ATIVO IMOBILIZADO
CONTABILIZAÇÃO E CONTROLES
01)- CONCEITUAÇÃO
O item IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 conceitua como contas a serem classificadas no
Ativo Imobilizado:
“Os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das atividades da
companhia e da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade
industrial ou comercial”.
Desta definição, subentende-se que neste grupo de contas do balanço são incluídos todos os
Bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu
empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Os itens classificados
na categoria de Ativo Imobilizado incluem os seguintes Bens:
TANGÍVEIS – que têm um corpo físico, tais como:
Terrenos
Obras civis (Prédios - Edifícios)
Máquinas
Instalações
Ferramentas
Móveis e Utensílios
Equipamentos de Processamento de Dados
Veículos
Benfeitorias
Direitos s/Recursos Naturais
Florestamento e Reflorestamento
INTANGÍVEIS - Cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos direitos de
propriedade que são legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como:
Marcas
Patentes
Direitos Autorais
Etc.
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Integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da natureza citada,
mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tais como:
Construções em Andamento
Instalações em Andamento
Importações em Andamento
Adiantamentos para Inversões Fixas
Etc.
Essa conceituação geral foi aprovada pelo pronunciamento do Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil (IAIB) V – Imobilizado, emitido em Agosto/79.
Deve-se observar que as inversões realizadas em bens de caráter permanente, mas não
destinadas ao uso em operações, e que poderão vir a ser utilizadas em futuras expansões,
como pode ocorrer com Terrenos e outros Bens Imóveis, deverão ser classificadas, enquanto
não definida sua destinação, no grupo de Investimentos e não no grupo de Ativo Imobilizado.
A sua transferência para o Imobilizado se dará quando definida sua utilização e iniciada a
fase de expansão. Da mesma forma as Obras de Arte adquiridas, que se valorizam com o
transcorrer do tempo, deverão estar classificadas no grupo de Investimentos ao invés de no
Ativo Imobilizado.
O Imobilizado deve ter contas para cada classe principal de Ativo, para o registro do seu
Custo formado pelos valores: Original – Correção Monetária – Reavaliação, que também
poderá ser denominado CUSTO CORRIGIDO. As depreciações deverão ser controladas por
contas separadas acompanhando: Depreciação Original – Depreciação s/ Correção Monetária
– Depreciação s/ Reavaliação, mas classificadas como Redutoras do Ativo e também poderá
ser denominada DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS, desde que seus Controles Auxiliares
possam refletir seus valores individuais, também receberão os acréscimos das respectivas
Correções Monetárias realizadas, daí sua intitulação como DEPRECIAÇÕES
ACUMULADAS CORRIGIDAS. O mesmo ocorrendo para as AMORTIZAÇÕES e
EXAUSTÕES.
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Em função dessas necessidades e características essenciais é que cada Empresa deve elaborar
seu Plano de Contas do Imobilizado. Apesar de não haver menção específica na Lei das S. A,
podemos segregar o Imobilizado em dois grandes grupos:
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Esta segregação é importante na Análise das Operações da Empresa, particularmente na
apuração de índices e Comparações entre as Receitas e o Imobilizado, o que é mais bem
apurado utilizando-se o Imobilizado em Operação, que é o que está gerando as Receitas.
Deve-se notar que o elenco sugerido está mais voltado para Empresas Industriais e
Comerciais e não abrangem ramos específicos, como, por exemplo:
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Escritórios, Filiais, Lojas, etc. Os terrenos onde se está construindo uma nova unidade ainda
não em operação devem estar no grupo de Imobilizado em Andamento. Os terrenos sem uma
destinação definida dever ficar classificados em Investimentos e os adquiridos para venda
futura no Ativo Circulante. Este tipo de bem não sofre depreciação.
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Esta conta, dependendo do porte, complexidade e tipo de instalações que engloba, deve estar
segregada em sub-contas para fins de melhor controle e de depreciações, dentro dos exemplos
citados. A conta de Instalações deve referir-se sempre a tais equipamentos e materiais, com a
característica de serviços indiretos e auxiliares ao processo produtivo principal. De fato,
dependendo do processo produtivo da Empresa, algumas dessas instalações não serão
auxiliares, mas a fonte principal geradora de seu produto ou serviço e, nesse caso, sua
classificação deve ser na conta Maquinários e Equipamentos. Como exemplo em um
frigorífico os equipamentos e instalações frigoríficas serão classificados como Maquinários e
Equipamentos por ser o serviço principal e não auxiliar. No caso de divisórias de Escritório
deverão ser classificadas como Instalações Administrativas em conta especifica.
2.1.1.6)- MÓVEIS E UTENSILIOS – Esta conta poderá ser separada em duas sub-contas
distintas para controlar os bens existentes na Administração e os bens utilizados na Produção,
para efeito de separação da alocação das depreciações. Na conta Moveis e Utensílios-
Administração deverão ser classificadas as mesas, escrivaninhas, cadeiras, arquivos, maquinas
de somar/calcular/escrever e outros itens utilizados na Administração e ou Vendas. Na conta
Móveis e Utensílios-Produção deverão ser classificados os Armários, Mesas, Cadeiras e
outros itens utilizados nas áreas produtivas.
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2.1.1.8)- FERRAMENTAS – Nessa conta se registram as ferramentas de vida útil superior a
um ano. Também é aceito o lançamento diretamente em despesas as ferramentas e similares
de pequeno valor unitário, mesmo quando a vida útil é superior a um ano e as normas de
procedimento da Empresa assim o permita e caso não haja interesse em seu controle. No caso
de Moldes e Matrizes é aconselhável o controle em Sub-contas específicas.
Nesse caso, tais peças devem ser classificadas no Imobilizado, tendo vida útil condicionada a
do próprio Equipamento deverão ser corrigidas monetariamente e depreciadas na mesma base
similar do Equipamento correspondente, mesmo não sendo utilizadas. No caso de
Recondicionamento de Peças, também deverá ser analisada a decisão de Imobilização e ou
classificação nos Estoques de Peças de Manutenção, tendo vida útil condicionada ao
equipamento deverá ser imobilizada ou ao contrário seu custo apropriados as Despesas de
manutenção. Peças e material de consumo e manutenção deverão ser controlados no Estoques
do Ativo Circulante e a medida em que forem utilizados ou consumidos, tais requisições
devem ser apropriadas como despesas de manutenção ou ao custo da produção e não ativados.
Exemplos: peças de pouca duração, óleo, graxas, etc.
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2.1.1.10)- MARCAS, DIREITOS E PATENTES INDUSTRIAIS – Normalmente essa conta
possue valores pequenos, comparativamente com as demais contas do Imobilizado, pois
envolve Ativos Intangíveis, englobando os gastos com Registro de Marcas, Nomes, Invenções
Próprias, além de desembolsos a terceiros por contratos de Uso de Marcas, Patentes ou
Processos de Fabricação (Tecnologia).(Art.325 inciso I, RIR)
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2.1.2)- BENS EM ANDAMENTO
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2.1.2.3)- INSTALAÇÕES EM ANDAMENTO – Nesta conta deverá ser controlado todos os
custos incorridos nas Instalações de Equipamentos de Porte e ou Equipamentos Novos
produzidos no próprio Departamento Interno de Manutenção da Empresa ou por Terceiros,
com o fornecimento de materiais e Mão de Obra Interna ou Externa controlados por Ordens
de Serviços especificas para cada bem, sendo posteriormente ativados nas Contas respectivas
de Bens em Operação.
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3)- CONTROLES BÁSICOS
3.1) – REGISTRO INDIVIDUAL DE BENS – Além das contas de controle, devem ser
mantidos registros individuais para cada unidade de propriedade que compõem os elementos
do Ativo Imobilizado. A manutenção do Registro Individual do Bem é essencial para:
3.1.1)- Possibilitar a identificação do Valor de Aquisição (Original), Custo Corrigido e
Acréscimos posteriores, bem como o valor da respectiva Depreciação s/valor Original –
s/valor Corrigido, Amortização e Exaustão no caso de bens a serem baixados.
3.1.2)- Prover bases para cálculos e apropriação de despesas de Depreciações por Centro de
Custos.
3.1.3)- Prover informações para efeito de política de Capitalização e Substituição (Controles
Técnicos), cobertura de Seguros, etc.
3.1.4)- Manter adequado controle Físico e Contábil sobre os Bens registrados no Ativo
Imobilizado, podendo os mesmos ser: Manuais – no caso de Empresas com um numero
relativamente pequeno de itens, ou podem ser mantidos através de Processamento de Dados
ou outro Sistema no caso de grande quantidade de itens a serem controlados.
3.2)- CONTROLES
3.21)- POR LOCALIZAÇÃO – Quando a Empresa tiver varias Unidades de Produção,
Administração e Comercialização, e mesmo que tenha sua Contabilidade Centralizada, deverá
possuir agrupamentos de Contas por Local, o que inclusive facilita a segregação da
Depreciação para fins de custeio por Unidade.
3.2.2)- POR ATIVIDADES OU FUNÇÕES – Mesmo que tenha toda Produção num só local,
poderá ser feita na Própria Contabilidade e na Indicação constante da Ficha Individual de
Controle, a segregação em Sub-contas por Departamento – Seção ou Linha de Produção para
fins de Controle e alocação das Depreciações nas áreas de Produção, Administração ou
Comercial.
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3.2.4)- POR EXIGÊNCIAS FISCAIS – Em consideração a atual legislação do Imposto de
Renda, a qual determina que a escrituração deve ser mantida de forma que os bens do
Imobilizado sejam agrupados em Contas distintas segundo a sua Natureza e segundo as taxas
anuais de depreciações a eles aplicáveis, nesse sentido o Plano de Contas pode ter, por
exemplo:
Veículos Normais – Depreciação de 20% ao ano
Veículos Fora de Estrada – Depreciação de 25 % ao ano.
4.1)- CONCEITOS
4.1.1.1)-DEPRECIAÇÃO quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por
objeto Bens físicos sujeitos a desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
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LCCAIAN33 Anexo-33
EMPRESA: N.CONTROLE
CONTABILIDADE - ATIVO IMOBILIZADO ATUAL
FICHA DE INVENTÁRIO FISICO E CONTÁBIL ANTIGO
01)-DADOS DO ITEM
DESCRIÇÃO
OUTRAS
02)-ORIGEM
FORNECEDOR LOCAL
FABRICANTE LOCAL
03)-LOCALIZAÇÃO
DESCRIÇÃO PRINCIPAL:
CARACTERISTICAS COMPLEMENTARES:
DIVISÃO
Fornecedor Local
Fabricante Local
Importação Pedido ºS. N.fiscal Data
Lançamento Data Conta SubConta Moeda SEÇÃO
LOCALIZAÇÃO
MOVIMENT C.CUSTO DATA DOCUMENT OBSERVAÇÕES CONDIÇÕES DE USO LINHA
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
*** ***
LCCAIAN36B Anexo36B
DEMONSTRATIVO DE BAIXA
REGISTRO DAS CORREÇÕES MONETARIAS Data Aquisição/Instalação
ORTN VALOR CORRIGIDO VALOR CORRIGIDO CORREÇÃO MONETARIA Valor Total-R$
ANO VALOR-R$ ATUAL-R$ ANTERIOR-R$ DO EXERCICIO-R$ Valor Base ORTN -R$
Quantidades ORTN
US$ taxa R$ valorR$
Taxa Depreciação %aa Duração anos
Num.meses Depreciação
Deprec.Anual ORTNs
Deprec.Mensal ORTNs
Conta Imob
Conta Res Deprec
Conta Resultado
Imobilizado N.:
Motivo Baixa
Data Doc. ValorR$
*** ***
LCCAIAN15 Anexo-15
EMPRESA : Transferencia NUMERO : 00.000
CONTABILIDADE - ATIVO IMOBILIZADO Obsolência
COMUNICAÇÃO DE MOVIMENTAÇÃO DE ITENS Venda
Destruição
NUMERO DE PARA
DESCRIÇÃO DETALHADA DO ITEM CÓDIGO DE Divisão Linha Setor
CONTROLE Setor Divisão Linha
Motivos:
Conforme a Lei das S. ª, como se verifica, a Depreciação a ser contabilizada deve ser a que
corresponde ao desgaste efetivo pelo Uso ou Perda de sua Utilidade, mesmo por ação da
natureza ou Obsolescência.
O Fisco admite ainda que a Empresa adote taxas diferentes de Depreciação, desde que
suportadas por Laudo Pericial do Instituto Nacional de Tecnologia ou de outra Entidade
Oficial de Pesquisa Cientifica ou Tecnológica (art.310 p.2, RIR). Caso a Empresa adotar taxas
menores de Depreciação, logicamente para o Fisco não haverá problemas.
A mesma legislação ( art. 312 do RIR) admite ainda, à opção da Empresa, uma aceleração na
Depreciação dos Bens móveis, em função do numero de horas diárias de operação, como
segue:
TURNOS COEFICIENTE
Um turno de 8 horas 1,0
Dois turnos de 8 horas 1,5
Três turnos de 8 horas 2,0
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Assim se a Empresa trabalha normalmente 8 horas diárias, a taxa admitida de Depreciação de
Máquinas é de 10% ao ano. Caso trabalhe em dois turnos (8x2=16) horas poderá utilizar a
taxa de 15% ao ano e no caso de trabalhar em três turnos (8x3=24) horas a taxa admitida será
de 20% ao ano.
Como conseqüência, quando determinado Bem ou classe de Bens tivesse vida útil provável
diferente da permitida Fiscalmente, dever-se-ia adotar a vida útil estimada como base para
registro da Depreciação na Contabilidade, e a diferença entre tal Depreciação e a aceita
Fiscalmente seria lançada no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. Esta forma,
todavia não tem sido aceita pelo Fisco. De fato, de acordo com suas interpretações em
Pareceres e Instruções Normativas, somente podem ser deduzidas para fins Fiscais as
despesas que tenham sido assim registradas na Contabilidade, porém, nada impede que as
Empresas mantenham um Controle Paralelo para Instruções ao seu Departamento Técnico e
Diretivo a Depreciação Técnica para melhor acompanhamento da situação geral dos Bens
Imobilizados, isto acontece com as Empresas de origem Européia.
Essa imposição Fiscal não gera maiores problemas quando se adota uma Taxa de Depreciação
na Contabilidade inferior à admitida pelo Fisco, porém, somente será dedutível tal valor
menor registrado da Depreciação.Por outro lado, se a Empresa concluir que um determinado
Bem tem vida útil menor do que a normalmente admitida pelo Fisco, e não puder contornar tal
problema através de Laudo Pericial junto ao Fisco, não poderá deduzir o seu valor total, para
fins fiscais. Nesse caso, registra contabilmente o valor maior de Depreciação e o excedente ao
valor admitido é ajustado e através do LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real. No que
diz respeito à Exaustão deve-se entender que os Bens aplicados nessa exploração são os que
estão sendo utilizados de tal forma que não terão normalmente utilidade fora desse
empreendimento. È o caso das esteiras ou outros sistemas de transporte de minério, de
determinados equipamentos de extração, etc; que só têm valor à medida que a jazida é
15
explorada. Se forem Bens de vida útil é inferior ao tempo previsto de exploração, deverão ser
transformados em despesas nesse prazo menor. E se tiver vida útil superior, podendo ser
utilizados em outros lugares após o término da exploração da atividade onde se encontram, só
deverão ser baixados pela diferença entre o valor de custo e o valor residual previsto para o
fim da primeira atividade, de forma que uma parte do valor de aquisição seja jogada naquela
outra utilidade posterior.
No caso da Amortização, há que se comentar que só se amortizam os Imobilizados cujos
valorem se reduzem ao longo do tempo. Por exemplo, se uma Marca é considerada de grande
valor, a Empresa faz tudo para mantê-la válida jurídica e economicamente, e o consegue, não
há razão para amortizá-la, sendo também válida para outros Ativos, como é o caso do Ágio de
Fundo do Comércio dos Investimentos.
No caso de Benfeitorias em Propriedades de Terceiros, a Amortização deve ser pelo prazo
contratual, a não ser que a benfeitoria tenha vida útil menor que tal prazo. Nesta última
situação temos, na verdade, uma Depreciação.
16
4.1.6)- MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO – Existem vários métodos para calcular a
Depreciação. Os mais tradicionalmente utilizados são:
4.1.6.2)- MÉTODO DA SOMA DOS DÍGITOS DOS ANOS – Este método é calculado como
segue: Somam-se os algarismos que compõe o numero de anos de vida útil do bem. No
exemplo anterior, teríamos: 1+2+3+4+5= 15
A Depreciação de cada ano é uma fração em que o denominador é a soma dos algarismos,
conforme obtido na soma anterior, e o numerador é:
Para o primeiro ano (n)
Segundo (n-1)
Terceiro (n-2)
E assim por diante, onde n = número de anos de vida útil.
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ANO FRAÇÃO DEPRECIAÇÃO ANUAL
1 5/15=0,33X5.000,00 = 1.666,67
2 4/15=0,27X5.000,00 = 1.333,33
3 3/15=0,20X5.000,00 = 1.000,00
4 2/15=0,13X5.000,00 = 666,67
5 1/15=0,06X5.000,00 = 333,33
_______
5.000,00
Este método proporciona quotas de depreciação maiores no início e menores no fim da vida
útil. Permite maior uniformidade nos custos, já que os Bens, quando novos, necessitam de
pouca manutenção e reparos. Com o passar do tempo, os referidos encargos tendem a
aumentar. Este crescimento das despesas de manutenção e reparos seria compensado pelas
quotas decrescentes de depreciação, resultando em custos globais mais uniformes, conforme
demonstrado graficamente:
Gráfico:
V
A Depreciação Manutenção e Reparos
L
O
R
1 2 3 4 5
VIDA ÚTIL
18
4.1.6.4)- MÉTODO DE HORAS DE TRABALHO – Baseia-se na estimativa de vida útil do
bem, representada em horas de trabalho, e é expresso pela seguinte fórmula:
Outros métodos existem, como o exponencial, e podem ser verificados em obras específicas.
4.1.8)- EXAUSTÃO – Ela objetiva distribuir o custo dos recursos naturais durante o período
em que tais recursos são extraídos ou exauridos. O método de cálculo de exaustão, que deve
ser utilizado para fins contábeis, é o método de unidades produzidas (extraídas). De acordo
com este método, deve-se estabelecer a porcentagem extraída de minério no período em
relação a possança total conhecida da mina. Tal porcentual é aplicado sobre o Custo de
Aquisição ou Prospecção, corrigido monetariamente, dos recursos minerais explorados (vide
4.1.3). È necessário não confundir aqui Exaustão Contábil com Exaustão de Incentivo Fiscal.
19
De fato, a legislação do Imposto de Renda admite como dedutível 20% da Receita de
Exploração conforme art.331 do RIR. Assim temos como exemplo:
Pelo que foi demonstrado, na Contabilidade dever-se-á registrar como despesa do ano, a titulo
de exaustão, somente a exaustão física efetiva de R$ 5.000,00. Como o Fisco admite, porém, a
dedução de R$ 12.000,00, a diferença de R$ 7.000,00 deverá ser também contabilizada
conforme art.333 do RIR, mas não na conta de Exaustão Acumulada (Redutora do
Imobilizado), e sim em conta especial de Reserva de Lucros, que somente poderá ser utilizada
para absorção de Prejuízos ou Incorporação ao Capital Social. Apenas que o débito dessa
exaustão incentivada de R$ 7.000,00 deve ser na conta de Lucros Acumulados, como uma
apropriação de Lucros e não como Despesas. Nesse caso, para fins fiscais far-se-á um ajuste
no LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real, já que esse valor é dedutível, apesar de não
ter entrado como despesa no ano.
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5)- BAIXAS DOS BENS
Exemplo Prático:
Um Maquinário adquirido em Janeiro de 1991 e Alienado em Dezembro de 1995 com taxa
anual de Depreciação de 10%.
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Cálculo da Depreciação realizada: R$ 10.000,00 x 10% = R$1.000,00 por ano /12 = 83,33 por
mês x 60 meses (5anos x 12 meses) = R$ 5.000,00
Contabilização da Baixa:
22
vezes que deparamos com fatos novos é sempre interessante examinarmos o assunto
rememorando as instituições do passado para que tenhamos uma visão global das causas e
objetivos da inovação. No tocante ao tema em questão faremos um ligeiro retrospecto. No
Brasil, muito antes de 1958 já se fazia Correção Monetária do Balanço, evidentemente em
esquemas diferentes dos atuais. A Lei 3.470 de 28/11/1958 em seu art.57; Lei 4239 de
27/06/1963 art.17; regulamentada pelo Decreto 55779 de 29/10/1963.
No regime vigente até o exercício de 1973, inclusive, a Correção obedecia, basicamente aos
seguintes princípios:
a)- Corrigia-se o Valor Original do bem pela aplicação do coeficiente de correção
do ano de sua aquisição.
b)- Ao mesmo tempo eram corrigidas as quotas de depreciações, ou amortizações
desse mesmo bem, pela aplicação dos coeficientes relativos aos anos de sua respectiva
contabilização .
c)- A diferença entre as importâncias apuradas, nas alíneas “a” e “b” acima,
constituía o resultado da Correção, e esse resultado, se não fosse absolvido para compensar as
parcelas autorizadas por Lei, era contabilizado como Reserva de Correção do Ativo, utilizável
para aumento de Capital.
23
corrigir defeito do sistema anteriormente vigente, de tal forma que a Depreciação das
Correções Monetárias mantivesse, em termos de percentagens, a mesma proporção existente
entre o Valor Original e a sua Depreciação. Portanto, de conformidade com o D. Lei acima, à
parte de Correção do Valor Original do bem não foi alterada; procurou-se adotar um sistema
todo especial na parte do ajuste das Depreciações ou Amortizações no momento da Correção,
de tal forma que estabelecesse a mesma proporção do original e da depreciação do valor
corrigido. Para por em pratica os objetivos, a Secretaria da Receita Federal baixou a Instrução
Normativa SRF-17 de 12/03/1974 através da qual deu todas as instruções de procedimentos e
modelos de formulários para a feitura da Correção. Este critério vigeu nos Exercícios de 1974
a 1977, inclusive.
O Decreto-Lei 1598 de 26/12/77 nos seus artigos 39 a 57 regulou, para efeitos fiscais, o novo
regime de Correção Monetária do Balanço, instituído pela Lei das Sociedades Anônimas em
seu artigo 185, que preconizou a correção simultânea do Ativo Permanente, do Patrimônio
Líquido e a inclusão no Lucro do saldo das contrapartidas dessas correções. As principais
inovações desse novo regime de Correção Monetária podem ser resumidas nas seguintes:
24
d)- O Registro da Correção nas próprias contas corrigidas; no regime anterior, as Correções
das contas do Imobilizado eram mantidas destacadamente do valor original, e as contas do
Patrimônio Líquido não eram corrigidas, porque a Manutenção do Capital de Giro Próprio e a
Contrapartida da Correção do Imobilizado eram utilizadas para constituir novas reservas, sem
modificação dos saldos das contas do Patrimônio Liquido corrigido;
e)- A Correção de todos os bens do Ativo Permanente e não apenas do Ativo Imobilizado;
f)- A adoção do Valor Nominal da ORTN como padrão para a Correção Monetária dos
valores do Balanço.
O Decreto-lei acima mencionado regulou dois métodos de Correção Monetária das contas do
Balanço:
1)- Com base em Razão Auxiliar, no qual as contas a corrigir são escrituradas usando como
unidade de conta o Valor Nominal de uma ORTN (arts. 42 a 46);
2)- Mediante Correção Direta dos Saldos das Contas (arts. 47 a 50);
Os dois métodos acima referidos conduzem ao mesmo resultado. O primeiro oferece mais
segurança contra erros de cálculos, mas como exige a escrituração de Livro Auxiliar e
somente se justifica em Empresas de maior porte, é obrigatório apenas para as Companhias
Abertas e Pessoas Jurídicas com Patrimônio Líquido de valor superior a Cem Milhões de
Cruzeiros (art.40 p.2). Entretanto a adoção deste Livro Auxiliar em ORTN é facultada a
qualquer pessoa Jurídica que queira utiliza-lo.
A nova sistemática de Correção Monetária conduz á identificação, na Conta de Resultados –
sob a forma de Saldo Credor da conta de Correção Monetária – do Lucro Inflacionado ganho
pela Pessoa Jurídica (art.52). Esse Lucro Inflacionário somente existe nas Pessoas Jurídicas
que financiam parte do seu Ativo Permanente com recursos de terceiros, e quando o aumento
desse valor dessa parte do Ativo Permanente, por efeito da inflação, é superior á Correção do
Capital de Terceiros que financia as aplicações. De acordo, todavia, com a orientação de
tributar os Ganhos de Capital apenas quando realizados, o Decreto-Lei admite o diferimento
da tributação do Lucro Inflacionário não Realizado.O Lucro Inflacionário Realizado em cada
período é estimado com base no valor dos Bens do Ativo Permanente que são baixados, das
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quotas de Depreciação, Amortização e Exaustão computadas como custos ou despesas
operacionais do Exercício, e dos Lucros ou Dividendos de Participações Societárias.
c)- Obrigou todas Empresas tributadas com base no Lucro Real, procederem a Correção no
sistema de Razão Auxiliar em OTN;
d)- Empresas com Patrimônio Líquido superior a 100.000 (cem mil) OTN`S são obrigadas a
escriturar o Razão Auxiliar em OTN mensalmente;
e)- Empresas com Patrimônio Líquido abaixo desse limite, poderão escriturá-lo
anualmente;
g)- A realização do Lucro Inflacionário deverá ser de, no mínimo, 10% ao ano;
26
h)- O período de apuração do Imposto passa a ser 31 de Dezembro, independentemente da
data do encerramento do Exercício Social;
i)- Os dividendos distribuídos por conta de Lucros do Próprio Exercício deverão ser
registrados como Conta Retificadora de Lucros Acumulados e Corrigidos Monetariamente;
j)- Os bens do Ativo Permanente baixado durante o exercício, deverão ser corrigidos até a
data da baixa;
ATIVO PERMANENTE
Investimentos
(-) Provisões
Imobilizado
(-) Depreciações
Diferido
(-) Amortizações
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ATIVO CIRCULANTE
Imóveis em Estoque – Empresas Imobiliárias
PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital
Reservas
(-) Capital a Realizar
(-) Ações em Tesouraria
(-) Prejuízos Acumulados
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EXEMPLO DE CORREÇÃO MONETÁRIA DE BALANÇO – CORREÇÃO DIRETA NO
SALDO DAS CONTAS – Revogada pelo D.Lei 2341/87
ATIVO PASSIVO
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS:
VALORES
DÉBITOS CRÉDITOS
29
Balanço Patrimonial em 31-12-x1
ATIVO PASSIVO
Permanente Circulante 1.500
Partic.Societárias 450 Patrimônio Líquido
Máquinas 3.000 Capital 1.000
Veículos 1.050 4.500 Reserva de Capital 500
Reserva de Lucros 1.500 3.000
Somas............................................. 4.500 4.500
PROCEDIMENTOS
30
6.2)- A Instrução CVM 64 de 19/05/1987 regulamentou a CORREÇÃO INTEGRAL DE
BALANÇOS
6.2.1)- Enquadramento
Todas as Companhias Abertas
Com ações negociadas na Bolsa
Demonstrações financeiras a se encerrar a partir de 01/12/1987
Com Ações negociadas exclusivamente no mercado de Balcão
A partir de 1988
6.2.5)- Padrão Monetário – A Correção Integral é o Registro dos valores contábeis num único
padrão monetário que é a OTN – As Demonstrações Complementares serão publicadas em
Cruzados pela paridade da OTN na data do Balanço.
6.2.7)- Deficiência do Sistema Legal de Correção Monetária – Não correção dos Ativos não
Monetários classificados no Ativo Circulante e Realizável Longo Prazo, principalmente os
Estoques - Não correção das Receitas e Despesas da Demonstração do Resultado – Não
correção dos Resultados de Exercícios Futuros – Registro da Correção Monetária no
31
Resultado não esclarece o verdadeiro significado dos efeitos inflacionários – Classificação da
Correção Monetária fora do Resultado Operacional é inconsistente.
6.2.9)- Perdas nos Itens Monetários – As perdas nos Itens Monetários serão calculados mês a
mês e registradas da seguinte forma: a)- Perdas ou Ganhos em Itens Monetários sem
rendimentos ou encargos: registro em conta de Resultado Operacional denominada Perdas
(ganhos) em Itens Monetários sem rendimentos(encargos) financeiros. a)- Perdas nos
Estoques: diretamente no CPV. c)-Perdas ou Ganhos em Itens Monetários com
Rendimentos(ou Encargos): diretamente nas contas de Receitas ou Despesas Financeiras. d)-
Ganhos sobre o Passivo de Imposto de Renda do exercício em curso, contabilizado
mensalmente: diretamente na Provisão para o Imposto de Renda, no Resultado e)- Perdas em
Itens não Monetários não Atualizados pela legislação (Despesas Antecipadas, etc.):
diretamente na conta de Resultado, onde as Despesas correspondentes estão registradas.
32
6.2.10)- Itens não Monetários – Compreendem todos os elementos que compõe: Ativo
Permanente – Patrimônio Líquido – Resultado de Exercícios Futuros – Despesas pagas
Antecipadamente – Estoques – Adiantamentos a Fornecedores e de Clientes – Todos os
Direitos e Obrigações não realizáveis ou exigíveis em moeda – Poderão ser utilizadas as
quantidades de OTN do Razão Auxiliar em OTN.
6.2.11)- Itens não Monetários classificados fora do Ativo Permanente e Patrimônio Líquido –
Se adquiridos ou fornecidos nos últimos três meses do Exercício Social: Não serão
atualizados, neste caso, as perdas monetárias apuradas mês a mês serão acrescidas ao CPV –
Se adquiridos ou fornecidos há mais de três meses: serão atualizados, com base em Controles
Auxiliares de Estoques em OTN - O controle deverá ser feito por item, somente quando isso
for impraticável, serão admitidos controles por grupos de itens homogêneos – Após a
atualização, e se necessários, deverão der constituídas Provisões para Ajustes ao Valor de
Mercado.
6.2.12)- Provisão para o Imposto de Renda Diferido – Os ajustes a Valor Presente de créditos
e obrigações e as atualizações de itens não monetários não corrigidos pela legislação,
ocasionarão diferenças entre o Lucro do Balanço e o Lucro Corrigido Integralmente – Se
houver Aumento do Lucro: Deferimento Passivo de Imposto de Renda = Classificar no
Passivo Circulante ou Exigível a Longo Prazo – Se houver Redução do Lucro: Deferimento
Ativo do Imposto de Renda = Classificar no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo –
A contrapartida é a própria conta de Provisão para o Imposto de Renda no Resultado.
33
7)- REAVALIAÇÃO DE BENS
34
saída resulte em Operações Isentas ou não Tributadas ou para Prestação de Serviços Isentos
ou não Tributados
Em cada período, o montante do Estorno previsto será o que se obtiver multiplicando-se o
respectivo crédito pelo fator de 1/60 da relação entre:
A soma das Saídas e Prestações Isentas ou Não Tributadas
Eo
Total das Saídas e Prestações do mesmo período – (equiparando-se às tributadas as saídas e as
prestações com destino ao Exterior).
Equivalente à seguinte fórmula:
1/60 x I/TG
onde:
1/60 = quociente referente a cada período de apuração
I = Total de mercadorias Isentas ou Não Tributadas /
TG = Total geral das Operações e ou Prestações
Obs: O quociente de 1/60 será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso
o período de apuração seja superior ou inferior a um mês.
35
08.02)- A partir de 01/01/2001 por força das alterações promovidas no artigo 20 da Lei
Complementar 102/2000 , não há estorno de credito, pois o mesmo é assegurado
mensalmente, decorrente da entrada de mercadorias destinadas ao Ativo Permanente, no
estabelecimento de contribuinte do ICMS, observadas as seguintes condições:
a)- Apropriação será feita à razão de 1/48 por mês, devendo a Primeira parcela ser apropriada
no mês em que ocorrer a entrada no estabelecimento;
b)-Em cada período de apuração do Imposto, não será admitido o credito em relação à
proporção das Operações de Saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o Total das
operações de Saídas ou prestações efetuadas no mesmo período;
c)- O montante de credito a ser apropriado será obtido multiplicando-se o valor total do
respectivo credito pelo fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o total das operações de saídas do período, equiparando-se às
tributadas as saídas e prestações com destino ao exterior;
d)- O quociente de 1/48 será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso o
período de apuração seja superior ou inferior a 1 mês;
e)- Na alienação dos bens do ativo permanente, antes de decorrido o prazo de 4(quatro) anos
contados da data de sua aquisição, não será admitido o crédito em relação à fração que
corresponda ao restante do quadriênio, a partir da data da alienação;
f)- Ao final do 48. mês contado da data de entrada do bem no estabelecimento, o saldo
remanescente do credito será cancelado, em conseqüência dos créditos impedidos pelas
saídas isentas ou não tributadas;
g)- Os contribuintes do ICMS deverão utilizar o CIAP, modelos C e D , constantes do Ajuste
SINIEF N.8 de 1997, destinados à apuração e escrituração do valor do credito a ser
mensalmente apropriado.
36
CREDITO = ICMS X 1/48 X ( 1 - T / TG )
Onde:
– Exemplo:
- Valor da aquisição em 02/01/2006 = 25.000,00
- Credito ICMS = 18% 4.500,00
- Valor Maximo mensal do ICMS
à compensar = 1/48 93,75
- Lançamentos:
1)- Na aquisição – data: 02/01/2006 à vista
D – MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (AP)
C - CAIXA OU BANCO C/MOVIMENTO (AC)
H – Valor aquisição de 01 maquina conf. NF................R$25.000,00
37
2)- Apropriação do ICMS
D - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADO (AC) ...............R$ 2.250,00
D - ICMS À RECUPERAR S/IMOBILIZADOM (RLP)...........R$ 2.250,00
C - MAQUINAS E EQUIPAMENTOS (AP).............................R$ 4.500,00
H – Valor do ICMS à recuperar s/aquisição Imobilizado
Conforme NF..... de 02/01/2006
9)- LEASING
O Contrato de Arrendamento Mercantil pode ser definido como um negócio jurídico em que o
titular da propriedade do bem, móvel ou imóvel, cede a outrem, pessoa jurídica ou pessoa
natural (chamada de arrendatária), o uso e gozo da posse direta da coisa objeto da avença, por
prazo certo e determinado, sendo facultado, ao final do contrato, o exercício de três
alternativas pelo Arrendatário:
38
Sem que haja a possibilidade do exercício de uma dessas opções, não há que se falar em
leasing.
Atenção deverá ser dada a Contratos que tem o Valor Residual pago simultaneamente ao
pagamento das prestações(1), o que implica em exercício antecipado da opção de compra, e
conseqüentemente alteração da natureza do contrato para a Compra e Venda a Prestação.
Vide julgamento do RESP n.249.340 publicado no DJ de 07/08/2000.
(1)= Caso ocorra, sugestão: não considerar (o valor) como despesa e sim como :
Adiantamento p/Inversões Fixas ( 2.1.2.5) no caso de Imobilização.
39
BTN
O BTN foi criado pelo art.5. da Lei 7777/89 e extinto pelo art.3. da Lei 8177/91. Entre outras
finalidades foi utilizado como referencial da Correção Monetária do Balanço no período de
01/02/89 = 1,000 e 30/06/89= 1,2966 (Lei 7799/89 art.30).
BTN-FISCAL
O BTN-Fiscal foi criado pela Lei 7799/89 para servir como referencial de indexação de
tributos e contribuições federais e também como referencial da Correção Monetária do
Balanço. Foi extinto em 01/02/91 pela Lei 8177/91, sendo seu último valor fixado em
Cr$126,8621
FAP
O Fator de Atualização Patrimonial – FAP, foi instituído pelo Decreto 332 de 04/11/91 para
fins de Correção Monetária do Balanço a partir de Fevereiro de 1991. De 01/01/92 em diante
o FAP foi substituído para esse fim. pela UFIR Diária.
UFIR DIÁRIA
A Ufir Diária foi criada pela Lei 8383/91 para finalidades fiscais, entre as quais servir como
referencial de indexação de tributos e contribuições Federais e também para servir de base da
Correção Monetária do Balanço(Cr$ até Julho/93) – (CR$ de Agosto/93 até Julho/94) – (R$
em Agosto/94). A Ufir Diária foi extinta a partir de 01/09/94 pelo art.43 da Lei 9069/95.
UFIR MENSAL
Até 31/08/94 utilizou-se a Ufir Mensal como referencia de atualização monetária no cálculo e
no recolhimento do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. Com a extinção da Ufir Diária a
partir de 01/09/94, a Ufir Mensal passa a ser utilizada, dessa data em diante, como referencial
de Correção Monetária, inclusive nas hipóteses em que a Correção era baseada na Ufir Diária,
tais como atualização monetária de débitos fiscais, Correção Monetária de Balanço, etc.
40
UFIR TRIMESTRAL – SEMESTRAL – ANUAL
A expressão monetária da UFIR passou a ser fixada por períodos trimestrais a partir de
01/01/95 – Por períodos semestrais a partir de 01/01/96 – Por período anual a partir de
01/01/97. Foi extinta a partir de 27/10/2000 pelos arts. 29 p.3. e 37 da Lei 10522/2002.
13/02/67 a 14/05/70 NCr$ Cruzeiro Novo 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro novo
16/01/89 a 15/03/90 NCz$ Cruzado Novo 1.000 cruzados = 1,00 cruzado novo
01/08/93 a 30/06/94 CR$ Cruzeiro Real 1.000 cruzeiros = 1,00 cruzeiro real
41
12)- CÁLCULO DE ÍNDICES E QUOCIENTES
42
13)- CONVERSÃO DOS VALORES DO ATIVO IMOBILIZADO EM US$
01.02)- Critérios recomendados pelo FASB n.8, tabela de conversão em sua redação original:
Rates Used to Translate Assets and Liabilities Translation Rates
ASSETS Current Historical
Cash on hand and demand and time deposits……………………. X
.
.
Property, plant, and equipment…………………………………... X
Accumulated depreciation of property, plant, and equipment …… X
Patents, trademarks, licences, and formulas……………………… X
XOther intangible assets……………………………………………. X
43
D-01= BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 1980
44
T-18 = CONVERSÃO DA DEPRECIAÇÃO DO PERÍODO-1981
Imobilizado US$ Taxa Dep Deprec US$
EDIFICIOS
31/12/75 375,950 4% 15,038
31/12/76 125,172 4% 5,006
31/01/81 63,049 4% 2,522
Total Edifícios 564,171 22,566
MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
31/12/75 822,320 10% 82,232
31/12/76 711,342 10% 71,134
31/12/77 292,597 10% 29,260
31/01/81 469,373 10% 46,937
Total – Maquinários e Equipamentos 2,295,632 229,563
MÓVEIS E UTENSILIOS
31/12/76 51,053 10% 5,105
31/12/78 15,241 10% 1,524
31/01/81 10,256 10% 1,026
Total de Móveis e Utensílios 76,550 7,655
Maquinas e Equipamentos
31.12.75 822,320 60% 493,392
31.12.76 711,342 50% 355,671
31.12.77 292,597 40% 117,039
31.01.81 469,373 10% 46,937
Total Maquinas e Equipamentos 2,295,632 1,013,039
Moveis e Utensílios
31.12.76 51,053 50% 25,526
31.12.78 15,241 30% 4,572
31.01.81 10,256 10% 1,026
Total Moveis e Utensílios 76,550 31,124
Total Depreciação Acumulada 2,936,353 1,161,947
45
LCCEADAF1
Exercício n.01
Exercício n.02
a)- R$38.000,00 x 20% = 7.600,00 ./. 12 = 633,33 (mensal)
R$633,33 x 10 (meses) = 6.333,30 (período)
b)- Debito - Veículos
Credito - Caixa/Bancos/Fornecedores
R$38.000,00
c)- Debito - Despesas de Depreciação- Veículos-Produção/Administração/Vendas
Credito - Reserva de Depreciação – Veículos
R$6.333,30 (período)
Exercício n.03
a)- Debito - Edifícios
Credito – Construções em Andamento – R$420.000,00
b)- R$420.000,00 x 4% = 16.800,00 (anual) ./. 12 = 1.400,00 (mensal)
ou
R$420.000,00 ./. 300 (25anos x 12) = 1.400,00 (mensal)
c)- R$1.400,00 (mensal) x 7 (junho...Dez) = 9.800,00 (período)
d)- Debito - Despesas de Depreciação – Edifícios-Prod/Adm/Vendas
Credito - Reserva de Depreciação - Edifícios – R$9.800,00 (período)
Exercício n.04
R$100.000,00 x 10% = R$10.000,00 (anual)
R$10.000,00 x 1,5 = R$15.000,00 (anual/acelerada)
R$15.000,00 ./. 12 = 1.250,00 (mensal/acelerada)
R$100.000,00 ./. 1.250,00 = 80 meses
(houve uma redução de 40 meses ( 120 meses (normal) para 80 meses (acelerada) ). ou
R$100.000,00 ./. 120 = 833,33 (mensal/normal) x 1,5 = 1.250,00 (mensal acelerada)
LCCEADAF2
Exercício n.02
Aquisição: Janeiro/1995
Valor Original R$ 50.000,00
Data da baixa : Dezembro/2005
Motivo: Destruição
Aquisição: Janeiro/2003
Valor Original R$20.000,00
Motivo: Venda
Data da venda: Dezembro/2005
Valor da Venda: R$5.000,00
Aquisição: Junho/2004
Valor Original: R$ 5.000,00
Motivo: Venda
Data da venda : Dezembro/2005
Valor da venda : R$ 5.100,00
(2)
Exercícios Resolvidos:
Exercício n.01
R$50.000,00 x 10% = 5.000,00 (anual)
R$5.000,00 ./. 12 = 416,67 (mensal)
Período: 1995/96/97/98/99/00/01/02/03/04-31/12/20004 = 100% depreciado=120 meses
Valor Original = 50.000,00
Reserva de Depreciação = (50.000,00)
Valor Residual = 0,00
Valor da Perda = 0,00
Se for vendido como sucata = valor = receita
Exercício n.02
R$20.000,00 x 20% = 4.000,00 (anual)
R$4.000,00 ./. 12 = 333.33 (mensal)
Períodos: 2003 = 12 meses
2004 12
2005 12 = 36 meses x 333,33 = 12.000,00
Valor Original = 20.000,00
Reserva de Depreciação = 12.000,00
Valor Residual = 8.000,00
Valor da Venda = 5.000,00
Prejuízo(perda) = 3.000,00
Lançamentos:
1)- Debito = Conta de Resultado
Credito = Veículos – Vr.Original = R$ 20.000,00
2)-Debito = Reserva de Depreciação-Veiculos
Credito = Conta de Resultado = R$12.000,00
3)-Debito = Caixa/Bancos
Credito= Conta de Resultado= R$5.000,00
4)- Debito = Despesas não Operacionais – Baixa Ativo Imobilizado
Credito = Conta de Resultado = R$3.000,00
(Montar razonetes para melhor entendimento)
Exercício n.03
R$5.000,00 x 10% = 500,00 (anual)
R$500,00 ./. 12 = 41,67 (mensal)
Períodos: 06/2004 = 07 meses
12/2005 = l2 meses = 19 meses
41,67 x 19 meses = R$ 791,73 (período)
dez/77 233,74
jan/78 238,32
fev/78 243,35
abr/78 255,41
mai/78 262,87
jul/78 279,04
ago/78 287,58
out/78 303,29
nov/78 310,49
3.314,23 276,18
*** Pag.01
LCCAIRX02 ***
CORREÇÃO DAS CONTAS MEDIANTE RAZÃO AUXILIAR EM ORTN
*** Pag.02
4)- Análise das Contas sujeitas à Correção Monetária em 31/12/1978
LCCAIRX02
C ontas Descrição Valor
Ativo Permanente
Móveis Saldo inicial em 02/01/1978 95.832,00
Aquisição em Janeiro/78 8.800,00
Aquisição em Julho/78 17.600,00
Saldo em 31/12/1978 122.232,00
Veiculos Saldo inicial em 02/01/1978 51.480,00
Aquisição em Janeiro/78 66.000,00
Saldo em 31/12/1978 117.480,00
Patrimonio Liquido
Capital Realizado Saldo inicial em 02/01/1978 300.000,00
Aumento de Capital em Abril/78
Em Dinheiro 55.000,00
Reserva de Capital 55.000,00 110.000,00
Saldo em 31/12/1978 410.000,00
*** Pag.03
LCCAIRX02 ***
RAZÃO AUXILIAR EM ORTN
CONTA: Móveis
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 243,55
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 287,40
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária
CONTA: Veiculos
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 243,55
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária
CONTA: Ações
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 233,74 -
1.Trimestre/78 - 243,55 -
2.Trimestre/78 - 263,05 -
3.Trimestre/78 - 287,40 -
4.Trimestre/78 - 310,74 -
Saldo Contábil
Saldo Corrigido 318,44
Correção Monetária
*** Pag.04
LCCAIRX02 ***
CONTA: Depreciação Acumulada de Veículos
Data/Descrição Valor-Cr$ Valor-ORTN Mov.-ORTN Saldo-ORTN
02/01/78 15.444,00 233,74 -
1.Trimestre/78 6.003,08 243,55
2.Trimestre/78 6.430,88 263,05
3.Trimestre/78 6.860,22 287,40
4.Trimestre/78 7.289,57 310,74
Saldo Contábil 42.027,75
Saldo Corrigido 318,44 162,4977
Correção Monetária
*** Pag.05
LCCAIRX02 ***
6)-DEMONSTRATIVO DOS ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO RELATIVOS AO PERÍODO DE 02/01 A 31/12/78
As quotas de depreciação anuais são calculadas em quantidades de ORTN e depois são transformadas
em cruzeiros para efeitos de registro contábil
*** Pag.06
LCCAIRX02 ***
C)- Lançamentos Contábeis
DIVERSOS
a CORREÇÃO MONETÁRIA
TERRENOS ..................................................................... 19.883,85
MÓVEIS ..........................................................................
VEÍCULOS ......................................................................
AÇÕES ........................................................................... 4.928,21 ............... 103.094,63
CORREÇÃO MONETÁRIA
a DIVERSOS
a Resevas de Capital ................................................... 12.682,90
a Reservas de Lucros..................................................
a Depreciação Acumulada de Móveis ......................... 13.260,09
a depreciação Acumulada de Veiculos ....................... ................. 62.305,09
CORREÇÃO MONETÁRIA
a Reserva Especial de Capital .......................................................................... 140.222,06
Depr.Acumul.Móveis Ações
saldo saldo
cm..............> 13.260,09 4.928,21 <............cm
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
FORNECEDORES 300.000,00
CLIENTES 600.000,00
TERRENOS
INVESTIMENTOS ANTERIOR
*** Pag.08
OBRAS CONSULTADAS:
3)- Apostila - Correção Monetária – Uma visão geral – Fugimi Yamashita – IOB
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