetivamente que a pessoa saiu do contexto de intervenção ouvida,
compreendida e esclarecida sobre aquilo que efetivamente pudesse
ANÁLISE E DISCUSSÃO fazer a partir dali” (PF1)
PERCEÇÕES E “O objetivo é caminhar com elas, ou acabar por remar com elas neste
barco, sendo que não sou eu que decido para qual das rotas é que
EXPERIÊNCIAS NA vamos seguir, elas é que têm de decidir” (PF2)
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA “(…) é uma coisa que se aprende com o tempo. A não personalizar e
perceber qual é a vontade da pessoa” (PF4).
Constrangimentos
sentidos pelos/as
psicólogos/as à
intervenção com
vítimas de violência
Crenças e Descrença na
frustrações justiça e Falta de Falta de Estereótipos e
dos/as ambivalência intervenção com respostas sociais Preconceitos da
profissionais de sentida pelas os agressores e respostas sociedade
psicologia vítimas económicas
14
▪ Crenças e frustrações dos/as profissionais de psicologia
CONSTRANGIMENTOS continuo a achar que muitas dessas vítimas desistem por causa dessa
descrença” (PF3)
Perceções e
vivências da
Intervenção
Feminista
Posicionamento
Posicionamentos Empoderamento
Intervenção com Igualdade de críticos às (e
feministas dos/as (Não) Formação e Ajustamento à
cariz feminista oportunidades sobre) as
psicólogos/as intervenção
intervenções
16
Posicionamentos feministas dos/as psicólogos/as
ANÁLISE E DISCUSSÃO igualdade (…) para todos (…) Percebo e continuo a achar que
vivemos numa sociedade patriarcal, com algumas normas e
ainda com muitos estereótipos (…) acho que há muita
DOS RESULTADOS: desconstrução ainda (…)” (PF2)
DA INTERVENÇÃO
FEMINISTA “Não há formação suficiente (…) Porque não basta dizer que se
aplica este modelo e depois não saber o que os contextos são”
(PM4)
17
▪ Intervenção com cariz feminista
“Por isso, qualquer pessoa que trabalhe na área, faz intervenção feminista,
mesmo que não lhe dê o nome” (PF1)
▪ Igualdade de oportunidades
“Eu não consigo ver aspetos negativos de uma perspetiva que pretende
ANÁLISE E DISCUSSÃO criar um sentimento de igualdade (…) O feminismo não pretende
nenhuma desigualdade ou nada que não exista naturalmente (…)” (PM2)
DA INTERVENÇÃO
distingue as abordagens feministas de intervir com vítimas de outras
abordagens (…) o nosso foco é dar voz à vítima, dar voz às mulheres, no
sentido mais estrito, às vítimas do carater geral, porque o feminismo
Percursos e
significados da Perceções e
Perceções e psicologia na experiências
vivências da intervenção na intervenção
Intervenção com vítimas de
feminista com vítimas de violência
violência
Constrangimentos
sentidos pelos/as
psicólogos/as à
intervenção com
vítimas de
violência 19
▪ Intervenção realizada pelos/as psicólogos/as, pode assumir vários modelos, mas
segundo os discursos, mesmo sem designação, afirmam apresentar uma
perspetiva feminista.
20
▪ Melhorar compreensão do género e dos feminismos e desconstrução dos mesmos.
21
▪ Tempo disponível;
22
▪ Alargar a população alvo, abrangendo psicólogos/as não apenas da região norte,
mas também das regiões centro e sul de Portugal;
23
Percursos e Significados dos/as
Psicólogos/as sobre a Intervenção
Feminista em Mulheres Vítimas de
Violência
24
Ana Filipa Teixeira Nunes de Freitas