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A democracia confere uma aura de legitimidade à vida política moderna, leis, regras e

medidas políticas parecem justificadas se são democráticas. Porém, nem sempre foi assim. Desde a
grécia antiga houve muita crítica à democracia (bobbio, discurso dos tres caras). Assim, o
compromisso com a democracia é um fenômeno recente. Também, é um experiência difícil de
manter, à luz do fascismo, nazismo, stalinismo…

O componente liberal da democracia não pode ser tratado como algo simples, já que
possui diversas vertentes e interpretam de forma diversa o agente individual, a autonomia, os
direitos e deveres subjetivos

Ademais, existem contradições internas entre o valor liberal (direitos individuais,


autonomia privada) e o valor democrático (interesse em regular a ação individual, uma
accountability pública).

1.1 Modelos de democracia

Há quem entenda que democracia tem relação com o poder popular (cidadãos que se
auto regulam e governam) e outros entendem que envolve um processo de elaboração de decisões
(meio para conferir autoridade para quem for eleito a cargos públicos).

Tal conflito deu nascimento a três formas de democracia. O primeiro é a democracia


direta ou participativa: as decisões públicas dependem dos cidadãos. Em segundo lugar, há a
democracia representativa liberal, um sistema de governo baseado em funcionários eleitos que
devem representar o interesse e as perspectivas dos cidadãos. Em terceiro lugar, há uma variante
fundada em um modelo bipartidista, à moda da união soviética, europa oriental e etc.

O cidadão ativo e o governo republicano. Muito embora a maioria das características da


democracia ocidental sejam imputadas à grécia antiga, estudo mostram que cidades-estados já
existiam na mesopotâmia. Por outro lado, os ideais políticos de atenas (igualdades dos cidadãos,
liberdade e respeito à lei e à justiça) são constitutivos do pensamento político ocidental, pelo que
Atenas é um ponto de partida útil. A cidade-estado de atenas, conduzida por cidadãos-governantes,
não estabelecia diferença entre o Estado e a sociedade, enquanto cidadãos eram súditos da
autoridade e criadores das regras.

Ele fala que o público e o privado se viam entrelaçados (não entendi, ou n concordo). Os
cidadãos só poderiam viver de formo honrosa na pólis e através dela. Porém, os cidadãos eram uma
parcela muito restrita, entre os excluídos haviam as mulheres e os escravos (uma grande parcela da
população).

Grécia e Roma compartilham diversas características: participação popular, sem diversas


escalas de controle burocrático, fomentavam o dever público e as exigências do estado gozavam de
importância. Porém, Roma era essencialmente um governo oligárquico.
A reivindicação mais forte dos republicanismo clássico se difundiu no início
renascimento. O conceito da cidadania clássica ativa de uma república chegou a ser uma das
preocupações fundamentais, antes as críticas desta forma de governo por aristóteles. Concentrar o
poder em uma classe (povo, aristocracia, monarca) era algo perigoso, por capacidade de corrupção.
Por isso, Maquiavel sustentou que todas essas formas são instáveis e que um sistema de governo
deveria combinar elementos de cada uma delas para promover a cultura política baseada pela
virtude cívica. Tal modelo era bem produzido por Roma: governo misto (sistema de cônsules, um
senado e tribunais populares).

O núcleo do argumento do republicanismo renascentista era que a liberdade de uma


comunidade política reside no fato de que não dever prestar contas a nenhuma autoridade fora da
própria comunidade. O autogoverno e a participação são as fórmulas para a liberdade.

Tanto para os renascentistas quanto para os gregos, o cidadão era aquele que participava nos
assunto públicos (o que coloca em cheque as democracias atuais).

O cenário da autoridade religiosa passou mudar no final do século dezesseis, quando ficou
claro que a religião se tornou em uma força desintegradora e que os poderes do Estado deviam ser
separados da obrigação de promover um religião em particular.

Democracia representativa liberal. Há uma tensão clara entre a regulação do Estado e a


privação de certas liberdades. Para os democratas liberais, a democracia liberal constitui uma
inovação institucional chave para resolver o possível desequilíbrio entre o poder coercitivo e
liberdade. Tais preocupações, relativas à razão, governo legal e liberdade de eleição só poderia ser
atendida caso existisse igualdade política de todos os indivíduos. O livre mercado, então, surge
como o mecanismo chave para resolver tais problemas, garantindo tanto a liberdade como a
autoridade.

Para James Madison, democracias puras (poucos cidadãos que se reuniam em assembleia
e administravam pessoalmente o governo) sempre foram intolerantes, injustas e instáveis. Em
contraste, o governo representativo resolve os excessos, pois, as eleições regulares forçam o
esclarecimento das questões públicas e as pessoas eleitas são capazes e competentes para identificar
o verdadeiro interesse do país.

O interesse de Madison não é identificar o autêntico lugar do cidadão ativo dentro da


comunidade política, mas, afirmar a legitimidade de uma ordem em que os indivíduos perseguem os
seus interesses particulares, pelo que o governo é um meio para isso. Inclusive, Madison se
preocupou em identificar as vias para reconciliar os interesses dos particulares com as grandes
repúblicas (p. 31).
Para Bentham a característica fundamental da democracia representativa é preservar seus
membros da opressão estatal (esteja nas mãos de quem for o poder político). Tanto o sufrágio
quanto o mercado livre são essenciais: a pressuposição básica de que é possível alcançar
efetivamente o bem coletivo somente se os indivíduos competirem, perseguindo seus interesses sem
a interferência do Estado. De outra maneira, se houver o fracasso do laisser faire não haverá a
felicidade da maioria.

Desde a antiguidade clássica até o século XVII, a democracia poucas vezes esteve
associada à reunião de cidadãos. No começo do século XIX começa a ser pensado como um direito
dos cidadãos a participar na determinação da vontade pública. A conquista do sufrágio foi resultado
das atividades das classes trabalhadoras e das atividades feministas.

O que fazer hoje com esses distintos modelos de democracia? Em uma sociedade tão
marcada por desigualdades, é difícil imaginar como tal modelo poderia funcionar. Ele vai tentar
destacar a importância de princípios como a impessoalidade do poder público, de uma constituição
que garanta e proteja uma série de direitos e diversos centros de poder, o que não significa a opção
por nenhum dos modelos.

Porém, um problema que se apresenta a todos os defensores da democracia moderna é que


a globalização desafia as formas nacionais de resolução de conflitos. As decisões nacionais tem
forte impacto internacioanal. A globalização implica em dois fenomenos: primeiro que muitas
correntas da atividade política, económica e social está adquirindo dimensões globais e, em segundo
lugar, houve um grande incremento na relação internacional (tanto Estado quanto sociedade).

As democracias atuais implicam em uma tensão entre a prestação de


contas/legitimidade e a implementação de uma política de poder fora das fronteiras.

Não obstante, a história do sistema internacional guarda pouca relação com os


princípios democráticas. Há ainda quem os interprete como anárquicos. A autonomia política que
cada Estado reivindica para si resulta na impossibilidade de um Estado vincular as ações do outro.
Porém, por obvio, há o respeito de regras feitas com o proposito de dar forma e força a interesses
que compartilhavam.

Depois das duas guerras mundiais, as pessoas individuais e os grupos foram


reconhecidos como objetos do direito internacional (o direito internacional foi aumentando sua
competencia na regulação de materias econômicas, ecológicas, sociais e etc). A influente doutrina
de que a única fonte do direito internacional é a vontade dos Estados foi questionada.

O sistema internacional se desenvolveu neste contexto e em conjunto com a difusão


global das novas relações econômicas, marcadas pela desigualdade (efeitos assimétricos da
globalização política e econômica sobre as possibilidades de vida e bem estar dos povos) e
hierarquia (dominio de uns Estados do oeste e norte no processo de globalização).

O giro do modelo de Westfália às cartas da ONU reside um conflito entre a autonomia


dos Estados e as exigências em favor de um princípio organizativo dos assuntos mundiais. A
arquitetura da ONU foi pensada para acomodar a estrutura do poder internacional. De fato, a
possibilidade disposta na carta de por em marcha medidas punitivas coletivas nunca se materializou
e as missões de paz só ocorreram quando houve anuência do próprio Estado.

Apesar de suas boas intenções, a carta da ONU não alcançou um novo princípio
organizacional das relações internacionais (que pôde quebrar com a lógica westfaliana e por em
prática novos mecanismos democráticos de coordenação.

A nacionalização da política global é algo que não completou sua trejetória, o paradigma
ainda é o de estado-nação. Ainda há no centro do Estado a pretensão de ser uma autoridade
independente.

Porém, é importante destacar pautas que estão redefinindo a arquitetura do poder político
associado ao Estado-nação, como a:

1. Direito internacional, que desenvolveu novos meios de regulação legal, reconhecendo


poderes, limitações e direitos que transcendem à merda vontade do Estado nacional.

2. Internacionalização do processo de decisões políticas, em que o próprio direito interno se


vale e abraça os regramentos internacionais e tem que que levar tais regimentos em conta no
momento de elanoração de suas decisões.

3. globalização de uma cultura, de modo a afetar a identidade nacional (o desenvolvimento


de novos sistemas de comunicação criam um mundo no qual as particularidades e individualidades
são constantemente mediadas por redes de de conexão global).

4. Economia mundial, no sentido de que as políticas públicas dependem e buscam abarcar


os rumos da economia internacional. Inclusive, as barreiras que existem para as pessoas não se
aplica às mercadorias e, muito menos, às informações.

5. Novo contexto do pensamento, que se volta sempre a levar em conta o aspecto global.

Dessa forma, a ordem internacional se caracteriza tanto pela persistência do sistema dos
Estados soberanos como pelo desenvolvimento de uma pluralidade de estruturas de poder e
autoridade com o objetivo de prestação de contas.

De qualquer forma, há alguma para acreditarmos que um sistema de autoridades superpostas


poderia ser mais responsáveis, do que os meios democráticos tradicionais? A democracia
representativa tem sido a chave para assegurar a autoridade (poder do soberano) e liberdade
(exercicio e reivindicação dos deveres).

Dai, o David Held propõe a institucionalização de um direito cosmopolita, mundial fundado


nos direitos humanos, na sociedade civil global e na regulação global da economia. A democracia
cosmopolita requer o consentimento ativo dos povos e das nações, a participaão inicial só pode ser
voluntária.

O modelo cosmopolita está baseado no reconhecimento de que a democracia está dentro de


uma comunidade particular e as relações democráticas entre as comunidades estão atreladas ao
compromisso em criar novos mecanismos de organização, garantindo uma democracia próspera no
futuro.

1. Assim, a democracia cosmopolita busca a consolidação do direito cosmopolita, com o


objetivo de definir o perfil e os limites do processo de elaboração das decisões políticas, de uma
forma que os indivíduos consigam efetivamente influenciar no processo decisório. Assim, o direito
cria a base constitutiva dos modos de interação e resolução das disputas, que não pode se afastar da
jurisdição obrigatória.

Ele explicita quais órgãos são necessários para a implementação desse modelo
democrático…

O objetivo é possibilitar uma ordem na qual todos os elementos sejam democrático, desde os
locais de trabalho até as redes globais

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