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Agosto / 2006

ATIVO IMOBILIZADO
CONTABILIZAÇÃO E CONTROLES

01)- CONCEITUAÇÃO

O item IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 conceitua como contas a serem classificadas no
Ativo Imobilizado:
“Os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da
companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial”.

Desta definição, subentende-se que neste grupo de contas do balanço são incluídos todos os
Bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu
empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Os itens classificados
na categoria de Ativo Imobilizado incluem os seguintes Bens:
TANGÍVEIS – que têm um corpo físico, tais como:
Terrenos
Obras civis (Prédios - Edifícios)
Máquinas
Instalações
Ferramentas
Móveis e Utensílios
Equipamentos de Processamento de Dados
Veículos
Benfeitorias
Direitos s/Recursos Naturais
Florestamento e Reflorestamento

INTANGÍVEIS - Cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de
propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como:
Marcas
Patentes
Direitos Autorais
Etc.

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Integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza citada,
mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tais como:
Construções em Andamento
Instalações em Andamento
Importações em Andamento
Adiantamentos para Inversões Fixas
Etc.
Essa conceituação geral foi aprovada pelo pronunciamento do Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IAIB) V – Imobilizado, emitido em Agosto/79.

Deve-se observar que as inversões realizadas em bens de caráter permanente, mas não
destinadas ao uso em operações, e que poderão vir a ser utilizadas em futuras expansões,
como pode ocorrer com Terrenos e outros Bens Imóveis, deverão ser classificadas, enquanto
não definida sua destinação, no grupo de Investimentos e não no grupo de Ativo Imobilizado.
A sua transferência para o Imobilizado se dará quando definida sua utilização e iniciada a
fase de expansão. Da mesma forma as Obras de Arte adquiridas, que se valorizam com o
transcorrer do tempo, deverão estar classificadas no grupo de Investimentos ao invés de no
Ativo Imobilizado.

02) – CLASSIFICAÇÃO E CONTEUDO DAS CONTAS

O Imobilizado deve ter contas para cada classe principal de Ativo, para o registro do seu
Custo formado pelos valores: Original – Correção Monetária – Reavaliação, que também
poderá ser denominado CUSTO CORRIGIDO. As depreciações deverão ser controladas por
contas separadas acompanhando: Depreciação Original – Depreciação s/ Correção Monetária
– Depreciação s/ Reavaliação, mas classificadas como Redutoras do Ativo e também poderá
ser denominada DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS, desde que seus Controles Auxiliares
possam refletir seus valores individuais, também receberão os acréscimos das respectivas
Correções Monetárias realizadas, daí sua intitulação como DEPRECIAÇÕES
ACUMULADAS CORRIGIDAS. O mesmo ocorrendo para as AMORTIZAÇÕES e
EXAUSTÕES.

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Em função dessas necessidades e características essenciais é que cada Empresa deve elaborar
seu Plano de Contas do Imobilizado. Apesar de não haver menção específica na Lei das S. A,
podemos segregar o Imobilizado em dois grandes grupos:

BENS EM OPERAÇÃO – São todos os bens já em utilização na geração da atividade objeto


da Sociedade, tais como:
Terrenos
Obras Preliminares e Complementares
Obras Civis
Maquinas, Aparelhos e Equipamentos.
Instalações
Ferramentas
Moveis e Utensílios
Equipamentos de Processamento de Dados
Veículos
Peças e Conjuntos de Reposição
Marcas, Direitos e Patentes Industriais
Florestamento e Reflorestamento
Direitos s/ Recursos Naturais
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
(Depreciações)
(Amortizações)
(Exaustões)

BENS EM ANDAMENTO – Onde se classificam todas as aplicações de recursos de


Imobilizações (Bens e Direitos), mas que ainda não estão em fase de operação, tais como:
Construções em Andamento
Instalações em Andamento
Importações em Andamento-Imobilizado
Adiantamento para Inversões Fixas
Almoxarifados de Inversões Fixas
Bens em uso na fase de implantação

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Esta segregação é importante na Análise das Operações da Empresa, particularmente na
apuração de índices e Comparações entre as Receitas e o Imobilizado, o que é mais bem
apurado utilizando-se o Imobilizado em Operação, que é o que está gerando as Receitas.

Deve-se notar que o elenco sugerido está mais voltado para Empresas Industriais e
Comerciais e não abrangem ramos específicos, como, por exemplo:

ATIVIDADES PECUÁRIAS – Tem classificadas no Imobilizado contas para o Rebanho


Reprodutor:
Gado e Outros
Animais p/o Trabalho
Custo Corrigido
Depreciações Acumuladas

ATIVIDADES AGRÍCOLAS – Tem no Imobilizado contas para as Culturas Permanentes:


Café - Outras
Frutos
Custo Corrigido
Depreciações Acumuladas

NAVEGAÇÃO AÉREA E MARÍTIMA – Tem no Imobilizado as contas necessárias para:


Aeronaves
Turbinas
Navios
Embarcações
Peças e Conjuntos de Reposição ativáveis

2.1)- CONTEÚDO DAS CONTAS – Podemos descrever sumariamente o conteúdo das


contas a seguir:

2.1.1)- BENS EM OPERAÇÃO

2.1.1.1)- TERRENOS – Esta conta registra os imóveis de propriedade da Empresa realmente


utilizados nas operações, ou seja, onde se localizam as dependências das Fabricas, Depósitos,

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Escritórios, Filiais, Lojas, etc. Os terrenos onde se está construindo uma nova unidade ainda
não em operação devem estar no grupo de Imobilizado em Andamento. Os terrenos sem uma
destinação definida dever ficar classificados em Investimentos e os adquiridos para venda
futura no Ativo Circulante. Este tipo de bem não sofre depreciação.

2.1.1.2)- OBRAS PRELIMINARES E COMPLEMENTARES – Abrange esta conta todos os


melhoramentos e obras integradas aos terrenos, bem como os serviços e instalações
provisórias, necessárias à construção e ao andamento das obras, englobando: limpeza do
terreno, serviços topográficos, sondagens de reconhecimento, terraplenagens, drenagens,
estradas e arruamentos, pátios de estacionamento e manobra, urbanização, cercas, muros e
portões, etc., além das instalações provisórias como galpões, instalações elétricas, hidráulicas
e sanitárias durante a obra. Durante a fase de construção, tais custos estarão sendo controlados
no Imobilizado em Andamento e, para fins de controle e acompanhamento do projeto, se for
de porte, poderá haver sub-contas por natureza. Essa conta diferencia-se de Terrenos, apesar
de haver gastos integrados aos mesmos, no sentido de que tais Custos devem sofrer
depreciações.

2.1.1.3)- OBRAS CIVIS – Engloba os Edifícios que estão em Operação, abrangendo os


Prédios ocupados pela Produção, armazenagem, expedição, administração, filiais, escritório
de vendas, de propriedade da Empresa e controlados individualmente por locais. As
instalações hidráulicas, elétricas, etc., deverão ser controladas à parte, pois tem vida útil e
depreciações diferentes. Os Edifícios ou Prédios não utilizados pela Empresa deverão ser
classificados em Investimento e ou Ativo Circulante no caso de venda futura.

2.1.1.4)- INSTALAÇÕES – Abrange os equipamentos, materiais e custos de implantação de


Instalações que, apesar de integradas aos Edifícios e ou Prédios, devem ser destacadas das
Obras Civis, como por exemplo, as Instalações Elétricas, Hidráulicas, Sanitárias, Vapor, Ar
Comprimido, Frigoríficas, Contra Incêndios, Comunicações, Climatização, Para
Combustíveis, Gases, Antipoluição, Cozinhas, etc., logicamente sua aplicabilidade dever ser
em função do Tipo de Empresa e do seu processo produtivo.

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Esta conta, dependendo do porte, complexidade e tipo de instalações que engloba, deve estar
segregada em sub-contas para fins de melhor controle e de depreciações, dentro dos exemplos
citados. A conta de Instalações deve referir-se sempre a tais equipamentos e materiais, com a
característica de serviços indiretos e auxiliares ao processo produtivo principal. De fato,
dependendo do processo produtivo da Empresa, algumas dessas instalações não serão
auxiliares, mas a fonte principal geradora de seu produto ou serviço e, nesse caso, sua
classificação deve ser na conta Maquinários e Equipamentos. Como exemplo em um
frigorífico os equipamentos e instalações frigoríficas serão classificados como Maquinários e
Equipamentos por ser o serviço principal e não auxiliar. No caso de divisórias de Escritório
deverão ser classificadas como Instalações Administrativas em conta especifica.

2.1.1.5)- MAQUINÁRIOS E EQUIPAMENTOS – Todos os bens utilizados no processo de


Produção deverá ser classificado nesta conta e utilizados como base na realização da
Atividade Principal da Empresa. Na maioria das Empresas são estabelecidos controles em
separado para as contas de Instalações Produção e contas Maquinários e Equipamentos para
segregação da depreciação. Exemplos: Tanques, Reservatórios, Bombas, Motores, Tornos,
Fresas, Furadeiras de Bancada, Mesas transportadoras, Equipamentos de Montagem, Linhas
de Acabamento, etc.

2.1.1.6)- MÓVEIS E UTENSILIOS – Esta conta poderá ser separada em duas sub-contas
distintas para controlar os bens existentes na Administração e os bens utilizados na Produção,
para efeito de separação da alocação das depreciações. Na conta Moveis e Utensílios-
Administração deverão ser classificadas as mesas, escrivaninhas, cadeiras, arquivos, maquinas
de somar/calcular/escrever e outros itens utilizados na Administração e ou Vendas. Na conta
Móveis e Utensílios-Produção deverão ser classificados os Armários, Mesas, Cadeiras e
outros itens utilizados nas áreas produtivas.

2.1.1.7)- VEÍCULOS – Todos os veículos de propriedade da Empresa deverão ser


classificados nesta conta que poderá também ter sub-contas para separar e alocar as
depreciações na Produção e na Administração. No caso das empilhadeiras e similares
utilizados na Produção, poderão ser classificados na conta de Maquinários e Equipamentos,
pois possuem vida útil diferente dos veículos externos.

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2.1.1.8)- FERRAMENTAS – Nessa conta se registram as ferramentas de vida útil superior a
um ano. Também é aceito o lançamento diretamente em despesas as ferramentas e similares
de pequeno valor unitário, mesmo quando a vida útil é superior a um ano e as normas de
procedimento da Empresa assim o permita e caso não haja interesse em seu controle. No caso
de Moldes e Matrizes é aconselhável o controle em Sub-contas específicas.

2.1.1.9)- PEÇAS E CONJUNTOS DE REPOSIÇÃO – São controlados nesta conta as peças


ou conjuntos já montados que são destinadas ás substituição em Maquinas e Equipamentos,
aeronaves, embarcações, etc., em manutenções Periódicas de caráter Preventivo ou de
Segurança no caso de quebra ou avaria. Normalmente devem integrar o Imobilizado as Peças
que serão contabilizadas como Adição ao Imobilizado em Operação e as peças substituídas
deverão ser baixadas quando o controle individual dos equipamentos assim o permita. No
caso da troca ocasionar nova vida útil ao Equipamento ou Maquinário este valor deve ser
adicionado ao bem e contabilizado no Imobilizado. No caso de não haver possibilidade de
baixar a peça substituída o valor da mesma deverá ser contabilizada como Despesas com
manutenção. Deverá ser analisada sua classificação como Imobilizado e ou Estoques de Peças
de Manutenção no Ativo Circulante. Na compra de certos equipamentos de porte, as
Empresas adquirem no mesmo momento uma série de Peças ou Conjuntos importantes e
vitais ao seu funcionamento, normalmente produzidas e montadas pelo próprio fabricante do
Equipamento. Essas peças sobressalentes são de uso especifico par tal Equipamento e
necessárias para que o mesmo não fique paralisado por longo tempo, no caso de necessidade
de substituição Preventiva ou Corretiva.

Nesse caso, tais peças devem ser classificadas no Imobilizado, tendo vida útil condicionada a
do próprio Equipamento deverão ser corrigidas monetariamente e depreciadas na mesma base
similar do Equipamento correspondente, mesmo não sendo utilizadas. No caso de
Recondicionamento de Peças, também deverá ser analisada a decisão de Imobilização e ou
classificação nos Estoques de Peças de Manutenção, tendo vida útil condicionada ao
equipamento deverá ser imobilizada ou ao contrário seu custo apropriados as Despesas de
manutenção. Peças e material de consumo e manutenção deverão ser controlados no Estoques
do Ativo Circulante e a medida em que forem utilizados ou consumidos, tais requisições
devem ser apropriadas como despesas de manutenção ou ao custo da produção e não ativados.
Exemplos: peças de pouca duração, óleo, graxas, etc.

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2.1.1.10)- MARCAS, DIREITOS E PATENTES INDUSTRIAIS – Normalmente essa conta
possue valores pequenos, comparativamente com as demais contas do Imobilizado, pois
envolve Ativos Intangíveis, englobando os gastos com Registro de Marcas, Nomes, Invenções
Próprias, além de desembolsos a terceiros por contratos de Uso de Marcas, Patentes ou
Processos de Fabricação (Tecnologia).(Art.325 inciso I, RIR)

2.1.1.11)- FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO – São classificados nesta conta os


custos acumulados relativos a Projetos de Florestamento e Reflorestamento de propriedade da
Empresa. Os projetos liderados pela Sociedade, como Sócio-Ostensiva, em conjunto com
outros acionistas, deve ter toda a contabilização do Projeto à parte, de acordo com os critérios
próprios. Sua Exaustão e calculada em relação a sua vida útil. (Art.328 RIR)

2.1.1.12)- DIREITOS SOBRE RECURSOS NATURAIS - Engloba contas relativas aos


custos incorridos na obtenção de Jazidas: Minérios – Pedras Preciosas e Similares. O valor de
custo da jazida, quando a área é de propriedade da Empresa, deve ser destacado á parte no
Balanço. Sua Exaustão e calculada em relação a sua vida útil. (Art.330, RIR)

2.1.1.13)- BENFEITORIAS EM PROPRIEDADES DE TERCEIROS – São classificadas


nesta conta as construções e melhoramentos em Terrenos arrendados de terceiros e as
Instalações e outras Benfeitorias em Prédio ou Edifício alugado, sejam de uso Administrativo
ou de Produção. Somente deverão ser incluídos os gastos que se incorporam ao imóvel
arrendado ou alugado e que segundo contrato estabelecido devam reverter a favor do
Proprietário do mesmo ao final da Locação ou Arrendamento. Sua Depreciação deve ser
efetuada em função de sua vida útil estimada ou no período da vigência do contrato, dos dois
o menor. Tem havido discrepância de critérios quanto a sua classificação, já que algumas
Empresas preferem classifica-las no Ativo Diferido e efetuam sua Amortização da mesma
forma. Entretanto, tratando-se de Bens efetivos e que se destinem a Atividade Objeto da
Empresa, devem ser computados no Imobilizado Por outro lado, se a Empresa incorrer em
outros gastos, que não em Bens físicos, que mais se caracterizam como despesas, mas que
beneficiarão todo o período do Contrato, deverá registrar no Ativo Diferido em conta própria
e efetuar a Amortização(Art.325, I, RIR). Quando no caso de uma Industria, essas contas
deverão estar subdivididas para mostrar a parte da depreciação ou amortização que se
transformará em Custo do Produto e ou Despesas Operacionais.

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2.1.2)- BENS EM ANDAMENTO

2.1.2.1)- BENS EM USO NA FASE DE IMPLANTAÇÃO – Durante a fase pré-operacional


da Empresa os bens relativos ao desenvolvimento do Projeto, devem ser classificados nessa
conta. Tais bens, por exemplo, seriam: Instalação do Escritório Administrativo, seus Móveis e
Utensílios, Veículos e Outros. Por estarem em uso deverão ser depreciados normalmente e a
sua contra –partida deverá ser computada na Conta de Gastos de Implantação Pré-Operacional
no ATIVO DIFERIDO para posterior Amortização quando do funcionamento da
Empresa.(Art.325,II,RIR).

2.1.2.2)- CONSTRUÇÕES EM ANDAMENTO – Deverão ser controladas em Conta


Individual por local e unidade, todos os custos incorridos no período de Construção até o
momento em concluídas e reclassificados para as Contas de Bens em Operação. Em uma
Empresa já em Operação poderão representar Obras complementares, construções de anexos,
novos depósitos e outros. Durante a fase de construção, quando se tratar de Grandes Obras
que requerem um acompanhamento de custos, pode-se segregar tal conta de Obras Civis por
etapa ou fase de Obra, a saber:
Marcação da Obra
Fundações
Laje
Estrutura
Alvenaria
Piso
Armação para Cobertura
Cobertura
Revestimento
Esquadrias
Pintura
Formas e Divisórias
Elevadores
Acabamentos
Para o melhor controle e classificação sugerem-se a abertura de Ordens de Serviço especificas
para cada fase da obra, facilitando a demonstração dos custos de Materiais e Mão de Obra
Aplicada.

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2.1.2.3)- INSTALAÇÕES EM ANDAMENTO – Nesta conta deverá ser controlado todos os
custos incorridos nas Instalações de Equipamentos de Porte e ou Equipamentos Novos
produzidos no próprio Departamento Interno de Manutenção da Empresa ou por Terceiros,
com o fornecimento de materiais e Mão de Obra Interna ou Externa controlados por Ordens
de Serviços especificas para cada bem, sendo posteriormente ativados nas Contas respectivas
de Bens em Operação.

2.1.2.4)- IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO – BENS DO IMOBILIZADO – Essa conta


registra todos os gastos incorridos relativos aos Equipamentos, Maquinas, Aparelhos e outro
Bens importados até a sua chegada, desembaraço, transporte e recebimento pela Empresa.
Neste momento, se for necessário, poderá ser transferido para a conta de Instalação em
Andamento até a sua conclusão e posteriormente ativada em conta de Bens em Operação,
caso contrário, deverá ser ativada diretamente da conta de Bens em Operação na data de sua
entrada em funcionamento.

2.1.2.5)- ADIANTAMENTO PARA INVERSÕES FIXAS - Registra os adiantamentos a


Fornecedores por conta do fornecimento sob encomenda de bens do Imobilizado, que
representem pagamentos por conta de um valor previamente contratado. Comumente isso
ocorre com grandes Equipamentos e Maquinas, Elevadores, Pontes Rolantes e outros
similares ou, ainda, como adiantamento a Empreiteiras de Obra Civis, etc. Essa conta sofre
reajustes contratuais e deverá ser controlada em contas Individuais por Contrato. Quando do
Recebimento do Bem ou do início da Construção em Andamento, debita-se a correspondente
conta do Imobilizado pelo seu valor total, baixando-se esta conta e caso houver saldo a pagar
deverá ser registrado no Passivo Exigível.(vide item 9 – Leasing=Valor Residual).

2.1.2.6)- ALMOXARIFADO DE INVERSÕES FIXAS – Registra todos os materiais e bens


da Empresa que se destinem á aplicação do Imobilizado. Havendo na Empresa uma
Construção ou Instalação em andamento os mesmos são controlados por um Almoxarifado na
sua aquisição e emitem Requisições quando solicitados pelo Departamento de Manutenção.

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3)- CONTROLES BÁSICOS

3.1) – REGISTRO INDIVIDUAL DE BENS – Além das contas de controle, devem ser
mantidos registros individuais para cada unidade de propriedade que compõem os elementos
do Ativo Imobilizado. A manutenção do Registro Individual do Bem é essencial para:
3.1.1)- Possibilitar a identificação do Valor de Aquisição (Original), Custo Corrigido e
Acréscimos posteriores, bem como o valor da respectiva Depreciação s/valor Original –
s/valor Corrigido, Amortização e Exaustão no caso de bens a serem baixados.
3.1.2)- Prover bases para cálculos e apropriação de despesas de Depreciações por Centro de
Custos.
3.1.3)- Prover informações para efeito de política de Capitalização e Substituição (Controles
Técnicos), cobertura de Seguros, etc.
3.1.4)- Manter adequado controle Físico e Contábil sobre os Bens registrados no Ativo
Imobilizado, podendo os mesmos ser: Manuais – no caso de Empresas com um numero
relativamente pequeno de itens, ou podem ser mantidos através de Processamento de Dados
ou outro Sistema no caso de grande quantidade de itens a serem controlados.

3.2)- CONTROLES
3.21)- POR LOCALIZAÇÃO – Quando a Empresa tiver varias Unidades de Produção,
Administração e Comercialização, e mesmo que tenha sua Contabilidade Centralizada, deverá
possuir agrupamentos de Contas por Local, o que inclusive facilita a segregação da
Depreciação para fins de custeio por Unidade.

3.2.2)- POR ATIVIDADES OU FUNÇÕES – Mesmo que tenha toda Produção num só local,
poderá ser feita na Própria Contabilidade e na Indicação constante da Ficha Individual de
Controle, a segregação em Sub-contas por Departamento – Seção ou Linha de Produção para
fins de Controle e alocação das Depreciações nas áreas de Produção, Administração ou
Comercial.

3.2.3)- POR NECESSIDADES INTERNAS DE TERCEIROS – Os bens segregados a


Projetos ou Financiados por Entidades ou Agencias, tais como: BNDE – BID – SUDAN –
SUDENE – FINAME e outros, que exigem o Controle Contábil por sub-contas específicas.

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3.2.4)- POR EXIGÊNCIAS FISCAIS – Em consideração a atual legislação do Imposto de
Renda, a qual determina que a escrituração deve ser mantida de forma que os bens do
Imobilizado sejam agrupados em Contas distintas segundo a sua Natureza e segundo as taxas
anuais de depreciações a eles aplicáveis, nesse sentido o Plano de Contas pode ter, por
exemplo:
Veículos Normais – Depreciação de 20% ao ano
Veículos Fora de Estrada – Depreciação de 25 % ao ano.

3.2.5)- INVENTARIO FÍSICO E CONTÁBIL – Modelo – Anexo 33


3.2.6)- FICHA CONTROLE INDIVIDUAL - Modelo – Anexo 36-a/b
3.2.7)- FORMULÁRIO – MOVIMENTAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO –Modelo-Anexo
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4)- DEPRECIAÇÃO – EXAUSTÃO E AMORTIZAÇÃO

4.1)- CONCEITOS

4.1.1)- LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA – Com exceção de Terrenos e de alguns outros itens,


os elementos que integram o Ativo Imobilizado possuem um período limitado de vida útil.
Dessa forma, o custo de tais ativos deve ser alocado aos exercícios beneficiados pelo seu uso
no decorrer de sua vida útil. O artigo 183, p.2. da Lei 6404/76, estabelece que:

A diminuição de valor dos elementos do Ativo Imobilizado será registrada periodicamente


nas contas de:

4.1.1.1)-DEPRECIAÇÃO quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto Bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.

4.1.1.2)-AMORTIZAÇÃO quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na


aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros com existência
ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam Bens de utilização por prazo legal ou
contratualmente limitado.

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LCCAIAN33 Anexo-33
EMPRESA: N.CONTROLE
CONTABILIDADE - ATIVO IMOBILIZADO ATUAL
FICHA DE INVENTÁRIO FISICO E CONTÁBIL ANTIGO
01)-DADOS DO ITEM
DESCRIÇÃO

MATERIAL MARCA MODELO

TIPO N.SERIE ANO FABR

PROCEDENCIA CATALOGO REF CAPACIDADE

DIMENSÕES AREA 0CUPADA M2 VOLUME M3

SUPERFICIE M2 VOLTAGEM AMPERAGEM

CICLAGEM ROTAÇÃO P/MIN FASES

ISOL.CLASSE REGULAGEM CÓDIGO

VAZÃO M3/H ALT.MANOM(M/CA) PRESSÃO

ALIMENTAÇÃO VEDAÇÃO REDUÇÃO

OUTRAS

CONDIÇÕES DE USO: BOA: REGULAR: PÉSSIMA:


EQUIPAMENTOS/INSTRUMENTOS AUXILIARES:
DESCRIÇÃO: N.CONTROLE:
DESCRIÇÃO: N.CONTROLE:
DESCRIÇÃO: N.CONTROLE:

02)-ORIGEM
FORNECEDOR LOCAL

FABRICANTE LOCAL

PEDIDO N. ºS.N. N.FISCAL N.

DATA IMPORTAÇÃO/DI/GI/N. MOEDA

LANÇAMENTO N. DATA CONTA

VALOR AQUISIÇÃO R$ US$


MATERIAIS/INSTALAÇÃO R$ US$
MÃO OBRA/INSTALAÇAOR$ US$
OUTRAS R$ US$
TOTAL ATIVADO R$ US$

03)-LOCALIZAÇÃO

DIVISÃO DEPARTAMENTO SEÇÃO


LINHA DE PRODUÇÃO PRODUTO LOCAL
EFETUADO POR REVISADO POR SUPERVISÃO
*** ***
LCCAIAN36 Anexo36
EMPRESA: NUMERO/CONTROLE
CONTABILIDADE - ATIVO IMOBILIZADO Atual
FICHA DE CONTROLE ANALITICA Antigo

DESCRIÇÃO PRINCIPAL:

CARACTERISTICAS COMPLEMENTARES:

DIVISÃO

EQUIPAMENTOS/INSTRUMENTOS AUXILIARES N.CONTROLE DEPT.

Fornecedor Local
Fabricante Local
Importação Pedido ºS. N.fiscal Data
Lançamento Data Conta SubConta Moeda SEÇÃO

COMPOSIÇÃO R$ CONVERSÃO/ORTN US$ OUTRA MOEDA


Valor Aquisição
Materiais/Instalação
Mão Obra/Instalação
Outras
TOTAL ATIVADO

LOCALIZAÇÃO
MOVIMENT C.CUSTO DATA DOCUMENT OBSERVAÇÕES CONDIÇÕES DE USO LINHA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
*** ***
LCCAIAN36B Anexo36B
DEMONSTRATIVO DE BAIXA
REGISTRO DAS CORREÇÕES MONETARIAS Data Aquisição/Instalação
ORTN VALOR CORRIGIDO VALOR CORRIGIDO CORREÇÃO MONETARIA Valor Total-R$
ANO VALOR-R$ ATUAL-R$ ANTERIOR-R$ DO EXERCICIO-R$ Valor Base ORTN -R$
Quantidades ORTN
US$ taxa R$ valorR$
Taxa Depreciação %aa Duração anos
Num.meses Depreciação
Deprec.Anual ORTNs
Deprec.Mensal ORTNs

Conta Imob
Conta Res Deprec
Conta Resultado
Imobilizado N.:

Motivo Baixa
Data Doc. ValorR$

APUR VR RESID R$ US$ ORTN


Vr Corrigido
Fundo Deprec
Vr.Residual

ºR.T.N. VALORES EM R$ VALORES EM US$ %


DEPRECIAÇÃO VALOR D.NORMAL D.CORRIGID C.MONET ENCARGOS DEPRECIAÇÃO DEPRECIAC
ANO EXERCICIO ACUMULAD R$ EXERCICIO ATUAL EXERCICIO EXERCICIO EXERCICIO ACUMULAD TOTAL OBSERVAÇÕES

*** ***
LCCAIAN15 Anexo-15
EMPRESA : Transferencia NUMERO : 00.000
CONTABILIDADE - ATIVO IMOBILIZADO Obsolência
COMUNICAÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO DE ITENS Venda
Destruição

NUMERO DE PARA
DESCRIÇÃO DETALHADA DO ITEM CÓDIGO DE Divisão Linha Setor
CONTROLE Setor Divisão Linha

Motivos:

TRANSFERENTE ACOMPANHAMENTO RECEBEDOR

Supervisor Data Manutenção Data Supervisor Data

Gerente Data Ativo Imobilizado Data Gerente Data

1a.Via-Ativo Imobilizado 2a.Via-Recebedor 3a.Via-Transferente


*** ***
4.1.1.3)-EXAUSTÃO quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de
Direitos cujo objeto sejam Recursos Minerais ou Florestais, ou Bens aplicados nessa
exploração.(Art.330 à 334, RIR).

Conforme a Lei das S. ª, como se verifica, a Depreciação a ser contabilizada deve ser a que
corresponde ao desgaste efetivo pelo Uso ou Perda de sua Utilidade, mesmo por ação da
natureza ou Obsolescência.

4.1.2)- LEGISLAÇÃO FISCAL - No entanto, a tendência de um numero significativo de


Empresas é simplesmente adotar taxas admitidas pela Legislação Fiscal. Os artigos 305 à 323,
livro 2, parte 2 do Decreto 3.000/99, RIR, definem os critérios básicos de Depreciação. As
taxas anuais de Depreciação normalmente admitidas pelo Fisco para uso normal dos Bens em
um turno de oito horas diárias constam, todavia, de publicações à parte, da Secretaria da
Receita Federal, sendo, sumariamente, as seguintes:

BENS TAXA ANUAL VIDA ÚTIL/ANOS


Edifícios 4 % 25
Maquinas Equipamentos 10 % 10
Instalações 10 % 10
Móveis e Utensílios 10 % 10
Veículos 20 % 5
Equipamentos Proc.Dados 20 % 5

O Fisco admite ainda que a Empresa adote taxas diferentes de Depreciação, desde que
suportadas por Laudo Pericial do Instituto Nacional de Tecnologia ou de outra Entidade
Oficial de Pesquisa Cientifica ou Tecnológica (art.310 p.2, RIR). Caso a Empresa adotar taxas
menores de Depreciação, logicamente para o Fisco não haverá problemas.
A mesma legislação ( art. 312 do RIR) admite ainda, à opção da Empresa, uma aceleração na
Depreciação dos Bens móveis, em função do numero de horas diárias de operação, como
segue:
TURNOS COEFICIENTE
Um turno de 8 horas 1,0
Dois turnos de 8 horas 1,5
Três turnos de 8 horas 2,0

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Assim se a Empresa trabalha normalmente 8 horas diárias, a taxa admitida de Depreciação de
Máquinas é de 10% ao ano. Caso trabalhe em dois turnos (8x2=16) horas poderá utilizar a
taxa de 15% ao ano e no caso de trabalhar em três turnos (8x3=24) horas a taxa admitida será
de 20% ao ano.

4.1.3)- CRITÉRIO CONTÁBIL A ADOTAR – Verificamos anteriormente os critérios


básicos da Lei das S. A e os da Legislação Fiscal. Para fins contábeis, porém, não se deve
simplesmente aceitar e adotar as taxas de Depreciações fixadas como máxima pela Legislação
Fiscal, ou seja, deve-se fazer uma analise criteriosa dos Bens da Empresa que formam o seu
Imobilizado e estimar sua vida útil, considerando suas características técnicas, condições
gerais de uso e outros fatores que podem influenciar na sua vida útil e que poderá ser definida
como DEPRECIAÇÃO TÉCNICA.

Como conseqüência, quando determinado Bem ou classe de Bens tivesse vida útil provável
diferente da permitida Fiscalmente, dever-se-ia adotar a vida útil estimada como base para
registro da Depreciação na Contabilidade, e a diferença entre tal Depreciação e a aceita
Fiscalmente seria lançada no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. Esta forma,
todavia não tem sido aceita pelo Fisco. De fato, de acordo com suas interpretações em
Pareceres e Instruções Normativas, somente podem ser deduzidas para fins Fiscais as
despesas que tenham sido assim registradas na Contabilidade, porém, nada impede que as
Empresas mantenham um Controle Paralelo para Instruções ao seu Departamento Técnico e
Diretivo a Depreciação Técnica para melhor acompanhamento da situação geral dos Bens
Imobilizados, isto acontece com as Empresas de origem Européia.
Essa imposição Fiscal não gera maiores problemas quando se adota uma Taxa de Depreciação
na Contabilidade inferior à admitida pelo Fisco, porém, somente será dedutível tal valor
menor registrado da Depreciação.Por outro lado, se a Empresa concluir que um determinado
Bem tem vida útil menor do que a normalmente admitida pelo Fisco, e não puder contornar tal
problema através de Laudo Pericial junto ao Fisco, não poderá deduzir o seu valor total, para
fins fiscais. Nesse caso, registra contabilmente o valor maior de Depreciação e o excedente ao
valor admitido é ajustado e através do LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. No que
diz respeito à Exaustão deve-se entender que os Bens aplicados nessa exploração são os que
estão sendo utilizados de tal forma que não terão normalmente utilidade fora desse
empreendimento. È o caso das esteiras ou outros sistemas de transporte de minério, de
determinados equipamentos de extração, etc; que só têm valor à medida que a jazida é

15
explorada. Se forem Bens de vida útil é inferior ao tempo previsto de exploração, deverão ser
transformados em despesas nesse prazo menor. E se tiver vida útil superior, podendo ser
utilizados em outros lugares após o término da exploração da atividade onde se encontram, só
deverão ser baixados pela diferença entre o valor de custo e o valor residual previsto para o
fim da primeira atividade, de forma que uma parte do valor de aquisição seja jogada naquela
outra utilidade posterior.
No caso da Amortização, há que se comentar que só se amortizam os Imobilizados cujos
valorem se reduzem ao longo do tempo. Por exemplo, se uma Marca é considerada de grande
valor, a Empresa faz tudo para mantê-la válida jurídica e economicamente, e o consegue, não
há razão para amortizá-la, sendo também válida para outros Ativos, como é o caso do Ágio de
Fundo do Comércio dos Investimentos.
No caso de Benfeitorias em Propriedades de Terceiros, a Amortização deve ser pelo prazo
contratual, a não ser que a benfeitoria tenha vida útil menor que tal prazo. Nesta última
situação temos, na verdade, uma Depreciação.

4.1.4)- BASE DE CÁLCULO – A base de cálculo da Depreciação, Exaustão ou Amortização


será:
4.1.4.1)- Custo Original (Histórico)
4.1.4.2)- Custo Corrigido, assim entendido o custo original ajustado pelas Correções
Monetárias.
4.1.4.3)- Custo Reavaliado decorrente das novas avaliações efetuadas no Ativo Imobilizado.
Deve-se observar que a técnica contábil estipula que o VALOR RESIDUAL do Bem deve ser
computado como dedução do seu valor total para determinar o Valor-Base de cálculo da
Depreciação. Todavia, na prática, esse procedimento não tem sido muito adotado, já que é
bastante difícil estimar o Valor Residual, principalmente numa Economia Inflacionária.

4.1.5)- ESTIMATIVA DE VIDA ÚTIL E TAXAS – Uma dificuldade associada ao cálculo da


Depreciação é a determinação do período de vida útil do Ativo Imobilizado. Além das causas
físicas decorrentes do desgaste natural pela ação de elementos da natureza, a vida útil é
afetada por fatores funcionais, tais como a Inadequação e o Obsoletismo, resultantes do
surgimento de substitutos mais aperfeiçoados.

16
4.1.6)- MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO – Existem vários métodos para calcular a
Depreciação. Os mais tradicionalmente utilizados são:

4.1.6.1)- MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES – A Depreciação por este método é


calculada dividindo-se o valor a ser depreciado pelo tempo de vida útil do bem, e é
representada pela seguinte forma:

Custo Original (histórico)


Custo Corrigido
Custo Reavaliado (-) Valor Residual
Depreciação Anual = ____________________________
Numero de anos de vida útil
Este método, devido à sua simplicidade, é utilizado pela grande maioria das Empresas. Como
ilustração, vamos tomar o seguinte exemplo hipotético:

Custo Original(Histórico) do Bem = R$ 5.000,00


Vida útil estimada = 5 anos
Não há valor residual estimado

Depreciação = 5.000,00 / 5 = 1.000,00/ano


ou
5.000,00x 20% = 1.000,00 ao ano / 12 = 83,33 ao mês

4.1.6.2)- MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DOS ANOS – Este método é calculado como
segue: Somam-se os algarismos que compõe o numero de anos de vida útil do bem. No
exemplo anterior, teríamos: 1+2+3+4+5= 15
A Depreciação de cada ano é uma fração em que o denominador é a soma dos algarismos,
conforme obtido na soma anterior, e o numerador é:
Para o primeiro ano (n)
Segundo (n-1)
Terceiro (n-2)
E assim por diante, onde n = número de anos de vida útil.

17
ANO FRAÇÃO DEPRECIAÇÃO ANUAL
1 5/15=0,33X5.000,00 = 1.666,67
2 4/15=0,27X5.000,00 = 1.333,33

3 3/15=0,20X5.000,00 = 1.000,00
4 2/15=0,13X5.000,00 = 666,67
5 1/15=0,06X5.000,00 = 333,33
_______
5.000,00
Este método proporciona quotas de depreciação maiores no início e menores no fim da vida
útil. Permite maior uniformidade nos custos, já que os Bens, quando novos, necessitam de
pouca manutenção e reparos. Com o passar do tempo, os referidos encargos tendem a
aumentar. Este crescimento das despesas de manutenção e reparos seria compensado pelas
quotas decrescentes de depreciação, resultando em custos globais mais uniformes, conforme
demonstrado graficamente:

Gráfico:

V
A Depreciação Manutenção e Reparos
L
O
R
1 2 3 4 5

VIDA ÚTIL

4.1.6.3)- MÉTODO DE UNIDADES PRODUZIDAS – Este método é baseado numa


estimativa do numero total de unidades que devem ser produzidas pelo bem a ser depreciado,
sendo que a quota anual de depreciação é expressa pela seguinte fórmula:

Numero de unidades produzidas no ano X


Quota de Depreciação Anual= ________________________________
Numero de unidades estimadas a serem
Produzidas durante a vida útil do bem

O resultado da fração acima representará o percentual de depreciação a ser aplicado no ano X.

18
4.1.6.4)- MÉTODO DE HORAS DE TRABALHO – Baseia-se na estimativa de vida útil do
bem, representada em horas de trabalho, e é expresso pela seguinte fórmula:

Numero de horas de trabalho no período Y


Quota de Depreciação = ________________________________
Numero de horas de trabalho estimadas
Durante a vida útil do Bem

Outros métodos existem, como o exponencial, e podem ser verificados em obras específicas.

4.1.7)- REGISTRO CONTÁBIL DA DEPRECIAÇÃO – O lançamento contábil para registrar


a Depreciação é o seguinte:

Débito – Despesas de Depreciação (Despesas Operacionais/Adm/Vendas)


Ou
Despesas de Depreciação (Custo de Produção)
Crédito - Depreciação Acumulada (Original/C.Monetária/Reavaliação)

Este lançamento registra um débito às contas de Despesas Operacionais ( bens alocados na


Administração ou Vendas) do período ou Custos se os bens forem utilizados na Produção, e
um crédito à conta de Depreciação Acumulada sobre os valores Originais, Corrigidos
Monetariamente ou Reavaliados, que é uma conta credora redutora dos Ativos Imobilizados e
que demonstram o total da Depreciação acumulada até a data do Balancete e ou Balanço.

4.1.8)- EXAUSTÃO – Ela objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante o período
em que tais recursos são extraídos ou exauridos. O método de cálculo de exaustão, que deve
ser utilizado para fins contábeis, é o método de unidades produzidas (extraídas). De acordo
com este método, deve-se estabelecer a porcentagem extraída de minério no período em
relação a possança total conhecida da mina. Tal porcentual é aplicado sobre o Custo de
Aquisição ou Prospecção, corrigido monetariamente, dos recursos minerais explorados (vide
4.1.3). È necessário não confundir aqui Exaustão Contábil com Exaustão de Incentivo Fiscal.

19
De fato, a legislação do Imposto de Renda admite como dedutível 20% da Receita de
Exploração conforme art.331 do RIR. Assim temos como exemplo:

- Valor contábil (corrigido) das Jazidas R$ 50.000,00


- Exaustão acumulada até o exercício precedente 15.000,00
- Estimativa total de minérios da Jazida (Possança) 100.000 t
- Extração neste exercício 10.000 t
- Receita pela extração no exercício 60.000,00

O cálculo da despesa de exaustão (contábil) poderá ser:

10.000 t / 100.000 t = 10%

* Exaustão Contábil = 10% sobre 50.000,00 = 5.000,00


* Exaustão Dedutível = 20% sobre 60.000,00= 12.000,00
________
* Exaustão Incentivada = Diferença = 7.000,00

Pelo que foi demonstrado, na Contabilidade dever-se-á registrar como despesa do ano, a titulo
de exaustão, somente a exaustão física efetiva de R$ 5.000,00. Como o Fisco admite, porém, a
dedução de R$ 12.000,00, a diferença de R$ 7.000,00 deverá ser também contabilizada
conforme art.333 do RIR, mas não na conta de Exaustão Acumulada (Redutora do
Imobilizado), e sim em conta especial de Reserva de Lucros, que somente poderá ser utilizada
para absorção de Prejuízos ou Incorporação ao Capital Social. Apenas que o débito dessa
exaustão incentivada de R$ 7.000,00 deve ser na conta de Lucros Acumulados, como uma
apropriação de Lucros e não como Despesas. Nesse caso, para fins fiscais far-se-á um ajuste
no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real, já que esse valor é dedutível, apesar de não
ter entrado como despesa no ano.

20
5)- BAIXAS DOS BENS

5.1)- RETIRADAS – Os itens baixados do Ativo Imobilizado em decorrência de sua


Alienação, Liquidação, Perecimento, Extinção, Desgaste, Obsolescência ou Exaustão,
deverão ter seus valores contábeis baixados das respectivas contas do Ativo Imobilizado.
O registro contábil envolve os seguintes lançamentos:
A)-Créditos para as contas do Ativo Imobilizado:
Valor Original (Histórico)
Valor das Correções Monetárias efetuadas
Valor das Reavaliações efetuadas
- Contrapartida = Conta de Resultado

B)-Débitos para as contas Redutoras do Ativo Imobilizado


Depreciação do Valor Original
Depreciação das Correções Monetárias
Depreciação das Reavaliações
-Contrapartida = Conta de Resultado

C)- Valor Residual = Diferença dos valores A (-) B


Exceto nas Alienações, este valor deverá sempre apresentar Prejuízo nas demais.
Baixas, salvo se o item estiver totalmente depreciado.

D)- Valor da Venda (no caso de Alienação)


Débito = Conta de Resultado
Crédito = Disponível

Exemplo Prático:
Um Maquinário adquirido em Janeiro de 1991 e Alienado em Dezembro de 1995 com taxa
anual de Depreciação de 10%.

Valor Original (Histórico) R$ 10.000,00


Valor da Correção Monetária realizada 2.500,00
Valor da Reavaliação realizada 2.500,00
= Custo Corrigido Total............................................. 15.000,00

21
Cálculo da Depreciação realizada: R$ 10.000,00 x 10% = R$1.000,00 por ano /12 = 83,33 por
mês x 60 meses (5anos x 12 meses) = R$ 5.000,00

Valor da Depreciação s/Vr.Original R$ 5.000,00


Valor da Depreciação s/C.Monetária 1.250,00
Valor da Depreciação s/Reavaliação 1.250,00
= Total da Depreciação Acumulada(=50%) 7.500,00

Valor da alienação R$ 8.000,00

Contabilização da Baixa:

CONTAS DÉBITOS CRÉDITOS C.RESULTADO

Valor Original 10.000,00


Valor da Correção Monetária 2.500,00
Valor da Reavaliação 2.500,00 15.000,00
Valor da Depreciação s/Vr.Original 5.000,00
Valor da Depreciação s/C.Monetária 1.250,00
Valor da Depreciação s/Reavaliação 1.250,00 (7.500,00}

Totais 7.500,00 15.000,00

Valor Residual 7.500,00

Valor da Alienação (8.000,00)

Resultado Positivo na Baixa do Imobilizado (Lucro) (500,00)

5.2)- DEMONSTRATIVO ANALITICO P/ BAIXAS – Modelo – Vide Anexo 36b

6)- CORREÇÕES MONETÁRIAS


6.1)- HISTÓRICO – A Correção Monetária Legal é a atualização dos valores defasados no
decorrer do tempo, portanto, sempre que houver inflação é necessário utilizá-la. Todas as

22
vezes que deparamos com fatos novos é sempre interessante examinarmos o assunto
rememorando as instituições do passado para que tenhamos uma visão global das causas e
objetivos da inovação. No tocante ao tema em questão faremos um ligeiro retrospecto. No
Brasil, muito antes de 1958 já se fazia Correção Monetária do Balanço, evidentemente em
esquemas diferentes dos atuais. A Lei 3.470 de 28/11/1958 em seu art.57; Lei 4239 de
27/06/1963 art.17; regulamentada pelo Decreto 55779 de 29/10/1963.

Em 1964 a Lei 4357 de 16/07/1964 com a introdução da Correção Monetária do Ativo


Imobilizado em caráter compulsório, instituiu a OTN- Obrigação do Tesouro Nacional,
visando corrigir as distorções que a queda do poder aquisitivo da moeda trazia para a
economia pública e privada em conseqüência da inflação, que dentre muitas providências
tornou obrigatória a Correção nas Empresas, sendo regulamentada pelo Decreto 54145 de
19/08/1964. Em seguida o antigo Departamento do Imposto de Renda baixou a Ordem de
Serviço DIR-19 de 14/09/1964, disciplinando as normas de procedimento para a mesma,
inclusive com a provação de diversos formulários próprios para esse fim, a partir de
Outubro/64. O Imposto de renda era devido na razão de 5% sobre o resultado da Correção ou
10% em aquisição de OTN pra vencimento em 5 anos. Essa Correção foi obrigatória em 1964,
1965 e 1966, passando a ser facultativa a partir de 1967.

No regime vigente até o exercício de 1973, inclusive, a Correção obedecia, basicamente aos
seguintes princípios:
a)- Corrigia-se o Valor Original do bem pela aplicação do coeficiente de correção
do ano de sua aquisição.
b)- Ao mesmo tempo eram corrigidas as quotas de depreciações, ou amortizações
desse mesmo bem, pela aplicação dos coeficientes relativos aos anos de sua respectiva
contabilização .
c)- A diferença entre as importâncias apuradas, nas alíneas “a” e “b” acima,
constituía o resultado da Correção, e esse resultado, se não fosse absolvido para compensar as
parcelas autorizadas por Lei, era contabilizado como Reserva de Correção do Ativo, utilizável
para aumento de Capital.

Em 1974 com a promulgação do Decreto-Lei 1302 de 31/12/1973, voltou a ser obrigatória e


o Calculo da Reserva para Manutenção do Capital de Giro. O sistema corretivo do
Imobilizado sofreu substanciais modificações. Essa modificação consistiu, basicamente, em

23
corrigir defeito do sistema anteriormente vigente, de tal forma que a Depreciação das
Correções Monetárias mantivesse, em termos de percentagens, a mesma proporção existente
entre o Valor Original e a sua Depreciação. Portanto, de conformidade com o D. Lei acima, à
parte de Correção do Valor Original do bem não foi alterada; procurou-se adotar um sistema
todo especial na parte do ajuste das Depreciações ou Amortizações no momento da Correção,
de tal forma que estabelecesse a mesma proporção do original e da depreciação do valor
corrigido. Para por em pratica os objetivos, a Secretaria da Receita Federal baixou a Instrução
Normativa SRF-17 de 12/03/1974 através da qual deu todas as instruções de procedimentos e
modelos de formulários para a feitura da Correção. Este critério vigeu nos Exercícios de 1974
a 1977, inclusive.

O Decreto-Lei 1598 de 26/12/77 nos seus artigos 39 a 57 regulou, para efeitos fiscais, o novo
regime de Correção Monetária do Balanço, instituído pela Lei das Sociedades Anônimas em
seu artigo 185, que preconizou a correção simultânea do Ativo Permanente, do Patrimônio
Líquido e a inclusão no Lucro do saldo das contrapartidas dessas correções. As principais
inovações desse novo regime de Correção Monetária podem ser resumidas nas seguintes:

a)- O reconhecimento dos efeitos da inflação sobre o Patrimônio e os resultados das


Empresas no próprio Balanço do Exercício; no regime anterior, a correção do Capital de Giro
da Empresa era registrada no Balanço, mas a Correção do Ativo Imobilizado era feita somente
no Balanço subseqüente;

b)- A Correção, separadamente, do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido, e a


transferência para a conta de Resultado do Exercício do saldo das contrapartidas dessas
correções; no regime anteriormente vigente, a contrapartida da Correção do Capital de Giro
era computada na conta de Resultados do Exercício, mas a contrapartida da Correção do
Ativo Imobilizado era registrada como Reserva de Capital;

c)- A Correção dos acréscimos ao Ativo Permanente ocorridos no próprio período do


Balanço a corrigir; na legislação anterior, esses acréscimos eram corrigidos no Exercício
Subseqüente;

24
d)- O Registro da Correção nas próprias contas corrigidas; no regime anterior, as Correções
das contas do Imobilizado eram mantidas destacadamente do valor original, e as contas do
Patrimônio Líquido não eram corrigidas, porque a Manutenção do Capital de Giro Próprio e a
Contrapartida da Correção do Imobilizado eram utilizadas para constituir novas reservas, sem
modificação dos saldos das contas do Patrimônio Liquido corrigido;

e)- A Correção de todos os bens do Ativo Permanente e não apenas do Ativo Imobilizado;

f)- A adoção do Valor Nominal da ORTN como padrão para a Correção Monetária dos
valores do Balanço.

O Decreto-lei acima mencionado regulou dois métodos de Correção Monetária das contas do
Balanço:

1)- Com base em Razão Auxiliar, no qual as contas a corrigir são escrituradas usando como
unidade de conta o Valor Nominal de uma ORTN (arts. 42 a 46);

2)- Mediante Correção Direta dos Saldos das Contas (arts. 47 a 50);

Os dois métodos acima referidos conduzem ao mesmo resultado. O primeiro oferece mais
segurança contra erros de cálculos, mas como exige a escrituração de Livro Auxiliar e
somente se justifica em Empresas de maior porte, é obrigatório apenas para as Companhias
Abertas e Pessoas Jurídicas com Patrimônio Líquido de valor superior a Cem Milhões de
Cruzeiros (art.40 p.2). Entretanto a adoção deste Livro Auxiliar em ORTN é facultada a
qualquer pessoa Jurídica que queira utiliza-lo.
A nova sistemática de Correção Monetária conduz á identificação, na Conta de Resultados –
sob a forma de Saldo Credor da conta de Correção Monetária – do Lucro Inflacionado ganho
pela Pessoa Jurídica (art.52). Esse Lucro Inflacionário somente existe nas Pessoas Jurídicas
que financiam parte do seu Ativo Permanente com recursos de terceiros, e quando o aumento
desse valor dessa parte do Ativo Permanente, por efeito da inflação, é superior á Correção do
Capital de Terceiros que financia as aplicações. De acordo, todavia, com a orientação de
tributar os Ganhos de Capital apenas quando realizados, o Decreto-Lei admite o diferimento
da tributação do Lucro Inflacionário não Realizado.O Lucro Inflacionário Realizado em cada
período é estimado com base no valor dos Bens do Ativo Permanente que são baixados, das

25
quotas de Depreciação, Amortização e Exaustão computadas como custos ou despesas
operacionais do Exercício, e dos Lucros ou Dividendos de Participações Societárias.

Em 1986, na expectativa da estabilização de preços, do Plano Cruzado, a Correção Monetária


do Balanço foi revogada pelo artigo 22 do Decreto-lei 2287/86. No mesmo Decreto-lei, artigo
23, ficou determinado que, a partir de 1987, a Correção Monetária do Balanço seria feita de
outra forma.

Em 29/06/1987 veio o Decreto-lei 2341, determinando os novos critérios, porém, mantendo-


se as regras básicas de Correção Monetária do Balanço:

a)-Manteve o sistema de Correção com base nas OTN`S “pro-rata”;

b)-Revogou o sistema de Correção Direta do Saldo das Contas;

c)- Obrigou todas Empresas tributadas com base no Lucro Real, procederem a Correção no
sistema de Razão Auxiliar em OTN;

d)- Empresas com Patrimônio Líquido superior a 100.000 (cem mil) OTN`S são obrigadas a
escriturar o Razão Auxiliar em OTN mensalmente;

e)- Empresas com Patrimônio Líquido abaixo desse limite, poderão escriturá-lo
anualmente;

f)- As contas corrigíveis são do Ativo Permanente e do Patrimônio Líquido, e as Empresas


Imobiliárias corrigem, também, os imóveis em Estoque que estão no Ativo Circulante;

g)- A realização do Lucro Inflacionário deverá ser de, no mínimo, 10% ao ano;

26
h)- O período de apuração do Imposto passa a ser 31 de Dezembro, independentemente da
data do encerramento do Exercício Social;

i)- Os dividendos distribuídos por conta de Lucros do Próprio Exercício deverão ser
registrados como Conta Retificadora de Lucros Acumulados e Corrigidos Monetariamente;

j)- Os bens do Ativo Permanente baixado durante o exercício, deverão ser corrigidos até a
data da baixa;

k)- Os Balanços Societários levantados em data diferentes de 31 de Dezembro, serão


considerados Balanços Intermediários para fins fiscais;

Obrigatoriamente, serão corrigidas as contas do Ativo Permanente, Patrimônio Líquido e dos


Imóveis á Venda (Empresa Imobiliária), bem como as contas Retificadoras desses grupos:

ATIVO PERMANENTE
Investimentos
(-) Provisões

Imobilizado
(-) Depreciações

Diferido
(-) Amortizações

27
ATIVO CIRCULANTE
Imóveis em Estoque – Empresas Imobiliárias

PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital
Reservas
(-) Capital a Realizar
(-) Ações em Tesouraria
(-) Prejuízos Acumulados

28
EXEMPLO DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO – CORREÇÃO DIRETA NO
SALDO DAS CONTAS – Revogada pelo D.Lei 2341/87

Balanço Patrimonial em 31-12-x0

ATIVO PASSIVO

Permanente Circulante 1.500


Partic.Societárias 300 Patrimônio Líquido
Máquinas 2.000 Capital 1.000
Veículos 700 3.000 Reservas de Lucros 500 1.500

Somas 3.000 3.000

- Considerando-se uma Inflação de 50% no ano x1, teremos:

LANÇAMENTOS CONTÁBEIS:
VALORES
DÉBITOS CRÉDITOS

Participações Societárias 150


Maquinas 1.000
Veículos 350
Resultado da C.M. Balanço 1.500
Somas..................................................................... 1.500 1.500
Reserva de Correção Capital 500
Reserva de Lucros 250
Resultado da C.M. Balanço 750

Somas...................................................................... 750 750

29
Balanço Patrimonial em 31-12-x1

ATIVO PASSIVO
Permanente Circulante 1.500
Partic.Societárias 450 Patrimônio Líquido
Máquinas 3.000 Capital 1.000
Veículos 1.050 4.500 Reserva de Capital 500
Reserva de Lucros 1.500 3.000
Somas............................................. 4.500 4.500

Resultado da C.M. Balanço = 1.500 (crédito) – 750 (débito) = 750 (credora).


Formação da conta Reserva de Lucros=Resultado C.M. Balanço 750 + Acréscimo Reserva de
Capital 500 + Acréscimo Reservas de Lucros 250 = 1.500

PROCEDIMENTOS

1)- Lançamentos Contábeis


Débito : Ativo Permanente
Crédito: Resultado da Correção Monetária do Balanço

Débito: Resultado da Correção Monetária do Balanço


Crédito: Patrimônio Líquido

2)- Acrescentem-se às contas do Ativo Permanente e do Patrimônio Liquido, em contrapartida


a conta de Resultado da Correção Monetária do Balanço.

3)- Saldo da Conta Resultado da Correção Monetária do Balanço:


Se devedor = Despesa dedutível
Se credor = Receita Tributável – com opção de deferimento
Do Lucro Inflacionário.

30
6.2)- A Instrução CVM 64 de 19/05/1987 regulamentou a CORREÇÃO INTEGRAL DE
BALANÇOS

6.2.1)- Enquadramento
Todas as Companhias Abertas
Com ações negociadas na Bolsa
Demonstrações financeiras a se encerrar a partir de 01/12/1987
Com Ações negociadas exclusivamente no mercado de Balcão
A partir de 1988

6.2.2)- Publicação obrigatória Demonstrações Complementares – Balanço Patrimonial –


Demonstração do Resultado do Exercício – Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido
– Doar – Notas explicativas.

6.2.3)- Ficam dispensadas de Publicação em 1987 – Demonstrações complementares


relativas ao Exercício Anterior – Demonstrações Complementares Consolidadas – Ajuste ao
Valor Presente e atualização dos itens não monetários classificados no Ativo Permanente e
Patrimônio Líquido.

6.2.4)- Ficam dispensadas de Publicação – Balanço Complementar do Exercício Atual


quando for igual ao exigido pela Lei Societária.

6.2.5)- Padrão Monetário – A Correção Integral é o Registro dos valores contábeis num único
padrão monetário que é a OTN – As Demonstrações Complementares serão publicadas em
Cruzados pela paridade da OTN na data do Balanço.

6.2.6)- Deficiências das Demonstrações Societárias – Impossível analisar a evolução dos


números – Saldos a valores Passados – Presentes e Futuros – Receitas e Despesas a Valores
Nominais – DOAR a valores históricos.

6.2.7)- Deficiência do Sistema Legal de Correção Monetária – Não correção dos Ativos não
Monetários classificados no Ativo Circulante e Realizável Longo Prazo, principalmente os
Estoques - Não correção das Receitas e Despesas da Demonstração do Resultado – Não
correção dos Resultados de Exercícios Futuros – Registro da Correção Monetária no

31
Resultado não esclarece o verdadeiro significado dos efeitos inflacionários – Classificação da
Correção Monetária fora do Resultado Operacional é inconsistente.

6.2.8)- Itens Monetários – São os elementos patrimoniais compostos pelas disponibilidades,


direitos e obrigações realizáveis ou exigíveis em moeda, independentemente de estarem
sujeitos a variações pós-fixadas ou de incluírem juros ou correções monetárias prefixadas –
Consideram-se, também como itens monetários, os Depósitos para Incentivos Fiscais e os
Empréstimos Compulsórios enquanto mantidos na forma de créditos, exemplo: Eletrobrás –
Portanto são considerados Itens Monetários, todos os valores que serão recebidos ou pagos
pelo valor expresso em moeda – Quando realizáveis ou exigíveis: Após 90 dias = serão
trazidos ao valor presente – Até 90 dias = permanece o valor constante do Balanço – Os
valores a serem pagos ou recebidos após 90 dias da data do Balanço, serão trazidos para o
Valor Presente, da data do Balanço, pela taxa de desconto representada pela média aritmética
das variações da OTN dos últimos três meses – Os valores deflacionados serão contabilizados
como Resultado Operacional, na conta Ajuste a Valor Presente de Créditos e Obrigações –
Em notas explicativas, deverão ser evidenciados os itens importantes – Se a obrigação for
oriunda de Compra de Bens do Ativo Permanente, a contrapartida será redução desse bem –
Se já vem sendo depreciado, a parte proporcional deverá ser computada no resultado – Se a
obrigação se referir a Compra de Estoques, deverá ser creditado o item do estoque
correspondente – Se não for identificável o item específico, o ajuste poderá ser feito mediante
Conta Retificadora do Estoque Global para apropriação proporcional à baixa dos Inventários.

6.2.9)- Perdas nos Itens Monetários – As perdas nos Itens Monetários serão calculados mês a
mês e registradas da seguinte forma: a)- Perdas ou Ganhos em Itens Monetários sem
rendimentos ou encargos: registro em conta de Resultado Operacional denominada Perdas
(ganhos) em Itens Monetários sem rendimentos(encargos) financeiros. a)- Perdas nos
Estoques: diretamente no CPV. c)-Perdas ou Ganhos em Itens Monetários com
Rendimentos(ou Encargos): diretamente nas contas de Receitas ou Despesas Financeiras. d)-
Ganhos sobre o Passivo de Imposto de Renda do exercício em curso, contabilizado
mensalmente: diretamente na Provisão para o Imposto de Renda, no Resultado e)- Perdas em
Itens não Monetários não Atualizados pela legislação (Despesas Antecipadas, etc.):
diretamente na conta de Resultado, onde as Despesas correspondentes estão registradas.

32
6.2.10)- Itens não Monetários – Compreendem todos os elementos que compõe: Ativo
Permanente – Patrimônio Líquido – Resultado de Exercícios Futuros – Despesas pagas
Antecipadamente – Estoques – Adiantamentos a Fornecedores e de Clientes – Todos os
Direitos e Obrigações não realizáveis ou exigíveis em moeda – Poderão ser utilizadas as
quantidades de OTN do Razão Auxiliar em OTN.

6.2.11)- Itens não Monetários classificados fora do Ativo Permanente e Patrimônio Líquido –
Se adquiridos ou fornecidos nos últimos três meses do Exercício Social: Não serão
atualizados, neste caso, as perdas monetárias apuradas mês a mês serão acrescidas ao CPV –
Se adquiridos ou fornecidos há mais de três meses: serão atualizados, com base em Controles
Auxiliares de Estoques em OTN - O controle deverá ser feito por item, somente quando isso
for impraticável, serão admitidos controles por grupos de itens homogêneos – Após a
atualização, e se necessários, deverão der constituídas Provisões para Ajustes ao Valor de
Mercado.

6.2.12)- Provisão para o Imposto de Renda Diferido – Os ajustes a Valor Presente de créditos
e obrigações e as atualizações de itens não monetários não corrigidos pela legislação,
ocasionarão diferenças entre o Lucro do Balanço e o Lucro Corrigido Integralmente – Se
houver Aumento do Lucro: Deferimento Passivo de Imposto de Renda = Classificar no
Passivo Circulante ou Exigível a Longo Prazo – Se houver Redução do Lucro: Deferimento
Ativo do Imposto de Renda = Classificar no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo –
A contrapartida é a própria conta de Provisão para o Imposto de Renda no Resultado.

6.2.13)- Notas Explicativas – Deverão divulgar: Todos os principais critérios adotados na


elaboração das Demonstrações Complementares, com menção à Deliberação CVM 64/87 –
As diferenças entre o Lucro Liquido da Escrituração Mercantil (Normal) e o Corrigido
Integralmente, deverão ser divulgadas em Nota Explicativa. Composição das Contas de
Ajuste ao Valor Presente e Ganhos ou Perdas com Itens Monetários sem Encargos
Financeiros (Duplicatas a Receber – Fornecedores). – Opção por não efetuar os Ajustes a
Valor Presente e Atualização e Itens não Monetários não Corrigidos pela Legislação,
detalhando os motivos(prazos (-)90dias-Duplicatas- Estoques- Fornecedores) – Todas as notas
já exigidas pela Legislação Societária deverão ser acompanhadas dos respectivos valores e
Moeda Constante – Quaisquer outras Nota ou Quadros que a Companhia julgar necessários
para melhor esclarecer os dados das Demonstrações Financeiras.

33
7)- REAVALIAÇÃO DE BENS

O princípio de Avaliação de Bens do Ativo Imobilizado pelo seu Custo de Aquisição,


corrigido monetariamente em decorrência da desvalorização da Moeda Nacional, pode, em
determinadas situações, não ser o mais adequado. Há ocasiões em que a avaliação de bens
pelo seu justo Valor de Mercado é desejável, tais como quando da:
7.1)- Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão;
7.2)- Elaboração de Demonstrações Financeiras refletindo valores correntes para fins
gerenciais e de credito.

7.3)- PROCEDIMENTOS PARA A REAVALIAÇÃO – Para se proceder à Reavaliação


devem ser nomeados em Assembléia três peritos, ou então uma Empresa Especializada. Estes
deverão elaborar o Laudo de Avaliação do Ativo, que pode ser de um Imóvel, de todo o
Imobilizado (incluindo equipamentos, etc.) e eventualmente Outros Ativos. Esse Laudo deve
ser bastante detalhado e fundamentado, indicando “os critérios de avaliação e os elementos
de comparação adotados” e deve, também, estar “Instruído com os documentos relativos aos
bens avaliados” conforme art.8 e 182 p.3. da Lei 6404/76. No caso de Sociedades pro Ações,
os autores do Laudo devem ainda estar presentes à Assembléia que aprovar a Reavaliação. No
caso de Outros Tipos de Sociedades, a nomeação dos peritos ou da Empresa e a aprovação do
Laudo em vez de decididas pela Assembléia Geral dos Acionistas, deverão sê-las pelo Órgão
adequado, ou seja: Reunião dos Quotistas ou da Diretoria, etc. Após tal aprovação a Empresa
poderá contabilizar a Reavaliação.

08)- CRÈDITOS DE ICMS NAS AQUISIÇÕES DE ATIVO IMOBILIZADO

08.01)- A partir de 01/11/1996 ficou assegurado às pessoas jurídicas contribuintes do ICMS o


direito de credito do referido imposto cobrado em operações nas quais resulte a entrada de
mercadorias destinadas ao Ativo Permanente, com fundamento no caput do art.20 e no inciso
III do artigo 33 da Lei Kandir (Lei Complementar n.87/1996).
Os bens do Ativo Permanente alienados antes de decorrido o prazo de 5 anos, contados da
data de sua aquisição, deverão estornar o credito do ICMS na razão de 20% por ano ou fração
que faltar para completar o qüinqüênio.
Deverá haver o estorno dos créditos escriturados, em qualquer período de apuração do
imposto, se bens do Ativo Permanente forem utilizados para Produção de mercadorias cuja

34
saída resulte em Operações Isentas ou não Tributadas ou para Prestação de Serviços Isentos
ou não Tributados
Em cada período, o montante do Estorno previsto será o que se obtiver multiplicando-se o
respectivo crédito pelo fator de 1/60 da relação entre:
A soma das Saídas e Prestações Isentas ou Não Tributadas
Eo
Total das Saídas e Prestações do mesmo período – (equiparando-se às tributadas as saídas e as
prestações com destino ao Exterior).
Equivalente à seguinte fórmula:

1/60 x I/TG
onde:
1/60 = quociente referente a cada período de apuração
I = Total de mercadorias Isentas ou Não Tributadas /
TG = Total geral das Operações e ou Prestações
Obs: O quociente de 1/60 será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso
o período de apuração seja superior ou inferior a um mês.

Exemplo de calculo do Estorno do Credito em determinado mês:


(I) = Operações Isentas ou Não Tributadas = R$24.000,00
(TG) = Total Geral das Operações e ou Prestações = R$100.000,00
Valor do Bem Adquirido = R$36.000,00
Valor do ICMS destacado a 17% = R$6.120,00
Utilização da Fórmula para Cálculo do Estorno
Fator = 1/60 x 24.000,00 / 100.000,00 = 0,004
(24.000,00 / 100.000,00 = 0,24 / 60 = 0,004)
Estorno = Fator x Valor do ICMS cobrado = 0,004 x 6.120,00 = R$24,48
Obs: O montante resultante deste calculo será lançado em Livro Próprio (CIAP) como estorno
de credito.

Ao final do 5.ano (12x5=60m), contado da data de lançamento do crédito no CIAP, o saldo


remanescente será cancelado de modo a não mais ocasionar estornos.

35
08.02)- A partir de 01/01/2001 por força das alterações promovidas no artigo 20 da Lei
Complementar 102/2000 , não há estorno de credito, pois o mesmo é assegurado
mensalmente, decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao Ativo Permanente, no
estabelecimento de contribuinte do ICMS, observadas as seguintes condições:

a)- Apropriação será feita à razão de 1/48 por mês, devendo a Primeira parcela ser apropriada
no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
b)-Em cada período de apuração do Imposto, não será admitido o credito em relação à
proporção das Operações de Saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o Total das
operações de Saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;
c)- O montante de credito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do
respectivo credito pelo fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o total das operações de saídas do período, equiparando-se às
tributadas as saídas e prestações com destino ao exterior;
d)- O quociente de 1/48 será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o
período de apuração seja superior ou inferior a 1 mês;
e)- Na alienação dos bens do ativo permanente, antes de decorrido o prazo de 4(quatro) anos
contados da data de sua aquisição, não será admitido o crédito em relação à fração que
corresponda ao restante do quadriênio, a partir da data da alienação;
f)- Ao final do 48. mês contado da data de entrada do bem no estabelecimento, o saldo
remanescente do credito será cancelado, em conseqüência dos créditos impedidos pelas
saídas isentas ou não tributadas;
g)- Os contribuintes do ICMS deverão utilizar o CIAP, modelos C e D , constantes do Ajuste
SINIEF N.8 de 1997, destinados à apuração e escrituração do valor do credito a ser
mensalmente apropriado.

Exemplo do cálculo do crédito do ICMS


Em paralelo com a formula apresentada no item 08.01, podemos resumir, através das seguinte
expressão matemática o calculo do credito do ICM pelas entradas do Ativo Permanente
Imobilizado:

36
CREDITO = ICMS X 1/48 X ( 1 - T / TG )

Onde:

• 1/48 = quociente referente a cada período de apuração;


• T / TG = total de mercadorias Tributadas (Inclusive Exportações) / total geral das
operações e ou prestações;
• Crédito = crédito do imposto no respectivo mês; e
• ICMS = Imposto cobrado na Nfiscal de aquisição do bem.

Consideremos os seguintes dados em determinado mês:


• Operações Tributadas + Exportações = R$ 24.000,00
• Total das Operações e ou Prestações (livro Saídas) = R$100.000,00
• Valor do Bem adquirido = R$ 36.000,00
• Valor do ICMS cobrado na Nfiscal = R$ 6.120,00 (alíquota de 17%)

Utilização da formula para calculo do credito:


• Credito = Valor do ICMS cobrado x 1/48 x ( 1- T/TG) =
R$6.120,00 x 1/48 x ( 1- R$24.000,00 / R$100.000,00 = 96,90
Ou
R$6.120,00 / 48 = R$ 127,50 (limite mensal)
R$24.000,00 / 100.000,00 = 0,24
1,00 – 0,24 = 0,76
127,50 x 0,76 = 96,90

– Exemplo:
- Valor da aquisição em 02/01/2006 = 25.000,00
- Credito ICMS = 18% 4.500,00
- Valor Maximo mensal do ICMS
à compensar = 1/48 93,75
- Lançamentos:
1)- Na aquisição – data: 02/01/2006 à vista
D – MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (AP)
C - CAIXA OU BANCO C/MOVIMENTO (AC)
H – Valor aquisição de 01 maquina conf. NF................R$25.000,00

37
2)- Apropriação do ICMS
D - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADO (AC) ...............R$ 2.250,00
D - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADOM (RLP)...........R$ 2.250,00
C - MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (AP).............................R$ 4.500,00
H – Valor do ICMS à recuperar s/aquisição Imobilizado
Conforme NF..... de 02/01/2006

3)- Credito de ICMS mensal no caso de apropriação de 100% do Movimento (T/TG)


(saídas tributadas / saídas totais)
D – ICMS À RECOLHER (PC)
C - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADO (AC)
H – Valor referente a recuperação de 1/48 s/aquisição imobilizado
Em 02/01/2006..............................................................................R$ 93,75

4)- Credito do ICMS mensal igual a 80% do movimento (T/TG)


D - ICMS À RECOLHER (PC) 80%.....................................R$ 75,00
D – DESPESAS C/ICMS (CR) 20%.....................................R$ 18,75
C - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADO (AC)............R$ 93,75
H – Valor referente à recuperação de 1/48 sobre aquisição
Imobilizado em 02/01/2006.

5) - No caso de venda do Imobilizado ,antes dos 04 anos, ou seja,


com recuperação de 25% ou 12 mêses.
D - MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (AP).........................R$ 3.375,00
C - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILZADO(AC)...............R$ 1.125,00
C - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADO(RLP)............R$ 2.250,00
H – Valor do ICMS não recuperado devido a baixa na venda
Do Imobilizado adquirido 02/01/2006(*)

(*) O valor acima deverá ser adicionado ao valor de Aquisição


para efeito de Baixa.

9)- LEASING
O Contrato de Arrendamento Mercantil pode ser definido como um negócio jurídico em que o
titular da propriedade do bem, móvel ou imóvel, cede a outrem, pessoa jurídica ou pessoa
natural (chamada de arrendatária), o uso e gozo da posse direta da coisa objeto da avença, por
prazo certo e determinado, sendo facultado, ao final do contrato, o exercício de três
alternativas pelo Arrendatário:

1)- Devolver o bem


2)- Renovar o Contrato, ou.
3)- Optar pela Compra do Bem mediante o pagamento do Valor Residual Garantido –VRG

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Sem que haja a possibilidade do exercício de uma dessas opções, não há que se falar em
leasing.

Durante o contrato estes pagamentos relativos às parcelas são debitadas em contas de


Despesas, e somente o Valor Residual poderá na data do término ou ultimo pagamento ser
considerado no Ativo Imobilizado, caso seja esta a opção da Empresa em controlar o
respectivo bem.

Atenção deverá ser dada a Contratos que tem o Valor Residual pago simultaneamente ao
pagamento das prestações(1), o que implica em exercício antecipado da opção de compra, e
conseqüentemente alteração da natureza do contrato para a Compra e Venda a Prestação.
Vide julgamento do RESP n.249.340 publicado no DJ de 07/08/2000.
(1)= Caso ocorra, sugestão: não considerar (o valor) como despesa e sim como :
Adiantamento p/Inversões Fixas ( 2.1.2.5) no caso de Imobilização.

10)- INDICADORES ECONÔMICOS E FISCAIS UTILIZADOS


ORTN – OTN – OTN Pro-Rata
O Plano Cruzado – Decreto-lei 2284/86 – mudou a denominação da ORTN- Obrigação
Reajustável do Tesouro Nacional para OTN – Obrigação do Tesouro Nacional :
Outubro/1964 = 10,00 até Fevereiro/1986 = 93.039,40 em Cruzeiros (Cr$).
Março/1986 a Fevereiro/1987 = 106,40 congelados em Cruzados (Cz$), todavia, para efeitos
da Correção Monetária das Demonstrações Financeiras, foram fixados os seguintes valores
pro-rata da OTN para os meses de Março/86=99,39 a Fevereiro/87=151, 82, que devem ser
utilizados, em qualquer época, para fins de Baixa de Bens adquiridos naquele período
(Decreto-lei 2308/86).
Nas empresas que tenham efetuado a Correção das Demonstrações Financeiras no ano de
1986 utilizando para o mês de Fevereiro daquele ano o valor pro-rata da OTN de
Cz$99,50(conforme foi determinado às companhias abertas, pela Instrução CVM 50/86, e
facultado às demais pessoas jurídicas pela IN-SRF-74/86), obviamente esse valor prevalece
pra efeito de baixa de bens adquiridos naquele mês.
O Plano Verão – Lei 7730/89 – extinguiu a OTN a partir de 01/02/89, cujo ultimo valor,
expresso em Cruzados Novos, é NCz$6,17 (art.15). Entretanto, para efeito da Correção
Monetária do Balanço, determinou-se à utilização do último valor da OTN fiscal, extinta em
16/01/89 de NCz$6,92 (art.15 e 27 da Lei 7730/89).

39
BTN
O BTN foi criado pelo art.5. da Lei 7777/89 e extinto pelo art.3. da Lei 8177/91. Entre outras
finalidades foi utilizado como referencial da Correção Monetária do Balanço no período de
01/02/89 = 1,000 e 30/06/89= 1,2966 (Lei 7799/89 art.30).

BTN-FISCAL
O BTN-Fiscal foi criado pela Lei 7799/89 para servir como referencial de indexação de
tributos e contribuições federais e também como referencial da Correção Monetária do
Balanço. Foi extinto em 01/02/91 pela Lei 8177/91, sendo seu último valor fixado em
Cr$126,8621

FAP
O Fator de Atualização Patrimonial – FAP, foi instituído pelo Decreto 332 de 04/11/91 para
fins de Correção Monetária do Balanço a partir de Fevereiro de 1991. De 01/01/92 em diante
o FAP foi substituído para esse fim. pela UFIR Diária.

UFIR DIÁRIA
A Ufir Diária foi criada pela Lei 8383/91 para finalidades fiscais, entre as quais servir como
referencial de indexação de tributos e contribuições Federais e também para servir de base da
Correção Monetária do Balanço(Cr$ até Julho/93) – (CR$ de Agosto/93 até Julho/94) – (R$
em Agosto/94). A Ufir Diária foi extinta a partir de 01/09/94 pelo art.43 da Lei 9069/95.

UFIR MENSAL
Até 31/08/94 utilizou-se a Ufir Mensal como referencia de atualização monetária no cálculo e
no recolhimento do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. Com a extinção da Ufir Diária a
partir de 01/09/94, a Ufir Mensal passa a ser utilizada, dessa data em diante, como referencial
de Correção Monetária, inclusive nas hipóteses em que a Correção era baseada na Ufir Diária,
tais como atualização monetária de débitos fiscais, Correção Monetária de Balanço, etc.

40
UFIR TRIMESTRAL – SEMESTRAL – ANUAL
A expressão monetária da UFIR passou a ser fixada por períodos trimestrais a partir de
01/01/95 – Por períodos semestrais a partir de 01/01/96 – Por período anual a partir de
01/01/97. Foi extinta a partir de 27/10/2000 pelos arts. 29 p.3. e 37 da Lei 10522/2002.

11)- HISTÓRICO DAS ALTERAÇÕES NA MOEDA BRASILEIRA DESDE 1942

Período/Vigência Simb Denominação Paridade em relação à moeda anterior


01/11/42 a 12/02/67 Cr$ Cruzeiro 1.000 réis = 1,00 cruzeiro
1 conto de réis = 1000 cruzeiros

13/02/67 a 14/05/70 NCr$ Cruzeiro Novo 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro novo

15/05/70 a 27/02/86 Cr$ Cruzeiro 1,00 cruzeiro novo = 1,00cruzeiro

28/02/86 a 15/01/89 Cz$ Cruzado 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzado

16/01/89 a 15/03/90 NCz$ Cruzado Novo 1.000 cruzados = 1,00 cruzado novo

16/03/90 a 31/07/93 Cr$ Cruzeiro 1,00 cruzado novo = 1,00 cruzeiro

01/08/93 a 30/06/94 CR$ Cruzeiro Real 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro real

Desde 01/07/94 R$ Real A paridade entre o Real e o Cruzeiro Real, é igual


À paridade entre a URV-Unidade Real de Valor e o
Cruzeiro Real fixada pelo Banco Central do Brasil para
O dia 30/06/94 = CR$ 2.750,00 .
Diante disso, a conversão de Cruzeiros Reais em Reais deve ser feita mediante a divisão do
valor em CR$ pelo valor da URV de CR$2.750,00 – Exemplificando:

CR$ 2.750,00 CR$ 1.000.000,00


CR$ 2.750,00 = R$ 1,00 (um real) CR$ 2.750,00 = R$ 363,63 (trezentos e sessenta e
três reais e sessenta e
três centavos).

41
12)- CÁLCULO DE ÍNDICES E QUOCIENTES

GRÁU DE IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Este quociente muito citado relaciona: IMOBILIZADO


PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Normalmente refere-se às Imobilizações Técnicas, mas poderia incluir Imobilizações
Financeiras Permanentes (poderia ser interessante em alguns casos, colocar no numerador o
Ativo Permanente, com o conteúdo atribuído pela Lei das Soc. Anônimas). Pretende retratar
qual a porcentagem dos recursos próprios que está imobilizada ou que não está “em giro”.
Alega-se que tal quociente não se deveria aproximar demais e muito menos ultrapassar 1.
Isto somente seria válido, de qualquer forma, em período plenamente operacional. Conquanto
seja quociente muito “em moda”, não reconhecemos nele grande utilidade, mesmo porque não
é válido relacionar (e, em certo sentido, vincular) fontes de recursos com aplicações
específicas. Neste caso, seria muito mais importante relacionar o Imobilizado com os recursos
totais (ou Ativo Total, como é feito na análise vertical).

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13)- CONVERSÃO DOS VALORES DO ATIVO IMOBILIZADO EM US$

01)-Procedimentos para conversão


01.01)- Método de conversão
Entre os vários métodos existentes, o sugerido pelo FASB é o método temporal. A base desse
método é converter os ativos e passivos a preços históricos ou correntes, de modo a observar
os princípios de contabilidade geralmente aceitos. Para tanto, os critérios a serem observados
determinam:
a)- que os ativos, passivos , receitas e despesas sejam convertidos pela taxa do dólar histórico,
isto é, da data de transação;
b)- que, na data do balanço, os saldos de numerários e valores a pagar sejam convertidos à
taxa corrente;
c)- que, na data do balanço, os ativos avaliados pelo valor de mercado sejam convertidos pela
taxa corrente.

01.02)- Critérios recomendados pelo FASB n.8, tabela de conversão em sua redação original:
Rates Used to Translate Assets and Liabilities Translation Rates
ASSETS Current Historical
Cash on hand and demand and time deposits……………………. X
.
.
Property, plant, and equipment…………………………………... X
Accumulated depreciation of property, plant, and equipment …… X
Patents, trademarks, licences, and formulas……………………… X
XOther intangible assets……………………………………………. X

01.03)- Conversão do Imobilizado Líquido-T 16


Adicionado ao saldo inicial do imobilizado líquido, tabela D-01, as adições em dólares de
1981, tabela D-15, menos a depreciação acumulada, tabela T-18, completa o montante em
dólares do ativo imobilizado líquido.

01.04)- Conversão da Depreciação – T 18


Aplicamos as taxas de depreciação do período e acumulada sobre o valor do imobilizado, em
dólares históricos, da tabela T-16, obtendo os montantes de depreciação do período e
acumulada.

01.05)- Dados e Tabelas


D-01 = Balanço Patrimonial em 31/12/80 – Ativo
D-15 = Adições ao Ativo Permanente em 1981

T-16 = Conversão do Imobilizado Líquido


T-18 = Rateio da Depreciação do período
T-19 = Conversão da Depreciação Acumulada

43
D-01= BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1980

ATIVO Cr$ US$


Circulante
Disponível 1.329.651 20,300
Direitos Realizáveis 13.062.324 199,425
Estoques 15.185.800 302,102
Despesas Diferidas 634.042 9,680
Total do Circulante 30.211.817 531,507
Realizável a Longo Prazo
Contas a Receber 2.115.090 32,291
Obrigações da Eletrobrás 500.000 7,633
Total do Realizável a Longo Prazo 2.615.090 39,924
Permanente
Investimentos 1.181.925 42,705
Imobilizado 26.141.014 1.491,512
Diferido 4.628.409 127,612
Total do Permanente 31.951.348 1,661,829
Total do Ativo 64.778.255 2,233,260

D-15= ADIÇÕES DO ATIVO PERMANENTE EM 1981


Adições em 1981 VALOR-Cr$ Taxa do Dólar US$ Equival
Imobilizado (31/01/81)
Edifícios 4.315.082 68,440 63,049
Maquinas e Equipamentos 32.123.893 68,440 469,373
Móveis e Utensílios 701.921 68,440 10,256
Total do Imobilizado 37.140.896 542,678

T-16 = CONVERSÃO DO IMOBILIZADO LÍQUIDO – ANO 1981


IMOBILIZADO 1980 – US$ ADIÇÕES-US$ 1981-US$
Edifícios 501,122 63,049 564,171
Maquinas e Equipamentos 1,826,259 469,373 2,295,632
Moveis e Utensílios 66,294 10,256 76,550
Total do Imobilizado 2,393,675 542,678 2,936,353
DEPRECIAÇÃO
ACUMULADA
Edifícios 95,218 22,566 117,784
Máquinas e Equipamentos 783,476 229,563 1,013,039
Móveis e Utensílios 23,469 7,655 31,124
Total das Depreciações -902,163 -259,784 -1,161,947
Total do Imobilizado Liquido 1,491,512 282,894 1,774,406

44
T-18 = CONVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO DO PERÍODO-1981
Imobilizado US$ Taxa Dep Deprec US$
EDIFICIOS
31/12/75 375,950 4% 15,038
31/12/76 125,172 4% 5,006
31/01/81 63,049 4% 2,522
Total Edifícios 564,171 22,566
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
31/12/75 822,320 10% 82,232
31/12/76 711,342 10% 71,134
31/12/77 292,597 10% 29,260
31/01/81 469,373 10% 46,937
Total – Maquinários e Equipamentos 2,295,632 229,563
MÓVEIS E UTENSILIOS
31/12/76 51,053 10% 5,105
31/12/78 15,241 10% 1,524
31/01/81 10,256 10% 1,026
Total de Móveis e Utensílios 76,550 7,655

Total de Depreciação do Período 259,784

T-19 – CONVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO ACUMULADA –AN0 1981


CUSTO HISTÓRICO Imobilizado-US$ TaxaDepr Deprec US$
Edifícios
31.12.75 375,950 24% 90,228
31.12.76 125,172 20% 25,034
31.01.81 63,049 4% 2,522
Total Edifícios 564,171 117,784

Maquinas e Equipamentos
31.12.75 822,320 60% 493,392
31.12.76 711,342 50% 355,671
31.12.77 292,597 40% 117,039
31.01.81 469,373 10% 46,937
Total Maquinas e Equipamentos 2,295,632 1,013,039

Moveis e Utensílios
31.12.76 51,053 50% 25,526
31.12.78 15,241 30% 4,572
31.01.81 10,256 10% 1,026
Total Moveis e Utensílios 76,550 31,124
Total Depreciação Acumulada 2,936,353 1,161,947

45
LCCEADAF1

CURSO: ATIVO IMOBILIZADO


Exercício n. 01

01)- Na aquisição de um Bem do Ativo Imobilizado, Maquinas e Equipamentos em


02/02/xx pelo Valor Original de R$ 45.000,00, pede-se calcular:
a)- Depreciação Anual em % e Valor
b)- Depreciação Mensal e levando-se em conta que o mesmo entrou em funcionamento no
mês de aquisição, calcular a Depreciação do Período.
c)- Demonstrar o lançamento contábil da Aquisição e da constituição da Depreciação
mensal.

02)- Calcule a Depreciação Mensal e a do Período, de um Bem, Veiculo adquirido em


01/03/xx pelo valor de R$38.000,00 e efetue o lançamento contábil de aquisição e da
respectiva depreciação do período.

03)- Um Imóvel, Edifício, no valor de R$420.000,00 foi ativado em 01/06/xx, conforme


transferência da Conta de Construção em Andamento, pede-se efetuar:
a)- Lançamento de Ativação
b)- Calculo da Depreciação Anual e Mensal
c)- Calculo da Depreciação do Período
d)- Lançamento da Depreciação do Período

04)- Uma Maquina localizada no Departamento de Produção/Fabrica, trabalha diariamente


em dois turnos. Qual seria sua Depreciação Mensal sabendo-se que o seu valor de
Aquisição Original é de R$100.000,00?
LCCEADAF1(pág.2)
Exercícios Resolvidos:

Exercício n.01

a)- R$45.000,00 x 10% = 4.500,00 = Depreciação Anual

b)- R$4.500,00 ./. 12 = 375,00 = Depreciação mensal


Ou
10 anos x12 meses = 120 meses
45.000,00 ./. 120 = 375,00
375,00 x 11 meses (Fev....Dez) = 4.125,00 = Depreciação do Período

c)- Debito – Maquinários e Equipamentos


Credito - Caixa (Dinheiro) ou Bancos (cheques) ou Fornecedores (a prazo)
R$45.000,00
Debito - Despesas de Depreciação – Produção
Credito - Reserva de Depreciação – Maquinas e Equipamentos
R$375,00 (mensal) ou R$4.125,00 (período)

Exercício n.02
a)- R$38.000,00 x 20% = 7.600,00 ./. 12 = 633,33 (mensal)
R$633,33 x 10 (meses) = 6.333,30 (período)
b)- Debito - Veículos
Credito - Caixa/Bancos/Fornecedores
R$38.000,00
c)- Debito - Despesas de Depreciação- Veículos-Produção/Administração/Vendas
Credito - Reserva de Depreciação – Veículos
R$6.333,30 (período)

Exercício n.03
a)- Debito - Edifícios
Credito – Construções em Andamento – R$420.000,00
b)- R$420.000,00 x 4% = 16.800,00 (anual) ./. 12 = 1.400,00 (mensal)
ou
R$420.000,00 ./. 300 (25anos x 12) = 1.400,00 (mensal)
c)- R$1.400,00 (mensal) x 7 (junho...Dez) = 9.800,00 (período)
d)- Debito - Despesas de Depreciação – Edifícios-Prod/Adm/Vendas
Credito - Reserva de Depreciação - Edifícios – R$9.800,00 (período)

Exercício n.04
R$100.000,00 x 10% = R$10.000,00 (anual)
R$10.000,00 x 1,5 = R$15.000,00 (anual/acelerada)
R$15.000,00 ./. 12 = 1.250,00 (mensal/acelerada)
R$100.000,00 ./. 1.250,00 = 80 meses
(houve uma redução de 40 meses ( 120 meses (normal) para 80 meses (acelerada) ). ou
R$100.000,00 ./. 120 = 833,33 (mensal/normal) x 1,5 = 1.250,00 (mensal acelerada)
LCCEADAF2

CURSO : ATIVO IMOBILIZADO

Exercício n.02

Baixas de Itens do Imobilizado

01)- Conta: Maquinários e Equipamentos

Aquisição: Janeiro/1995
Valor Original R$ 50.000,00
Data da baixa : Dezembro/2005
Motivo: Destruição

02)- Conta : Veículos

Aquisição: Janeiro/2003
Valor Original R$20.000,00
Motivo: Venda
Data da venda: Dezembro/2005
Valor da Venda: R$5.000,00

03)- Conta: Moveis e Utensílios

Aquisição: Junho/2004
Valor Original: R$ 5.000,00
Motivo: Venda
Data da venda : Dezembro/2005
Valor da venda : R$ 5.100,00
(2)

Exercícios Resolvidos:

Exercício n.01
R$50.000,00 x 10% = 5.000,00 (anual)
R$5.000,00 ./. 12 = 416,67 (mensal)
Período: 1995/96/97/98/99/00/01/02/03/04-31/12/20004 = 100% depreciado=120 meses
Valor Original = 50.000,00
Reserva de Depreciação = (50.000,00)
Valor Residual = 0,00
Valor da Perda = 0,00
Se for vendido como sucata = valor = receita

Exercício n.02
R$20.000,00 x 20% = 4.000,00 (anual)
R$4.000,00 ./. 12 = 333.33 (mensal)
Períodos: 2003 = 12 meses
2004 12
2005 12 = 36 meses x 333,33 = 12.000,00
Valor Original = 20.000,00
Reserva de Depreciação = 12.000,00
Valor Residual = 8.000,00
Valor da Venda = 5.000,00
Prejuízo(perda) = 3.000,00
Lançamentos:
1)- Debito = Conta de Resultado
Credito = Veículos – Vr.Original = R$ 20.000,00
2)-Debito = Reserva de Depreciação-Veiculos
Credito = Conta de Resultado = R$12.000,00
3)-Debito = Caixa/Bancos
Credito= Conta de Resultado= R$5.000,00
4)- Debito = Despesas não Operacionais – Baixa Ativo Imobilizado
Credito = Conta de Resultado = R$3.000,00
(Montar razonetes para melhor entendimento)

Exercício n.03
R$5.000,00 x 10% = 500,00 (anual)
R$500,00 ./. 12 = 41,67 (mensal)
Períodos: 06/2004 = 07 meses
12/2005 = l2 meses = 19 meses
41,67 x 19 meses = R$ 791,73 (período)

Valor Original = 5.000,00


Reserva de Depreciação = (791,73)
Valor Residual = 4.208,27
(3)

Valor da Venda 5.100,00


Valor Residual 4.208,27
Resultado = Lucro 891,73

Lançamentos a serem efetuados:

1)- Debito – Conta de Resultado (CT)


Credito – Moveis e Utensílios – Valor Original = R$5.000,00
2)- Debito – Reserva de Depreciação-Moveis e Utensílios
Credito – Conta de Resultado = R$791,73
3)- Debito – Caixa/Bancos
Credito – Conta de Resultado = R$ 5.100,00
4)- Debito – Conta de Resultado
Credito – Receitas não Operacionais – Venda Ativo Imobilizado = R$891,73

(Montar razonetes para melhor entendimento).


LCCAIRX02 ATIVO IMOBILIZADO - CONTABILIZAÇÃO E CONTROLES ***
CORREÇÃO DAS CONTAS MEDIANTE RAZÃO AUXILIAR EM ORTN
D.L.1598/77
1)- Variação dos valores das ORTN durante o ano de 1978

Datas Cr$ VrMedioTr VrMedioAn

dez/77 233,74

jan/78 238,32

fev/78 243,35

mar/78 248,99 1.- 243,55

abr/78 255,41

mai/78 262,87

jun/78 270,88 2.- 263,05

jul/78 279,04

ago/78 287,58

set/78 295,57 3.- 287,40

out/78 303,29

nov/78 310,49

dez/78 318,44 4.- 310,74

3.314,23 276,18

No exemplo a seguir, iremos escriturar o Livro Razão por partidas Trimestrais

*** Pag.01
LCCAIRX02 ***
CORREÇÃO DAS CONTAS MEDIANTE RAZÃO AUXILIAR EM ORTN

2)- Balanço de Abertura em 02/01/1978


ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa e Bancos 60.000,00 Fornecedores 220.000,00
Clientes 480.000,00 Contas a Pagar 180.000,00 400.000,00
Estoques 120.000,00 660.000,00
Realizável a Longo Prazo
Valores a Receber 140.000,00
Permanente Exigível Longo Prazo
Imobilizado Financiamento 80.000,00
Terrenos 29.304,00
Móveis 95.832,00
(-)Depreciação (31.244,40) 64.587,60
Veiculos 51.480,00 Patrimonio Liquido
(-)Depreciação (15.444,00) 36.036,00 Capital Realizado 300.000,00
Investimentos Reservas de Capital 90.000,00
Ações da Cia KJ 13.600,00 143.527,60 Reservas de Lucros 73.527,60 463.527,60
Total do Ativo 943.527,60 943.527,60

3)- Análise das Contas do Ativo Permanente


Efetuada a Correção Especial do Ativo Imobilizado conf. Portaria MF n.30 de 12/01/78
com os coeficientes previstos no p.1. Art.40 e letra b, item II art.55 do D.Lei 1598/77 - as contas apresentaram os saldos:
Contas Saldo Corrigido Depreciação
Terrenos
1974 29.304,00 -
Móveis
1974 58.608,00 23.443,20
1975 11.814,00 3.544,20
1976 17.160,00 3.432,00
1977-1.trim 8.250,00 825,00
soma 95.832,00 31.244,40
Veiculos
1976 51.480,00 15.444,00
Ações
1976(não corrigida) 13.600,00 -

4)- Análise das Contas sujeitas à Correção Monetária em 31/12/1978

C ontas Descrição Valor


Ativo Permanente
Terrenos Saldo inicial em 02/01/1978 29.304,00
Aquisição em 05/06/78 44.000,00
Saldo em 31/12/1978 73.304,00

*** Pag.02
4)- Análise das Contas sujeitas à Correção Monetária em 31/12/1978
LCCAIRX02
C ontas Descrição Valor
Ativo Permanente
Móveis Saldo inicial em 02/01/1978 95.832,00
Aquisição em Janeiro/78 8.800,00
Aquisição em Julho/78 17.600,00
Saldo em 31/12/1978 122.232,00
Veiculos Saldo inicial em 02/01/1978 51.480,00
Aquisição em Janeiro/78 66.000,00
Saldo em 31/12/1978 117.480,00

Ações Saldo inicial em 02/01/1978 13.600,00


Saldo em 31/12/1978 13.600,00

Patrimonio Liquido
Capital Realizado Saldo inicial em 02/01/1978 300.000,00
Aumento de Capital em Abril/78
Em Dinheiro 55.000,00
Reserva de Capital 55.000,00 110.000,00
Saldo em 31/12/1978 410.000,00

Reserva de Capital Saldo inicial em 02/01/1978 90.000,00


Transferido p/Capital em Abril/78 (55.000,00)
Saldo em 31/12/1978 35.000,00

Reservas de Lucros Saldo inicial em 02/01/1978 73.527,60


Saldo em 31/12/1978 73.527,60

5)- CORREÇÃO DAS CONTAS MEDIANTE RAZÃO AUXILIAR EM ORTN

RAZÃO AUXILIAR EM ORTN


CONTA : Terrenos
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 29.304,00 233,74 - 125,3701
1.Trimestre/78 - 243,55 - 125,3701
2.Trimestre/78 44.000,00 263,05 167,2686 292,6386
3.Trimestre/78 - 287,40 - 292,6386
4.Trimestre/78 - 310,74 - 292,6386
Saldo Contábil 73.304,00
Saldo Corrigido 93.187,85 318,44 292,6386
Correção Monetária 19.883,85

*** Pag.03
LCCAIRX02 ***
RAZÃO AUXILIAR EM ORTN
CONTA: Móveis
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 243,55
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 287,40
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária
CONTA: Veiculos
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 243,55
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária

CONTA: Ações
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 - 243,55 -
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária

CONTA: Depreciação Acumulada de Móveis


Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 31.244,40 233,74 -
1.Trimestre/78 2.733,88 243,55
2.Trimestre/78 2.930,72 263,05
3.Trimestre/78 3.564,99 287,40
4.Trimestre/78 3.846,18 310,74
Saldo Contábil 44.320,17
Saldo Corrigido 318,44 180,8198
Correção Monetária

*** Pag.04
LCCAIRX02 ***
CONTA: Depreciação Acumulada de Veículos
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 15.444,00 233,74 -
1.Trimestre/78 6.003,08 243,55
2.Trimestre/78 6.430,88 263,05
3.Trimestre/78 6.860,22 287,40
4.Trimestre/78 7.289,57 310,74
Saldo Contábil 42.027,75
Saldo Corrigido 318,44 162,4977
Correção Monetária

CONTA: Capital Realizado


Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
02/01/1978-Reserva 55.000,00 233,74
2.Trimestre/78-Dinheiro 55.000,00 263,05
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44 1.727,8673
Correção Monetária

CONTA: Reserva de Capital


Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
02/01/1978-Reserva (55.000,00) 233,74
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44 149,7390
Correção Monetária

CONTA: Reserva de Lucros


Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 - 233,74 -
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44 314,5700
Correção Monetária

*** Pag.05
LCCAIRX02 ***
6)-DEMONSTRATIVO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO RELATIVOS AO PERÍODO DE 02/01 A 31/12/78
As quotas de depreciação anuais são calculadas em quantidades de ORTN e depois são transformadas
em cruzeiros para efeitos de registro contábil

Demonstrativo dos Encargos de Depreciação em ORTN


Conta: Móveis - Período: 02/01 a 31/12/78
Saldo da Valor Saldo Depreciação por Trimestre
Data Conta em da em % em ORTN
Cr$ ORTN ORTN 1.Trim 2.Trim 3.Trim 4.Trim Total
02/01/78 95.832,00 233,74 409,9940 10% 10,2499 10,2499 10,2498 10,2498 40,9994
1.Trimestre 8.800,00 243,55 10%
2.Trimestre - 263,05 - 10% - - - - -
3.Trimestre 17.600,00 287,40 10% - -
4.Trimestre - 310,74 - 10% - - - - -
Totais 122.232,00 507,3649 11,1532 47,6746

Conta: Veiculos - Período: 02/01 a 31/12/78


Saldo da Valor Saldo Depreciação por Trimestre
Data Conta em da em % em ORTN
Cr$ ORTN ORTN 1.Trim 2.Trim 3.Trim 4.Trim Total
02/01/78 233,74 20% 44,0489
1.Trimestre 243,55 20% 54,1983
2.Trimestre - 263,05 - 20% - - - - -
3.Trimestre - 287,40 - 20% - - - - -
4.Trimestre - 310,74 - 20% - - - - -
117.480,00 491,2363 98,2472

7)-CALCULO DA CORREÇÃO MONETARIA DAS CONTAS


A)-Contas do Ativo Permanente
CONTAS SALDO CONTABIL SALDO CORRIGIDO COR.MONETÁRIA
Terrenos 73.304,00 93.187,85 19.883,85
Móveis
Veiculos
Ações
Soma 326.616,00 429.710,63 103.094,63
Deprec.Acumul.Móveis
Deprec.Acumul.Veiculos
Soma 86.347,92 109.326,03 22.978,11

B)- Contas do Patrimônio Liquido


CONTAS SALDO CONTABIL SALDO CORRIGIDO COR.MONETÁRIA
Capital Realizado 410.000,00 550.222,06 140.222,06
Reserva Capital
Reserva Lucros
Soma 518.527,60 698.076,64 179.549,04

*** Pag.06
LCCAIRX02 ***
C)- Lançamentos Contábeis
DIVERSOS
a CORREÇÃO MONETÁRIA
TERRENOS ..................................................................... 19.883,85
MÓVEIS ..........................................................................
VEÍCULOS ......................................................................
AÇÕES ........................................................................... 4.928,21 ............... 103.094,63

CORREÇÃO MONETÁRIA
a DIVERSOS
a Resevas de Capital ................................................... 12.682,90
a Reservas de Lucros..................................................
a Depreciação Acumulada de Móveis ......................... 13.260,09
a depreciação Acumulada de Veiculos ....................... ................. 62.305,09

CORREÇÃO MONETÁRIA
a Reserva Especial de Capital .......................................................................... 140.222,06

D)- Demonstrativo Contábil em Razonetes


Reserva Especial Capital CORREÇÃO MONETARIA Terrenos
cm.............> 140.222,06 saldo 73.304,00
19.883,85 <............cm 19.883,85
93.187,85

Reserva de Capital Móveis


35.000,00 saldo saldo
12.682,90 cm..............> 12.682,90 39.333,28 <............cm
47.682,90 -

Reserva de Lucros Veículos


saldo saldo
cm..............> 26.644,08 38.949,29 <............cm

Depr.Acumul.Móveis Ações
saldo saldo
cm..............> 13.260,09 4.928,21 <............cm

Depr.Acumul.Veículos LUCROS E PERDAS


saldo
cm.............> 9.718,02
202.527,15 103.094,63
- 99.432,52 ................> 99.432,52
*** 202.527,15 202.527,15 Pag.07
LCCAIRX02 ***

8)- BALANÇO PATRIMONIAL CORRIGIDO EM 31/12/1978

ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE

CAIXA E BANCOS 150.386,00

FORNECEDORES 300.000,00
CLIENTES 600.000,00

ESTOQUES 176.000,00 926.386,00 CONTAS A PAGAR 220.000,00 520.000,00

REALIZAVEL A L.PRAZO EXIGIVEL LONGO PRAZO

VALORES A RECEBER 258.000,00 FINANCIAMENTOS 180.000,00

ATIVO PERMANENTE PATRIMONIO LIQUIDO


IMOBILIZADO CAPITAL REALIZADO

TERRENOS

MÓVEIS RESERVA ESP.CAPITAL

(-) DEPRECIAÇÃO 103.985,02

VEÍCULOS RESERVAS DE CAPITAL

(-)DEPRECIAÇÃO 104.683,52 RESERVAS DE LUCROS

INVESTIMENTOS ANTERIOR

AÇÕES CIA KJ 320.384,60 DO PERÍODO 106.693,96 804.770,60

TOTAL DO ATIVO 1.504.770,60 TOTAL DO PASSIVO ###########

*** Pag.08
OBRAS CONSULTADAS:

1)- Livro Manual de Contabilidade das Sociedades Anônimas


Sergio de Iudícibius – Eliseu Martins – Ernesto Rubens Gelbcke – Editora Atlas

2)- Apostila – Correção Monetária do Balanço – Prof. Akio Kawashita – IOB

3)- Apostila - Correção Monetária – Uma visão geral – Fugimi Yamashita – IOB

4)- Apostila – Curso de Correção Monetária Integral – ETAE – Escritório Técnico de


Auditoria

5)- Comentário – Artigo Federal – 2004/0860 – Fiscosoft = ICMS Crédito de Entrada de


Mercadorias ao Ativo Permanente – Interpretação – Diogo Ferraz

6)- Comentário – Artigo Federal – 2003/0504 – Fiscosoft = Leasing (ou Arrendamento


Mercantil) de Bens e Implicações Tributárias – Franco Alves Sabino

7)- Tabelas Praticas – Instruções – Thomson/IOB

8)- Livro Contabilidade Gerencial – Sergio de Iudícibius – Editora Atlas

Luiz Cardacci – Contabilista CRC: 1SP054617/O-0 – Administrador de Empresas


Atuação na Organização e Supervisão dos setores de Ativo Imobilizado nas seguintes
Empresas:
- Fontoura Wyeth 1959/66
- Squibb Inds.Quim.Farmaceuticas –1966/67
- Zambon Laboratórios Farmacêuticos –1967/70
- LCP – Danone – 1971/75
- Martini & Rossi – 1975/79
- Harvey Hubbel (Alcace) – 1980/81
- Trol S/A Ind.Com. – 1986/89
- Ipsis Grafica Editora – 1989/94

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