Contemporâneas
Este livro foi editado segundo as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pelo Decreto
Legislativo n 54, de 18 de abril de 1995, e promulgado pelo Decreto n 6.583, de 29 de setembro de 2008.
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Inclui bibliografia.
CDD - ^0^417
2 0 . X A S A R E DAR-SE AO RESPEITO": CONJUGALIDADE
ENTRE HOMOSSEXUAIS MASCULINOS EM CUIABÁ*
Moisés Lopes'
0 que toma um par gay, casal? Fidelidade? Respeito? Projeto de vida em.
comum? Este texto enfoca como a conjugalidade homossexual masculina
é vivida por casais gays da cidade de Cuiabá, em especial no que concerne
1
' Os dados utilizados neste texto foram coletados no ano de 2005, no projeto "Conjugalidade na
Grande Cuiabá: significados e práticas da parceria entre homossexuais que vivem uma u n i ã o " , rea-
lizado no âmbito do Programa Interinstitucional de Treinamento em Metodologia de Pesquisa em
Género, Sexualidade e Saúde Reprodutiva do Instituto de Medicina Social da Uerj, com apoio d a Fun-
dação Ford. Agradeço o suporte financeiro e institucional para o desenvolvimento dessa Destruis - 3
" Mestre em ciências sociais pela Universidade de Londrina (UEL-PR), doutorando em a n O " ? " 0 0
Considerando tal cenário, Marcelo, Marcos, Daniel, André e os outros para contrabalançar certos incidentes, cujas implicações simbólicas pos-
entrevistados posicionavam-se como indivíduos dignos de respeito por sam ameaçar a própria face. Goffman (1970:13) a define como:
não frequentarem o "meio gay" e por evitarem demonstrações públicas de
afeto. Desse modo, a pesquisa evidenciou a construção de estratégias em o valor social positivo que uma pessoa atribui a si, por meio
torno do segredo (Simmel, 1999) da homossexualidade e da relação conju- da imagem que os outros supõem que ela teria construído em
gal no processo de conquista de uma imagem pública de respeitabilidade. determinado contato. A face é a imagem da pessoa, delineada
em termos de atributos sociais aprovados, ainda que se trate
O quadro resume o perfil dos entrevistados
de uma imagem compartilhada no ambiente social.
Perfil dos entrevistados Desse modo, face não constitui algo que se aloja no interior ou na su-
Bocrevfetado Companheiro
•
perfície do corpo, mas está localizada difusamente no encontro (no caso, na
Tempo dc
Nome Idade Escolaridade Profissão Idade Escolaridade Profissão relação entrevista). Ela se manifesta apenas quando os eventos no intercâmbio são
(anos)
lidos e interpretados, em função das avaliações formuladas. Nesse sentido,
Superior
Murilo 20 Bancário 28 Pós-graduação Professor 2.S
(cursando) todos os entrevistados manipulam a face de maneira distinta, no desenrolar
Daniel 24 Sup.completo Professor 23 Sup. completo Professor 1 da entrevista, e diferenças surgem nas declarações feitas com e sem o uso do
Prof. e guia
Paulo 29 Sup. incomp.
turístico
23 Médio incomp. Vendedor 2 gravador. O papel do pesquisador é, simultaneamente, aceitar, questionar
Rodrigo 31 Pós-graduação Professor 37
Superior Téc. em
4 e respeitar a face construída pelo outro, uma vez que busca apreender esse
(cursando) enfermagem
Superior Téc. de Func. processo de configuração. A partir dos dados iniciais, foram abordados os
André 33 29 Médio comp. 1,5
(cursando) enfermagem administrativo
Promotor de
significados da sexualidade e a maneira como se refletiam na constituição
Marcelo 35 Sup. incomp. 30 Pós-graduação Administrador 10,5
eventos de suas vidas. O roteiro continha um terceiro grupo de questões, referentes
João 38 Médio comp. Cabeleireiro 37 Médio comp. Cabeleireiro 15
às representações e aos sentidos da conjugalidade. Trata-se de um conjunto
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Como Goffman (1970) indica, no momento da interação, o entrevis- N ó s E ELES: COMO SE CONSTRÓI O RESPEITO
tado possui dois pontos de vista: uma orientação defensiva, com o sentido
A análise da categoria "respeito" é fundamental para compreender o
de salvar sua face, e uma, protetora, para preservar a de outros. No caso
modo de construção da ideia de conjugalidade a partir dos entrevistados.
de Daniel, trata-se dos dois sentidos. Somando-se a esses dados, ficou
O conjunto de questões referentes à relação entre eles e seu círculo social
evidente que eles assumiram postura diferenciada, diante do gravador:
aborda os locais de lazer frequentados - tanto noturnos quanto diurnos - , os
conforme citado, Rodrigo e Marcelo demonstraram grande habilidade so-
ambientes pertencentes ao circuito gay, a vivência de situações de precon-
cial; Paulo, Rafael, Murilo e Daniel utilizaram uma gramática normativa.
ceito e discriminação, além do conhecimento (ou não) da homossexualidade
Ambas atitudes foram interpretadas como meio de preservação da pró-
e do relacionamento por familiares, amigos, vizinhos ou colegas de trabalho.
pria face diante de um terceiro elemento (o gravador), que representaria
o olhar/ouvido da sociedade. 6 Muitos afirmaram acreditar que praticamente todos de seu convívio e
do companheiro sabem de seu relacionamento e da condição homossexual,
Além disso, pelo fato de os entrevistados terem sido contatados por
mas isso não é uma regra. Esse conhecimento se dá pelo fato de nunca terem
redes de sociabilidades específicas, ou social networks (Guimarães, 2004),
tido namoradas e por frequentarem locais de trabalho, de convívio fami-
que envolviam indivíduos vivendo em situações de conjugalidade ou aque-
liar e de lazer sempre com os parceiros. A manipulação do segredo (Simmel,
les que buscavam essa modalidade de relacionamento, foi possível aces-
1999) foi muito discutida pelos sujeitos da pesquisa. Marcelo afirmou não ter
sar boatos sobre relações extraconjugais. Após ser desligado o gravador,
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diferenças antes, durante e após a entrevista. Poucos - apenas três dos 10 entrevistados - cita- verdadeiros ou falsos, mas serem transmitidos por interações face a face, o que os distingue
ram, no momento da entrevista, a existência de relacionamentos extraconjugais. Entretanto, a de outros meios de comunicação, nos quais a mensagem é transmitida a partir de uma fonte
partir do desligamento do gravador, ao final da entrevista, a maioria afirmou ter mantido "um única e conhecida, atingindo simultaneamente todos aqueles que a acessam. O rumor ganha
ou outro" relacionamento extraconjugal. energia por uma série de diálogos, nos quais os atores sociais criam e recriam o sentido das
mensagens veiculadas.
7 Segundo Trajano Filho (2000), boatos, mexericos, fofocas ou rumores são fenómenos fugidios,
xalmente, em seguida, declarou que não gostaria que seus sobrinhos nwi-. que definiu como meio gay, "um meio onde as pessoas fa/em, falara i*, 4e
novos soubessem disso. De acordo com Simmel (1999:2), o segredo alguma forma, todo mundo fica sabendo".
Mas o que seria feito nesse ambiente, que implicaria a perda de res-
contém uma tensão que se dissolve no momento da revelação. »'
peito? Do que falariam? O que ficariam sabendo? De acordo com Trevisan
momento constitui o apogeu no desenvolvimento do segredo. 7</w
(2000), um grande número de homossexuais recusa ser confundido com
bém o segredo contém a consciência de que pode ser rompido: de
a comunidade gay, de modo que escolhe não frequentá-la, sob qualquer
que alguém detém o poder das surpresas, das mudanças de dr\tt
hipótese. Tal como resume Costa (1992:164), "dando um enorme peso à
no, da alegria, da destruição - e até da autodestruição. Por tal m
sexualidade na definição da identidade do sujeito (...) a subcultura gay não
zão, o segredo está sempre envolvido na possibilidade e na tentaçtn >
da traição; e o perigo externo de ser descoberto se entretece com a atende, como seria previsível, a pluralidade de aspirações dos sujeitos ho-
perigo interno, que é como o fascínio de um abismo, a vertigem dr moeroticamente inclinados".
a ele nos entregarmos. O segredo cria barreiras entre os homem, Na pesquisa, a maioria dos entrevistados negou frequentar o meio
mas ao mesmo tempo traz à baila o desafio tentador de rompe h gay. Aqueles que o fazem, evidenciaram a preferência por bares, em detri-
por boataria ou por confissão - e esse desafio o acompanha todo o mento da boate, tida como local de pegação. A partir do compromisso con-
tempo [grifo nosso]. jugal, não consideravam valer a pena a ida a esse tipo de estabelecimento,
evitando serem identificados com a imagem negativa e estereotipada do
A seleção dos possíveis portadores do segredo revela a existência, no
homossexual promíscuo, o que pode ser ilustrado pela fala de Marcelo:
imaginário social, de uma infinidade de representações de caráter negati
vo, bem como do preconceito e da discriminação sobre as homossexual! A infidelidade é muito constante e presente num relaciona-
dades. Esses elementos muitas vezes provocam o silenciamento em torno mento, principalmente pra gente que vive em um meio onde
da união homossexual, pois assumir-se homossexual consiste no primeiro tem pessoas que não têm princípios. Os princípios delas mui-
passo do processo de desconstrução das imagens depreciativas associadas tas vezes não são os seus. Um ambiente que não é adequado
a essa condição. Já a revelação do segredo de uma união homossexual ne- para um casal, então existem algumas coisas que acabam
cessariamente seria perpassada por um(a) diálogo/negociação de visibili atrapalhando, que não trariam nada de positivo pra relação.
dade e de aceitação das respectivas homossexualidades, o que torna mais
complexa a possibilidade de visibilização. De modo análogo, Murilo declara que os locais de baladas GLS - boates
gays - não são ideais para o casal, uma vez que a grande maioria dos fre-
À exceção de Murilo, todos os entrevistados declararam que nunca
quentadores vai apenas em busca de sexo. Já os bares foram caracterizados
sofreram preconceito/discriminação - seja como integrante do casal, seja
pelos entrevistados como dotados de uma imagem de respeitabilidade pú-
individualmente. Paulo afirmou que, muitas vezes, quando faz compras
blica - independentemente da presença de homossexuais e/ou heterosse-
no supermercado com seu companheiro, sente pesar sobre ambos certos
xuais. Esses estabelecimentos contam com um público de idades e classes
olhares de reprovação, principalmente quando usam apelidos carinhosos.
sociais variadas e oferecem maior segurança para aqueles que não dese-
Entretanto, tais situações não foram por ele consideradas preconceituo-
jam ser identificados publicamente como gays. Ou, ainda, os que preferem
sas. Marcelo apontou que nunca sofreu preconceito, pois, como respeita
se encontrar em espaços reconhecidamente mistos.
as pessoas, recebe o mesmo tratamento. Indo além, declarou apresentar
uma imagem de respeito para as pessoas. Ao lhe ser perguntado sobre o As entrevistas evidenciaram grande preocupação em manter dis-
que seria esta imagem, ele referiu ser, principalmente, a não frequência ao crição, em todas as interações entre pessoas do mesmo sexo, a ponto de
muitos não irem a locais declaradamente gays, pela busca de controle úu Assim, para obter respeito na - e da sociedade, è nrceMArto absteHue de
segredo acerca da homossexualidade. Esses lugares não são os únicos em frequentar o circuito gay, criando um ambiente fora do âmbito domiciliar
que é possível a interação homossexual, mas há uma diferença: nesse", que permita troca de informações e estabelecimento de relações sociais,
ambientes, o contato é absolutamente silencioso e discreto, sem exposição para vivência da conjugalidade. Dois tipos de homossexuais são construí-
pública da identidade. A categoria imagem de respeito, para os entrevista dos pelos entrevistados: os que vivem no meio gay, vistos com desconfian-
dos, está diretamente associada às ideias de fidelidade, não promiscuidade ça e preconceito, por colocarem em risco aqueles que se distinguem deles.
e controle do segredo da homossexualidade no espaço público. Trata-se de Estes outros estariam integrados em redes de sociabilidades específicas,
uma imagem a ser construída e mantida, sob pena de perda da respeitabi em busca de respeito e reconhecimento social. Nesse quadro está inserida
lidade, ameaçada inclusive por boatos. a construção de um projeto de conjugalidade, como meta para se alcançar
a referida respeitabilidade.
Cabe lembrar que Cuiabá é uma cidade média em termos populacio
Costa (1992) aponta três respostas do homoerotismo ao social, sendo
nais, onde a possibilidade de estabelecimento de "anonimato relativo" (Ve
lho, 1999) seria dificultada pela existência de vida gay mais circunscrita v 8
a primeira a criação da subcultura camp, marcada pela fechação, que pro-
restrita, se comparada a metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro. De cura romper com as regras do bom-tom e escandalizar o preconceito, ao
acordo com Simmel (1987), na grande metrópole da modernidade há ace- incorporar maneiras malvistas ou discriminadas. A segunda é a criação da
leração do tempo e multiplicação de contatos superficiais entre estranhos. subcultura clandestina do gueto, formada por
10
Já Heilborn (2004), ao comparar a conjugalidade heterossexual, de gays "CASAR E DAR-SE AO RESPEITO": CONSIDERAÇÕES FINAIS
e de lésbicas, também aponta uma menor média na duração do relaciona-
mento entre pares homossexuais masculinos, relativamente à conjugalidade Neste texto, foi abordada a construção das categorias respeito e res-
homossexual feminina e à heterossexual. Para a autora, isso decorre da lógi- peitabilidade pública e sua importância para os homens entrevistados. Eles
ca da subcultura gay, fundada em múltiplas e anónimas relações. Heilborn buscam, mediante o trabalho de elaboração da face, uma orientação defen-
estabelece um diálogo com as ideias de Pollak (1987), que afirma que a insta- siva com o sentido de salvar a própria face, e a de outros, especialmente
bilidade do par homossexual masculino é consequência de duas característi- seus companheiros. O processo de construção do respeito se constitui a
cas: separação entre sexualidade e afetividade e a existência de um modelo partir das ideias de fidelidade, não promiscuidade e controle do segredo
de mercado, que influi nas interações entre homossexuais masculinos, no da homossexualidade no espaço público. Esse recurso também é evidencia-
do quando os depoentes se declaram diferentes de outros homossexuais,
qual a maximização do resultado (o encontro sexual) consiste no principal
aqueles que vivem no meio gay, associados ao estereótipo do homossexual
objetivo. No entanto, tais aspectos não seriam os únicos responsáveis pela
promíscuo e sem princípios; distinguem-se pois não frequentam esses lo- GROSSI, M. P. Género e parentesco: famílias gays e lésbicas no Brasil. íadtr
cais. Assim, configuram uma imagem de respeito, centrada na díade con- nosPagu, Campinas, n. 21, p. 261-280, 2003.
jugal. No entanto, tal oposição não é uniforme, visto que alguns casais se
GUIMARÃES, C. D. 0 homossexual visto por entendidos. Rio de Janeiro: Gara-
dirigem, ainda que em menor intensidade, a boates, cinemas e parques
mond, 2004.
caracterizados como pertencentes ao meio gay. Essa estratégia também é
articulada a uma performance de género, condizente com o sexo biológico. HEILBORN, Maria Luiza. O que faz um casal, casal? Conjugalidade, iguali-
tarismo e identidade sexual em camadas médias urbanas. In: RIBEIRO, I . ;
Para finalizar, cabe retomar algumas questões levantadas no início
RIBEIRO, A. C. T. Família em processos contemporâneos: inovações culturais
do texto: o que faz de um par gay, um casal? Fidelidade? Respeito? Projeto
na sociedade brasileira. São Paulo: Loyola, 1995, p. 91-106.
de vida em comum? As narrativas enfatizam a ideia de respeito mútuo.
Para os entrevistados, conjugalidade seria a construção de uma união, a Dois épar: género e identidade sexual em contexto igualitário. Rio
partir de um projeto de vida em comum, fundamentado na fuga da solidão, de Janeiro: Garamond, 2004.
na busca pelo apoio e companhia na velhice, além da referência constante
MACHADO, L. Z. Sexo, estupro e purificação. Brasília, UnB, 2000. (Série An-
à realização do sentimento amoroso e sexual. Outros elementos - fidelida-
tropologia, n. 286).
de, coabitação e tempo de relacionamento - integrariam o processo de
construção do projeto de vida a dois, na medida em que seriam negocia- POLLAK, M. A homossexualidade masculina, ou: a felicidade do gueto? In:
dos cotidianamente no/pelo casal, desde que não colocassem em xeque a ARIES, R; BEJIN, A. (Orgs.). Sexualidades ocidentais. São Paulo: Brasiliense,
respeitabilidade pública e o respeito, categorias tão almejadas e acionadas 1987, p. 54-76.
cotidianamente pelos entrevistados.
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