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Não.

Ao tomar tal decisão, a juíza optou pela quebra do contrato realizado entre empregado e
empregador. E, no entanto, as decisões jurídicas são a forma mais direta do Estado gerar
incentivos (ou desincentivos) aos agentes na economia. Tais agentes buscam responder de
forma racional a tais fatores da melhor forma possível.

A intervenção estatal se justificaria em última instância. Caberia a empresa, em primeiro lugar,


tentar solucionar o problema(mediante o uso de seu setor de recursos humanos).A juíza
deveria ter tentado agir como intermediária, exigindo uma solução que partisse da empresa,
que mediante a alocação de seus fatores de produção, poderia tentar conseguir manter a
eficiência produtiva. Se a funcionária estivesse sendo maltratada, ou obrigada a trabalhar,
mesmo alegando incapacidade por conta de seus problemas de saúde, aí a intervenção estatal
de fato se faria necessária.

A quebra de um contrato representa uma situação na quais duas entidades essenciais para o
progresso econômico entram em desacordo e acabam por prejudicar um ao outro. Os agentes
econômicos (as empresas, que são responsáveis pela geração de emprego e renda) acabam
por tornarem-se reféns do Poder Judiciário, e são impedidas de buscar soluções próprias. Cria-
se um ambiente onde a incerteza legal se maximiza, ferindo a autonomia empresarial. Ou seja,
não fica claro qual o limite efetivo para tal autonomia, ficando tal limite nas mãos das
decisões do Poder Judiciário.

Quando se pensa em Estado Social de Direito, vem à tona a ideia da intervenção do Estado
para ajudar os menos favorecidos, com o foco deslocando-se da liberdade para igualdade. No
entanto, é preciso olhar não apenas para a ação da juíza (que obviamente favoreceu a
funcionária), mas para as consequências de tal ação: as empresas ficam sujeitas a incerteza do
ambiente legal, o que pode retrair investimentos (limitando a criação de riqueza e diminuindo
os empregos que ela porventura pode a criar).

A notícia traz a tona uma tensão que é muito comum no Brasil: justiça X eficiência. Segundo
Castelar e Pinheiro, 79% dos juízes acreditam que a busca da justiça social justifica decisões
que violem os contratos. Logo, decisões provenientes do poder judiciário (ainda que bem
intencionadas) acabam por criar mais malefícios do que benefícios. Isto é comum no ambiente
jurídico do Brasil. Outro fator que gera uma influência negativa são as ausências de súmulas
vinculantes das decisões, que permitem a criação de leis temporárias.

A juíza do caso exposto na matéria (assim como o Poder Judiciário como um todo) deveria
seguir o que na Economia chama-se de Teorema de Coase Normativo, no qual a lei se
estrutura de forma a remover os impedimentos em torno de acordos privados, embora deva
sempre permanecer atenta para remover as consequências negativas proveniente de tais
acordos (o Teorema de Hobbes Normativo)

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