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Mecânica dos Solos I

(TEC00259)

Compressibilidade e recalques elásticos


nos solos

Prof. Manoel Isidro de Miranda Neto


Eng. Civil, DSc
Compressibilidade e recalques elásticos
nos solos

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. CARREGAMENTOS
3. RECALQUES
4. PREVISÃO DE RECALQUES
5. EXERCÍCIOS
INTRODUÇÃO

• A possibilidade do solo mudar de volume


quando sujeito a variações no seu
estado de tensões efetivas induz a que
estruturas fundadas sobre o solo possam
apresentar deslocamentos que precisam
ser conhecidos e avaliados.
• As variações de volume são, em sua
maioria, por rearranjo das partículas e,
sobre esforços compressivos, entende-
se que normalmente haverá uma
redução dos vazios do solo.
• Os solos que sobre esforços
compressivos apresentam grande
variação de volume são ditos solos
compressíveis.
• Normalmente, os solos compressíveis
estão associados a solos argilosos de
baixa consistência ou a solos
grosseiros muito fofos.
• Quando a redução de volume se dá de
forma intencional visando modificar
propriedades mecânicas do solo em
decorrência da densificação do solo diz-
se que se está compactando o solo.
• Quando, em decorrência de
carregamento aplicado ao solo, a
redução de volume se dá sem
objetivar diretamente a modificação
de propriedades mecânicas, embora
mensurando e tomando partido desse
comportamento, diz-se que houve
compressão do solo.
CARREGAMENTOS

• Em relação à distribuição espacial temos:


• (a) os carregamentos finitos em que os acréscimos de
tensões na massa de solo variam com a distância ou
profundidade em relação a região de aplicação do
carregamento; e
• (b) o carregamento infinito quando o acréscimo de
tensão é uniforme na massa de solo, em distância e
em profundidade.
Carregamento finito
Carregamento infinito
Carregamento no tempo

• Para solos saturados, em relação ao tempo ou à


velocidade de dissipação do excesso de poropressão
gerado pelo carregamento, temos:
• (a) carregamento não drenado, em que o acréscimo de
tensão decorrente da sobrecarga aplicada (Ds) é
suportado inicialmente pela água presente nos vazios do
solo, implicando em aumento da poropressão na região
carregada: u = u0 + Ds.
• Esse excesso de poropressão vai sendo dissipado ao
longo do tempo e o carregamento transferido para o
esqueleto sólido do solo (grãos), aumentando a tensão
efetiva na região carregada: s’ = s’0 + Ds.
Analogia do mecanismo de transferência de carga

Fonte: notas de aula do Prof. Ian Martins (COPPE/UFRJ)


Carregamento não drenado
• Como exemplo de carregamento não drenado temos:
• Carregamentos rápidos em areias como impactos e
sismos;
• Carregamentos em solos de baixa permeabilidade onde a
velocidade do carregamento supera a velocidade de
dissipação do excesso de poropressão gerado.
• Uma escavação, mesmo não sendo propriamente um
carregamento ou um descarregamento, modifica o estado
de tensão do solo e portanto também pode implicar em
comportamento não drenado, dependendo da velocidade
dessa modificação de estado de tensão e da facilidade
com que ocorre o reequilíbrio da poropressão.
Carregamento drenado
• Para solos saturados, em relação ao tempo ou à
velocidade de dissipação do excesso de poropressão
gerado pelo carregamento, temos:
• (a) carregamento não drenado, em que o acréscimo de
tensão decorrente da sobrecarga aplicada (Ds) é
suportado inicialmente pela água...
• (b) carregamento drenado, em que o acréscimo de tensão
decorrente da sobrecarga aplicada (Ds) é suportado
quase que imediatamente pelo esqueleto sólido do solo
(grãos), implicando em aumento da tensão efetiva na
região carregada: s’ = s’0 + Ds.
Carregamento drenado

• Como exemplo de carregamento drenado temos o


carregamento em solo cuja velocidade de imposição da
sobrecarga é inferior à velocidade de dissipação do
excesso de poropressão.
• Portanto, mesmo em solos com baixa permeabilidade,
pode-se ter um carregamento drenado se a velocidade do
carregamento for lenta o suficiente para ensejar
dissipação do excesso de poropressão gerado por essa
sobrecarga aplicada.
Comportamento do solo quanto aos carregamentos

• linha tracejada laranja:


comportamento drenado

• linha cheia vermelha:


comportamento não
drenado

e
Aos carregamentos não drenados, os solos respondem apresentando maior rigidez,
embora a carga de ruptura (Qult) seja menor que a Qult na condição drenada.
Comportamento Carga x Deslocamento (recalque)

q1 q2 Q (carregamento)

• linha tracejada laranja:


comportamento drenado

• linha cheia vermelha:


comportamento não
drenado

w (recalque)
RECALQUES

• É a quantidade de movimento vertical descendente


(deslocamento) que uma estrutura pode ter em
razão da deformação do solo.
• Quando o movimento é ascendente chama-se
levantamento.
• Deformações elásticas ou plásticas das peças
estruturais (deformações específicas) não são
consideradas recalques, mesmo que provoquem
deslocamentos verticais da estrutura.
Tipos de recalques

• O recalque pode causar:


• Desaprumo;
• Danos funcionais;
• Danos estruturais; e/ou
• Danos estéticos.
Tipos de recalques

• O recalque (w) pode ser:


• Absoluto;
• Relativo ou Diferencial; e
• Distorcional (rotacional absoluto ou relativo).
Recalques diferenciais

Fonte: notas de aula do Prof. Ian Martins (COPPE/UFRJ)


Recalque final

• O recalque (w) decorre da aplicação de carga ao


solo e se processa, em parte, imediatamente
após o carregamento (wi) e, em parte, com o
decorrer do tempo (wt).
• w = wi + wt.
Recalque imediato

• O recalque imediato ou instantâneo é geralmente


considerado elástico (we), embora possa haver
componentes plásticas (wp) - deformações
permanentes.
• w i = w e + w p.
Recalque no tempo

• O recalque no tempo se deve à variação de


volume por fenômenos viscosos (wv), também
chamado de fluência, creep ou adensamento
secundário; e
• por migração de água dos poros do solo e
subsequente redução no índice de vazios do
solo devido à redução do volume do solo (wa),
chamado simplesmente de adensamento.
• wt = wv + wa.
Recalque no tempo

• Em solos de drenagem rápida (areias ou solos


argilosos não saturados) o recalque ocorre
relativamente rápido, dependendo da
premeabilidade do solo e também da distância
das fronteiras drenantes e ainda do seu potencial
de creep.
• Em areias o recalque no tempo pode ser de
alguns minutos ou mesmo dias.
• Em argilas plásticas o recalque no tempo pode
ser de até vários anos.
Gráfico recalque x tempo

tempo

• linha cheia vermelha:


recalque imediato
w • linha tracejada laranja:
recalque no tempo
Resumo dos recalques

• estrutura
• recalque plástico
• recalque elástico
w • recalque por adensamento
• recalque por fluência
PREVISÃO DE RECALQUES

• No exercício da engenharia geotécnica a previsão


de recalques é uma das tarefas mais difíceis e o
resultado dos cálculos, por mais sofisticados que
sejam, deve ser encarado como uma estimativa.
MÉTODOS DE PREVISÃO

• Métodos racionais – um modelo teórico consistente


(e. g. a teoria da elasticidade) é usado e os
parâmetros de deformabilidade empregados na
análise vêm de ensaios representativos em
laboratório ou in situ.
MÉTODOS DE PREVISÃO

• Métodos semiempíricos – utilizam modelos teóricos


consistentes ou adaptações deles e os parâmetros
de deformabilidade empregados nas análises vêm
de correlações com ensaios in situ.
Método Racional

• w = I . Ds . B . (1-n2) / E
• Onde:
• I – fator de influência
• Ds – carregamento
• B – menor largura da fundação
• n – coeficiente de Poisson do solo
• E – módulo de elasticidade do solo.
Fator de Influência (I)
FLEXÍVEL
FORMATO (L/B) RÍGIDA
CENTRO BORDA
CIRCULAR 0,79 1,00 0,64
QUADRADO 0,86 1,11 0,56
L/B = 1,5 1,05 1,36 0,68
L/B = 2 1,17 1,52 0,75
L/B = 3 1,42 1,72 0,84
L/B = 5 1,66 2,10 1,05
L/B = 10 2,00 2,54 1,27
L/B = 50 3,00 3,57 1,80
L/B =100 3,40 4,00 2,00
Módulos de Elasticidade (E) típicos
Valores de E (MPa)
ESTADO DO SOLO
DAS (2007) PINTO (2000)
MUITO MOLE < 2,5
MOLE 1,8 a 3,5 2,5 a 5
MÉDIA 5 a 10
ARGILA
RIJA 10 a 20
MUITO RIJA 20 a 40
DURA 6 a 14 > 40
FOFA 10 a 28
AREIA
COMPACTA 35 a 70
FOFA 15
AREIA DE GRÃOS FRÁGEIS, ANGULARES
COMPACTA 35
FOFA 55
AREIA DE GRÃOS DUROS, ARREDONDADOS
COMPACTA 100
Coeficiente de Poisson (n) típicos

Valores de n
ESTADO DO SOLO
DAS (2007)
MOLE 0,15 a 0,25
ARGILA
MÉDIA 0,2 a 0,5
FOFA 0,2 a 0,4
MEDIANAMENTE COMPACTA 0,25 a 0,4
AREIA
COMPACTA 0,3 a 0,45
COM SILTE 0,2 a 0,4
Método Aprimorado (Mayne e Poulos, 1999)*
• w = IG.IF.IE . Ds . Be . (1-n2) / E0
• Onde:
• IG – fator de influência p/ variação de E com a
profundidade
• IF – fator de correção da rigidez da fundação
• IE – fator de correção da profundidade de
assentamento da fundação
• Ds – carregamento
• Be - diâmetro equivalente de uma fundação
retangular (B x L). Be= (4.B.L/p)1/2
• n – coeficiente de Poisson do solo
• E0 – módulo de elasticidade do solo.

(*) – Os ábacos para determinação de IG, IF e IE podem ser encontrados em Das (2007).
EXERCÍCIOS

• Ver Fundamentos da Engenharia Geotécnica, Das


(2007) cap. 10 p. 247 exemplo 10.1 e p. 250
exemplo 10.2

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