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ALEGRIA EM MEIO A DOR- LIÇÃO 7

INTRODUÇÃO

Ninguém em suas faculdades mentais normais gosta de sofrer e tentar fugir da dor e do
sofrimento é um dos grandes desafios da humanidade. Diariamente os seres humanos buscam
maneiras de diminuir ou eliminar as causas para seus sofrimentos, sejam físicos, emocionais e até
espirituais. Contudo, esta parece ser uma guerra perdida, pois, inquestionavelmente, em algum
momento da vida todos nós iremos nos deparar com situações que nos ponham diante destes grandes
adversários: a dor e o sofrimento. A grande pergunta a ser feita é: como devemos reagir a este
momento? Devemos nos sentar e ficar lamentando pelo que estamos vivendo? O que a Bíblia tem a
nos ensinar?

Na lição de hoje estudaremos como Pedro orienta aos irmãos a se comportarem perante o
sofrimento ocasionado pela fidelidade ao Senhor. Além disso, o Apóstolo pescador vem de encontro
a mentiras propagadas por falsos mestres desde os seus dias e que ainda hoje tem seus arautos; ele
combate a falácia de que os fiéis não podem enfrentar sofrimento. Na verdade, Pedro motiva seus
leitores a continuarem firmes e regozijantes ante as perseguições e sofrimentos que pudessem surgir,
pois, segundo Pedro, este era um sinal de que eles estavam andando na contramão do mundo.

I. A ALEGRIA DE SOFRER COMO CRISTÃO

“Pare de sofrer”! “Resolva seus problemas financeiros”! “Reunião em busca da felicidade”.


Estes são alguns slogans que facilmente avistamos nas igrejas da atualidade. São mensagens
impregnadas de um ideal humanista, bem como recheadas pelas ideologias propagada pela Teologia
da prosperidade que apresenta o sucesso e a prosperidade financeira como o fim último da trajetória
cristã. Para os adeptos desta teologia não há espaço para sofrimento ou para uma reflexão em cima
de tais situações. O crente passa a ser visto como um “super crente”, conforme nos adverte o teólogo
Paulo Romeiro em sua obra evangélicos em Crise (1999). Este “super crente” não adoece, não sofre
perseguição, não tem crise financeira, tudo pode ser conquistado por uma palavra da fé. Ledo engano!

A prosperidade e o bem-estar físico é promessa do Senhor para o seu povo, conforme


podemos ver nas páginas das Escrituras (Dt 28.2ss). É também verdade que nas palavras de Jesus nós
teríamos aflições nesta terra (Jo 16.33), ainda que fossemos crentes fieis. Não estão isentos dos
momentos difíceis em nossa caminhada. Nas palavras do teólogo pentecostal José Gonçalves a “[...]
prosperidade no Novo Testamento não está vinculada a uma vida de realização material, mas com a
restauração da comunhão com o Senhor que havia sido perdida. Se a ideia que se tem hoje de alguém
próspero é a daquele que galgou os degraus do sucesso e da fama, no Novo Testamento ser próspero
significa até mesmo a perda desse sucesso e dessa mesma fama (Fp 3.7,8; Lc 18.22; 19.2,8)1”. Uma
dura verdade para uma geração que tem como foco ser bem-sucedido em sua “carreira ministerial”.
Aos aspirantes ao ministério e a aqueles que já lidam na obra nunca é demais lembrar: fomos
chamados para servir e não para “ser visto”. O foco é o crescimento do Reino e não o nosso (Jo 3.30)!

Diante da certeza de que o crente passa por provações, Pedro busca preparar os cristãos para
suportarem não apenas uma simples perseguição como já estavam habituados - afinal, eles já não
viam com anormalidade serem tratados com certa indiferença em suas vidas pública e privada. O
alerta de Pedro é mais sério, mas dramático, vejamos: “Amados, não estranheis a ardente prova que
vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse;” (1 Pedro 4:12). Diferente de
outras vezes, agora a prova seria ardente, do grego “purosis”, uma queimadura, uma “prova de fogo”.
Segundo o biblista R.N. Champlin: “ [...] os crentes haveriam de passar por sofrimento: a. destruidor;
b. doloroso; c. violento e d. inexorável, como um fogo em galharia seca2”. Esta ardente provação seria
algo maior, generalizado e oficial. Era o início das grandes perseguições imperiais que durariam até
o início do quarto século. Eis a razão da solene advertência petrina!

Diante de um aviso deste nível, a orientação apostólica não foi para que os irmãos fugissem
ou pegassem em armas contra o estado romano. A recomendação foi oposta a isso. Pedro prescreve
àqueles irmãos que se sintam privilegiados por serem participantes do mesmo sofrimento que Jesus
padeceu. Na verdade, a orientação é ainda maior: “Alegrai-vos (1 Pe 4.13)! Que difícil recomendação!
Como seria possível se alegrar por um sofrimento imediato e aparentemente inevitável? De acordo
com a Palavra de Deus é possível sim, porém, nunca realizaremos tal feito com base em nossos
próprios méritos, é preciso estar ligado à Videira Verdadeira, Jesus (Jo 15.1ss).

De acordo com as orientações petrinas duas atitudes devem ser tomadas pelos cristãos que
passam por sofrimento e dor. Em primeiro lugar é preciso ter a convicção de que as aflições presentes
são momentâneas e que há algo maior no futuro a nos esperar. Esta esperança foi o que impulsionou
homens e mulheres cristãos em todos os tempos a se entregarem ao martírio de modo sereno e com
um aspecto vitorioso. Todos eles tinham convicção de que estavam apenas de passagem neste mundo
e que padecendo aqui, entrariam numa vida melhor, conforme afirma Paulo ao escrever aos Filipenses
(Fp 1.21, 23). Sim, quando temos a certeza de que veremos ao Senhor não tememos os sofrimentos
momentâneos, pois sabemos que “[...] o morrer é lucro”(Fp 1.21).

1
GONÇALVES, 2011, p.70
2
CHAMPLIN, 2014, p. 206, Vl 6.
Em segundo lugar, destacamos as palavras do próprio Pedro ao dizer que tais sofrimentos
nos identificariam com Jesus, “sendo participantes das aflições dEle”. Se somos participantes das
mesmas aflições de nosso mestre, isto implica dizer que estamos em comunhão com Ele. Logo, se
temos comunhão com Jesus temos a certeza que mesmo na “fornalha ardente” Ele estará conosco.
Devemos nos alegrar com esta notícia! Se estamos cônscios de que Cristo está conosco, mesmo diante
do sofrimento, poderemos nos alegrar. Não precisaremos viver em busca de glorias terrenas, e
passamos a entender verdades maiore. É como nos diz o biblista Warren W. Wiersbe: “O mundo
acredita que a glória consiste na ausência de sofrimento, mas o cristão vê as coisas sob outro prisma.
A provação da fé no presente é garantia de glória quando Jesus voltar (1:7, 8)3”. Aleluia por esta
grande Esperança!

Por último, encerramos este tópico apresentando algumas razões que podem fazer com que
o cristão compreenda que o sofrimento também é fonte de crescimento espiritual. O teólogo John
Piper afirma que: “O Novo Testamento não apenas deixa claro que o sofrimento é necessário para os
seguidores de Cristo, ele também se empenha em explicar o porquê e quais são os propósitos de Deus
nisso. É crucial que os crentes conheçam esses propósitos”4. Depois dessa explanação, Piper então
aponta alguns valores que vem juntamente com o sofrimento do cristão. São valores que nos fazem
crescer espiritualmente. Vejamos o que nos apresenta John Piper: “1. Sofrimento aprofunda a fé e a
santidade. 2. Sofrimento faz seu cálice crescer. 3. Sofrimento é o preço de encorajar os outros. 4.
Sofrimento preenche o que falta nas aflições de Cristo. 5. Sofrimento fortifica o mandamento
missionário do “ide”. 6. A supremacia de Cristo é manifesta no sofrimento5”. Diante destas seis
assertivas, podemos então fazer aquilo que Pedro nos orienta: Alegrai-vos!

II. A TRISTEZA DE SOFRER COMO UM MALFEITOR

Se é motivo de alegria para um cristão sofrer em nome de Cristo, já não se pode dizer o
mesmo daqueles que padecem sendo criminosos ou participes de atos que vão de encontro a vontade
de Deus. Pedro traz esta verdade a memória de seus irmãos ao dizer: “Que nenhum de vós padeça
como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios”(1 Pe 4.15).
É preciso deixar bem claro: não há glória no sofrimento humano por si só. Muitos são os que
erradamente acreditam que por uma pessoa estar sofrendo nesta vida ela já tem garantida a passagem
para o Céu. Engano total! O homem é salvo não por ser pobre ou por estar sofrendo. O homem é
salvo pela Graça de Deus, mediante a fé em Cristo Jesus (Ef 2.8,9), vivendo em obediência aos seus

3
WIERSB, 2014, p.548, Vl. 6
4
John Piper. Aos pregadores da prosperidade. Disponível em: <
https://arautodecristo777.files.wordpress.com/2012/07/john-piper-aos-pregadores-da-prosperidade.pdf> acesso em
14/08/2019
5
Idem.
ensinos. Podemos entender a partir desta observação petrina que aqueles que praticam obras
infrutuosas podem padecer, seja pela ação direta do estado (Rm 13.7; 1 Pe 2.11-14), quer por ação
punitiva do próprio Deus (At 5.1-9). Assim, o sofrimento de nenhum ser humano é sinal do favor
Divino.

As orientações de Pedro são dirigidas especialmente para cristãos e estes deveriam manter-
se integro mesmo diante as perseguições. Diante das afrontas romanas não lhes era permitido matar
ou roubar, ainda que justificassem estes atos como vingança contra seus perseguidores. Se fossem
punidos e padecessem por praticar tais atos, não lhes restaria qualquer glória neste mérito. Ao elencar
as possíveis causas inglórias de sofrimento, Pedro destaca homicídios, roubo e “entremeter em
negócios alheios” (gr. “allotrioepiskopos”, que tem o sentido simples de “intrometido 6”). Não é
comum um cristão praticar os dois primeiros itens (homicídios e roubos), porém, este último é até
comum demais. Para o biblista Russel N. Champlin estas pessoas eram “ [...] espiãs e importantes aos
seus próprios olhos, qe imaginam que podem endireitar tudo, e que toda a pessoa com quem se
encontram está debaixo de sua jurisdição pessoal7”.

Vemos constantemente pessoas se metendo na vida alheia com fofocas, mentiras e atitudes
que em nada glorificam ao Senhor. Estas pessoas frequentemente se dizem vítimas de perseguições
ou ainda afirmam está passando por provas. Na verdade, é bem possível que estejam colhendo o fruto
de sua má conduta ao se meter excessivamente na vida alheia. Sofrer em aflições oriundas de uma
fonte tão rota não há glória alguma, na verdade é motivo de vergonha. Por isso, é preciso que se
observe a conduta junto a Igreja de Deus e ao mundo ao nosso redor. Controlemos nossa língua,
nossas ações e nossa conduta.

III. A PERSEGUIÇÃO AO EVANGELHO E O SOFRIMENTO DO


JOVEM CRISTÃO.

Neste último ponto é preciso que reavivemos a realidade de que os cristãos ainda são mortos
e perseguidos aos milhares ao redor do mundo, isso em pleno o século XXI. O que Pedro disse para
os crentes em seus dias ainda é muito real em muitos lugares do planeta. No Brasil não há perseguição
oficial - mesmo havendo perseguições ideológicas e até física em muitos lugares do país. Contudo,
em muitos lugares do planeta há mortes e perseguições. É preciso que oremos em favor das Igrejas
que sofrem pela causa do Mestre.

Oremos para que o Senhor os fortaleça. Oremos para que o Espírito Santo conceda alegria
aos corações dos irmãos perseguidos. Oremos para que nossa fé esteja inabalável quando estivermos

6
CHAMPLIN, 2014, p. 208. Vl 6
7
Idem, idem.
diante das ardentes provações das quais nossos irmãos já enfrentam. E para encerrar este tópico
deixarei dois trechos de cartas de irmãos da Igreja na China, na província de Shandong, uma Igreja
que vive dura repressão do Estado chinês. Se possível, faça a leitura deste trecho em sua classe de
EBD e depois faça uma oração por todos estes irmãos que padecem perseguições. Acredito,
sinceramente, que esta leitura deixará claro o quanto muitos cristãos ainda hoje sofrem uma “ardente
provação8”. Que o Senhor nos ajude!

 Carta de um cristão da província de Shandong

"Por favor, ore por nossa igreja: em 10 dias nossa casa será destruída e não teremos lugar
para nos reunir. Não temos um lugar para onde nos mudar, de modo que os cristãos estão dispersos e
não podem se reunir durante a noite. Há uma separação: os que são fiéis e amam o Senhor têm sido
forçados a parar de pregar. Mas aqueles que são contrários à verdade do evangelho têm permissão
para falar na nossa comunidade. O slogan que tem sido gritado é: Aniquilação às igrejas domésticas!
Desse modo, algumas igrejas domésticas estão sendo perseguidas."

 Outra carta confirmou as ações contra as igrejas domésticas de Shandong:

"A situação aqui está muito difícil. Neste mês o governo intensificou a perseguição contra a
igreja. Por favor, ore por nós!"

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi exposto nesta lição aprendemos que o cristão não está imune as
perseguições e aos momentos de sofrimento. Quando tais sofrimentos são originados pela nossa
fidelidade ao Senhor devemos ter grande gozo, pois desta forma nos identificamos com nosso Mestre.
Contudo, não podemos nos alegrar quando as provas são frutos de nossos erros.

A perseguição e o sofrimento é parte integrante da caminhada cristão, portanto, peçamos ao


nosso Senhor que nos fortaleça para o dia da provação. Que possamos estar firmes até o grande dia
em que nos encontramos com o nosso Rei Jesus!

8
Estas cartas podem ser consultadas no site Portas abertas. Disponivel em: <
https://www.portasabertas.org.br/categoria/noticias/noticia3070 > acesso em 14/08//2019.
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO

CHAMPLIN, Russel N. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. Nova edição.
São Paulo: Hagnos, 2014. Volume VI.

GONÇALVES, José. Prosperidade a luz da Bíblia. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD. 2011.

HANEGRAAFF, HAnk. Cristianismo em crise: uma câncer está derrotando a Igreja de cristo. Ele
tem de ser extirpado! 6ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD. 2013.

PIPER, John. Aos pregadores da prosperidade. Disponível em:<


https://arautodecristo777.files.wordpress.com/2012/07/john-piper-aos-pregadores-da-
prosperidade.pdf> acesso em 14/08/2019.

ROMEIRO, Paulo. Evangélicos em crise: decadência doutrinária da igreja brasileira. 40ª edição.
São Paulo: Editora Mundo Cristão, 1999.

WIERSBE, Warren W. Novo Testamento. 1ª edição. São Paulo: Geografica Editora, 2014. Volume
II

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