Ocorre com a interação dos orbitais atômicos S, P, D, formando orbitais moleculares (NÃO
LIGANTES com menor energia e ANTILIGANTES com maior)
A teoria do campo cristalino fornece um modelo conceitual simples que pode ser usado para interpretar
dados termoquímicos, espectroscópicos e magnéticos por meio do uso de valores empíricos de ΔO (10Dq).
Mesmo conseguindo explicar várias propriedades dos compostos de coordenação, a teoria do campo cristalino
se constitui uma simplificação muito grande sobre o que deve ocorrer na formação desses compostos, uma vez
que discute todos os aspectos considerando, apenas, modificações verificadas nos orbitais d do metal,
provocadas por interações de natureza eletrostática com os ligantes.
A teoria deixa, também, muitas perguntas sem resposta. Por que, por exemplo, uma molécula
eletricamente neutra como o CO é um ligante de campo forte, mas um íon com carga negativa como o Cl é um
ligante de campo fraco? Uma das falhas da teoria do campo cristalino é que ela não pode explicar a série
espectroquímica.
Para melhorar o modelo das ligações nos
complexos, os químicos retomaram a teoria geral de
ligação, a teoria dos orbitais moleculares associado a
Teoria do Campo cristalino, nascendo a “A teoria do
campo ligante”, que descreve as ligações nos complexos
em termos de orbitais moleculares construídos com os
orbitais d do átomo de metal e os orbitais dos ligantes. Ao
contrário da teoria do campo cristalino, que utiliza cargas
pontuais para modelar o complexo, a teoria do campo
ligante utiliza, mais realisticamente, ligações covalentes
entre os ligantes e o átomo ou íon central de metal.
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Endereço: R. Teófilo Pinto, 200 - Farias Brito, Aracati - CE, 62800-000
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DISCIPLINA: Química Inorgânica I Prof. LEE MARX
Etapa N2: 2018 2
Essas energias relativas podem ser verificadas e posicionadas mais precisamente por comparação com
dados experimentais (particularmente de absorção no UV-visı́vel e espectroscopia fotoeletrô nica).
a) Ligações σ (metal-ligante)
Ponto principal: Na teoria do campo ligante, o
princípio do preenchimento e usados em conjunto
ao com um diagrama dos níveis de energia dos
orbitais moleculares, construído a partir dos
orbitais do metal e das combinações lineares
formadas por simetria dos orbitais dos ligantes.
Em um ambiente octaédrico (Oh), os
orbitais do átomo metálico central subdividem-se
por simetria em quatro grupos, figura ao lado.
(b) A ligação π
Pontos principais: Ligantes π doadores levam a um decréscimo de ∆O e os π receptores levam a um aumento
de ∆O; a sé rie espectroquı́mica é principalmente uma consequência dos efeitos da ligaçã o π, quando essa ligaçã o
é possı́vel.
Se os ligantes em um complexo têm orbitais com simetria 𝜋 em relação ao eixo M-L (como é o caso dos
orbitais p de um ligante haleto), eles podem formar orbitais 𝜋 ligantes e antiligantes com os orbitais do metal.
Para um complexo octaédrico as combinações que podem ser formadas a partir dos orbitais 𝜋 dos ligantes
incluem as CLFS de simetria t2g. Essas combinações dos ligantes sobrepõem-se aos orbitais t2g do metal, nos
quais deixam, portanto, de ser plenamente não ligantes concentrados no metal. Dependendo das energias
relativas dos orbitais do ligante e do metal, as energias de agora orbitais moleculares t2g encontram-se acima ou
abaixo das energias que eles tinham como orbitais atômicos não ligantes, diminuindo ou aumentando,
respectivamente, o valor de ∆o.
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RESUMO GERAL
Suponha-se um complexo octaédrico que tenha como átomo central, um elemento da primeira série de
transição, cujos orbitais de valência são 3d, 4s e 4p. Na formação do complexo, esses orbitais podem interagir
com os orbitais σ e π dos ligantes que tenham a mesma simetria. Nessas interações pode-se admitir que as
energias coulombianas dos orbitais passíveis de participar das ligações metal-ligante estão na sequência:
Em princípio as energias dos orbitais dos ligantes são mais baixas do que as dos metais, uma vez que, em
geral, os átomos ligantes são sempre, bastante eletronegativos. Da mesma forma que em compostos mais
simples, na formação das ligações nos compostos de coordenação, as participações dos orbitais do metal e dos
ligantes na composição dos orbitais moleculares são tanto maiores quanto mais próximas sejam as suas
respectivas energias.
Exemplos: Faça a distribuição dos elétrons nos orbitais do diagrama da Figura 2 para os seguintes compostos: a) [CoF6]3- ;
b) [Co(NH3)6]3+.
O sucesso da teoria do campo ligante é que ela nos possibilita considerar como uma ligação π entre os
ligantes e o metal afeta a magnitude de Δoct. Alguns ligantes doam ou aceitam elétrons por meio de uma ligação
π. Essa interação ocorre entre os orbitais no ligante de simetria π e os orbitais t2g no metal. Se o ligante é capaz
de doar densidade eletrônica para o metal, os ligantes
devem ter orbitais preenchidos, e estes terão energia mais
baixa que a dos orbitais t2g no metal. O orbital ligante vai
interagir com o orbital t2g, e isto leva a uma diminuição no
valor de Δoct, conforme mostra a Figura 3. Um decréscimo
no valor de Δoct resultaria em uma tendência a formar
complexos de alto spin. De fato, os ligantes doadores π,
como os haletos, realmente dão complexos de alto spin.
Figura 3. O efeito de um ligante doador π no Δoct.
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Questões de aprendizagem
QUESTÃO 01 – Que orbitais d são usados para formar as ligações σ entre os íons de metal octaédricos e os
ligantes? Que orbitais d são usados para formar as ligações π entre os íons de metal octaédricos e os ligantes?
QUESTÃO 02 - Os ligantes que podem interagir com um metal central com formação de ligações π são
comumente chamados de ácidos π e bases π. A definição de ácidos π e bases π é semelhante à usada para a acidez
de Lewis. Um ácido π é um ligante que pode aceitar elétrons usando orbitais do tipo π e uma base π doa elétrons
usando orbitais do tipo π. Com base nessas definições, classifique os seguintes ligantes como ácidos π ou bases
π, ou nenhum deles: (a) CN- ; (b) Cl- ; (c) H2O; (d) en. (e) coloque-os em ordem crescente de desdobramento do
campo ligante.
QUESTÃO 03 – A melhor descrição dos orbitais t2g no [Co(OH2)6]3+ ; [Fe(CN)6]3- ; [CoF6]3- é (a) ligante; (b)
antiligante; ou (c) não ligante. Explique como você̂ chegou a essa conclusão.
QUESTÃO 04 – A melhor descrição dos orbitais eg no [Fe(OH2)6]3+ é (a) ligante; (b) antiligante; ou (c) não ligante.
Explique como você̂ chegou a essa conclusão.
QUESTÃO 06 – (a) Que tipo de ligantes são, em geral, ligantes ácidos π (veja a questão 02), os de campo forte
ou os de campo fraco? (b) Que tipo de ligantes são, em geral, ligantes básicos π, os de campo forte ou os de
campo fraco?
QUESTÃO 07 – (a) Esquematize os diagramas de energia dos orbitais de [MnCl6]4- e [Mn(CN)6]4-. (b) quantos
elétrons desemparelhados estão presentes em cada complexo? (c) que complexo absorve a radiação
eletromagnética incidente de comprimentos de onda mais elevados? Explique seu raciocínio.
1. Resolver as atividades acima com base no texto resumo e material disponibilizado pelo professor;
2. Atividade avaliativa a ser realizada no dia 31 / 01 / 2018, quinta-feira;
3. Valor: 2,5 pt
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