Ayrton Machado[2]
ayrtonborgesmachado@yahoo.com.br
Brenda Caramês[3]
brendacarames@hotmail.com
Márvyn Kevin[4]
marvynkevin@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
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O senso de justiça não é geral, mas isso não significa sua ausência. De
fato, são inúmeras tendências teóricas que propõem uma ótica para a melhor
compreensão do termo justiça e seus aspectos. Desde a Antiguidade a justiça
representou um ideal de uma prática perfeita do Direito, que acabou por se
transformar em um problema, uma vez que se tornou um vazio conceitual na
Modernidade. [5]
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3 O PARADOXO DE LIBERDADE
Hegel lembra que a defesa da liberdade não passava pela crença liberal
da redução do Estado a simples ator responsável pela segurança pessoal, assim
como pela garantia das propriedades e contratos. Ao contrário, era necessário um
ator social capaz de limitar as tendências paradoxais das sociedades civis de livre
mercado, quebrando o puro interesse dos particulares. Ressaltando, Rousseau
não desafiou Hegel, ele readequou o modelo familiar de A nova Heloísa, isto é,
de acordo com a obra, Rousseau evidência a ideia que só se alcança a liberdade
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O que ela propõe é uma forma concreta da ordem construir o “bem” por
meio de uma consciência legislativa através da razão e tendo como objeto a
“natureza humana”. Entretanto, a raiz da razão prática se mostra arraigada na
modernidade de tal modo que interessa mais à própria ordem política “existir”
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES. Livro I. In. Ética a Nicômaco. Trad. Edson Bini. São Paulo:
Edipro, 2007, p. 37-65.
_____________. Livro V. In. Ética a Nicômaco. Trad. Edson Bini. São Paulo:
Edipro, 2007, p. 145-176.
<http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-conceito-de-justi%C3%A7a-agnes-
heller> Acesso em 10 de setembro de 2013.
[1]Trabalho apresentado como requisito avaliativo da disciplina a de Ética Jurídica, ministrada pelo Prof. Dr. Luiz Otavio
Pereira, tendo como texto base a bibliografia: HELLER, Agnes. A dissolução do conceito ético-político de justiça na
modernidade. In. Além da Justiça. Tradução Savannah Hartmann. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998, p. 111-144.
[2]Discente do Curso de Direito da Universidade Federal do Pará. Matrícula 13641001801
[3]Discente do Curso de Direito da Universidade Federal do Pará. Matrícula 11015014201
[4]Discente do Curso de Direito da Universidade Federal do Pará. Matrícula 13641003801
[5]Bittar (2007) A justiça funciona, como um valor que norteia a construção histórica-dialética dos direitos, para expectativas
sociais em torno do Direito. Apesar de a justiça possuir uma complexa definição.
[6]A questão da justiça, do que é justo ou injusto, abrange não somente uma regra determinada é variável tanto quanto o caráter
humano.
[7]Com a mudança nos métodos de reflexão do objeto de estudo temos uma nova perspectiva de análise consequentemente
haverá uma nova forma de conceituar surge neste conceito uma nova visão dos paradigmas. Uma virada no dogmatismo é
proposta pela Autora.
[8]Ao comentar o conceito de felicidade ela evidencia a ideia de liberdade. Agnes Heller (1998, p.79) apresenta em sua obra
que: “A idéia de que os bons devem ser felizes porque merecem a felicidade e que os maus devem ser infelizes porque não a
merecem é à base do conceito ético de justiça”, contudo, nem todos os conceitos éticos de justiça implicam um conceito político
de justiça.
[9] Aristóteles (2007) ao discutir tanto o conceito de justiça como a sua realização, menciona dois tipos de justiça: uma Justiça
Natural e outra Justiça convencional, e em outros momentos conflita Justiça legal e Justiça em um sentido primordial. Podemos
concluir que embora na pólis (aqui como representação da ordem política) haja um regulamento formal, a justiça na visão antiga
é mais abrangente do que isto.
[10]Heller relaciona os conceitos éticos e políticos para tentar uma conceituação mais abrangente.
[11]A Fenomenologia do espírito contém a gnoseologia hegeliana. Na tradição desses estudos, iniciada por Locke, todo o
conhecimento provém da experiência sensível. No nível inicial desta temos separadamente as sensações e a percepção, seguindo-
se a representação. Depois se passa ao plano das idéias onde a grande preocupação é identificar as idéias simples, que estariam
mais próximas da experiência sensível inicial. Hume unificou os momentos da sensação e da percepção, chamando-os de
impressões primeiras. Disponível em:http://www.videeditorial.com.br/dicionario-obras-basicas-da-cultura-ocidental/f-g-h-
i/fenomenologia-do-espirito-de-hegel.html. Acesso em: 14 de setembro de 2013
[12] Rousseau se baseou no Leviatã de Hobbes para compor seus argumentos no Contrato Social, e concorda com ele quanto à
única possível e verdadeira justiça: a divina. Não há questionamento sobre a existência de Deus, porém se questiona os pactos
que se fazem através ou em nome Dele. O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade de Rousseau evidenciam uma
percepção do social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selva ou o poder da força. Para fazer cessar esse estado de
vida ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder político e as
leis.
[13]Kant (2001) também discorre a respeito da liberdade em concílio com o ordenamento e com as leis, o que se chamou
sociedade civil, na qual a liberdade não é tratada como limitação ao poder, mas distinguindo-se de uma liberdade natural, na
observação das leis é realizada a verdadeira forma de liberdade em sociedade.
[14] Para Agnes Heller, a ótica ético-política não pode ser passiva diante da ordem político-legal, mas sim tem que estruturá-la
através da consciência legislativa.
[15] Na conjectura moderna generalidade é universalidade para a autora.
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