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NULIDADES DO PROCESSO PENAL

Inicialmente, é importante mencionar há quatro defeitos no âmbito


do ato jurídico processual, consistentes no ato jurídico inexistente, nulo, anulável
e irregular, aos quais se denomina, respectivamente de nulidades,
anulabilidades e irregularidades.
Acerca da inexistência, verifica-se ser um “não-ato”, vez que não
dotado de elementos imprescindíveis para sua constituição. O precursor de tal
teoria foi Heinrich Albert Zachariä, cuja criação se deu a fim de explicar a figura
do casamento não consentido.
Há que se falar ainda que o ato inexistente difere-se do ato nulo,
pois o ato inexiste não tem capacidade de produzir efeitos, por possuir somente
a aparência de ato, ao contrário do ato nulo, que existe no ordenamento jurídico,
mas cujos efeitos não lhe são conferidos. Ao transferir da esfera cível para o
Processo Penal, é possível analisar que a existência de tal categoria é prejudicial
ao réu porque carente de eficácia. Daí que, doutrinariamente falando, deve-se
considerar como nulos os atos inexistentes.
Em relação à nulidade, tratada pela teoria geral do direito,
compreende-se tratar de uma sanção para a prática do ato violador de uma regra
do ordenamento jurídico. Assim, o ato nulo seria dotado dos elementos ausentes
no ato inexistente, mas nem por isso possui validade. O reconhecimento das
nulidades no Processo Penal, no entanto, não são verificados de imediato, mas
sim prescindem de decisão judicial, aliada ás condições previstas nos artigos
563 a 573, do Código de Processo Penal.
Ao dividirem-se em categorias, as nulidades do Processo Penal
podem ser cominadas e as decorrentes da falta de pressuposto processual de
constituição do processo. Há ainda a divisão entre nulidade originária e derivada,
assim como é mencionada pela doutrina a nulidade parcial, qual atinge apenas
uma parte do processo, somente essa sendo considerada nula.
As nulidades cominadas do Código de Processo Penal são
aquelas com ás quais o referido ordenamento atua. Tratadas pelo artigo 564, do
CPP, podem ser consideradas entre absolutas ou relativas, assim como não
estão elencados em tal artigo todas espécies, podendo o magistrado constar
outras irregularidades, assim como há outras nulidades tratadas em Leis
posteriores à promulgação do Código aqui tratado
A primeira nulidade consubstancia-se pela incompetência do juiz,
pois a o réu é dado o direito de ser julgado e processado por um juiz cuja
competência é outorgada pelo ordenamento jurídico. Tal nulidade pode ser
relativa ou absoluta.
Há as nulidades por suspeição ou por suborno do juiz é tratada
pelo CPP no artigo 564, inciso I, primeira e segunda figuras. Compreende-se a
suspeição como uma causa de incapacitação subjetiva do juiz, sendo tais
nulidades absolutas.
A nulidade por ilegitimidade da parte é conferida, por exemplo,
quando o Ministério Público inicia o processo, mesmo quando essa prerrogativa
é essencialmente privada.
A nulidade por falta de denúncia, queixa ou representação
ocorre quando há a ausência da falta de elemento de representação no
processo. A falta da primeira é sanável, ao contrário das outras duas hipóteses.
A nulidade por falta de exame de corpo de delito nos crimes
que deixam vestígios não é sanada nem pela confissão do réu, logo, é
absoluta.
Há ainda a nulidade por falta de nomeação de defensor ao réu
presente que não o tiver ou ao réu ausente, a qual é tratada somente quando
há audiência de produção de prova testemunhal.
A nulidade por falta de intervenção do Ministério Público em
todos os termos do processo iniciado por denúncia gera nulidade somente
ao parquet, e não à defesa.
A nulidade por falta de intervenção do Ministério Público em
todos os termos do processo iniciado por queixa subsidiária é relativa.
A nulidade por falta de citação do réu para ver-se processar
pode ser sanada a partir da constatação da irregularidade, sendo, assim, relativa.
A nulidade por falta de interrogatório pode ser constatada
durante o processo, depois de ocorrida a audiência de instrução e julgamento,
sendo a nulidade relativa, durante o processo, depois de prolatada a sentença,
durante o processo, na fase recursal e após transitada em julgado a sentença,
cujas nulidades são absolutas.
A nulidade por falta de concessão de prazos à acusação e à
defesa configura arbitrariedade ao princípio do contraditório e ampla defesa,
sendo considerada relativa, pois prescinde de análise de critérios, como a
relevância.
As nulidades do procedimento especial do júri se dão diante de
sua excessiva complexidade e se dão quando há falta de intimação do réu para
a sessão de julgamento, quando há menos de quinze jurados e quando há a
quebra de incomunicabilidade entre os jurados, sendo a última hipótese, uma
nulidade absoluta.
A nulidade por falta de sentença não se dá só pela ausência total
da decisão, mas também quando há decisão, e alguns elementos essenciais
estão faltando. A nulidade é absoluta.
A nulidade por falta de recurso de ofício é absoluta, mas a
nulidade por falta de intimação dos atos judiciais decisórios recorríveis é
relativa, pois pode ser sanada quando verificado o vício.
A nulidade por falta de quórum legal nas turmas ou câmaras
julgadoras dos tribunais é absoluta, assim como a nulidade por omissão de
formalidade que constitua elemento essencial do ato.
A nulidade por falta de motivação dos atos judiciais decisórios
recorríveis é cominada pela CF, sendo absolutamente relevante às partes no
processo.
As nulidades por contrariedade aos fundamentos do Processo
Penal é dotada de grande relevância por parte da doutrina e jurisprudência,
porém, seu reconhecimento é difícil, tendo em vista a não cominação à lei.
A nulidade por vulneração do princípio da ampla defesa divide-
se em sete subcategorias: a inépcia da denúncia, a inexistência e deficiência da
defesa técnica, o cerceamento de defesa, o julgamento, a ausência do recurso
do defensor, a inversão na apresentação das alegações escritas e a nulidade da
decisão de pronúncia por excesso de linguagem.
A nulidade do processo por produção de prova ilícita se dá por
não ser permitida, tendo em vista o processo válido ser somente aquele eivado
de legalidade, assim, a nulidade é absoluta.
Ao se tratar da anulabilidade, verifica-se a figura da nulidade
relativa, a qual pode ser sanada após verificar-se a ocorrência do vício
processual. Desta forma, a anulabilidade depende de provocação das partes,
cuja ausência de manifestação configura a convalidação.
A irregularidade do Processo Penal não é dotada de invalidade,
pois a desconformidade do ato processual né mínima e não é relevantemente
comprometedora.
Verifica-se que a legitimidade para arguir a nulidade se dá
através do interesse, de acordo como prevê o artigo 565, do CPP.
Quanto ao princípio “pas de nullité sans griel” é identificado pelo
postulado no artigo 563, do CPP, e afirma que, se não houver prejuízo às partes,
não pode ser declarado nulo o ato praticado. O princípio da relevância da
nulidade informa que a nulidade deve ter uma influência demonstrada na
apuração da verdade substancial, assim, diante da ausência da relevância, não
deve ser declarada a nulidade.
A omissão na denúncia, queixa ou representação está prevista
no artigo 569, do CPP.
Em relação aos efeitos da declaração de nulidade, há a
reformatio in pejus indireta, vedada majoritariamente pela jurisprudência, sendo
que o juiz não pode proferir decisão mais severa ao réu, quando a primeira é
reformada sem recurso do parquet.
Por fim, acerca da convalidação e do saneamento, verifica-se a
convalidação ser o aproveitamento do ato atípico ou sua superação, por meio da
ratificação, do suprimento ou da substituição do ato. Já quanto ao saneamento
do ato processual, trata-se da verificação do vício processual e posterior
remediação.

Referência bibliográfica

RAMOS, João Gualberto Garcez. Nulidades do Processo Penal,


41p.

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