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SUMÁRIO

1- O Plano da Salvação
2- Conhecendo a Bíblia
3- Conhecendo a Deus
4- Conhecendo a Igreja
5- Conhecendo o Valor da Oração
6- O Discípulo e a Fé
7- O Discípulo e a Obediência
8- O Discípulo e o Dízimo
9- Conhecendo o Espírito Santo
10- Vivendo Cheio do Espírito Santo
11- Os Dons do Espírito Santo
12- O Fruto do Espírito Santo
13- O Ide de Jesus
14- A Segunda Vinda de Cristo

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Estudo 1 – O Plano da Salvação

Ezequiel 28:13-15

Tudo o que Deus criou era perfeito, inclusive Satanás. Essa profecia registrada
em Ezequiel é uma profecia de duplo sentido. Ela diz respeito primariamente ao
rei de Tiro e a consequência da sua situação diante de Deus. Entretanto, ela
também nos traz referências de se tratar de algo mais. Ou seja, da pessoa de
Satanás, sua origem, sua condição inicial e sua queda.

I. A PERFEIÇÃO DE SATANÁS

O Texto de Ezequiel nos oferece algumas características originais que


compunham Satanás:

a. PERFEIÇÃO – “Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura”


(v 12); o sinete é uma espécie de carimbo. Isto nos dá a ideia não só da perfeição
de Deus como da autoridade que ele recebera do altíssimo.

b. FORMOSURA – “de todas as pedras preciosas te cobrias”; satanás era


formoso, perfeito diante de Deus, se vestia da maior riqueza. Isto nos demonstra
que ele possuiu uma condição privilegiada diante de Deus que outros anjos não
gozavam.

c. SABEDORIA – “cheio de sabedoria” (v12); tudo indica que satanás, antes


da queda, era o principal anjo na presença de Deus e, portanto, cheio de
sabedoria diante de Deus.

d. UNGIDO – “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci” (v 14); na


narrativa bíblica, os querubins eram anjos que assistiam diante da santidade de
Deus, eram a mais alta classe de anjos. Quando Deus ordenou a Moisés que
construísse a Arca da Aliança, Ele determinou que fossem construídos dois
querubins de ouro e que fossem postos no lugar chamado Santo dos Santos.
Portanto, nenhum outro anjo possuía a unção e a autoridade que estavam sobre
Satanás.

e. ADORADOR – “a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estavam em ti”
(v 13 RC); essa declaração do texto bíblico nos dá a nítida ideia de que os
instrumentos estavam nele, ou seja, dentro dele. Ele era uma espécie de maestro
que dirigia a adoração ao Deus Altíssimo. Talvez seja por esta razão que
Satanás tenha tanta influência na música mundana hoje.

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II. A QUEDA DE SATANÁS (Isaías 14.12-16)

Essa palavra nos resume a consequência da queda de Satanás. O Texto de


Ezequiel afirma que ele era perfeito “até que se achou iniquidade em ti” (v15).

Iniquidade é um pecado pré-determinado, trata-se de um pecado convicto, que


diz respeito àquele que pratica consciente do que faz.

Características da queda de Satanás:

a. PROFANAÇÃO – “na multiplicação do teu comércio” (v16); profanas é


tratar com irreverência as coisas sagradas. É transgredir, violar, infringir norma
e regra, princípio sagrado. Satanás fez exatamente isso. Ele tentou adquirir o
que não lhe era devido. Até hoje Satanás tenta comercializar com os homens,
dando-lhes presentes, entretanto, tendo como objetivo comprar a sua alma.

b. SOBERBA E ORGULHO – “elevou-se o teu coração por causa da tua


formosura” (v 17) “Tu dizias no teu coração; eu subirei ao céu; acima das estrelas
de Deus exaltarei o meu trono” (Is 14.13); a soberba é o sentimento de alguém
que se considera mais alto ou mais elevado que o outro. O orgulho é o conceito
elevado ou exagerado que alguém faz de si próprio. Esse foi o principal pecado
e a razão de sua queda. Ele intentou ser como Deus o é. Ele exaltou-se a si
mesmo e caiu.

III. CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE SATANÁS

É obvio que a queda de Satanás trouxe consequências tanto no céu como na


terra. Satanás não poderia permanecer na presença de Deus após ter tomado
aquela atitude. No texto de Isaías 14.15, “contudo, serás precipitado para o reino
dos mortos”. Ele foi lançado fora da presença de Deus.

a. PERDA DA UNÇÃO – “Eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo” (v 18); Ele
perdeu a sua unção e o seu brilho de quando estava na presença de Deus,
inclusive a capacidade da adoração. Só possui unção e brilho espiritual aqueles
que permanecem em fidelidade na presença de Deus.

b. CAOS – “a Terra era sem forma e fazia” (Gn 1.2); o termo caos encontrado
aqui diz respeito exatamente a consequência direta da queda de Satanás e ao
fato de ter ele sido lançado de diante da presença de Deus.

c. QUEDA DO HOMEM – quando satanás é banido do céu, ele perdeu parte


da sua autoridade como querubim. Ele então busca receber autoridade do
homem para poder agir na terra (Gn 3). Através da queda do homem, Satanás
recebe autoridade para agir no mundo terreno e o seu propósito é sempre oposto
ao propósito de Deus.

d. MALDIÇÃO DA TERRA – a Palavra afirma que por causa do pecado a terra


se fez maldita, ou seja, amaldiçoada (Gn 3.17,18).

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e. CORRUPÇÃO DOS SERES HUMANOS – após a entrada de Satanás neste
mundo. Após ele ter recebido autoridade para agir aqui, o homem foi perdendo
cada vez mais a sua principal característica de ter sido feito a imagem e
semelhança com Deus. Deus chegou mesmo a se entristecer de ter feito o
homem (Gn 6.5,6);

O homem está separado de Deus


Deus não tem parte com o pecado (Is 59.2), ele não compactua com o pecado,
por isso, por causa da sua desobediência, o ser humano está separado de Deus.
Muitos podem questionar: “Ah, por causa da desobediência de um só homem lá
atrás?”. Sim! Por causa da desobediência de Adão, todo ser humano nasceu
com essa característica de estar separado de Deus (Rm 5.19), nascemos com
uma inclinação para o mal (Gn 8.21), mas apesar de sofrermos a consequência
do pecado, nós também somos culpados pelos nossos próprios pecados (Ez
18.4), afinal nós mesmos pecamos e optamos por viver longe de Deus. Contudo,
não somos pecadores somente porque pecamos, mas pecamos porque somos
pecadores.

Por mais que o ser humano faça o bem, que seja uma pessoa caridosa, amorosa,
uma pessoa “boa”, ela não merece a salvação por causa disso (Rm 3.12), a
verdade é que e eu não mereço a salvação, você não merece a salvação,
nenhum ser humano merece a salvação! Por causa do pecado!

A tentativa do homem de se achegar a Deus


O homem tenta se aproximar de Deus, através da religião. Aliás, religião é uma
tentativa do homem se religar à Deus (At 17.23), mas ela não resolve! O homem
não tem condições de fazer absolutamente nada que o leve a Deus (Ef 2.8-9).
Esta aproximação teria que partir do próprio Deus, porém, Deus estabeleceu
uma lei, a lei de que o pecado deve ser punido com a morte. O salário do pecado
é a morte, por isso, Deus não pode contrariar algo que ele mesmo estabeleceu
(Tg 1.17), e aceitar o homem sem punir o pecado. O pecado tem que ser punido!

Sendo assim, o homem não tem acesso a Deus através do bem que ele faz, e
também, nem que ele entregasse a própria vida como pagamento pelo pecado,
não resolveria. Porque, uma vez que o homem está separado de Deus, se ele
morresse pelo próprio pecado, ele permaneceria separado de Deus. A morte
física dele seria apenas um pagamento pelo pecado, mas a morte espiritual
continuaria. Esse “religar” com Deus, não pode partir do homem, não vai partir
do homem, e não partiu do homem!

O amor de Deus pelo homem


A Bíblia diz, e um dos versículos mais conhecidos, que “Deus amou o mundo de
tal maneira que deu seu Filho Unigênito, para todo aquele que nele crer não
pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3.16. Mas como que isso funciona? Como
que Jesus, o Filho de Deus enviado à Terra, pode nos levar ao Pai? Foram as
boas obras que Ele realizou? Foram os milagres? Foram os ensinamentos? Não!

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Tudo isso foi um complemento de seu ministério. Jesus Cristo faz a nossa
ligação com Deus através da sua morte e ressurreição (Rm 5.10)!

Por que Jesus Cristo é o único caminho?


Isso acontece porque Jesus Cristo nasceu sem ter contato com essa natureza
pecaminosa do ser humano (2Co 5.21), foi gerado pelo Espírito Santo
diretamente no ventre de Maria (Mt 1.20), porém, nasceu sujeito às mesmas
necessidades nós temos (Fp 2.5-7), fome, sede, sono, cansaço, etc. Jesus foi
sujeito a todas as tentações que um ser humano pode sofrer (Hb 4.15), porém,
viveu aqui 33 anos sem pecar (1Pe 2.22), sem cometer um pecado sequer e foi
morto!

Agora, se a morte é uma punição pro pecado, e Jesus Cristo não tinha pecado,
ele não poderia morrer! Sem pecado o homem não pode morrer, Jesus não tinha
pecado e morreu! Por isso, a morte que ele “morreu” não foi a dele, foi a nossa!
Foi feita uma injustiça sobre Jesus, que se tornou a nossa justiça (1Pe 2.24). A
Bíblia diz que nós somos justificados por Cristo, declarados justos diante de
Deus (Rm 6.6-7), porque Jesus Cristo pagou o preço pelo nosso pecado!

Da mesma forma como Adão era o representante da humanidade, e


desobedeceu a Deus, e por consequência nós herdamos essa separação e essa
natureza pecaminosa de Adão, a Graça e a Salvação vieram através da
obediência de um único homem: Jesus Cristo! Sendo injustiçado pra nos trazer
justiça (Rm 5.17-18).

O maravilhoso é que, como Jesus Cristo não tinha nenhum pecado, a morte não
tinha condições de reter Jesus Cristo (At 2.24). Uma vez quem pagou o preço
pelo ser humano, ele ressuscitou dentre os mortos. E é por isso, através de
Cristo, e só através de Cristo, nós temos acesso a Deus (Jo 1.12-13).

O resgate do ser humano partiu de Deus (Rm 5.8), do amor de Deus pelo
homem. Jesus diz: “Eu sou caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai a
não ser por mim” Jo 14.6. Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os
homens (1Tm 2.5).

Como recebemos a Salvação?


O próprio Deus nos deu o dom da fé (Ef 2.8), pra que nós possamos crer
e, através da fé, sermos salvos. Por isso, o bem que nós fazemos não nos traz
a salvação, mas crer em Jesus Cristo, no sacrifício que ele fez e na sua
ressurreição, isso nos traz a salvação.

Através do sacrifício de Cristo, ele comprou as nossas vidas, Ele pagou um alto
preço de resgate pelas nossas vidas e nos comprou com seu sangue derramado
na cruz (1Co 6.20). O preço foi pago, porém, se o ser humano não entregar
aquilo que foi comprado, ele não tem direito de desfrutar daquilo que foi
conquistado através de Cristo. É por isso que, quando nós entregamos nossa
vida a Cristo (Lc 9.24), é que tomamos posse da Salvação e da Vida Eterna.

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A Bíblia diz em Romanos que se nós confessarmos com nossa boca que
Jesus é Senhor, e crermos em nosso coração que Deus ressuscitou Cristo
de dentre os mortos, nós seremos salvos (Rm 10.9-10). Tem que ser algo
dentro de nós, tem que ser uma verdade, e a evidência dessa verdade será
nossa atitude a partir deste momento (Tg 2.18, Tt 2.14).

Nossos pecados são perdoados!


A Bíblia ensina o que acontece quando você aceita Cristo, quando você entende
o sacrifício que Ele fez e entrega sua vida a Ele: tudo aquilo que você fez, todos
os pecados que você cometeu antes de se entregar Cristo, são perdoados (Rm
4.7-8)! Alguns podem questionar: “Ah, então se eu aceitei a Cristo eu posso
continuar pecando que eu já estou salvo?”. Se você tem esse pensamento, que
você vai continuar pecando, significa que você não aceitou a Cristo (Rm 6.1-2).
Pois quando entendemos o que Cristo fez, e entendemos que foram os nossos
pecados que levaram Jesus Cristo pra cruz (Is 53.5), vamos parar de pecar!

Nunca mais vamos pecar? A Bíblia diz que nenhum ser humano deixa de pecar
(1Jo 1.10). A grande diferença agora é que não vamos mais viver no pecado,
não somos mais escravo do pecado, mas somos escravos da justiça (Rm 6.18)!
Por isso temos que cuidar para que as nossas atitudes sejam corretas. Vamos
falhar e errar? Sim, mas mesmo assim, podemos confessar esse erro diante de
Deus e abandonar esse pecado (1Jo 1.9).

Agora, porque eu posso errar, pecar, pedir perdão e ser perdoado, vou continuar
pecando? Não! Se pensamos assim, significa que não há arrependimento,
e onde não há arrependimento, não há perdão (At 2.38)! O arrependimento tem
que ser genuíno, arrependimento não é remorso, arrependimento é mudança de
direção! Você estava fazendo algo errado, entendeu que aquilo é errado, e
seguiu por outro caminho.

A Bíblia diz que, quando nós aceitamos a Cristo, quando nós recebemos ele
como nosso Senhor, o Espírito Santo passa a habitar dentro de nós (1Co 6.19),
e é através do Espírito Santo que nós seremos convencidos do pecado, da
justiça e do juízo de Deus (Jo 16.8).

O Plano de Salvação é a maior história de amor que já existiu


O que Deus tem pra nós, a Bíblia diz que “Olho nenhum viu, mente nenhuma
imaginou, o que Deus preparou para aqueles que o amam” 1 Co 2.9. E nós
demonstramos nosso amor a Deus obedecendo as palavras de Cristo (Jo 14.21).

Falar que amamos a Deus é fácil, mas é obediência, são as nossas atitudes, que
irão demonstrar nosso verdadeiro amor a Deus.

A salvação está em Jesus Cristo e naquilo que ele fez por mim e por você (At
4.12)! Na morte de Jesus Cristo em nosso favor!

Este é o Plano de Salvação de Deus pra que o ser humano habite com Ele na
eternidade e não seja condenado com Satanás. Pelo próprio esforço? Não, mas
pela Graça, pelo favor imerecido de Deus sobre a vida dele (Tt 2.11).

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Estudo 2: Conhecendo a Bíblia

1. O QUE É A BÍBLIA?
A Bíblia é a revelação da verdade à humanidade. Ela mostra a realidade do
pecado, o plano de Deus para salvar o homem e a sua plena vontade para a
nossa vida.

2. O AUTOR DA BÍBLIA
Deus é o autor da Bíblia; sobre Ele está escrito: “Ele é a Rocha, cuja obra é
perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há
nele injustiça; justo e reto é.” (Deuteronômio 32.4) Partindo desta fiel declaração,
podemos afirmar que:

2.1 A Bíblia é a verdade


Já que Deus é a verdade, não há erros nem contradições em sua Palavra. Ela
é, portanto digna de toda confiança. Assim está escrito: “A lei do Senhor é
perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria
aos simples.” (Salmos 19.7)

“O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; é um


escudo para todos os que nele confiam.” (Salmos 18.30)

2.2 A Bíblia é inspirada por Deus


Os escritores da Bíblia embora em culturas e idiomas diferentes; lugares e
épocas também diferentes, todos escreveram sem nenhuma contradição. Deus
supervisionou os escritores da Bíblia de modo que eles escreveram o que Ele
tinha em mente. A bíblia declara:

“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas
os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (2
Pedro 1.21)

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para


redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus
seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo
3.16)

2.3 O tema central da Bíblia é Cristo


Ao longo da Bíblia Deus revela seu plano para salvar a humanidade. Um resumo
básico da Bíblia seria: A criação do mundo, a corrupção do mundo e a redenção
do mundo. Cristo como Salvador da humanidade ocupa o centro das Escrituras.
Ele disse:

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“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são
elas que de mim testificam.” (João 5.39)

“Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse


na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas,
explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.” (Lucas
24.26,27)

3. PORQUE DEVEMOS LER A BÍBLIA?


3.1 Ela é a Palavra viva de Deus
Deus usa a Sua Palavra para falar conosco quando a lemos com reverência e
humildade.

“Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando


acordares, falará contigo.” (Provérbios 6.22)

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada


alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.” (Hebreus 4.12)

3.2 Ela é o alimento para nossa alma


“E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o
homem, mas de toda a palavra de Deus.” (Lucas 4.4)

“O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que


eu vos disse são espírito e vida.” (João 6.63)

3.3 Ela nos proporciona conforto e paz


“Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim
o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome sou chamado, ó
Senhor Deus dos Exércitos. (Jeremias 15.16)

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do


SENHOR é puro, e ilumina os olhos.” (Salmos 19.8)

3.4 Ela dirige nossos passos

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl
119.105)

Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da


correção são o caminho da vida” (Provérbios 6.23)

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Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as
Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mateus 22.29)
3.5 Ela é nossa arma de ataque e de defesa contra Satanás

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a


Palavra de Deus” (Efésios 6.17)

Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.”


(Provérbios 30.5)
3.6 Ela é proporciona nosso crescimento na graça e no conhecimento de
Cristo

Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus


Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade.
Amém.” (2 Pedro 3.18)
3.7 Ela nos capacita a falar a verdade

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar,


administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja
glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o
sempre. Amém.” (1 Pedro 4.11)

4. QUAL A ORIGEM DO VOCÁBULO “BIBLIA”

É um termo de origem grega, que é derivado do nome que os gregos davam á


folha de papiro quando preparada para a escritura. O nome dado era
“Bíblos”; Um rolo já preparado era denominado “bíblion”; quando juntavam vários
“bíblions, então chamavam de “Bíblia”. Portanto literalmente a palavra Bíblia quer
dizer “coleção de livros pequenos”.

5. NOMES E TÍTULOS DA BÍBLIA

 No Antigo Testamento:

O LIVRO” – Um dos títulos mais singelos e objetivos. A partir de Moisés, a


vida religiosa dos judeus foi organizada. Toda a vida do povo foi orientada por
leis e ordenanças escrita num “livro” para memória e obediência, (Êx 17.14; Dt
28.58; 29.20,27). Ás vezes aparece como o “livro do concerto” (Êx 24.7); o “livro
da lei” (Dt 28.61; 29.21; Is 1.8; 23.6; 1 Rs 22.8); o “Rolo do livro” (Sl 40.7); “as
palavras do livro” (Is 29.18); “livro do Senhor” (Is 34.16); “Os livros” (Dn 9.2).

ESCRITURAS- O termo “escrituras” não é meramente um titulo dado a bíblia,


mas refere-se ao que está escrito”, ao que está na bíblia (Êx 32.16; Dn 10.21).

PALAVRA DO SENHOR ou PALAVRA DE DEUS- 1são títulos bem conhecidos


e aparecem em varias partes da bíblia, sempre referindo-se ao que Deus falou
(Jr 2.31; 22.29).
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A LEI DO SENHOR ou A LEI-designação feita especialmente para referi-se
á “LEI” dada ao povo de Israel através de Moisés (Js 1.7,8; 24.25,26; Sl 1.1-3; 1
Rs 2.3; 2 Cr 34.14-21; Ne 8.3,4,18).

 No Novo Testamento:

A LEI E OS PROFETAS- esse titulo é citado no Novo Testamento em


referência ao Antigo Testamento (Mt 7.12; 5.17-19; Lc24. 44; Jo 12.34).

6. A ORIGEM DA BÍBLIA

Antes de haver a revelação divina escrita, Deus revela-se verbalmente. Desde


Adão até Moisés, passaram-se 2.500 anos aproximadamente. A revelação
verbal de Deus foi transmitida inicialmente por Adão, que viveu 930 anos, e este
passou as gerações seguintes até chegar a Moisés. Não há evidência de que
houvesse alguma revelação escrita antes de Moisés, por isto Deus lhe ordenou:
“Escreve isto para memorial num livro” (Êx 17.14).

Escritores da Bíblia. A bíblia foi escrita num período de 1.600 anos


aproximadamente por 40 autores distintos. Esses não formaram uma comissão
especial para produzirem juntos uma bíblia. Pelo contrario a maioria dos autores
nem ao menos se conheceu e nem planejou formar uma coleção de 66 livros,
que mais tarde foi denominada bíblia. Um fato interessante acerca dos autores
da bíblia é a diferença de cultura entre eles. Moisés, Lucas e Paulo eram homens
cultos. Porem outros foram reis, pastores de ovelhas, fazendeiros, médicos,
copeiros. Soldados, lavradores e viveram em épocas distantes uns dos outros,
em ambientes variados. Porem há algo que se destaca em tudo isso. Deus fez
uso desses homens distintos entre si, para entregarem ao mundo uma só
revelação.

7. AS LINGUAS DE ESCRITA DA BÍBLIA

A bíblia, por ser um livro de procedência israelita, foi escrita nas línguas
faladas pelo povo israelita. Devido á sua história acidentada pelas guerras,
exílios e submissões aos domínios de outros povos, o povo judeu, sem perder
suas características essenciais, sofreu enormes mudanças no seu sistema de
vida política e religiosa. As línguas originais da bíblia são o hebraico e o grego,
com algumas partes, no Antigo Testamento, escritas em aramaico.

8. MATÉRIAS DE ESCRITA DA BÍBLIA

Principais materiais de escrita


PAPIRO - É o nome de uma planta aquática própria das margens alagadiças do
rio Nilo, na África, especialmente, no Egito. Os antigos egípcios utilizavam o
material dessa planta, entre outras coisas, para a fabricação de uma espécie de
papel.

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PERGAMINHO - esse material foi usado pelos egípcios e pelos babilônicos. Era
feito de peles curtidas e amaciadas de cabras, ovelhas e de bezerros. Os
pergaminhos eram preparados de tal modo que podiam resistir muito mais que
o papiro. Paulo usou pergaminhos para escrever suas cartas (2 Tm 4.13).

A TINTA – era feita de carvão vegetal, goma e água.

A IMPRESSA - o primeiro livro a ser impresso foi a Bíblia em Latim.


A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748, a tradução foi feita a partir
da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325).

9. A ESTRUTURA DA BÍBLIA

A Bíblia se divide em duas partes: Antigo e Novo Testamento (AT/NT) A palavra


Testamento significa “aliança”, “pacto”. O Antigo Testamento (Antiga Aliança) foi
celebrado entre Deus e o povo de Israel. (os judeus) O Novo Testamento (Nova
Aliança) foi celebrado entre Deus e sua a igreja. ( no sangue de Jesus). O Antigo
Testamento trata da promessa de enviar o Salvador (Messias) ao mundo através
de Israel. O NT trata do cumprimento desta promessa. Em outras palavras: no
Antigo Testamento o “Messias virá.” No Novo Testamento o “Messias já veio”
Cristo ao ressuscitar dentre os mortos nos deixou outra promessa: Ele voltará a
qualquer momento para levar para si aqueles que viveram na terra segundo sua
Palavra. O Antigo Testamento com 39 livros e o Novo Testamento com 27
livros.

O Antigo Testamento. É dividido Em cinco grupos, Vejamos:

1º - A Lei (Torá ou Pentateuco) - 5 livros


Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.

2º - Livros Históricos - 12 livros


Josué, Juízes, Rute, I Samuel, II Samuel, I Reis, II Reis,
I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester.

3º - Livros Poéticos - 5 livros


Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão.

4- Profetas Maiores – 5 livros


Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel.

5º - Menores – 12 livros
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias, Malaquias.

O Novo Testamento. É dividido Em cinco grupos de assuntos, vejamos:

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1º Evangelhos - 4 livros
Mateus, Marcos, Lucas, João.

2º Livro Histórico – 1 livro


Atos dos Apóstolos

3º Cartas (Epístolas Paulinas) – 14 livros


Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I
Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemon,
Hebreus.
Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas.

4º Cartas (Epistolas Gerais) – 7 livros


Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas

5- Livro Profético – 1 livro


Apocalipse (Revelação)

10. LIVROS APÓCRIFO

A palavra “apócrifo” significa literalmente “escondido”, “oculto” isto em


referência a livros que tratavam de coisas secretas, misteriosas, ocultas. No
sentido religioso, o termo significa “não genuíno”, desde sua compilação por
Jerônimo. Os apócrifos foram escritos entre Malaquias e Mateus, ou seja, numa
época em que cessara por completo a revelação divina.

Os 7 livros apócrifos constantes das bíblias de edição católica – romana são:


1 Esdras, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1
Macabeu e 2 Macabeu.

A igreja romana aprovou os apócrifos em 18 de abril de 1546, para combater


o movimento da reforma protestante. O cardeal Pallavacini, em sua “história
eclesiástica”, declara em pleno concílio, 40 bispos, dos 49 presentes, travavam
uma batalha corporal, agarrados ás barbas e batinas uns dos outros... Foi nesse
ambiente “espiritual” que os apócrifos foram aprovados! A primeira edição da
Bíblia Romana com os apócrifos deu-se em 1592, com autorização do papa
Clemente VIII. Há informação de que existem uns 50 “evangelhos” além de
muitos “atos” e “epístolas” a grande parte desses escritos fez a igreja primitiva
ver quanto era importante distinguir entre o falso e o verdadeiro.

11. PRINCIPIOS PARA O RECONHECIMENTO DA CANONIDADE DE UM


LIVRO

Como alguém poderia reconhecer um livro inspirado só por vê-lo? Era árdua
a tarefa da comunidade cristã, chegara uma conclusão sobre quais livros seriam
realmente de Deus, quando, inúmeros livros circulavam entre eles. Por
representarem ameaça constante, fez-se necessário que o povo de Deus revisse
cuidadosamente sua coleção de livros sagrados. Pelo menos cinco critérios
básicos foram aplicados.

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a. O livro é autorizado? - afirma vir da parte de Deus?
b. O livro é profético? – foi escrito por um servo de Deus?
c. O livro é digno de confiança? – fala da verdade a cerca de Deus, do
homem e etc.
d. O livro é dinâmico? – possui o poder de Deus que transforma vidas?
e. O livro é aceito pelo povo de Deus para o qual foi originalmente
escrito?- é reconhecido como proveniente de Deus.

12. O CÂNON DA BÍBLIA

Quando dizemos Cânon ou escrituras canônicas, queremos dizer ou falar da


coleção completa dos livros divinamente inspirados, que constituem a Bíblia
Sagrada. Cânon é a palavra grega e significa, literalmente, “vara reta de medir”,
encontramos o termo no original, em Ezequiel 40.5. No sentido religioso, é aquilo
que serve de norma, regra. No Novo Testamento, com este sentido,
encontramos a palavra Cânon, em vários lugares. Por exemplo: Gl6. 16; 2 Co
10.13; 1 Co 10.15; Fl 3.16.

“A Bíblia é uma mina de diamantes, um colar de pérolas, a espada do


espírito; um mapa pelo qual o cristão navega para a eternidade; o roteiro
pelo qual anda todos os dias; o relógio pelo qual acerta sua vida; a balança
com a qual pesa suas ações.”
(Thomas Watson)

CURIOSIDADES BIBLICAS
 A palavra Fé só aparece 1 vez em todo o antigo testamento (Habacuque
2:4), já no novo testamente aparece mais de 240 vezes. (Versão Almeida
Atualizada)
 Calcula-se que foi de 400 anos o intervalo entre Malaquias, o último livro
do velho testamento e Mateus o primeiro do novo.
 A Bíblia inteira demorou cerca de 1600 anos para ser escrita.
 É uma obra de cerca de 40 autores diferentes, desde humildes agricultores,
pescadores até renomados reis, Moisés escreveu 6 livros e Paulo 14
epístolas
 A maior parte do Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com exceção
de algumas passagens em Esdras, Jeremias e Daniel que foram escritas
em aramaico.
 A primeira tradução completa da Bíblia para o inglês foi feita por Wycliffe,
em 1380 na inglaterra.
 O Livro mais antigo da Bíblia não é o Gênesis, mas Jó. Acredita-se que
Moisés o escreveu, quando esteve durante 40 anos no deserto de Midiã.
 Ester 8:9 é o mais comprido versículo da Bíblia.

14
 No livro de Ester e também no livro de Cantares não aparece a palavra
Deus.
 O Antigo Testamento termina com uma maldição, e o Novo Testamento
termina com uma benção.
 O último livro da Bíblia a ser escrito não foi Apocalipse, foi III João.
 O profeta que veio depois de Malaquias foi João Batista.
 Judas foi o único dos doze apóstolos que não era Galileu.
 Os versículos 8, 15, 21 e 31 do Salmo 107 são iguais.
 Ló era o pai de Moabe e Bem-ami, e também o avô dos dois porque “as
duas filhas de Ló conceberam do próprio pai”. (Gen. 19:36-38) Esses dois
deram origem aos moabitas e amonitas dois povos inimigos do povo de
Deus.
 Jesus, Elias e Moisés foram os únicos homens que jejuaram 40 dias e 40
noites. (I Reis 19:8 e Deut. 9:9)
 O Salmo 119 é o mais longo da Bíblia, é um acróstico. São 176 versículos
divididos em 22 seções de oito versos cada uma, correspondendo a cada
uma das letras do alfabeto hebraico.
 Noé tinha 600 anos quando terminou a arca.
 O sábio Salomão deixou mais de 1000 mulheres, compôs 1005 cânticos e
três mil provérbios.
 O Salmo 117 é o capítulo mais curto da Bíblia
 Salmo 118 é o capítulo que está no centro da Bíblia, com 594 capítulos
antes e 594 capítulos depois.
 O Versículo que se encontra no centro da Bíblia é Salmo 118:8
 Obadias, Filemom, II João, III João e Judas são os livros da Bíblia que tem
apenas 1 capítulo.
 II João é o menor livro da Bíblia com apenas 13 versículos.
 O menor versículo da Bíblia é “Disse Jó:” (Jó 3:2 possui 07 letras).
 A Bíblia contém aproximadamente 773.693 palavras e 3.566.480 letras.

15
Estudo 3: Conhecendo a Deus
"Chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós" (Tiago 4:8a)
INTRODUÇÃO
Conforme o que está escrito em Efésios 2:12, no tempo em que você não havia recebido
ao Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, vivia sem Deus no mundo. Por
isso, todo o novo crente deve, imediatamente, após aceitar a Cristo, começar a conhecer
o seu Senhor. É sempre nesta ordem: primeiro, vem o ato de fé, depois, a busca do
conhecimento de Deus. Do ponto de vista humano, você teria de conhecê-lo bem antes,
para depois crer nele. Mas, no caso do cristão, é diferente; ele nasce e vive espiritualmente
pela fé em Deus. Os seus conhecimentos deverão se submeter à fé. Nunca o contrário.
I. CONHECENDO DEUS ATRAVÉS DE SUAS QUALIDADES
Deus tem muitas qualidades, através das quais Ele se identifica com os homens, e, ao
mesmo tempo, torna-se diferente de todos os seres espirituais.
Você descobre quais são as qualidades de Deus, ao conhecer os seus nomes.
Deus mesmo se revela, faz-se conhecer, ao proclamar o seu nome (leia Êxodo 6:2 e 3). O
Senhor queria ser reconhecido pelo povo de Israel, através de seus feitos.
Por que conhecer o Senhor pelo nome?
- O seu nome deve ser invocado na adoração (leia Gênesis 12:8);
- O seu nome deve ser temido (leia Deuteronômio 28:58);
- O seu nome deve ser louvado (leia 2 Samuel 22:50);
- O seu nome deve ser glorificado (leia Salmo 86:9);
- O seu nome não pode ser tomado em vão (leia Êxodo 20:7);
- O seu nome não pode ser profanado, nem blasfemado (leia Levítico 18:21; 24:16);
- O seu nome deve ser santificado e bendito (leia Mateus 6:9);

OS NOMES DE DEUS
EL, ELOAH: Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gênesis 7:1, Isaías 9:6) -
etimologicamente, El parece significar "poder", como em "Tenho o poder para prejudicá-
los" (Gênesis 31:29). El é associado com outras qualidades, tais como integridade
(Números 23:19), zelo (Deuteronômio 5:9) e compaixão (Neemias 9:31), mas a raiz
original de ‘poder’ continua.
ELOHIM: Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gênesis 17:7; Jeremias 31:33) - a forma
plural de Eloah, a qual acomoda a doutrina da Trindade. Da primeira frase da Bíblia, a
natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus (Elohim) fala para que o
mundo exista (Gênesis 1:1).

16
EL SHADDAI: "Deus Todo-Poderoso", "O Poderoso de Jacó" (Gênesis 49:24; Salmo
132:2,5) - fala do poder supremo de Deus sobre todos.
ADONAI: "Senhor" (Gênesis 15:2; Juízes 6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os
judeus achavam ser sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No
Antigo Testamento, YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo,
enquanto que Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios.
YHWH / YAHWEH / JEOVÁ: "SENHOR" (Deuteronômio 6:4, Daniel 9:14) - a rigor,
o único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como "SENHOR"
(com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai, "Senhor". A revelação do nome é
primeiramente dada a Moisés "Eu sou quem eu sou" (Êxodo 3:14). Este nome especifica
um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente, acessível, perto dos que o invocam
por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo 25:11) e orientação (Salmo 31:3).
JEOVÁ-JIRÉ: "O Senhor proverá" (Gênesis 22:14) - o nome utilizado por Abraão
quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque.
JEOVÁ-RAFA: "O Senhor que sara" (Êxodo 15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara",
tanto em corpo e alma. No corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na alma,
pelo perdão de iniquidades.
JEOVÁ-NISSI: "O Senhor é minha bandeira" (Êxodo 17:15), onde por bandeira
entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse nome comemora a vitória
sobre os amalequitas no deserto em Êxodo 17.
JEOVÁ-MAKADESH: "O Senhor que santifica, torna santo" (Levítico 20:8, Ezequiel
37:28) - Deus deixa claro que apenas Ele, e não a lei, pode purificar o Seu povo e fazê-
los santos.
JEOVÁ-SHALOM: "O Senhor nossa paz" (Juízes 6:24) - o nome dado por Gideão ao
altar que ele construiu após o Anjo do Senhor ter-lhe assegurado de que não morreria
como achava que morreria depois de vê-lO.
JEOVÁ-ELOIM: "Senhor Deus" (Gênesis 2:4, Salmo 59:5) - uma combinação do
singular nome YHWH e o nome genérico "Senhor", significando que Ele é o Senhor dos
senhores.
JEOVÁ-TSIDIKENU: "O Senhor nossa justiça" (Jeremias 33:16) - Tal como acontece
com Jeová-Makadesh, só Deus proporciona a justiça para o homem, em última instância,
na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, o qual tornou-se pecado por nós "para que nele
fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21).
JEOVÁ-ROHI: "O Senhor nosso Pastor" (Salmo 23:1) - Depois de Davi ponderar sobre
seu relacionamento como um pastor de ovelhas, ele percebeu que era exatamente a mesma
relação de Deus com ele, e assim declara: "Yahweh-Rohi é o meu Pastor. Nada me
faltará" (Salmo 23:1).
JEOVÁ-SHAMMAH: "O Senhor está ali" (Ezequiel 48:35) - o nome atribuído a
Jerusalém e ao templo lá, indicando que o outrora partida glória do Senhor (Ezequiel 8-
11) havia retornado (Ezequiel 44:1-4).

17
JEOVÁ-SABAOTH: "O Senhor dos Exércitos" (Isaías 1:24, Salmos 46:7) - Exércitos
significa "hordas", tanto dos anjos quanto dos homens. Ele é o Senhor dos exércitos dos
céus e dos habitantes da terra, dos judeus e gentios, dos ricos e pobres, mestres e escravos.
O nome expressa a majestade, poder e autoridade de Deus e mostra que Ele é capaz de
realizar o que determina a fazer.
EL ELIOM: "Altíssimo" (Deuteronômio 26:19) - derivado da raiz hebraica para "subir"
ou "ascender", então a implicação refere-se a algo que é muito alto. El Elyon denota a
exaltação e fala de um direito absoluto ao senhorio.
EL ROI: "Deus que vê" (Gênesis 16:13) - o nome atribuído a Deus por Agar, sozinha e
desesperada no deserto depois de ter sido expulsa por Sara (Gênesis 16:1-14). Quando
Agar encontrou o Anjo do Senhor, ela percebeu que tinha visto o próprio Deus numa
teofania. Ela também percebeu que El Roi a viu em sua angústia e testemunhou ser um
Deus que vive e vê tudo.
EL-OLAM: "Deus eterno" (Salmo 90:1-3) - A natureza de Deus não tem princípio, fim
e nem quaisquer limitações de tempo. Deus contém dentro de Si mesmo a causa do
próprio tempo. "De eternidade a eternidade, tu és Deus."
EL-GIBOR: "Deus Poderoso" (Isaías 9:6) - o nome que descreve o Messias, Jesus Cristo,
nesta porção profética de Isaías. Como um guerreiro forte e poderoso, o Messias, o Deus
Forte, vai realizar a destruição dos inimigos de Deus e governar com cetro de ferro
(Apocalipse 19:15).

ATRIBUTOS MORAIS (RELACIONADOS AOS SERES MORAIS POR ELE


CRIADOS)
Retidão – É impossível Deus errar. (Sl 111.7,8) Perfeição é sua meta para nós. (Gn 17.1;
Sl 89.14-15)
Santidade – Deus é santo. Ele é moralmente perfeito. (Is 6.3; 1 Sm 2.2; 1Pe 1.15)
Santidade significa ser “separado do pecado e consagrado a Deus.” (Lv 20.8,26; 2 Tm
2.9; Hb 12.14)
Justiça – É a santidade de Deus em ação. (Dt 32.4; Sl 98.9) Deus é imparcial: (2 Cr 19.7;
Lv 19.35-37)
Fidelidade – Deus é fiel e, portanto digno de confiança. Ele não falha. Podemos
descansar em suas promessas. (Hb 6.18; Js 21.45; Is 34.16) Temos que ser fiéis: (Lc
16.10; 1 Co 1.9; 4.2; Hb 3.12)
Misericórdia – Ele espera que os pecadores se arrependam. (Ef 2.4-6; Tt 3.5 Lm 3.22;
Lc 6.31; 1Pe 3.8)
Amor – Amor sacrificial por nós. (Jo 3.16; Ef 2.4,5; 5.2; 1 Jo 2.9,10; 3.14; 1 Jo
3.16)Verdade – Ele é a verdade absoluta. É impossível que Ele minta. (Tt 1.2; Nm 23.19;
Cl 3.9; Ef 4.25)
Bondade – Ele concede bênçãos às suas criaturas. (Sl 103.10; 136.1; Na 1.7; Rm 15.14;
2Pe 1.5)

18
ALGUNS ATRIBUTOS DE DEUS RELACIONADOS A SI MESMO E AO
UNIVERSO:
Onipotência – Somente Ele tem todo poder para realizar o que ele deseja. (Mt 19.26; Sl
33.6)
Onipresença – Somente Ele é infinito e se faz presente em todos os lugares. (Jr 23.24; Sl
139.7-12)
Onisciência – Somente Ele tem conhecimento de tudo mesmo antes que aconteça. (Sl
139.1-4; 1Cr 28.9)
Soberania – Deus governa sobre todos. Ele é o dono de tudo (1Cr 29.11,12; Ag 1.14)
Nada está fora de seu controle. Todos os seus planos serão realizados segundo sua
vontade. (Sl 103.19; Jó 42.2; Is 46.10)
Deus é transcendente — Ele é diferente e independente da sua criação (ver Êx 24.9-18;
Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente maiores e mais
elevados do que a ordem por Ele criada (1Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). Ele subsiste
de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é
incriado e existe à parte da criação (ver 1Tm 6.16 ). A transcendência de Deus não
significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu Deus (Lv 26.11,12;
Ez 37.27; 43.7; 2Co 6.16).
Deus é eterno — i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is 57.12). Nunca
houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que Deus não existisse
ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (cf. Sl 90.4; 2Pe 3.8), e é,
portanto, melhor descrito como “EU SOU” (cf. Êx 3.14; Jo 8.58).
Deus é imutável — i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos
seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12;
Tg 1.17). Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários
ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa
do arrependimento sincero dos pecadores (cf. Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para
atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia
fala de Deus mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos
(e.g., Nm 14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).
Deus é perfeito e santo — i.e., Ele é absolutamente isento de pecado e perfeitamente
justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado
(cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no entanto, não pode pecar
(Nm 23.19; 2Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade inclui, também, sua dedicação à
realização dos seus propósitos e planos.
Deus é trino e uno — i.e., Ele é um só Deus (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef 4.6; 1Tm
2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (e.g., Mt 28.19; 2Co 13.14;
1Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras; mas não são três deuses,
e sim um só Deus (ver Mt 3.17; Mc 1.11).

19
Estudo 4: Conhecendo a Igreja
Texto Bíblico
"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e
da família de Deus" (Efésios 2:19)
I. O QUE É A IGREJA?
A palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para fora’, ou seja, um
grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual) para seguirem a Cristo. Os
que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, irmãos, cristãos, santos, eleitos
e os do caminho.
II-DOIS SENTIDOS DO TERMO IGREJA NA BIBLIA:
- A Igreja Universal (No sentido geral)
Este termo se refere a todo o povo de Deus. Todos os salvos em Cristo, formam a Igreja.
É o “Corpo de Cristo”, é um “Organismo vivo”. Há vários textos que aparece a Igreja no
sentido geral (ITm 3.15; Rm 16.23; Mt 16.18)
- A Igreja Local (No sentido restrito)
Este termo se refere a Igreja como uma organização. É a igreja visível. A maioria dos
casos em que aparecem a palavra Ekklesia, refere-se a igreja local. Isto é; um grupo de
crentes professos, batizados, que se reúnem em determinado lugar, para o culto público,
mutua instrução na Palavra de Deus.

III - Símbolos da Igreja


CORPO: Jesus não está mais presente entre os homens, de forma física, mas em cada
pessoa que o recebe, em qualquer parte do mundo, Ele introduz a sua vida, para formar
um corpo. Por Ter a vida em Cristo, a igreja não é um simples ajuntamento de pessoas,
uma associação ou clube. É um organismo, algo que tem existência tal como o corpo
humano que é composto de muitos membros e órgãos que funcionam em prol de uma
vida comum. Da mesma forma que o ser humano é um, mas tem milhões de células vivas,
assim também é a igreja. Um só corpo, mas constituído por milhões de pessoas nascidas
de novo, por meio do evangelho de Jesus. Possui também uma cabeça, o próprio Cristo.
Ele é o chefe, o guia, o Principal e o Príncipe da igreja. (Ef. 5:23)
TEMPLO: Embora Deus habite em toda a parte, Ele se localiza em determinado lugar,
para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um templo de Deus. (1 Coríntios
3:16 e 17)
NOIVA: Em 2 Coríntios 11:2, Paulo afirma que preparara os crentes de Corinto para os
‘apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo’. Em Efésios 5:25, o
apóstolo declara que Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o
noivo viverão juntos para sempre. Apocalipse 22:17.

20
FAMILIA: Você, agora, é membro da família da Deus. (1 João 3:1-2)

IV- OS OBJETIVOS DA IGREJA


Através da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por Cristo, para cumprir as
seguintes finalidades:
Lugar para o crente cultuar a Deus. Os crentes se reúnem para cultuar a Deus. O culto
é o momento de oração, louvor, adoração, estudo da Bíblia e edificação dos crentes. No
culto, todos os crentes podem se unir em oração, seja em petição, ação de graças e
intercessão. Esta também é uma maneira de você louvar a Deus.
Lugar para o crente praticar a mordomia cristã. Tudo o que você possui, não lhe
pertence (Salmos 24:1). Por isso, não tem mais o direito de fazer o que quer. Deus agora
está em primeiro lugar em sua existência. Isso inclui sua vida, seu tempo, seus talentos e
suas finanças. Você deve aplicar, na igreja a sua vida, com o melhor de seus esforços e
dedicação.
Lugar para o ensino da disciplina e norma de conduta cristã. Ao fazer parte de uma
igreja local, o novo crente disciplina-se e aprende a norma bíblica de conduta. Existe um
padrão de vida exposto na Bíblia e todos os crentes devem se esforçar para vivê-lo.
Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e ter todas as esferas da sua
vida e atividades regulamentadas, dirigidas por Deus. Mateus 5:13 e 18:15 a 17.
V- AS TRES ORDENANÇAS DA IGREJA
EVANGELIZAR O MUNDO: A principal atividade dos crentes é levar a salvação para
os não-crentes. Cristo, depois de completar a sua missão na terra, declarou: ‘é-me dado
todo o poder no céu e na terra’. E, em seguida, estabeleceu uma missão aos seus
seguidores. Mateus 28:19 e 20.
O BATISMO NAS ÁGUAS: Através do batismo nas águas você dá um testemunho
público de sua identificação com Cristo, a nova vida iniciada a partir da conversão. É o
sinal exterior, o qual mostra que você morreu para o mundo e nasceu para Deus.
A CEIA DO SENHOR: Na igreja em que você freqüenta, todo mês há o culto de Ceia.
Não foi idéia de um homem, mas foi instituída por Jesus, na véspera de sua crucificação,
para os crentes relembrarem, a sua morte, através do pão e do vinho. O primeiro simboliza
o seu corpo e o segundo, o seu sangue. Não somente para relembrar a sua morte vitoriosa,
mas os crentes tomam a Ceia para anunciar a Cristo, até que Ele volte.
FORMAS DE GOVERNO DA IGREJA
Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que
não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas.
(Romanos 13:1)
Deus estabeleceu três instituições: O Lar (Gn. 2:18-25); O Governo (Gn. 9:1-17) e a
Igreja (At. 2).

21
(Efésios 4:11-13) “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos
para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos
alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à
maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.
O apóstolo Paulo afirma claramente aqui que estes cinco ministérios foram dados à igreja
para equipá-la até que ela atinja:
1º Aperfeiçoamentos dos santos;
2º Edificação do corpo de Cristo;
3º A unidade da fé;
4º Conhecimento do filho de Deus;
5º A varão perfeito (Maturidade física e espiritual);
6º A semelhança com Jesus.

Apóstolo: A palavra significa “ENVIADO”. Apesar de algumas pessoas afirmarem que


os únicos apóstolos que existiram foram os 12 apóstolos de Jesus, a Bíblia nos fornece
outro ensinamento. Além dos 12 primeiros apóstolos, a Bíblia nos mostra, por exemplo,
que Paulo e Barnabé eram chamados de apóstolos (At 14.14) e, também, Andrônico e
Júnias eram reconhecidos como apóstolos (Rm 16.7). Assim, houve mais apóstolos do
que apenas os Doze primeiros.

O apóstolo que foi realmente comissionado pelo Senhor, tem a autoridade apostólica
de Cristo, que deve ser reconhecida no mundo do espírito, por anjos, principados,
potestades e toda espécie de demônios, assim também como enfermidades.

“Em cada alma havia temor e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédios
dos apóstolos.” (Atos 2: 43) “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em
meu nome expelirão demônios, falarão em novas línguas, pegarão em serpentes e se
alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal, se impuserem as mãos sobre os
enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16: 15-18).

As seis funções principais dos apóstolos.

1-Levar o evangelho a lugares não alcançados (Rom. 15:20 NVI);

2-Implantar igrejas sobre o fundamento de Cristo (I Cor. 3:10-11 / Gal.1:6-10 / Apo.


2:15);

3-Apontar e treinar os primeiros líderes da igreja (Atos 14:21-23 / Tito 1:5);

4-Lidar com problemas específicos, falsas doutrinas ou pecados (I cor.1: 1-16 Atos 15);

22
5-Promover à unidade do corpo de Cristo, unidade da fé, a maturidade da igreja e
semelhança da estatura de Cristo. (Ef. 4:1-16);

6-Demonstrar e compartilhar as dimensões sobrenaturais do Reino de Deus. (II Cor.12:12


/ Atos 4:33 / Atos 8: 4-20 / II Tim. 1:6-7).

Profeta: Enquanto o apóstolo é aquela pessoa que recebeu de Deus a visão de enxergar
mais longe, o profeta recebeu de Deus a visão para enxergar mais fundo. O profeta
consegue perceber as realidades mais profundas da vida de uma pessoa e também de uma
igreja. As cartas às igrejas da Ásia Menor, registradas no início do livro do Apocalipse,
são um exemplo claro do ministério profético. Essas cartas olhavam para dentro do
coração da igreja, vendo os seus pontos fortes e as suas fraquezas.
Certamente, Deus revela um pouco dos seus planos aos profetas (Am 3.7). Por isso, o
profeta é, em geral, um crente que constantemente anseia por ouvir mais de Deus. Ele
gosta de se dedicar à quietude, à oração e à busca da presença de Deus. Esse seu anseio
está relacionado como o seu desejo de receber de Deus poder para compartilhar com as
pessoas o que tiver ouvido.

Mestre: Diferentemente do apóstolo, que olha para mais longe, e do profeta que olha para
mais fundo, o mestre olha para a Palavra. Ele é alguém bastante dedicado ao estudo da
Bíblia. Ele é apaixonado pela Bíblia. Ele anseia por descobrir os ensinamentos bíblicos
acerca de Jesus e do Seu Reino.
O apóstolo Paulo fala que primeiro Deus estabeleceu apóstolos sobre sua igreja, depois
profetas e em terceiro mestres... (1 cor.12: 28) Esses três pilares decidiam muitas coisas
no início veja: Atos 13: 1-3
A Bíblia nos fala acerca de Apolo, “que era homem culto e tinha grande conhecimento
das Escrituras. Fora instruído no caminho do Senhor e com grande fervor falava e
ensinava com exatidão acerca de Jesus” (At 18.24-25). Apolo era um mestre,
apaixonado e zeloso pelas Escrituras.
Ao escrever para a igreja de Corinto, Paulo diz que ele plantou e Apolo regou (1Co 3.6).
O que o apóstolo plantou é regado pelo mestre para que a igreja continue a crescer e se
torne igreja madura. O ministério do mestre consegue trazer estabilidade e maturidade à
Igreja, levando-a a resistir nos tempos de seca, frio e tempestades. Os mestres tem uma
função decisiva no corpo, ele são o pilar de equilíbrio na igreja, são eles que discipulam
os crentes, eles estão aptos a ensinar, a ser mentores como barnabé foi de Paulo e Paulo
foi de muitos outros, a discernir nas escrituras as profecias pronunciadas pelos profetas,
homens sábios, cheios do Espírito santo, sua preocupação no corpo é proporcionar todo
um ambiente de aprendizado na palavra, preparando os crentes para terem uma só fé, a
uma maturidade cristã, levar através das escrituras o conhecimento sobre o filho de Deus,
para que todos cheguemos a medida da estatura de Cristo.

23
Pastor: A pessoa que tem o ministério de pastor se importa grandemente com as pessoas.
Ele tem ampla disposição para carregar as pessoas nos braços, trazer-lhes encorajamento
e fazer oração por elas. Isso significa que o pastor recebeu de Deus uma capacitação
especial para iniciar e desenvolver relacionamentos que sejam profundos e intensos.
Quando Jesus afirmou que as ovelhas conhecem a voz do pastor e o seguem (Jo 10.2-3,
14, 27), Jesus mostrou que o pastor conseguiu, por meio do seu cuidado e zelo, conquistar
a confiança das suas ovelhas. As ovelhas não seguem outra pessoa porque não confiam
nela.
“Uma outra marca do pastor é o seu amor pela sua terra. Ele ama permanecer por longo
tempo no mesmo lugar e lá estabelecer uma rede de relacionamentos. Ele quer constituir
uma família espiritual, adotar filhos espirituais, criá-los. É por isso que ele se preocupa
quando os apóstolos e profetas avançam inquietos e enérgicos, e as tendas precisam ser
desmontadas novamente. Estar a caminho, nômade, como num acampamento militar, não
lhe agrada. O que ele mais gostaria era de construir casas firmes”. (Jens Kaldeway).

A principal função de um pastor, que foi chamado para esse ministério, é cuidar do corpo
de Cristo, proporcionando ao corpo toda a atenção necessária, ouvindo, intercedendo,
aconselhando, se colocando na brecha pela causa deles. Ele deve estar disponível, estar
apto a exortar, ensinar e a ouvir. As ovelhas não precisam de grande preletores,
pregadores eloquentes, doutores em teologia, movimentadores de massas, as ovelhas
precisam de quem as apascente, não de longe, mas de perto, de quem as ouça, de quem
esteja junto, quando precisarem. Por isso numa igreja local precisamos de muitos
pastores. Os pastores devem juntamente com os outros quatro ministérios ajudar a edificar
a vida e o caráter, de cada crente para que ele tenha uma só fé, chegue a ser varão perfeito,
ao conhecimento do filho de Deus e a sua semelhança.

Evangelista: São homens e mulheres que fazem parte do corpo, mas que tem suas vidas
e sua mente voltada para fora da igreja local. Seu único interesse é acrescentar de forma
estratégica, mais almas ao corpo de Cristo que precisa terminar de ser completo. São os
que vão em hospitais, presídios, praças, favelas, sua vida é totalmente voltada para o
campo missionário. Por isso, uma das características do evangelista é a criatividade. Ele
consegue, de diferentes maneiras, apresentar o Evangelho. Ou ele evangeliza por meio do
teatro, ou da música, ou da mímica, ou da pregação. Para ele, o que importa é fazer com
que os não-crentes ouçam, entendam e aceitem a mensagem do Evangelho.

As características de um evangelista

1.Ele deve aproveitar toda e qualquer oportunidade de compartilhar do evangelho;

2.O evangelista deve operar com sinais e prodígios;

3.Ele está apto a batizar todos aqueles que creem em Jesus e na mensagem do evangelho,
tendo urgência em fazer o batismo;

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4.Ele prepara o caminho para os apóstolos (Atos 8: 14) “Os apóstolos em Jerusalém,
ouvindo que Samaria havia aceitado a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e
João.”

5. Ele deve obedecer os comandos do Espírito;

QUESTÃO EM DEBATE: Um solteiro pode ser pastor?

Algumas igrejas permitem e outras exigem que seus pastores sejam solteiros. O que Deus
revelou sobre esta questão?

Jesus Cristo, o Supremo Pastor (1 Pedro 5:4) concedeu servos conhecidos como pastores
e mestres para ajudar os santos (Efésios 4:11). Os homens que pastoreiam são chamados,
também, de presbíteros (anciãos em algumas traduções) e bispos (1 Pedro 5:1-2; Atos
20:17,28).

O Espírito Santo foi específico e detalhado nas qualificações destes servos. Encontramos
listas de características deles em 1 Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9. Para as pessoas que
realmente querem agradar ao Senhor, estes trechos resolvem a questão de pastores
solteiros. Paulo disse a Timóteo: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher” (1 Timóteo 3:2). Na sua carta a Tito, começou a lista de
qualificações dos presbíteros com as mesmas palavras: “alguém que seja irrepreensível,
marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes” (Tito 1:6).

Pastores, então, devem ser casados e pais de filhos crentes.

Para defender a prática comum de escolher pastores sem estas qualidades, os homens
recorrem a vários argumentos. Vamos considerar algumas questões:

Paulo não foi casado. Paulo foi fiel no seu trabalho de apóstolo e ministro (servo) de
Cristo (Atos 26:16; Colossenses 1:1,23), mas, nas Escrituras, ele nunca é chamado de
bispo, presbítero ou pastor. Os outros apóstolos eram casados (1 Coríntios 9:5). Por isso,
não nos surpreende descobrir que alguns deles serviam, também como presbíteros (1
Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1).

Timóteo e Tito não foram casados. Não há referência a estes evangelistas como casados,
mas também não há nenhuma passagem que os chama de pastores! O costume de chamar
as cartas a estes evangelistas de “epístolas pastorais” cria uma certa confusão, porque
foge da linguagem bíblica. Na Bíblia, nem o autor nem os destinatários dessas cartas são
chamados de pastores!

Paulo disse que solteiros podem servir melhor (1 Coríntios 7:1-7). O conselho de Paulo
foi dado em relação a “todos os homens” (7:7) especifi-camente por causa de
uma “angus-tiosa situação presente” (7:26). Não deve ser interpretado de uma maneira
que contradiga outras passagens que incentivam o casamento (1 Timóteo 5:14) e que
especificamente exigem que presbíteros sejam casados (1 Timóteo 3:2; Tito 1:6).

Pastores solteiros? Não na igreja do Senhor!

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Estudo 5: Conhecendo o Valor da Oração
Texto Bíblico
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós, e, orando, pediu que não
chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e
o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto" (Tiago 5:17 e 18)
INTRODUÇÃO
Através da oração, você alcança grandes vitórias. Todos os que oram e confiam a Deus
os seus problemas, difíceis de solução, são recompensados pelo Todo-Poderoso. Nesta
lição, você vai conhecer o quanto é bom orar, e aprender que tudo quanto se pede ao
Senhor, com fé, mediante sua vontade, se recebe.
I. O QUE SIGNIFICA ORAR?
a. É conversar com Deus: É o dialogo que mantemos com o Pai celestial. Falamos-lhe
quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades. Mas, antes de tudo,
devemos agradecer por mais um dia de vida que Ele nos concedeu. Então, sentimos no
coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica com o Espírito de Deus.
(Romanos 8:16.)
Daniel alcançou grandes vitórias em sua vida, porque sempre viveu em oração. Apesar
de viver distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade
de Deus (Daniel 6:10).
b. É ter comunhão com Deus: A Bíblia registra, em Gênesis 5:21, que Enoque, quando
estava com 65 anos, passou a ter comunhão com Deus, através da oração. A cada dia, ele
se aproximava mais e mais do seu Criador, por intermédio desta sublime prática.
Trezentos anos depois, não foi mais visto, pois o Senhor o tomou para si. Você só sentirá,
realmente, a presença de Deus em sua vida, se for através da oração. Ela faz com que a
pessoa sinta a comunhão real com seu Criador e Pai celestial.
c. Não é rezar: Como já foi dito anteriormente, orar é conversar com Deus, é dialogar
com Ele. É um processo que flui normal e espontaneamente. O Espírito Santo nos inspira
as palavras que são ditas em cada oração que fazemos. De acordo com as nossas
necessidades, usamos termos que jamais empregamos em petições anteriores. É isto que
agrada a Deus: a nossa fuga das vãs repetições.
Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinassem a orar. O Mestre de pronto, lhes
respondeu: 'Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino,
seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje;
e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não
nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque Teu é o reino, e o poder, e a glória,
para sempre. Amém' (Mateus 6:9 a 13).

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II. COMO ORAR?
a. De joelhos (Efésios 3:14): - Certo pastor enfrentava grandes lutas em sua igreja, e não
sabia como vencê-las. Encontrava-se em certa ocasião, numa praça, e pediu a um
engraxate que lhe limpasse os sapatos. O jovem de imediato, ajoelhou-se e iniciou o seu
ofício. O pastor com pena dele, perguntou porque ele não se assentava no caixote. Ao que
o rapaz respondeu: 'De joelhos é melhor!'. O pastor, intimamente, começou a chorar, e
agradeceu a Deus pela mensagem recebida, através do jovem engraxate. Colocou a igreja
em oração, de joelhos, e logo alcançou a vitória que tanto almejava. Compôs inclusive o
hino 'De joelhos é melhor', cantado em diversas denominações evangélicas.
b. De pé (2 Crônicas 20:5 e 6): Este texto refere-se a Josafá, rei de Judá, que, em pé,
diante do povo, orou a Deus, e recebeu a resposta imediatamente. Os crentes costumam
orar em pé, no início, durante e no fim dos cultos, e têm recebido grandes vitórias.
c. Deitado (2 Reis 20:2 e 3): - Esta passagem registra a enfermidade de Ezequias, rei de
Judá. Acamado, recebeu a visita do profeta Isaías que lhe transmitiu o recado de Deus a
respeito de sua morte iminente: 'morrerás, e não viverás'. Deitado Ezequias virou o rosto
para a parede e orou. O Senhor o ouviu e concedeu-lhe mais 15 anos de vida.
III. ONDE ORAR?
a. No templo (Mateus 21:13): Biblicamente, todo o templo evangélico, dedicado a Deus,
torna-se uma casa de oração. Nela, os cristãos se reúnem para buscar a presença de Deus
e receber as suas bênçãos. Consagrações, círculos de oração e vigílias são reuniões já
tradicionais em nossas igrejas, ocasiões em que Jesus nos batiza com o Espírito Santo,
cura nossas enfermidades e resolve os nossos problemas.
b. Em particular (Mateus 6:6): Jesus, em seu sermão do Monte, enfatizou que a oração
feita em particular é ouvida pelo Senhor, que vê secretamente. É a melhor maneira do
crente estar a sós com Deus e contar para Ele as suas angústias, sem que ninguém saiba
pelo que passa. É a oportunidade que você tem de confiar somente ao Senhor um
problema de difícil solução.
c. Em família (Atos 12:12): A Igreja em Jerusalém enfrentava uma das maiores lutas de
sua história. Herodes, rei dos judeus, prendeu dois de sus principais líderes: Tiago e
Pedro. A popularidade deste monarca estava baixa. Ele julgou que a perseguição aos
cristãos iria ajudá-lo a recobrar seu prestígio. Mandou matar, primeiramente, a Tiago,
para sentir a reação do povo. 'Foi um sucesso!' Todo mundo o parabenizou. Então, ele
marcou a data da morte de Pedro: um dia após o encerramento da Páscoa, quando todos
os judeus se preparavam para retornar aos seus países de origem. Com este
acontecimento, Herodes conseguiria o ápice de sua popularidade. Atos 12:5 registra:
'Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus'.
Aqueles primeiros cristãos ainda não tinham um templo-sede para se reunirem.
Utilizavam as casas dos irmãos em Cristo, para cultuarem ao Senhor. Oravam exatamente
na residência de Maria, mãe do evangelista Marcos (escritor do segundo evangelho),
quando um anjo de Deus, em resposta às suas orações, visitou o cárcere, onde estava preso
o apóstolo Pedro, e o libertou.
IV. QUANDO ORAR?

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a. Ao deitar-se: 'Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, nome de nosso
Senhor Jesus Cristo' (Efésios 5:20).
b. Ao levantar-se: Salmo 91:11: 'Porque aos Seus anjos dará ordem a teu respeito, para
te guardarem em todos os teus caminhos'.
c. Sempre: É deitar-se, levantar-se, trabalhar, viajar, etc., com o pensamento voltado para
as coisas espirituais. “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17)
V. VITÓRIAS ATRAVÉS DA ORAÇÃO
a. Nas tentações: Jesus só venceu as muitas tentações que enfrentou, porque sempre
viveu em oração. O Diabo não lhe dava trégua: tentava o Filho de Deus noite e dia, mas
foi derrotado pela comunhão de Cristo com o Pai celestial. Até no Calvário, Satanás
tentou convencer Jesus a descer da cruz, mas não conseguiu, por causa do efeito da
oração.
b. Nas enfermidades: Doenças incuráveis foram repreendidas pelo poder da oração. Até
mortos ressuscitam, quando a igreja ora, pois nada é impossível para Deus. Os apóstolos
Pedro e João foram ao templo, em Jerusalém, para orar. Na passagem pela porta chamada
formosa, depararam-se com um coxo de nascença. Este estendeu a mão e pediu-lhes uma
esmola. Pedro, então respondeu: 'Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou.
Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda'. Isto só foi possível, porque os
apóstolos viviam em constante oração.
c. Nas dificuldades: - Paulo e 275 companheiros de viagem para Roma permaneceram
14 dias perdidos no mar Adriático, fustigados por uma tempestade interminável. O navio,
açoitado pelas fortes ondas, não naufragou, de imediato, porque o apóstolo estava entre
os passageiros. Ele rogou a Deus, em oração, pelas vidas de seus companheiros. Em
resposta, um anjo trouxe-lhe a seguinte mensagem: 'Paulo, não temas: importa que sejas
apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo'. Ele, então,
reuniu todos os passageiros e tripulantes e declarou-lhes: 'Portanto, exorto-vos a que
comais alguma coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça
de qualquer de vós'. Na verdade, a embarcação foi destruída, mas todos os seus ocupantes
se salvaram (Atos 27:34)
MODELO DE ORAÇÃO (Mateus 6:9 a 13).
1. Comunhão – “Pai nosso que estás no céu”
2. Louvor e adoração – “que todos reconheçam que o teu nome é santo”.
3. Clamor – Venha o teu reino.
4. Intercessão – Faça a tua vontade.
5. Petição – Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
6. Confissão - Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos
7. Proteção – Não nos deixe cair quando tentados
8. Guerra espiritual - Livra-nos do mal
9. Entrega – Teu é o reino, o poder e a glória
A oração, portanto, é a chave da vitória. Todos os que enfrentaram grandes lutas, mas
confiaram no poder de Deus, foram vitoriosos. Orar é um hábito que se adquire
gradativamente. Todos os que se prontificam a orar ao Senhor, tiveram, no início, a
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contrariedade da carne. Mas a mortificaram e disciplinaram-na a tal ponto, que ficavam
horas e horas de joelhos, sem perceberem o tempo passar. Tornaram-se grandes
pregadores e ganharam milhares de almas para Cristo. Venceram as tentações e provações
e, agora, aguardam, no Paraíso, o momento de receberem o novo corpo, para viverem
eternamente com Jesus.

Estudo 6: O Discípulo e a Fé
Texto Bíblico
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se
não vêem" (Hebreus 11:1)
INTRODUÇÃO
A melhor definição para fé é a do texto bíblico que introduz este comentário. Nesta
acepção, ela é a base da esperança que faz o crente seguir adiante, firmado nas promessas
de Deus e deixando para trás as dúvidas, incertezas e incredulidade. Ela é o ponto de
partida para o pecador conhecer ao Senhor e receber a salvação. Segundo o apóstolo
Paulo, a fé nasce na vida de cada um quando se ouve a Palavra de Deus, que é também o
alimento para que ela, a fé, se torne vez mais consolidada e robustecida. Ter fé é vital
para as relações do crente com Deus. É impossível esta comunhão sem ela, 'porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador
dos que o buscam' (Hebreus 11:6).

I. A IMPORTÂNCIA DA FÉ
Por que a fé é tão importante na vida cristã? Porque se ela não estiver operando, a
incredulidade predomina, gerando incertezas e fracassos. Quem duvida jamais realiza
qualquer coisa para Deus. Este sentimento deixa o crente indeciso, o que compromete o
seu caminhar vitorioso, pois poderá agir como Pedro que, ao primeiro momento, deu
passadas firmes sobre as águas do mar, mas logo começou a afundar. A dúvida deixou-o
sem saber se olhava somente para Jesus ou para as circunstâncias adversas à sua volta.
a. A fé no Antigo Testamento: - Se você percorrer a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse,
vai descobrir que ela é o livro que trata das relações do homem com Deus mediante a fé.
Eles olhavam para a cruz, o divisor entre a velha e a nova aliança. Por causa de sua fé
foram massacrados, vituperados, perseguidos, mas em momento algum fraquejaram, pois
estavam certos da promessa do nascimento de Jesus Cristo, não obstante a verem de
longe.
b. A fé no Novo Testamento: - Os crentes da atualidade, segundo o escritor do mesmo
livro bíblico citado acima, são mais bem-aventurados dos que os do Antigo Testamento.
No caso dos crentes de hoje, a cruz já está no passado, mas projeta com segurança o fato
de que se Deus cumpriu a promessa que tanto os heróis da fé almejavam, mesmo que eles
não tenham fisicamente alcançado, Deus dará continuidade ao seu plano até que se
consumem todas as coisas. Hebreus 11:40.

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c. A fé na vida cristã: - Tudo quanto fizermos, se não tiver a fé como base, não terá
nenhum sentido. A Bíblia diz que aquilo que não se faz por fé constitui-se pecado
(Romanos 14:23). 'Sem fé é impossível agradar a Deus' (Hebreus 11:6).
O objeto da fé: (Hebreus 12:2) “Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o
qual pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia,
e assentou-se à destra do trono de Deus”
Foi a fé centrada na pessoa de Cristo que levou os amigos de Daniel a enfrentarem a
fornalha de fogo ardente. Eles criam no livramento, mas também criam que aquela
circunstancia poderia levá-los à presença de Deus. É tanto que disseram ao rei: 'Não
necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós
servimos, é que pode nos livrar do forno de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E se não,
fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro
que levantas-te' (Daniel 3:17 e 18). A visão de Nabucodonosor veio confirmar esta
verdade. Ele viu o quarto homem na fornalha, que não era outro senão o Filho de Deus.
Para os amigos de Daniel, então, não fazia diferença. Fora da fornalha tinham a proteção
do Senhor, na fornalha, ele os acompanhava e se fossem levados para o céu, ficariam para
sempre na sua gloriosa e majestosa presença. Este é, portanto, o cerne da verdadeira fé:
Cristo.

II. AS QUALIDADES DA FÉ
a. Fé para a salvação: - Esta fé é aquela que leva o crente a reconhecer os seus pecados
e a aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar. Ela é o ponto de partida que introduz o
crente à vida cristã mediante o novo nascimento. É como a centelha que dá a partida para
fazer funcionar o motor de qualquer veículo.
b. Fé vitoriosa: - Você vai descobrir que, no exercício da vida cristã, a fé varia de
intensidade. A Bíblia fala de 'pouca fé' (Mateus 6:30), 'tanta fé' (Mateus 8:10), 'fé como
um grão de mostarda' (Mateus 17:20), 'homem cheio de fé' (Atos 6:5) e sobre 'a medida
da fé' (Romanos 12:6). Isto explica porque uns fazem coisas grandes para Deus, enquanto
outros vivem uma vida cristã de menor intensidade. Significa que o trabalho de cada um
será, também, proporcional ao tamanho de sua fé. Só fará grandes coisas para Deus quem
tiver fé abundante e fundamentada nas promessas do Altíssimo.
c. Dom da fé: - O dom da fé situa-se numa dimensão mais profunda. Trata-se de
manifestação sobrenatural para a realização de maravilhas, sendo uma particularidade que
o Espírito concede ao crente para aquilo que for útil. Está entre os dons espirituais (1
Coríntios 12:11).

III. OS EFEITOS DA FÉ
a. A fé produz salvação: - já foi dito anteriormente que a fé é a base para a salvação.
Portanto, o ponto focal da nossa responsabilidade, como crentes, é pregar o evangelho
para que os pecadores sejam tomados pela fé, reconheçam os seus pecados, confessem
que Jesus é o Filho de Deus e o aceitem como único e suficiente salvador.

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b. A fé produz segurança: - Quem está em Cristo passa a viver em segurança, mesmo
que as circunstancias à sua volta sejam adversas. 'Pelo que não teremos, ainda que a
terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares; ainda
que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem por sua braveza.
Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do
Altíssimo. Deus está no meio dela; não será abalada; Deus a ajudará ao romper da
manhã' (Salmo 46:2 a 5).
c. A fé não vê fracasso: - Aquilo que, na visão de muitos, aparenta fracasso, para o
verdadeiro crente é um meio de fortalecer a sua fé e passar a depender mais de Jesus.
Quando o apóstolo Paulo afirma que se considerava fraco, isto servia para ele entender
que sem Cristo, nada podia fazer. Isto o levou, inclusive, a receber do Senhor o consolo:
'A minha graça te basta'.
d. A fé conduz à vitória: - Para concluir, vale adaptar o texto de um autor desconhecido:
'Enquanto a dúvida olha para baixo, a fé olha para o alto; enquanto a dúvida vê o
perigo, a fé enxerga a segurança; enquanto a dúvida resvala na incredulidade, a fé
se abriga no esconderijo do Altíssimo; enquanto a dúvida afunda no desespero, a fé
se agiganta na esperança; enquanto a dúvida pergunta quem crê, a fé responde: eu
creio'!

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Estudo 7: O Discípulo e a Obediência
Texto Bíblico "Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor, tanto prazer em
sacrifícios, como em que se obedeça à Palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor
do que o sacrificar,e o atender melhor é do que a gordura dos carneiros"
(1 Samuel 15:22)
INTRODUÇÃO
A obediência, segundo definem os dicionaristas, é o ato de submeter-se à vontade de
alguém. Nesta lição, porém, você vai aprender que, em se tratando do crente, a obediência
não é tão restrita, como querem os filólogos. Ela está profundamente ligada a fé, através
da qual somos introduzidos à presença do Deus invisível, a quem voluntária e
conscientemente nos submetemos. Por crermos na sua soberania sobre todas as coisas,
nos dispomos a viver em obediência à sua Palavra, à Igreja e àqueles que Ele estabeleceu
para ministrar sobre o seu povo.
I. EXEMPLOS DE OBEDIÊNCIA
A obediência é uma virtude exemplificada em todos os livros da Bíblia.
a. A obediência de Abraão: Deus fez uma determinação ao patriarca, baseada em
algumas condições: quais foram? Leia Gênesis 12:1.
A obediência do Patriarca não foi um ato robótico, como se não tivesse personalidade.
Ele o fez por saber a quem estava obedecendo e movido pela fé. Por isso, seu nome consta
da galeria dos heróis da fé, em Hebreus 11.
Não obstante Abraão ser um exemplo de obediência, houve um momento em sua vida
cuja precipitação trouxe consequências drásticas que repercutem até os dias de hoje. Foi
quando Deus prometeu um filho em sua velhice. Gênesis 15:1 a 16. Induzido por Sara,
sua mulher, que já não acreditava mais em sua capacidade de gerar, nem mesmo por
intervenção divina, Abraão acabou tendo um filho com sua escrava Agar, fora do plano
de Deus. O resultado é que logo surgiram os conflitos, principalmente depois que nasceu
Isaque, o filho da promessa. Para resumir, ainda hoje as consequências aí estão, com as
hostilidades entre árabes, descendentes de Ismael, e israelenses, de Isaque.
b. A obediência de Paulo: O apóstolo certa vez declarou: 'não fui desobediente à visão
celestial' (Atos 26:19). Quando Deus ordenou a Ananias que visitasse o apóstolo, após o
encontro deste com Cristo, na estrada de Damasco, ficou claro, desde o início, o seu
propósito para com o até então perseguidor do evangelho. Ele era um vaso escolhido para
proclamar a salvação aos gentios. O mundo todo foi beneficiado pela obediência de Paulo,

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que, ao fim da vida, pôde dizer: 'Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé'
(2 Timóteo 4:7).
II. A QUEM DEVEMOS OBEDECER?
A partir dos exemplos acima, surge então a pergunta: a quem devemos obedecer? Nossa
obediência é devida a Deus, em primeiro lugar. Mas como obedecer-lhe, sendo Ele Deus
invisível e transcendente?
a. Devemos obedecer a Deus através de sua Palavra: - Não obstante a sua
transcendência, ou seja, a sua elevada posição como Criador de todas as coisas, que habita
num alto e sublime trono, Deus se revelou a nós através de sua Palavra e de Jesus Cristo,
seu Filho. Portanto, ao estudarmos a Bíblia, descobrimos os princípios que Ele
estabeleceu para reger a nossa vida, como cristãos, nesse mundo. A Palavra de Deus é a
nossa regra áurea de fé, o padrão de obediência para com Deus. O Espírito Santo, por sua
vez, ilumina a nossa mente e nos ajuda a descobrir como pôr em prática em nosso
cotidiano os mandamentos bíblicos. Ele é o melhor interprete das Escrituras.
b. Devemos obedecer à Igreja: - A Igreja é a fiel depositária do plano de salvação, na
pessoa de Jesus Cristo. A ela estamos ligados mediante o novo nascimento. Assim sendo,
devemos obediência à Igreja. É sempre bom lembrar que esta obediência é à luz da
Palavra, e não ao contrário. Não é a Igreja que estabelece o que a Bíblia ensina, mas a
Bíblia que estabelece o que a Igreja deve fazer. Tudo quanto ela faz ou ensina não pode
basear-se em textos isolados, mas nos princípios gerais da Bíblia. Um princípio só pode
ser assim considerado se tiver apoio em toda a Palavra de Deus. Se não, pode ser uma boa
opinião, mas não um princípio bíblico. 1 Pedro 2.13-15: “Sujeitai-vos, pois, a toda a
ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos
governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que
fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo bem, tapeis a boca à
ignorância dos homens insensatos.”
c. Devemos obedecer aos nossos pastores: - Se a Bíblia é o nosso arbítrio, ela determina
que devemos também obedecer aos nossos pastores. Hebreus 13:17. Não obstante ser a
salvação individual, você descobriu que a responsabilidade de ministrar às nossas vidas
é do pastor, de quem Deus vai cobrar a prestação de contas um dia. Cabe-lhe, portanto,
expor a Palavra para o nosso ensino e crescimento espiritual. De nossa parte, como
determina a Bíblia, cabe-nos atentar para os seus conselhos, ouvir-lhes as recomendações
e obedecer-lhe, sempre compulsando a Bíblia, pois este é um direito de todos os crentes:
ter acesso direto à Bíblia Sagrada para comparar o ensino que está recebendo com a
Palavra de Deus.
III. EFEITOS DA OBEDIÊNCIA
Para finalizar, veja, na Bíblia, os efeitos da obediência na vida dos que a praticam:
a. Os que obedecem à Deus têm o Espírito Santo: - 'E nós somos testemunhas acerca
destas palavras. Nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem'
(Atos 5:32).

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b. Os que obedecem à Deus são inabaláveis: - 'Todo aquele, pois, que escuta estas
minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa
sobre a rocha' (Mateus 7:24).
c. Os que obedecem à Deus são conhecidos: - 'Quanto à vossa obediência é ela
conhecida de todos. Comprazo-me pois em vós, e quero que sejais sábios no bem, mas
símplices no mal' (Romanos 16:19).
d. Os que obedecem à Deus glorificam: - 'Visto como, na prova desta administração,
glorificam a Deus pela submissão que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela
liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos' (2 Coríntios 9:13).
e. Quem obedece à Deus é irrepreensível: - ''De sorte que, meus amados, assim como
sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência,
assim também operai a vossa salvação com temor e tremor... para que sejais
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida
e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo' (Filipenses 2:12 a 15).

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Estudo 8: O Discípulo e o Dízimo
Texto Bíblico "Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro, para que haja mantimento
na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha
maior abastança" (Malaquias 3:10)
O QUE É O DÍZIMO – A palavra hebraica para dízimo é [ma’aser] que significa
“décima parte”. O dízimo é uma doutrina bíblica, tanto no Antigo como no Novo
Testamento. Leia com atenção Levítico 27.30.32
O SIGNIFICADO DA ENTREGA DO DÍZIMO – O princípio da entrega do dízimo é
um reconhecimento de que tudo o que possuímos vem de Deus, desde “nosso fôlego” de
vida. É soberba não reconhecer a soberania de Deus em nossa vida. (Is 42.5; Sl 24.1; Ag
2.8; 1Cr 29.11,12-14; Os 2.8) Entregar o dízimo é um ato de adoração a Deus por sua
bondade e a fidelidade. (Dt 8.17, 18) Davi faz uma pergunta: “Que darei eu ao Senhor
por todos os benefícios que me tem feito?” (Salmos 116.12) Entregar o dízimo não é nada
mais que devolver parte daquilo que Ele mesmo nos deu! Em recompensa à nossa
fidelidade, Deus promete abençoar a “nossa parte.” — os 90%. Na prática somos meros
administradores! Deus apenas nos dá uma oportunidade para exercermos nossa gratidão
por seus benefícios. Este é o plano de Deus para a área financeira de nossa vida.
I. O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO
Dar ou pagar o dízimo, no Antigo Testamento, constituia-se em separar a décima parte
do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.
O DÍZIMO NO ANTIGO TESTAMENTO – Exemplo de pessoas que entregaram
dízimos: Abraão (Gn 14.20; Hb 7.1,2) Jacó (Gn 28.20-22). O dízimo foi incluído
posteriormente na Lei (Dt 1422-23) Na instituição da Lei a tribo de Levi não teve
herança na distribuição de terras em Israel. Deus estabeleceu que eles seriam sustentados
pelos dízimos do povo. Em contrapartida eles eram responsáveis para alimentar o povo
espiritualmente. Isto é, eles ministrariam o ensino e cuidariam do tabernáculo e dos
utensílios usados na adoração. (1Cr 6.48; 2 Cr 31.4,5; Js 18.7 Dt 10.9; 12.19; Nm 18.24)
II. O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
O Dízimo não ficou restrito aos tempos do Antigo Testamento. O EXEMPLO DE
JESUS - Muitos não entregam o dízimo alegando ser coisa da Lei, mas Cristo deixou
claro: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas; não vim para revogar, vim para
cumprir.” (Mt 5.17) Cristo também falou: “Daí a césar o que é de César e a Deus o que é
de Deus. (Mt 22.21) A César pertencia os impostos, e a Deus? Evidentemente o dízimo!

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‘Não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria’ (2
Coríntios 9:7).
A FINALIDADE DOS DÍZIMOS: Como foi visto, o dízimo antes da Lei de Moisés era
espontâneo e refletia gratidão. Na Lei ele era usado para o sustento dos sacerdotes (A
tribo de Levi 2 Cr 31.4,5). No Novo Testamento ele passa a ser usado no sustento dos
obreiros, (1Tm 5.17,18; 1Co 9.7-14) realizar a obra da evangelização, assistência social,
e suprimento do dia-a-dia da administração.
ONDE ENTREGAR O DÍZIMO: O texto de Malaquias 3.10 está no modo imperativo:
“trazei”, é uma ordem que o destino dos dízimos é a casa do tesouro. Veja também
Neemias 10.37. Portanto, não é correto entregar o dízimo a hospitais, creches ou a pessoas
carentes. Uma observação: se o dízimo não fosse entregue na ocasião, era acrescentado
da quinta parte sobre ele, que equivale a 20%. (Lv 27.31)
AS OFERTAS: O valor da oferta é livre. (2 Co 9.6,7; Dt 16.10,17; 2Rs 12.4) É um
mandamento de Deus (Ex 23.15b) Deve ser dada como sacrifício e não daquilo que sobra.
(Mc 12.41-44) A oferta expressa o grau de nossa gratidão pelas bênçãos que recebemos
de Deus. (Dt 16.17; Lc 6.38)
A OFERTA ALÇADA: Vem do hebraico “teruma” significa pesadas, altas, elevadas,
produtivas” Era uma oferta especial como por exemplo, quando para a construção do
Tabernáculo. (Ex 25.1-8; 36.3-7)
PROMESSAS DE DEUS PARA OS QUE CONTRIBUEM COM ALEGRIA:
 Prosperidade, bênçãos. (Pv 3.10; Ml 3.10)
 Colherá com abundância. (2 Co 9.6; Hb 13.16)
 É bem- aventurado e o devorador é repreendido. (Ml 3.8-12)
 No céu também será recompensado. (Mt 6.4)

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Estudo 9: O Discípulo e o Espírito Santo

Texto Bíblico "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até
os confins da terra" (Atos dos Apóstolos 1:8)
INTRODUÇÃO
As Escrituras dão sobejas provas da personalidade do Espírito Santo. Ele não é apenas
uma influência, força ativa ou energia cósmica, conforme ensinam as pseudo-religiões;
mas, sim, um como o Pai e o Filho. Ele é Deus (leia 1 João 5:6 e 7).
I. A NATUREZA DO ESPÍRITO SANTO
Você aprendeu que o Espírito Santo convence o homem do seu estado pecaminoso e da
condenação eterna. Nesta lição, você aprenderá que o Espírito Santo é uma pessoa divina,
tal como o Pai e o Filho.
Provas Bíblicas da sua divindade: - Em Gênesis 1:2, encontramos a primeira referência
ao Espírito Santo, o qual participou ativamente da criação. O Espírito Santo é da mesma
essência divina que o Pai e o Filho, pois possui os mesmos atributos destes. Veja:
Onipotência: Igualmente com o Pai e o Filho, Ele possui este atributo. É Onipotente:
pode todas as coisas;( Rm. 15:13)
Onisciência: Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo tem pleno conhecimento de
tudo. Seu saber é perfeito e infinito, em relação a passado, presente e futuro. Ele é eterno:
não tem princípio e nem fim. (Salmos 139:2; Is. 40:13-14)
Onipresença: Você aprendeu que o Espírito Santo conhece todos os atos e pensamentos
dos crentes. Ele perscruta o seu entendimento, pois está presente em todo o lugar, de
modo pleno. (Jeremias 23:23 e 24, Salmos 139:7-10)
b. Provas da sua personalidade: - O Espírito Santo, como já foi dito, é uma pessoa, e
não uma influência ou energia cósmica; também não é a força ativa de Deus, como
ensinam alguns. Ele possui características e personalidade. Veja os seus atributos
pessoais:.
Considere ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
Ele possui intelecto, (1 Co 2.10-13)

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emoções, (Ef 4.30; Tg 4.5)
vontade. (1 Co 12.11)
Entristece, tem ciúme (Zelo): (Tiago 4:5).
Considere ainda, algumas atividades que atestam a personalidade do Espírito Santo:
Revela (2 Pedro 1:21).
Ensina (João 14:26
Intercede (Romanos 8:26)
Ordena (Atos 13:2)
Testifica de Cristo (João 15:26; 1 João 5:6 e 7)
Fala à Igreja (Apocalipse 2:7, 11, 17 e 29; 3:6, 13 e 22)
Convida à salvação (Apocalipse 22:17)

II. NOMES E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO


Veja, então, os que são conferidos ao Espírito Santo e os seus principais símbolos.
Nomes conferidos ao Espírito Santo: - Referente à pessoa do Espírito Santo, as
Escrituras Sagradas registram vários nomes, pelos quais é conhecido ou representado.
Veja:
O Espírito de Deus:- Significa que Ele é executivo da divindade. Em Lucas 11:20, Jesus
afirma que expulsara os demônios pelo ‘dedo de Deus’.
O Espírito de Cristo (Romanos 8:9): Este nome, conferido à terceira pessoa da
Trindade, indica que o Espírito Santo é enviado por Cristo, para o glorificar e habitar no
salvo.
O Consolador (João 14:16 e 26; 16:7): Perto de findar o seu ministério terreno, o Senhor
sabia que, brevemente, teria de deixar os seus discípulos. Contudo, eles não ficariam
sozinhos, pois enviaria o ‘outro Consolador’, a fim de ficar com eles para sempre.
O Espírito de Verdade (João 14:17; 16:13): O Espírito do engano e do erro operam no
mundo. Por isso, o Senhor enviou o Espírito de Verdade, para preservar os seus servos
das ciladas de Satanás.
O Espírito da Graça:- A graça é concedida aos crentes, a fim de viverem em santidade
e vencerem as fraquezas, próprias da carne (2 Coríntios 12:9).
O Espírito de Vida (Romanos 8:2)‘Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus,
me livrou da lei do pecado e da morte’. Romanos 8:11.
Símbolos do Espírito Santo: - Eles indicam a ação divina da terceira pessoa da Trindade,
através dos vários ministérios que exerce em prol dos servos de Deus. Consideremos os
principais:

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Fogo:- Este símbolo fala da ação purificadora do Espírito Santo, na vida do crente. Ao
mesmo tempo que incinera a força do pecado dentro de nós, e consome tudo o que
representa palha, madeira e feno; o fogo do Espírito assinala a presença de Deus na vida
do crente, ao iluminá-lo e aquecê-lo.
Vento:- No encontro com Nicodemos (João 3:8), o Senhor referiu-se à ação do vento,
para ilustrar a operação do Espírito Santo na obra de regeneração do pecador.
Água: João 7:37, o Senhor Jesus identifica-se como a verdadeira fonte de água viva, isto
é, da salvação consumada por ele, e conferida aos que aceitaram, pelo Espírito Santo. Ele
afirmou: ‘Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre’.
Selo: Qualquer objeto que esteja selado, o identifica como propriedade exclusiva de
alguém. O selo é a garantia de que o objeto não será confundido com qualquer outro, pois
trata-se de uma marca pessoal, intransferível. O crente é uma propriedade do Senhor. O
selo do Espírito Santo, no ato da conversão, confere a garantia de vida eterna ao novo
membro da família de Deus. O Espírito Santo é o penhor da nossa salvação (Efésios 1:13
e 14).
Azeite:- É o mais conhecido dos símbolos atribuídos à terceira pessoa da Trindade. No
Antigo Testamento, era usado para consagrar os sacerdotes e os reis de Israel. Ser ungido
com o azeite, significava estar revestido da autoridade de Deus, para determinada tarefa
espiritual ou secular. A igreja primitiva, através dos presbíteros, ungia os enfermos, que
saravam, após a oração da fé (Tiago 5:14 e 15).
Pomba: Esta ave simboliza brandura, inocência, doçura, pureza, amabilidade e paz. Por
ocasião do batismo de Jesus, no rio Jordão, João Batista viu o Espírito Santo descer do
Céu, em forma corpórea de uma pomba, e pousar sobre o Filho de Deus, para indicar que
aquele era o Messias.
III. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
a. No Pecador: Ele convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11). Ele opera a
conversão (Jo 3.3.5; Rm 8.11; 2 Coríntios 5:17.)
b. No Crente: - A obra do Espírito Santo é:
- Consolar (João 14:16 e 17);
- Conduzir, guiar em toda a verdade (João 16:13);
- Ensinar todos as coisas e lembrar o que o Senhor ensinou (João 14:26);
- Conceder poder para testemunhar de Cristo (Atos 1:8);
- Interceder pelos crentes em suas orações (Romanos 8:26);
- Santificar: esta é a principal tarefa do Espírito santo nos crentes, pois sem santificação,
‘ninguém verá o Senhor’ (Hebreus 12:14). Este processo é uma operação dinâmica e
progressiva. 2 Coríntios 7:1 e Filipenses 1:6.
Na Igreja: - Considere as seguintes áreas , nas quais o espírito Santo administra a Igreja:

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Na obra missionária (At 13.1-4)
No ministério da pregação – É necessário unção do Espírito para pregar a Palavra afim
de que a mensagem não seja vazia, insípida e sem poder. (At 2.37-41; 4.33)
Ele fala à igreja – At 15.28. Em apocalipse aparece 7 vezes a expressão “quem tem
ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (2.7; 11, 17, 29; 3.6, 13, 22);

Estudo 10: O Discípulo Vivendo cheio do Espírito


Santo

Texto Bíblico
"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito"
(Efésios 5:18)
INTRODUÇÃO
Viver cheio do Espírito Santo significa ser alegre, confiante, revestido do poder de Deus.
Por intermédio desta virtude, muitos cristãos enfrentaram os perigos com destemor. Os
que realmente são cheios do Espírito Santo, jamais voltaram atrás. Aceitaram o martírio,
cientes de que eram bem-aventurados. Isto só foi possível, porque experimentaram uma
vida repleta no Espírito! A primeira obra do Espírito Santo na vida do homem é convencê-
lo do pecado mostrando-lhe a necessidade de se converter. (Lc 1.14-17) A conversão real
se evidencia pela progressiva separação do pecado (santificação) cujo resultado é a
manifestação do o fruto do Espírito Santo. É também o Espírito Santo que nos faz ver a
grande necessidade de evangelizar o mundo. Entretanto para executar esta nobre tarefa
com eficiência precisaremos de poder, ou seja, de unção, em fim da graça de Deus. Daí a
necessidade do batismo no Espírito Santo. A palavra batismo vem do grego baptismós e
significa imersão de alguma coisa. Neste ato o crente é envolvido, imerso na plenitude do
Espírito Santo e assim ele é revestido com poder do alto.
COMO SE RECEBE O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
Não existem regras específicas para receber o batismo no Espírito Santo, entretanto
podemos desenvolver algumas atitudes essenciais em relação a esta bênção:
 Obedecer a Palavra. (At 5.32)
 Desejar. (ter sede) (Jo 7.37-39).
 Buscar com perseverança. ( Lc 11.13; At 1.4)
 Confiar que vai receber. (Mc 11.24; 1 Jo 5.14,15)
O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
É uma promessa do Pai (Joel 2:28 e 29): Deus fez ao homem, aproximadamente oito
mil promessas, sendo o batismo no Espírito Santo uma delas. No passado, o Espírito Santo
manifestava-se de forma específica..

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É um revestimento de poder (Marcos 16:17 e 18):- Os discípulos, antes do batismo no
Espírito Santo, eram tímidos e medrosos. Inclusive, no dia da prisão de Jesus, todos
fugiram, com exceção de Pedro, que acompanhou até o local onde o Filho de Deus foi
julgado. Na casa do sumo-sacerdote Caifás, o amigo de Cristo, que prometeu segui-lo até
a morte, com medo de morrer, negou-o três vezes. No entanto, no dia de pentecostes,
revestido do poder de Deus, quando os judeus, (Atos 2:14 a 16). No término de sua
mensagem, quase três mil pessoas aceitou a Jesus como salvador.
É uma necessidade (Atos 19:6): Paulo, em sua terceira viagem missionária, encontrou
na cidade de Éfeso, alguns discípulos. O apóstolo sempre considerou o batismo no
Espírito uma necessidade na vida do cristão. Por isso, ele perguntou àqueles discípulos,
se eles já eram batizados no Espírito Santo. Responderam-lhe: ‘Nós nem ainda ouvimos
que haja Espírito Santo’ (Atos 19:2). Paulo, então, orou, impondo as mãos sobre eles, e
Jesus batizou-os no Espírito Santo, e falavam línguas e profetizavam.
DÁDIVAS DO ESPÍRITO SANTO?
Os dons espirituais (1 Coríntios 12:8 a 10): Mediante o batismo no Espírito Santo,
recebemos os dons espirituais. São os seguintes: a palavra da sabedoria, a palavra da
ciência, a fé, os dons de curar, a operação de maravilhas, a profecia, o dom de
discernir os espíritos, a variedade de línguas e a interpretação de línguas. Os dons
espirituais são necessários para a edificação espiritual e o crescimento da igreja. São
concedidos gratuitamente e devem ser utilizados, também, de graça. Nós o recebemos
mediante o nosso pedido a Deus. Se você deseja um ou mais destes dons, comece a busca-
los ainda hoje, com fé e o Senhor lhe concederá.
2. O Fruto do Espírito (Gálatas 5:22): No momento da regeneração, o novo homem
passa a ter a mente de Cristo e a produzir o fruto do Espírito, que podemos comparar a
uma laranja com nove gomos, cujos nomes diferem uns dos outros. São eles: caridade,
gozo, paz, longanimidade, benignidade, fé, mansidão e temperança. Não são diversos
frutos, mas um só, constituído por nove virtudes diferentes. Jesus orou esta sublime
oração: ‘porque pelo fruto se conhece a árvore’ (Mateus 12:33). Isto significa dizer que
se conhece a pessoa que realmente nasceu de novo, quando ela produz o fruto do espírito,
manifestado nas nove virtudes que lhe são peculiares.

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Estudo 11: Os Dons do Espírito Santo

Texto Bíblico
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" (1 Coríntios
12:1)
INTRODUÇÃO
Os dons espirituais formam a base do crescimento espiritual e capacita o crente para o
serviço. Seu exercício é fundamental, tanto na adoração como na edificação da Igreja. É
a manifestação do Espírito Santo no crente, capacitando-o com poder para realizar uma
tarefa segundo a vontade de Deus.
A palavra “dons” vem do grego “charismata”, derivada da palavra “charis” que significa
“graça.” São, portanto, dons pela graça de Deus e não algo que conseguimos ou
merecemos. Os dons espirituais são de grande valor e merecem um cuidadoso estudo
bíblico para se evitar desordens na igreja que afete sua unidade. Eles proporcionam um
conhecimento mais profundo de Cristo, e de toda a riqueza espiritual disponível para
desempenho da missão que ele tem em nossa vida. Segundo a Palavra de Deus,
conforme 1 Co 12.8-10 os dons do Espírito Santo são 9 e podem ser assim
classificados:
1. DONS DE REVELAÇÃO (saber)– palavra de sabedoria, palavra de ciência e
discernimento de espíritos.
2. DONS DE PODER (fazer):fé, cura e operação de milagres.
3. DONS DE INSPIRAÇÃO (falar):profecia, variedades de línguas.

I. DONS DE REVELAÇÃO
São assim chamados porque concedem ao crente poder para o saber. Ou seja, recebemos
do Espírito Santo informações e revelações de forma sobrenatural, com a finalidade de
tornar-nos capazes de conhecer o pensamento divino e a intenção dos opositores da obra
divina, em certos momentos, ou para fins específicos.
Palavra de sabedoria – É saber o que falar em determinada ocasião (solucionar um
problema específico)é um fragmento da sabedoria divina dada ao crente. Não se trata de

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conhecimento humano ou inteligência. Exemplo: José (Gn 41.38,39); Salomão e as duas
mães. (1Rs 3.16-28), Josué (Dt 34.9)
Palavra de ciência (conhecimento) – É uma revelação do que está acontecendo no
momento. Não se trata de adivinhação, fenômeno psíquico ou telepatia e nem resultado
de um profundo estudo teológico. Através desse dom a igreja tem acesso a fatos a respeito
de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a penetração na ciência de Deus. (Ef
3.3-6). Exemplo: Eliseu (2 Rs 6.12); Aias (1 Rs 14.1-6); Em Atos 20.23 O Espírito
Santo revelava a Paulo o que ia acontecer.
Discernimento de espíritos – É uma percepção sobrenatural para conhecer a natureza de
uma atividade espiritual. Serve para combater as imitações, enganos e falsificações. (Ap
2.2; 1 Tm 4.1-4). Exemplos: o caso de Ananias e Safira (At 5.1-11), Elimas, o mágico
(At 13.6-12) e da jovem possessa (At 16.17,18) Esse dom serve como um antídoto
contra as heresias dos falsos mestres.
II. DONS DE PODER
Eles concedem ao crente meios para realizar obras espirituais entre os homens.
O dom da fé – E a confiança em Deus de um modo sobrenatural. Manifesta-se somente
em ocasiões especiais. Este dom movimenta os dons de cura e operação de milagres. (Mt
17.20) A pessoa sabe que Deus vai fazer o impossível, inclusive quando outros crentes
ao seu redor não crêem. Esta fé dá autoridade diante de problemas como ocorreu com
Josué. (Js 10.12) Elias (1 Rs 18.33-35) Estêvão (At 6.8)
Cura – É uma solução divina para amenizar o sofrimento humano. Todas as
enfermidades estão sujeitas a cura divina. (Mt 10.8; Lc 4.18 19); O sacrifício de
Cristo trouxe-nos perdão, libertação e cura (Is 53.4,5; Mt 8.16,17). Ele delegou aos seus
discípulos poder para curar enfermos em seu nome. (Lc 10.9,17; At 3.6,16; 9.34; At
19.11,12)
Operação de milagres (maravilhas) – É uma operação de poder que ultrapassa as leis
naturais. Exemplo: (Êx 15.21,22) a travessia do Mar Vermelho; (Mt 8.26) Jesus acalma
a tempestade; Jo 11.43 Jesus cura um homem chamado Lázaro. A operação deste dom
gera confiança e autoridade especial. (Mt 8.27)
III. DONS DE INSPIRAÇÃO
Os dons de inspiração dizem respeito à virtude do falar, não pela mente humana mas pelo
Espírito Santo.
O dom de línguas e de interpretação: - A Bíblia faz menção das línguas estranhas como
sinal do batismo no Espírito Santo e também como uma concessão especial, chamada de
variedade de línguas ou, simplesmente, dom de línguas. Para que este edifique a igreja, é
necessário que haja interpretação; caso contrário, só a pessoa que fala se edifica.
O dom de interpretar portanto, complementa o dom de variedade de línguas e deve seguir
a esta manifestação, para que toda a igreja seja edificada. 1 Co 14:13, 18, 28, 39 e 40.
O dom de profecia: - Profetizar, como dom, é falar aos homens em nome de Deus, com
a finalidade de edificar, exortar e consolar (1 Co 14:3). O que fala em línguas fala a Deus,

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a não ser que haja interprete; o que profetiza fala aos homens, da parte de Deus. A profecia
é o único, entre os dons, sujeito ao julgamento da igreja.1 Co 14:29.
As fontes da profecia:- O motivo que faz o dom de profecia sujeito ao julgamento da
igreja, é sem dúvida, as suas três fontes de inspiração: o espírito humano, o espírito
imundo e mentiroso, e o Espírito Santo.
A profecia oriunda do espírito humano e suas possibilidades, você encontra especialmente
nos seguintes textos: Jr 23:16, 21 e 25.
O dom de profecia não é um método humano de adivinhar a sorte, de prever o futuro,
nem de tornar realidade os desejos dos crentes. 1 Cr 17:1 a 4 e Ez 13:1 a 8.
A profecia do espírito imundo, cuja preocupação é imitar as obras de Deus e usar o
espírito de adivinhação e lisonja, pode muitas vezes passar despercebida pela sutileza de
sua manifestação. É preciso estar em sintonia com Deus, para não cair no engodo da
Satanás.
O propósito do dom de profecia:- Sendo o propósito do dom de profecia, em primeiro
lugar, edificar a igreja, é natural que o melhor lugar para o seu exercício seja no local
onde os crentes se reúnem para a adoração.
O dom de profecia não é para doutrinar a igreja, instruir o pastor e nem dirigir a vida dos
crentes, e sim para informar, dar a entender pelo Espírito, deixando as decisões com cada
um segundo a medida da fé.
A disciplina do dom de profecia:- É uma bênção, quando usado com a disciplina que a
Palavra de Deus recomenda:
-Todos podem profetizar (1 Co 14:5);
-Em cada culto, apenas dois ou três devem profetizar (1 Co 14:29);
-Dois crentes não podem profetizar ao mesmo tempo, pois criam confusão e deixam
dúvidas sobre quem Deus está usando (1 Co 14:29).
-Se um crente estiver profetizando e um segundo começar a fazê-lo também, só vai criar
uma competição entre profetas. A ordem é o segundo não iniciar, antes que o primeiro
termine, e, se o fizer, que o primeiro se cale. O ensino é que até três podem profetizar, um
após o outro, nunca ao mesmo tempo, pois Deus não é de Confusão (I Co 14:31 e 33).
-A prova de ser espiritual e profeta é aceitar o que diz a Bíblia (I Co 14:37 a 40).
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DISCIPULADO / Estudo Bíblico 14/14: Os dons do Espírito Santo
É a manifestação do Espírito Santo no crente, capacitando-o com poder para realizar uma
tarefa segundo a vontade de Deus. A palavra “dons” vem do grego “charismata”, derivada
da palavra “charis” que significa “graça.” São, portanto, dons pela graça de Deus e não
algo que conseguimos ou merecemos.
Os dons espirituais são de grande valor e merecem um cuidadoso estudo bíblico para se
evitar desordens na igreja que afete sua unidade. Eles proporcionam um conhecimento

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mais profundo de Cristo, e de toda a riqueza espiritual disponível para desempenho da
missão que ele tem em nossa vida. Segundo a Palavra de Deus, conforme 1 Co 12.8-10
os dons do Espírito Santo são 9 e podem ser assim classificados:
1. DONS DE REVELAÇÃO (saber)– palavra de sabedoria, palavra de ciência e
discernimento de espíritos.
2. DONS DE PODER (fazer):fé, cura e operação de milagres.
3. DONS DE INSPIRAÇÃO (falar):profecia, variedades de línguas.
DONS DE REVELAÇÃO
1.1 Palavra de sabedoria – É saber o que falar em determinada ocasião (solucionar um
problema específico)é um fragmento da sabedoria divina dada ao crente. Não se trata de
conhecimento humano ou inteligência. Exemplo: José (Gn 41.38,39); Salomão e as duas
mães. (1Rs 3.16-28), Josué (Dt 34.9)
1.2 Palavra de ciência (conhecimento) – É uma revelação do que está acontecendo no
momento. Não se trata de adivinhação, fenômeno psíquico ou telepatia e nem resultado
de um profundo estudo teológico. Através desse dom a igreja tem acesso a fatos a respeito
de pessoas, circunstâncias e de verdades bíblicas. É a penetração na ciência de Deus. (Ef
3.3-6). Exemplo: Eliseu (2 Rs 6.12); Aias (1 Rs 14.1-6); Em Atos 20.23 O Espírito Santo
revelava a Paulo o que ia acontecer..
1.3 Discernimento de espíritos – É uma percepção sobrenatural para conhecer a natureza
de uma atividade espiritual. Serve para combater as imitações, enganos e falsificações.
(Ap 2.2; 1 Tm 4.1-4). Exemplos: o caso de Ananias e Safira (At 5.1-11), Elimas, o mágico
(At 13.6-12) e da jovem possessa (At 16.17,18) Esse dom serve como um antídoto contra
as heresias dos falsos mestres.
2 DONS DE PODER
2.1 O dom da fé – E a confiança em Deus de um modo sobrenatural. Manifesta-se
somente em ocasiões especiais. Este dom movimenta os dons de cura e operação de
milagres. (Mt 17.20) A pessoa sabe que Deus vai fazer o impossível, inclusive quando
outros crentes ao seu redor não crêem. Esta fé dá autoridade diante de problemas como
ocorreu com Josué. (Js 10.12) Elias (1 Rs 18.33-35) Estêvão (At 6.8)
2.2 Cura – É uma solução divina para amenizar o sofrimento humano. Todas as
enfermidades estão sujeitas a cura divina. (Mt 10.8; Lc 4.18 19); O sacrifício de
Cristo trouxe-nos perdão, libertação e cura (Is 53.4,5; Mt 8.16,17) . Ele delegou aos seus
discípulos poder para curar enfermos em seu nome. (Lc 10.9,17; At 3.6,16; 9.34; At
19.11,12)
2.3 Operação de milagres (maravilhas) – É uma operação de poder que ultrapassa as
leis naturais. Exemplo: (Êx 15.21,22) – a travessia do Mar Vermelho; (Mt 8.26) – Jesus
acalma a tempestade; Jo 11.43 – Jesus cura um homem chamado Lázaro. A operação
deste dom gera confiança e autoridade especial. (Mt 8.27)
DONS DE INSPIRAÇÃO

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3.1 Profecia – O objetivo deste dom é falar aos homens em nome de Deus. Não pode ser
confundida com pregação embora a pessoa possa profetizar enquanto prega. Seu objetivo
é a edificação da igreja e está sujeito ao julgamento da mesma. Não é adivinhar a sorte,
prever o futuro ou tornar realidade o desejo de alguém, para não se enquadrar na qualidade
de falso profeta (Ez 13.3). Todos podem profetizar, porém no culto apenas dois ou três
devem profetizar. Nunca devem profetizar ao mesmo tempo para não afetar a ordem do
culto. (1 Co 14.26-33) Toda profecia que contraria o ensino das Escrituras deve ser
classificada como falsa, razão pela qual as profecias devem ser julgadas. (1 Co 14.26; 1
Jo 4.1)
3.2 Variedade de línguas – As línguas estranhas como sinal são dirigidas a Deus são
ilimitadas. O dom de variedades de línguas é dirigido à igreja e não é dado a todos que
são batizados no Espírito Santo. Tudo depende da soberania, do propósito e da vontade
do Espírito Santo. (1 Co 12.11) Tem que ser acompanhado de interpretação e é
equivalente a uma profecia. O dom de interpretação não existe sozinho. Serve para
explicar o que foi dito em línguas. Não é uma tradução lingüística, pois a linguagem não
é lógica. Veja 1 Coríntios 14.
Observações:
1. Dons espirituais e fruto do Espírito Santo – Dons e Fruto ambos denotam a habitação
do Espírito, mas os dois não são a mesma coisa, os propósitos diferentes. Os dons são
serviços para serem prestados aos outros, enquanto que o fruto do Espírito Santos são
traços característicos da pessoa de Cristo implantado no crente mediante a obediência à
Palavra.
2. Dons espirituais e Talentos – Que diferença há entre um dom espiritual e um talento?
Todos nós nascemos com certos talentos, ou seja, habilidades naturais para realizar muitas
tarefas na igreja. Um professor secular ao se converter pode se tornar “espiritual” e assim
ganha a capacidade para ministrar para a igreja com o mesmo talento, mas os dons do
Espírito Santo são sobrenaturais. Através dos dons espirituais o mundo há de reconhecer
que Deus está no meio dela. Primeiramente Deus opera em nós o novo nascimento
espiritual (que são evidenciados pelo fruto do Espírito que é a conversão) e através do
batismo no Espírito Santo podemos receber os dons espirituais.
3. Manifestações – Conforme 1 Coríntios 12:7 o dom espiritual é uma “manifestação do
Espírito.” Então eles são manifestados e não que tenhamos controle sobre eles, pois afinal
o Espírito Santo é soberano. Para concluir, o exercício dos dons espirituais demonstra em
suma, como o Espírito Santo é visto. Uma das maiores bênçãos que podemos desfrutar é
quando os membros de uma igreja exercitam os dons uns para com os outros. Um dom
espiritual não é apenas uma habilidade para servir, ele é um canal pelo qual o Espírito
Santo ministra ao corpo. E fazendo parte da como igreja, como o corpo de Cristo, torna-
se um grande privilégio Deus escolher ministrar ao Seu povo através de nós. É
simplesmente incomparável.
Conclusão
Os dons do Espírito são os meios pelos quais os membros do corpo de Cristo são
habilitados e equipados para a realização da obra de Deus. Sem os dons do Espírito, ao

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invés de a Igreja ser um organismo vivo e poderoso, seria apenas mais uma organização
humana e religiosa.

Estudo 12: Os Frutos do Espírito Santo

Texto Bíblico
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei"
(Gálatas 5:22 e 23)

INTRODUÇÃO
O fruto do Espírito é a expressão da natureza e do caráter de Cristo através do crente, ou
seja, é a reprodução da vida de Cristo no crente. Por si só, o homem não tem condições
de produzir o fruto do Espírito. Sua inclinação natural será sempre de produzir os frutos
da carne. Contrastando com os frutos (ou obras) da carne, o fruto do Espírito possibilita
ao autêntico cristão viver de modo íntegro diante de Deus e dos homens. Através
do Fruto do Espírito Santo o caráter de Cristo é novamente formado no homem. O
pecado afetou consideravelmente imagem de Deus em nós levando-nos a produzir as
obras da carne. (Efésios 2.2,3; Gálatas 5.19-21) Entretanto através do novo
nascimento, Cristo é novamente formado em nós e assim somos transformados
constantemente de glória em glória, crescendo na graça e no conhecimento de Jesus
Cristo. (2 Co 3.17,18) A manifestação do fruto do Espírito Santo diz respeito à nossa
santificação. ( separação do pecado e consagração a Deus) É através da manifestação do
fruto do Espírito Santo que a maturidade espiritual torna-se perceptível. Qualquer novo
convertido pode manifestar fruto do Espírito Santo se a sua conversão for realmente
autêntica.
Na Bíblia, em João 15.1,2 Jesus se expressou assim: “Eu sou a videira verdadeira, e meu
Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que
dá fruto, para que dê mais fruto.” Ele usou a metáfora da videira para comunicar a
necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção
do fruto Espírito Santo. Esta é a maneira que evidencia que somos discípulos de Cristo.
(Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa
vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho. (João 15.8) A
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Bíblia declara que o fruto do Espírito Santo é o amor, o qual foi derramado por Deus em
nossos corações (Rm 5.5).
A NATUREZA DO FRUTO DO ESPÍRITO
O que representa e em que consiste o fruto do Espírito na vida do crente? O fruto do
Espírito consiste nas nove virtudes ou qualidades da personalidade de Deus implantadas
pelo Espírito de Verdade no interior do crente com a finalidade de conduzi-lo à perfeição,
ou seja, à imagem de Cristo. Em suma, os frutos do Espírito representa os atributos de
Deus; os traços do seu caráter. O crente precisa absorvê-lo com a ajuda do Espírito Santo.
O fruto tem sua manifestação na vida interior, vem de dentro para fora, é o
desenvolvimento da semente que caiu em boa terra e produz para a glória de Deus.
a. O fruto do Espírito representa 'expressões do caráter cristão': O caráter cristão
verdadeiro expressa-se no fruto do Espírito que é resumido no amor. Do amor surgem
todos os demais atributos de Deus que são desenvolvidos no crente pelo Espírito Santo
que nele habita. É por isso que o amor aparece encabeçando a lista das virtudes cristãs
geradas pelo Espírito de Deus, por ser a fonte originária de todas as demais virtudes.
b. O fruto do Espírito representa a maturidade cristã:- O Espírito Santo produz o fruto
do caráter cristão em nossa vida somente à medida que cooperamos com Ele. As línguas,
a profecia, e até mesmo o conhecimento são úteis, e são dons maravilhosos do Espírito
Santo, mas sua presença em nossa vida nem sempre é uma indicação de nossa maturidade
cristã. A medida de nossa maturidade em Deus, depende de quão bem temos permitido
que o Espírito Santo produza os traços do caráter de Jesus em nossa vida. A maturidade
espiritual envolve melhor entendimento do Espírito de Deus e das necessidades das
pessoas. 'O fruto do Espírito é resultado na vida dos que participam da natureza divina,
ou seja, dos que estão ligados a Cristo a 'videira verdadeira' (João 15:1 a 5). Maturidade
em Cristo envolve união com Ele; a limpeza ou a poda pelo Pai e a frutificação. Estas são
as condições da frutificação e consequente vida cristã vitoriosa.
VIRTUDES OU QUALIDADES DO FRUTO DO ESPÍRITO
Qualidades universais:- Amor, alegria e paz. São virtudes direcionadas ao nosso
relacionamento com Deus.
Amor:- A palavra 'amor' neste trecho das Escrituras é a tradução da palavra grega 'agape'.
Este é amor que flui diretamente de Deus. 'O amor de Deus está derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado' (Rm 5:5). É um amor de tamanha
profundidade que levou Deus a dar seu único Filho como sacrifício pelos nossos pecados
(Jo 3:16). É o amor de Jesus por nós: 'conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida
por nós, e nós devemos dar a nossa pelos irmãos ( Jo 15:2 a 13).
É muito fácil amar os seus entes queridos, como os pais, filhos esposos, parentes, amigos,
esposas, etc. Mas, somente pelo Espírito Santo, você é capaz de dedicar o amor aos seus
inimigos, de tal forma que lhes deseje o bem e perdoe as suas ofensas, de todo o coração,
para jamais se lembrar delas.
Gozo ou alegria:- Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa e bondosa,
caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, resultante de um senso
de bem-estar, sobretudo de um bem-estar espiritual, por causa de uma correta relação com

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Deus. Apesar das dificuldades financeiras, das enfermidades, das calunias, pela atuação
do Espírito Santo, o crente está cheio de gozo em sua alma, como os apóstolos Paulo e
Silas, presos injustamente, por causa do evangelho. Em vez de murmurarem, cantavam e
oravam. At 16:25.
Paz:- Trata-se de uma qualidade espiritual produzida pela reconciliação, pelo perdão dos
pecados e pela conversão da alma transformada segundo a imagem de Cristo (Rm 12:18;
Rm 5:1.)
A queda do homem no pecado destruiu a paz com Deus, com outros homens, com o
próprio ser, com a própria consciência. Foi por meio da instrumentalidade da cruz que
Deus estabeleceu a paz (Cl 1:20).
O crente vive no meio da violência que gera insegurança e medo nas pessoas, mas essa
virtude do Espírito lhe concede tranquilidade e confiança.
Qualidades sociais:- Longanimidade, benignidade e bondade. São virtudes direcionadas
ao relacionamento entre os cristãos.
Longanimidade:- É uma qualidade atribuída a Deus. Ele tem tolerado pacientemente
todas as iniquidades do homem. Não se deixando levar pela ira nem pelo furor, manifesta
seu amor, bondade e misericórdia; não usando sua justa indignação. De nós, os crentes, é
esperado que nossas relações com os outros homens se caracterizem pela longanimidade
do mesmo modo que Deus tem agido conosco.2 Co 6:6; Cl 1:11; 3:12.
Se Deus não fosse misericordioso e longânimo para conosco teríamos sido imediatamente
consumidos.
Benignidade:- Benignidade no original grego significa 'bondade' ou 'honestidade'. O
crente que possui esta virtude é afável e gentil para com seus semelhantes não se
mostrando inflexível e amargo. Deus é a fonte dessa qualidade e Cristo o melhor exemplo.
Ele foi uma pessoa imensamente gentil, conforme o evangelho o retrata. Essa virtude
torna o crente benigno, desejoso do bem a todos, principalmente para os seus inimigos.
Bondade:- Representa a generosidade que flui de uma santa retidão dada por Deus. Se
antes você praticava o mal, agora é bom para todos, sem acepção de pessoas.
Demais qualidade:- Fidelidade, mansidão e temperança ou domínio próprio.
Fé ou fidelidade:- No original grego significa tanto 'confiança' quanto 'fidelidade'. A fé
aqui indica a confiança em Jesus Cristo (Ef 2:8 e 9). Mediante esta qualidade do fruto,
podemos alcançar a medida total da plenitude de Cristo (Ef 4:13). À medida que esse
fruto amadurece em nós, nossa confiança em Deus é fortalecida. A fé não produto
humano; ocorre através da operação divina e consiste em confiança plena de alma em
Cristo resultante de uma experiência com Ele. É a certeza de que Deus existe e está
sempre conosco para nos dar a vitória.
Mansidão:- Trata-se de uma submissão do homem para com Deus, e em seguida, para
com o próprio homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade, que nos leva
ao reconhecimento do valor alheio e a recusa de nos considerarmos superiores. Jesus
disse: 'Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra' (Mt 5:5).

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Essa virtude torna você manso e calmo, quando antes era agressivo e se irava por qualquer
coisa que o contrariava.
Temperança:- Parece ser o somatório de tudo. Quem a possui, tem o domínio próprio.
 Nas palavras:- Há um ditado popular que afirma: 'Não devemos falar o que
sabemos, mas sim, sabermos o que falamos'. Isto é o que se pode chamar de
sobriedade, domínio próprio. Tg 3:2. Encontramos nas Escrituras Sagradas
diversos exemplos de pessoas mal sucedidas, porque falaram demais. Miriã e Arão,
irmãos de Moisés, o criticaram, por ter se casado com uma estrangeira. Deus, então
os castigou. Ela por ser a mentora da critica, ficou leprosa por sete dias e ambos
perderam o direito de entrar na terra prometida.
 Nas ações:- Quatro jovens judeus, levados cativos para a babilônia, foram
escolhidos por Nabucodonosor para realizarem um curso, e depois servirem ao
governo caldeu. O rei ordenou que os alimentasse com todas as iguarias da mesa
real. Daniel e seus companheiros propuseram em seus corações (Dn 1:8).
Solicitaram então, ao despenseiro que lhes fornecesse apenas legumes durante dez
dias. Se após este período seus semblantes estivessem abatidos, aceitariam o manjar
do rei. No entanto, se apresentassem bom estado de saúde, continuariam com a
refeição escolhida por eles até o final daquele treinamento. Após aquele período de
dez dias, seus semblantes eram melhores do que os dos demais jovens. Por isso
continuaram com aquela alimentação, à base de legumes, até o final do curso. Esta
é uma demonstração de força de vontade, temperança e sobriedade dos quatro
judeus.
 Nos pensamentos:- Por falta de domínio próprio, Davi cedeu a tentação que o
naufragou no pecado e o fez pagar as consequências pelo resto da vida. Era a época
em que os reis saíam para a guerra. No entanto, ele passeava no terraço de sua casa
real. Seu pensamento vagava distante, em busca de algo que satisfizesse o seu ego.
Repentinamente, deparou-se com uma cena que o devorou, como uma labaredas de
fogo a consumir algo inflamável: uma mulher banhava-se, nua, no quintal de sua
casa. A chama da sensualidade acendeu o desejo incontido no coração do rei de
Israel de possuí-la. Quando percebeu o que fizera, já era tarde demais: havia se
deitado com ela e tinha ordenado a morte de seu marido. Tudo isso aconteceu por
falta do auto controle do pensamento que o levou a cometer aquela loucura.
2 Sm 11:1 a 4.
O crente deve sempre ocupar-se com coisas boas. E a melhor terapia é ler a Bíblia, cantar
hinos de louvor ao Senhor, visitar os novos convertidos, desviados e enfermos. A Palavra
de Deus também nos recomenda que devemos fugir da aparência do mal (1 Ts 5:22). Só
assim venceremos as tentações e manteremos a nossa sobriedade. Onde você estiver: no
trabalho, na igreja, no ônibus, etc. Pense nas coisas celestiais e viva com Jesus,
vitoriosamente.
Conclusão
Muitos crentes pensam ser possível cultivar somente algumas das manifestações do fruto
do Espírito, negligenciando outras. Não é possível ser crente completo quando em nossas
vidas faltam vários elementos que formam o fruto do Espírito. Se eu tiver amor e não
tiver fé, não sou completo; se eu tiver todas as demais manifestações e for intemperado,

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não estou seguindo a vontade do Pai. O fruto do Espírito forma em suas manifestações
um conjunto harmônico: faltando uma, as demais estão todas prejudicadas. se formos
enxertados na videira, é claro que o fruto deve ser uvas. Ora, um cacho de uvas amputado,
com a falta de algumas uvas, é um cacho incompleto, imperfeito. Se a videira é perfeita,
é lógico que os frutos e as folhas o sejam também.

Estudo 13: O Discípulo e o Evangelismo

Texto Bíblico
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura"
(Marcos 16:15)
INTRODUÇÃO
O que é evangelismo? Evangelismo é o emprego da Palavra de Deus por todos os crentes,
com o sincero desejo no coração de ganhar almas para Cristo em todos os lugares, em
todo o tempo, e por todos os meios. Cada crente autêntico, tem o privilégio de evangelizar.
Em suma, evangelizar é: pregar (Mc 16:15); pescar (Mt 4:19); procurar os perdidos
(Lc 15); livrar da morte (Pv 24:11); é cuidar da almas (Sl 142:4).
I. PORQUE E QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR
a. Todos precisam de um Salvador:- Todos os homens são pecadores e precisam de um
Salvador. O homem pecou e foi destituído da glória de Deus (Rm 3:23), ou seja, ficou
impossibilitado de permanecer na presença do Criador. Com a entrada do pecado no
mundo Satanás tornou-se deus deste século e príncipe deste mundo. O pecador está preso
pelos laços do diabo, dominado e entregue a toda a sorte de iniquidades. Portanto
necessita urgentemente de um Salvador. Você agora é portador desta mensagem preciosa,
que propicia remissão e regeneração ao mais vil pecador. O homem só poderá crer depois
de ouvir a Palavra: 'Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão
naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?' (Rm 10:14).
Enquanto não crer ele está perdido (Jo 3:13 a 36), porém quando ouve a Palavra adquire
fé (Rm 10:17), e esta comunica-lhe a salvação (Ef 2:8) e muitas outras bênçãos celestiais.
Mc 16:17 e 18.
b. Recebemos uma ordem do Senhor Jesus:- Fomos chamados pelo Senhor e separados
para a nobre e suprema missão de evangelizar (Mt 4:2 e Jo 20:21). A 'grande comissão'
- repetida cinco vezes, em todos os evangelhos e em Atos (Mt 28:18 a 20; Mc 16:15; Lc
24:47; At 1:80, é o verdadeiro alvo do Novo Testamento. O 'Ide' de Jesus é mais do que
uma ordem, é uma obrigação: "...me é imposta esta obrigação; e ai de mim, se não
anunciar o evangelho" (1 Co 9:16). Isto não significa que você será forçado ou

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constrangido a pregar o evangelho, mas que foi convidado pelo Senhor a fazê-lo, e o faz
com dedicação, prazer e gratidão dando seu próprio testemunho de fé ao mundo.
c. Deus nos concedeu o privilégio de participarmos de Sua obra:- Os anjos desejam
ardentemente realizar esta tarefa, mas eles não possuem este direito. O anjo disse a
Cornélio que mandasse buscar a Pedro para que viesse e pregasse o evangelho: '...manda
chamar a Simão...este te dirá o que deves fazer' (At 10:5 e 6). Os seres angelicais nada
podem fazer devido à sua condição de espíritos. Mas o crente tem plena condição de
realizar esta obra. A proclamação do evangelho é um privilégio que Deus concedeu a
homens com o fim de se adquirir galardões. A salvação é dádiva que o Senhor concedeu
aos homens, mas o galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua atividade na
obra de Deus.
d. O tempo de Deus é já:- '...eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da
salvação' (2 Co 6:2). Por que agora? Agora estamos vivos. Não sabemos quando seremos
recolhidos pelo Senhor. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia; a noite vem,
quando ninguém pode trabalhar (Jo 9:4). Hoje em nosso país, temos plena liberdade para
pregarmos o evangelho em todos os lugares. Entretanto, pode ser que no futuro, nossa
liberdade religiosa seja restringida ou caçada e fiquemos impossibilitados de pregar o
evangelho. Devemos evangelizar todos os dias aproveitando todas as oportunidades. A
Bíblia recomenda que preguemos a Palavra 'a tempo e fora de tempo' (2 Tm 4:2).
II. ONDE DEVEMOS EVANGELIZAR
Nem todos os lugares podemos fazer cultos e pregações, mas ganhar almas
individualmente, sim.
Em todos os lugares:-O convite da salvação destina-se a todas as pessoas em todos os
lugares independente de cor, credo, religião, raça, cultura e posição social.
III. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA EVANGELIZAR
Em primeiro lugar, o ganhador de almas precisa ter a experiência da salvação. Se o crente
não tem a convicção plena de sua própria salvação, como poderá convencer os outros?
a. Ler e estudar a Bíblia diariamente:- 'Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade' (2 Tm
2:15). 'Então Filipe, abrindo sua boca, e começando nesta escritura, lhe anunciou a Jesus'
(At 8:35). É preciso que os crentes, que desejam ganhar almas para Cristo, estudem
sistemática, metódica e perseverantemente a Bíblia. Aquilo que a eloquência, o
argumento e a persuasão humana não pode fazer, a Palavra de Deus o faz quando
apresentada sob a unção do Espírito Santo.
b. Ter ardente amor pelas almas perdidas:- O evangelismo na igreja primitiva era
caracterizado pelo esforço constante dos crentes no cumprimento do 'Ide' de Jesus. Nem
as proibições, nem as ameaças de morte, nem as prisões, puderam deter aqueles irmãos
que inflamados pelo poder de Deus e pelo amor às almas perdidas, em nada tiveram suas
vidas por preciosas contanto que pudessem cumprir com alegria a sublime missão que
lhes fora dada pelo mestre. Constrangidos pelo amor de Cristo (2 Co 5:14), eles não
podiam deixar de falar do que tinham visto e ouvido (At 4:20). Se quisermos lograr êxito

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no evangelismo em nossos dias, a exemplo de nossos irmãos no início do cristianismo,
devemos pedir ao Senhor que nos encha o coração de amor pelos perdidos.
c. Ter a vida santa, separada para Deus:- 'Lava-me completamente da minha iniquidade
e purifica-me do meu pecado'; 'Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os
pecadores a ti se converterão', (Sl 51:2 e 13). Muitos crentes trabalham a toda força e não
há frutos. Qual é a razão? O pecado é um impedimento à conversão de pecadores. Se
estivermos em pecado, se não estivermos em comunhão com Deus, se estivermos nos
descuidando da leitura diária da Bíblia e da oração, fatalmente teremos o coração de pedra
e nosso trabalho não frutificará.
d. Aprender com o Mestre Jesus:-Leia agora em sua Bíblia o texto de João 4:1 a 30 e
acompanhe os passos do nosso amoroso Salvador evangelizando a mulher samaritana:
(1). Jesus aproveitou a oportunidade - embora cansado e faminto, pregou. Ele teve amor
e espírito de sacrifício, tudo por uma alma perdida.
(2). Ele esperou o momento de estar a sós com a mulher.
(3). Ele não se importou com os preconceitos raciais, sociais ou religiosos.
(4). Entrou logo no assunto da necessidade espiritual da mulher.
(5). Não se afastou do assunto da salvação e nem se desviou do seu objetivo.
(6). Jesus fez a samaritana entender que era uma pecadora.
(7). Não atacou seus defeitos nem a condenou.
(8). Jesus demonstrou compaixão e interesse na vida da mulher.
e. Ser cheio do Espírito Santo:- A ordem de Jesus à igreja em Mateus 28:20, para pregar
o evangelho, está intimamente ligada à afirmação anterior: '...é-me dado todo o poder no
céu e na terra', bem como na afirmação posterior: 'Eis que estou convosco todos os dias
até a consumação dos séculos'. Essa promessa foi cumprida na pessoa do Espírito Santo.
A presença de Jesus com os discípulos foi trocada pela onipresença do Espírito Santo,
que está em toda a parte. O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecostes, tornou-
se em coluna após o revestimento de poder. É o Espírito Santo que capacita o crente e dá
direção para a obra de evangelização.

PLANO DA SALVAÇÃO

 Mostre que todos pecaram: Rm 3.23; Sl 51.5; Ec 7.20


 Mostre na Bíblia manifestações de pecado: 1 Co 6.9,10; Gl 5.18-21; Ef
5.5,6; Ap 21.8
 Mostre a condenação que o pecado traz: Rm 6.23
 Mostre o amor de Deus providenciando salvação em Cristo: Jo 3.16; 1
Co 15.3
 Mostre a nossa necessidade de arrependimento: At 3.19; Ez 18.21; Is
55.6,7
 Mostre que é necessário crer em Jesus como Salvador: Jo 5.24; At 16.31

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 Mostre a necessidade de confessar a Cristo publicamente: Mt 10.32,33;
Rm 10.10

Estudo 14: A Segunda Vinda de Cristo

A Primeira vinda: O Nascimento de Jesus em Belém da Judéia


O pecado entrou no mundo quando Adão e Eva desobedeceram a Deus. Contudo Deus
nunca os abandonou. Ele prometeu enviar alguém para pagar o preço por nossos pecados.
O preço seria a morte (já que o salário do pecado é a morte – Rm 6-23) Então Cristo veio,
exerceu seu ministério, foi morto e ressuscitou ao terceiro dia. Promessa cumprida e preço
pago. Deus é fiel! Tudo isto para que saíssemos do estado de condenação que veio de
Adão e Eva. João 3.17. Portanto o objetivo da 1ª vinda de Cristo foi para salvar a
humanidade do pecado e seus efeitos. Esta é a maior promessa do Antigo Testamento. O
Novo Testamento inicia-se com o cumprimento desta promessa. O plano de Deus para a
humanidade está em plena execução até que se cumpra todas as coisas conforme a Palavra
de Deus.
OS SINAIS QUE PRECEDERÃO A SUA VINDA
- Falsos Cristos Mateus 24:5. Porque muitos virão e meu nome, dizendo : Eu sou o
Cristo; e enganarão a muitos.
- Guerras Mateus 24:6. E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai, não vos
assusteis,...
- Fome Mateus 24:7 ... haverá fomes,... Milhares de pessoas morrem [de fome]
diariamente no mundo.
- Pestes Mateus 24:7 ... e pestes ... Câncer, Cólera, Aids e outras.
- Terremotos Mateus 24:7 ... e terremotos em vários lugares.
- Multiplicação dos pecados Mateus 24:12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor
de muitos se esfriará.
- Proliferação do ocultismo I Timóteo 4:1 ... dando ouvidos a espíritos enganadores e a
doutrinas de demônios.

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-Decadência moral II Timóteo 3:1-2 ... que nos últimos dias sobrevirão tempos
trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,...
- Ciência avançada Naum 2:4 Os carros se enfurecerão nas praças, chocar-se-ão pelas
ruas; o seu parecer é como o de tochas, correrão como relâmpagos.
CONFIRMAÇÕES BÍBLICAS DA SUA VINDA
Do próprio Jesus Mateus 24:27
Dos apóstolos I João 2:28
Dos profetas Isaías 60:1-2
Dos anjos Atos 1:10-11
A SEGUNDA VINDA DE JESUS
A segunda vinda de Jesus será dividida em duas fases :
1a Fase ARREBATAMENTO DA IGREJA
2a Fase A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA

1ª Fase: O arrebatamento da Igreja


O termo arrebatar significa "Tirar com violência" Durante Seu ministério na terra, Cristo
fundou sua igreja e deu-lhe outra promessa: Ele voltaria novamente buscar os salvos, isto
aqueles que receberam a Cristo como Salvador e viveram de acordo com sua Palavra.
Através de nossa constante comunhão com Cristo aguardamos a qualquer momento a
segunda vinda dele. Será o dia mais glorioso pois veremos ao Senhor como Ele é. Os
mortos em Cristo ressurgirão primeiro e nós, os vivos, seremos transformados.
Receberemos um corpo glorioso e habitaremos para sempre com o Senhor. Esta é a maior
promessa do Novo Testamento. 1 Tessalonicenses 4.16-17 e 1 Coríntios 15.50-52!
Como aguardar o arrebatamento
 Devemos estar alerta: “Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se
mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus
24.27) Isto significa que ninguém terá tempo extra para se preparar. Devemos
vigiar. Jesus falou que este episódio seria semelhante aos dias de Noé (Mt 24.36-
44) Jesus contou algumas parábolas sobre sua volta: (Mt 24.45-51; Mt 25.1-13;
Ef 4.30)
 Devemos estar trabalhando na evangelização: “Bem-aventurado aquele servo
a quem o Senhor, quando vier, achar fazendo assim.” Lc 12.43
 Devemos estar purificados: “E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se
a si mesmo, como também ele é puro.” 1 João 3.3 “Purificar-se” é manter
permanente e viva comunhão com Ele, evitando entristecê-lo (Ef 4.30) Jesus é a
nossa Justiça e tornará justo a todos os que o procurarem com sinceridade.
POR QUE JESUS AINDA NÃO VOLTOU?

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Cristo deseja que ninguém se perca, mas se arrependam, mas Ele não esperará para
sempre. (2 Pedro 3.9)
A ASPECTOS GERAIS
- Será ante a última trombeta I Cor. 15:52 ... ante a última trombeta; porque a trombeta
soará,..
- Será muito rápido Mat. 24:27 Porque, assim como o relâmpago sai do Oriente e se
mostra no Ocidente, assim também a vinda do Filho do Homem.
- Cristo virá até as nuvens Atos 1:9-11... vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma
nuvem o recebeu... Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir
assim como para o céu o viste ir.
I Tes. 4:17... seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens,...
- Ocorrerá a ressurreição da vida João 5 : 29
Os mortos ressuscitarão primeiro I Tes. 4:16 ... e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro.
Trará consigo os seus I Tes. 4:14 ... assim também aos que em Jesus dormem, Deus os
tornará a trazer com Ele.
- Ocorrerá a transformação do corpo I Cor. 15:52-55 ... e os mortos ressuscitarão
incorruptível, e nós seremos transformados.
O QUE ACONTECERÁ LOGO APÓS O ARREBATAMENTO DA IGREJA?
 NO CÉU: Ocorrerá o tribunal de Cristo. (Bema) – Não se trata de julgamento
dos crentes. Nossos pecados já foram julgados na cruz do calvário. Estamos
justificados. Será o julgamento das obras do crente: 2 Co 5.10; Rm 14.10. Será
nos ares, às portas do céu: 1 Ts 4.17. A finalidade é recompensar os crentes pelos
serviços prestados enquanto viveram na terra: Ap 22.12; 1 Co 3.13,14.
Este julgamento não foi estabelecido para determinar se as pessoas que diante dEle
comparecerem são culpadas ou inocentes, isto é, salvas ou perdidas, uma vez que já foram
arrebatadas. Agora trata-se da questão de recompensa.
- Cristo irá galardoar os seus Apoc. 22:12 ... e o meu galardão está comigo, para dar a
cada um segundo a sua obra.
- As obras serão provadas I Cor. 3:13 A obra de cada uma se manifestará; na verdade
o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de
cada um.
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE OBRAS
 Ouro - Justiça , Pureza
 Prata - Perdão
 Pedras preciosas - solidez
 Madeira - Humanidade
 Feno - Alimento fraco

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 Palha - Muito volume
VEJAMOS ALGUNS TIPOS DE GALARDÕES
 Coroa incorruptível I Cor. 9:25 E todo aquele que de tudo se abstém; eles o
fazem para alcançar um coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível.
Reservada aos que tem autodomínio
 Coroa da vida Apoc. 2:10 ... sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Reservada aos mártires e sofredores
 Coroa de glória I Pe. 5:3-4 Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,
mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando aparecer o Sumo Pastor,
alcançarei a incorruptível coroa de glória. Reservada aos ministros que presidem
com fidelidade
 Coroa de justiça II Tim. 4:8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada,
a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas
também a todos que amarem a sua vinda. Reservada aos que amam a sua vinda
 Pedra branca Apoc. 2:17 ... Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido,
e dar-lhe-ei uma pedra branca,...
 Utilizadas nos julgamentos
 Utilizada por pessoas especiais
 Utilizadas pelos vencedores

AS BODAS DO CORDEIRO
Este glorioso evento terá seu inicio tão logo termine o Tribunal de Cristo. As Bodas do
Cordeiro será o enlace matrimonial entre Cristo e a Igreja.
Será a sua abertura com louvor Apoc. 19:7 Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos
- lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro,...
A esposa estará preparada Apoc. 19:8 ... e já a sua esposa se aprontou
Será celebrada a Ceia do Senhor Apoc. 19:9 ... Bem-aventurado aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro.
Cristo mesmo servirá à mesa Lucas 12:37 ... Em Verdade vos digo que se cingirá, e os
fará assentar `a mesa, e, chegando-se, os servirá.
Os crentes do V. T. participarão desta festa Mat. 8:11 ... e assentar-se-ão `a mesa com
Abraão, Isaque e Jacó no reino dos Céus.
OBS. Os mártires da Grande Tribulação não participarão desta festa.
FASE A VINDA DE JESUS EM GLÓRIA
É a sua revelação ou manifestação pessoal em glória, majestade e poder às nações da
terra. Esta revelação se dará tão logo termine as Bodas do Cordeiro. Apoc. 19 : 11 - 16
Sua vinda se dará lentamente Mat. 24:30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do
Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre
as nuvens do céu, com poder e grande glória.

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Todo olho o verá Apoc. 1:7 Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá,...
Virá acompanhado da esposa
Jd. 14 ... Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos.
Apoc. 19:14 E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos
de linho fino, branco e puro.
Virá acompanhado pelos anjos Mat. 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua
glória, e todos santos anjos, com Ele, então, se assentarão no trono da sua glória.
Haverá convulsões na terra Mat. 24:29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol
se escurecerá, e a lua não dará mais a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências
dos céus serão abaladas.
Descerá sobre o Monte das Oliveiras Zac. 14:4 E, naquele dia, estarão os seus pés sobre
o Monte das Oliveiras.
O povo Judeu será libertado Zac. 14:4-5 ... e o Monte das Oliveiras será fendido pelo
meio,... e fugireis pelo vale dos meus montes.
Será o fim da Grande Tribulação Apoc. 20:2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente,
eu é o diabo e satanás, e amarrou-o por mil anos.
A ressurreição dos mártires da grande tribulação Apoc. 20:4 ... e vi as almas daqueles
que foram degolados pelos testemunhos de Jesus, e pela Palavra de Deus...
Implantará o reino milenial Apoc. 19:15

 NA TERRA: Ocorrerá a tribulação. O anticristo se manifestará no mundo com


muita popularidade e fará um acordo de paz com Israel. (Dn 9.27). Depois de três
anos é meio romperá o acordo e se inicia-se a a Grande Tribulação. Os capítulos
6 a 9 de Apocalipse refere-se à 1ª fase da tribulação e do 10 ao 18 à 2ª fase. O
objetivo da tribulação é salvar, derramar juízo sobre os desobedientes, preparar
Israel para reconhecer o Messias e destruir o império do Anticristo. Mt 24. 1-44;
Zc 13,8,9; Lc 19.11-27

Enquanto a Igreja se regozija no céu, a terra é sacudida por grandes catástrofes, as quais
resultam dos juízos de Deus. A Grande Tribulação iniciar-se-á tão logo ocorra o
arrebatamento da igreja. A terra entrará em pânico total com a desaparição dos filhos de
Deus, e em meio a desordem surgirá um ser que aparentemente solucionará os problemas
mundiais, trazendo uma falsa paz. Este período de Grande Tribulação é o cumprimento
literal da última semana de Daniel. (70aSemana) Daniel 9:24-27. Será após o
Arrebatamento da Igreja. II Tes. 2:6-7
A DURAÇÃO DESTE PERÍODO SERÁ DE SETE ANOS DIVIDIDOS EM DUAS
ETAPAS.
3 anos e meio de falsa paz.

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3 anos e meio de grande tribulação.
As duas Bestas.
 A que subiu do mar. Apoc. 13:7-10 Significa um dirigente político.
 A que subiu da terra. Apoc. 13:11-18 Significa um dirigente religioso.
 Conhecido como falso profeta. Apoc. 19 : 20
OS SETE SELOS
PRIMEIRO SELO CAVALO BRANCO Apoc.6:1-2 Cavalo Branco significa falsa paz
Como conseguirá implantar esta paz? Resolvendo o problema do Arrebatamento.
Resolvendo o problema sócio – político. Apoc. 6:7-12
SEGUNDO SELO CAVALO VERMELHO Apoc. 6:3-4Cavalo Vermelho significa
guerra
Inicio da segunda etapa da Grande Tribulação. Apoc 12:12 Pelo que alegrai-vos, ó céus,
e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o diabo desceu a
vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
TERCEIRO SELO CAVALO PRETO Apoc. 6:5-6 Cavalo Preto significa dificuldade
e fome.
Balança significa controle. Começa a escassez de alimento. Apoc. 13:16-17
QUARTO SELO CAVALO AMARELO Apoc. 6:7-8
Cavalo Amarelo significa doença e morte.
QUINTO SELO OS MÁRTIRES Apoc. 6:9-11 A visão dos mártires da Grande
Tribulação.
São aqueles que não receberão o sinal da besta.
SEXTO SELO A VINDA DE JESUS Apoc. 6:12-17
A vinda do Senhor em glória.
SÉTIMO SELO AS TROMBETAS Apoc. 8:1-2
O soar das sete trombetas
AS SETE TROMBETAS
PRIMEIRA TROMBETA Apoc. 8:7
1/3 dos alimentos são destruídos, Começa a fome sobre a terra Apoc. 6 : 6
SEGUNDA TROMBETA Apoc. 8:8-9
1/3 das águas dos mares apodrecem; 1/3 das criaturas marítimas morrem; 1/3 dos navios
e embarcações naufragam.
TERCEIRA TROMBETA Apoc. 8:10-11

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1/3 das águas doce apodrecem, A sede se intensifica mais Isaías 19:5-8, Comparar com
Êxodo 7:20, 24
QUARTA TROMBETA Apoc. 8:12-13
Sol, lua e estrelas escurecerão, Serão dias sombrios, úmidos e nublados, Lucas 21 : 25 –
26. "Ai ! Ai ! dos que habitam sobre a terra..."
QUINTA TROMBETA Apoc. 9:1-6
Começa a ira de Deus sobre os homens.O abismo é aberto e soltos os demônios Lucas 8
: 31. Os homens que tiverem o sinal da besta serão possessos. Não haverá morte por cinco
meses.

SEXTA TROMBETA Apoc. 9:14-16


São chefes de 200 milhões de demônios
SÉTIMA TROMBETA Apoc. 11:15
Esta trombeta se refere ao milênio
AS SETE TAÇAS

PRIMEIRA TAÇA Apoc. 16:1-2


Chaga má e maligna, será uma epidemia mundial. Comparar com Êxodo 9:9 e Jó 2:7.
Esta praga afetará quem tem o sinal da besta
SEGUNDA TAÇA Apoc. 16:3
Toda água apodrecerá. Todas as criaturas aquáticas morrerão. Com a 2a trombeta somente
1/3 das águas apodrecerão. O odor da podridão dos mares será insuportável.
TERCEIRA TAÇA Apoc. 16:4
Toda água potável se contaminará. As criaturas aquáticas morrerão,Com a 3a trombeta
1/3 das águas apodrecerão. Isaías 19:5-8
QUARTA TAÇA Apoc. 16:8-9
Calor intenso.
Obs. A falta de alimento, as úlceras, o mal cheiro, o sol causticante, os homens possessos.
"Serão homens normais"
QUINTA TAÇA Apoc. 16:10-11
Dores insuportáveis.
SEXTA TAÇA Apoc. 16:12-16
Preparação para o Armagedom.

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SÉTIMA TAÇA Apoc. 16:17-21
A vinda do Senhor em glória.
1ª FASE: ARREBATAMENTO 2ª FASE: SEGUNDA VINDA EM GLÓRIA
Só os santos verão Mt 24.36 Em público: (todo o olho verá) Ap 1.7
Cristo vem para a igreja. 1 Ts 4.17Cristo vem com a igreja. Jd 14; 1 Ts 3.13
Antes da Tribulação. Ap 3.10 Depois da tribulação. Mt 24.29-30

O MILÊNIO
Após a Grande Tribulação, Cristo voltará em glória, pousará seus pés sobre o Monte das
Oliveiras, e assim iniciará o Reino Milenar.
ASPECTOS GERAIS
Quem viverá no milênio?
Cristo reinará sobre o mundo. Apoc. 11:15, Zac. 14:9
Satanás será preso por mil anos. Apoc. 20:1-2
Cristo será reconhecido como Rei dos reis. Apoc. 19:16
Será um reinado de paz.
Os armamento serão destruídos Ezeq. 39:9:10
Algumas armas serão transformadas [em instrumentos pacíficos]. Isaías 2:4, Miq. 4:3-4
Jerusalém será a capital do reino. Isaías 2:2-3
Haverá o julgamento das nações. Mat. 25:31-32
Conforme o tratamento que deram a Israel. Joel 3:2
O grande enterro dos mortos. Ezeq. 39:11-15
Os homens serão poucos no início. Isaías 13:12
A maldição da terra será tirada. Isaías 29:17
O mar morto terá vida. Ezeq. 36:29-30, 47:9-10
Não haverá doenças. Isaías 29:17-19, 35:5-6
A idade será prolongada. Isaías 65:19-20
A morte será em pequena escala. Isaías 65:20
Todos conhecerão a Cristo. Mat. 24:14, Isaías 11:9

61
Haverá salvação no milênio. Isaías 65:23-24
Não haverá mais crises. Isaías 65:21-23
As nações adorarão ao Senhor anualmente. Zac. 14:16-19
Os animais serão dóceis. Isaías 11:6-9
O sol brilhará mais. Isaías 30:26
A lua será como o sol. Isaías 24:23
Israel receberá Jesus como messias. Zac. 12:10-11, 13:6
Israel possuirá toda a terra prometida. Gên. 15:8, 17:7-8
Israel será reconhecido como cabeça. Zac. 8:23
No final satanás será solto. Apoc. 20:7 - Enganará as nações.
Será lançado no lago de fogo. Apoc. 20:10
O JUÍZO FINAL
A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa.
A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos
que estão a sua frente.
Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e
Santidade.
ASPECTOS GERAIS
Cristo será o Juiz. Atos 17:31
A esposa o auxiliará. I Cor. 6:2
Quem será julgado?
Os mortos Apoc. 20:12-13
Os anjos caídos. I Cor. 6:3
O julgamento do Grande Trono Branco
Após a derrota de Satanás, acontecerá a 2ª ressurreição:
"E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles
havia..." (Apocalipse 20:13a ACF)
Inferimos pelas passagens seguintes que aqueles ressurretos nesta 2ª ressurreição, deverão
receber algum tipo de corpo que seja imortal e indestrutível para que possam suportar a
eternidade no lago de fogo que foi preparado para Satanás e seus anjos:
"E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre." (Apocalipse
20:10 ACF)

62
"E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo."
(Apocalipse 20:15 ACF)
Este será o julgamento dos perdidos de todos os tempos, todos eles já mortos em seus
pecados, todos os que não tem o nome no livro da vida (do cordeiro):
"Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem
os vossos nomes escritos nos céus." (Lucas 10:20 ACF)
"E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos
no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo." (Apocalipse
13:8 ACF)
Pois a palavra de Deus o condenará:
"Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a
palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia." (João 12:48 ACF)
E mesmo os que não ouviram a palavra de Deus serão por ela julgados:
O resultado do julgamento do Grande Trono Branco é um só, é imutável e é eterno: O
lago de fogo e enxofre!
"E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna." (Mateus 25:46
ACF)
A criação dos novos Céus e Terra
"Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas
passadas, nem mais se recordarão." (Isaías 65:17)
Deus irá desfazer todo o universo, através de uma bola de fogo, mas irá proteger os seus
com o poder de Sua mão, e irá criar novos Céus e nova Terra.
"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram,
e o mar já não existe." (Apocalipse 21:1)
Estes novos Céus e Terra serão absolutamente livres do pecado e de toda sua maldição:
"Porque, como os novos céus, e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante da minha
face, diz o SENHOR, assim também há de estar a vossa posteridade e o vosso nome."
(Isaías 66:22)
"Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita
a justiça." (II Pedro 3:13)
A Nova Jerusalém
A Jerusalém celestial já estará pairando sobre a Jerusalém terrestre durante o milênio e
será morada de Cristo e de Seus remidos, enquanto estarão governando sobre a Terra:
"E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa
Jerusalém, que de Deus descia do céu." (Apocalipse 21:10)

63
"E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e
honra." (Apocalipse 21:24)
E esta mesma cidade será morada eterna dos salvos:
"E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens,
pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o
seu Deus." (Apocalipse 21:3)
A santa cidade será imensa:
"E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua
largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura
e altura eram iguais." (Apocalipse 21:16)
A Eternidade (a situação final do universo)
A Eternidade se iniciará com Cristo após ter vencido a todos os inimigos, sendo o último
a morte, entregará o Reino Eterno ao Pai:
"Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver
aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. (25) Porque convém que reine até
que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. (26) Ora, o último inimigo que
há de ser aniquilado é a morte. (27) Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés.
Mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele
que lhe sujeitou todas as coisas. (28) E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas,
então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para
que Deus seja tudo em todos." (I Coríntios 15:24-28)
No Reino os salvos estarão em completo e perpétuo gozo e sentirão indescritível
felicidade eternamente:
"E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem
clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas." (Apocalipse 21:4)
Haverá completa comunhão com Cristo:
"E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo,
para que onde eu estiver estejais vós também." (João 14:3 ACF)
"E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome." (Apocalipse 22:4 ACF)
Haverá pleno conhecimento de todas as coisas:
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser.
Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim
como é o veremos." (I João 3:2)
Haverá completa glória:
"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória
mui excelente;" (II Coríntios 4:17)
Não haverá maldição:

64
"E ali nunca mais haverá maldição contra alguém..." (Apocalipse 22:3a)
Os salvos servirão a Deus:
"e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão." (Apocalipse
22:3b)
E reinarão os salvos com Deus para todo o sempre:
E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque
o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre." E o Espírito e a esposa
dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome
de graça da água da vida."(Apocalipse 22:5,17)

Estudo 15: Batismo e Santa Ceia

INTRODUÇÃO.
Em 12 livros do Novo Testamento encontramos cerca de 70 referências que nos fala do
batismo em águas, e isso já nos dá uma idéia da importância da doutrina para todos nós.
A circuncisão era uma maneira muito penosa para alguém entrar na servidão do julgo da
Lei. O Batismo é a fácil maneira de entrar na liberdade da graça. Pela circuncisão os
judeus se obrigavam a obedecer a Lei. Pelo batismo os crentes decidem sujeitar-se a uma
vida de fé e obediência a Cristo.
A IMPORTÂNCIA DO BATISMO.
O batismo em águas é uma das principais ordenanças bíblicas destinas à igreja. Através
dele (Batismo nas águas) o novo crente se integra definitivamente ao seio da comunidade
evangélica, tornando-se membro efetivo da igreja local. O batismo em águas em si não
tem poder para salvar ninguém, as pessoas são batizadas porque já estão salvas. Portanto,
não podemos dizer que o rito seja absolutamente essencial para a salvação. Mas podemos
dizer, insistir, em que seja essencial para a total integração na igreja e obediência a Cristo.
Os três mais expressivos versículos bíblicos que tratam da salvação não incluem o
batismo (Jo 3.16; 5.24; At 4.12). A seguir veremos 4 razões sobre a importância do
batismo.
1- O Exemplo de Jesus:
Sem dúvida o argumento mais importante que nos permite avaliar a importância do
batismo em águas é a própria decisão de Jesus ser batizado por João Batista. Seu exemplo
tornou-se padrão universal e imutável (Mt 3.13-16). Jesus fez questão de ser batizado.
Ele foi batizado para cumprir toda a justiça, pois sabia que viera ao mundo para consumar
a justiça divina, não em caráter punitivo, mas redentivo. Jesus foi batizado aos 30 anos
de idade no rio Jordão (Mc 1.9), essa idade serve de base para a igreja não batizar infantes,

65
mas pessoas plenamente cônscias de suas responsabilidades, e com alegria no seu
coração.
2- A ordem de Jesus:
Jesus mandou batizar a todos os que cressem no Evangelho. Sua ordem é expressa e tem
sido obedecida ao longo dos séculos (Mt 28.19,20). Entendemos, por tal ordem de Jesus,
que sua noção de igreja é, um corpo de pessoas batizadas em um só batismo. Embora o
batismo não seja indispensável para a sua entrada no Céu, mas para que o crente possa
viver como cidadão do Céu.
3- O exemplo da igreja primitiva:
Desde o dia de pentecostes, a igreja cultiva o hábito de batizar os seus membros,
independentemente das circunstâncias, facilidades ou dificuldades (At 2.41). Os que
receberam a mensagem de Felipe em Samaria creram e foram batizados (At 8.12), e em
várias outras passagem bíblicas; At 8.32; 9.18; 10.48; 18.8. Quem crer deve ser batizado.
4- O verdadeiro fator de crescimento da igreja:
O crescimento de uma igreja local pode acontecer de diferentes maneiras hoje em dia,
inclusive com a transferência de membros que vêm de outras igrejas. Mas nesse caso a
igreja universal não cresceu. Cada batismo em águas assinala o crescimento da igreja,
porque se trata de um "soldado" acrescentado ao exército do Senhor.
O SIGNIFICADO DO BATISMO.
O batismo é a imersão em águas:
A imersão (mergulho) do batizando tem que ser completa de modo que sem ela não há
batismo. Deve ser ministrada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Assim sendo,
o batismo é um ato de obediência ao mandamento pessoal de Jesus (Mt 28.19,20), é
também uma pública confissão de grande efeito moral e espiritual, de que a pessoa está
vivendo em novidade de vida e dando o primeiro passo para a obediência a Cristo,
dizendo para todos que Jesus é seu único e suficiente salvador. Então, é sempre estranho
para nós ver que algumas pessoas permanecem na igreja por um longo tempo e se recusam
a serem batizados nas águas.
Uma confissão pública da fé em Jesus:
Os batismos registrados no Novo Testamentos tinham essa comum característica: Eram
solenidades públicas. O crente em Cristo permite que o mundo tome conhecimento
daquilo que já ocorreu dentro de si, de uma maneira ou outra, o batismo em águas diz
para o mundo que a obra da regeneração, visível somente por Deus, realmente aconteceu
na vida do novo crente. É também o meio de acesso à comunhão fraternal e à integração
na igreja, como corpo de Cristo, ou seja, o batismo é a realidade objetiva pela qual uma
pessoa vem a estar em Cristo, em seu corpo.
Morte, sepultamento e ressurreição.
O significado do batismo é uma experiência realista da morte e da ressurreição de Cristo,
sintetizado em uma passagem: "Fiel é a palavra: pois se nós morremos com Ele, também
viveremos; se perseveramos, reinaremos com Ele" (II Tm 2.11-13). Deste modo torna-
66
se verdadeiro absurdo batizar quem ainda não morreu para o pecado. É igual sepultar uma
pessoa que ainda não morreu. O batismo significa que a pessoa está completamente morta
para o mundo quando ela é mergulhada nas águas, morta e sepultada. Mas quando sai da
água, o batizando, espiritualmente está experimentando em si mesmo a ressurreição de
Cristo. Enfatizamos que, no ato de descer às águas do batismo, renunciamos a antiga vida
e no ato de sair penetramos em uma segunda e nova vida.
A QUEM SE DESTINA O BATISMO?
Aos que crêem:
A ênfase de Jesus em Mc 16.16, no que concerne ao batismo está na palavra CRER. Não
há salvação para quem não pratica o ato de crer. Mas, todos quanto crêem devem ser
batizados, tal é a simplicidade do ensino Bíblico. Desse modo, para ser batizado o homem
deve crer de todo o seu coração (At 8.37). Devemos evitar que as pessoas sejam
meramente influenciadas pela emoção da mensagem ou convencidas de determinadas
realidades espirituais. A única fé que chega aos céus é a que se apóia nas Escrituras e
enche todo o coração.
A fé verdadeira vem pelo ouvir a pregação da palavra de Deus (Rm 10.17). Os batismos
no Novo Testamento estão sempre relacionados com o ato de ouvir a palavra (At 2.41;
18.8; 19.4). Por isso não batizamos crianças, elas não estão aptas a crer. Unicamente os
que creem devem ser batizados (Mt 3.6). Seria difícil imaginar crianças de colo
exultantes, por haverem entendido a mensagem e crido em Deus! Não há um só caso de
batismo infantil em todo o Novo Testamento.
Aos que se arrependem: (At 2.38; Mt 3.1,2,5).
A Bíblia afirma que o homem não tem qualquer acesso a Deus até que se arrependa. O
apóstolo Pedro nos ensina que o arrependimento precede à conversão (At 3.19). A
necessidade de pregar, hoje, o arrependimento é o mesmo do tempo dos apóstolos.
Satanás ainda hoje tenta obstruir os canais de recepção da mensagem no coração do
pecador, para que este não arrependa. Mas o Evangelho de Cristo é poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê em seu nome (Rm 1.16).
Aos que confessam os seus pecados: (Mc 1.5; Mt 3.6).
Este item se relaciona intimamente com o anterior. O arrependimento está
inseparavelmente ligado à confissão de pecado. A criatura deve arrepender-se dos
pecados que confessa, e deve confessar todos os pecados para ser perdoado. Confessar
para quem? Para o pastor? Ou para algum irmão? Basta confessar a Jesus que é fiel e justo
para nos perdoar os nossos pecados (I Jo 1.9). Terríveis pecados foram perdoados ao rei
Davi por causa de sua coragem e determinação de confessá-los (Sl 51).
AS EXIGÊNCIAS PARA O BATISMO.
Damos a seguir mais alguns poucos importantes quesitos que devem ser satisfeitos pelos
candidatos ao batismo em águas.
O batismo requer um candidato preparado:

67
Embora haja vários exemplos de pessoas que foram batizados em águas imediatamente
após a conversão, entendemos que o batismos deve ser orientado pelos menos aos
rudimentos da fé cristã, afim de dar consistência ao ato batismal. Os convertidos em Atos
2 experimentaram um impacto de tal maneira que o Espírito Santo orientou os Apóstolos
a efetuarem seu batismo de imediato. Contudo é bom lembrar que muitos daqueles eram
estrangeiros em Jerusalém e não podiam perder a oportunidade de serem batizados. De
igual maneira, se Felipe não houvesse batizado o eunuco, quem o batizaria depois?
Algumas Igrejas usam classes de treinamento para orientar os novos convertidos. Esse
tipo de discipulado está de acordo com Mt. 18:19.
O batismo requer um Ministrante:
Embora a Bíblia não explique a necessidade do batismo ser oficializado por um Ministro,
tem sido uma norma do Movimento Pentecostal, principalmente as Igrejas Evangélicas,
restringir o direito de batizar aos Ministros ou aos Presbíteros devidamente credenciados.
O batismo requer água:
A exclamação do eunuco torna esta verdade transparente: "Eis aqui água" (At 8:36). Mas
não basta água. Convém ser muita, nós sabemos que João Batista batizava no Rio Jordão,
porque ali havia muita água. O ministrante e o candidato devem ambos entrar na água (At
8:38). E obviamente findo o ato, devem ambos de igual modo sair da água. É por isso que
cada candidato deve levar roupas subsalentes para o dia do batismo, porque sairá
completamente molhado, e em nossas Igrejas, hoje é usado, na maioria das vezes, tanques
ou piscinas para a realização do Batismo.
O batismo requer integridade:
Não poderíamos deixar de falar que o candidato deve estar em legalidade com a cidadania,
quer dizer, uma pessoa que ainda não se casou legalmente, pessoas que vivem como
casados mas ainda não passou pelo matrimônio, tais pessoas precisam primeiro
regularizar suas situações e depois, sim, serão batizados; ou pessoas que cometam crimes;
pessoas que são desonestas, e por fim, que não possui um bom testemunho Cristão.
Reflexão:
"Através do batismo em águas, tornamos pública uma decisão que já fora feita na
intimidade do nosso coração".
PARA DECORAR
Mt 28.19,20 - "Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação do
século".
Mc 16.16 - "Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado".

SANTA CEIA

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“Porventura, o cálice da bênção que abençoamos, não é a COMUNHÃO do
sangue de Cristo? O pão que partimos não é a COMUNHÃO o do corpo de
Cristo?” I Coríntios 10.16

O que é a Ceia do Senhor ou Santa Ceia?


A CEIA é uma das experiências mais ricas vividas pelo cristão. Ela é uma expressão
concreta do amor de Deus e da experiência de pertencer e ser parte de uma Igreja. É o
momento mais importante do culto, por isso a MESA DO SENHOR ocupa o lugar central
do altar. Em Lucas 22.19 Jesus disse: ‘fazei isso em MEMÓRIA DE MIM’. Então a CEIA
é um MEMORIAL da morte de Jesus. Um momento em que paramos para reconsiderar
o que Jesus fez por nós e confirmar nosso compromisso com Ele.

Por que precisamos participar da SANTA CEIA?


Leia Mateus 26.26-30 e veja que precisamos cear porque a SANTA CEIA é um momento
de:

-v.26: PARTILHA;
-v.27: RENOVAÇÃO DA ALIANÇA;
-v.28: AÇÃO DE GRAÇAS;
-v.29: ANUNCIAR A VINDA DE JESUS;
-v.30: PREPARAÇÃO PARA SAIR E VENCER O MUNDO;

Quem deve participar da CEIA DO SENHOR?


O povo judeu celebrava a páscoa todos os anos e para isso sacrificavam um cordeiro que
ao derramar o seu sangue representava o perdão dos pecados e a proteção Divina (Êxodo
12.21-23). Contudo a páscoa era algo muito sério e restrito apenas para o povo de Israel
e nenhuma pessoa que não fosse judeu poderia participar (Êxodo 12.43-50).
Da mesma forma que a ceia judaica era somente para o povo de Deus, Jesus celebrou a
Ceia apenas com seus discípulos (Leia Mateus 26.26) que prepararam a Ceia do jeito que
Jesus mandou (Mateus 26.17-19).
Os critérios para participar da Ceia são:

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1. SER DISCÍPULO DE JESUS: Aceitar a Jesus como seu Senhor e
Salvador (Lucas 22.14);
2. SER BATIZADO: ter compromisso com Deus e com a Igreja (Marcos 16.16);
3. ESTAR EM COMUNHÃO: com Deus, com o próximo e consigo
mesmo (Mateus 22.37-39);
4. CONFESSAR OS PECADOS: significa reconhecer nossa necessidade do
perdão de Cristo e confirmar nosso compromisso com Ele (I João 1.9 e I
Coríntios 11.28).

Quando devemos participar da SANTA CEIA?


A igreja primitiva celebrava constantemente a CEIA (Atos 2.42). A igreja evangélica
celebra a ceia uma vez por mês. A Ceia deve ser ministrada pelo pastor responsável pela
comunidade. Jesus disse: “fazei isso todas as vezes que o beberdes em memória de mim,
porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte
do Senhor até que ele venha” (I Coríntios 11.25,26), então não podemos perder
nenhuma oportunidade de participar da ceia do Senhor e devemos fazer isso sempre até
que Ele venha.
Como se preparar para participar da Ceia do Senhor? I Coríntios 11.28
Jesus é ‘o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (João 1.29), que fez um
sacrifício muito maior do que o da páscoa judaica (Hebreus 9.11-14), por isso este
momento deve ser levado bem a sério.
Leia I Coríntios 11.27-34 e veja que devemos participar da ceia com:
Consciência: “aquele que comer indignamente será réu do corpo e do sangue de
Cristo” (v.27),
Em arrependimento: “examine-se o homem a si mesmo e assim coma do pão e beba do
cálice” (v.28),
Com discernimento: “pois quem come e bebe sem discernir come e bebe juízo para si” (v.
29),
Temor: “eis a razão porque há entre vós muitos doentes e não poucos que
dormem” (v.30),
Reflexão: “porque se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (v.31),
Disciplina: “mas quando julgados somos disciplinados pelo Senhor para não sermos
condenados” (v.32),
Organização: “quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros” (v.33),
Respeitando as ordens do dirigente: “quanto às demais coisas eu as ordenarei quando
for ter convosco” (v. 34).

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